Trabalho de Rochas

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Universidade Zambeze – Faculdade de Ciências e Tecnologias

Curso: Engenharia Civil – Laboral

Disciplina: Geologia Aplicada

Temas: Classificação das rochas, Dobras e Falhas, Empastilhamento de Solos

Discente:

Guivenio Orlando Muhacha

Docente:

PhD. Albano Maparagem

Beira, Outubro de 2018


Índice
1. Introdução.................................................................................................................................1

2. Principais Rochas e Sua Classificação Quanto à Origem........................................................2

2.1. Rochas Magmáticas..........................................................................................................2

2.2. Rochas Sedimentares........................................................................................................3

2.3. Rochas Metamórficas........................................................................................................5

3. Dobras e Falhas........................................................................................................................6

3.1. Dobras...............................................................................................................................6

3.1.1. Estrutura de uma dobra..................................................................................................7

3.1.2. Tipos de dobras.............................................................................................................7

3.2. Falha..................................................................................................................................9

3.2.1. Elementos de uma falha.....................................................................................................9

3.2.2. Tipos de falha................................................................................................................9

4. Empastilhamento de solos......................................................................................................10

5. Referências Bibliográficas.....................................................................................................13
Índice de Figuras
Figura 1: Formação Montanhosa Dobrada......................................................................................6
Figura 2: Estrutura de uma dobra....................................................................................................7
Figura 3: Anticlinal..........................................................................................................................8
Figura 4: Sinclinal............................................................................................................................8
Figura 5: Dobras quanto a atitudo dos seus eixos............................................................................8
Figura 10: Elmentos de uma falha...................................................................................................9
Figura 14: Empastilhamento de solos............................................................................................10
Figura 15: Risco de movimento de massas devido a empastilhamnto de solos............................11

Índice de Tabelas

Tabela 1: Rochas Magmáticas.........................................................................................................3


Tabela 2: Rochas Sedimentares.......................................................................................................4
Tabela 3: Rochas MEtamórficas......................................................................................................6
1. Introdução
Este trabalho resulta uma compilação de informações relevantes relaciando às rochas onde se
constituíram tabelas contendo uma breve descrição das características das mais variadas rochas
conforme a origem, em seguida uma texto resumido sobre dobras e falhas tentando elucidar a sua
constituição e a sua classificação e por último aborda sobre o fenómeno de empastelamento dos
solos descrevendo as suas causas e possíveis medidas de prevenção.

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2. Principais Rochas e Sua Classificação Quanto à Origem
2.1. Rochas Magmáticas
Rochas formadas pelo esfriamento e solidificação de matéria rochosa fundida, conhecida como
magma. Quando a solidificação acontece no interior da crosta originam-se as rochas magmáticas
intrusivas, como o granito. Quando o magma se solidifica na superfície terrestre, como resultado de
erupções vulcânicas, surgem as rochas magmáticas extrusivas, como o basalto.

Rocha Composição Descrição


Granitos Feldspato, Cores claras. Inequigranular/Não
quartzo riscável pelo aço
(mica)

Feldspato, Ácidas, podendo apresentar tons róseos e


quartzo cinzas. Equigranular, não riscável pelo
(mica) aço

Basaltos Feldspato, Básicas, cores escuras. Inequigranular,


pirogênio não
riscável pelo aço

Feldspato, Densas. Não enfervesce. Cores: pretas,


pirogênio verde-escura, marrom. Inequigranular,
não
riscável pelo aço
Nifelinasienito Feldspatos Alcalina, cores medias a escuras.
s Fêmicos Inequigranular, não
(sem riscável pelo aço
Quartzo)
Nifelina e Cor clara. Granulação milimétrica e
Feldspatos superior Equigranular, não
(Fêmicos) riscável pelo aço

Apilito Quarzo, Cores claras em tons róseo e cinza.


Feldspatos e Equigranular, não
micas riscável pelo aço
Gabro Feldspato e Cores escuras. Granulação milimétrica.
Piroxênio Equigranular, não
(magnetita) riscável pelo aço

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Diabásio Feldspato e Cores escuras. Granulação ligeiramente
Piroxênio menor. Equigranular, não
(magnetita) riscável pelo aço

Tabela 1: Rochas Magmáticas

2.2. Rochas Sedimentares

Rochas compostas por materiais transformados, constituídas pela acumulação e consolidação de


matéria mineral pulverizada, depositada pela ação da água e, em menor quantidade, do vento ou do
gelo.

Rocha Composição Descrição


Argilito Argila Odor característico, quando molhada.
Macia ao tacto. Não enfervesce com
HCl Riscável pela unha.

Calcário Calcita Odor de argila ausente ou fraco. Forte


enfervescência com HCl. Riscável pelo
aço

Dolomito Dolomita Odor de argila ausente ou fraco.


Enfervescente somente a quente.
Riscável pelo aço

Silex Calcedônia Muito duras. Sem odor característico de


argila. Não enfervesce com HCl.
Não riscável, ou dificilmente, pelo aço.

Arenito Quartzo Cores diversas, claras. Risca o vidro.


silificado Formada de fragmentos. Textura
equigranular

Conglomerad Cascalho e Fragmentos ou seixos de tamanho maior


o material que 2mm, semi-arredondados, cimentados
Cimentante por limonita, argila, etc.

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Brecha Fragmentos e Fragmentos ou seixos de tamanho maior
material que 2mm, em fragmentos angulares,
cimentante ligados por material cimentante.

Arenito Areia grossa Grãos semi-arrendondados, por vezes


Areia média angu-losos, com tamanho entre 2mm e
0,1mm (visíveis a olho nu).Cor variada,
às vezes estratificada, áspera ao tato.

Siltito Silte Grãos semi-arrendondados, por vezes


angu-losos, com grãos entre 0,1mm e
0,01mm, friáveis, ásperas ao tato,
dificilmente distingüíveis a olho nu.
Transição entre arenito e argilito

Folhelho Argila Odor característico, quando molhada.


Macia ao tato. Não efervesce com HCl.
Cores diversas.

Tabela 2:
Rochas
Sedimentares

2.3. Rochas Metamórficas


São rochas produzidas por metamorfose ou modificação. Esta modificação resulta de novas
condições de: pressão e temperatura sobre uma rocha pré-existente, seja esta sedimentar, ígnea ou
ainda uma metamórfica mais antiga. Nesta situação, os minerais constituintes dessas rochas sofrem
um novo arranjo, de modo que alguns minerais transformam-se em outros. Ou, ainda, um mesmo
mineral é fundido e depois cristaliza-se novamente. Além das mudanças de composição, mudanças
maiores podem ocorrer nas rochas, sob a ação do aumento de pressão e temperatura, formando:
dobras de tamanho milimétrico a quilométrico, quando a compressão empurra minerais uns sobres os
outros, promovendo a deformação da rocha e falhas e fraturas, quando a rocha não consegue dobrar-
se, quebrando-se.

Rocha Composição Descrição

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Gnaisse Quartzo, Cores claras. Granulação grossa a média.
Feldspato Grandes cristais de feldspato. Cores variadas.
(Fêmicos), Minerais placóides de mica. Rochas orientadas
Micas emplanos ou linhas. Riscável pelo aço.

Filito Quartzo e Cores claras a média. Cor cinza-esverdeada. Tato


(Xistos) Sericita macio de pote, quando molhada. Rochas
orientadas emplanos ou linhas.

Quartzito Quartzo Cores claras. Branca ou creme. Granulação


(micáceo) (Mica) média a finíssima. Divisibilidade em placas, às
vezes boa. Risca o vidro. Às vezes, com micas.
Rochas orientadas emplanos ou linhas.

Micas Ardósia Cor cinza, média a escura. Divisibilidade em


placas. Rochas orientadas emplanos ou linhas.

Anfibólios Anfibolito Cores escuras. Cor verde e preta.


Dificilmente ou náo riscável pelo aço.
Textura Equigranular

Tabela 3: Rochas MEtamórficas

3. Dobras e Falhas
As rochas se deformam devido a qualquer variação da forma e/ou de volume quando sujeita à
ação de pressões,tensões, variações de temperatura, etc. Estas deformações ser elásticas, plásticas
ou por ruptura (ou fratura). Normalmente, as variações de temperatura causam deformação
elástica, e as dobras, falhas, fraturas são deformações plásticas e de ruptura.

3.1. Dobras

Figura 1: Formação Montanhosa Dobrada

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São deformações plásticas existentes em certos tipos de rochas. Por exemplo, nas formações
extratificadas, como rochas vulcânicas e sedimentares e seus equivalentes metamórficos. Entretanto,
qualquer rocha acamada ou com alguma orientação pode mostrar-se dobrada como acontece com
filitos, quartzitos ou gnaisse. O tamanho das rochas é o mais variado, uma vez que, enquanto
algumas não passam de centímetros, outras atingem grandes proporções com centenas de quilômetros
de amplitude. Quanto a origem estas podem ser:

 Tectónicas – resultantes do movimento da crosta terrestre;


 Atectónicas – resultantes de movimentos localizados como deslizamentos, acomodações
ou escorregamentos, sob influência da gravidade e na superfície terrestre.

3.1.1. Estrutura de uma dobra

Figura 2: Estrutura de uma dobra

 Plano ou superfície axial: é o plano ou superfície imaginária que divide uma dobra em
duas partes similares, que pode, ou não, ser simétricas. Podem ser vertical, inclinado ou
horizontal;

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 Eixo axial ou charneira: é a interseção da superfície axial com qualquer camada ou é a
linha em torno do qual se dá o dobramento. O ângulo que esta linha forma com a
horizontal é o mergulho, inclinação da dobra ou ângulo de caimento;
 Flancos ou limbos: são os dois lados da dobra;
 Crista: é a linha resultante da ligação dos pontos mais elevados de uma mais elevados de
uma dobra, podendo ou não coincidir com o eixo da mesma;

3.1.2. Tipos de dobras


 Anticlinal

Figura 3: Anticlinal

É uma dobra côncava para cima. O significado, em grego, é “inclinado junto”, por se referir ao fato
de, nos mais simples sinclinais, os dois flancos mergulharem um em direção ao outro. Sinclinal

Figura 4: Sinclinal

Ê uma dobra convexa para cima. Significa, em grego, “inclinado opostamente”. Refere-se ao fato de,
em anticlinais simples, os dois flancos mergulharem em direções opostas Simétrica

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Quanto a atitude dos seus eixos as dobras classificam-se em:

Figura 5: Dobras quanto a atitudo dos seus eixos

 Simétrica: dobra cujos dois flancos possuem o mesmo ângulo de mergulho.


 Assimétrica: dobra cujos flancos mergulham com diferentes ângulos
 Deitada: dobra em que o plano axial é horizontal.
 Vertical: dobra em que o plano axial é vertical
 Inclinada: dobra em que o plano axial é inclinada

3.2. Falha
É uma fractura em que houve um deslocamento de grandeza significativa ao longo da superfície
de separação das partes, designada por superfície ou plano de falha pela qual as paredes opostas
se moveram uma em relação à outra, com dimensões que variam de mm até dezenas de km. Sua
atitude ou posição é dada pela direção e mergulho.

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3.2.1. Elementos de uma falha

Figura 6: Elmentos de uma falha

 Plano de falha: é a superfície ao longo do qual se deu o deslocamento;


 Zona ou espelho de falha: é uma faixa que acompanha o plano de falha correspondente
superfície polida de uma rocha originada pela fricção dos blocos opostos, no plano da falha.
Linha de falha: é a linha formada pela interseção do plano de falha com a topografia;
 Rejeito: é a medida do deslizamento linear resultante deslocamento relativo de pontos
originalmente contínuos;
 Capa ou teto: é o bloco que fica acima do plano de falha (inclinado);
 Lapa ou muro: é o bloco que fica abaixo do plano de falha (inclinado).

3.2.2. Tipos de falha


Conforme o movimento aparente as fachas classificam-se em:

Falha normal: falha em que a capa (ou teto) se movimenta aparentemente para baixo em
relação à lapa (ou muro). O plano de falha mergulha para o lado que aparentemente se abateu. Esta é
uma falha de tensão.

Falha inversa ou de empurrão: falha em que a capa aparentemente se desloca para o alto, em
relação à lapa. O plano de falha mergulha aparentemente para o bloco que se elevou. É uma falha de
compressão.

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“Horst e graden”: um bloco rochoso afundado entre duas falhas constitui um graden, e um bloco que
se ergueu entre duas falhas é um horst.

Conforme a classificação genética as falhas podem ser:

 De empurrão: teto sobe realmente em relação ao muro, havendo compressão horizontal;


 De gravidade: teto desce em relação ao muro, ocasionando alívio de pressão na horizontal
e o bloco cai por gravidade;
 De rejeito direcional ou falhas transcorrentes: movimento dominante na horizontal,
através de compressão e alívio de tensões.

4. Empastilhamento de solos
O empastilhamento dos solos corresponde a fadiga, desestruturação e desagragação do solo
resultante ciclos de expnsão e humedicimento do solo tornando-o erodível. Este fenónomeno é
prodiminante em zonas que contém solos expansivos que correspondem a solos não saturados
que sofrem considerável variação volumétrica quando sujeita a variações de humidade como é o
caso dos solos comumente encontrados em alguns bairros do Município da Beira como Maraza,
Munhava e Macurungo.

Figura 7: Empastilhamento de solos

Além da erosão o empastilhamento de solos pode criar colapsos por compactação e


instabilização de taludes. Podendo mover grandes massas de material, mesmo em áreas
aplainadas. O empastilhento também afeta fundações e outras obras de engenharia, promovendo
a sua ruína parcial ou total, com geração de trincas, rachaduras e desabamentos nas edificações.

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Figura 8: Risco de movimento de massas devido a empastilhamnto de solos

Os argilominerais apresentam grande capacidade de absorção de água em seu retículo cristalino,


permitindo que a água penetro nos seus espaços interlamelares, sem interação uímica com a
estrutura básica conferindo-os propriedades de expansividade, retracção e plasticidade. A a acção
antrópica (humana) em obras como construção de estradas, implantação de loteamentos corte
para construção de casas, terraplenagem e outras, onde normalmenteé retirada a camada vegetal
protetora e o solo superfi cial estável, pode expor sedimentos constituídos de argilominerais
expansíveis. Consequentimente, esses minerais perdem a humidade natural em função das suas
carterísticas físico-químicas, se retraem (empastilhamento) e co água das chuvas se reidratam e
se expandem, formando uma lama que é facilmente transportada pelas águas do escoamento
superficial, mesmo em pequena escala, dando origem a erosão laminar ou erosão linear
concentrada e ainda, em zonas com declividade torna-se mais acelerado a formação de ravinas
que em declividades acentuadas podem causar deslizamentos de grandes proporções.
Como prevenção os efeitos de empastilhamento emobras citam-se abaixo algumas medidas a
tomar:
 Cartografiafia geológica e geotécnica para caracterização dos materiais de cobertura e
suas propriedades com objetivo de orientar a ocupação do solo, sobretudo para fins de
loteamento, áreas industriais, áreas de aterros sanitários;
 Realização de ensaios geotécnicos para o dimensionamento e definição dos tipos de
estruturas e fundações apropriadas para os terrenos potencialmente problemáticos;

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 Implantação de obras de protecção em terrenos expostos, incluindo recuperação da
cobertura vegetal e a estabilização de cortes e taludes, para evitar instalação de processos
erosivos e escorregamentos;
 Instalação desistemas de drenagem em áreas susceptíveis aos fenómenos de
empastilhamento, evitando escoamento superficial concentrado.

5. Referências Bibliográficas
MARAGON, M. Tópicos em Geotecnia e Obras de Terra. [S. l. : s. n.]. 20-?

OLIVEIRA, Luís Marcelo. Acidentes Geolõgicos Urbanos. 1ª Edição: Corgaf. Curitiba. 2010,
78 p.

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OLIVEIRA, A.M.S & BRITO, S.N.A. Geologia de Engenharia. São Paulo: Associação
Brasileira de Geologia de Engenharia (ABGE), 1998.

SALAMUNI, Eduardo. Geologia Estrutural. [S. l. : s. n.]. 20-?

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