Reunião de comentários e respostas do Professor Luiz Gonzaga de
Carvalho Neto no grupo do Facebook “ICLS – Grupo de Estudos” sobre
matrimônio e diferenças entre homens e mulheres.
POST 1
Luiz Gonzaga de Carvalho Neto: Um pai de família tem que ser saldo positivo
em segurança material, moral e física para os da sua casa. Em que medida?
Na medida necessária para que não morram nem definhem. Se ele tem mais
do que isso, deve compartilhar com sua família daquilo que tem. Se o que ele
tem é somente o suficiente para que não morram, ele já está fazendo o que
devia. Se não tem nem isso, que não seja por desleixo, mas por dificuldades
imprevisíveis e mais ou menos inevitáveis.
Segurança moral é fazer eles se sentirem mais seguros em fazer o bem do que
em fazer o mal.
O maior problema do assunto amor e casamento é que todo mundo está
MUITO inclinado a mentir para si mesmo e para os outros a esse respeito. A
primeira mentira que contamos é: “não é muito importante para mim”, “o
importante é que eu me valorize”, “não preciso de ninguém, cuido de mim por
mim mesmo”. Mas o assunto é de profunda e real importância para qualquer
ser humano normal.
A segunda mentira é dizer, seja para nós mesmos, seja para os outros, que
sabemos o que queremos com esse negócio de amor. Mentira, no máximo
você sabe de quem você gosta, quando gosta. Mas não sabe a razão real de
gostar, não sabe O QUE é a sua própria atração, não sabe de onde ela
realmente vem, não sabe como se sustenta a atração e também não sabe
como ela morre. Não sabe porra nenhuma, está no mato sem cachorro e fica
arrotando slogans vazios para se sentir melhor.
Então, se vocês quiserem, posso marcar de dar uma aula sobre os cinco graus
do amor e explicar até onde pode chegar esse negócio. Para vocês terem uma
ideia, só hoje comecei a falar um pouquinho aqui no grupo sobre o terceiro
grau do amor. Nunca entrei publicamente no assunto dos graus superiores
porque a conversa desvia muito antes de chegar lá. Mas vou precisar de uma
boa turma ao vivo que esteja realmente atenta e determinada a fazer perguntas
honestas e claras para o beneficio futuro de todos os alunos e alunas.
P.S. Cuidar diariamente e bem da Fifi e do Totó é somente o segundo grau do
amor.
P.S.2 Somente a realização do quarto grau do amor satisfaz realmente o
coração humano.
POST 2
Pergunta: Vocês acreditam que exista alguma diferença em viver as narrativas
para homens e mulheres?
Luiz Gonzaga de Carvalho Neto: Existe uma diferença para descobrir sua
narrativa.
Geralmente, o primeiro instinto da mulher é agradar a tribo para não perder a
chance de sobreviver e arrumar um “bom homem”. Por isso fica mais difícil
para a mulher ter convicção e certeza de sua narrativa. Além disso, muitas
mulheres (não todas, mas com certeza muitas) espontaneamente preferem
uma atitude mais passiva diante da vida em geral e isso complica a escolha
consciente e acertada de uma narrativa.
Um exercício que toda mulher devia fazer é o seguinte:
Imagine que você nasceu na Mongólia medieval ou na Roma antiga.
Legalmente e socialmente você é uma propriedade material do seu pai, que vai
te “vender” para um homem assim que você chegar à puberdade. Você não
tem nenhuma escolha.
Mas seu pai decide ser legal e te dá três escolhas. Você olha os três
candidatos e nenhum deles é repulsivo, mas também nenhum te encanta.
Todos os três te dão a impressão de “Ehh... pode ser... mas num sei não...”
A única diferença entre eles é que o primeiro é um rico negociante, o segundo
é um grande herói e o terceiro é um grande sábio.
Isso foi só o cenário, agora vem a parte mais importante do exercício:
Lembra que homem em geral NÃO gosta de conversar.
Se você se casar com o negociante rico, ele só vai ficar animado de conversar
com você sobre negócios. Quanto ele lucrou, como ele fez uma boa venda,
como ele ludibriou um competidor, etc.
Se você se casar com o herói, ele só vai se alegrar de conversar sobre os
inimigos que ele venceu, sobre como ele se destacou e sobre como todos
agora respeitam ele.
Se você se casar com o sábio, ele só vai se animar de conversar dos estudos,
do conhecimento, da filosofia, de religião e das artes.
Agora se pergunte: Qual dessas três conversas REALMENTE te interessa,
independentemente de ter que agradar o marido? Qual TE interessa? Essa é a
sua narrativa (e esse é o marido que você deve procurar).
Pergunta: Professor, nesse cenário que o senhor colocou me parece que a
única narrativa possível para uma mulher é a do conhecimento e sabedoria —
já que, provavelmente, ela ficará em casa nesse cenário que o senhor montou.
Isso tem a ver com a etimologia da palavra "mulher" — nikeb — que o senhor
explicou no curso do Rosario? Já que a mulher é passiva por definição,
conhecimento e sabedoria pode vir a ser a narrativa que lhe cabe por
excelência?
Luiz Gonzaga de Carvalho Neto: De modo algum, tem mulheres que só
querem saber do marido quanto ele lucrou e como ele conseguiu isso. Isso é
um indicador real de que a narrativa dela é a do rico.
E tem mulher que só quer saber da honra do marido e de como ele conquistou
essa honra. Isso é um indicador real de que a narrativa dela é a do herói.
O grau de participação ATIVA da mulher no processo de conquista, seja da
riqueza, da honra ou da sabedoria, vai depender exclusivamente das
capacidades e preferências individuais dessa mulher. Se ela se interessar
realmente pelo ASSUNTO narrativo do marido e só quiser entender do
assunto, conversar com o marido e aplaudir os sucessos dele, a narrativa dela
ainda é a mesma que a dele, só que de modo inteiramente passivo. Se ela ao
contrario quiser participar ativamente na conquista do mesmo objetivo, quer
dizer que individualmente ela é uma pessoa mais ativa e vai perseguir mais
ativamente sua narrativa
Pergunta: professor esse exercício pode ser inversamente feito pro homem?
Por ex ele pensar por qual das 3 coisas ele gostaria mais que uma mulher o
admirasse?
Luiz Gonzaga de Carvalho Neto: ABSOLUTAMENTE NÃO! Você tem que
pensar no pedaço de mundo que você quer pegar, tomar. Para VOCÊ, não
para sua mulher.
E não é um defeito para a mulher ser receptiva porque, se ela é honesta
consigo mesma, ELA QUER um homem MAIS competente que ela na busca de
sua própria narrativa.
Não é que a mulher seja passiva por definição, é que nela NÃO é um defeito
ser RECEPTIVA. Ela precisa REALMENTE amar o assunto da narrativa por si
mesma, não “para agradar o marido”.
Pergunta: Gugu, se a mulher não gosta de nenhuma das três, ela é doida?
Luiz Gonzaga de Carvalho Neto: Tem duas possibilidades. Ou ela nunca
pensou realmente nisso desse jeito que eu expliquei, ou ela é shudrah ou
chandala (não tem narrativa integral).
Pergunta: Parece que eu procuro uma fusão de herói e sábio, mas nunca vi
um homem assim e acho que nunca vou ver. Nunca achei um homem com
uma narrativa parecida com a minha e só tive um namorado até hoje. É
complicado.
Luiz Gonzaga de Carvalho Neto: Tá procurando o rei filosofo do Platão? Vai
ser difícil. Ele disse que mesmo os melhores dos melhores só alcançam esse
estado depois dos 55 anos. E tem 99,99% de chance de ele nem querer olhar
para você.
Pergunta: da pra ter duas narrativas? Dinheiro e sabedoria
Luiz Gonzaga de Carvalho Neto: ABSOLUTAMENTE NÃO! Se a pessoa
realmente se vê dividida entre essas duas é geralmente porque a narrativa é de
sabedoria e a pessoa está com medo da pobreza ou de não ter confortos. Diga
para a pessoa se conformar e aprender técnicas artísticas para criar beleza e
assim compensar o medo das privações materiais
Pergunta: Exatamente. Eu sempre fui apaixonada por homens de 30-40 anos,
desde sempre, com raras exceções -- aliás, meu único namorado foi um nerd
das exatas que dava explicação pra turma antes das provas. Fico caidinha é
por homi inteligente e sério, daquele tipo bem analista e enigmático. Nunca
gosto dos bonzinhos, só dos coléricos ou melancólicos, não sei porque. No
ensino médio, lembro que tive uma paixonite pelo professor de História. Ele era
um sonho.
Luiz Gonzaga de Carvalho Neto: Resumindo, você não está escolhendo um
homem com uma narrativa determinada e consciente. Na prática você se sente
atraída por carinhas tipo “nerd” ou “intelectual” mas se frustra com a fraqueza
deles. Tome jeito na vida e assuma você conscientemente a narrativa
apropriada e depois só procure homens com narrativa determinada, consciente
e consolidada. Somente esses homens se provarão fortes.
Pergunta: Há a possibilidade desta analise produzir um falso resultado por
conta de falta de auto-conhecimento ou por histeria? Teria um melhor momento
(psicológico) para realiza-lo?
Luiz Gonzaga de Carvalho Neto: Olha, possibilidade sempre tem. Tenta fazer
o exercício em tempos espaçados e entre uma tentativa e outra começa a
praticar a narrativa como se fosse definitiva.
Se a dúvida permanecer, pode marcar uma consulta.
POST 3
Luiz Gonzaga de Carvalho Neto: Num interessante post da Ana Gabriela aqui
no grupo, tocamos no assunto casamento. Eu gostaria de lembrar que três
coisas são necessárias para um excelente e duradouro casamento:
1. A mulher não pode aceitar um homem que não tem a mesma narrativa dela.
Nem um homem que, tendo a mesma narrativa, seja menos competente na
narrativa do que ela mesma. Já o homem, este não pode nem pensar em casar
antes de firmar-se numa narrativa consciente. Esse ponto é importante por três
motivos principais:
a. A longo prazo, narrativas diferentes VÃO implicar em desejos e escolhas
DIVERGENTES e serão um fator de separação.
b. A curto prazo. Toda relação humana normal precisa de uma base de
amizade. A base da amizade feminina é conversar e compartilhar segredos, a
base da amizade masculina são os feitos e façanhas. Para que a conversa seja
realmente bilateral ela precisa girar em torno de feitos, façanhas e segredos
que determinem um assunto comum realmente interessante para os dois.
c. Seus filhos nascerão com disposições interiores mais homogêneas e
harmoniosas, o que vai facilitar imensamente a vida deles.
2. Cuidar diariamente e bem da Fifi e do Totó. De nada adianta a amizade de
marido e mulher se dentro de cada um deles vive um animal frustrado, acuado
e sedento de vingança.
3. Como criar o verdadeiro amor. Disso eu ainda não falei em aula, só em
consultas privadas com casais seriamente comprometidos um com o outro e
que JÁ estavam praticando os itens 1 e 2.
POST 4
Luiz Gonzaga de Carvalho Neto: Notas sobre a Guerra dos Sexos.
O desejo mais comum nos homens é o de dormir com o maior número possível
de mulheres atraentes. Já o desejo mais comum das mulheres é estar
entronizada no coração do mais poderoso dos homens.
Para satisfazer maximamente o desejo dos homens, seria necessário criar uma
sociedade em que a sexualidade feminina estivesse totalmente “socializada”,
uma sociedade em que todos os homens pudessem dormir com todas as
mulheres e nenhuma mulher pudesse se negar sexualmente a nenhum
homem.
Para satisfazer o desejo das mulheres, seria preciso criar uma sociedade em
que os homens estivessem permanentemente em guerra com outros homens.
Assim seriam selecionados somente os mais bravos e fortes e todos os
homens seriam potencialmente atraentes para as mulheres. O excedente
populacional feminino faria da poligamia a norma geral e todas as mulheres
poderiam estar fortemente ligadas a homens poderosos.
Vamos chamar a primeira sociedade de “modelo masculino”, pois nela são os
desejos masculinos que subordinam os desejos femininos. E a segunda vamos
chamar de “modelo feminino”, pois aqui são os desejos femininos que se
sobrepõem aos desejos masculinos e determinam a forma da sociedade.
Como tem por finalidade satisfazer os homens, o “modelo masculino” se
destaca pela gentileza, pela sociabilidade e pelo desapego, enfim, é uma
sociedade bem “feminina”.
Já a sociedade moldada pelos desejos das mulheres, essa se diferencia pela
bravura, pela força e pelo heroísmo. É uma sociedade bem “masculina”.
Sociedades dos dois tipos já existiram em modo tribal. Nenhuma jamais existirá
que possa corresponder aos dois tipos ao mesmo tempo.
Assim, a “guerra dos sexos” é uma guerra entre dois modelos subconscientes
de sociedade absolutamente incompatíveis. A sociedade que se propõe a total
“liberação sexual” vai criar e alimentar dentro de si os dois modelos sociais
antagônicos. Nessa sociedade, a única maneira real de diminuir a tensão entre
os dois modelos é tentar limitar o desejo sexual. Isso se faz em nossa
civilização por três meios:
1. Pelo uso de meios químicos capazes de reduzir ou alterar os desejos.
2. Pela superexposição ao sexo “maquiado”, que resulta em dessensibilização
ao sexo real.
3. Pela redução das diferenças entre os sexos.
Agora, o problema dessa civilização vai ser que essa alteração e diminuição
geral do desejo natural terá dois efeitos colaterais: O surgimento de inúmeras
taras sexuais compensatórias, e uma inevitável redução da taxa de natalidade.
Talvez ela possa compensar o primeiro efeito com a aceitação e normalização
de todas as taras; e o segundo, com grandes volumes de imigração.
Pessoalmente, não acredito que vai dar certo.
Se a gente pensar bem, acaba percebendo que em nenhuma sociedade justa é
possível a plena satisfação dos desejos sexuais por meio da liberação sexual.
A “liberação” vai tender sempre, ou na direção do modelo masculino – que é
bom para os homens e ruim para as mulheres, ou na direção do modelo
feminino – que é bom para as mulheres e ruim para os homens. Ou pela
criação da “terceira via”, que é ruim para todo mundo.
Outra alternativa bem diferente é condenar moralmente a “liberação sexual” e
limitar a prática do sexo sem tentar alterar a natureza do desejo sexual. E a
verdade é que até muito recentemente, todas as soluções razoáveis para esse
dilema envolveram a recriminação pública do sexo, sua limitação à esfera
privada e formalizada do casamento, e a criação do pátrio poder na esfera
doméstica.
Dentre as melhores soluções que aplicam essas restrições estão a da
odiosíssima cristandade tradicional (proibição do sexo fora do casamento,
ocultação pública dos atributos sexuais pela vestimenta, casamento
estritamente monogâmico e em princípio indissolúvel, e tolerância ao adultério
– desde que não cause escândalo público), e a do odiosíssimo mundo islâmico
(proibição do sexo fora do casamento, ocultação pública dos atributos sexuais
pela vestimenta, casamento majoritariamente monogâmico, poligamia e
divórcio bem controlados e limitados, e máxima intolerância ao adultério).
P.S. Alguém pode argumentar que nenhuma dessas soluções é “ideal”. Mas
quem disse que este mundo é ideal? Por que diabos toda vez que tentamos
descrever o mundo como ele é, a reação é sempre nos pedir para descrever
como acreditamos que ele deveria ser?
Luiz Gonzaga de Carvalho Neto: Ciúme é um negócio mais cultural que
natural, se resolve em duas ou três gerações.
Pergunta: Professor, em micro escala o modelo masculino ocorre nos bordéis,
onde os homens dormem com quem quiserem e não se preocupam com o
destino das mulheres dali depois? Qual seria um micro modelo feminino na
sociedade? As baladas, onde os homens ficam disputando as mulheres,
demonstrando poder, brigando, etc.?
Luiz Gonzaga de Carvalho Neto: Boa pergunta. Nunca pensei nisso, mas
parece que sim.
POST 5
Luiz Gonzaga de Carvalho Neto: A Mulher e a Lua
A descrição a seguir é da mente da mulher e talvez as ajude a se entender
melhor, mas os conselhos são para os homens.
A mulher ora quer um Príncipe Encantado, que a liberta duma vida
excessivamente prosaica e assim aprisiona seu coração, ora quer uma Fera
amaldiçoada que a prende em seu domínio e assim a liberta dos perigos do
mundo. Idealmente, ela busca uma síntese dos dois. Como essa síntese é
psicologicamente difícil de imaginar, a mulher tenta se aproximar dela por meio
de alternativas sucessivas, querendo ora uma imagem completa da
masculinidade ideal, ora o príncipe, ora a fera, ora alguém que ela possa
moldar segundo o desejo do momento. Como ela não pode realmente ter o
homem ideal o tempo todo e não está perfeitamente satisfeita com a
alternância de príncipe e fera, surge a quarta imagem, a do homem que se
amolda ao que ela quer, na hora que ela quer. É o famoso boneco Ken, que
parece um bom homem, mas não tem bolas.
A mulher tenta e tenta compor Força e Bondade numa mesma figura e nunca
consegue manter uma visão coerente dessa figura num mesmo homem por
muito tempo. O Sol, que representa a masculinidade ideal, representa também
a Intuição, percepção imediata e total, mas psicologicamente fugaz e
incontrolável. Daí a maior tentação da mulher no casamento: Tentar
“reconstituir” o homem ideal pelo progressivo condicionamento do marido. É o
mito de Osíris repetido eternamente em modo luciferino por mulheres
insubmissas e frustradas.
As quatro fases da imagem do homem na mente da mulher:
O Monarca Perfeito. A pura e plena manifestação solar da masculinidade ideal,
a perfeita combinação luminosa e calorosa de Força e Bondade. Este é quem a
mulher mais deseja, mas não sabe quem é. Mesmo que um homem seja um
Monarca Perfeito, a mulher não consegue ter isso em vista o tempo todo, daí a
necessidade das outras fases.
O Príncipe Encantado. O príncipe é o herdeiro do trono, é quem tem em si algo
da majestade do Monarca Perfeito, mas em versão desnatada. É quem a
liberta da pequenez da vida com sua iniciativa e bravura. Se no Monarca
Perfeito há equilíbrio perfeito de Força e Generosidade, no Príncipe há mais
gentileza (promessa de generosidade) e espírito de aventura (promessa de
força), com subordinação da aventura pela gentileza (é isso que se chama
“encantador” afinal).
A Fera Amaldiçoada. Aqui há um grande predomínio da Força sobre a
Bondade (embora esta ainda esteja representada pela presença do desejo que
fez da mulher em questão seu objeto privilegiado). A verdade é que, para te
amar, a mulher realmente precisa te temer. Não é negociável, se ela nunca tem
medo de ti, ela não vai conseguir te amar adequadamente. Agora, o medo não
precisa e não deve ser medo de ser agredida por você. De preferência, deve
ser medo de largar ela ou trair ela. Você tem que ser um pouco bruto, ser mais
perigoso do que ela e ser independente dela.
O boneco “Ken”. O “maridinho perfeito” que ela muitas vezes imagina. Saiba
que ela precisa dele, mas ele é objetivamente o menos desejável para ela. O
Ken é aquele que, quando ela não tem, ela quer, mas quando tem, não quer
mais. Se você deixar ela te transformar no Ken, fodeu tudo. Cabe ao homem
fazer que o Ken esteja relegado aos aspectos mais periféricos e irrelevantes de
sua própria vida. Se ela EXIGIR que você seja o Ken em qualquer coisa, ria e
RECUSE sem pestanejar. Se ela pedir com jeitinho, examine. Se for um
elemento periférico da sua vida, deixa ela brincar de boneca vai. Se for algo
importante e custoso, seja malandro e recuse com jeito de brincadeira, mas
RECUSE.
E lembra sempre do antigo ditado oriental:
“Fera e Monarca pertencem à metade do ciclo que molha as calcinha, mas
desagrada a cabecinha. Príncipe e Ken pertencem à metade que agrada a
cabecinha, mas seca as calcinha.”
P.S. Pelo amor de Deus, NUNCA espere de uma mulher que faça de ti o
Monarca Perfeito.
P.S.2 Se a referência é velha demais para você, “Ken” é o namorado da
boneca “Barbie”. Na minha infância era também o pior xingamento possível
para um menino.
P.S.3 Não compartilhe fora do grupo. Vou desenvolver melhor depois.
Luiz Gonzaga de Carvalho Neto: “Fera e Monarca pertencem à metade do
ciclo que molha as calcinha, mas desagrada a cabecinha. Príncipe e Ken
pertencem à metade que agrada a cabecinha, mas seca as calcinha.”
Antigo ditado oriental.
Pergunta: Professor, é normal não querer nada disso? Antes eu até esperava
proteção mas hj nem isso.
Luiz Gonzaga de Carvalho Neto: Olha, não é exatamente um querer. É mais
algo que o cara vai ter que oferecer para deixar a mulher feliz. A mulher
REALMENTE não sabe o que quer do homem.
Luiz Gonzaga de Carvalho Neto: As quatro fases
Lua Cheia: Você é um Rei Maravilhoso, mas daqui a pouco ela se sente
oprimida e anulada.
Lua Minguante: Aí você vira Príncipe e arruma alguma coisa criativa e legal pra
ela fazer e se sentir melhor.
Lua Nova: Ela começa a imaginar “um muuundo ideaaaaal” (nem sei de onde
veio essa música). Aí você vira um pouco Ken e deixa ela brincar de boneca
um pouquinho.
Lua Crescente: Brincar de Ken deu no saco e você vira Fera e mostra que não
tem paciência pra essas frescura.
Lua Cheia: Você mostra domínio sobre sua própria força e bondade e vira um
Rei Maravilhoso. Mas daqui a pouco ela se sente oprimida e anulada...
A analogia com as fases da lua É SÓ ANALOGIA. Não vai usar o calendário
para lidar com a esposa não.
Pergunta: Se a mulher não enxergar no homem nenhuma das características
das 4 fases, ou no máximo o sujeito é um "Ken Humano" pra ela,Então o
interesse que ela terá no cabra será mínimo?
Luiz Gonzaga de Carvalho Neto: Será abaixo de zero.
Pergunta: Como isso que foi exposto se relaciona com o fato de às vezes as
narrativas não serem as mesmas? Como ser aquele que protege, ajuda e abre
espaço sem trocar a sua narrativa por a dela? Como ser um bom marido
mesmo nessas situações?
Luiz Gonzaga de Carvalho Neto: Se são mesmo essas duas narrativas, então
não tem como conciliar. Mas pode ser que a mulher esteja apenas insegura
com as finanças. Aí é só ter paciência e continuar sem mudar de rumo.
POST 6
Luiz Gonzaga de Carvalho Neto: Semi Publicanos e Semi Prostitutas.
Algumas das reações ao meu post sobre as mulheres e a lua me indicam que
eu talvez tenha sido um pouco mal compreendido. Vou tentar me explicar
melhor.
Primeiro, NÃO existem “Monarcas Perfeitos”, “Príncipes Encantados”, “Feras
Amaldiçoadas” ou “Bonecos Ken” (está bem, esses existem, mas são de
plástico e você compra em loja).
O que realmente existe são homens e mulheres melhores e homens e
mulheres piores. Melhor é quem cultiva a capacidade espiritual, intelectual,
moral e física para corresponder realmente às necessidades de um cônjuge
real e igualmente bom.
As “quatro fases” da mulher são somente IMAGENS que a esposa faz do seu
marido na sucessão de interações necessárias num matrimonio perfeito. Os
conselhos apenas visam ajudar os maridos a corresponder adequadamente a
cada uma das fases de sua esposa, de modo a melhorar o casamento e não
masculinizar sua esposa, nem se emascular.
Mulheres perspicazes e solteiras podem perceber as “fases” em si mesmas, ou
em personagens da literatura, mas elas normalmente se manifestam somente
no contexto do casamento (ou dum “relacionamento sério”, se é que isso
realmente existe). Os conselhos correspondentes às “fases” podem realmente
ajudar maridos e esposas, mas não são guias para solteiros e solteiras.
Moças e rapazes, solteiros e solteiras, namorados e namoradas, sei que vocês
estão muito perdidos na confusão decorrente da liberação sexual e é difícil ter
realmente uma ideia muito adequada do que significa ser Homem ou Mulher de
verdade.
O maior mal da revolução ou liberação sexual é que tornar o sexo permissível e
publicamente aceitável acaba por torná-lo psicologicamente obrigatório, e tem
como inevitável consequência levar os indivíduos a exibir de modo cada vez
mais explícito e caricatural suas próprias características sexuais mais
elementares, com a simples finalidade de obter a gratificação sexual tão
prometida pela sociedade “liberada”. Com a total abertura do mercado sexual,
semi-publicanos e semi-prostitutas se tornam os únicos modelos humanos
viáveis.
Se você não sabe o que são semi-publicanos e semi-prostitutas, assista The
Godfather e Goodfellas. Os mafiosos são publicanos e suas mulheres são
prostitutas. Semi-publicanos e semi-prostitutas são as pessoas que imitam as
maneiras dos publicanos e das prostitutas para ter mais sex appeal. Publicanos
e prostitutas podem receber o perdão do Céu, mas nunca deveriam ser
modelos de comportamento na terra. Os que os imitam por conveniência
provavelmente não serão recipientes do mesmo perdão.
O instinto sexual é tão agudo em sua intensidade quanto obtuso em relação ao
alvo de sua satisfação. Consequentemente, os tipos masculino e feminino
ideais têm MENOS sex appeal do que os tipos que emulam publicanos e
prostitutas, ainda que no curso real do matrimonio sejam realmente
PREFERIDOS amorosamente um pelo outro. Seres humanos normais só
procuram ser sexualmente atraentes quando estão com seu cônjuge em
ambiente privado (é o que se chama PUDOR). Entendam que faz parte
ESSENCIAL de um tipo humano ideal (seja homem ou mulher) OCULTAR as
características mais cruas do seu próprio sexo, cultivar discretamente e com
prudente moderação essas mesmas características naturais e cultivar
excessivamente e ainda EXIBIR as VIRTUDES correspondentes a seu próprio
sexo. Virtudes que possuem alguma ANALOGIA com o sexo, mas que
realmente existem num plano superior a ele e efetivamente o moderam.
Olha, eu não gosto de dar conselhos para jovens. Sei que a sua vida não é da
minha conta. Mas se vocês são meus alunos e alunas, eu realmente tento
gostar de vocês como se fossem meus filhos e filhas. Então imaginem por um
momento que eu sou seu pai e tentem ouvir o que eu vou dizer.
RAPAZES.
Parem de acreditar que a realidade corresponde às imagens que mocinhas
tolas fazem dela. Se você caiu no falso dilema “Chad x Virjão”, você já está no
caminho de se tornar um homem de lata (que não vale nada para as mulheres)
ou, com muita sorte, um homem de cobre (que vale o quanto ganha por mês).
As imagens que as mocinhas fazem do que são os homens não correspondem
à realidade, mas também NÃO vão mudar para “te compreender”. Você NÃO é
um “tesouro enterrado”, um “incompreendido” que as mocinhas não
descobriram. Se para você é fácil brincar de homem de pirita (que parece ouro,
mas não é) e comer umas bocetinhas, saiba que para Deus você não passa de
um aproveitador, uma categoria de gente que costuma ter o inferno garantido.
Corrija-se, vai buscar um sentido real para a vida, mantenha-se dentro dos
limites estabelecidos pelos mandamentos e só faça papel de “homem de pirita”
para uma moça com quem você está determinado a se casar. Saiba que se
você não fizer isso, Deus NÃO te dará uma mulher de verdade. E você ainda
corre o risco de ir para o inferno por ser um aproveitador.
Se, por outro lado, você fica no papel de “futuro homem de cobre” (virjao), você
também não passa de um merda. Arruma um sentido real para a vida, guarda
os mandamentos, VAI FAZER EXERCÍCIO, observa os semi-publicanos para
poder imitá-los e conquistar a moça com quem você quer casar. “Ain, mas se
ela fosse inteligente ia me amar como eu sou”. Acredite, ela é mais inteligente
do que você pensa e NÃO vai te querer. Continue assim e você vai ser infeliz
por toda a vida. E ainda corre o risco de ir para o inferno por ter sido paspalho.
MOÇAS.
As mocinhas de hoje sofrem de “febre do Rei”. Elas estão capturadas e
fascinadas por uma imagem mental de masculinidade que é a melhor imitação
de Rei que elas conseguem imaginar. Alguém “firme e decidido”, que “tome a
dianteira”, seja “galanteador”, “capaz”, “divertido”. Isso e todas as outras
palavras que elas quiserem usar para se enganar e me dizer que eu não sei o
que elas querem. Essa imagem de pseudo-monarca é o que elas consideram
um “homem de ouro”.
Moça, vou te dizer uma coisa: “King Arthur is dead, and so is Lancelot”.
Perseguindo essa imagem, o que você realmente vai encontrar são “homens
de pirita”, rapazes e homens capazes de emular MAIS do que perfeitamente
essa imagem e que vão conquistar seu “coração” (na verdade, seus ovários).
Saiba que, se você é atraente para um homem de pirita, você não é nem nunca
será nada mais do que “amostra grátis de boceta”.
Se você continuar perseguindo isso, os homens de pirita só vão te foder, literal
e figurativamente. Quando você passar dos trinta, talvez trinta e cinco anos,
você provavelmente vai começar a sentir urgência de casar. Talvez você possa
se casar com o mais recente homem de pirita que te fodeu. E ele pode até se
casar com você, mas ele ainda tem tempo para brincar de “Sir Lancelot” com
outras “amostras grátis de boceta”. Ou você aceita que ele te humilhe
publicamente por anos a fio, ou você vai querer amoldá-lo aos seus desejos
(quem é que tinha nojo de “Ken” mesmo?) e ele vai te dar um pé na bunda
quando você estiver perto dos 50. E, juntos ou separados, vocês “serão
infelizes para sempre”. E você ainda corre o risco de ir para o inferno por ter
sido imbecil.
Mas talvez nem isso você consiga, então você vai se casar com um “homem de
cobre”, “estável”, “bom”, “bem sucedido e promissor”, “um bom pai para os
meus filhos” e que “adora o chão que você pisa”. Resumindo, um bocó com um
bom emprego, que vale exatamente o quanto ganha por mês. No começo você
até vai ser legal com ele, mas não vai demorar muitos anos para a frustração te
levar a querer mudar ele para que se torne um pouco mais parecido com teus
sonhos de pirita (quem é que tinha nojo de “Ken” mesmo?). Obedientemente,
ele vai tentar seguir todas as suas instruções e suas calcinhas se tornarão mais
secas que o Saara. E, juntos ou separados, vocês “serão infelizes para
sempre”. E você ainda corre o risco de ir para o inferno por ter piorado a vida
do bocó.
Observa as semi-prostitutas, não para imitá-las, mas para se diferenciar delas.
Cuida muito bem da sua aparência, mas guarda ela para um homem de
verdade. “Ain, mas um bom homem tem que me aceitar como eu sou”. NÃO
tem e Não vai. Não se iluda. “Mas como vou saber se ele é um homem de
verdade?”, você pode se perguntar. A resposta é mais simples do que parece:
NÃO durma com ele antes do casamento. Simples assim. Você realmente não
tem outro jeito de separar o joio do trigo.
MOÇAS E RAPAZES.
TODA interação social sua com o sexo oposto (encontros, passeios, festas)
tem que ser CONSCIENTE e DELIBERADAMENTE aproveitada tendo em vista
o casamento. Não percam nenhum tempo. A vida é muito mais curta do que
vocês pensam.
Pergunta: Deixa eu ver se entendi, Prof. Luiz, a receita é:
1°. Perseguirmos o modelo do monarca sendo o mais religiosos, sábios,
virtuosos e fortes que pudermos.
2°. Tentar ter algo de príncipe, incluindo sempre algum romantismo na relação.
3°. Deixar claro que nós representamos um risco sempre que for necessário.
4°. Fazer a vontade delas sempre que isso não oferecer ameaça à nossa
integridade.
Porra, deveriam exigir carteira de habilitação pra casar.
Luiz Gonzaga de Carvalho Neto: Quase isso.
O primeiro item tem que sair da lista, pois é algo que devemos fazer por nós
mesmos, com ou sem mulher. Fazemos para o nosso próprio bem, nunca para
uma mulher.
Os outros três itens estão bons.
Para ser Monarca para ela precisa estar sempre atento e “pegar o momento”.
Só um treinamento da intuição faz a gente conseguir fazer isso
intencionalmente.
O Príncipe a inspira e a embeleza.
O “Ken” a agrada e a contenta.
A Fera a atemoriza e a protege.
O Rei derrete o coração dela e a rejuvenesce.
P.S. Para cuidar bem da mulher precisa de uma habilitação especial mesmo.
POST 7
Pergunta: O que significa a mulher ser submissa ao homem?
Luiz Gonzaga de Carvalho Neto: Estou com preguiça de escrever todos os
detalhes, mas vamos fazer de conta que somos todos bons entendedores e
vamos ler, reler e refletir na resposta a seguir antes de treplicar.
No primeiro dia do mês pegue uma folha de caderno e divida em duas colunas.
Na primeira coluna marque cada vez que você está incomodada com algo e
isso te faz ir falar com seu marido, seja para desabafar, seja para que ele faça
alguma coisa a respeito.
Na segunda coluna, marque cada vez que o contrário aconteceu. Isto é,
marque cada vez no mesmo mês que o seu marido estava perturbado com
algo e veio pedir para você resolver isso para ele.
Na imensa maioria dos casamentos minimamente normais a primeira coluna
vai ser beeem mais longa do que a segunda.
Tem que ser muito honesta aqui. Muitas vezes você não vai para o seu marido
como se estivesse “pedindo” algo. Você vai “exigindo”, “cobrando” ou
“lembrando” que a coisa tem que ser feita. Mas a verdade é que você foi até
ele e falou de um problema que estava te incomodando.
“Não é o que entra pela boca do homem que o avilta, mas o que sai da sua
boca o avilta. Pois o que entra pela boca, vai para a fossa, mas o que sai da
sua boca procede do seu coração.”
Algo perturbava o seu coração e saiu da sua boca para perturbar o seu marido.
Na imensa maioria dos casamentos a primeira coluna vai ser beeem mais
longa do que a segunda. E isso é prova suficiente de dependência. Submissão
é a consequência natural da dependência.
O pessoal vive pedindo que eu ensine alquimia. Vou dar uma lição grátis de
alquimia.
O ser humano é composto de corpo, alma e espírito. Mas a única dessas
partes que ele comanda diretamente é o corpo. A mulher pede muitas coisas
ao marido porque o corpo dele é forte. Se um homem é bom, ele pega essa
força (uma propriedade do corpo), a aplica com bondade (uma propriedade da
alma) e assim cria paz (uma propriedade do espírito) no coração da mulher. Se
uma mulher é boa, ela faz a conta das duas colunas e percebe que está em
dívida com o marido, que ganhou mais do que deu. Então ela pega sua beleza
(uma propriedade do corpo), entrega essa beleza com gratidão (uma
propriedade da alma) e gera alegria (uma propriedade do espírito) no coração
do marido.
Isso se chama transformar o corpo em espírito e o espírito em corpo e é uma
importante operação alquímica.
Comentário: Não sei se o que eu vou dizer tem a ver com submissão, mas,
para mim, já seria um bom começo a mulher não me encher o saco com
cobranças inúteis, ainda mais quando me esforço para lhe agradar. É horrível
fazer tudo que está ao seu alcance, e depois ouvir reclamações. E TPM não é
desculpa para isso. Se fosse, então todo homem deveria poder usar a desculpa
de que tem mais testosterona no corpo, para justificar o adultério. Eu acho que
a mulher tem que cobrar o que ela acha fundamental no homem, e não várias
coisas ao mesmo tempo, ainda menos as inúteis, como eu disse. Se o parceiro
não atende a essa coisa, ou a mulher o perdoa ou separa dele, mas nunca
fique cobrando mil e uma atitudes. Mas, como as mulheres são lindas, elas
podem fazer o que quiser, que eu vou continuar as amando.
Luiz Gonzaga de Carvalho Neto: Lamento informar que esse aí não é o
caminho.
Não falei para a mulher fazer a lista para pedir menos ao marido. Quero mais é
que minha esposa venha para mim com TODOS os problemas dela. O que
NÃO quer dizer que vou atender todas as demandas dela. Vou agir com cada
demanda do modo adequado que já expliquei em outras ocasiões.
O problema das mulheres NÃO é vir com problemas demais para o marido. É a
consciência embotada que não percebe estar em dívida com ele. É acreditar
falsamente que está fazendo tanto por ele quanto ele está fazendo por ela e a
consequente ingratidão.
POST 8
Pergunta: Agradeço desde já se puder responder, Gugu.
Veja bem, sinto que compreendi as questões principais do matrimônio que
você colocou em uma aula para o pessoal do Encontro Europeu do COF.
Entendo que satisfazer a Fifi e o Totó deve ser a obrigação dos dois, para que
sejam uma só carne e que esta carne esteja satisfeita — a mulher com a
segurança perante o ambiente social, encontrada no marido, e o marido com a
satisfação estética, afetuosa e sexual proporcionada pela mulher.
Porém, e aqui está minha dúvida, de que maneira demonstrar para a mulher
que eu conhecer um dia que sou o homem propício a dar essa segurança a
ela, que sou capaz de criar um território onde ela se sente segura, e que, se for
preciso, mesmo tendo toda a tribo contra nós, ela se sentirá confiante por estar
ao meu lado?
Dito de outro modo: como conversar com a fifi dentro dela, mostrar que sou
capaz de resolver seus problemas sociais, sem ter contato direto com estes
problemas por ainda não ser casado, nem mesmo namorar — a questão gira
em torno de uma mulher solteira, que eu venha a conhecer e que enxergue
como uma futura boa esposa para mim? Não devo me preocupar em
demonstrar isso, pois só é possível entrar nessas questões após o casamento?
Se sim, como então devo conquista-la nesse sentido?
Comentário (Vanessa): Se interesse pelos assuntos que ela mostra nas redes
sociais e não demore para marcar um encontro simples (café.. corrida na
praia..açaí..aula de alguma atividade que os dois têm interesse)
Mostra que tem vida bem resolvida:
•Com um bom sustento;
•Morando sozinho;
•Não se abale fácil com problemas cotidianos;
•Não crie problema com os outros e nem com ela;
•Trate bem os sogros e se interesse pela vida deles nos encontros;
•Não seja apegado aos seus pais e nem coloca sua mãe no pedestal. Apenas
respeite-os com a devida distância;
•Se tiver crianças na sua família (sobrinhos, primos), mostre que se importa
com elas.
•Esteja disposto a resolver qualquer problema que ela tiver;
•Defenda-a em público quando necessário.
•Preste atenção no ela fala.
•Arranje alguma atividade para fazerem juntos. Algum esporte como trilha,
velejar...
•Proporcione momentos simples porém legais.
•Dê presentes simples mas que signifiquem algo para ela. Nada de coisa cara
no começo..
***o que falei aqui é, apenas, o que observo em quem me interesso tanto antes
quanto durante o namoro
Luiz Gonzaga de Carvalho Neto: Olha, as áreas de atuação são mais ou
menos essas coisas que a Vanessa falou aí, mas ela esqueceu de dizer o
principal.
Fazer uma pessoa se “apaixonar” é simplesmente o efeito de causar uma
impressão. Não precisa mostrar realmente nenhuma capacidade. Na verdade,
o mundo está cheio de caras “pegadores” totalmente incapazes de ser bons
maridos.
Tem um comentário do Tales de Carvalho em algum post aqui no grupo com
uma foto do Clark Gable em que ele fala a quintessência do negócio, ele
descreve bem as características mais fundamentais do modo de
comportamento que causa geralmente a impressão adequada na mulher.
Mas uma coisa que ele menciona é que é importante descobrir um jeito sincero
e “pessoal” de causar essa impressão. Senão é só fingimento e você não vai
conseguir sustentar depois de ter enganado ela.
Pergunta: ser bom em alguma habilidade como arte marcial e/ou instrumento
musical ajuda? Vejo que muitos atletas e músicos (roqueiros, forrozeiros..etc)
têm esse charme.
Luiz Gonzaga de Carvalho Neto: Além de serem exercícios de força e
domínio sobre o próprio corpo, essas atividades geralmente são alegres e
deixam o cara mais auto confiante e relaxado, e isso ajuda muito a causar a
impressão certa.
Pergunta: pensando um pouco mais, acho que uma das raízes de minha
dúvida está no maniqueísmo entre uma boa mulher e as que se encontra aos
tropeços na rua com as características indignas disso — não que eu seja um
homem perfeito ou um santo, muito longe disso.
Por ter esse maniqueísmo na mente, pareceu-me que a maneira de fazer ela
(potencial boa mulher) se “apaixonar” seria diferente de fazer o mesmo com a
“qualquer uma que encontro por aí”. Mas, pelo que tem no post do Tales, dá a
entender que a maneira é a mesma — ser canastrão e “cafajeste” nos modos e
expressões.
É uma distorção achar que por ela ter certas características — ter religião,
saber se portar como mulher, etc. — isso seria diferente, certo?
Luiz Gonzaga de Carvalho Neto: Uai, mas se uma mulher quiser conquistar
um homem virtuoso ela não tem que se embelezar e se fazer toda princesinha
para ele? É o mesmo princípio. Sejam pessoas virtuosas ou não, a impressão a
causar é a imagem do par Sol e Vênus.
POST 9
Pergunta: Tenho algumas dúvidas sobre a aula do matrimônio.
O gugu diz em uma das aulas que se o cara ser "ombro amigo" da mulher, (
ouvir as lamentações dela, entender os dilemas dela...etc) ele dorme com ela,
mas isso não é precisamente o que deixa o cara na zona da amizade, a
famosa friendzone? O que o leva a friendzone?
E em outro momento ele diz que justamente o cara que não cede ao feitiço da
mulher, esse se torna atraente pra elas. Por que isso ocorre?
Mas se uma mulher da um sorriso pra você, da mole, se vc ficar indiferente ela
não vai te tomar por um cara fraco sem atitude?
Enfim desculpe se a dúvida ficou muito grande ou complexa.
Luiz Gonzaga de Carvalho Neto: Se oferecer para ser ombro amigo não é um
meio eficaz de conquistar uma mulher que está livre e solteira. O que eu disse
é que mulheres que ESTAO se sentindo muito solitárias num relacionamento
presente vão cair por um ombro amigo malandrão. Ser ombro amigo é uma das
coisas que se deve fazer pela mulher que a gente JÁ conquistou, não uma
coisa que a gente faz PARA conquistá-la.
Pergunta: o que seria uma postura correta pro cara conquistar?
Luiz Gonzaga de Carvalho Neto: Jovial, de bem com a vida e um pouco
malandrão.
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