Atividades de Língua Portuguesa
Atividades de Língua Portuguesa
Atividades de Língua Portuguesa
ENSINO MÉDIO
1ª Série do Ensino Médio 1.° Trimestre Data:________________
Área do Conhecimento: Linguagem, Códigos e suas Tecnologias
Componente Curricular: Língua Portuguesa – Literatura Portuguesa
Atividades de Língua Portuguesa Professora: Elizabeth Gabriel
Aluno (a): ________________________________________________Nº: _____ Turma: _____
ATIVIDADES DE GRAMÁTICA – FIGURAS DE LINGUAGEM
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Será porventura o estilo que hoje se usa nos púlpitos? Um estilo tão empeçado¹, um estilo tão dificultoso, um estilo tão
afetado, um estilo tão encontrado toda a arte e a toda a natureza? Boa razão é também essa. O estilo há de ser muito
fácil e muito natural. Por isso Cristo comparou o pregar ao semear, porque o semear é uma arte que tem mais de
natureza que de arte (...) Não fez Deus o céu em xadrez de estrelas, como os pregadores fazem o sermão em xadrez de
palavras. Se uma parte está branco, da outra há de estar negro (...) Como hão de ser as palavras? Como as estrelas. As
estrelas são muito distintas e muito claras. Assim há de ser o estilo da pregação, muito distinto e muito claro.
(Sermão da Sexagésima, Pe. Antonio Vieira)
¹empeçado: com obstáculo, com empecilho.
1. A repetição da expressão “um estilo tão” e o uso da expressão “xadrez de palavras” com põem respectivamente as
figuras de linguagem:
a) anáfora e metáfora
b) polissíndeto e metonímia
c) pleonasmo e anacoluto
d) metáfora e prosopopeia
e) antonomásia e catacrese
O adolescente
A vida é tão bela que chega a dar medo.
Cumplicentemente,
as folhas contam-te um segredo
velho como o mundo:
Leia :
I - O vento vem vindo de longe,
a noite se curva de frio.
(Cecília Meireles)
II - Do relâmpago a cabeleira ruiva
Vem açoitar o rosto meu.
(Alphonsus de Guimaraens)
III - A excelente Dona Inácia era mestra na arte de judiar de crianças.
(Monteiro Lobato)
IV - Nunca se afizera ao regime novo - essa indecência de negro igual a branco e qualquer coisinha: a polícia! "Qualquer
coisinha": Uma mucama assada no forno porque se engraçou dela o senhor; uma novena de relho porque disse: "Como
é ruim, a sinhá"...
(Monteiro Lobato)
7.Assinale a alternativa que indica corretamente o ponto comum entre os respectivos trechos:
a) a metonímia e a prosopopeia - trechos I e II; eufemismo - trechos III e IV.
b) o assíndeto e a metonímia - trechos I e II; eufemismo - trechos III e IV.
c) o assíndeto e a prosopopeia - trechos I e II; hipérbole - trechos III e IV.
d) a inversão e a prosopopeia - trechos I e II; ironia - trechos III e IV.
e) a aliteração e a prosopopeia - trechos I e II; ironia - trechos III e IV.
8.Assinale a alternativa que indica a correta sequência das figuras encontradas nas frases a seguir.
- O bom rapaz buscava, no fim do dia, negociar com os traficantes de drogas.
- Naquele dia, o presidente entregou a alma a Deus.
- Os operários sofriam, naquela mina, pelo frio em julho e pelo calor em dezembro.
- A população deste bairro corre grande risco de ser soterrada por esta montanha de lixo.
- A neve convidava os turistas que, receosos, a olhavam de longe.
a) Ironia, eufemismo, antítese, hipérbole, prosopopeia.
b) Pleonasmo, elipse, gradação, apóstrofe, ironia.
c) Antítese, hipérbole, personificação, ironia, eufemismo.
d) Gradação, apóstrofe, personificação, pleonasmo, gradação.
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Eu amo a rua. Esse sentimento de natureza toda íntima não vos seria revelado por mim se não julgasse, e
razões não tivesse para julgar, que este amor assim absoluto e assim exagerado é partilhado por todos vós. Nós somos
irmãos, nós nos sentimos parecidos e iguais; 1nas cidades, nas aldeias, nos povoados, não porque soframos, com a dor
e os desprazeres, a lei e a polícia, mas porque nos une, nivela e agremia o amor da rua. É este mesmo o sentimento
imperturbável e indissolúvel, o único que, como a própria vida, resiste às idades e às épocas. Tudo se transforma, tudo
varia - o amor, o ódio, o egoísmo. 2Hoje é mais amargo o riso, mais dolorosa a ironia. Os séculos passam, deslizam,
3
levando as coisas fúteis e os acontecimentos notáveis. Só persiste e fica, legado das gerações cada vez maior, o amor
da rua. João do Rio. A alma encantadora das ruas.
9.Em "nas cidades, nas aldeias, nos povoados" (ref. 1), "hoje é mais amargo o riso, mais dolorosa a ironia" (ref. 2) e
"levando as coisas fúteis e os acontecimentos notáveis" (ref. 3), ocorrem, respectivamente, os seguintes recursos
expressivos:
a) eufemismo, antítese, metonímia.
b) hipérbole, gradação, eufemismo.
c) metáfora, hipérbole, inversão.
d) gradação, inversão, antítese.
10.Indique a alternativa correta, correspondente às figuras de linguagem, presentes nos fragmentos a seguir:
I – “Não te esqueças daquele amor ardente/ que já nos olhos meus tão puro viste.”
II – “ A moral legista para o homem; o direito, para o cidadão.”
III – “A maioria concordava nos pontos essenciais; nos pormenores, porém, discordavam.”
IV – “Isaac a vinte passos, divisando o vulto de um, para , ergue a mão em viseira, firma os olhos. “
a) anacoluto, hipérbato, ironia, pleonasmo
b) hipérbato, zeugma, silepse, assíndeto
c) anáfora, polissíndeto, elipse, hipérbato
d) pleonasmo, anacoluto, catacrese, eufemismo
Leia:
“ E o olhar ansioso
/ esperando
e a cabeça ao sabor da mágoa
/ balançando
e o coração fugindo e o coração
/ voltando
os minutos passando e os
/ minutos passando...”
Vinicius de Moraes, “ O olhar para trás”
11. A figura de linguagem que predomina nesses versos é :
a) a metáfora, expressa pela analogia entre o ato de esperar e o ato de balançar;
b) a sinestesia, manifestada pela referência à interação dos sentidos: visão e coração no momento de espera;
c) o polissíndeto, caracterizado pela repetição da conjunção , para conotar a intensidade da crescente sensação de
ansiedades contraditórias do ato de esperar;
d) o pleonasmo, marcado pela repetição desnecessária da conjunção “e “ :
Leia
“Quando cheguei a Santiago
o outono fugia pelas alamedas
feito um ladrão (...) “ Ferreira Gullar
12.Identifique as figuras de linguagem presentes no texto acima:
a) personificação – antítese
b) personificação – comparação
c) metáfora – ironia
d) metonímia – comparação
13.O texto literário caracteriza-se por uma multiplicidade de sentidos, originada do trabalho artístico realizado com a
linguagem. Entre os recursos que a literatura utiliza, na produção dos textos, estão as figuras de linguagem.
Leia os fragmentos de poemas, apresentados na COLUNA A, e relacione-os às figuras de linguagem neles
predominantes, elencadas na COLUNA B.
COLUNA A COLUNA B
1 Eu deixo a vida como deixa o tédio/Do deserto, [...]
( ) Antítese
(Álvares de Azevedo)
2 Mundo, mundo, vasto mundo/Se eu me chamasse
( ) Aliteração
Raimundo. (Carlos Drummond de Andrade)
3 Queria subir ao céu/Queria descer ao mar. (Alphonsus
( ) Comparação
de Guimaraens)
4 Só cabe no poema/o homem sem estômago/a mulher
( ) Metáfora
de nuvens/a fruta sem preço. (Ferreira Gullar)
E se somos Severinos
iguais em tudo na vida,
morremos de morte igual,
mesma morte severina:
que é a morte de que se morre
de velhice antes dos trinta,
de emboscada antes dos vinte,
de fome um pouco por dia
(de fraqueza e de doença
é que a morte severina
ataca em qualquer idade,
e até gente não nascida). (João Cabral de Melo Neto, Morte e Vida Severina)
15. (Eear ) Assinale a alternativa que contém a figura de linguagem apresentada no trecho “o sangue que usamos tem
pouca tinta”.
a) Antítese
b) Metonímia
c) Eufemismo
d) Prosopopeia
17. (Unicamp ) "A noção de programa genético (...) desempenhou um papel importante no lançamento do Projeto
Genoma Humano, fazendo com que se acreditasse que a decifração de um genoma, à maneira de um livro com
instruções de um longo programa, permitiria decifrar ou compreender toda a natureza humana ou, no mínimo, o
essencial dos mecanismos de ocorrência das doenças. Em suma, a fisiopatologia poderia ser reduzida à genética, já que
toda doença seria reduzida a um ou diversos erros de programação, isto é, à alteração de um ou diversos genes".
(Edgar Morin, A religação dos saberes: o desafio do século XXI.)
A expressão programa genético, mencionada no trecho anterior, é
a) uma alegoria, pois sintetiza os mecanismos moleculares subjacentes ao funcionamento dos genes e dos
cromossomos no contexto ficcional de um programa de computador.
b) uma analogia, pois diferencia os mecanismos moleculares subjacentes ao código genético e ao funcionamento dos
cromossomos dos códigos de um programa de computador.
c) uma metáfora, pois iguala toda a informação genética e os mecanismos moleculares subjacentes ao funcionamento
e expressão dos genes com as instruções e os comandos de um programa.
d) uma analogia, pois contrasta os mecanismos moleculares dos genes nos cromossomos e das doenças causadas por
eles com as linhas de comando de um programa de computador.
“Os brasileiros somos assim". Este é, segundo João Candido Portinari, a mensagem da obra de seu pai, o pintor
Candido Portinari, ao povo brasileiro. Segundo ele, o recado nunca chegou de fato ao destinatário planejado, já que 95%
das obras do paulista estão em coleções privadas.
PONTES, Trajano. Portinari ganha portal reformulado na internet. Folha de S. Paulo, São Paulo, fev. 2013. Disponível
em: <http://folha.com/no1233942>. Acesso em: 3 fev. 2015. (Fragmento).
18.Em “Os brasileiros somos assim”, a ocorrência de sujeito de terceira pessoa do plural e verbo na primeira pessoa do
plural tem a finalidade de
a) popularizar as obras do pintor paulista por meio de uma mensagem produzida em um registro mais informal.
b) aproximar o emissor da mensagem de um destinatário que utiliza uma variedade linguística socialmente
estigmatizada.
c) expor a dificuldade de comunicação existente entre o emissor da mensagem e os colecionadores de suas obras.
d) incluir o emissor da mensagem entre os elementos do grupo retratado nas obras do pintor.
TEXTO :
Retrato do artista quando coisa
1
A maior riqueza
do homem
é sua incompletude.
Nesse ponto
sou abastado.
2
Palavras que me aceitam
como sou
— eu não aceito.
3
Não aguento ser apenas
um sujeito que abre
portas, que puxa
válvulas, que olha o
relógio, que compra pão
às 6 da tarde, que vai
lá fora, que aponta lápis,
que vê a uva etc. etc.
Perdoai. 4Mas eu
preciso ser Outros.
5
Eu penso
renovar o homem
usando borboletas.
BARROS, Manoel. O retrato do Artista Quando Coisa. Rio de Janeiro: Record, 1998.
19. (Uece ) A utilização de figuras de linguagem ocorre, de maneira muito particular, na escrita literária. Sobre o uso
desse recurso no poema de Manoel de Barros, identifica-se
a) a metáfora no verso “Mas eu preciso ser Outros” (referência 4) relativa à analogia que se faz entre o poeta ser ele
mesmo e ser outro.
b) o oximoro em “A maior riqueza do homem é sua incompletude” (referência 1), pela contradição de sentidos presente
no enunciado.
c) a hipérbole no trecho “Palavras que me aceitam como sou — eu não aceito” (referência 3), em razão de aí haver o
desejo do enunciador em engrandecer a verdade dos fatos.
d) a prosopopeia no enunciado “Eu penso renovar o homem usando borboletas” (referência 5), em que há uma
atribuição da função humana a um ser não humano.
Enfim, chegou a hora da encomendação e da partida. Sancha quis despedir-se do marido, e o desespero
daquele lance consternou a todos. Muitos homens choravam também, as mulheres todas. Só Capitu, amparando a
viúva, parecia vencer-se a si mesma. Consolava a outra, queria arrancá-la dali. A confusão era geral. No meio dela,
Capitu olhou alguns instantes para o cadáver tão fixa, tão apaixonadamente fixa, que não admira lhe saltassem algumas
lágrimas poucas e caladas...
As minhas cessaram logo. Fiquei a ver as dela; Capitu enxugou-as depressa, olhando a furto para a gente que
estava na sala. Redobrou de carícias para a amiga, e quis levá-la; mas o cadáver parece que a retinha também.
Momentos houve em que os olhos de Capitu fitaram o defunto, quais os da viúva, sem o pranto nem palavras desta, mas
grandes e abertos, como a vaga do mar lá fora, como se quisesse tragar também o nadador da manhã.
(Machado de Assis)
20. (Faap ) "Os olhos de Capitu fitaram o defunto".
A Língua conhece o objeto direto pleonástico:
a) O defunto fitaram-no os olhos de Capitu.
b) Os olhos de Capitu, eles mesmos, fitaram o defunto.
c) O defunto foi fitado pelos olhos de Capitu.
d) Ao defunto fitaram os olhos de Capitu.
e) Fitaram-se os olhos de Capitu.
21. (Faap ) "Capitu parece vencer-se a si mesma"
A SI MESMA é redundância da palavra SE - figura a que chamamos:
a) metáfora
b) anacoluto
c) pleonasmo
d) silepse
BOM ESTUDO !