Sintese 3

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Alfredo Herculano Mabjaia

Estratégia de Emprego e Formação Profissional em Moçambique

Universidade Rovuma
Nampula
2021
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Alfredo Herculano Mabjaia

Estratégia de Emprego e Formação Profissional em Moçambique

Universidade Rovuma
Nampula
2021
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Índice
1 Introdução............................................................................................................................4

1.1 Objectivo Geral............................................................................................................4

1.2 Objectivos Específicos.................................................................................................4

1.3 Metodologia.................................................................................................................4

1.4 Limitações do Trabalho................................................................................................4

2 Estratégia de Emprego e Formação Profissional em Moçambique.....................................5

2.1.1 Nas áreas de intervenção.......................................................................................7

2.2 Objetivos estratégicos..................................................................................................7

3 O Ensino Técnico e Profissional no âmbito da reforma da educação profissional.............8

4 Financiamento da Estratégia de Emprego e Formação Profissional em Moçambique.......8

5 Conclusão..........................................................................................................................10

6 Referencias Bibliográficas.................................................................................................11
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1 Introdução
O crescimento económico verificado no País nos últimos anos, de que resultou a
redução dos índices de pobreza absoluta, aliado à paz laboral e à estabilidade política e social
são factores que asseguram que a Estratégia de Emprego e Formação Profissional em
Moçambique, a ser implementada no período de 2006 a 2015, terá impacto positivo e
influência na redução do desemprego e na contínua diminuição dos índices de pobreza
absoluta.
1.1 Objectivo Geral
 Descrever sobre a Estratégia de Emprego e Formação Profissional em Moçambique

1.2 Objectivos Específicos


 Descrever sobre as estratégias de Emprego e Formação Profissional em Moçambique
 Debruçar acerca de objetivos estratégicos
 Falar de Ensino Técnico e Profissional no âmbito da reforma da educação profissional

1.3 Metodologia
Metodologia é o conjunto de procedimento a ser utilizados na obtenção de conhecimentos.
A metodologia consiste em expor os métodos e técnicas que o pesquisador vai usar para fazer
um trabalho, com o propósito de utilizar para desenvolver e colectar dados onde vai pesquisar.

Para desenvolvimento do presente trabalho de pesquisa usou-se pesquisa Bibliográfica

1.4 Limitações do Trabalho


Como limitações da presente pesquisa, deparou-se com falta de documentos normativos que
versam sobre a Estratégia de Emprego e Formação Profissional em Moçambique.
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2 Estratégia de Emprego e Formação Profissional em Moçambique


A Estratégia de Emprego e Formação Profissional, tem como propósito materializar as
políticas do Governo da República de Moçambique, em matéria de emprego consubstanciadas
nas aspirações dos cidadãos, das organizações representativas dos empregadores, dos
trabalhadores e da sociedade civil. (Governo de Moçambique, 2006:3)

Tem como principal objectivo promover o crescimento do emprego a curto e médio prazo
de modo a propiciar o crescimento e desenvolvimento de uma economia pró-emprego. A
estratégia tem como principais componentes:

 A promoção do aumento da procura da força de trabalho;


 O fortalecimento da empregabilidade da força de trabalho e,
 A melhoria do quadro regulador para o desenvolvimento do sector privado.
A Estratégia tem carácter multisectorial, pois prevê uma acção consertada entre as
diferentes instituições do Estado, parceiros sociais e sociedade civil que directas ou
indirectamente contribuem para a promoção do emprego. Assim, o estabelecimento de um
mecanismo institucional de coordenação, monitoria e avaliação é fundamental.
A implementação das medidas de gestão do mercado do trabalho tem como objecto as
pessoas. A mão-de-obra está no cerne do mercado do trabalho e é incontornável uma
intervenção que assegure a criação de um ambiente de segurança laboral que estimule a
acumulação de capital físico, financeiro, humano e social, num contexto em que a maioria dos
trabalhadores e muitas pequenas empresas se esforçam por superar as incertezas do trabalho
na economia informal, como é o caso de Moçambique.
O Governo de Moçambique está empenhado em definir medidas diversas de promoção
do desenvolvimento económico e social, através da revisão da legislação laboral e de
protecção social, abrindo caminho para a flexibilização e dinamização do mercado do
trabalho. A par disso, o Estado tem que se capacitar para atender os grupos sociais de difícil
inserção, uma faixa da população economicamente activa que o sector privado dificilmente
cobre.
Com efeito, a Estratégia de Emprego e Formação Profissional pretende ser um meio do
Estado para intervir:
 No seu papel normador, ao nível do reforço dos instrumentos que favoreçam os
investimentos e o melhoramento da capacidade competitiva das empresas em
Moçambique;
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 Na sua função interventiva, na implementação de políticas que assegurem a absorção


da força de trabalho, a curto e médio prazos e a inclusão social de camadas da
população desfavorecidas.
Na concepção da Estratégia, um pressuposto de base se identifica: os modelos convencionais
de desenvolvimento económico já não respondem com eficácia à realidade actual de crescente
informalização dos processos da vida laboral, inclusive no sector formal. Impõe-se, deste
modo, o reforço da abordagem por via de medidas de promoção activa de emprego, com
ênfase na criação de postos de trabalho, através do aumento da empregabilidade dos cidadãos
e melhoria do quadro regulador para o desenvolvimento do sector privado.
É assim que a Estratégia tem como linhas de orientação: apoiar o aumento da eficácia e
eficiência dos centros públicos e privados de emprego;
 Intensificar programas de formação profissionalizante de jovens;
 Apoiar o auto-emprego, através da criação de micro e pequenas empresas;
 Promover esquemas de formação profissional do sector privado;
 Fortalecer o diálogo social e incluir socialmente populações de difícil inserção.
As estratégias de desenvolvimento macroeconómico reforçam a capacidade de dinamização
das economias dos países em vias de desenvolvimento como Moçambique. Porém, a aposta
em medidas viradas para o emprego é o factor impulsionador da participação da população na
redução da pobreza absoluta, por via de uma intervenção directa, com acções concretas no
processo, ou seja, o pobre torna-se actor social indispensável na luta contra a pobreza absoluta
absoluta.
Só acções de vulto poderão produzir um efeito visível na redução da pobreza absoluta,
pelo que é compromisso do Governo assegurar os recursos de base necessários que,
adicionados aos esforços dos demais intervenientes, viabilizem a implementação da Estratégia
de Emprego e Formação Profissional em Moçambique.
Duas das linhas orientadoras da estratégia focadas na formação realçaram a
importância desta para a empregabilidade, mas dotando os formandos de habilidades e
competências necessárias para que possam ser empregados ou capazes de criar os seus
próprios empregos, de modo a serem uma força de trabalho autossustentável, competitiva em
crescimento.

Ao mesmo tempo a formação deve contribuir para “assegurar e manter emprego, contribuir
para a progressão no trabalho, adaptar-se às mudanças e entrar facilmente no mercado de
emprego em diferentes períodos do ciclo da vida”.
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De realçar que entre os grupos alvos, considerados prioritários, estão os jovens, as mulheres e
pessoas vivendo com o HIV/SIDA. Por essa razão destaca-se na estratégia:

2.1.1 Nas áreas de intervenção


 O emprego para mulheres;
 A prevenção e combate ao HIV /SIDA no local de trabalho;
 A ligação entre a educação, formação profissional e o mercado de trabalho;
2.2 Objetivos estratégicos
 Na área de emprego: a promoção de emprego para jovens, através de acções de
desenvolvimento de programas de formação em módulos direccionados aos postos de
trabalho e produtos, utilizando, entre outros, a metodologia da OIT sobre Habilidades
Ocupacionais (Estratégia de Emprego e Formação Profissional, 2006:16) e a
promoção de emprego para mulheres, através de “acções formativas onde serão
utilizados, entre outros, os pacotes de capacitação institucional da OIT sobre o Género
e Emprego, promoção da formação profissional de raparigas e mulheres”; (Governo de
Moçambique, 2006:17);
 Nas áreas transversais ao emprego e a formação profissional - incluir Medidas
Preventivas sobre o HIV /SIDA na promoção de emprego, através de ações como a
inserção de “conteúdos sobre HIV/SIDA nos programas de formação profissional e
disseminar experiências com resultados positivos no País e na região” e “adotar e
implementar um código de conduta em conformidade com o da OIT sobre o
HIV/SIDA no local de trabalho”. (Governo de Moçambique, 2006:25).

Em relação à área da formação profissional a estratégia definiu três objectivos:

 Melhorar a coordenação do sistema de formação,


 Aumentar a relevância da formação profissional para responder à procura da economia
e do mercado de emprego
 Melhorar a qualidade da formação profissional.

Para se atingir estes objetivos foram delineadas várias ações, tais como:

 Estabelecimento de um sistema de formação profissional com o envolvimento do


sector privado na definição das necessidades específicas de formação;
 Melhoramento na ligação da formação profissional com o mercado de emprego;
definição de padrões de competência para os formadores, gestores e técnicos de
formação profissional;
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 Criação de instituições de formação profissional nas províncias que providenciem


programas de formação necessários ao mercado local de trabalho;
 Incorporação nos currículos de ensino de matérias de cariz profissionalizante;
desenvolvimento de metodologias de formação flexíveis e inovadoras.

3 O Ensino Técnico e Profissional no âmbito da reforma da educação profissional


O novo milénio veio dar um novo impulso à educação profissional através da
implementação da Estratégia do Ensino Técnico e Profissional, da reestruturação das Escolas
de Artes e Ofícios que foram transformadas em Escola Profissionais e do início da REP em
Junho de 2006.

A Educação Profissional abrange o Ensino Superior Politécnico (ESP), o Ensino Técnico e


Profissional (ETP) e a Formação Profissional (FP) nas suas modalidades: formal, não formal,
integrados num Sistema Nacional de Qualificações e Formação (SNQF).

Por sua vez o ETP abrange, as Escolas Técnicas Nível Elementar (ex-Escolas de Artes e
Ofícios), as Escolas Técnicas Nível Básico (Escolas Industriais e Comerciais) e as Escolas
Técnicas Nível Médio (Institutos Industriais e Comerciais).

Em 2010, aquando da realização da Reunião Nacional de Planificação da Educação,


recomendou-se a transformação gradual das escolas do ensino básico comercial e industrial
em escolas profissionais e de nível médio. Esta recomendação visava melhorar o desempenho
escolar dos alunos e teve em consideração a reduzida procura no mercado de trabalho dos
graduados do nível básico. Com a aplicação da REP a configuração das escolas alterou-se,
passando a existir as Escolas Profissionais, substituindo as Escolas Elementares e as Escolas
de Nível Básico que passaram a Escolas de Nível Médio. (MINED/DIPLAC, 2010:10).

4 Financiamento da Estratégia de Emprego e Formação Profissional em Moçambique


O Governo tem a responsabilidade social de providenciar recursos necessários ao
financiamento da Estratégia de Emprego e Formação Profissional em Moçambique, através
dos fundos do Estado. Contudo, face aos custos envolvidos, há necessidade de se
diversificarem as formas de financiamento, de modo a incluírem-se outras fontes, entre elas, a
contribuição dos empregadores e trabalhadores, através de mecanismos a serem definidos
para o efeito (Estratégia de Emprego e Formação Profissional, 2006:11).
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Em 2010, dos 660 professores matriculados (282 do sexo feminino), somente 633 foram
avaliados. De realçar que da Província de Cabo Delgado matricularam-se 8 professores e da
Província Maputo Cidade matricularam-se 314 professores. O número de professores
matriculados, em 2011, foi de 839 (376 do sexo feminino).

Embora persistam algumas dificuldades e áreas que merecem reflexão e atenção,


nomeadamente: o envolvimento do sector produtivo, a coordenação e gestão do sistema, o
desempenho na área de organização dos estágios práticos e a falta de pessoal técnico a todos
os níveis do ETP para melhor responder aos desafios da REP, tem-se vindo a registar alguns
progressos (PINTO, 2015:16):

 Nas áreas de efetivos: O número dos alunos no ETP cresceu em 25% entre 2012 e
2013. O crescimento no ensino profissional e no nível médio, beneficiou da
transformação das escolas básicas, bem como da abertura de mais 5 novas instituições
privadas. De notar que, em 2013, houve 40 instituições de ETP que ofereceram cursos
de curta duração, beneficiando 3.250 formandos;

Na área da contratação, formação e capacitação de professores: foram recrutados 152


novos professores, iniciou-se a formação de professores do Certificado B e no âmbito da
parceria com Portugal, foram formados 19 professores para as Escolas Profissionais. Foram
ainda capacitados professores em exercício na Alemanha, e realizou-se a capacitação
pedagógica dos professores dos ramos agrários, industrial e comercial, bem como a
capacitação na área tecnológica;

Na área legislativa: foi aprovado pelo Conselho de Ministros o Pacote Legislativo que
regula, entre outros, a criação da ANEP como entidade reguladora do sistema de Educação
Profissional e a autonomia dos Institutos Médios;

Na área de equipamento e alocação de fundos: no ano de 2013 apetrecharam-se as escolas


com equipamento diverso (equipamento informático, agrícola e meios circulantes) e
alocaram-se fundos às escolas para facilitar a aquisição de materiais e consumíveis para um
melhor funcionamento das instituições.

Podemos concluir que o ETP, no âmbito da REP, pretende formar cidadãos profissionalmente
competentes e empreendedores e, ao mesmo tempo, tornar as empresas e a economia
moçambicanas mais competitivas no contexto da integração regional e dos desafios da
globalização.
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5 Conclusão
A Estratégia de Emprego e Formação Profissional pretende ser um meio do Estado
para intervir, quer no seu papel normador, ao nível do reforço dos instrumentos que
favoreçam os investimentos e o melhoramento da capacidade competitiva das empresas em
Moçambique, quer na sua função interventiva, na implementação de políticas que assegurem
a absorção da força de trabalho, a curto e médio prazos e a inclusão social de camadas da
população desfavorecidas. Na concepção da Estratégia, um pressuposto de base se identifica:
os modelos convencionais de desenvolvimento económico já não respondem com eficácia à
realidade actual de crescente informalização dos processos da vida laboral, inclusive no sector
formal. Impõe-se, deste modo, o reforço da abordagem por via de medidas de promoção
activa de emprego, com ênfase na criação de postos de trabalho, através do aumento da
empregabilidade dos cidadãos e melhoria do quadro regulador para o desenvolvimento do
sector privado.
É assim que a Estratégia tem como linhas de orientação: apoiar o aumento da eficácia e
eficiência dos centros públicos e privados de emprego; intensificar programas de formação
profissionalizante de jovens; apoiar o auto-emprego, através da criação de micro e pequenas
empresas; promover esquemas de formação profissional do sector privado; fortalecer o
diálogo social e incluir socialmente populações de difícil inserção. As estratégias de
desenvolvimento macroeconómico reforçam a capacidade de dinamização das economias dos
países em vias de desenvolvimento como Moçambique. Porém, a aposta em medidas viradas
para o emprego é o factor impulsionador da participação da população na redução da pobreza
absoluta, por via de uma intervenção directa, com acções concretas no processo, ou seja, o
pobre torna-se actor social indispensável na luta contra a pobreza absoluta absoluta.
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6 Referencias Bibliográficas
[1] Pinto, A. S. (2015). Evolução e Caracterização do Ensino Técnico e Profissional em
Moçambique: Expectativas e Percepções, Lisboa.
[2] República de Moçambique (2006). Estratégia de emprego e formação profissional em
Moçambique 2006 – 2015.
[3] Governo de Moçambique (2005), Programa Quinquenal do Governo para 2005-2009,
Maputo.
[4] Governo de Moçambique (2006), Estratégias de Emprego e Formação Profissional em
Moçambique 2006-2015, Maputo, Conselho de Ministros.
[5] Governo de Moçambique (2010), Programa Quinquenal do Governo para 2010-2014,
Maputo.
[6] MINED/DIPLAC (2010), Uma análise sobre a evolução do setor da educação 2004-2010
(Draft, versão 1), Maputo, Ministério da Educação de Moçambique

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