Braga Netto

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  MINISTÉRIO DA DEFESA
CENTRO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DA DEFESA 

ORDEM DO DIA DA VITÓRIA

Brasília, DF 
Em 07 de maio de 2021 

No dia 08 de maio de 1945, o mundo comemorou a rendição incondicional das


forças inimigas do Eixo e o término da Segunda Guerra Mundial no continente
europeu. Anualmente, nessa data, celebramos o Dia da Vitória, representando o
marco final do amplo esforço aliado na defesa dos ideais democráticos.
O conflito foi uma reação do mundo contra os ideais totalitários do nazi-fascismo.
No início, o Brasil manteve-se neutro até que navios mercantes foram afundados
na costa brasileira. A liderança nacional da época, com coragem moral e
sentimento patriótico, conduziu nossa adesão às forças aliadas, com a
declaração de guerra ao Eixo.
Os esforços de mobilização nacional contrariaram aqueles que, duvidando de
nossa capacidade e determinação, diziam: “é mais fácil uma cobra fumar que o
Brasil entrar na guerra”.
A Força Expedicionária Brasileira (FEB) foi mobilizada, com cerca de 25.000
soldados. A Marinha do Brasil defendeu o nosso amplo litoral, protegendo a
navegação e escoltando comboios, e tomando parte no conjunto de ações que
ficaram conhecidas como “Batalha do Atlântico”. A Força Aérea realizou
patrulhamento aéreo no litoral brasileiro e destacou-se nos céus europeus com
o “Senta a Púa”.
Ao cruzar o Atlântico para cumprir sua missão no Teatro de Operações Europeu,
a FEB desafiou os perigos e escreveu uma história de sacrifício. Nossos
marinheiros, soldados e aviadores, em uma ação conjunta, lutaram com bravura
e venceram um inimigo bem preparado e determinado, em terreno adverso,
enfrentando as restrições impostas pelo rigor do inverno europeu.
O conflito cobrou um alto custo do Brasil: 3 navios de guerra foram perdidos e
33 navios foram atacados, causando mais de 1450 mortes no mar; 22 aviões
abatidos e cerca de 500 brasileiros tombaram em combate na Europa.
Hoje retratamos a vitória dos valores da democracia, da justiça e da liberdade. A
história se sucede de fatos e de ensinamentos. A “cobra fumou” e, se necessário,
fumará novamente.
Após anos de história, a nossa Marinha, o nosso Exército e a nossa Força Aérea
se modernizaram e desenvolveram doutrina própria. As Forças Armadas
brasileiras continuam focadas em suas missões constitucionais para superar os
desafios de hoje e do futuro.
Realizamos ações no Brasil e no mundo, em defesa da nossa sociedade, em
apoio ao desenvolvimento nacional, em atenção ao nosso povo, do qual somos
parte indissolúvel, e em apoio a irmãos de outros países, que sofrem por falta de
liberdade e necessitam de atenção humanitária.
Ao deixar nosso rincão, nossos militares diziam: “Por mais terras que eu
percorra, não permita Deus que eu morra sem que volte para lá, sem que leve
por divisa esse ‘V’ que simboliza a vitória que virá”. Após muita luta e sacrifício,
a vitória foi conquistada. Hoje, prestamos culto de respeito, reconhecimento e
gratidão, venerando a memória dos heróis que doaram suas vidas a serviço do
País e legaram para as gerações futuras um inestimável exemplo de valores e
virtudes.
Não há bem mais importante ou patrimônio material que equivalha à nossa
liberdade, à nossa soberania, aos nossos valores patrióticos e à fé em nossa
democracia.
Viva o Dia da Vitória!

Walter Souza Braga Netto

Ministro de Estado da Defesa

Almirante de Esquadra Almir Garnier Santos

Comandante da Marinha do Brasil

General de Exército Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira

Comandante do Exército Brasileiro

Tenente-Brigadeiro do Ar Carlos de Almeida Baptista Junior

Comandante da Força Aérea Brasileira

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