Curso Linguica Frescal
Curso Linguica Frescal
Curso Linguica Frescal
Renata Martins
Julho
2007
DOSSIÊ TÉCNICO
Sumário
Conteúdo ............................................................................................................................3
1 Introdução..................................................................................................................3
2 Objetivo......................................................................................................................4
3 Processamento de Lingüiça Frescal...........................................................................4
3.1 Matérias-Primas.......................................................................................................5
3.1.1 Carnes..................................................................................................................5
3.1.2 - Gordura e Toucinho..............................................................................................5
3.2 Insumos...................................................................................................................6
3.3 Tripas......................................................................................................................8
3.4 - Picagem/Moagem da Carne e Formulação..............................................................8
3.5 Mistura.....................................................................................................................8
3.6 Embutimento...........................................................................................................8
3.7 - Câmara de Cura ......................................................................................................9
3.8 Embalagem.............................................................................................................9
3.9 Congelamento.......................................................................................................10
3.10 Armazenagem.....................................................................................................11
4 Formulações.............................................................................................................11
5 Defeitos em Lingüiças Frescais................................................................................14
5.1 - Falta de Consistência.............................................................................................14
5.2 Superfície Seca ....................................................................................................15
5.3 Corte sem Liga .....................................................................................................15
5.4 Fendas, bolsões de ar...........................................................................................16
5.5 Falta e má conservação da cor.............................................................................16
5.6 Descoloração do núcleo........................................................................................17
5.7 - Superfície sem cor.................................................................................................18
5.8 Superfície seca e escura.......................................................................................18
5.9 Superfície seca e acizentada................................................................................18
5.10 Tripa solta e/ou enrugada...................................................................................19
5.11 Manchas no produto...........................................................................................19
5.12 Tripa estourada...................................................................................................20
5.13 Acidez excessiva.................................................................................................20
5.14 Rancidez..............................................................................................................21
5.15 Putrefação...........................................................................................................21
5.16 Sabores indesejados...........................................................................................22
5.17 Condimentação inadequada................................................................................22
5.18 Falta de aroma.....................................................................................................22
5.19 Alterações de aroma e sabor...............................................................................23
6 Considerações sobre Boas Práticas de Fabricação em áreas de produção.............23
6.1 Limpeza e Sanitização...........................................................................................23
6.2 Higiene Pessoal ....................................................................................................24
6.3 - Edifícios e Instalações / Manutenção.....................................................................25
6.4 - Limpeza / Sanitação produtos químicos..............................................................27
6.5 - Rastreabilidade / Matérias Primas e Ingredientes..................................................28
6.6 - Controle de Qualidade / Auditoria..........................................................................29
1
Título
Assunto
Alimentos
Resumo
Palavras chave
Conteúdo
1- Introdução
Desde remota antigüidade o homem vem fabricando diferentes tipos de lingüiças, na busca
de conservar a carne e fornecer um produto à altura das aspirações do consumidor.
Na época, os artesãos foram, aos poucos, transformando sua arte em pequenas fábricas,
enquanto os donos de açougues começaram a ousar o processamento industrial de carnes
a partir da elaboração do embutido mais simples, a lingüiça, que dispensa a preparação de
emulsões e equipamentos mais sofisticados. Mais tarde vieram para o Brasil os grandes
frigoríficos multinacionais aumentando o volume de carne fresca processada.
Conseqüentemente, a produção de embutidos também cresceu, e representa 10% da carne
consumida no país.
Lingüiças mistas do tipo frescal são produtos de origem animal que apresentam alta
atividade de água e, por serem intensamente manipulados e não serem submetidos a
tratamento térmico podem conter microrganismos patogênicos. Esses produtos, que têm
grande aceitação de consumo, principalmente no sul do Brasil, têm sido relacionados com
surtos de toxinfecções alimentares.
2 Objetivo
Pesar insumos
Adicionar temperos e
condimentos
Embutir massa
Cura
Congelar
Armazenar
3.1 Matérias-Primas
3.1.1 - Carnes
1ª: carne magra, sem gordura aparente, totalmente desprovida de tecido conjuntivo
aparente (tendões, nervos, aponevroses) e vasos sangüíneos maiores, glândulas, nodos
linfáticos e sangue - da superfície e intermuscularmente;
2ª: carne magra, sem gordura aparente, privada grosseiramente de nervos, aponevroses,
vasos sangüíneos e desprovida por completo de glândulas, nodos linfáticos e sangue;
São usados com finalidade de dar um paladar adequado ao produto, sendo usados nos
teores de 15-30%. Os toucinhos de melhor qualidade são os de suíno, de cor branca, firmes
e sem cheiro. Gorduras como a banha em rama causa uma consistência muito mole à
salsicha, sendo mais usadas em patês. As gorduras bovinas são muito duras e causam um
a sensação desagradável na boca. Se necessário, deve-se separar o toucinho da pele antes
do uso e cortá-lo em pedaços. Moer o toucinho antes de colocá-lo no cutter, facilita o
preparo.
Água / Gelo
De acordo com o R.I.I.S.P.O.A., a adição de água em forma de gelo, está restrita nos
seguintes limites:
Sal (NaCl)
Especiarias
Partes de certas plantas (raízes, bulbos, cascas, folhas, flores, frutos, sementes) em estado
natural, dessecadas e/ou resultantes de trabalho mecânico, que temperam e fornecem
sabor aos alimentos para consumo humano.
Aditivos
A escolha adequada e a correta utilização desses aditivos são balizadas pelas Portarias
1002, 1003 e 1004 do Ministério da Saúde, que orientam os processadores com relação ao
uso de aditivos, indicando os ingredientes permitidos e as quantidades residuais que podem
ser detectadas no produto (como por exemplo, o nitrito, que tem como limite máximo
150mg/kg).
Existem vários fatores que influenciam no sabor de um produto como, por exemplo, a
própria quantidade de sal, o pH da carne, o uso de acidulantes, estabilizantes, flavorizantes.
A aplicação desses sais acima do limite máximo estabelecido pela legislação vigente pode
acarretar sérios riscos à saúde humana, pela manifestação de efeitos tóxicos agudos e
crônicos. O nitrito ingerido em excesso pode agir sobre a hemoglobina e originar a
metahemoglobinemia, impedindo que ela exerça a função normal de transportar o oxigênio.
A reação do íon nitrito com aminas e amidas presentes no meio pode dar origem às
nitrosaminas e nitrosamidas, substâncias consideradas carcinogênicas, mutagênicas
eteratogênicas.
No Brasil, o limite máximo permitido para adição de nitrito é de 150 mg/kg e de nitrato é de
300 mg/kg.
É conhecido também como emulsificante. Logo após o abate do animal a carne tem uma
capacidade ótima de retenção de água. Após a morte, com o desenvolvimento do rigor
mortis, a carne perde esta capacidade. O processo é revertido pela a adição de sal e
fosfato.
O lactato também reduz a atividade hídrica. Essa ação microbiana impede o crescimento
por longos períodos, assegurando uma vida útil mais longa e uma segurança maior do
produto. Como o lactato não elimina as bactérias, não pode ser usado para mascarar
práticas sanitárias precárias.
Acidulantes: glucona-d-lactona;
3.3 Tripas
O vermelhão, também indesejável, pode prejudicar a qualidade das tripas e é causado pelo
crescimento de bactérias cromogênicas vermelhas, como as Halobacterium cutirubrum.
O Controle de Qualidade das empresas deve estar atento às diversas alterações que as
tripas podem sofrer, e assim prevenir a rejeição dos embutidos junto aos consumidores.
A carne é picada e/ou moída, com auxílio de equipamentos do tipo moedores. As pesagens
de um mesmo lote são identificadas e mantidas juntas, para a seqüência do processo. Por
vezes, são colocadas dentro de um container móvel, com identificação do lote.
As carnes duras devem ser finamente moídas, enquanto as carnes mais macias e as
gorduras devem ser moídas em discos de maior calibre. A temperatura da carne a ser
moída deve ser de 0 a 4oC, pois a moagem provoca um aquecimento indesejável da
carne.
3.5 Mistura
A carne picada e/ou moída, bem como os ingredientes do lote do produto, vão sendo
adicionados em um equipamento misturador, onde permanecem por tempo suficiente para a
completa mistura e incorporação de todos os ingredientes da formulação.
3.6 Embutimento
A mistura pronta é transferida para a embutideira e embutida em tripas próprias aos tipos de
lingüiças formuladas (tripa bovina, suína ou de celulose), com calibres específicos. No caso
de tripas naturais (bovinas ou suínas), ocorre uma preparação prévia, na qual as tripas são
enxaguadas, para remoção de sal e hidratação; em seguida, elas são colocadas em tubos,
operação chamada de corrugação, de acordo com o calibre necessário para o embutimento
do produto.
No momento de embutir, as tripas devem ser colocadas em água aquecida, pois este
procedimento facilitará o embutimento e amoldamento da massa ao envoltório, após o
recheio. Nas lingüiças frecais é comum a utilização de tripas com calibre médio de 28-
32mm.
As extremidades dos envoltórios e regiões de torção devem ser amarradas com fio de
algodão (barbante). Esse fio não deve ser muito fino e a pressão dos nós não deve ser
excessiva para não causar corte na tripa e extravasamento da massa. Entretanto, em
alguns tipos de lingüiças, os gomos podem ficar soltos sem amarrar.
Embutideiras
Após o embutimento, as lingüiças frescais são encaminhadas para as câmaras de cura para
produtos frescais, onde permanecem a uma temperatura em torno de 6ºC pelo tempo
suficiente para o desenvolvimento das características desejadas (de 4 a 12 horas). Depois,
seguem para a embalagem.
3.8 Embalagem
Uma vez terminado o processo de fabricação, as lingüiças frescais são embaladas a vácuo
ou tem sua embalagem lacradas com lacres plásticos ou clips. Em seguida, são
acondicionadas em embalagem secundária de papelão.
Os sacos / pouchs com barreira são manufaturados com filme coextrudado de 5 camadas,
utilizando nylon, evoh e polipropileno. São destinados a embalar alimentos onde os
aspectos preservação e resistência mecânica são de suma importância. Destacam-se aqui o
empacotamento de alimentos com vida-de-prateleira prolongada e os produtos que exigem
aspectos específicos de embalagem quanto à sua resistência mecânica.
O uso de embalagem a vácuo é importante para melhor conservação dos produtos, pois,
além de dar uma boa apresentação, a ausência de ar protege o produto de alterações por
oxigênio, como oxidação de gorduras e desenvolvimento de microrganismos aeróbios (que
necessitam de oxigênio para se desenvolver).
Os equipamentos adequados para embalar a vácuo são máquinas seladoras com sistema
de câmara e bomba de sucção de ar. Estas máquinas possuem geralmente câmaras de
sucção e estrutura em aço inox, tampa de acrílico transparente e bomba de sucção que
permite de 2 a 4 ciclos p/minuto.
Embaladora a vácuo
3.9 Congelamento
3.10 Armazenagem
4 Formulações
Lingüiça Toscana
Paleta Suína (moer em disco de 12mm) 10 kg
Retalho Suíno Gordo (moer em disco de 12mm) 15kg
Água gelada 5l
Doremax Toscana LT ou LTC 1 kg
Alho em pasta AP10 50 gramas
Retex E006 250 gramas
Saborizante AR010 125 gramas
Inicialmente moer as matérias-primas resfriadas em seus respectivos discos; Leva-las ao
misturador e adicionar a água gelada e misturar por aproximadamente 2 minutos;
Adicionar o Doremax Toscana LT ou LTC, o Saborizante AR010, o Alho em Pasta AP10 e o
Retex E006 e misturar por aproximadamente mais 2 minutos; Deixar descansar em câmara
fria (5ºC), por no mínimo 12 horas; Embutir em tripa suína calibre 28/32.
Lingüiça mista de carne suína e bovina (fresca)
Moer a carne suína juntamente com o toucinho utilizando no moedor disco com furos de 12
mm de diâmetro. Moer a carne bovina utilizando no moedor disco com furos de 5 mm de
diâmetro. Adicionar e distribuir uniformemente o sal refinado previamente misturado com o
CURALIN sobre a massa e logo após a água da formulação. Adicionar e distribuir
uniformemente o TEMPEREX LP 200 e o TEMPEREX AL sobre a massa.
Misturar até obter uma completa e homogênea absorção dos ingredientes pela massa. E por
último adicionar e distribuir uniformemente o ADINOX sobre a massa e misturar até obter
uma boa e homogênea mistura. Deixar a massa em câmaras de refrigeração entre 4°C a
5°C por 6 a 10 horas de descanso para ocorrer a reação de cura.
As tripas devem estar previamente lavadas (retirar o excesso de sal), hidratadas (antes de
usar deixar de molho em água fria por 3 a 4 horas) e higienizadas. Colocar a massa na
ensacadeira e embutir em tripa suína de 22 a 24 mm de diâmetro. Amarrar em forma de
gomos de 8 a 12 cm de comprimento. Embalar em sacos plásticos fechados a vácuo e
conservar armazenada em câmaras de congelamento (-20°C).
Nos pontos de venda armazenar a temperatura de refrigeração.
Lingüiça Fresca
Carne de porco - 50Kg
Carne bovina - 50Kg
Toucinho - 15Kg
Açúcar - 100Kg
12
Lingüiça mista
Retalho magro bovino gelado (6°C) - 19 kg
Toucinho suíno ou papada gelada (6°C) - 6 kg
Água gelada - 5 l
CONAMIX C-25 LINGÜÍÇA FRESCA - 1 kg
Alho desidratado moído - 0,075 kg
Pimenta vermelha - 0,075 kg
Matéria-prima:
1. pH inicial muito alto.
2. Utilização de carnes provenientes de animais doentes e/ou fatigados.
3. Carne sem descanso em câmaras de resfriamento.
4. Gordura sem consistência.
5. Alta contaminação inicial devido a falta de higiene durante a operação de abate
(germes proteoliticos e outros microorganismos indesejados).
6. Carne mal refrigerada.
7. Formulação com excesso de gordura (principalmente nos embutidos com carne
moída fina.)
Tripa :
1. Mal lavada (tripa impermeável ao vapor de água).
2. Mal desengordurada, sem intercâmbio de umidade com o ambiente.
Aditivos:
1. Pouco sal.
2. Poucos hidratos de carbono, principalmente quando o pH inicial for muito alto.
3. Emprego de cultivo (starters) sem capacidade de multiplicação.
4. Descanso muito prolongado da massa e temperatura elevada.
Fabricação:
1. Temperatura muito alta na Cutter ou misturadeira.
2. Pouca pressão de embutimento.
3. Liberação de gordura durante o embutimento
. Processo:
1. Umidade relativa muito alta (mal desidratado).
2. Umidade relativa baixa (formação de superfície muito seca , ficando o interior muito
úmido e mole).
3. Temperatura elevada com massa possuindo contaminação inicial favorece o
desenvolvimento de microorganismos indesejáveis.
4. Umidade relativa muito alta na câmara onde o produto permanece antes da
embalagem.
Embalagem:
1. Produto embalado sem o devido descanso e/ou resfriamento completo quando o
mesmo foi processado. ( não se produz mais desidratação e por esta razão falta
consistência no corte).
Matéria-prima:
1. Formulação com pouco teor de gordura.
Tripa:
14
Processo:
1. Temperatura inicial da estufa muito alta.
2. Umidade relativa muito baixa .
3. Ventilação muito intensa.
4. Temperatura em desacordo com a permeabilidade da tripa ao vapor de água.
5. Embutido deixado exposto a correntes de ar, as vezes, com formação de superfície
unilateral seca.
6. Defumação muito quente.
7. Defumação muito rápida coincidindo com umidade relativa elevada e com formação
de uma superfície defumada escura e seca.
Estocagem:
1. Umidade relativa muito baixa.
2. Ventilação excessiva.
3. Correntes de ar com formação de superfície seca em uma lateral.
Matéria-prima:
1. Carne com umidade muito alta (excesso de água).
2. Higiene deficiente.
3. Elevada contaminação inicial contribuindo para uma acidificado muito rápida nos
primeiros dias de estocagem a uma temperatura de 0 - 5 oC. (resfriamento).
4. Carnes mal refrigeradas.
Aditivos:
1. Descanso muito prolongado antes do embutimento, principalmente quando se utiliza
GDL.
2. Adição excessiva de açúcar normalmente acompanhado de temperaturas altas de
massa (queda do pH muito rápido).
3. Adição excessiva de GDL e/ou carboidratos.
Processo:
1. Pressão de embutimento muito baixa.
2. Embutimento frouxo.
3. Ar na massa.
4. Umidade relativa muito baixa.
5. Ventilação excessiva (superfície seca) ocasionando formação de fendas e ar no
interior da peça.
6. Temperatura de processo muito alta acompanhada de grande adição de carboidratos
ou utilização de matéria-prima contaminada.
7. Formação de gás por microorganismos heterofermentativos como conseqüência de
uma superfície muito seca (impermeável). Ver defeitos (B- SUPERFÍCIE SECA).
Matéria-prima:
1. Utilização de matéria-prima altamente contaminada. formação de fendas entre o
revestimento dessecado (tripa) e o núcleo do embutido.
Tripa:
1. Mal desengordurada, formação de superfície ressequida na lateral com formação de
fendas entre o revestimento dessecado (tripa) e o núcleo do embutido.
15
Processo:
1. Pressão de embutimento muito baixa.
2. Embutimento frouxo.
3. Ar na massa.
4. Ar na massa proveniente de defeitos nos anéis de vedação do pistão das
ensacadeiras verticais.
5. Umidade relativa muito baixa.
6. Ventilação excessiva ( formação de superfície seca ) tendo como conseqüência
formação de fendas e ar no interior da peça.
7. Temperatura de processo muito alta acompanhada de grande adição de carboidratos
ou utilização de matéria-prima muito contaminada.
8. Formação de gás por microorganismos heterofermentativos, como conseqüência de
uma superfície muito seca (impermeável).
Matéria-prima:
1. Pouca carne magra na formulação.
2. Utilização de carnes com baixo teor de mioglobina ( animais muito jovens).
3. Carnes contaminadas seja por obtenção ou tratamento anti-higiênico.
4. Utilização de toucinho rançoso ( formação de peróxidos capazes de alterar a cor do
produto final).
5. Matéria-prima mal resfriada.
6. Utilização de toucinho muito mole.
Tripa:
1. Tripa com resto de mucose intestinal.
2. Tripa com excesso de água no interior com formação de uma película de água entre
a massa e o produto.
3. Descolorante da tripa não eliminado , o que altera a cor do produto final.
4. Alterada a permeabilidade da tripa por estar mal lavada.
Aditivos:
1. Quantidades insuficientes de sais de cura.
2. Utilização de GDL ,sal e sais de cura em proporções inadequadas, tendo como
conseqüência a falta da reação entre os sais de cura e a mioglobina como resultado
de uma queda muito rápida de pH.
3. Elevada concentração de açucares junto com sais de cura não adequados para o
processo de elaboração e elevadas temperaturas de estocagem ou maturação.
4. Cultivos (starters) não apropriados para o processo , inativos por estarem mal
estocados (starters mortos).
5. Adição excessiva de fixadores de cor ou outras substancias redutoras que alteram o
potencial redox.
6. Dosagem deficiente de antioxidantes.
7. Dosagem muito alta de sais de cura que alteram o sabor (metálico) e a cor do
produto final.
Processo:
1. Altas temperaturas da massa durante a preparação.
2. Temperaturas muito baixas (reação muito lenta).
3. Iluminação muito intensa principalmente quando utilizam-se lâmpadas com muita
emissão de ultravioleta.
16
Matéria-prima :
1. Utilização de toucinho sem textura ( mole ) com o qual forma-se uma película de
gordura na superfície das carnes o que impede a desidratação e ou mascarando a
cor das carnes curadas.
2. Utilização de carnes muito contaminadas (abate, conservação, etc. em condições
anti-higiênicas).
3. Carnes estocadas durante muito tempo.
Tripa:
1. Não se observou a permeabilidade ao vapor de água da tripa, com a formação de
uma película superficial seca (casca) consequentemente o núcleo fica pálido.
2. Tripa mal lavada ou mal hidratada (permeabilidade alterada).
Aditivos:
1. Dosagem muito baixa de sal , com nenhuma inibição ao crescimento de
microorganismos indesejáveis.
2. Dosagens muito altas ou baixas de sais de cura.
Processo:
1. Temperatura elevadas durante a preparação da massa e ou durante o embutimento
(gordura parcialmente fundida).
2. Umidade relativa muito baixa o que forma uma superfície muito seca (casca) com
formação de um núcleo pálido.
3. Temperaturas muito baixas de preparação e ou estocagem (reação de cura
incompleta).
Matéria-prima :
1. Utilização de toucinho sem textura ( mole ).
Processo:
1. Temperatura da massa muito alta durante a preparação.
2. Cutter com as facas mal afiadas (aquecimento da massa).
3. Toucinho ou papada com temperatura elevada.
4. Pressão de embutimento muito baixa ou funil muito fino, consequentemente as
gorduras ficam localizadas entre a tripa e as carnes curadas , mascarando a cor das
carnes curadas (esbranquiçado).
17
Matéria-prima :
1. Utilização de toucinho rançoso.
2. Pela influencia do oxigênio do ar sobre a superfície do produto fica de cor
acinzentada.
Tripa:
1. Tripa com resíduos de mucose intestinal.
2. Excesso de água no interior da tripa formando uma camada da mesma entre a
massa e a tripa.
3. Tripa estocada durante muito tempo, alta contaminação superficial por
microorganismos que alteram a cor.
Processo:
1. Umidade muito alta atuando durante muito tempo formando uma película viscosa
superficial como conseqüência de uma contaminação ambiental muito elevada tendo
como efeito uma alteração superficial de cor.
2. Estocagem em câmaras com temperatura muito baixa.
3. Influencia do oxigênio do ar.
4. Iluminação muito intensa com alta quantidade de ultravioleta durante a estocagem da
massa ou produto embutido.
5. Formação de mofo superficial ,que origina alteração da cor superficial em virtude da
umidade relativa ser muito alta e condições anti-higiênicas com elevada
contaminação ambiental.
Embalagem:
1. Embalagem com defeito,(falhas na solda, grampeado , etc.) o que causa uma
contaminação interna por microorganismos alterando-se a cor do produto por
desenvolvimento de microorganismos que consomem ar.
2. Embalagem em mas condições de higiene.
Umidade ambiente muito alta (ponto de rocio).
Matéria-prima:
1. Formulação com muito baixo teor de gordura, como conseqüência uma desidratação
muito rápida com formação de rugas.
Tripa:
1. Insuficientemente lavada(elasticidade deficiente).
2. A tripa não se retrai após o processo.
Processo:
1. Umidade ambiente muito baixa com formação de superfície muito seca.
2. A tripa não se retrai por igual.
3. Peças penduradas muito juntas o que origina áreas úmidas e secas.
4. Cobertura do produto por películas protetoras (impermeabilizantes) ou revestimentos
similares aplicados sobre o produto úmido ou frio.
Tripa:
1. Exumação do sal quando são utilizadas tripas mal lavadas(manchas salinas).
2. Tripas estocadas durante muito tempo.
3. Formação de mofos sob a superfície da tripa que causam manchas de cor ou pretas.
4. Tripas mal lavadas.
Processo:
1. Presença de ferrugem na massa (como conseqüência de trabalhar-se com
equipamento antigo e em mas condições) que na presença de fixadores forma
manchas pretas,
2. Umidade relativa muito alta com a conseqüente formação de mofos.
3. Defumação úmida e a temperaturas muito altas.
4. Manchas de fumaça cor castanha acompanhadas de liberação de gordura ou
condensação de vapor de água.
5. Temperatura muito elevada na estocagem.
6. Influencia da luz principalmente quando se trabalha com toucinho/papada rançosos.
Embalagem:
Embalagem deficiente (solda, grampo, etc.) com vazamentos penetrando ar contaminado
com o conseqüente crescimento de mofos e leveduras originando-se manchas pretas,
verdes ou brancas.
Matéria-prima:
1. Utilização de matérias-primas excessivamente contaminadas principalmente por
germens formadores de gás.
Tipas :
1. Utilização de tripas celulósicas contaminadas com mofos e leveduras.
2. Tripa estocada durante muito tempo (contaminada).
3. Tripa lavada excessivamente.
Aditivos:
1. Adição excessiva de carboidratos acompanhados de microorganismos indesejáveis
(formadores de gás).
Processo:
1. Temperaturas de processo muito elevadas acompanhadas de dosagens altas de
hidratos de carbono e higiene deficiente.
2. Umidade relativa muito elevada.
3. Formação de mofos na superfície principalmente quando se utiliza tripa celulósica.
4. Higiene deficiente acompanhada de alta contaminação ambiental o que favorece a
formação de mofos e leveduras superficiais e provoca o rompimento da embalagem
celulósica quando ela é utilizada.
Matéria-prima:
19
Aditivos:
1. Uso excessivo de hidratos de carbono ou quantidades elevadas de GDL.
Processo:
1. Equipamento contaminado (maquinas e utensílios).
2. Altas contaminações por microorganismos produtores de ácidos fundamentalmente
heterofermentativos.
3. Temperaturas muito altas durante o descanso da massa.
4. Umidade relativa muito baixa com a conseqüente secagem superficial do embutido o
que facilita o desenvolvimento de microorganismos indesejáveis com uma produção
intensa de sabor ácido.
5. Temperaturas de processo muito elevadas.
Embalagem :
1. Embalagem anti-higienica (mãos, equipamentos, fatiadeiras, etc.). Embalagem de
produtos muito frescos (atividade de água muito elevada).
5.14 Rancidez
Matéria-prima:
1. Utilização de papada e ou toucinho rançoso.
2. Toucinho estocado durante muito tempo (velho) inclusive congelado.
3. Toucinho sem textura (elevada proporção de ácidos graxos insaturados que tendem
a rancificar-se com muita facilidade).
Tripa:
1. Utilização de tripa estocada durante muito tempo, principalmente se existe gordura
aderida (mal processada).
Aditivos:
1. Utilização de quantidades elevadas de GDL junto com dosagens altas de hidratos de
carbono.
Processo:
1. Presença de partículas metálicas na massa (ferrugem, funcionamento inadequado
dos equipamentos, etc.).
2. Excesso de ar na massa (oxigênio) temperatura elevadas de processo.
3. Iluminação muito intensa (alta concentração de radiação ultravioleta)
4. Formação de mofos e leveduras nas superfícies como conseqüência de umidade
relativa muito alta e durante muito tempo.
5. Produção anti-higienica, elevada contaminação ambiental.
Embalagem:
Embalagem deficiente , películas muito permeáveis , solda defeituosa falta de higiene
(mãos, touca, equipamento, etc.).
5.15 Putrefação
Matéria-prima:
1. Carnes com elevado pH inicial.
2. Carnes estocadas em condições inadequadas durante períodos longos.
Tripa:
1. Utilização de tripa estocada durante muito tempo.
2. Utilização de tripa natural mal lavada.
20
Processo:
1. Produção anti-higienica.
2. Temperaturas muito altas geralmente acompanhadas de dosagens muito baixas de
carboidratos.
3. Umidade relativa muito alta durante o processo.
4. Umidade ambiental muito baixa consequentemente forma-se uma superfície muito
seca e impermeável proliferando germens putrefativos no interior do produto.
Embalagem:
1. Embalagens com defeito (solda, micro-furos, etc.).
2. Embalagem anti-higienica.
3. Produto muito fresco (alta atividade de água).
Tripa:
1. Tripas estocadas durante muito tempo (velhas).
Aditivos:
1. Utilização de condimentação muito antiga e ou contaminada.
Processo:
1. Produção anti-higienica.
2. Umidade relativa muito alta e como conseqüência formação de leveduras e mofos na
superfície do produto.
3. Umidade relativa muito baixa com formação de superfície muito seca com formação
de fendas onde se desenvolvem germens indesejáveis.
Ver defeitos O - PUTREFAÇÃO.
Aditivos:
1. Composição inadequada de temperos, mal balanceada não respeitando a
participação de cada um dos temperos utilizados.
2. Inobservância da relação entre carnes magras e gordas.
3. Uso de conservantes impróprios.
4. Aditivos inadequados ou impróprios.
Processo:
Temperaturas de processo muito elevadas, que faz o processo se desenvolver muito
21
Tripa:
1. Tripas naturais mal lavadas.
2. Utilização de tripas estocadas durante muito tempo (velhas).
Aditivos:
1. Utilização de alhos e cebolas com inicio de germinação ou em inicio de putrefação.
2. Condimentos estocados durante muito tempo e ou contaminados (velhos).
Processo:
1. Utilização de madeiras verdes ou inadequadas para defumação (restos de verniz,
mofo, tinta, etc.).
2. Produto acabado ou matérias-primas estocadas com outros alimentos de odores
fortes tais como queijos, peixes, etc.
3. Produto acabado estocado junto com solventes orgânicos aromáticos.
Embalagem:
1. Embalagem anti-higienica (mãos, equipamentos, utensílios, etc.).
2. Defeitos na embalagem tais como soldas com falhas, micro-furos, o que favorece o
crescimento de microorganismos indesejáveis que alteram a cor, aroma e sabor do
produto final.
3. Produto com elevada atividade de água.
22
Na pré-lavagem são removidos com água morna os resíduos que sobraram nos
equipamentos, pisos e paredes. Estes resíduos orgânicos diminuem a ação dos
detergentes, que serão usados na próxima etapa. A água não deve ser quente (temperatura
entre 40oC a 45oC), de forma a evitar a coagulação de proteínas, nem fria, o que provoca a
solidificação das gorduras nas superfície.
2. Antes de tossir ou espirrar, afastar-se do produto que esteja manipulando, cobrir a boca e
o nariz com lenço de papel ou tecido e depois lavar as mãos para prevenir a contaminações.
4. Os homens devem estar sempre barbeados, com os cabelos aparados e cobertos por
toucas ou bonés. Manter as unhas limpas e curtas. De preferência não usar bigodes ou
mantê-los cobertos por máscara.
5. Mulheres devem manter os cabelos totalmente cobertos por toucas, redes ou similares.
As unhas devem ser mantidas curtas, limpas e livres de qualquer tipo de esmalte. Não usar
cílios ou unhas postiças.
6. O uniforme deve ser branco, sem bolsos acima da cintura, substituir os botões por
velcros. Deve ser mantidos em bom estado sem rasgos, partes descosturadas e ser
conservado limpo. A troca deve ser diária.
8. A calça deve ser confeccionada com cintas fixas ou elástico e a braguilha com zíper ou
velcro.
23
11. Roupas e pertences pessoais devem ser guardados em local próprio. Ex.: armários/
roupeiros.
12. Não estocar de nenhuma forma alimentos em armários ou vestiários já que os mesmos
são veículos para insetos e roedores como baratas, formigas e ratos.
13. As refeições devem ser realizadas em local apropriado e as sobras devem ser
estocadas nos lugares designados para este fim, não sendo permitido a entrada de
alimentos ou bebidas na fábrica.
16. Durante o trabalho não é permitido o uso de anéis, alianças, brincos, colares, pulseiras,
relógios, amuletos ou qualquer outro adereço; com o objetivo de evitar que os mesmos:
17. Quando usar tampão de ouvidos contra ruídos, os mesmos devem ser atados entre si
por um cordão que passa por trás do pescoço para prevenir que se soltem e caiam no
produto.
18. As mãos devem apresentar-se sempre limpas. Devendo ser lavadas com água potável,
sabão ou detergente, e desinfetadas sempre que:
Iniciar o trabalho.
Toda vez que trocar de atividade.
Quando manipular um alimento ou equipamento contaminado.
Quando usar o sanitário, fumar, etc...
19. As luvas quando são usadas devem ser de material impermeável e mantidas limpas. O
uso das luvas não elimina a necessidade de lavar as mãos.
3. As áreas que se comunicam com a sala de processamento são isoladas com cortinas de
ar para impedir a contaminação cruzada, ex.: no transporte de carcaça suínas da câmara de
resfriamento para a área de desossa o corredor é isolado de outras áreas através de portas
com cortinas de ar.
4. A área suja é separada da área limpa por paredes e divisórias. O corredor da área suja
quando entra em contato com o corredor da área limpa é separado através de uma porta
com cortina de ar. O telhado é separado da área de produção por forro de material isolante
(isopainéis de cor clara - gelo). Este material é muito utilizado em frigoríficos porque evita o
acúmulo de umidade, a formação de mofo e é de fácil higienização.
6. Os ralos e/ou canaletas possuem raio e largura suficiente para permitir o escoamento da
água, cantos arredondados e sistema de fechamento para impedir a entrada de insetos.
7. As janelas que dão acesso à área externa estão protegidas por telas removíveis com
abertura menor que 2 mm.
8. As portas são de aço-inox para facilitar a lavagem e resistir a corrosão. A distância entre a
porta e o piso (altura inferior a 1 cm) é protegida com vedantes de borracha para impedir a
entrada de insetos e roedores.
14. A área de entrada para funcionários possui sistema para lavagem/ desinfecção das
mãos e botas com torneiras de acionamento sem o toque das mãos. Possui também
dispositivos para detergente/ sanitizante e papel toalha, além do pedilúvio para melhor
higienização das botas. O pedilúvio tem o objetivo de eliminar terra, pós e demais sujeiras
que se instalam debaixo das botas. O acesso da área externa com o setor de produção se
dá através de uma porta com cortina de ar que é mantida sempre fechada, seguida de um
corredor para diminuir o risco de contaminação cruzada. As instalações para limpeza e
desinfecção são devidamente identificadas (água quente e água fria) com mangueiras
resistentes às temperaturas empregadas e a corrosão.
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23. Sanitários banheiros e vestiários bem equipados localizados na área externa da fábrica.
1. A equipe que faz a higiene e sanitização, deve receber treinamento quanto à forma
correta de empregar os detergentes e sanitizantes e o manuseio adequado dos
equipamentos.
4. Os produtos para higiene e sanitização devem ser previamente testados e aprovados pelo
Controle de Qualidade e possuir registro de autorização nos órgãos competentes. O
Controle de Qualidade deve especificar as dosagens e modo de uso de cada
detergente/sanitizante.
5. Todos os produtos para higiene e sanitização devem ser estocados em local apropriado
(devidamente identificado) fora das áreas de manipulação de alimentos.
8. Manter os utensílios de limpeza suspensos em local próprios. Não usar escovas de metal,
lãs de aço ou outros materiais abrasivos que soltem partículas.
9. Tomar precauções para evitar que as áreas já higienizadas sejam contaminadas pela
área suja.
10. Toda a água utilizada para lavar equipamentos e utensílios deve ser conduzida e
descarregada o mais perto possível dos ralos/canaletas evitando que se espalhem.
11. Tomar precauções para evitar que as operações de manutenção geral e/ou manutenção
específica dos estabelecimentos, equipamentos, salas de processo e utensílios possam
contaminar o alimento que está sendo processado. Sempre que possível dar a manutenção
numa área separada, ou no departamento de manutenção.
12. Limpar com maior freqüência os locais que se sujam facilmente ex.: restos de massas
caídos no chão devem ser recolhidos imediatamente pelos manipuladores sem esperar pela
equipe de limpeza. Manter sempre que possível o piso seco.
13. Os resíduos de limpeza reaproveitáveis, como restos de massa que caem no chão, são
recolhidos em separado, mantidos sob refrigeração até ser transportado para a graxaria.
14. Distribuir convenientemente os recipientes para coleta de lixo. Manter estes recipientes
limpos, tampados, identificados e com sacos plásticos em seu interior. Efetuar o
esvaziamento em intervalos regulares e levar este lixo para uma central de coleta que está
localizada na área externa da fábrica.
16. Retirar o lixo diariamente para fora da fábrica. Manter a central de coleta limpa e
desinfetada para evitar o ataque de pragas.
17. Criar recipientes apropriados e devidamente identificados para a coleta seletiva do lixo e
efetuar treinamento e conscientização para o cumprimento da mesma.
18. Manter a grama dos pátios aparada, as áreas pavimentadas limpas e sem o
amontoamento de entulho ou sucata.
3. Matérias-primas recebidas
5. Embalagens
Avaliar no recebimento a aparência geral das mesmas e suas condições de transporte.
Registrar a data de produção e o no. de lote da mesma, registrar o dia do recebimento, o dia
da sua liberação para a produção, em que produto foi utilizada e o no. de lote do mesmo.
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8. Manter reuniões periódicas com os CCQ para discussão dos problemas e soluções a
serem apresentadas.
Conclusões e recomendações
Referências
MILANI, Liana Inês Guidolin et al. Bioproteção de lingüiça de frango. Ciênc. Tecnol.
Aliment., Campinas, v. 23, n. 2, 2003. Disponível em: http://www.scielo.br. Acesso em:
07 de julho de 2007.
29
Anexos
ELECTRA
End.: Rua Marechal Deodoro, 1040 sala 403, Cep: 89700-000. Concórdia - SC.
Tel.: (49) 442-2700 / Fax: (49) 444-2966
E-mail: [email protected]
Site: http://www.hobi.com.br
Inject Max
Equipamentos utilizados na produção de defumados, espetinhos, charque, etc.
Tel.: (19) 3231-4120
Site: www.injectmax.com.br/Inject/stander.htm
Brasiaco
Rua Paulo Hervê, 1017 Bingen Petrópolis RJ
CEP 25665-001
Fone: (24) 2242-5598
Site: http://www.brasiaco.com.br
Perlima
Rua Carlos Gomes, 725 Centro Cordeirópolis São Paulo
CEP 13490-000
Fone: (19) 3546-9200 Fax: (19) 3546-9210
31
Emplarel
Avenida Odilon E. do Amaral Souza, 140 Jardim Marajoara Santo Amaro SP
CEP 04671-360
Site: http://www.emplarel.com.br
Clariant S.A.
CEP22270-000 Rio de Janeiro RJ
Fone: (21) 2539-2140 Fax: (21) 2266-6589
Site: http://www.clariant.com.br
Doremus Alimentos
Rua Santa Maria do Pará, 32 Mapa
Bonsucesso - Guarulhos/SP
CEP: 07175-400
Fone: (5511) 6436-3333
E-mail: [email protected]
Site: http://www.doremus.com.br
Unipac
Rua Arnaldo Magniccaro, 521 São Paulo SP
CEP 04691-060
Fone/Fax: (11) 5633-3800
Site: http://www.unipacnet.com
Itap Bemis
Rua José Dias, 435 - setor B - Bonsucesso - Guarulhos - SP
CEP 07177-100
Fone::(11) 6462-1000 (Fábrica) / (11) 5516-2200 (Comercial)
Anexo 2 Instituições
ANVISA
SEPN 515, Bl.B - Edifício Ômega
Brasília -DF - CEP: 70.770-502
Tel: (61) 3448-1000
Site:http://www.anvisa.gov.br
Anexo 3 Legislação
Art. 2º. Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.
LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
1. Alcance
1.1. Objetivo: Fixar a identidade e as características mínimas de qualidade que
deverá apresentar o produto cárneo denominado Lingüiça.
1.2. Âmbito de Aplicação: O presente regulamento refere-se ao produto Lingüiça,
destinado ao comércio nacional e/ou internacional.
2. Descrição
2.1. Definição: Entende-se por Lingüiça o produto cárneo industrializado, obtido de
carnes de animais de açougue, adicionados ou não de tecidos adiposos, ingredientes,
embutido em envoltório natural ou artificial, e submetido ao processo tecnológico adequado.
2.2. Classificação: Variável de acordo com a tecnologia de fabricação.
Trata-se de um:
produto fresco
produto seco, curado e/ou maturado
produto cozido
outros.
De acordo com a composição da matéria-prima e das técnicas de fabricação:
34
3. Referências
- Código de Defesa do Consumidor. Lei nº 8.078 de 11 de Setembro de 1990, Brasil.
- Code of Federal Regulations, Animal and Animal Products, USA, 1982.
- Codex Alimentarius - Volume 10 - Programa conjunto FAO/ OMS sobre Normas
Alimentarias, Comisión del Codex Alimentarius, Roma, 1994.
- ICMSF- Microorganismus in foods. 2. Sampling for microbiological analysis: Principles and
specific applications. University of Toronto. Press, 1974.
- Decreto nº 63.526 de 04 de Novembro de 1968, Ministério da Agricultura, Brasil.
- European Parliament and Council Directive nº 95/2/EC of 20 February 1995. Official
Journal of the European Communities No L61/1, 18/03/95.
- Portaria INMETRO nº 88 de 24 de Maio de 1996, Ministério da Indústria, do Comércio e do
Turismo, Brasil.
35
4. Composição e Requisitos
4.1. Composição
4.1.1. Ingredientes Obrigatórios: Carne das diferentes espécies de animais de
açougue e sal.
4.1.2. Ingredientes Opcionais
Gordura
Água
Proteína vegetal e/ou animal
Açúcares
Plasma
Aditivos intencionais
Aromas, especiarias e condimentos.
Nota: Permite-se a adição de proteínas não cárnicas, no teor máximo de 2,5%, como
proteína agregada. Não sendo permitida a sua adição nas lingüiças toscana, calabresa,
portuguesa, blumenau e colonial.
4.2. Requisitos
4.2.1. Características Sensoriais: São definidas de acordo com o processo de
obtenção.
4.2.1.1.Textura: Característica
4.2.1.2.Cor: Característica
4.2.1.3.Sabor: Característico
4.2.1.4.Odor: Característico
6. Contaminantes
Os contaminantes orgânicos e inorgânicos não devem estar presentes em
quantidades superiores ao limites estabelecido pelo Regulamento Vigente.
7. Higiene
7.1. Considerações Gerais
7.1.1. As práticas de higiene para a elaboração do produto recomenda-se estar de
acordo com o estabelecido no:."Código Internacional Recomendado de Práticas de Higiene
para os Produtos Cárnicos Elaborados" (Ref. CAC/RCP 13 - 1976 (rev. 1, 1985).
"Código Internacional Recomendado de Práticas de Higiene para a Carne Fresca"
(CAC/RCP 11-1976 (rev. 1, 1993).
"Código Internacional Recomendado de Práticas - Princípios Gerais de Higiene dos
Alimentos" (Ref.: CAC/RCP 1 - 1969 (rev. 2 - 1985) - Ref. Codex Alimentarius, vol. 10, 1994.
7.1.2. Toda a carne usada na elaboração de Lingüiças, deverá ter sido submetida
aos processos de inspeção prescritos no RIISPOA - "Regulamento de Inspeção Industrial e
Sanitária de Produtos de Origem Animal" - Decreto nº 30691, de 29/03/1952.
7.1.3. As Lingüiças deverão ser tratadas termicamente em conformidade com as
seções 7.5 e 7.6.1. à 7.6.7. do "Código Internacional Recomendado de Práticas de Higiene
para Alimentos pouco ácidos e Alimentos acidificados envasados".
7.1.4. Após ter sido inspecionado a carne para Lingüiças, não deverá ficar exposta à
contaminação ou adicionada de qualquer substância nociva para o consumo humano.
7.1.5. As carnes para produção de Lingüiças e as Lingüiças já elaboradas, deverão
ser manipuladas, armazenadas e transportadas em locais próprios de forma que as
Lingüiças estejam protegidas da contaminação e deteriorização.
7.1.6. As Lingüiças curadas e dessecadas, defumadas ou não, poderão apresentar
em sua superfície externa "mofos", que deverão ser de gênero não nocivos a saúde
humana.
7.2. Critérios Macroscópicos/ Microscópicos: O produto não deverá conter
substâncias estranhas de qualquer natureza.
7.3. Critérios Microbiológicos: O produto deve obedecer à legislação específica em
vigor.
8. Pesos e Medidas
Aplica-se o Regulamento vigente
9. Rotulagem
Aplica-se o Regulamento vigente (Portaria nº 371, de 04/09/97 - Regulamento
Técnico para Rotulagem de Alimentos - Ministério da Agricultura e do Abastecimento,
Brasil).
9.1. Será designado de Lingüiça, seguida da expressão que lhe for atribuída, de
acordo com a matéria-prima utilizada, processo tecnológico ou região de origem.
RESOLVE :
Art. 3º - A presente Portaria entrará em vigor na data de sua publicação, ficando revogadas
as disposições em contrário.
Secretário da SIPA
Portaria publicada no Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Seção I, página 1916,
de 17. 03. 86.
I PRELIMINARES
38
c. cancelamento de registro.
6.3. No caso específico de cancelamento, só será usada a fl. l, nas suas 4 vias, não
havendo necessidade de anexar o rótulo a cancelar.
1. Verificar o número correto de vias (2 vias para aprovação prévia e 4 vias para registro) e
se o interessado preencheu corretamente o formulário, de acordo com a presente instrução:
5. Analisar o modelo do rótulo, verificando se está de acordo com o que dispõe as alíneas
de a a u, .de fl.5;
6. Na alínea "u" de fl.5, especificar as alíneas não constantes do rótulo e exigidas pela
legislação vigente;
10. A Informação de fl.5 será feita duas ou quatro vias (aprovação prévia ou registro), que
serão grampeadas a cada formulário da solicitação, para a remessa em envelope fechado
às Divisões Técnicas da SIPA.
11. A solicitação só poderá ser encaminhada à SIPA se estiver completa, atendidas estas
instruções e a legislação vigorante sem emendas ou rasuras.
2. Na Divisão Técnica da SIPA, para a análise e definição do pedido, será utilizada a folha
nº 6;
3. A folha 6 será anexada, após despacho, a cada formulário padrão (duas ou quatro vias)
recebido pela Divisão;
5. Na aprovação prévia:
6. No registro:
6.2. O segundo conjunto (folhas 1 a 6) será encaminhado ao SERPA e SIPAV para ciência e
arquivamento;
40
-Devolver ao SERPA ou SIPAV a 2ª, 3ª e 4ª via de fl.1 com o despacho da Divisão. A 2ª via
pertencerá ao SERPA/SIPAV e a 3ª e a 4ª serão endereçadas à IF e à firma,
respectivamente;
CFMV 0084
Secretário da SIPA
relacionamento(s):
atos relacionados:
41
Art. 2º As empresas têm o prazo de 180 (cento e oitenta) dias, a contar da data da
publicação desta Resolução para se adequarem à mesma.
Art. 3º O descumprimento aos termos desta Resolução constitui infração sanitária sujeita
aos dispositivos da Lei nº 6437, de 20 de agosto de 1977 e demais disposições aplicáveis.
ANEXO
1. ÂMBITO DE APLICAÇÃO
2. DEFINIÇÕES
2.1. Rotulagem: É toda inscrição, legenda, imagem ou toda matéria descritiva ou gráfica,
escrita, impressa, estampada, gravada, gravada em relevo ou litografada ou colada sobre a
embalagem do alimento.
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2.3. Alimento embalado: É todo o alimento que está contido em uma embalagem pronta
para ser oferecida ao consumidor.
2.4. Consumidor: É toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza alimentos.
2.6. Matéria - prima: É toda substância que para ser utilizada como alimento necessita sofrer
tratamento e ou transformação de natureza física, química ou biológica.
2.9. Denominação de venda do alimento: É o nome específico e não genérico que indica a
verdadeira natureza e as características do alimento. Será fixado no Regulamento Técnico
específico que estabelecer os padrões de identidade e qualidade inerentes ao produto.
2.12. País de origem: É aquele onde o alimento foi produzido ou, tendo sido elaborado em
mais de um país, onde recebeu o último processo substancial de transformação.
2.13. Painel principal: É a parte da rotulagem onde se apresenta, de forma mais relevante, a
denominação de venda e marca ou o logotipo, caso existam.
3. PRINCÍPIOS GERAIS
3.1. Os alimentos embalados não devem ser descritos ou apresentar rótulo que:
e) ressalte qualidades que possam induzir a engano com relação a reais ou supostas
propriedades terapêuticas que alguns componentes ou ingredientes tenham ou possam ter
quando consumidos em quantidades diferentes daquelas que se encontram no alimento ou
quando consumidos sob forma farmacêutica;
g) aconselhe seu consumo como estimulante, para melhorar a saúde, para prevenir doenças
ou com ação curativa.
3.4. A rotulagem dos alimentos deve ser feita exclusivamente nos estabelecimentos
processadores, habilitados pela autoridade competente do país de origem, para elaboração
ou fracionamento. Quando a rotulagem não estiver redigida no idioma do país de destino
deve ser colocada uma etiqueta complementar, contendo a informação obrigatória no idioma
correspondente com caracteres de tamanho, realce e visibilidade adequados. Esta etiqueta
pode ser colocada tanto na origem como no destino. No último caso, a aplicação deve ser
efetuada antes da comercialização.
4. IDIOMA
A informação obrigatória deve estar escrita no idioma oficial do país de consumo com
caracteres de tamanho, realce e visibilidade adequados, sem prejuízo da existência de
textos em outros idiomas.
5. INFORMAÇÃO OBRIGATÓRIA
Lista de ingredientes
Conteúdos líquidos
Identificação da origem
Prazo de validade
c) podem constar palavras ou frases adicionais, necessárias para evitar que o consumidor
seja induzido a erro ou engano com respeito a natureza e condições físicas próprias do
alimento, as quais devem estar junto ou próximas da denominação do alimento. Por
exemplo: tipo de cobertura, forma de apresentação, condição ou tipo de tratamento a que
tenha sido submetido.
6.2.1. Com exceção de alimentos com um único ingrediente (por exemplo: açúcar, farinha,
erva-mate, vinho, etc.) deve constar no rótulo uma lista de ingredientes.
b) quando um ingrediente for um alimento elaborado com dois ou mais ingredientes, este
ingrediente composto, definido em um regulamento técnico específico, pode ser declarado
como tal na lista de ingredientes, sempre que venha acompanhado imediatamente de uma
lista, entre parênteses, de seus ingredientes em ordem decrescente de proporção;
d) a água deve ser declarada na lista de ingredientes, exceto quando formar parte de
salmoras, xaropes, caldas, molhos ou outros similares, e estes ingredientes compostos
forem declarados como tais na lista de ingredientes não será necessário declarar a água e
outros componentes voláteis que se evaporem durante a fabricação;
6.2.3. Pode ser empregado o nome genérico para os ingredientes que pertencem à classe
correspondente, de acordo com a Tabela 1.
Tabela 1
A qualificação hidrogenado ou
parcialmente hidrogenado, de acordo com
o caso, deve acompanhar a denominação
de óleo cuja origem vegetal ou origem
específica vegetal ou animal, venha
indicado.
Os aditivos alimentares devem ser declarados fazendo parte da lista de ingredientes. Esta
declaração deve constar de:
b) seu nome completo ou seu número INS (Sistema Internacional de Numeração, Codex
Alimentarius FAO/OMS), ou ambos.
Quando houver mais de um aditivo alimentar com a mesma função, pode ser mencionado
um em continuação ao outro, agrupando-os por função.
Alguns alimentos devem mencionar em sua lista de ingredientes o nome completo do aditivo
utilizado. Esta situação deve ser indicada em Regulamentos Técnicos específicos.
endereço completo;
6.4.2. Para identificar a origem deve ser utilizada uma das seguintes expressões: "fabricado
em... ", "produto ..." ou "indústria ...".
a) um código chave precedido da letra "L". Este código deve estar à disposição da
autoridade competente e constar da documentação comercial quando ocorrer o intercâmbio
entre os países; ou
6.6.1. Caso não esteja previsto de outra maneira em um Regulamento Técnico específico,
vigora a seguinte indicação do prazo de validade:
o dia e o mês para produtos que tenham prazo de validade não superior a três meses;
o mês e o ano para produtos que tenham prazo de validade superior a três meses. Se o mês
de vencimento for dezembro, basta indicar o ano, com a expressão "fim de...... " (ano);
c) o prazo de validade deve ser declarado por meio de uma das seguintes expressões:
"válido até..."
"validade..."
"val:..."
"vence..."
"vencimento..."
"vto:..."
"venc:...."
do prazo de validade; ou
e) o dia, o mês e o ano devem ser expressos em algarismos, em ordem numérica não
codificada, com a ressalva de que o mês pode ser indicado com letras nos países onde
48
f) apesar do disposto no item 6.6.1 (a), não é exigida a indicação do prazo de validade para:
vinhos, vinhos licorosos, vinhos espumantes, vinhos aromatizados, vinhos de frutas e vinhos
espumantes de frutas;
vinagre;
açúcar sólido;
goma de mascar;
6.6.2. Nos rótulos das embalagens de alimentos que exijam condições especiais para sua
conservação, deve ser incluída uma legenda com caracteres bem legíveis, indicando as
precauções necessárias para manter suas características normais, devendo ser indicadas
as temperaturas máxima e mínima para a conservação do alimento e o tempo que o
fabricante, produtor ou fracionador garante sua durabilidade nessas condições. 0 mesmo
dispositivo é aplicado para alimentos que podem se alterar depois de abertas suas
embalagens.
6.7.1. Quando necessário, o rótulo deve conter as instruções sobre o modo apropriado de
uso, incluídos a reconstituição, o descongelamento ou o tratamento que deve ser dado pelo
consumidor para o uso correto do produto.
6.7.2. Estas instruções não devem ser ambíguas, nem dar margem a falsas interpretações,
a fim de garantir a utilização correta do alimento.
7. ROTULAGEM FACULTATIVA
7.2.1. Somente podem ser utilizadas denominações de qualidade quando tenham sido
estabelecidas as especificações corres- pondentes para um determinado alimento, por meio
de um Regulamento Técnico específico.
7.2.2. Essas denominações devem ser facilmente compreensíveis e não devem de forma
alguma levar o consumidor a equívocos ou enganos, devendo cumprir com a totalidade dos
parâmetros que identifica a qualidade do alimento.
Pode ser utilizada a informação nutricional sempre que não entre em contradição com o
disposto no item 3 - Princípios Gerais.
8.1. Deve constar no painel principal, a denominação de venda do alimento, sua qualidade,
pureza ou mistura, quando regulamentada, a quantidade nominal do conteúdo do produto,
em sua forma mais relevante em conjunto com o desenho, se houver, e em contraste de
cores que assegure sua correta visibilidade.
8.2. 0 tamanho das letras e números da rotulagem obrigatória, exceto a indicação dos
conteúdos líquidos, não pode ser inferior a 1mm.
9. CASOS PARTICULARES
9.1 A menos que se trate de especiarias e de ervas aromáticas, as unidades pequenas, cuja
superfície do painel principal para rotulagem, depois de embaladas, for inferior a 10 cm2,
podem ficar isentas dos requisitos estabelecidos no item 5 (Informação Obrigatória), com
exceção da declaração de, no mínimo, denominação de venda e marca do produto.
9.2 Nos casos estabelecidos no item 9.1, a embalagem que contiver as unidades pequenas
deve apresentar a totalidade da informação obrigatória exigida.
Renata Martins
Data de finalização
15 de julho de 2007.
50