Apostila de Análise em Hebreus
Apostila de Análise em Hebreus
Apostila de Análise em Hebreus
Apostila desenvolvida para ser usada nas ministrações das aulas de Análise
em Hebreus no curso de Bacharel em Teologia com concentração em
Missiologia, Teologia Ministerial com concentração em Missiologia e Educação
Religiosa no Instituto Bíblico Betel Brasileiro. Esta disciplina terá ima carga
horária de 30 horas-aula.
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ÍNDICE
Introdução
Conclusão.
Bibliografia.
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Introdução
Esta é uma das cartas que levantou grande polêmica quanto a sua
aceitação no cânon sagrado.
Algumas perguntas importantes para uma melhor compreensão do seu
conteúdo não são claramente respondidas, tais como:
1. Quem escreveu?
2. Para quem escreveu?
3. Data da escrita?
4. Quais as circunstância que envolveram a escrita?
5. Contexto histórico?
Capítulo 1
HERDEIRO DE TUDO.
Pode ser entendido de dois aspectos: (1) Todas as coisas lhe foram
entregues não somente por aquilo que ele é, mas, também, por aquilo que ele
fez. Tudo pertence a ele, inclusive os anjos. (2) Se todas as coisas foram
dadas ao Filho, logo, nenhum bem espiritual ou físico pode nos ser concedido
se não for por intermédio deles.
surgiram no passado em Gn.1, Mas, todas as coisas que surgiram e irão surgir
até a consumação dos séculos.
Deus não é somente o que se viu nas theofanias no V. T., e nem Cristo
somente aquilo que vemos em sua humanidade. Qual é o problema? O
homem em sua limitação da compreensão de sua mente finita, compreender
quem Deus é em toda a Sua essência. Esta expressão usada pelo autor, traz a
idéia de que se o homem não tinha condições de conhecer a Deus em Sua
totalidade, Deus se revelou numa medida que fosse perceptível a compreensão
humana.
Traz-nos a idéia de controle absoluto sobre todas as coisas. Aqui perde seu
sentido ensinos como: Evolução, Deísmo, Dualismo, etc. os quais ensinam que
o controle do mundo está nas mãos do acaso, de leis naturais, de leis
espirituais, etc. Segundo este texto, todas as coisas existem e permanecem da
forma que estão e continuarão a existir até o tempo determinado para o seu
propósito de existência porque o Filho de Deus coordena todos os seus
eventos. Todas as coisas que existiram, existem e existirão estão debaixo dos
cuidados do Filho, inclusive as nossas vidas.
“ ... Tu és meu filho, hoje te gerei? ...” (v.5) Esta expressão era usada pelos
reis da antigüidade quando apresentavam os futuros herdeiras a sua herança.
(Ex.: Rei leão) Esta expressão de maneira alguma quer trazer a idéia de que o
Filho tenha sido criado em algum ponto da eternidade.
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“ ... Seus anjos fez ventos ...” (v.7). Aqui encontra-se uma citação do salmo
104:4 extraído da LXX que é o texto utilizado pelo escritor da epístola para
fazer uma analogia demonstrando que os anjos foram criados para serem
servos e não para exercerem governo. Os anjos foram criados para servirem
aos propósitos divinos.
“ ... o Teu trono, Ó Deus, ...”(v.8) e “ ... por isso Deus ...”(v.9).
Caracterizam a atribuição de divindade ao Filho com a mesma honra que ela é
dada a Jeová no Antigo Testamento, colocando assim o Filho em pé de
igualdade com o Pai. Literalmente estes textos no V.T. eram direcionados ao
próprio Jeová e são aplicados para o Filho no N.T.
CAPÍTULO 2
“ ... convém-nos atentar com mais diligência ...”(v.1). Devemos dar muito
mais valor e atenção sob pena de punição.
“ ... nos desviemos dela ...”(v.1). Significa literalmente escorregar para longe
ou ser arrastado pela correnteza. Negligenciar para com a nossa confiança na
revelação do N.T. é nos oferecermos para sermos arrastados por qualquer
vento de doutrina que vier até nós.
“ ... recebeu justa retribuição ...”(v.2). O escritor traz a memória dos leitores
que conheciam a lei e como Deus tratou as pessoas que não obedeceram a
mesma, ou seja, pagou a cada um o devido salário do seu pecado. Temos que
entender que este pagamento de salário ao pecado no V.T. nem sempre
implicava na condenação eterna. Temos exemplos de homens de Deus que
pecaram e foram punidos por causa do pecado mas ninguém ousa afirmar que
não vai encontrar esse homens na eternidade, como é o caso de Moisés e
Davi.
“ ... Como escaparemos nós ... tão grande salvação ...”(v.3). Do mesmo
jeito que Deus foi fiel em punir aqueles que não deram o devido valor a
revelação antiga, Ele vai dar um castigo muito maior a quem não der o devido
valor a revelação do Filho. Maior porque as implicações deste ato de
desobediência tem relação não com uma punição terrena apenas, mas com a
punição eterna. Da mesma forma que a salvação é grande, também grande
será a punição de quem a rejeitar.
1ª Foi anunciada pelo Senhor. Foi o próprio Filho que foi apresentado em 1:1-3
quem a comunicou.
2ª Foi-nos depois confirmada. O escritor deixa claro que conheceu a
mensagem do evangelho por aqueles que a ouviram do próprio Senhor
minando assim a perspectiva de ser Paulo o autor desta carta. Algo que
devemos salientar é que os apóstolos não criaram outra mensagem mas,
transmitiram aquela que ouviram anteriormente.
3ª Testificando também Deus. O próprio Deus dava demonstração de que
aquela mensagem estava de acordo com a Sua vontade.
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4ª Por sinais, milagres e prodígios. Temos que Ter o cuidado de entender esta
mensagem dentro de seu devido contexto para não ensinarmos que toda
pregação que é acompanhada de sinais Deus a está avalizando.(Mt.7:22-ss).
Na tradição judaica havia credibilidade de que Satanás teria poder para fazer
sinais, porém, existiam sinais que somente Deus poderia fazer; são estes
sinais que estão em evidência aqui. (Ex. Lázaro; O cego de nascença; o filho
da viúva de Naim; a transformação da água em vinho; etc.)
1. Deixando de dar atenção às coisas de Deus e a salvação que por Ele nos é
conferida.
2. Absorvendo-nos por interesses terrenos e egoísticos.
3. Permitindo que o nosso coração amorne para com Cristo, para com Seu
sacrifício e para com o amor de Deus.
4. Ocupando-nos com os negócios deste mundo.
5. Perdendo a consciência da dependência de Deus.
6. Abafando o pensamento sobre o castigo vindouro.
7. Vivendo como as feras que perecem.
Não admira que o mundo vindouro tenha sido sujeito a Cristo (v.5) e não
aos anjos; não somente por causa de Sua própria natureza, mas, também, por
causa de Sua obra remidora merece tal posição. Deus estabelecerá uma nova
ordem de coisas e o Filho será o cabeça.
“... vemos Jesus... coroado...” (v. 9). A resposta a essa pergunta está nesta
frase no verso 9 que expressa o significado de Sua exaltação como homem.
Nos versos 6-8, vemos expresso a idéia de Deus criando o homem para
reinar . O pecado adiou este fato, mas na vida de Jesus ele está plenamente
cumprido. Portanto, mesmo em Sua humanidade o filho é superior aos anjos.
Não apenas Jesus, mas também os homens por intermédio dele são chamados
para herdar um destino de glória e domínio (v.8). Todas as coisa incluem
também os anjos.
O destino do homem é ser coroado de glória e honra para que tudo seja
posto aos seus pés, isto é, venha a obter a salvação completa ou plena.
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A expressão: “ ... e aos filhos que Deus me Deu ...” não deve ser
interpretada como se Jesus fosse o nosso pai, mas, que Deus trouxe os seus
filhos para si através da obra que Cristo realizou. Na verdade, como diz o verso
11 – “ .. não se envergonha de lhes chamar de irmãos ...”, somos irmãos
de Cristo – adotivos, mas irmãos e não filhos.
“ ... fiel ...”. Justo e reto para com Deus e para com os homens. Alguém digno
de total confiança.
CAPÍTULO 3
Pelo fato dos leitores serem chamados “ ... santos ...”, dá a entender
que eles eram cristãos. “ ... vocação celestial ...” = Deus nos
transportou do império das trevas para o reino da luz através de Sua
Nova Aliança cujo único mediador é Jesus Cristo.
ANALOGIA DA CASA
MOISÉS CRISTO
1. Ele foi fiel. 1. Ele foi fiel.
V.12 – A geração que saiu do Egito não entrou na terra prometida por causa da
incredulidade para com a Palavra de Deus e Suas promessas ( Cf. v.18) Esta
advertência é reforçada pelo exemplo do fracasso dos israelitas no deserto.
Talvez, um adágio popular que cairia bem aqui seria: “ não devemos
dar sopa para o azar”. A maior ênfase nos testemunhos sobre quedas em
pecados no meio do povo de Deus continua sendo o pensamento maligno de
alguns crentes que pensam que são imbatíveis na luta contra o pecado. Este é
um exemplo claro de alguém que já foi enredado pelo engano do pecado. Em
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1. Os crentes deve dirigir-se uns aos outros a cada dia com palavras
de encorajamento.
Vs.15-19 – O maior inimigo do homem em sua relação com Deus e que lhe
trará conseqüências drásticas e talvez até irreversíveis é a incredulidade.
CAPÍTULO 4
Vemos, pois, que Josué fracassou pelo mesmo motivo que Moisés: Por
causa da incredulidade do povo (v.2-6). Isso leva o escritor a exortar os seus
leitores a procurarem por aquele descanso superior que se acha em cristo (v.9-
11). Haviam razões para temer-se que os judeus cristãos a quem escrevia
viessem a privar-se (e não perder) da bênção que lhes era oferecida (v.1).
1ª “ ... Ele é grande ...” . O que o destaca como sendo superior a outro
sacerdotes anteriores e inferiores (4:14). Esta grandeza se estende tanto ao
Seu caráter quanto a Sua obra. ( Superior a ordem Aarônica)
CAPÍTULO 5
5. “... tanto pelo povo, como também por si, fazer ofertas pelo
pecado...”. O sumo sacerdote Aarônico era um pecador. Jesus
Cristo não era. Cristo, não tendo que oferecer sacrifício por si,
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“ ... segundo a ordem de Melquisedeque ...” .(v.6 – Cf. sl. 110:4) É segundo
a ordem de Melquisedeque porque, conforme será exposto mais tarde, não tem
sucessão como tinha a de Arão. Aconteceu uma vez por todas, porém, é
constantemente aplicável; neste sentido, é para todos os tempos. Esta profecia
do Sl.110:4 mostra-nos claramente que a sacerdócio Aarônico chegaria ao seu
tempo de dar lugar para aquela ordem que estabeleceria a perfeição
sacerdotal. Essa troca nada mais é do que mais um cumprimento profético da
Palavra de Deus.
“ ... grande clamor e lágrimas ...”. Parece ser uma alusão inegável a agonia
do Getsêmane, onde sua oração foi acompanhada por suor, lágrimas e sangue
revelando a intensidade interior da luta pela qual passava.
“ ... Foi ouvido quanto ao que temia ...”. Em que sentido Jesus foi ouvido? A
resposta acha-se, decerto, na Sua perfeita aceitação da vontade divina.
“ ... negligentes ...”. Não estavam dando o devido valor ou importância aquilo
que estava sendo ensinado. Essa negligência influenciou em sua condição
espiritual como também em sua capacidade de compreensão das verdades
expostas.
“ ... devíeis ser mestres pelo tempo decorrido ...”. A razão porque
esperava-se que eles ensinassem, é porque já tinham tempo suficiente de,
como cristãos, haverem adquirido conhecimento suficiente para os estar
passando para aqueles que ainda não conheciam estas verdades ou que
estavam começando a caminhada.
Maturidade cristã não é fruto do tempo de conversão, mas de uma vida
em busca de conhecimentos teóricos e práticos a respeito de Deus e de Sua
vontade.
“ ... primeiras rudimentos ...” ( gr. Palavra usada para descrever o
ABC de uma determinada coisa.
“ ... palavra da justiça ...” (v.13). Aquilo que é obtido pela fé em Cristo
( salvação e retidão). O homem não pode Ter idéia daquilo que é certo senão
através da retidão de Cristo.
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CAPÍTULO 6
“ ... deixando ...”(v.1). Deixar não significa jogar fora, mas, reconhecer que
existem conhecimentos posteriores que também devem ser obrigatoriamente
aprendidos.
“ ... prossigamos até a perfeição ...”. Aqui há uma exortação para que os
cristãos se conscientizem da necessidade de um maior conhecimento de todos
os desígnios de Deus, e não apenas as doutrinas básicas do dicipulado cristão.
Quanto mais conhecimento, mais facilidade de julgar corretamente; quanto
menos conhecimento, mais capacidade de ser envolvido e arrastado por
doutrinas estranhas, mesmo já tendo nascido de novo.
1. Arrependimento.
2. Fé.
3. Os batismos.
4. A imposição de mãos.
5. A ressurreição dos mortos.
6. O juízo final.
“ ... é impossível que Deus minta ...”(v.18). Esta é a âncora do cristão. Ele
sabe que a sua certeza não depende de sua estabilidade nem da força de sua
própria fé, mas, sim, da absoluta fidedignidade da Palavra de Deus.
“ ... âncora da alma segura e firme ...”(v.19). Mostra que é firme e incapaz
de ser removida do fundo do mar. Nossa âncora penetra até a própria presença
de Deus, diante do qual está, para sempre, o nosso sumo sacerdote Jesus
Cristo.
CAPÍTULO 7
“ ... sem pai , sem mãe, sem genealogia ...”(v.3). Caracteriza o ato soberano
de Deus em estabelecer o sacerdócio que Lhe convier segundo os seus
propósitos eternos, isso sem levar em consideração a família da qual o
escolhido pertencia, o que era uma obrigatoriedade no sacerdócio Aarônico.
Essa afirmação não nos dá liberdade de espiritualizar a passagem como se a
aparição de Melquisedeque fosse uma cristofania, pois a frase contida no verso
6: “ ... mas, aquele cuja genealogia não é contada ...” deixa claro que ele
teve pais e que as expressões do verso 3 estão se referindo com a não
conformidade com as exigências da lei para este ofício. Por esse motivo é
apropriado para ser comparado a Jesus Cristo.
“ ... considerai, pois, como era grande este ...”(v.4). A razão para exposição
histórica é fornecer uma comparação entre Abraão e Melquisedeque. Esta
exortação a um estudo especial da grandeza de Melquisedeque é baseada na
sua superioridade à grandeza reconhecida por Abraão. A idéia principal,
realmente, é fazer-se uma comparação entre Melquisedeque e Arão. São as
duas ordens do sacerdócio que ele tinha em mente.
“ ... aqui ... ali...”(v.8). Estabelece o contraste entre as duas ordens: uma que
fora estabelecida para terminar quando do cumprimento do propósito de sua
existência expirasse (aqui), e outra que foi estabelecida com o propósito de ser
o modelo sumo sacerdotal aplicado para a eternidade.(ali).
“ ... por aquele, de que são ditas essas coisas ...”(v.13). Refere-se ao
versículo 11 onde está em mente o sucessor de Melquisedeque – uma alusão
preparatória a Jesus Cristo que é introduzido no verso 14 como Nosso Senhor.
“ ... pois é evidente ...”(v,14). Essas palavras subtendem que era bem
conhecida a tribo a que Nosso Senhor pertencia. As genealogias de Mateus e
Lucas apoiaram este fato. Muitas vezes no N. T. Jesus é apresentado como
Filho de Davi.
Embora este sumo sacerdote tenha morrido, e sua morte fizesse parte
do seu cargo sacerdotal, ainda assim, podia ser descrito como indissolúvel,
pois a morte não foi capaz de segurá-lo.
No verso 17, vem uma referência ao salmo 110:4, que pode ser descrita
como a melodia temática desta parte da Epístola.
1o, É fraco.
2o, É inútil.
3o, É revogado.
Embora a lei tivesse sido guardada, sua fraqueza essencial era não
poder dar vida e vitalidade àqueles que a guardavam.
“ ... mas este, com juramento ...”(v.21). O escritor está convicto de que isto
demonstra a superioridade de Melquisedeque porque está baseado nas
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“ ... feito mais alto que o céu ...”(v.26). descreve a posição presente do
nosso sumo sacerdote e relembra a declaração em 1:3 a respeito dele: “ ...
assentado a destra da majestade nas alturas...”.
Com o sumo sacerdote perfeito, o cargo fica permanente pois nada o torna
inválido. O cristão pode aproximar-se de Deus com confiança visto que tem tal
sumo sacerdote.
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CAPÍTULO 8
O primeiro contato que deus fez com seu povo Israel pela mediação de
Moisés (Ex.24:1-8) deixou de permanecer em vigor por causa da
fraqueza dos homens. A Nova Aliança oferece as seguintes vantagens:
No verso 7, não era que a lei estava defeituosa, mas que a experiência do
homem sob a lei era defeituosa.
“ ... os tomei pela mão ...”. Esta expressão é uma maneira poética de deixar
claro que o povo estava incapacitado até que Deus colocou Sua mão sobre a
deles para os conduzir até fora da terra do Egito, o lugar do cativeiro.
“ ... e dos seus pecados jamais me lembrarei ...”. Significa perdão total dos
pecados.
CAPÍTULO 9
V.3 – “ ... segundo véu ...”. é claramente uma alusão ao véu que estava entre
a santo lugar e o santo dos santos. A parte interna também era chamada de
tabernáculo ou tenda.
“ ... santo dos santos ...” Esta expressão tem relação com a santidade
especial do lugar, e explica porque o acesso normal era vedado.
V.4 – A ênfase recai sobre o conteúdo da arca. Três itens são mencionados:
V.9 – “ ... a totalidade do sistema levítico ...”. Era uma figura (. No
contexto do pensamento nesta passagem, a era presente foi aquela que
preparou o caminho para o aparecimento de Cristo (11-12). Depois que o
símbolo foi cumprido deixou de Ter qualquer função.
“ ... tabernáculo maior ...”. O artigo definido indica um tabernáculo sem igual,
ou seja, não há outras comparações possíveis com este tabernáculo espiritual.
“ ... não feito por mãos ..”. quer dizer, não desta criação, são para explicar
que o sentido pretendido não é o literal, mas, espiritual.
4ª “ ... sem mácula ...”. A oferta é colocada no nível moral mais alto.
Jesus viveu e morreu sem pecado, porque somente assim poderia ser um
sacrifício perfeito em prol de seu povo.
“ ... obras mortas ...” . Quando estas são deixadas de lado, o cristão está livre
para servir ao Deus vivo. A adoração verdadeira envolve uma dedicação
sincera e total a Deus..
“ ... o mediador da Nova Aliança ...”(v.15). É aliás, com base da sua auto-
oferta, que Cristo se torna o mediador. Na presente frase a ênfase recai sobre
a palavra Aliança (Aliança estabelecida unilateralmente.
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A idéia de herança era central na Velha Aliança, mas não subia além do
nível terreno. A Nova é eterna, e, portanto, claramente superior. Esta herança
não é restringida a uma única nação, mas a uma certa classe definida como
aqueles que tem sido chamados (), que no presente contexto
refere-se aos crentes em geral e é uma lembrança de que Deus tomou a
iniciativa. O particípio perfeito sugere o resultado contínuo de um ata passado.
Sua morte é o preço da soltura de um prisioneiro. É especialmente relacionada
com transgressões que haviam sob a primeira Aliança, como se a redenção
fosse qualificada pela coisa da qual é obtida a libertação. Sob a antiga Aliança
nenhuma ajuda era dada aqueles que transgrediram, mas a morte de Cristo
tornou possível a libertação.
V.22 – A conclusão geral sobre este tema é que, de acordo com a lei, quase
todas as coisas se purificavam com sangue. Alguns ritos de purificação judaica
eram feitos com água ou através de fogo. Mas, os mais significativos eram
feitos através de sacrifícios que envolviam o derramamento de sangue de uma
vítima.
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“ ... remissão ...”( gr. Fica sendo uma referência ao livramento bem
como ao perdão dos pecados específicos. O alvo dos sacrifícios era trazer
algum tipo de remissão para os pecados.
“... para comparecer pôr nós diante de Deus ...”. Esta é a obra intercessória
de Cristo e é expressa em termos diferentes:
V.26 – Por este meio demonstra que Cristo está permanentemente diante da
face de Deus. O que demonstra que o sacrifício foi suficiente. A eficácia da Sua
oferta sempre está diante do Pai.
“ ... uma vez pôr todas ...”. estabelece a qualidade definitiva da oferta.” ...
para aniquilar o pecado ...”. O aniquilamento envolve a anulação do pecado,
isto é, tratá-lo como se já não mais existisse.
CAPÍTULO 10
“ ... os bens vindouros ...”. São claramente o evangelho com o seu sumo
sacerdócio espiritual. Um cerimonial não poderia realizar aquilo que era
necessário.
V.3 – Esses últimos sacrifícios que foram ordenados pôr deus visavam
preparar o caminho para aquela oferta perfeita que podia tratar eficazmente
com as conseqüências do pecado numa base permanente.
V.5-6 – “ ... pôr isso ...”. forma uma ligação com a insuficiência das ofertas
levíticas mencionadas no verso anterior. A referência diz respeito a
consciência contínua de Jesus de que estava cumprindo a vontade do Seu Pai.
1ª Sacrifício (
2ª Ofertas ()
3ª Holocausto ()
como ser humano. Embora os sacrifícios fossem ordenados pôr Deus, era a
atitude do adorador que realmente interessava a Ele. A história de Israel já
demonstra a tendência que o sistema sacrificial fosse considerado uma
finalidade em si mesmo, tornando-se uma mera formalidade.
“ ... par fazer, ó Deus, a Tua vontade ...”É o alvo do homem perfeito.
Realmente cumpriu a vontade de Deus ao ponto de se tornar obediente até a
morte.
“... remove ...”. (gr. ) geralmente tem o sentido de matar. Há algo de
definitivo no desaparecimento do velho.
V.10 – O efeito imediato é que temos sido santificados. A idéia parece ser que
aqueles que estão em Cristo foram de tal maneira identificados com Ele, que
nEle eles cumpriram a vontade de Deus.
A posição de Cristo:
2º “... muitas vezes...” . () está em direto contraste com uma vez por
todas.
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V.14 – O pensamento volta para o sumo sacerdote e sua única oferta a fim de
chamar a atenção ao resultado obtido por ela, ou seja, a obtenção da perfeição
para os crentes.
V.18 – “ ... já não há oferta pelo pecado”. Já que a remissão é prometida sob
a Nova Aliança, a necessidade de semelhante oferta cessou. A perfeição da
oferta de cristo visa acabar finalmente com a celebração do antigo ritual.
É com base em tudo quanto foi dito acerca do sumo sacerdote e sua
oferta eficaz que a declaração no presente verso pode ser feita.
“ ... pelo sangue de Jesus ...”. Esta é a via de apresentação do homem para
com Deus. O santo dos santos já não está mais separado; porém o acesso
está disponível somente àqueles que são classificados como irmãos.
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d) “ ... e lavado o corpo com água pura ...”. Parece tratar-se de uma
alusão ao batismo cristão. A lavagem do corpo talvez ache alguma
explicação em Ef. 5:26, que é mais inteligentemente interpretado
num sentido espiritual.
“ ... e tanto mais quanto vedes que o dia se aproxima ...”. O dia da
prestação de contas.
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Neste caso, conhecer a verdade sobre o que Cristo fez e voltar a confiar
no sacrifício de touros, cordeiros, novilhas era abrir mão de qualquer
perspectiva de perdão pois, nos rituais judaicos não existia mais nenhum
sacrifício que fosse eficaz para trazer perdão aos pecados de ninguém. Ou
vem unicamente a Cristo ou não existirá perdão em nenhum outro lugar.
“ ... já não resta mais sacrifícios pelo pecado ...”. Esses sacrifícios são os
da lei.
V.27 – Sem sacrifício expiador em que se possa confiar, tudo o que permanece
é juízo e fogo vingador.
V.29 – “ ... quanto mais severo castigo ...”. O argumento a gora procede do
menor para o maior e refere-se aquilo que o delito, na Nova Aliança merece.
O delito é expressado de modo tríplice:
vivo estão contra aqueles que através de suas ações e atitudes se colocam
fora de Sua misericórdia.
V.32 – “ ... lembrai-vos porém ...”. denota algum esforço em chamar a mente.
Quando o assunto da lembrança são os sofrimentos anteriores do crente, a
maioria das pessoas precisam ser estimuladas a lembrança.
V.35 – “ ... não abandoneis ...”. ( Significa “jogar fora” como se
joga no lixo aquilo que não tem mais utilidade.
V.39 – “ ... Nós, porém, não somos ...”.Aqui o escritor identifica os seus
leitores com ele na rejeição da idéia de retroceder; Ele e o leitor gozarão da
conservação da alma. Conservação é o antônimo de destruição, é
característica da salvação.
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CAPÍTULO 11
V.1 – “ ... a fé ...”. Confiança absoluta e incontestável, que não pode ser
abalada pelas circunstâncias adversas.
“ ... das coisas que se esperam ...”. Aqui não está em evidência as coisas
que eu espero segundo a minha vontade ou as coisas que alguém espera,
mas, são as coisas que Deus nos tem prometido, em especial, conforme
versos 34, 35 e 36 do cap. Anterior. Deus só tem responsabilidade real em nos
dar aquilo que Ele prometeu; Embora Ele também satisfaça muitas vezes os
nossos desejos.
“ ... a prova das coisas que não se vêem ...”. Refere-se a consumação
visível e final do reino de Deus e seu aparecimento em glória trazendo a nossa
realidade existencial tudo aquilo que Ele nos prometeu em Sua palavra. Não se
vêem ainda, mas a confiança que temos na fidelidade de Sua palavra nos faz
viver como se já as tivéssemos recebido.
BIBLIOGRAFIA