SC Cosit N 310-2017

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Cosit

Fls. 1

Coordenação-Geral de Tributação

Solução de Consulta nº 310 - Cosit


Data 14 de junho de 2017
Processo
Interessado
CNPJ/CPF

ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO - CSLL


ROYALTIES. PAGAMENTOS A SÓCIOS. DESPESA NECESSÁRIA.
DEDUÇÃO.
As importâncias pagas a pessoas jurídicas domiciliadas no exterior a título
de royalties são dedutíveis, para fins de apuração do resultado ajustado,
quando se constituir despesa necessária à atividade da empresa.
ASSISTÊNCIA TÉCNICA, CIENTÍFICA E ADMINISTRATIVA.
PESSOA JURÍDICA DOMICILIADA NO EXTERIOR. DESPESA
NECESSÁRIA. DEDUÇÃO.
As importâncias pagas a pessoas jurídicas domiciliadas no exterior a título
de assistência técnica, científica, administrativa ou semelhante, podem ser
deduzidas como despesas operacionais, desde que consideradas
necessárias à atividade da empresa.
Dispositivos Legais: Instrução Normativa RFB nº 1.700, de 14 de março
de 2017, arts. 69 e 85 e Anexo I – Tabela de Adições ao Lucro Líquido,
item 99.

ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA - IRPJ


ROYALTIES. PAGAMENTOS A SÓCIOS. INDEDUTIBILIDADE.
São indedutíveis os royalties pagos a sócios, pessoas físicas ou jurídicas.
ASSISTÊNCIA TÉCNICA, CIENTÍFICA E ADMINISTRATIVA.
PESSOA JURÍDICA DOMICILIADA NO EXTERIOR. DESPESA.
DEDUÇÃO. LIMITE.
As importâncias pagas a pessoas jurídicas domiciliadas no exterior a título
de assistência técnica, científica, administrativa, podem ser deduzidas
como despesas operacionais. São enquadráveis nessa categoria de despesa,
com os efeitos do art. 354 do RIR/1999, aquelas que importem em
transferência de conhecimentos para a fonte pagadora, como a
remuneração pelo treinamento de empregados, por técnicos enviados por
empresa situada no exterior.

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Dispositivos Legais: Decreto-lei nº 1.598, de 1977, art. 12, § 1º; Decreto


nº 3.000, de 1999, arts. 352, 353, 354, 355; Portaria MF nº 436, de 1958;
Instrução Normativa nº 16, de 2013, do Presidente do Instituto Nacional da
Propriedade Industrial - INPI, art. 2º.

PROCESSO DE CONSULTA. INEFICÁCIA PARCIAL.


É ineficaz a parte da consulta que não identifica os dispositivos legais
motivadores de dúvidas.
Dispositivos Legais: Instrução Normativa RFB nº 1.396, de 2013, art. 18,
II.

Relatório

Trata-se de consulta, protocolada em 11/7/2014, a respeito da interpretação da


legislação tributária federal, no que se refere a pagamento de royalties e assistência técnica e
administrativa a empresa situada no exterior.
2. A consulente, pessoa jurídica sob a forma de sociedade de responsabilidade
limitada, informa que incluirá em sua atividade a produção de item cuja tecnologia de
fabricação é de propriedade intelectual de outra empresa sediada no Japão, a qual participa de
seu quadro societário com 0,1759% do capital com direito a voto. No texto da consulta, usa as
identificações TBI e TRI para referir-se a si própria e à pessoa jurídica sediada no Japão,
respectivamente.
3. Acrescenta que será confeccionado contrato, a ser registrado no Instituto
Nacional de Propriedade Industrial (INPI) - e no Banco Central do Brasil (Bacen), pelo qual
pagará à sócia japonesa valores a título de royalties pelo uso de processos de fabricação, bem
assim de assistência técnica e administrativa por serviços efetivamente prestados, mediante o
treinamento de empregados da consulente, por técnicos da empresa japonesa.
4. Diante do que expõe, apresenta alguns questionamentos acerca do tratamento
tributário aplicável à operação industrial planejada.
5. O primeiro deles refere-se aos pagamentos a título de royalties. Observa a
consulente que, lendo o inciso I do art. 353 do Regulamento do Imposto sobre a Renda,
aprovado pelo Decreto nº 3.000, de 26 de março de 1999 (RIR/1999), bem como a Decisão MF
RFB n° 133 de 19 de dezembro de 2000, entende ser indedutível do Imposto sobre a Renda das
Pessoas Jurídicas (IRPJ) o pagamento pela TBI dos royalties devidos ao sócio pessoa jurídica
(TRI).
6. Pondera, todavia, que a alínea “b” do inciso III do mesmo art. 353, em conjunto
com seu parágrafo único, prevê a dedutibilidade posterior a 31/12/1991, desde que haja o
registro do contrato no INPI e no Bacen, na hipótese de royalties pelo uso de processo de
fabricação pagos pela sociedade com sede no Brasil à pessoa domiciliada no exterior que
mantenha direta ou indiretamente controle do seu capital com direito a voto.
7. Já com relação ao pagamento da assistência técnica e administrativa,
caracterizado anteriormente, a dúvida consiste em saber se, na específica situação acima

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exposta, o pagamento da TBI a TRI de assistência técnica e administrativa será ou não


dedutível do IRPJ, do adicional do IRPJ e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido
(CSLL), na apuração do lucro real trimestral.
8. Um outro grupo de indagações refere-se à regra de dedutibilidade de royalties
inscrita no art. 355 do RIR/1999. Relata a consulente que o dispositivo “obriga a soma dos
royalties apenas se relativos a exploração de patentes de invenção ou uso de marcas de
indústria ou de comércio, e por assistência técnica, científica, administrativa ou semelhante,
para fins de dedução. ” “Entretanto” - observa - “o parecer normativo CST nº 117 de
26/09/1975 inclui que devem ser somados a este cálculo não somente os royalties citados,
como também os relativos a processos de fabricação”.
9. Por fim, e ainda com relação ao critério de assistência técnica, a consulente
noticia que “os empregados da empresa farão no Japão a formação de preço de venda do
produto através de planilha Excel e encaminharão via e-mail para o Brasil, dado que a
empresa desconhece o processo de fabricação para elaborar o preço de venda do produto, que
será proposto para seus clientes”. Tendo em conta o disposto no inciso II do artigo 354 do
RIR/1999, entende a consulente que o procedimento caracterize-se “como instruções enviadas
ao País, ou estudos técnicos realizados no exterior por conta da empresa e deve seguir toda a
sistemática de tributação da assistência técnica ou administrativa”
10. Expostos os elementos de fato e de direito que instruem a consulta, cumpre
reproduzir as questões formuladas:
a) Os royalties pagos pela TBI pelo uso de processo de fabricação a sócia pessoa
jurídica domiciliada no exterior TRI serão ou não dedutíveis do IRPJ, adicional
de IRPJ e CSLL na apuração do lucro real trimestral?
b) Na situação exposta [item 7, supra], o pagamento da TBI a TRI de assistência
técnica e administrativa será dedutível no IRPJ, adicional de IRPJ e CSLL na
apuração do lucro real trimestral?
c) Os royalties relativos a processos de fabricação deverão ser somados ao total
da assistência técnica e administrativa, para fins do limite previsto no art. 355 do
RIR/1999?
d) Quando o art. 355 do RIR/1999 diz "a soma das quantias devidas", envolverá
os desembolsos tributários inerentes a esta obrigação ou limitará ao valor enviado
ao exterior e previsto no contrato de câmbio?
e) Na base de cálculo dos royalties, devem ser deduzidos os componentes
importados da TRI ou de quem ela indique? Caso positivo, as matérias primas
importadas que compõem a formulação do produto também devem ser
descontadas? Ainda se positivo, se aplica para matérias primas importadas, que
são adquiridos pela TBI por distribuidores brasileiros (revendedores)?
f) O art. 355 define que o limite de dedutibilidade é calculado sobre a Receita
Líquida. Entretanto, constam no art. 355 diversos tipos de royalties, mas não cita
o termo "royalties sobre processos de fabricação". Neste caso, os royalties sobre
processos de fabricação serão calculados sobre receita bruta ou líquida? Caso seja
a receita líquida, quais os impostos e devoluções devem ser deduzidos para fins
da definição da receita líquida?
g) O mencionado art. 355 também prevê que este limite incidirá sobre a receita
líquida das vendas do produto fabricado ou vendido. Entretanto, como a linha é
nova, a sociedade ainda não possui o preço de venda do produto no momento da
assistência técnica. Nesta hipótese, o pagamento é indedutível ou o gasto deve ser

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contabilizado no ativo (pré-operacional) e apropriado no resultado quando do


confronto com a Receita?
h) Na questão anterior, caso seja apropriado quando da efetiva receita, deverá ser
feito proporcional à Receita auferida no período (dado que haverá inúmeras
despesas pré-operacionais de produtos não vendidos) ou na primeira venda todo o
valor deve ser apropriado e caso exceda, apenas o limite previsto na Portaria MF
será dedutível?
i) Como o art 355 define que o limite possa ser da receita líquida de vendas do
produto fabricado ou vendido, no momento em que a sociedade já souber o preço
de venda, o pagamento da assistência técnica é indedutível até que houver NF de
venda? Caso negativo, como será o cálculo para fins do limite sobre o "produto
fabricado" citado no referido artigo?
j) O entendimento [expresso ao final do item 9, supra] está correto? Caso
negativo, qual a natureza desta despesa e esta será dedutível?
11. Por fim, presta as declarações previstas no art. 3º, § 2º, inciso II da Instrução
Normativa RFB nº 1.396, de 16 de setembro de 2013.

Fundamentos
12. O presente processo de consulta tem seu regramento básico estatuído nos arts.
46 a 53 do Decreto nº 70.235, de 6 de março de 1972, e nos arts. 48 a 50 da Lei nº 9.430, de 27
de dezembro de 1996. Sua regulamentação deu-se por meio do Decreto nº 7.574, de 29 de
setembro de 2011.
13. No âmbito da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) a matéria é
normatizada pela IN RFB nº 1.396, de 16 de setembro de 2013.
14. Satisfeitos os requisitos de admissibilidade previstos na IN RFB nº 1.396, de
2013, a presente consulta deve ser solucionada, exceto em relação à questão “e”, cuja
formulação carece de elementos necessários à sua resposta.
14.1. Falta à referida questão, com efeito, tanto a indicação de algumas informações
necessárias ao seu esclarecimento, quanto a especificação do dispositivo legal que a suscitou.
Deficiências de instrução dessa ordem configuram a hipótese de ineficácia prevista no inciso II
do art. 18 da IN RFB nº 1.396, de 2013, nos termos do qual não produz efeitos a consulta
formulada “em tese, com referência a fato genérico, ou, ainda, que não identifique o
dispositivo da legislação tributária e aduaneira sobre cuja aplicação haja dúvida”.
15. No que pertine à questão “g”, embora a indagação careça de esclarecimentos
adicionais para sua resolução, contém afirmação por parte do consulente, de que realiza ou
pode vir a realizar despesas com referido tipo de royalty, em relação a produto que ainda não
tenha sido vendido. A partir dessa situação, busca saber o critério contábil e fiscal que deve
usar para reconhecer o pagamento do dispêndio. Nesse contexto, cumpre destacar que o
tratamento para fins contábeis deve se submeter a normas situadas nessa seara normativa. Em
consequência, a presente análise se restringirá ao tratamento dos gastos ali indicados, à luz das
regras próprias da esfera tributária, visando à definição de seus efeitos fiscais.
16. A respeito do tratamento tributário relativo aos gastos com royalties, dispõe o
Regulamento do Imposto sobre a Renda (RIR/99), aprovado pelo Decreto nº 3.000, de 26 de
março de 1999:

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Royalties
Art. 352. A dedução de despesas com royalties será admitida quando necessárias
para que o contribuinte mantenha a posse, uso ou fruição do bem ou direito que
produz o rendimento (Lei nº 4.506, de 1964, art. 71).
Art. 353. Não são dedutíveis (Lei nº 4.506, de 1964, art. 71, parágrafo único):
I - os royalties pagos a sócios, pessoas físicas ou jurídicas, ou dirigentes de
empresas, e a seus parentes ou dependentes;
II - as importâncias pagas a terceiros para adquirir os direitos de uso de um bem
ou direito e os pagamentos para extensão ou modificação do contrato, que
constituirão aplicação de capital amortizável durante o prazo do contrato;
III - os royalties pelo uso de patentes de invenção, processos e fórmulas de
fabricação, ou pelo uso de marcas de indústria ou de comércio, quando:
a) pagos pela filial no Brasil de empresa com sede no exterior, em benefício de
sua matriz;
b) pagos pela sociedade com sede no Brasil a pessoa com domicílio no exterior
que mantenha, direta ou indiretamente, controle do seu capital com direito a voto,
observado o disposto no parágrafo único;
IV - os royalties pelo uso de patentes de invenção, processos e fórmulas de
fabricação pagos ou creditados a beneficiário domiciliado no exterior:
a) que não sejam objeto de contrato registrado no Banco Central do Brasil; ou
b) cujos montantes excedam aos limites periodicamente fixados pelo Ministro de
Estado da Fazenda para cada grupo de atividades ou produtos, segundo o grau de
sua essencialidade, e em conformidade com a legislação específica sobre
remessas de valores para o exterior;
V - os royalties pelo uso de marcas de indústria e comércio pagos ou creditados a
beneficiário domiciliado no exterior:
a) que não sejam objeto de contrato registrado no Banco Central do Brasil; ou
b) cujos montantes excedam aos limites periodicamente fixados pelo Ministro de
Estado da Fazenda para cada grupo de atividades ou produtos, segundo o grau da
sua essencialidade e em conformidade com a legislação específica sobre remessas
de valores para o exterior.
Parágrafo único. O disposto na alínea "b" do inciso III deste artigo não se aplica
às despesas decorrentes de contratos que, posteriormente a 31 de dezembro de
1991, sejam averbados no Instituto Nacional da Propriedade Industrial - INPI e
registrados no Banco Central do Brasil, observados os limites e condições
estabelecidos pela legislação em vigor (Lei nº 8.383, de 1991, art. 50).
(Grifos não constam do original)
17. O art. 352 do RIR/1999 prevê a dedutibilidade dos gastos com royalties, para
fins de apuração do lucro real, quando atendidos os requisitos para admissão como despesas
operacionais. A par disso, também são apresentadas hipóteses específicas de indedutibilidade
dessa espécie de despesa, no artigo 353 do RIR/1999.
18. No que se aplica ao caso narrado, verifica-se que o inciso I do citado artigo veda
a dedução de pagamentos de royalties a sócios. Por seu turno, o inciso III prevê casos
específicos de indedutibilidade para as espécies de royalties concernentes ao uso de patentes de
invenção, processos e fórmulas de fabricação, ou pelo uso de marcas de indústria ou de
comércio.

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19. Conforme informado, a empresa beneficiária dos pagamentos a título de


royalties é sócia da consulente fonte pagadora, mas não mantém, direta ou indiretamente,
controle do capital com direito a voto desta. Tal situação se enquadra na hipótese descrita no
inciso I do art. 353 do RIR/1999, restando, portanto, que o valor pago é indedutível para fins de
apuração do lucro real. No entanto, essa conclusão não é transferível à CSLL. De acordo com o
parágrafo único do art. 85 da Instrução Normativa RFB nº 1.700, de 14 de março de 2017, que,
por sua vez, remete ao art. 69 da citada IN, o valor despendido pela pessoa jurídica a título de
royalties será dedutível para fins de apuração do resultado ajustado quando for uma despesa
necessária às operações da empresa.
Art. 85. Para efeito de apuração do lucro real a dedução de despesas com royalties
será admitida quando necessárias para que o contribuinte mantenha a posse, o uso
ou a fruição do bem ou direito que produz o rendimento.
Parágrafo único. Na apuração do resultado ajustado deve ser observado o disposto
no art. 69.
...................................................................................................................................

Art. 69. Serão indedutíveis na apuração do resultado ajustado as despesas


desnecessárias às operações da empresa.
(...)
(Grifos não constam do original)

20. Ademais, salienta-se que o item 99 do Anexo I – Tabela de Adições ao Lucro


Líquido da IN RFB nº 1.700, de 2017, deixa claro que o limite de dedutibilidade aplicável, nos
casos previstos na legislação, ao IRPJ não se aplica à CSLL.

Nº Assunto Descrição do Ajuste Aplica-se Aplica-se Dispositivo


ao IRPJ à CSLL na IN

99 Royalties e O valor dos royalties e das Sim Não Arts. 85 a


Assistência importâncias pagas a título de 88
Técnica, assistência técnica, científica,
Científica e administrativa ou semelhante,
Administrativa que forem indedutíveis nos
termos: (1) dos arts. 52 e 71,
caput, alínea ‘a’, e parágrafo
único, alíneas ‘c’ a ‘g’, da Lei
nº 4.506, de 1964; (2) do art.
50 da Lei nº 8.383, de 1991;
(3) do art. 74, caput, da Lei nº
3.470, de 1958; (4) do art. 12
da Lei nº 4.131, de 1962; e (5)
do art. 6º do Decreto-Lei nº
1.730, de 1979.

21. Cabe-nos observar ainda que, apesar de a IN RFB nº 1.700, de 2017, ter
adquirido vigência após a data de protocolo da consulta, aquela é plenamente aplicável ao caso
posto pela consulente. No que diz respeito à natureza jurídica das instruções normativas, estas
são atos que têm por função complementar e normatizar a legislação tributária, enquadrando-se

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no art. 100, inciso I do Código Tributário Nacional, Lei nº 5.172, de 1966. Têm, também, esses
atos, natureza interpretativa, explicitando o sentido e alcance dos atos legais.

22. Entende-se, assim, que o valor pago a título de royalties pela exploração de
processos de fabricação é dedutível para fins de apuração do resultado ajustado se configurado
como despesa necessária à atividade da empresa, não se subordinando aos limites estabelecidos
pela legislação do Imposto sobre a Renda.
23. No tocante às perguntas sobre o tratamento das despesas relativas à “assistência
técnica, científica e administrativa”, cumpre analisar as disposições a seguir do RIR/1999:

Assistência Técnica, Científica ou Administrativa

Art. 354. As importâncias pagas a pessoas jurídicas ou físicas domiciliadas no


exterior a título de assistência técnica, científica, administrativa ou semelhante,
quer fixas, quer como percentagem da receita ou do lucro, somente poderão ser
deduzidas como despesas operacionais quando satisfizerem aos seguintes
requisitos (Lei nº 4.506, de 1964, art. 52):
I - constarem de contrato registrado no Banco Central do Brasil;
II - corresponderem a serviços efetivamente prestados à empresa através de
técnicos, desenhos ou instruções enviadas ao País, ou estudos técnicos realizados
no exterior por conta da empresa;
III - o montante anual dos pagamentos não exceder ao limite fixado por ato do
Ministro de Estado da Fazenda, de conformidade com a legislação específica.
§ 1º As despesas de assistência técnica, científica, administrativa e semelhantes
somente poderão ser deduzidas nos cinco primeiros anos de funcionamento da
empresa ou da introdução do processo especial de produção, quando demonstrada
sua necessidade, podendo esse prazo ser prorrogado até mais cinco anos por
autorização do Conselho Monetário Nacional (Lei nº 4.131, de 1962, art. 12, §
3º).
§ 2º Não serão dedutíveis as despesas referidas neste artigo, quando pagas ou
creditadas (Lei nº 4.506, de 1964, art. 52, parágrafo único):
I - pela filial de empresa com sede no exterior, em benefício da sua matriz;
II - pela sociedade com sede no Brasil a pessoa domiciliada no exterior que
mantenha, direta ou indiretamente, o controle de seu capital com direito a voto.
§ 3º O disposto no inciso II do parágrafo anterior não se aplica às despesas
decorrentes de contratos que, posteriormente a 31 de dezembro de 1991, venham
a ser assinados, averbados no Instituto Nacional da Propriedade Industrial - INPI
e registrados no Banco Central do Brasil, observados os limites e condições
estabelecidos pela legislação em vigor (Lei nº 8.383, de 1991, art. 50).
(Grifos não constam do original)
24. É de se perceber que a abrangência do termo “assistência técnica, científica ou
administrativa” refere-se a situações em que se verifica a transferência de tecnologia, na forma
de aquisição de conhecimentos tecnológicos, como se verifica do teor do § 3º do art. 355 do
RIR/1999, bem como do art. 2º da Instrução Normativa nº 16, de 18 de março de 2013, do
Presidente do Instituto Nacional da Propriedade Industrial - INPI.
25. Nessa concepção, a Solução de Consulta nº 252, de 1998, elaborada pela
Divisão de Tributação da 7ª Região Fiscal da Secretaria da Receita Federal, analisou o tema,
expressando que "... o dispositivo é aplicável a casos em que a empresa estrangeira fornece à

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nacional, conhecimentos que possibilitam a introdução de processo especial de produção; vale


dizer, novas tecnologias que modifiquem a forma pela qual a empresa nacional leve adiante
seu processo produtivo".
26. Dessa forma, conclui-se que, no caso sob análise, são enquadráveis como
despesas com assistência técnica, científica e administrativa, com os efeitos do citado art. 354
do RIR/1999, aquelas que importem transferência de conhecimentos para a fonte pagadora,
como ocorre com o treinamento dos empregados desta, por técnicos enviados pela empresa
japonesa. Também se enquadra nessa categoria o pagamento relativo à aquisição de
conhecimento por parte dos empregados.
27. No presente caso, conquanto indedutíveis as despesas com royalties, para fins de
apuração do lucro real, são dedutíveis aquelas relativas a assistência técnica, científica e
administrativa, submetidas, por sua vez, a limites previstos nos termos do art. 355 do
RIR/1999:

Limite e Condições de Dedutibilidade

Art. 355. As somas das quantias devidas a título de royalties pela exploração de
patentes de invenção ou uso de marcas de indústria ou de comércio, e por
assistência técnica, científica, administrativa ou semelhante, poderão ser
deduzidas como despesas operacionais até o limite máximo de cinco por cento da
receita líquida das vendas do produto fabricado ou vendido (art. 280), ressalvado
o disposto nos arts. 501 e 504, inciso V (Lei nº 3.470, de 1958, art. 74, e Lei nº
4.131, de 1962, art. 12, e Decreto-Lei nº 1.730, de 1979, art. 6º).
§ 1º Serão estabelecidos e revistos periodicamente, mediante ato do Ministro de
Estado da Fazenda, os coeficientes percentuais admitidos para as deduções a que
se refere este artigo, considerados os tipos de produção ou atividades reunidos em
grupos, segundo o grau de essencialidade (Lei nº 4.131, de 1962, art. 12, § 1º).
§ 2º Não são dedutíveis as quantias devidas a título de royalties pela exploração
de patentes de invenção ou uso de marcas de indústria e de comércio, e por
assistência técnica, científica, administrativa ou semelhante, que não satisfizerem
às condições previstas neste Decreto ou excederem aos limites referidos neste
artigo, as quais serão consideradas como lucros distribuídos (Lei nº 4.131, de
1962, arts. 12 e 13).
§ 3º A dedutibilidade das importâncias pagas ou creditadas pelas pessoas
jurídicas, a título de aluguéis ou royalties pela exploração ou cessão de patentes
ou pelo uso ou cessão de marcas, bem como a título de remuneração que envolva
transferência de tecnologia (assistência técnica, científica, administrativa ou
semelhantes, projetos ou serviços técnicos especializados) somente será admitida
a partir da averbação do respectivo ato ou contrato no Instituto Nacional da
Propriedade Industrial - INPI, obedecidos o prazo e as condições da averbação e,
ainda, as demais prescrições pertinentes, na forma da Lei nº 9.279, de 14 de maio
de 1996.
(Grifos não constam do original)
28. Nos termos normatizados, o montante objeto da limitação corresponde à soma
das quantias devidas a título de royalties pela exploração de patentes de invenção ou uso de
marcas de indústria ou de comércio, e por assistência técnica, científica, administrativa ou
semelhante. Nessa soma, as categorias de despesas devem ser consideradas englobadamente,
no que diz respeito ao IRPJ, inadmitindo-se o uso do percentual de forma separada entre as
espécies tratadas. Entretanto, cumpre repisar a indedutibilidade relativa aos royalties, para fins
de apuração do lucro real, no presente caso, conforme explanado no item 19 acima.
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29. O limite percentual previsto no art. 355 do RIR/1999 - cinco por cento -,
constitui parâmetro genérico máximo, cabendo ainda a definição mais específica por meio de
ato do Ministro de Estado da Fazenda. Tal percentual é aplicado sobre o valor da receita
líquida das vendas do produto fabricado ou vendido, conforme a maneira pactuada para a dita
remuneração, em consonância com as regras previstas na Portaria nº 436, de 30 de dezembro
de 1958, do Ministro da Fazenda, baseada na Lei nº 3.470, de 28 de novembro de 1958.
30. Entretanto, dos dispositivos legais destacados anteriormente, erige uma questão
associada à atividade econômica da empresa, a qual indica como sua principal atividade na
CNAE a fabricação de artefatos de borracha, e informa que dentre os produtos fabricados
constam autopeças (linha de fabricação de autopeças). Só que a Portaria MF nº 436 de 30 de
dezembro de 1958, estabeleceu os seguintes limites máximos de dedução da receita líquida das
vendas do produto fabricado ou vendido decorrente de operações com emprego do novo
processo produtivo, integrado das novas tecnologias, como despesas operacionais decorrentes
de gastos a título de royalties pela exploração de patentes de invenção ou uso de marcas de
indústria ou de comércio, e por assistência técnica, científica, administrativa ou semelhante:
a) até 5% para atividade de fabricação de autopeças; e
b) até 2% para atividade de fabricação de artefatos de borracha.
30.1. Cabe ao consulente segregar as receitas líquidas das vendas de cada tipo de
produto fabricado ou vendido decorrente de operações com emprego do novo processo
produtivo, integrado das novas tecnologias, como despesas operacionais decorrentes de gastos
a título de royalties pela exploração de patentes de invenção ou uso de marcas de indústria ou
de comércio, e por assistência técnica, científica, administrativa ou semelhante.
31. Esse montante contempla tanto a receita relativa a vendas efetivas, como a
correspondente ao preço de venda dos estoques de produtos fabricados e não vendidos. Caso o
valor de royalties devidos seja determinado com base em produtos fabricados, deverá ser
adicionado o valor da receita líquida dos produtos não vendidos, com base no último preço de
fatura, e excluído o valor que tiver sido adicionado no ano anterior, por essa mesma forma, nos
termos da Portaria MF nº 436, de 1958.
32. Observa-se que a receita líquida corresponde à definição estabelecida no § 1º do
art. 12 do Decreto-Lei nº 1.598, de 26 de dezembro de 1977, a partir da receita bruta:
Decreto-Lei nº 1.598, de 26 de dezembro de 1977
Art. 12. A receita bruta compreende:
I - o produto da venda de bens nas operações de conta própria;
II - o preço da prestação de serviços em geral;
III - o resultado auferido nas operações de conta alheia; e
IV - as receitas da atividade ou objeto principal da pessoa jurídica não
compreendidas nos incisos I a III.
§ 1º A receita líquida será a receita bruta diminuída de:
I - devoluções e vendas canceladas;
II - descontos concedidos incondicionalmente;
III - tributos sobre ela incidentes; e
IV - valores decorrentes do ajuste a valor presente, de que trata o inciso VIII do
caput do art. 183 da Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976, das operações
vinculadas à receita bruta.

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(...)
§ 4º Na receita bruta não se incluem os tributos não cumulativos cobrados,
destacadamente, do comprador ou contratante pelo vendedor dos bens ou pelo
prestador dos serviços na condição de mero depositário. (Incluído pela Lei nº
12.973, de 2014)
§ 5º Na receita bruta incluem-se os tributos sobre ela incidentes e os valores
decorrentes do ajuste a valor presente, de que trata o inciso VIII do caput do art.
183 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, das operações previstas no
caput, observado o disposto no § 4º. (Incluído pela Lei nº 12.973, de 2014)
(Grifo não consta do original)
33. Outro questionamento acerca das despesas com “assistência técnica, científica e
administrativa”, diz respeito à composição do valor a ser computado como tal, em especial, se
a expressão "a soma das quantias devidas", "envolverá os desembolsos tributários inerentes a
esta obrigação, ou limitará ao valor enviado ao exterior e previsto no contrato de câmbio."
34. Esse questionamento carece de detalhes que permitam a identificação da dúvida
específica, em especial sobre os desembolsos tributários mencionados. De todo modo,
inobstante a ausência de detalhes, pode-se registrar que o valor a ser considerado para fins de
análise da dedutibilidade corresponde ao que deva ser contabilizado a débito de despesa da
pessoa jurídica pagadora, equivalendo ao valor bruto a ser atribuído ao beneficiário, sem
cômputo de qualquer espécie de dedução de valores a serem descontados da remuneração, ou
seja, “a soma das quantias devidas” corresponde ao valor total do rendimento pago ou
creditado.

35. Além disso, as condições de dedutibilidade mencionadas anteriormente atuam


igualmente no modelo normativo no caso de importâncias remetidas ao exterior por assistência
técnica, científica, administrativa ou semelhante, quer dizer, além de obedecerem os limites de
até 5% para atividade de fabricação de autopeças e de até 2% para atividade de fabricação de
artefatos de borracha, as importâncias remetidas contemplam tanto a receita relativa a vendas
efetivas, quanto o valor correspondente ao preço de venda dos estoques de produtos fabricados
e não vendidos. Caso o valor seja determinado com base em produtos fabricados, deverá ser
adicionado o valor da receita líquida dos produtos não vendidos, com base no último preço de
fatura, e excluído o valor que tiver sido adicionado no ano anterior, por essa mesma forma, nos
termos da Portaria MF nº 436, de 1958.

36. No que tange ao tratamento tributário aplicável às despesas relativas à


assistência técnica, científica e administrativa, na determinação do resultado ajustado,
menciona-se, novamente, o art. 69 da IN RFB nº 1.700, de 2017.

37. De acordo com este artigo, as despesas necessárias à atividade da empresa serão
dedutíveis na apuração do resultado ajustado. E, conforme explicado no item 20, o Anexo I –
Tabela de Adições ao Lucro Líquido da IN RFB nº 1.700, de 2014, em seu item 99, não impõe
limite de dedutibilidade de valor pago a título de assistência técnica, científica, administrativa
ou semelhante no tocante à CSLL.

38. Ademais, consoante item 21 desta consulta, reforça-se o caráter interpretativo


das instruções normativas, fato pelo qual admite-se a aplicação da Instrução Normativa RFB nº
1.700, de 2017 ao presente caso.

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39. Por conseguinte, os valores pagos a título de assistência técnica, científica e


administrativa são dedutíveis para fins de apuração do resultado ajustado, se caracterizada a
necessidade dessa despesa para a atividade da entidade, não se subordinando aos limites
estabelecidos pela legislação do Imposto sobre a Renda.

Conclusão
40. Com base no exposto, cumpre responder da forma seguinte às questões versadas
na consulta:
Questão “a”
40.1 Os valores pagos a sócia pessoa jurídica, a título de royalties, são indedutíveis
na apuração do lucro real e dedutíveis, para fins de apuração do resultado ajustado, quando se
constituírem despesa necessária à atividade da entidade.
Questão “b”
40.2 As importâncias pagas a pessoas jurídicas domiciliadas no exterior a título de
assistência técnica, científica, administrativa ou semelhante podem ser deduzidas como
despesas operacionais, na apuração do lucro real, observados os limites previstos na legislação,
e do resultado ajustado. Para fins de dedução da base de cálculo da CSLL as importâncias
pagas devem ser caracterizar como despesa necessária à atividade da entidade.
Questão “c”
40.3 Sim, para fins de apuração do lucro real. As quantias devidas a título de
royalties relativos a processos de fabricação, e por assistência técnica, científica, administrativa
ou semelhante, devem ser consideradas em conformidade com as seguintes descrições na
Portaria nº 436, de 1958: 1º GRUPO - INDÚSTRIAS DE BASE TIPOS DE PRODUÇÃO:
a) item 5 - MATERIAL DE TRANSPORTES - Autopeças 5% da receita líquida
das vendas do produto; e
b) item 11 - ARTEFATOS DE BORRACHA E MATÉRIA PLÁSTICA 2 % da
receita líquida das vendas do produto.
40.3.1. Obedecidos os limites individuais assinalados nas letras “a” e “b”, pela sua soma, ou
seja, de forma englobada, poderão ser deduzidas como despesas operacionais até o limite
máximo de cinco por cento da receita líquida das vendas do produto fabricado ou vendido,
desde que os royalties relativos a processos de fabricação referidos não sejam pagos a sócia
pessoa jurídica, hipótese demonstrada no caso em análise. Caso o valor de royalties e de
assistência técnica, científica, administrativa ou semelhante seja determinado com base em
produtos fabricados, deverá ser adicionado o valor da receita líquida dos produtos não
vendidos, com base no último preço de fatura, e excluído o valor que tiver sido adicionado no
ano anterior, por essa mesma forma, consoante prevê a Portaria MF nº 436, de 1958
Questão “d”
40.4 Para aferição da “soma das quantias devidas”, de que trata o art. 355 do
RIR/1999, considera-se o valor que deva ser contabilizado a débito de despesa da pessoa
jurídica pagadora, equivalendo ao valor bruto a ser atribuído ao beneficiário, sem cômputo de

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qualquer espécie de dedução de valores a serem descontados da remuneração, ou seja, “soma


das quantias devidas”, corresponde ao valor total do rendimento pago ou creditado.
Questão “e”
40.5 Ineficaz a consulta no tocante à questão, por não preencher os requisitos
previstos no inciso II do art. 18 da IN RFB nº 1.396, de 2013.
Questão “f”
40.6 O limite de dedutibilidade e a base de cálculo dos "royalties sobre processos de
fabricação" são os mesmos aplicáveis aos demais tipos regulados na Portaria nº 436, de 1958,
isto é, trata-se de limite incidente sobre a receita líquida, tal como definida no § 1º do art. 12 do
Decreto-Lei nº 1.598 de 1977. Ressalte-se que os royalties pagos a sócia pessoa jurídica são
indedutíveis na apuração do lucro real.
Questão “g”
40.7 O pagamento de royalties e das importâncias remetidas ao exterior e por
assistência técnica, científica, administrativa ou semelhante, a que se refere a questão somente
é dedutível, nos casos previstos na legislação, se importar transferência de conhecimentos para
a fonte pagadora e a partir do registro do contrato no INPI e no Banco Central, observando-se,
ainda, o limite legal. Esse montante contempla tanto a receita relativa a vendas efetivas, como a
correspondente ao preço de venda dos estoques e produtos fabricados e não vendidos. Caso as
importâncias remetidas ao exterior e por assistência técnica, científica, administrativa ou
semelhante, assim com o valor de royalties devidos, sejam determinadas com base em produtos
fabricados, deverá ser adicionado o valor da receita líquida dos produtos não vendidos, com
base no último preço de fatura, e excluído o valor que tiver sido adicionado no ano anterior,
por essa mesma forma, nos termos da Portaria MF nº 436, de 1958.
Questão “h”
40.8 A resposta à questão está contida no item 40.7, acima.
Questão “i”
40.9 Respondida nos termos do item 40.7, acima.
Questão “j”
40.10 Observados os prazos e condições fixados no art. 354 do RIR/1999 e a
legislação aplicável à CSLL, são computáveis como despesas com “assistência técnica,
científica e administrativa”, aquelas que importem transferência de conhecimentos para a fonte
pagadora, a exemplo da remuneração pelo treinamento de empregados, por técnicos enviados
por empresa situada no exterior.

À consideração superior.
Assinado digitalmente
JANSEN DE LIMA BRITO
Auditor-Fiscal da RFB
De acordo. Encaminhe-se à Coordenadora da Cotir.

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Assinado digitalmente
ALDENIR BRAGA CHRISTO
Auditor-Fiscal da RFB
Chefe da Disit02
De acordo. Ao Coordenador-Geral da Cosit para aprovação.

Assinado digitalmente
CLÁUDIA LUCIA PIMENTEL MARTINS DA SILVA
Auditora-Fiscal da RFB
Coordenadora da Cotir

Ordem de Intimação

Aprovo a Solução de Consulta. Divulgue-se e publique-se nos termos do art. 27


da Instrução Normativa RFB nº 1.396, de 16 de setembro de 2013. Dê-se ciência ao consulente.

Assinado digitalmente
FERNANDO MOMBELLI
Auditor-Fiscal da RFB - Coordenador-Geral da Cosit

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