Proc Pericia Medica 138

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INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL

DIRETORIA DE BENEFÍCIOS

ORIENTAÇÃO INTERNA Nº 138 INSS/DIRBEN, DE 5 DE MAIO DE 2006

Dispõe sobre os procedimentos de perícia


médica.

FUNDAMENTAÇÃO LEGAL:
Lei nº 8.213, de 24/7/1991 e alterações
posteriores;
Decreto nº 3.048, de 6/5/1999 e alterações
posteriores;
Resolução nº 161/INSS/DC, de 22/6/2004.

O DIRETOR DE BENEFÍCIOS DO INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO


SOCIAL-INSS, no uso da competência que lhe confere os incisos II e VI do artigo 11 do Anexo da
Estrutura Regimental do INSS, aprovada pelo Decreto nº 5.513, de 16 de agosto de 2005,

Considerando a necessidade de uniformizar as atividades da área de Perícia Médica, no


que se refere às conclusões médico-periciais,

RESOLVE:

Art. 1º Os tipos de Conclusões Médico-periciais, nos casos de benefícios por


incapacidade, resultarão das respostas aos quesitos existentes no Laudo Médico-Pericial, nas seguintes
formas:
I - Tipo 1 – Contrária.
II - Tipo 2 – Data da Cessação do Benefício-DCB.
III - Tipo 4 – Data da Comprovação da Incapacidade-DCI.

§ 1º A conclusão será do Tipo 1 (contrária), nos casos de exame inicial-Ax-1, Pedido de


Prorrogação-PP e Pedido de Reconsideração-PR, em que for verificada a inexistência de incapacidade
para o trabalho.

§ 2º A conclusão será do Tipo 2 (DCB) nos casos de:

I – INCAPACIDADE LABORATIVA CESSADA


a) o parecer médico pericial deverá ser subsidiado por documentação médica
(atestados, relatórios, comprovantes de internação hospitalar, exames
complementares, etc.);
b) a DCB deverá ser fixada em data anterior ou na Data da Realização do Exame-
DRE, conforme o caso;
c) observada a forma de filiação do segurado ao Regime Geral de Previdência Social-
RGPS e constatada a existência de seqüela definitiva, enquadrada no Anexo III do
Decreto nº 3.048/99, poderá ser indicada a concessão de auxílio-acidente;

II - EXISTÊNCIA DE INCAPACIDADE LABORATIVA


a) observadas as características clínicas de cada patologia, o Perito Médico fixará o
prazo para a manutenção do benefício, justificando-o tecnicamente;

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b) a sugestão de limite superior a um ano está sujeita a homologação pelo
Serviço/Seção de Gerenciamento de Benefícios por Incapacidade-GBENIN;
c) será garantida a avaliação pericial ao segurado que, no limite fixado pelo Perito
Médico, considerar-se ainda incapacitado para o trabalho, bastando para tal a sua
manifestação por meio do Pedido de Prorrogação-PP;

III – INCAPACIDADE LABORATIVA CESSADA COM RETORNO VOLUNTÁRIO


AO TRABALHO
a) nos casos de retorno antecipado ao trabalho, a cessação do benefício será
estabelecida pelo Perito Médico do INSS, pela análise da documentação apresentada
pelo segurado;
b) o benefício será cessado no dia imediatamente anterior à data do retorno ao
trabalho, informada no documento apresentado.

§ 3º A conclusão será do Tipo 4 (DCI) nos casos de existência de incapacidade com


indicação de:

I – REABILITAÇÃO PROFISSIONAL
a) havendo indicação de Reabilitação Profissional, o Perito Médico deverá fixar o
limite de 180 (cento e oitenta) dias;
b) sempre que necessário, para conclusão do programa de reabilitação profissional, o
limite de que trata a alínea anterior poderá ser prorrogado, por meio de exame
médico pericial, pelo mesmo período, por duas vezes consecutivas;
c) concluído o programa de reabilitação, com indicação de retorno ao trabalho, o
segurado será submetido à avaliação pericial para cessação do benefício;
d) havendo desligamento do programa de reabilitação, por impossibilidade de retorno
ao trabalho, o segurado será submetido à avaliação pericial, para definição quanto à
indicação de aposentadoria por invalidez;
e) as intercorrências médicas ou sócio-profissionais deverão ser analisadas em
conjunto, pelo Perito Médico e pelo orientador profissional, para decisão quanto à
manutenção ou interrupção do programa de reabilitação profissional;
f) nos casos de interrupção do programa de reabilitação, sem indicação de
aposentadoria por invalidez, o benefício deverá ser concluído como Revisão em dois
anos (R2) e será objeto de ações gerenciais pelo GBENIN;

II - APOSENTADORIA POR INVALIDEZ - LIMITE INDEFINIDO-LI


a) para sugestão de aposentadoria por invalidez o Perito Médico deverá considerar a
gravidade e irreversibilidade da doença/lesão, sua repercussão sobre a capacidade
laborativa, bem como a impossibilidade de reabilitação profissional;
b) as aposentadorias por invalidez estão sujeitas às revisões previstas em lei;

III - REVISÃO EM DOIS ANOS-R2


a) para sugestão de revisão em dois anos o Perito Médico deverá considerar a
gravidade da doença/lesão e a probabilidade de recuperação da capacidade
laborativa;
b) os segurados com indicação de revisão em dois anos poderão ser encaminhados,
pela Perícia Médica, ao Serviço Social para acompanhamento, encaminhamento aos
recursos da comunidade, emissão de parecer social e outros recursos técnicos que se
fizerem necessários;
c) a Perícia Médica poderá, a qualquer tempo, convocar o segurado para nova
avaliação pericial, em decorrência de ações gerenciais.

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Art. 2º As conclusões de aposentadoria por invalidez (LI), Revisão com dois anos (R2)
auxílio-acidente e acréscimo de 25% estão sujeitas a homologação pelo GBENIN ou pelos servidores
Peritos Médicos com delegação de competência, conforme art. 4º da Resolução nº 161 INSS/DC, de
22/6/2004.

Art. 3º Poderá ser interposto Pedido de Prorrogação sempre que for reconhecida a
existência de incapacidade laborativa e que a Data de Cessação do Benefício-DCB for maior que a
Data da Realização do Exame-DRE que a fixou.

Art. 4º As conclusões do Pedido de Prorrogação–PP obedecerão aos mesmos critérios


estabelecidos no art. 1º desta Orientação Interna.

Art. 5º O prazo para apresentação do PP é a partir de quinze dias até a DCB.

Parágrafo único. O Pedido de Prorrogação será apreciado por meio de novo exame
médico-pericial, que poderá ser realizado pelo mesmo profissional responsável pela avaliação anterior.

Art. 6º Poderá ser interposto Pedido de Reconsideração:


a) na conclusão médico-pericial contrária à existência de incapacidade laborativa de
segurados e beneficiários da Previdência Social (T1);
b) na conclusão pericial favorável, (T2), com Data da Cessação do Benefício menor
ou igual à Data da Realização do Exame, conforme alínea “b”, do inciso I, do § 2º,
do art. 1º desta Orientação Interna.

Art. 7º Caberá apenas um Pedido de Reconsideração por benefício.

Art. 8º O Pedido de Reconsideração será apreciado por meio de novo exame médico-
pericial, realizado por profissional diferente daquele que proferiu a conclusão objeto do PR.

Art. 9º O prazo para apresentação do Pedido de Reconsideração é de trinta dias,


contados:
a) da ciência da conclusão contrária, nos casos de perícia inicial (Ax-1);
b) do dia seguinte à DCB, ressalvada a existência de Pedido de Prorrogação não
atendido ou negado, hipótese em que o prazo será contado da ciência da decisão
desfavorável.

Parágrafo único. Havendo Pedido de Prorrogação, o prazo para o PR será de trinta dias,
contados da ciência da decisão do exame do PP.

Art. 10. As conclusões do PR obedecerão aos mesmos critérios estabelecidos no art. 1º


desta Orientação Interna.

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Art. 11. Nos casos em que for constatada a incapacidade decorrente de doença diversa
da geradora do benefício objeto do Pedido de Reconsideração ou Pedido de Prorrogação, o Perito
Médico deverá concluir com parecer favorável, com modificação do Código Internacional de Doenças-
CID, da Data do Início da Doença-DID e da Data do Início da Incapacidade-DII, justificando em
campo próprio, a razão da mudança, observando que:

I - se a DID e a DII forem menores ou iguais à DCB e desde que atendida a exigência
de carência, o benefício será restabelecido;
II - se a DII for maior que a DCB e desde que atendida a exigência administrativa de
carência, o PR ou PP será transformado em requerimento de novo benefício, sem
necessidade de outro exame médico-pericial;
III - se a DID e a DII forem maiores que a DCB e não atendido o requisito de
carência, o PR ou PP será transformado em requerimento de novo benefício, o qual
será indeferido por falta de período de carência, sem necessidade de outro exame
médico-pericial;
IV - no caso do inciso II, quando não houver retorno ao trabalho, caberá à empresa o
pagamento dos quinze primeiros dias de afastamento, considerando como ultimo dia
de trabalho a data da cessação do benefício.

Art. 12. Nos casos de indeferimento do Pedido de Reconsideração poderá ser interposto
recurso à Junta de Recursos da Previdência Social.

§ 1º O prazo para interposição do recurso à Junta de Recursos da Previdência Social


será de até trinta dias, contados da ciência da conclusão do exame pericial do PR.

§ 2º Quando não tiver sido requerido o PR, o prazo para interposição do recurso será
contado a partir da data da ciência da conclusão contrária.

Art. 13. Este Ato revoga a Orientação Interna n° 130 INSS/DIRBEN, de 13 de outubro
de 2005 e a Orientação Interna n° 125 INSS/DIRBEN, de 29 de setembro de 2005 e tem caráter
restrito, destinando-se a disciplinar procedimentos operacionais, sendo a sua publicação exclusiva em
Boletim de Serviço-BS.

BENEDITO ADALBERTO BRUNCA


Diretor de Benefícios

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