I - Mobilidade Perfeita de Capitais
I - Mobilidade Perfeita de Capitais
I - Mobilidade Perfeita de Capitais
2. Nesse caso, o fluxo de capitais iguala as taxas de juros internas e externas. Vamos
desconsiderar também as expectativas de mudanças na taxa de câmbio. Um país com taxa de
juros sobre os títulos nacionais de 5%, em comparação com taxas de juros estrangeiras de
3%, supondo mobilidade perfeita de capitais, haveria uma entrada maciça de capitais no país
até que a taxa de juros interna e externa se igualem. No modelo Mundell-Fleming a
mobilidade Perfeita de capitais significa que é equação BP ( 15.8) é substituída pela
condição 15.9:
𝑋 𝑋 𝑥
X(𝑌 , π) - Z(Y, π) + F(r - 𝑟 ) = 0 (15.8) r = 𝑟 (15.9)
3. Para fornecer esse montante, o banco central doméstico irá vender cinco bilhões de
dólares em ativos de reservas estrangeiras, ou seja, compra 5 bilhões de dólares. Nesse caso,
a oferta de dólares irá diminuir em 5 bilhões. “A oferta de moeda em circulação diminui,
porque o banco central aqui aumentou seu estoque de dólares 25 bilhões e o público reduzir o
seu estoque nesse mesmo montante. O que suportamos implicitamente na seção 15.2 foi que
o banco central doméstico compensou esse efeito sobre a oferta de moeda pondo os dólares
que ele comprou de volta em circulação”. O Banco Central faz isso comprando títulos de
governo que estavam em posse do público. Tal política (esterilização) é feita para evitar que a
intervenção no mercado de câmbio afete a oferta de moeda doméstica.
5. Uma taxa de juros interna menor que a externa, com mobilidade perfeita de
capitais, haverá uma enorme saída de capitais. Ou seja, os investidores vão vender seus ativos
do país em questão, e portanto a moeda desse país. Assim, o Banco Central do país não pode
restaurar o equilíbrio por meio de uma intervenção esterilizada do mercado de câmbio.
Portanto, a saída maciça de capitais Continuará enquanto a taxa de juros interna estiver
abaixo da taxa de juros externa - Se o Banco Central fizesse uma intervenção esterilizada,
apenas iria queimar suas reservas internacionais.
6. Sendo assim, para restaurar o equilíbrio, o banco central precisa intervir para
reduzir a oferta de moeda estrangeira na economia (comprando dólares, reduzir oferta dessa
moeda e voltar ao equilíbrio no câmbio fixo). Com isso, a oferta de moeda cairá até que a
curva LM volte a sua posição inicial, LM(M0). O ponto de equilíbrio volta a ser o ponto E0,
e a taxa de juros interna volta a ser igual a taxa de juros externa. Assim, a saída de capitais e,
consequentemente, a contração da oferta de moeda acabam e a oferta de moeda e a renda
voltam aos seus níveis iniciais. Portanto, a ação da política monetária é totalmente ineficaz.
Resumindo: O aumento dos gastos do governo deslocar curva IS para direita, de IS(G0) para
IS(G1). Com isso, a taxa de juros interna tem de aumentar para um nível maior que a taxa de
juros externa, gerando forte entrada de capitais. Assim, a intervenção do Banco Central para
manter a taxa de câmbio fixa deverá ser no sentido de fazer a oferta de moeda subir, para
reduzir a taxa de juros interna até que ela se iguale à taxa de juros externa. Com esse
aumento da oferta de moeda (M0 para M1), a curva LM irá se deslocar para a direita, de
LM(M0) para LM(M1). Assim, a taxa de juros interna se iguala à taxa de juros externa.
Além disso, o aumento da oferta de moeda potencializa o efeito expansionista do aumento
dos gastos governamentais, aumentando mais ainda a renda, que passa de Y’1 para Y1.
[1] O aumento dos gastos do governo aumenta a renda, que aumenta a demanda por moeda e,
consequentemente, aumenta a taxa de juros. Portanto, o aumento dos gastos do governo, tudo
mais constante, gera uma pressão para o aumento da taxa de juros.