Resumo para AV2 de Microbiologia

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Resumo para AV2 de Microbiologia

Composição, estrutura e formação do biofilme dentário

- Placa dental: agregado bacteriano aderido ao dente ou estruturas orais sólidas.

 Antigamente  restos de alimentos + bactérias


 Hoje  predomínio de bactérias

- Biofilme: agregado funcional de células microbianas imersas em matrizes de


polímeros extracelulares.

Produtos de íons nutrientes


metabolismo

Pode ser:
 Supragengival
 Subgengival

- Película adquirida: filme orgânico derivado da saliva e depositado no dente.

Glicoproteínas salivares, lisozima,


albumina, amilase, fosfolipídeos...

- conferir proteção e permeabilidade ao esmalte;


- aderência dos MO à superfície;
- nutrir e dar substrato aos MO.

Biofilme dentário: inicia-se com a formação da P.A.


Glicoproteínas, imunoglobulinas, fatores
- Estrutura heterogênea
inibidores de hematoglutinação, fosfoproteínas.
- Ligações: pontes de H, iônicas, hidrofóbicas e Van der Waals.

Como biofilme se forma?

1) Comunidade pioneira:
 Película  Biofilme (transição muito rápida)

Colonizadores iniciais (15min. a 8h pós limpeza):


S. sanguinis, S. oralis, S. gordonii, S. mitis, A. naeslundii.

ALTA ADESIVIDADE
2) Comunidade intermediária:
ESTREPTOCOCOS: diminui para 45%
24h de crescimento
Cocos anaeróbios G neg. (veillonella): aumenta 20%
72h
Actinomyces: aumenta 25%
Importantes nessa comunidade: Streptococcus constellatus, Fusobacterium
nucleatum, Prevotella intermedia.

3) Comunidade clímax:

Biofilme cresce em sentido apical  MO anaeróbios favorecidos.

QUAIS? Bastonetes G-(Prevotella) e Espiroquetas (Treponema denticola)

Significado clínico do BIOFILME:


- Não deixar que a placa amadureça, mantém gengiva saudável.
- Evolução da placa = gengivite.

ADERÊNCIA BACTERIANA E SEUS MECANISMOS:


- Interações através de lectinas; (S sanguinis e oralis)
- Interação eletrostática via cálcio salivar; (S mutans)
- Interações hidrofóbicas (presença de lipídeos); (S mutans, S sanguinis, S
mitis, A naeslundii)
- Interações com estaterina salivar;

BIOFILME SUPRAGENGIVAL:
- ORGANIZAÇÃO ESTRATIFICADA BACTERIANA (4 ÁREAS):
1. Biofilme da superfície dentária:
Bactérias assentam sobre P.A.
2. Camada bacteriana condensada:
Preenchida por cocoides.
3. Corpo do biofilme dentário:
Maior porção.
4. Superfície do biofilme dentário:
Preenchimento frouxo (espaços intercelulares)

BIOFILME SUBGENGIVAL:
Migração APICAL do BIOFILME devido quantidade e diversidade de espécies.

 Biofilme aderido: associado ao dente


 Biofilme não aderido: ep. do sulco gengival
 Camada entre ADERIDO e NÃO ADERIDO: MO flutuam no exsudato gengival.

FASES DE FORMAÇÃO (BIOFILME):


1. FASE INICIAL: interações entre bact. e hospedeiro + interbacterianas
2. FASE DE ACUMULAÇÃO: Glicocálice (papel na aderência de MO
patogênicos); Adesinas (reconhecimento de receptores na sup. Dentária,
P.A., células da mucosa); Polímeros extracelulares (material de reserva,
retenção mecânica e facilita agregação bacteriana); PICs e PECs
(utilização metabólica e formação de ácido no biofilme – S mutans A
naeslundii); Polímeros no biofilme (sacarose, polissacarídeos); Fímbrias
(patogenicidade de várias bact. G neg.); Aderência entre MO;
Constituintes salivares (saliva e fluido relacionados c/ S sanguinis, S
mitior e S mutans)

OBS.: SISTEMA MAIS EFETIVO DE AGREGAÇÃO BACTERIANA 


Constituintes salivares + Mucina

CARACTERÍSTICAS DOS POLÍMEROS EXTRACELULARES:


- GLICANOS: ação enzimática de MO sobre sacarose.
(S sanguinis e S salivarius sintetizam dextranos)
- LEVANOS: frutanos com cadeia de 10 a 12 frutoses.
(estreptococos hidrolisam levanos)
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Microbiologia da Cárie Dentária

CÁRIE: Doença bacteriana infecciosa de etiologia MULTIFATORIAL,


influenciada pelos CARBOIDRATOS da dieta e pela ação dos componentes
SALIVARES.
*sequela: perda de minerais.

ETIOLOGIA:
 Fatores primários (pré-requisitos)
- Dieta
- Hospedeiro
- Microbiota Tríade de Paul Keyes (1962)

 Fatores secundários (moduladores)


- Componentes salivares
- Nível de Higiene Oral
- Exposição ao flúor
- Tempo

 Fejerskov e Thylstrup (1990): INCORPORAÇÃO DA QUESTÃO SOCIAL NA


AVALIAÇÃO DA SAÚDE BUCAL (classe social, educação, comportamento,
renda, conhecimento)

- Determinantes x Condicionantes

- O QUE É VIRULÊNCIA? É a capacidade dos MO superarem os MECANISMOS de


DEFESA do hospedeiro e causar danos aos tecidos.

- Fatores intrínsecos de virulência dos MO bucais:


 Mecanismos de aderência;
 Acidogenicidade;
 Potencial acidúrico;
 PICs e PECs;

Cárie supragengival: S mutans, S sobrinus, Lactobacilos.


Cárie radicular: Actinomyces.

PATOGENICIDADE DO BIOFILME: potencial cariogênico e periodontopatogênico.

DIETA:
MAIOR CONSUMO DE CARBOIDRATOS  PLACA SUBMETIDA A BAIXO PH 
Seleção, multiplicação e dominância do EGM  DESMINERALIZAÇÃO.

DES-RE mineralização:
Entrada de Ca²+ = Remineralização
Saída de Ca²+ = Desmineralização

Mancha branca inativa -> Mancha branca ativa -> Lesão cavitada

Hipótese Ecológica da Placa:

Consumo moderado de açúcar -> pH > 5,5 -> homeostasia -> RE


Consumo frequente de açúcar -> ph< 5,5 -> mudança ecológica -> DES

DINÂMICA DA CÁRIE:

 Influência da saliva:
- Limpeza mecânica;
- Diluição e neutralização dos ácidos da placa;
 Influência do flúor:
- Aumenta resistência do esmalte contra cárie;
- Aumenta velocidade de redeposição;
- Forma mineral menos solúvel;
- Ação antimicrobiana;

ESTREPTOCOCOS BUCAIS:

 Estreptococos do grupo mutans (EGM):


- Especificidade para espécie humana;
- Coloniza biofilme sobre os dentes;
- Transmissão vertical = perpetuação;

EGM e relação com a cárie:


- Sintetiza polissacarídeos insolúveis;
- Forma ácido lático;
- Coloniza sup. Dentárias;
- Converte glicose em PICs;
 Estreptococos do grupo salivarius:
- dorso da língua; biofilme; garganta; nasofaringe;
- menor patogenicidade em humanos;
- produzem ác. a partir de gli sac malt;

 Estreptococos do grupo anginosus:


- Não produzem PECs;
- Cresce mais na presença de CO2;

 Estreptococos do grupo mitis:


- Não produzem PECs;
- S sanguinis;
- Lesões de cárie em sulcos;

LACTOBACILOS E CÁRIE:
- Relacionados com alta ingestão de carboidratos;
- Raramente ausentes em adultos;
- Aumenta na saliva;
- Aumenta na hipossalivação e xerostomia;

ACTINOMYCES E CÁRIE:
- Fermentam glicose, produzindo ác. lático;
- Grupo mais ISOLADO (subgengival);

Microbiota Periodontal

ANATOMIA PERIODONTAL:
Gengiva, Ligamento Periodontal, Osso alveolar, Cemento.

GENGIVA SAUDÁVEL: rosa a rosa pálido.

Doença Periodontal: Patologias causadas pela interação do biofilme com o


hospedeiro.

PROCESSO INFLAMATÓRIO  Destruição dos tecidos de suporte

Estágios: Gengivite x Periodontite.

GENGIVITE: Inflamação da Gengiva Marginal.


- Não existe perda do tec. de sustentação.
- Biofilme no sulco gengival.
1º estágio  Colonização bacteriana G+ e aeróbia  Resposta inflamatória do sulco.

Bolsa periodontal: Exposição de superfícies com novas características.


- Sup. Radicular do cemento = recoberta por película orgânica.
- Sulco gengival e bolsa periodontal = bactérias móveis.
PERIODONTITE: Doença multifatorial, onde agente desencadeador é BIOFILME.

Experiência de Loe:
1º dia: 90% cocos e bacilos G+
2º dia: cocos e bacilos G-
5º ao 7º: espiraladas
10°: gengiva marginal = GENGIVITE
21 dias depois, retorna higiene: desaparece gengivite.

MO envolvidos na DP:
Produção de anticorpos + resposta imune celular para MO.

Infecções periodontais são:


- Anaeróbias;
- Polimicrobianas;
- Endógenas.

FATORES QUE FACILITAM COLONIZAÇÃO:


- Adesinas: sup ext dos MO.
- Coagregação: adere cél bacterianas em biofilme.
- Multiplicação: coagregação -> adaptação -> crescimento.
- Relação entre MO: favorável (produz fat de crescimento) e desfavorável
(bacteriocinas)

FATORES QUE RESULTAM EM DANO TECIDUAL:


- Invasão tecidual;
- Produção de enz bacterianas histolíticas;
- Constituintes da PC liberados pela lise bacteriana;
- Produtos metabólicos finais;
- Produção de PECs;

RESPOSTA INFLAMATÓRIA DESTRUTIVA DO HOSPEDEIRO:


- Liberação de enzimas;
- Resposta inflamatória: alterações vasculares e aumento do fluido gengival.
- Produção de anticorpos;
- Resposta imune celular: linfócito T.
- Reabsorção óssea alveolar: ativa osteoclastos.

BACTERIOLOGIA DO SULCO GENGIVAL:


Gengiva saudável  15 a 20% anaeróbios + 85% facultativos (actinomyces,
streptococcus, veillonella)

COMPLEXOS AZUL + VIOLETA + VERDE + AMARELO (colonizadores iniciais)


COMPLEXO LARANJA
COMPLEXO VERMELHO
Azul: actinomyces.
Violeta: V parvulla.
Verde: C gingivalis / A.a.
Amarelo: S mitis, oralis, sanguinis, gordonii.

Laranja: S constellatus, F nucleatum, P nigrescens.

Vermelho: P gingivalis, T denticola, Tanerella.

- Complexo Vermelho: agentes da periodontite crônica.

A. actinomycetecomitans  Leucotoxinas  Periodontite agressiva.

Doenças Gengivais:
- sinais clínicos de inflamação;
- reversibilidade;
- presença do biofilme;

GENGIVITE:
G+ (estreptococos)  G- (anaeróbias espiraladas)

PERIODONTITE: infecção oportunista


Maior severidade da doença = Maior proporção de MO G- e anaeróbios.

GENGIVITE X PERIODONTITE:
Bactérias associadas a periodontite  A.A

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