Cartilha Arteterapia SUS

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ÍNDICE

1. Introdução
2. Arteterapia: possibilidades de inserção no Sus
2.1.1. O arteterapeuta e a saúde da família ​_________________________________
3
2.1.2. Arteterapia: Rede Cegonha ​_________________________________________
4
2.1.3. Arteterapia: Saúde da Criança ______________________________________
4
2.1.4. Arteterapia: Saúde dos Adolescentes e Programa de Saúde Escolar (PSE)​-​ 5
2.1.5. Arteterapia: Saúde da Mulher ​_______________________________________ ​5
2.1.6. Arteterapia: Saúde do Homem ​______________________________________​ 6
2.1.7. Arteterapia: Saúde e atenção integral ao idoso ​________________________ ​6
2.1.8. Arteterapia : Rede de Atenção Psicossocial ​___________________________​ 7
2.1.9. Arteterapia: âmbito Hospitalar ​______________________________________ ​8
2.1.10. Arteterapia: Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalho​ _____ ​8
3. Arteterapia: métodos e processos
3.1.1. Diagnóstico ______________________________________________________
9
3.2. Documentação do Percurso arteterapêutico​ _________________________________ ​9
4. Arteterapia: insumos básicos ______________________________________________
9
5. Arteterapia :diretrizes de pesquisa e políticas públicas ________________________
10
6. Arteterapia: Associações de Classe ________________________________________
11
7. Referências Bibliográficas ​________________________________________________
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1. INTRODUÇÃO

A arteterapia insere-se no sistema único de Saúde através da Portaria nº 849 de


25/03/2017, em adendo à Portaria nº 145, de 13 de janeiro de 2017, sob a rubrica
Procedimento 01.01.05.006-2, modalidade ambulatorial de atenção básica, integrando o
quadro de Práticas Integrativas/Complementar do Grupo 01 – Ações Coletivas/Individuais
em Saúde. RENASES: 007 – Práticas Integrativas e Complementares, 008 – Ações
Comunitárias, 010 – Atividades Educativas, Terapêuticas e de Orientação à População.

Em consonância com pressupostos da OMS que atualmente está incentivando a inserção,


reconhecimento e regulamentação das PICS, seus produtos e seus praticantes no sistema
de saúde, a Arteterapia vem auxiliar na promoção, reabilitação e recuperação da saúde,
bem como na prevenção de agravos através da utilização da arte. Trata-se de um campo de
conhecimento transdisciplinar, e de uma abordagem terapêutica que baseia-se na ideia que
o processo criativo, e o fazer artístico facilitam a reparação e recuperação da saúde, por
propiciarem comunicação não verbal de sentimentos e conflitos. Esta abordagem
terapêutica, considera que todos os indivíduos têm a capacidade de expressarem-se
criativamente, enfatizando o fazer artístico sem preocupações estéticas, focando,
primordialmente, no processo expressivo que reflete necessidades e explicita conteúdos
inconscientes com sucesso. É empregada em uma variedade de ​settings, ​atendendo
crianças, adolescentes, adultos, idosos, famílias e grupos com características diversas,
sendo assim, uma prática terapêutica que pode contribuir para que indivíduos de todas as
idades possam criar significados, produzir ​insights​, superar emoções ou traumas, resolver
conflitos, favorecendo o bem estar psíquico e a qualidade de vida.

A arteterapia através de suas estratégias e de seus profissionais pode oferecer produtivos


subsídios ao Programa Nacional de Melhorias do Acesso e da Qualidade na Atenção Básica
(PMAQ) utilizando ações arteterapêuticas específicas. Assim, a Arteterapia é parte de um
continuum ​das artes em cuidados de saúde, que inclui o desenvolvimento e aplicação das
artes, criatividade e imaginação como agentes de prevenção e promoção de saúde. A
expressão artística é um caminho que favorece a comunicação de desconfortos ou
experiências contraditórias, de difícil comunicação apenas em palavras. As ações de
desenhar, pintar, modelar, construir, e tantas outras podem constituir uma experiência
pessoal de potencialização de autonomia, uma vez que envolvem um processo ativo de

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escolha de materiais, estilos, cores, formas, linhas e texturas. Este fazer criativo contribui
para fortalecer sentimentos de autonomia e dignidade, que podem ser fatores de
importância primordial na adoção, manutenção e fortalecimento de comportamentos
saudáveis e sentimentos positivos em relação a si mesmo, favorecendo a recuperação da
saúde.

Deste modo a arteterapia constitui-se em PICS que propiciam a ampliação do cuidado no


âmbito da saúde global através da utilização da Arte, entendida como possibilidade criativa
e expressiva. Trata-se de um processo terapêutico de ampla elegibilidade, aplicável com
resultados efetivos em públicos de cronologias e quadros clínicos diversos, incluindo os
ciclos vitais da infância, adolescência, adultos e idosos.

2. ARTETERAPIA: POSSIBILIDADES DE INSERÇÃO NO SUS

Esta cartilha além de informar sobre metodologia e aplicabilidade básica da arteterapia,


indica possibilidades diversas para sua inserção no sistema público e universal de saúde
(SUS) com ênfase nos programas de referência a seguir citados, a saber:

2.1 O ARTETERAPEUTA E A SAÚDE DA FAMÍLIA

A inserção dos arteterapeutas contribuirá na estratégia Saúde da Família (ESF), já que é


considerada a principal estratégia da Atenção Básica. Deste modo o profissional
arteterapeuta integrar-se-á nas unidades básicas de saúde, contribuindo para as práticas
intersetoriais, interdisciplinares e para o atendimento direto ao público.

Neste contexto poderá também contribuir com programas específicos relativos aos diversos
ciclos vitais, podendo inserir-se em diferentes redes e até no programa de envelhecimento
ativo, onde além de realizar atendimentos grupais ou individuais, poderá integrar equipes
de campanhas de cuidado integral, de esclarecimentos aos usuários, assim como na
colaboração de pesquisas em diferentes áreas, visando cooperar no cuidado integral.

Ampliando essas possibilidades, poderão contribuir também com as estratégias e ações dos
núcleos de apoio à Saúde da Família (NASF) que foram instituídos pela portaria GM n.154
de 24 de janeiro de 2008.

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2.2 REDE CEGONHA – PROGRAMA DE SAÚDE

Durante a gravidez , muitas mudanças acontecem no corpo da mulher, fazendo com que
esse período exija cuidados especiais. Em consonância com o MS que ressalta a
importância do Pré –natal e incentiva gestantes a buscarem o atendimento gratuito no SUS,
o profissional arteterapeuta poderá contribuir oferecendo atendimentos arteterapêuticos,
preferencialmente grupais, propiciando a expressão criativa de questões e temores naturais,
bem como assegurando um espaço de interlocução expressiva, priorizando mães
primíparas ou em processos de gestação de risco. As transformações corporais decorrentes
da gestação podem gerar um significativo fator de estresse para a mulher gestante, sendo
importante para sua saúde mental, que tenha assegurado espaços de compartilhamento
para expressar suas incertezas. Assim justifica-se a presença de um profissional
arteterapeuta, nas reuniões organizadas pela equipe de saúde para que as mulheres
gestantes compartilhem suas dúvidas, e recebam orientação específica. Esta participação
poderá contribuir para facilitar a comunicação entre todos os participantes, assegurando
uma forma inovadora e produtiva de comunicação através de imagens e materiais de artes.
Em complemento o arteterapeuta poderá oferecer em grupos arteterapêuticos específicos a
continuidade e aprofundamento deste suporte, e em casos a serem definidos, havendo
disponibilidade de tempo e espaço, proporcionar atendimento individual.

2.3 ARTETERAPIA: SAÚDE DA CRIANÇA

O profissional arteterapeuta poderá contribuir com seus conhecimentos específicos junto às


linhas de cuidado prioritárias da área técnica de saúde da criança e aleitamento materno
(DAPES/SASIMS) na promoção de estratégias para o acompanhamento do crescimento e
desenvolvimento infantis, na promoção de saúde e de hábitos saudáveis, em estratégias
preventivas, na redução de agravos e sobretudo assegurando às crianças que recebam
atendimento arteterapêutico, o essencial espaço de expressão lúdica e criativa, de
estimulação de habilidades cognitivas e fortalecimento emocional. Priorizando crianças em
situação de risco e vulnerabilidade social, poderá contribuir nas equipes multiprofissionais e
nas redes intersetoriais, participando junto à escola (PES), comunidades e família para
amenizar o grave problema de saúde pública caracterizado pela violência contra este
público. Poderá também participar em níveis diversos, para a promoção de grupos

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arteterapêuticos de apoio à amamentação, já que esta primeira interação mãe e filho é
fundamental para facilitar um crescimento saudável.

2.4 ARTETERAPIA: SAÚDE DOS ADOLESCENTES E PROGRAMA DE


SAÚDE ESCOLAR (PSE ):

O arteterapeuta terá uma efetiva contribuição a dar aos adolescentes e às equipes que os
atendem, participando em ações das equipes multidisciplinares no âmbito das instituições
de saúde e escolares vinculadas a estes programas.

Poderá realizar grupos arteterapêuticos com frequência regular, ou grupos específicos com
tempo breve, para proporcionar espaços de interlocução e expressão sobre os temas tão
atuais e preocupantes na adolescência como a dependência química e gravidez precoce, e
participar das reuniões sobre estas questões, a serem debatidas nas equipes
multidisciplinares. Os arteterapeutas também poderão prestar atendimento individual , caso
haja tempo e espaço disponíveis para esta estratégia de atendimento.

A abordagem criativa, expressiva e os materiais de artes, podem contribuir de forma efetiva


para explicitação e mediação de conflitos. Cabe ressaltar as experiências bem sucedidas e
já documentadas da utilização da Arteterapia em adolescentes usuários de crack e a
aplicação da metodologia arteterapêutica nas fases dos tratamentos específicos da
dependência química facilitando a adesão ao processo terapêutico do dependente químico.

2.5 SAÚDE DA MULHER

O profissional arteterapeuta poderá atuar no âmbito das ações decorrentes da Política


Nacional de Atenção Integral á Saúde da Mulher, proporcionando a formação de grupos
arteterapêuticos específicos, que propiciem a interlocução sobre direitos reprodutivos,
gravidez , prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e climatério. As
transformações corporais das mulheres na passagem para a adolescência, gravidez e
climatério, são fatores de estresse e de incertezas. Grupos arteterapêuticos podem
propiciar, também, um espaço de acolhida , expressão e ressignificação de emoções e
traumas para mulheres vítimas de violência doméstica e sexual. Humanizar e qualificar a
atenção em saúde passa pelo reconhecimento dos direitos e compartilhamento dos

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saberes. Neste sentido, a inserção de práticas arteterapêuticas grupais pode contribuir para
a criação de um espaço no qual sejam compartilhadas dúvidas e orientações, contribuindo
para o aumento do grau de informação das mulheres em relação aos seu corpo e sua
saúde, ampliando sua capacidade de fazer escolhas adequadas ao seu contexto e
momento de vida, contribuindo, assim, para seu bem estar psíquico..

2.6 ARTETERAPIA: SAÚDE DO HOMEM

O profissional arteterapeuta poderá contribuir no âmbito da Política Nacional de Atenção


Integral à Saúde do Homem, criando possibilidades de grupos arteterapêuticos para
propiciar a interlocução sobre a violência, alcoolismo e tabagismo, pessoas com deficiência,
direitos sexuais e direitos reprodutivos, promovendo linhas de cuidado que resguardem a
integralidade de atenção relacionadas à estas questões.

Grupos arteterapêuticos poderão também contribuir na redução de agravos, já que costuma


haver muita resistência deste público para fazer com regularidade exames do âmbito da
prevenção primária. Esta histórica resistência, tende a gerar menos adesão nos tratamentos
crônicos e/ou de longa duração, gerando uma crescente vulnerabilidade da população
masculina aos agravos da saúde. A necessidade de novos paradigmas de tratamento
priorizando a atenção integral, a promoção de saúde e a qualidade de vida, bem como a
educação continuada, poderão beneficiar-se em todos os níveis da cooperação do
profissional arteterapeuta, que poderá prestar atendimento grupal, participar das reuniões
das equipes multiprofissionais, e havendo disponibilidade em situações específicas prestar
atendimento individual.

2.7 ARTETERAPIA: SAÚDE E ATENÇÃO INTEGRAL AO IDOSO

Considerando-se o disposto na política nacional do Idoso lei nº 884211994 e o estatuto do


idoso lei nº 10741/2003, o profissional arteterapeuta poderá cooperar com as equipes
multiprofissionais de atenção ao idoso, contemplando as especificidades do
envelhecimento, nos diferentes níveis: atenção básica, atenção ambulatorial especializada,
atenção hospitalar especializada.

A abordagem arteterapêutica por estimular de forma efetiva o processo criativo, e por

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proporcionar a possibilidade de ampliar o repertório de comunicação expressiva e a
compreensão sobre si, colabora de forma efetiva para a manutenção e fortalecimento de
algumas condições que favorecem o envelhecimento ativo. Contribuindo também ao que
preconiza o Conselho Nacional de Direitos da Pessoa Idosa., pelo fortalecimento e
cumprimento dos direitos da pessoa idosa ao cuidado integral de sua saúde, e também para
o que preconiza o plano de ação sobre a saúde dos idosos e envelhecimento ativo e
saudável (OPAS, 2009) no que tange à “manutenção da funcionalidade dos idosos que deve
ser objeto de programas de saúde”.

Estratégias arteterapêuticas promovem uma atenção centrada no indivíduo, podendo


favorecer uma adequada integração na família e na comunidade, e sem focar na doença e
nas limitações do envelhecimento. Mas, ao contrário, exercendo um tipo de cuidado
específico, voltado à funcionalidade global do idoso, buscando fortalecer sua autonomia e
capacidade de expressão. O atendimento arteterapêutico ao idoso poderá ser feito de forma
grupal, e havendo disponibilidade, em situações específicas prestar atendimento individual.

2.8 ARTETERAPIA: REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL

O profissional arteterapeuta poderá contribuir com os diversos contextos que constituem a


RAPS, tanto na esfera do acolhimento de sujeitos em intenso sofrimento psíquico e
fragilidade social, quanto nas estratégias de desinstitucionalização e de reabilitação
psicossocial. Poderá oferecer grupos arteterapêuticos e/ou atendimentos individuais que
visem a singularidade do usuário, com o objetivo de estimular o protagonismo destes
usuários e seus familiares.
A práxis arteterapêutica permite aos sujeitos em sofrimento psíquico, seja por transtorno
mental ou pelo uso e drogas e álcool, acessar suas múltiplas dimensões psíquicas,
facilitando-lhes a conexão com a própria potencialidade.. O processo criativo e o fazer
artístico além de promoverem a criação de espaços de comunicação não verbal de
sentimentos e conflitos, propiciam, também, a experiência da liberdade, presente na escolha
de materiais, cores, linhas, formas e texturas, que pode contribuir para despertar e/ou
fortalecer sentimentos de autonomia e protagonismo. A autoexpressão das emoções e
percepções proporcionada pela arte poderá propiciar novos modos de ser, de sentir e de
agir, sendo facilitadora da auto-organização, bem como facilitadora na formação e/ou
reconstituição de vínculos com familiares, com as equipes multidisciplinares dos diversos
componentes da RAPS e com os seus pares.

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O acompanhamento da expressão simbólica, configurada nas diversas produções artísticas
dos usuários, constitui-se em estratégia terapêutica eficaz para o planejamento coletivo de
intervenções psicossociais apropriadas, e neste sentido, o arteterapeuta, como integrante
de equipe multidisciplinar, poderá contribuir na elaboração e implementação de projetos
terapêuticos adequados aos diversos componentes da RAPS. Deste modo, a presença de
arteterapeutas nas diversas modalidades de Centros de Atenção Psicossocial, nas
Unidades de Acolhimento, no Serviço de Atenção em Regime Residencial, nos Serviços
Residenciais Terapêuticos, bem como em Programa de Desinstitucionalização e na
elaboração e implementação de Projetos Terapêuticos Singulares, contribuirá para a
humanização no atendimento à Saúde Mental e no fortalecimento da presença cidadã de
usuários da RAPS.

2.9 O ARTETERAPEUTA E O ÂMBITO HOSPITALAR

O profissional arteterapeuta poderá atuar na instituição hospitalar no âmbito dos


ambulatórios e nas salas de espera com seus respectivos públicos, nas unidades de
internação quando possível e em comum acordo com as equipes locais, e de modo geral,
nos processos de humanização hospitalar. A possibilidade do fazer criativo, da expressão e
comunicação através de materiais plásticos e artísticos em espaços e circunstâncias em que
pode ocorrer intenso sofrimento físico e emocional tende a criar efetivas possibilidades de
melhoria das condições emocionais, amenizando desconfortos, causados pelo medo ,
solidão, incertezas quanto ao futuro , contribuindo para o bem estar dos pacientes
atendidos.

2.10 O ARTETERAPEUTA E A REDE NACIONAL DE ATENÇÃO


INTEGRAL À SAÚDE DO TRABALHO (RENAST)

Em consonância com a portaria GMN-o 2728, de 11 de novembro de 2009, e o âmbito de


ações dos Centros de Referência em Saúde do Trabalhador( CERESTS), o profissional
arteterapeuta terá a contribuir nos diferentes níveis de atenção, sobretudo compartilhando
conhecimento e integrando-se às atividades de atendimento grupal para a educação em
saúde, bem como poderá cooperar nas atividades de assessoria, planejamento
programação visando que ambientes de trabalho, possam oferecer espaços expressivos
criativos.

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3. ARTETERAPIA: MÉTODOS E PROCESSOS

3.1 DIAGNÓSTICO

Elaborado a partir da análise de produções plásticas registradas através dos mediadores


criativos e modalidades expressivas e plásticas diversas, adaptadas às condições, limites e
características de indivíduos ou grupos atendidos, bem como ao espaço em que realiza-se a
sessão arteterapêutica.

3.2 DOCUMENTAÇÃO DO PERCURSO ARTETERAPÊUTICO

O registro do percurso arteterapêutico e o mapeamento de resultados dar-se-á pela


observação , avaliação e acompanhamento da produção plástica realizada. Deverá integrar
também com informações específicas, sempre que solicitadas, para a devida inserção de
no Cadastro Nacional de Saúde, integrado ao cadastro do SUS e da Saúde Suplementar,
conforme, portaria ms/gm nº9440 de 28/04/2011. Neste contexto abrangendo informações
sobre os atendimentos arteterapêuticos prestados nos diversos serviços de saúde,
disponibilizando os dados de ​quem foi atendido, ​por quem foi realizado o atendimento
arteterapêutico, e inserindo dados complementares relativos à ​quando, ​onde e ​porque
desenvolveu-se o processo arteterapêutico, complementando os registros específicos de
seu campo de atuação profissional.

4. ARTETERAPIA E SEUS INSUMOS BÁSICOS

Os insumos a serem considerados na prática arteterapêutica são: o espaço e os materiais


referentes às modalidades expressivas a serem utilizadas. Cabe ressaltar que há na
formação do arteterapeuta uma capacitação específica para lidar de maneira flexível com
estes aspectos, selecionando de forma adequada as estratégias mais produtivas para cada
contexto. Desse modo, os materiais para as diversas modalidades expressivas podem ser
escolhidos e adaptados para a realidade do ​setting onde o processo arteterapêutico será
desenvolvido, e os indivíduos e(ou) grupos que serão acompanhados.

Os parâmetros para a formação e/ou especialização de Arteterapeutas foram estabelecidos


pela União Brasileira de Associações de Arteterapia (UBAAT) e contemplam uma carga

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horária e parâmetros curriculares básicos, ministrados em treinamento específico, incluindo
estágio prático supervisionado. No exercício de sua prática, cabe aos arteterapeutas
criarem, conservarem, ativarem e ampliarem espaços de autonomia criativa, liberdade de
expressão, estimulando, assim, alternativas socialmente inovadoras e contributivas ao
desenvolvimento sustentável de comunidades.

5. ARTETERAPIA: DIRETRIZES DE PESQUISA E POLÍTICAS PÚBLICAS

Na construção e ampliação da inserção do profissional arteterapeuta nos diferentes níveis e


setores do SUS, cabe ressaltar sua possibilidade de contribuir para a humanização dos
espaços de saúde. Oferecendo neste contexto, a partilha de conhecimentos específicos
sobre o valor terapêutico da arte, como elemento gerador de saúde e bem estar, e também
contribuindo para a ampliação e fortalecimento da reflexão sobre estes temas , através da
participação em entidades representativas da população como os conselhos (gestor e
popular).

Para ampliar estas ações, o profissional arteterapeuta poderá cooperar promovendo as


necessárias articulações nos níveis de atenção básica e atenção especializada em saúde,
desenvolvendo estratégias específicas e também contribuindo nos demais serviços de redes
intersetoriais, objetivando cooperar com a atenção integral aos usuários no âmbito dos
diversos programas citados. Assim, tem a contribuir através de seu campo de
conhecimento, integrado em equipes de saúde diversas, participando também de
estratégias intesetoriais, serviços e programas, e também compartilhando informações
sobre seu campo de atuação com usuários e gestores.

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6. ARTETERAPIA: ASSOCIAÇÕES DE CLASSE

Orientação e Informação sobre questões relacionadas à prática, profissionalização,


treinamento e regulamentação da profissão do Arteterapeuta, poderão ser obtidas através
da União Brasileira de Associações de Arteterapia (UBAAT), e sua rede de Associações
Regionais de Arteterapia, conforme relação abaixo:

UBAAT (União Brasileira de Associações de Arteterapia): ​www.ubaat.org

AARJ (Associação de Arteterapia do Rio de Janeiro):


Endereço: Rua Fernandes Guimarães, 75 casa 2.
Bairro: Botafogo.
Cidade: Rio de Janeiro.
Estado: RJ
CEP: 22290-000
Site: http://www.aarj.com.br
Telefone: (21) 2295-7659
E-mail:[email protected]

APAT (Associação Paranaense de Arteterapia):


Endereço: Rua José Benedito Cottolengo, 525.
Bairro: Campo Comprido.
Cidade: Curitiba.
Estado: PR
CEP: 81220-310
Site: https://associacaoparanaensedearteterapia.blogspot.com.br

ABCA (Associação Brasil Central de Arteterapia):


Endereço: Rua 104-C, 85
Bairro: Setor Sul
Cidade: Goiânia
Estado:.GO
CEP: 74.080 .250
E-mail: [email protected]

AATERGS (Associação de Arteterapia do Rio Grande do Sul):


Endereço: Rua Coelho Parreira 169.
Bairro: Ipanema
Cidade: Porto Alegre
Estado: RS
CEP: 91760-320
Site: http://www.aatergs.com.br/
E-mail: [email protected]

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Telefone: (51) 9321-5354

AARTES (Associação de Arteterapia do Espírito Santo):


Endereço: Escadaria Acyr Guimarães 33A
Bairro: Centro
Cidade: Vitória
Estado: ES.
CEP 29015-360
Site: http://www.aartes.net
E-mail: [email protected]
Telefone: (27) 3082-8086

ACAT (Associação Catarinense de Arteterapia):


Endereço: Rua 3100, Edifício Asa Delta n. 480.
Balneário Camboriú
Estado: SC
CEP 88330-304
Site: acatarteterapia.blogspot.com.br

ASBART (Associação de Arteterapia da Bahia):


Endereço: Rua das Rosas, 171
Ed. San JUAN
Bairro: Pituba
Cidade: Salvador
Estado: BA
CEP: 41.810-070
Site: https://www.asbart.com.br
E-mail: [email protected]

ARTE-PE (Associação Pernambucana de Arteterapia):


Endereço: Rua Joaquim Xavier de Andrade, 117
Bairro: Poço da Panela
Cidade: Recife
Estado: PE
CEP 52061-350
Site: http://www.arteterapia-pe.com
E-mail: [email protected]
Telefone: (81) 3268-6588

ASPOART (Associação Potiguar de Arteterapia):


Endereço: Rua Joaquim Victor de Holanda, 1865
Bairro: Lagoa Nova
Cidade: Natal

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Estado: RN
CEP: 59.062-460
Site: http://aspoart.blogspot.com.br/

AMART (Associação Mineira de Arteterapia) :


Endereço: Rua Alfenas, 373
Bairro: Cruzeiro
Cidade: Belo Horizonte
Estado: MG
CEP: 30310-230
Site: https://www.amart.com.br/
Telefone: (31) 3223-8071 / 3227-9829

AATESP (Associação de Arteterapia do Estado de São Paulo):


Endereço: Av. Paulista 1765, 7° andar, Cj 71/72
Cidade: São Paulo
Estado: SP
CEP 01311-930
Site: http://aatesp.com.br
E-mail: [email protected]

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7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. ​Lei nº
8.842, de 4 de janeiro de 1994​. Brasília: DF, 1994.

______. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à fome. ​Política Nacional do


Idoso. ​Brasília: DF, 1994.

______. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. ​Lei
10741 de 1º de outubro de 2003​. Brasília: DF, 2003.

______. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações


Programáticas Estratégicas. ​Política nacional de atenção integral à saúde da mulher:
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______. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção


Básica. ​Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS -
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______. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção


Básica. ​Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica
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______. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. ​Portaria GM nº 154 de 24-01-2008​.


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______. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações


Programáticas Estratégicas. ​Política nacional de atenção integral à saúde do Homem:
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______. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção


Básica.Saúde na escola / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde,
Departamento de Atenção Básica. – Série B.Textos Básicos de Saúde. ​Cadernos de
Atenção Básica nº. 24​.Brasília : DF, 2009.

15
______. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção
Básica. ​Diretrizes do NASF: Núcleo de Apoio à Saúde da Família​. Série A. Normas e
Manuais Técnicos. Cadernos de Atenção Básica, n. 27. Brasília: DF, 2010.

______. Ministério da Saúde. MANUAL PRÁTICO PARA IMPLEMENTAÇÃO DA REDE


CEGONHA. ​Brasília: DF, 2011.

______. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. ​Portaria nº 9440 de 28-04-2011​.


Brasília, DF, 2011.

______. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. ​PORTARIA Nº 1459, DE 24 DE JUNHO


DE 2011. ​Brasília: DF, 2011.

______. ​Relação Nacional de Serviços da Saúde (RENASES).​ Brasília: DF, 2011.

______. Ministério da Defesa. Comando da Aeronáutica. Gabinete do Comandante.


Portaria nº143 de 17-01-2017​. Brasília: DF, 2017.

______. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. ​Portaria nº 849 de 25-03-2017​. Brasília:


DF, 2017.

WORLD HEALTH OSGANIZATION. ​Envelhecimento ativo: uma política de saúde​;


tradução Suzana Gontijo. – Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2005.

Cadastro Nacional de Saúde Suplementar


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CEREST- Centro de Referência em Saúde do Trabalhador


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DAPES- Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas
Disponível em:
http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/secretarias/sas/dapes
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Rede de Atenção Psicossocial (RAPS)


Disponível em:
http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/secretarias/803-sas-raiz/daet
-raiz/saude-mental/l2-saude-mental/12588-raps-rede-de-atencao-psicossocial
Acessado em 16/07/2017.

RENAST-Rede Nacional de Atenção à Saúde do Trabalho


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UBAAT –União Brasileira de Associações de Arteterapia


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