Capitulo 5 Resumo Fisiologia Guyton
Capitulo 5 Resumo Fisiologia Guyton
Capitulo 5 Resumo Fisiologia Guyton
• Potencial de difusão do potássio. Uma alta razão entre os íons potássio do lado interno e os
do lado externo da célula, 35:1, produz um potencial de Nernst de −94 milivolts de acordo com a
equação de Nernst.
• Potencial de difusão do sódio. A razão entre os íons sódio do lado interno e os do lado
externo da membrana é de 0,1, o que resulta em um potencial de Nernst de +61 milivolts.
• Permeabilidade da membrana. A permeabilidade da membrana da fibra nervosa ao potássio é
cerca de 100 vezes maior do que ao sódio, assim a difusão do potássio contribui muito mais para
o potencial de membrana. O uso desse alto valor de permeabilidade na equação de Goldman
resulta em um potencial de membrana interno de −86 milivolts, o que está próximo do potencial
de difusão do potássio, que é de −94 milivolts.
• Natureza eletrogênica da bomba de Na+-K+. A bomba de Na+-K+ transporta três íons sódio
para o lado externo da célula para cada dois íons potássio transportados para o lado interno, o
que causa uma perda contínua de cargas positivas no lado interno da membrana. Assim, a
bomba de Na+-K+ é eletrogênica porque produz uma deficiência de íons positivos no lado interno
da célula; isso causa uma carga negativa de cerca de −4 milivolts dentro da membrana celular.
Os Eventos que Causam o Potencial de Ação Podem Ser Resumidos da Seguinte Forma:
• Durante o estado de repouso, antes que o potencial de ação se inicie, a condutância aos íons
potássio é 100 vezes maior do que a condutância aos íons sódio. Isso é causado pela difusão
muito maior dos íons potássio do que dos íons sódio através dos canais de vazamento.
• No início do potencial de ação, os canais de sódio instantaneamente se tornam ativos e
permitem um aumento de até 5.000 vezes na permeabilidade ao sódio (também chamada de
condutância ao sódio). Em seguida, o processo de inativação fecha os canais de sódio em
frações de milissegundo. O início do potencial de ação também causa a regulação por voltagem
dos canais de potássio, fazendo com que eles iniciem sua abertura mais lentamente.
• Ao final do potencial de ação, o retorno do potencial de membrana para o estado negativo faz
com que os canais de potássio se fechem e retornem ao seu estado original, mas, novamente,
depois de um atraso.
Um Círculo Vicioso de Feedback Positivo Abre os Canais de Sódio.
Se um evento fizer com que o potencial de membrana aumente de −90 milivolts em direção ao
nível zero, o aumento na voltagem faz com que muitos canais de sódio dependentes de voltagem
iniciem sua abertura. Isso permite uma rápida entrada de íons sódio, o que causa um aumento
ainda maior no potencial de membrana, abrindo então mais canais de sódio dependentes de
voltagem. Esse processo é um ciclo vicioso de feedback positivo que continua até que todos os
canais de sódio dependentes de voltagem tenham se tornado ativos (abertos).
Um Potencial de Ação Não Ocorre até que o Limiar do Potencial Tenha Sido Alcançado.
Isso acontece quando o número de íons sódio que entram na fibra nervosa se torna maior do que
o número de íons potássio que a deixam. Um aumento repentino de −90 milivolts para cerca de
−65 milivolts no potencial de membrana em uma grande fibra nervosa normalmente causa um
desenvolvimento explosivo do potencial de ação. Esse nível de −65 milivolts é conhecido como o
limiar da membrana para estimulação.
Um Novo Potencial de Ação Não Pode Ocorrer Enquanto a Membrana ainda Está
Despolarizada pelo Potencial de Ação Precedente.
Rapidamente após o potencial de ação ser iniciado, os canais de sódio se tornam inativos, sendo
que qualquer quantidade de sinal excitatório aplicado a esses canais nesse momento não abre as
comportas de inativação. A única condição que pode reabri-las é quando o potencial de
membrana retorna ao nível original do potencial de repouso da membrana ou a um nível próximo
dele. Então, em uma pequena fração de segundo, a comporta de inativação dos canais se abre e
um novo potencial de ação pode então ser iniciado.
• Período refratário absoluto. Um potencial de ação não pode ser deflagrado durante o período
refratário absoluto, mesmo com um forte estímulo. Esse período, para as grandes fibras nervosas
mielinizadas, é de cerca de 1/2.500 segundos, o que significa que um máximo de cerca de 2.500
impulsos pode ser transmitido por segundo.
• Período refratário relativo. Este período segue o período refratário absoluto. Durante esse
tempo, um estímulo mais forte do que o normal pode excitar a fibra nervosa iniciando um
potencial de ação.
A velocidade da condução do potencial de ação nas fibras nervosas varia de 0,25 m/s em fibras
desmielinizadas muito pequenas até 100 m/s em fibras mielinizadas muito grandes. A velocidade
aumenta de acordo com o diâmetro da fibra em fibras nervosas mielinizadas e com o quadrado
da raiz do diâmetro da fibra em fibras amielinizadas.
Referências
Tratado de Fisiologia Médica/John E. Hall. 12. ed.-Rio de Janeiro:Elsevier,2011.
Fundamentos de Guyton e Hall Fisiologia/John E. Hall Rio de Janeiro: Elsevier,2012.
Download do arquivo: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAhXdwAC/potenciais-membrana-
potenciais-acao