Cad C4 9ano 4bim Portugues
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Cad C4 9ano 4bim Portugues
Autoras:
Inês Achcar
Kelly Alessandra Trindade
ORIENT_C4_9A_Portugues_Prof_Tony_2020.qxp 12/06/2020 09:36 Página III
Caderno do Professor
Unidade 4 – Linguagem e atuação
As atividades propostas para o último bimestre têm por objetivo promover o reconhecimento e a inter-relação
das aprendizagens desenvolvidas nos quatro anos finais do Ensino Fundamental, que convergem para as práticas
de linguagem nos campos de estudo e pesquisa, jornalístico-midiático, da vida pública e artístico-literário.
As atividades de aprendizagem propostas para o último bimestre compreendem mais do que a revisão
dos principais temas tratados durante os quatro anos finais do Ensino Fundamental, pois devem propiciar a
mobilização conjunta de saberes na criação de produtos mais complexos e elaborados do que os que vieram
gradativamente sendo produzidos durante o curso.
As práticas abordadas se relacionam aos quatro campos de atuação a partir dos quais a Base Nacional
Comum Curricular, aprovada em dezembro de 2017, definiu competências e habilidades que constituem
direitos de aprendizagem dos alunos dos anos finais do Ensino Fundamental. Relaciona-se aos quatro campos
de atuação o desenvolvimento socioemocional. É importante evidenciar aos alunos que a comunicação
competente, em qualquer campo, supõe a promoção do indivíduo e o avanço do processo civilizatório da
sociedade. Em outras palavras, o caráter eminentemente técnico não se sustenta sem ética, colaboração,
responsabilidade, respeito, valorização da verdade e demais quesitos que conferem qualidade às relações e
aos empreendimentos humanos.
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Neste último bimestre, o enfoque a ser dado ao trabalho individual e em equipe e a dinâmica das
interações do grupo devem evidenciar e solidificar a abordagem contínua e intensa, nos quatro anos, do
desenvolvimento socioemocioanal.
A produção individual de textos proposta em “Linguagem e campos de atuação” e o trabalho final, em
grupo, solicitado em “Vocês com a palavra”, requerem a mobilização de habilidades representativas desses
quatro campos, trabalhadas isoladamente em bimestres anteriores. Para a prática dessas habilidades, a
escolha do tema dos textos produzidos individualmente e o tipo de publicação criado em grupo são flexíveis,
podendo ser definidos pelas equipes ou pelo professor. Tal flexibilidade tem como motivos principais atender
a interesses e necessidades de cada turma e à viabilidade de o professor coordenar, a um só tempo, grupos
que desenvolvam trabalhos sobre assuntos não coincidentes.
A seguir, apresentam-se assuntos que podem ser de interesse dos alunos. Cabe ao professor decidir se ele:
• escolherá um único assunto para ser desenvolvido por todos os grupos;
• atribuirá um assunto diferente para cada grupo;
• selecionará alguns assuntos e permitirá que cada grupo escolha o tema de seu interesse.
Embora a lista de assuntos seja extensa, com o propósito de atender a interesses diversos, nada impede
que o professor proponha outros temas que julgar mais adequados a seus alunos.
• Introdução de novas tecnologias no cotidiano das pessoas (população que tem acesso às inovações,
mudanças nos hábitos, aspectos positivos e negativos etc.).
• Tratamento dispensado pela comunidade local aos idosos (o que determina o Estatuto do Idoso;
iniciativas de inclusão dos idosos pela comunidade; problemas enfrentados pela população nessa
faixa etária etc.).
• Tratamento dispensado pela comunidade às pessoas portadoras de deficiências físicas e mentais (o
que determina a legislação; iniciativas de inclusão de pessoas portadoras de deficiências; problemas
enfrentados por essas pessoas etc.).
A publicação a ser criada pelos grupos a partir dos textos produzidos individualmente pode constituir uma
revista com textos sobre o assunto escolhido; um livro; um blog; um áudio ou vídeo com leitura dos textos;
uma apresentação oral ou uma mostra com painéis ou cartazes com textos, ilustrações e explicações. Ainda,
pode ter outro formato, a critério do professor.
Também, com respeito à publicação, a escolha – um tipo de publicação para todos os grupos ou um tipo
diferente por grupo – fica a cargo do professor.
No caso de ser desenvolvida uma revista ou um livro, os alunos devem ser orientados a criar um nome
para a publicação, além de incluir o sumário e uma capa.
Se a escolha recair na criação de um blog, seria desejável que os alunos pudessem usar uma plataforma
na internet para produzi-lo. No caderno 3 do 7.o ano – Língua e experiência pessoal, em “Além do papel”, os
alunos analisaram blogs e criaram um. A seguir, reproduz-se o quadro com informações gerais sobre o blog,
apresentado no mencionado caderno.
Blog
Blog é um site atualizado regularmente, com estrutura cronológica. Isso implica que os últimos escritos – conhecidos
como posts – aparecem em primeiro lugar para o visitante, como se ele examinasse um livro do fim para o começo. Uma
característica importante, que diferencia o blog de outros sites, é permitir que os leitores escrevam comentários, ou seja,
participem como receptores e emissores de mensagens: de alguma maneira, são coautores do site.
O nome blog vem da contração de duas palavras em inglês, web (world wide web) e log, que significa “registro”.
Apareceu pela primeira vez em 1994 e popularizou-se a partir de 1999, com o surgimento de ferramentas de
publicação gratuitas que não exigiam conhecimento técnico para usá-las – essa facilidade permitiu que pessoas com
domínio básico de informática pudessem criar seus blogs.
No século XXI, o número de blogs cresceu tanto, atraiu tantos internautas, abordou tantos assuntos variados, difundiu
notícias antes mesmo dos jornais, rádio e televisão, que hoje esses veículos tradicionais de comunicação também criaram
seus blogs, como um complemento de seus sites oficiais.
• escolher um site que ofereça esse serviço – a maioria não cobra nada e dispõe de recursos para escrever e publicar
arquivos de texto, vídeo e áudio, bem como espaço para comentários dos leitores;
• decidir sobre o tipo de assunto a publicar – em um blog podem ser publicados diários dos autores, notícias,
material humorístico, material instrutivo, resultados de pesquisas, comentários sobre livros, filmes, peças de teatro,
programas de televisão, assuntos esportivos e muitos outros (o blog pode ter um tema único ou mistura de assuntos);
• redigir os textos – a credibilidade de um blog, entre outros fatores, está relacionada à qualidade e correção dos
textos (na própria internet é possível resolver dúvidas de português consultando dicionários e sites confiáveis com
explicações sobre aspectos gramaticais);
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• seguir leis e princípios de conduta, pois, embora alguns tenham a impressão de que nada é de ninguém e que
na internet uma pessoa pode publicar tudo o que quiser, isso não é verdade:
• deve-se verificar se há permissão para publicar material de outros autores (textos escritos, vídeo, foto, desenho,
áudio etc.) – no caso de haver permissão, é necessário mencionar o nome do autor e o local de onde o material
foi retirado;
• é proibido divulgar conteúdo racista ou que expresse preconceito de religião, gênero ou origem – o autor pode
ser penalizado;
• é proibido espalhar boatos, se passar por outra pessoa, divulgar dados confidenciais de pessoas ou empresas,
usar logomarca alheia, defender o crime e transmitir informações sobre atividades ilegais (como “piratear”
produtos e serviços, fazer instalações clandestinas etc.).
Algumas pessoas acreditam que, na internet, o uso de pseudônimo garante o anonimato, ou seja, elas podem fazer
o que quiserem que não serão descobertas. Não é o que ocorre – cada vez mais há mecanismos que permitem identificar
aqueles que não cumprem as leis e os princípios de conduta. No caso de um blog ser denunciado, a Justiça pode
determinar que a empresa que o hospeda revele o nome do responsável, já que o anonimato é proibido por lei no Brasil.
O mesmo pode ocorrer numa rede social, se houver denúncia de conteúdo indevido publicado por alguma pessoa.
Caso o professor não tenha trabalhado com o caderno 3 do 7.o ano, é imprescindível que leia as atividades
relacionadas a blogs aí apresentadas e o material complementar indicado para aprofundamento, a fim de que
possa retomar, com os alunos, conceitos vistos e necessários para a produção do blog do grupo, caso seja
essa a escolha.
Se a escolha recair na produção de áudio ou vídeo, podem ser consultados os cadernos:
• 1 do 7.o ano – A fala e a escrita: “A fala”, com atividades e explicações sobre um programa de rádio,
cujo roteiro poderá servir de modelo para o áudio;
• 3 do 7.o ano – Língua e experiência pessoal: “Além do papel”, sobre um documentário, cujo roteiro
poderá servir de modelo para o vídeo.
• 2 do 9.o ano – Informação, prescrição e orientação: Tarefas sobre podcast.
Orientações didáticas
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1 – A atividade deve estimular os alunos a refletirem sobre o estudo de Língua Portuguesa ao longo dos
quatro anos finais do Ensino Fundamental, bem como a reconhecerem o que aprenderam e as possibilidades
de atuação decorrentes dessas aprendizagens. Neste momento, importa menos a exatidão das respostas e
mais a oportunidade de refletir e expressar o que aprendeu das experiências propostas para desenvolvimento
de habilidades de comunicação oral e escrita e do valor a elas atribuído. No decorrer do bimestre, espera-se
que os alunos ampliem a compreensão do tema proposto.
Como estratégia, sugere-se que:
• os alunos respondam às questões em pequenos grupos;
• exponham suas conclusões ao grande grupo;
• o professor anote todas as diferentes respostas mencionadas pelas equipes;
• no decorrer das aulas, os alunos, coordenados pelo professor, voltem às anotações para modificá-las
em função das novas reflexões, podendo acrescentar, retirar ou alterar conteúdos mencionados
anteriormente;
• no final do bimestre, essas anotações sejam novamente revistas e atualizadas para constituir uma
síntese de todo o processo percorrido.
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2 – Como alguns alunos podem assistir a programas de televisão que, além de promoverem os crimes
como espetáculos a serem acompanhados e fruídos pelo público, também chegam a conclamar a população
para fazer justiça com as próprias mãos, em flagrante desrespeito aos direitos humanos e às leis do país,
convém aclarar alguns aspectos com relação ao justiçamento e ao direito de todos, mesmo dos que cometem
os crimes que nos pareçam mais horrendos, a serem julgados pela Justiça, porque:
• o julgamento de uma pessoa deve ser realizado com base nas leis do país e por profissionais que têm
formação especializada para isso;
• um leigo geralmente age movido pelas emoções do momento e sem conhecimento das leis, o que o
impede de avaliar se realmente foi cometido um delito, qual a sua gravidade e qual é a punição cabível;
• quem defende o próprio direito de julgar os demais e aplicar-lhes punições está, mesmo sem ter noção
do que implica sua reivindicação, aprovando o direito de todos os demais de fazer justiça pelas próprias
mãos e, por consequência, ser uma futura vítima de arbitrariedades.
Muitos alunos podem argumentar que a Justiça é lenta, omissa ou parcial. É importante esclarecer que
as instituições do Estado, como o Judiciário, não são infalíveis. Cabe ao cidadão estar sempre informado,
acompanhando a atuação da Justiça, para poder criticar, participar de movimentos, enfim, valer-se de canais
legítimos para expressar seus pontos de vista. A opção oposta, que significa dar-se o direito de punir desvios
por conta própria, nos conduz – a todos, aos justiceiros e aos tidos como “fora da lei” – à barbárie.
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3 – Morte e vida severina, de João Cabral de Melo Neto, além de ser uma obra primorosa, de conhecimento
obrigatório por sua relevância entre o que há de mais representativo de nossa literatura, aborda tema social
cuja problemática, ainda hoje, merece reflexão e reclama por intervenções mais incisivas. Como os alunos,
neste último bimestre, vêm estudando um mesmo tema sob diferentes perspectivas, a escolha dessa obra
literária com forte caráter social mostra-se oportuna como exemplo do quanto a abordagem no campo artístico
pode mobilizar as emoções e contribuir para a visão crítica da realidade.
Com a finalidade de sensibilizar a turma para a importância, beleza e atualidade da obra, a critério do
professor, antes ou após o estudo de partes do poema de João Cabral de Melo Neto, os alunos devem assistir
– na aula ou em casa – a pelo menos uma das adaptações indicadas a seguir:
• Morte e vida severina, teleteatro de 1981, direção de Walter Avancini, com música de Chico Buarque,
produzido pela TV Globo.
(Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=MthmmdJgQXY. Acesso em: 18 abr. 2018.)
• Morte e vida severina – animação em preto e branco, fiel às asperezas do texto, adaptada para os
quadrinhos pelo cartunista Miguel Falcão, transmitida pela TV Escola.
(Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=clKnAG2Ygyw. Acesso em: 18 abr. 2018. Disponível
em: https://tvescola.org.br/tve/video/morteevidaseverina. Acesso em: 18 abr. 2018.)
No caderno, são apresentadas três partes do poema, sucedidas de questões. Caso o professor julgue
mais apropriado ao ritmo de trabalho de sua turma, pode propor, em primeiro lugar, a leitura das três partes
e, em seguida, as respostas às questões.
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Se houver tempo, os alunos podem se reunir em pequenos grupos e ensaiar a leitura e até a dramatização
de partes do poema para apresentar aos colegas.
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4 – Caso a escolha recaia sobre produção de áudio ou vídeo, é possível que as três aulas previstas sejam
insuficientes. Nesse caso, os alunos podem se organizar para completar algumas etapas do trabalho em casa.
Foram reservadas três aulas para os grupos compartilharem suas produções, o que implica ler os textos,
examinar ilustrações etc. Dependendo do número de grupos, determine o tempo que cada equipe poderá
despender para sua apresentação.
Sugere-se avaliar o trabalho do grupo, considerando:
• a qualidade dos textos (abordagem adequada do tema e linguagem utilizada em função do gênero textual);
• a qualidade da publicação com todos os textos (organização dos textos segundo critérios e arte-final);
• a qualidade da apresentação (o interesse despertado nos colegas, a adequação e clareza das explicações);
• a dinâmica do grupo para realização das atividades (organização, participação equitativa, colaboração entre
os elementos da equipe, uso adequado do tempo, demonstração de interesse pelos trabalhos desenvolvidos
pelos demais grupos).
Comente com cada grupo a avaliação do trabalho desenvolvido, sugerindo ações que poderiam aperfeiçoar
o produto e a dinâmica de trabalho.
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5 – O exercício proposto contempla, a um só tempo, regras de acentuação e emprego de palavras e
expressões. Requer, portanto, um desempenho mais complexo do que quando se restringe à observação de
regras relacionadas a um só tipo de conteúdo e mais próximo do exigido na redação e revisão de textos.
É importante considerar que a realização correta do exercício, por si só, não garante a transferência das
habilidades para a produção de textos e, por isso, não constitui indicador suficiente para concluir que o aluno
atingiu desempenho satisfatório em comunicação escrita. Se não houver orientação individualizada por parte
do professor para a observância das regras na redação, os objetivos de ensino da língua, tal como propostos,
não serão alcançados.
O ensino da gramática pela gramática, avaliado somente por exercícios desvinculados da produção de
textos, é prática do modelo de estudo da língua dos anos 50 do século passado, reiteradamente contestado
por pesquisas sobre como se aprende um idioma. Infelizmente, é o modelo que ainda persiste em parte das
escolas, embora seja flagrante que muitas pessoas, mesmo com formação superior, embora sejam capazes
de resolver exercícios de emprego de regras gramaticais, não conseguem transferi-las para a produção escrita,
o que pode ser tomado como um indicador da falência desse modelo.
Na aula, insista para que os alunos apresentem suas dúvidas. Se necessário, faça uma revisão do conteúdo
detendo-se nos aspectos em que a turma apresentou mais dificuldades.
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110 1. Campo das práticas de estudo e pesquisa – Sua criação – Texto expositivo
111 1. Campo das práticas de estudo e pesquisa – Sua criação – Texto expositivo
26 118 3. Campo de atuação na vida pública – Sua criação – Proposta de atuação social
119 3. Campo de atuação na vida pública – Sua criação – Proposta de atuação social
– Ajuste
– Ajuste
29 – Ajuste
– Ajuste
– Ajuste
IX
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Práticas de
Objetos de conhecimento Habilidade
Linguagem
CAMPO JORNALÍSTICO/MIDIÁTICO – Trata-se, em relação a Vários são os gêneros possíveis de serem contemplados em atividades de leitura
este Campo, de ampliar e qualificar a participação das crianças, e produção de textos para além dos já trabalhados nos anos iniciais do ensino
adolescentes e jovens nas práticas relativas ao trato com a fundamental (notícia, álbum noticioso, carta de leitor, entrevista etc.): reportagem,
informação e opinião, que estão no centro da esfera reportagem multimidiática, fotorreportagem, fotodenúncia, artigo de opinião,
jornalística/midiática. Para além de construir conhecimentos e editorial, resenha crítica, crônica, comentário, debate, vlog noticioso, vlog cultural,
desenvolver habilidades envolvidas na escuta, leitura e produção meme, charge, charge digital, political remix, anúncio publicitário, propaganda,
de textos que circulam no campo, o que se pretende é propiciar jingle, spot, dentre outros. A referência geral é que, em cada ano, contemplem-se
experiências que permitam desenvolver nos adolescentes e gêneros que lidem com informação, opinião e apreciação, gêneros mais típicos
jovens a sensibilidade para que se interessem pelos fatos que dos letramentos da letra e do impresso e gêneros multissemióticos e
acontecem na sua comunidade, na sua cidade e no mundo e hipermidiáticos, próprios da cultura digital e das culturas juvenis.
afetam as vidas das pessoas, incorporem em suas vidas a prática Diversos também são os processos, ações e atividades que podem ser
de escuta, leitura e produção de textos pertencentes a gêneros contemplados em atividades de uso e reflexão: curar, seguir/ser seguido, curtir,
da esfera jornalística em diferentes fontes, veículos e mídias, e comentar, compartilhar, remixar etc.
desenvolvam autonomia e pensamento crítico para se situar em Ainda com relação a esse campo, trata-se também de compreender as formas de
relação a interesses e posicionamentos diversos e possam persuasão do discurso publicitário, o apelo ao consumo, as diferenças entre
produzir textos noticiosos e opinativos e participar de discussões vender um produto e “vender” uma ideia, entre anúncio publicitário e propaganda.
e debates de forma ética e respeitosa.
Estratégia de leitura: apreender os (EF69LP03) Identificar, em notícias, o fato central, suas principais circunstâncias
sentidos globais do texto e eventuais decorrências; em reportagens e fotorreportagens o fato ou a temática
Leitura retratada e a perspectiva de abordagem, em entrevistas os principais
temas/subtemas abordados, explicações dadas ou teses defendidas em relação
a esses subtemas; em tirinhas, memes, charge, a crítica, ironia ou humor
presente.
Efeitos de sentido (EF69LP04) Identificar e analisar os efeitos de sentido que fortalecem a persuasão
nos textos publicitários, relacionando as estratégias de persuasão e apelo ao
consumo com os recursos linguístico-discursivos utilizados, como imagens, tempo
verbal, jogos de palavras, figuras de linguagem etc., com vistas a fomentar práticas
de consumo conscientes.
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Práticas de Objetos de
Habilidade
Linguagem conhecimento
CAMPO JORNALÍSTICO/MIDIÁTICO
Relação do texto com o (EF69LP06) Produzir e publicar notícias, fotodenúncias, fotorreportagens, reportagens,
contexto de produção e reportagens multimidiáticas, infográficos, podcasts noticiosos, entrevistas, cartas de leitor,
experimentação de comentários, artigos de opinião de interesse local ou global, textos de apresentação e apreciação
papéis sociais de produção cultural – resenhas e outros próprios das formas de expressão das culturas juvenis,
tais como vlogs e podcasts culturais, gameplay, detonado etc.– e cartazes, anúncios,
propagandas, spots, jingles de campanhas sociais, dentre outros em várias mídias, vivenciando
de forma significativa o papel de repórter, de comentador, de analista, de crítico, de editor ou
articulista, de booktuber, de vlogger (vlogueiro) etc., como forma de compreender as condições
de produção que envolvem a circulação desses textos e poder participar e vislumbrar
possibilidades de participação nas práticas de linguagem do campo jornalístico e do campo
midiático de forma ética e responsável, levando-se em consideração o contexto da Web 2.0,
que amplia a possibilidade de circulação desses textos e “funde” os papéis de leitor e autor, de
consumidor e produtor.
Produção de Textualização (EF69LP07) Produzir textos em diferentes gêneros, considerando sua adequação ao contexto
textos produção e circulação – os enunciadores envolvidos, os objetivos, o gênero, o suporte, a
circulação –, ao modo (escrito ou oral; imagem estática ou em movimento etc.), à variedade
linguística e/ou semiótica apropriada a esse contexto, à construção da textualidade relacionada
às propriedades textuais e do gênero), utilizando estratégias de planejamento, elaboração,
revisão, edição, reescrita/redesign e avaliação de textos, para, com a ajuda do professor e a
colaboração dos colegas, corrigir e aprimorar as produções realizadas, fazendo cortes,
acréscimos, reformulações, correções de concordância, ortografia, pontuação em textos e
editando imagens, arquivos sonoros, fazendo cortes, acréscimos, ajustes,
acrescentando/alterando efeitos, ordenamentos etc.
Revisão/edição de texto (EF69LP08) Revisar/editar o texto produzido – notícia, reportagem, resenha, artigo de opinião,
informativo e opinativo dentre outros –, tendo em vista sua adequação ao contexto de produção, a mídia em questão,
características do gênero, aspectos relativos à textualidade, a relação entre as diferentes
semioses, a formatação e uso adequado das ferramentas de edição (de texto, foto, áudio e
vídeo, dependendo do caso) e adequação à norma culta.
Produção de textos (EF69LP11) Identificar e analisar posicionamentos defendidos e refutados na escuta de
jornalísticos orais interações polêmicas em entrevistas, discussões e debates (televisivo, em sala de aula, em
Oralidade redes sociais etc.), entre outros, e se posicionar frente a eles.
*Considerar todas as Participação em (EF69LP14) Formular perguntas e decompor, com a ajuda dos colegas e dos professores,
habilidades dos eixos discussões orais de tema/questão polêmica, explicações e ou argumentos relativos ao objeto de discussão para
leitura e produção que temas análise mais minuciosa e buscar em fontes diversas informações ou dados que permitam
se referem a textos ou controversos de analisar partes da questão e compartilhá-los com a turma.
produções orais, em interesse da turma e/ou
áudio ou vídeo de (EF69LP15) Apresentar argumentos e contra-argumentos coerentes, respeitando os turnos
relevância social de fala, na participação em discussões sobre temas controversos e/ou polêmicos.
Análise linguística Construção (EF69LP16) Analisar e utilizar as formas de composição dos gêneros jornalísticos da ordem
composicional do relatar, tais como notícias (pirâmide invertida no impresso X blocos noticiosos hipertextuais
/ semiótica e hipermidiáticos no digital, que também pode contar com imagens de vários tipos, vídeos,
gravações de áudio etc.), da ordem do argumentar, tais como artigos de opinião e editorial
(contextualização, defesa de tese/opinião e uso de argumentos) e das entrevistas:
apresentação e contextualização do entrevistado e do tema, estrutura pergunta e resposta etc.
Estilo (EF69LP17) Perceber e analisar os recursos estilísticos e semióticos dos gêneros jornalísticos
e publicitários, os aspectos relativos ao tratamento da informação em notícias, como a
ordenação dos eventos, as escolhas lexicais, o efeito de imparcialidade do relato, a morfologia
do verbo, em textos noticiosos e argumentativos, reconhecendo marcas de pessoa, número,
tempo, modo, a distribuição dos verbos nos gêneros textuais (por exemplo, as formas de
pretérito em relatos; as formas de presente e futuro em gêneros argumentativos; as formas
de imperativo em gêneros publicitários), o uso de recursos persuasivos em textos
argumentativos diversos (como a elaboração do título, escolhas lexicais, construções
metafóricas, a explicitação ou a ocultação de fontes de informação) e as estratégias de
persuasão e apelo ao consumo com os recursos linguístico-discursivos utilizados (tempo verbal,
jogos de palavras, metáforas, imagens).
XI
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Práticas de Objetos de
Habilidade
Linguagem conhecimento
CAMPO JORNALÍSTICO/MIDIÁTICO
Efeito de sentido (EF69LP19) Analisar, em gêneros orais que envolvam argumentação, os efeitos de sentido de
elementos típicos da modalidade falada, como a pausa, a entonação, o ritmo, a gestualidade
e expressão facial, as hesitações etc.
XII
ORIENT_C4_9A_Portugues_Prof_Tony_2020.qxp 28/07/2020 08:36 Página XIII
Práticas de Objetos de
Habilidade
Linguagem conhecimento
CAMPO DE ATUAÇÃO NA VIDA PÚBLICA
Discussão oral (EF69LP24) Discutir casos, reais ou simulações, submetidos a juízo, que envolvam (supostos)
desrespeitos a artigos, do ECA, do Código de Defesa do Consumidor, do Código Nacional de
Trânsito, de regulamentações do mercado publicitário etc., como forma de criar familiaridade
com textos legais – seu vocabulário, formas de organização, marcas de estilo etc. –, de maneira
a facilitar a compreensão de leis, fortalecer a defesa de direitos, fomentar a escrita de textos
normativos (se e quando isso for necessário) e possibilitar a compreensão do caráter
interpretativo das leis e as várias perspectivas que podem estar em jogo.
Análise de textos (EF69LP27) Analisar a forma composicional de textos pertencentes a gêneros normativos/
legais/normativos, jurídicos e a gêneros da esfera política, tais como propostas, programas políticos
propositivos (posicionamento quanto a diferentes ações a serem propostas, objetivos, ações previstas etc.),
e reivindicatórios propaganda política (propostas e sua sustentação, posicionamento quanto a temas em
discussão) e textos reivindicatórios: cartas de reclamação, petição (proposta, suas justificativas
e ações a serem adotadas) e suas marcas linguísticas, de forma a incrementar a compreensão
de textos pertencentes a esses gêneros e a possibilitar a produção de textos mais adequados
e/ou fundamentados quando isso for requerido.
Análise linguística
/ semiótica Mobilização (EF69LP28) Observar os mecanismos de modalização adequados aos textos jurídicos, as
modalidades deônticas, que se referem ao eixo da conduta (obrigatoriedade/permissibilidade)
como, por exemplo: Proibição: “Não se deve fumar em recintos fechados.”; Obrigatoriedade:
“A vida tem que valer a pena.”; Possibilidade: “É permitida a entrada de menores
acompanhados de adultos responsáveis”, e os mecanismos de modalização adequados aos
textos políticos e propositivos, as modalidades apreciativas, em que o locutor exprime um juízo
de valor (positivo ou negativo) acerca do que enuncia. Por exemplo: “Que belo discurso!”,
“Discordo das escolhas de Antônio.” “Felizmente, o buraco ainda não causou acidentes
mais graves.”
XIII
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Práticas de Objetos de
Habilidade
Linguagem conhecimento
CAMPO DAS PRÁTICAS DE ESTUDO E PESQUISA – Essas habilidades mais gerais envolvem o domínio contextualizado de gêneros como
Trata-se de ampliar e qualificar a participação dos jovens apresentação oral, palestra, mesa-redonda, debate, artigo de divulgação científica, artigo científico,
nas práticas relativas ao estudo e à pesquisa, por meio de: artigo de opinião, ensaio, reportagem de divulgação científica, texto didático, infográfico,
– compreensão dos interesses, atividades e esquemas, relatório, relato (multimidiático) de campo, documentário, cartografia animada,
procedimentos que movem as esferas científica, de podcasts e vídeos diversos de divulgação científica, que supõem o reconhecimento de sua função
divulgação científica e escolar; social, a análise da forma como se organizam e dos recursos e elementos linguísticos das demais
– reconhecimento da importância do domínio dessas semioses (ou recursos e elementos multimodais) envolvidos na tessitura de textos pertencentes
práticas para a compreensão do mundo físico e da a esses gêneros.
realidade social, para o prosseguimento dos estudos e Trata-se também de aprender, de forma significativa, na articulação com outras áreas e com os
para formação para o trabalho; e projetos e escolhas pessoais dos jovens, procedimentos de investigação e pesquisa. Para além da
– desenvolvimento de habilidades e aprendizagens de leitura/escuta de textos/produções pertencentes aos gêneros já mencionados, cabe diversificar, em
procedimentos envolvidos na leitura/escuta e produção de cada ano e ao longo dos anos, os gêneros/produções escolhidos para apresentar e socializar
textos pertencentes a gêneros relacionados ao estudo, à resultados de pesquisa, de forma a contemplar a apresentação oral, gêneros mais típicos dos
pesquisa e à divulgação científica. letramentos da letra e do impresso, gêneros multissemióticos, textos hipermidiáticos, que suponham
colaboração, próprios da cultura digital e das culturas juvenis.
Reconstrução das condições (EF69LP29) Refletir sobre a relação entre os contextos de produção dos gêneros de divulgação
de produção e recepção dos científica – texto didático, artigo de divulgação científica, reportagem de divulgação científica,
textos e adequação do texto verbete de enciclopédia (impressa e digital), esquema, infográfico (estático e animado), relatório,
à construção composicional relato multimidiático de campo, podcasts e vídeos variados de divulgação científica etc. – e os
e ao estilo de gênero aspectos relativos à construção composicional e às marcas linguística características desses
gêneros, de forma a ampliar suas possibilidades de compreensão (e produção) de textos
pertencentes a esses gêneros.
Relação entre textos (EF69LP30) Comparar, com a ajuda do professor, conteúdos, dados e informações de diferentes
fontes, levando em conta seus contextos de produção e referências, identificando coincidências,
complementaridades e contradições, de forma a poder identificar erros/imprecisões conceituais,
compreender e posicionar-se criticamente sobre os conteúdos e informações em questão.
Apreciação e réplica (EF69LP31) Utilizar pistas linguísticas – tais como “em primeiro/segundo/ terceiro lugar”, “por
outro lado”, “dito de outro modo”, isto é”, “por exemplo” – para compreender a hierarquização
das proposições, sintetizando o conteúdo dos textos.
Leitura Estratégias e procedimentos (EF69LP32) Selecionar informações e dados relevantes de fontes diversas (impressas, digitais,
de leitura orais etc.), avaliando a qualidade e a utilidade dessas fontes, e organizar, esquematicamente, com
ajuda do professor, as informações necessárias (sem excedê-las) com ou sem apoio de ferramentas
Relação do verbal com digitais, em quadros, tabelas ou gráficos.
outras semioses
(EF69LP33) Articular o verbal com os esquemas, infográficos, imagens variadas etc. na
(re)construção dos sentidos dos textos de divulgação científica e retextualizar do discursivo para
Procedimentos e gêneros de
o esquemático – infográfico, esquema, tabela, gráfico, ilustração etc. – e, ao contrário, transformar
apoio à compreensão
o conteúdo das tabelas, esquemas, infográficos, ilustrações etc. em texto discursivo, como forma
de ampliar as possibilidades de compreensão desses textos e analisar as características das
multissemioses e dos gêneros em questão.
(EF69LP34) Grifar as partes essenciais do texto, tendo em vista os objetivos de leitura, produzir
marginálias (ou tomar notas em outro suporte), sínteses organizadas em itens, quadro sinóptico,
quadro comparativo, esquema, resumo ou resenha do texto lido (com ou sem comentário/análise),
mapa conceitual, dependendo do que for mais adequado, como forma de possibilitar uma maior
compreensão do texto, a sistematização de conteúdos e informações e um posicionamento frente
aos textos, se esse for o caso.
XIV
ORIENT_C4_9A_Portugues_Prof_Tony_2019.qxp 30/07/2019 10:07 Página XV
Práticas de Objetos de
Habilidade
Linguagem conhecimento
CAMPO DAS PRÁTICAS DE ESTUDO E PESQUISA
Consideração das (EF69LP35) Planejar textos de divulgação científica, a partir da elaboração de esquema que
condições de produção considere as pesquisas feitas anteriormente, de notas e sínteses de leituras ou de registros
de de experimentos ou de estudo de campo, produzir, revisar e editar textos voltados para a
textos de divulgação divulgação do conhecimento e de dados e resultados de pesquisas, tais como artigo de
científica divulgação científica, artigo de opinião, reportagem científica, verbete de enciclopédia, verbete
Estratégias de escrita de enciclopédia digital colaborativa , infográfico, relatório, relato de experimento científico,
relato (multimidiático) de campo, tendo em vista seus contextos de produção, que podem
envolver a disponibilização de informações e conhecimentos em circulação em um formato
mais acessível para um público específico ou a divulgação de conhecimentos advindos de
pesquisas bibliográficas, experimentos científicos e estudos de campo realizados.
Produção de
textos Estratégias de escrita: (EF69LP36) Produzir, revisar e editar textos voltados para a divulgação do conhecimento e de
textualização, revisão e dados e resultados de pesquisas, tais como artigos de divulgação científica, verbete de
edição enciclopédia, infográfico, infográfico animado, podcast ou vlog científico, relato de experimento,
relatório, relatório multimidiático de campo, dentre outros, considerando o contexto de
produção e as regularidades dos gêneros em termos de suas construções composicionais e
estilos.
Estratégias de produção (EF69LP37) Produzir roteiros para elaboração de vídeos de diferentes tipos (vlog científico,
vídeo-minuto, programa de rádio, podcasts) para divulgação de conhecimentos científicos e
resultados de pesquisa, tendo em vista seu contexto de produção, os elementos e a
construção composicional dos roteiros.
Estratégias de (EF69LP38) Organizar os dados e informações pesquisados em painéis ou slides de
produção: planejamento apresentação, levando em conta o contexto de produção, o tempo disponível, as características
e do gênero apresentação oral, a multissemiose, as mídias e tecnologias que serão utilizadas,
produção de ensaiar a apresentação, considerando também elementos paralinguísticos e cinésicos e
apresentações orais proceder à exposição oral de resultados de estudos e pesquisas, no tempo determinado, a
partir do planejamento e da definição de diferentes formas de uso da fala – memorizada, com
Oralidade apoio da leitura ou fala espontânea.
Estratégias de produção (EF69LP39) Definir o recorte temático da entrevista e o entrevistado, levantar informações
sobre o entrevistado e sobre o tema da entrevista, elaborar roteiro de perguntas, realizar
entrevista, a partir do roteiro, abrindo possibilidades para fazer perguntas a partir da resposta,
se o contexto permitir, tomar nota, gravar ou salvar a entrevista e usar adequadamente as
informações obtidas, de acordo com os objetivos estabelecidos.
XV
ORIENT_C4_9A_Portugues_Prof_Tony_2019.qxp 30/07/2019 10:07 Página XVI
Práticas de Objetos de
Habilidade
Linguagem conhecimento
CAMPO DAS PRÁTICAS DE ESTUDO E PESQUISA
Usar adequadamente (EF69LP41) Usar adequadamente ferramentas de apoio a apresentações orais, escolhendo e
ferramentas de apoio a usando tipos e tamanhos de fontes que permitam boa visualização, topicalizando e/ou
apresentações orais organizando o conteúdo em itens, inserindo de forma adequada imagens, gráficos, tabelas,
formas e elementos gráficos, dimensionando a quantidade de texto (e imagem) por slide,
usando progressivamente e de forma harmônica recursos mais sofisticados como efeitos de
transição, slides mestres, layouts personalizados etc.
Construção (EF69LP42) Analisar a construção composicional dos textos pertencentes a gêneros
Análise linguística composicional e estilo relacionados à divulgação de conhecimentos: título, (olho), introdução, divisão do texto em
/ semiótica Gêneros de divulgação subtítulos, imagens ilustrativas de conceitos, relações, ou resultados complexos (fotos,
científica ilustrações, esquemas, gráficos, infográficos, diagramas, figuras, tabelas, mapas) etc.,
exposição, contendo definições, descrições, comparações, enumerações, exemplificações e
remissões a conceitos e relações por meio de notas de rodapé, boxes ou links; ou título,
contextualização do campo, ordenação temporal ou temática por tema ou subtema,
intercalação de trechos verbais com fotos, ilustrações, áudios, vídeos etc. e reconhecer traços
da linguagem dos textos de divulgação científica, fazendo uso consciente das estratégias de
impessoalização da linguagem (ou de pessoalização, se o tipo de publicação e objetivos assim
o demandarem, como em alguns podcasts e vídeos de divulgação científica), 3.a pessoa,
presente atemporal, recurso à citação, uso de vocabulário técnico/especializado etc., como
forma de ampliar suas capacidades de compreensão e produção de textos nesses gêneros.
Marcas linguísticas (EF69LP43) Identificar e utilizar os modos de introdução de outras vozes no texto – citação
Intertextualidade literal e sua formatação e paráfrase –, as pistas linguísticas responsáveis por introduzir no texto
a posição do autor e dos outros autores citados (“Segundo X; De acordo com Y; De
minha/nossa parte, penso/amos que”...) e os elementos de normatização (tais como as regras
de inclusão e formatação de citações e paráfrases, de organização de referências bibliográficas)
em textos científicos, desenvolvendo reflexão sobre o modo como a intertextualidade e a
retextualização ocorrem nesses textos.
XVI
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Práticas de
Objetos de conhecimento Habilidade
Linguagem
CAMPO ARTÍSTICO-LITERÁRIO – O que está em jogo neste campo é possibilitar às A formação desse leitor-fruidor exige o desenvolvimento de
crianças, adolescentes e jovens dos Anos Finais do Ensino Fundamental o contato com habilidades, a vivência de experiências significativas e aprendizagens
as manifestações artísticas e produções culturais em geral, e com a arte literária em que, por um lado, permitam a compreensão dos modos de produção,
especial, e oferecer as condições para que eles possam compreendê-las e frui-las de circulação e recepção das obras e produções culturais e o
maneira significativa e, gradativamente, crítica. Trata-se, assim, de ampliar e diversificar desvelamento dos interesses e dos conflitos que permeiam suas
as práticas relativas à leitura, à compreensão, à fruição e ao compartilhamento das condições de produção e, por outro lado, garantam a análise dos
manifestações artístico-literárias, representativas da diversidade cultural, linguística e recursos linguísticos e semióticos necessária à elaboração da
semiótica, por meio: experiência estética pretendida.
– da compreensão das finalidades, das práticas e dos interesses que movem a esfera Aqui também a diversidade deve orientar a organização / progressão
artística e a esfera literária, bem como das linguagens e mídias que dão forma e curricular: diferentes gêneros, estilos, autores e autoras –
sustentação às suas manifestações; contemporâneos, de outras épocas, regionais, nacionais, portugueses,
– da experimentação da arte e da literatura como expedientes que permitem (re)conhecer africanos e de outros países – devem ser contemplados; o cânone, a
diferentes maneiras de ser, pensar, (re)agir, sentir e, pelo confronto com o que é diverso, literatura universal, a literatura juvenil, a tradição oral, o
desenvolver uma atitude de valorização e de respeito pela diversidade; multissemiótico, a cultura digital e as culturas juvenis, dentre outras
– do desenvolvimento de habilidades que garantam a compreensão, a apreciação, a diversidades, devem ser consideradas, ainda que deva haver um
produção e o compartilhamento de textos dos diversos gêneros, em diferentes privilégio do letramento da letra.
mídias, que circulam nas esferas literária e artística. Compete ainda a este campo o desenvolvimento das práticas orais,
Para que a experiência da literatura – e da arte em geral – possa alcançar seu potencial tanto aquelas relacionadas à produção de textos em gêneros literários
transformador e humanizador, é preciso promover a formação de um leitor que não e artísticos diversos quanto as que se prestam à apreciação e ao
apenas compreenda os sentidos dos textos, mas também que seja capaz de frui-los. compartilhamento e envolvam a seleção do que ler/ouvir/assistir e o
Um sujeito que desenvolve critérios de escolha e preferências (por autores, estilos, exercício da indicação, da crítica, da recriação e do diálogo, por meio
gêneros) e que compartilha impressões e críticas com outros leitores-fruidores. de diferentes práticas e gêneros, que devem ser explorados ao longo
dos anos.
Reconstrução das condições de produção, circulação e (EF69LP44) Inferir a presença de valores sociais, culturais e humanos
recepção e de diferentes visões de mundo, em textos literários, reconhecendo
nesses textos formas de estabelecer múltiplos olhares sobre as
Apreciação e réplica identidades, sociedades e culturas e considerando a autoria e o
contexto social e histórico de sua produção.
(EF69LP45) Posicionar-se criticamente em relação a textos
pertencentes a gêneros como quarta-capa, programa (de teatro,
dança, exposição etc.), sinopse, resenha crítica, comentário em
blog/vlog cultural etc., para selecionar obras literárias e outras
manifestações artísticas (cinema, teatro, exposições, espetáculos,
CD’s, DVD’s etc.), diferenciando as sequências descritivas e
avaliativas e reconhecendo-os como gêneros que apoiam a escolha
do livro ou produção cultural e consultando-os no momento de fazer
escolhas, quando for o caso.
Leitura (EF69LP46) Participar de práticas de compartilhamento de
leitura/recepção de obras literárias/manifestações artísticas, como
rodas de leitura, clubes de leitura, eventos de contação de histórias,
de leituras dramáticas, de apresentações teatrais, musicais e de filmes,
cineclubes, festivais de vídeo, saraus, slams, canais de booktubers,
redes sociais temáticas (de leitores, de cinéfilos, de música etc.),
dentre outros, tecendo, quando possível, comentários de ordem
estética e afetiva e justificando suas apreciações, escrevendo
comentários e resenhas para jornais, blogs e redes sociais e utilizando
formas de expressão das culturas juvenis, tais como, vlogs e podcasts
culturais (literatura, cinema, teatro, música), playlists comentadas,
fanfics, fanzines, e-zines, fanvídeos, fanclipes, posts em fanpages,
trailer honesto, vídeo-minuto, dentre outras possibilidades de práticas
de apreciação e de manifestação da cultura de fãs.
XVII
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Práticas de Objetos de
Habilidade
Linguagem conhecimento
CAMPO JORNALÍSTICO/MIDIÁTICO
XVIII
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Práticas de Objetos de
Habilidade
Linguagem conhecimento
CAMPO ARTÍSTICO-LITERÁRIO
Produção de textos orais (EF69LP53) Ler em voz alta textos literários diversos – como contos de amor, de humor, de
suspense, de terror; crônicas líricas, humorísticas, críticas; bem como leituras orais capituladas
Oralização (compartilhadas ou não com o professor) de livros de maior extensão, como romances,
narrativas de enigma, narrativas de aventura, literatura infantojuvenil, – contar/recontar histórias
tanto da tradição oral (causos, contos de esperteza, contos de animais, contos de amor, contos
de encantamento, piadas, dentre outros) quanto da tradição literária escrita, expressando a
compreensão e interpretação do texto por meio de uma leitura ou fala expressiva e fluente,
que respeite o ritmo, as pausas, as hesitações, a entonação indicados tanto pela pontuação
quanto por outros recursos gráfico-editoriais, como negritos, itálicos, caixa-alta, ilustrações
Oralidade etc., gravando essa leitura ou esse conto/reconto, seja para análise posterior, seja para
produção de audiobooks de textos literários diversos ou de podcasts de leituras dramáticas
com ou sem efeitos especiais e ler e/ou declamar poemas diversos, tanto de forma livre quanto
de forma fixa (como quadras, sonetos, liras, haicais etc.), empregando os recursos linguísticos,
paralinguísticos e cinésicos necessários aos efeitos de sentido pretendidos, como o ritmo e a
entonação, o emprego de pausas e prolongamentos, o tom e o timbre vocais, bem como
eventuais recursos de gestualidade e pantomima que convenham ao gênero poético e à
situação de compartilhamento em questão.
Recursos linguísticos e (EF69LP54) Analisar os efeitos de sentido decorrentes da interação entre os elementos
semióticos que operam linguísticos e os recursos paralinguísticos e cinésicos, como as variações no ritmo, as
nos textos pertencentes modulações no tom de voz, as pausas, as manipulações do estrato sonoro da linguagem,
aos gêneros literários obtidos por meio da estrofação, das rimas e de figuras de linguagem como as aliterações,
as assonâncias, as onomatopeias, dentre outras, a postura corporal e a gestualidade, na
declamação de poemas, apresentações musicais e teatrais, tanto em gêneros em prosa
Análise linguística quanto nos gêneros poéticos, os efeitos de sentido decorrentes do emprego de figuras de
/ semiótica linguagem, tais como comparação, metáfora, personificação, metonímia, hipérbole,
eufemismo, ironia, paradoxo e antítese e os efeitos de sentido decorrentes do emprego de
palavras e expressões denotativas e conotativas (adjetivos, locuções adjetivas, orações
subordinadas adjetivas etc.), que funcionam como modificadores, percebendo sua função
na caracterização dos espaços, tempos, personagens e ações próprios de cada gênero
narrativo.
XIX
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Anotações
XX
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C4_9o_Ano_Portugues_Tony_2020_PROF.qxp 04/06/2020 15:02 Página 2
Sumário
Autoras:
Inês Achcar
Kelly Alessandra Trindade
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Módulo
5
7 Linguagem e campos de atuação
Talvez uma ou mais designações desses campos de atuação por meio da linguagem pareçam estranhas a vocês. No
entanto, ao responder às questões seguintes, certamente irão reconhecer os momentos e as atividades realizadas desde
o 6.o ano até agora que se relacionaram, mais diretamente, a um desses campos de atuação.
Também irão verificar que esses campos se inter-relacionam e que, para atuar em um, em grande parte das vezes é
necessário saber desempenhar-se em outro(s).
Portanto, irão refletir sobre todos esses aspectos, descobrir que já sabem muita coisa, colocar em prática os saberes
e, assim, ampliar e aprofundar o que vêm estudando desde que iniciaram o Ensino Fundamental.
1. No decorrer dos anos finais do Ensino Fundamental, espera-se que os alunos ampliem as habilidades
que lhes permitam:
• estudar os conteúdos escolares de maneira produtiva;
• pesquisar, em diversas fontes, para aprofundar seus conhecimentos e satisfazer sua curiosidade
sobre assuntos variados com autonomia, sem depender de outros.
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3
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Tais habilidades são características do campo de atuação das práticas de estudo e pesquisa.
Segundo o grupo, que tipos de atividades desenvolvidas do 6.o ao 9.o ano contribuíram mais
diretamente para que vocês aprimorassem as habilidades incluídas nas práticas de estudo e pesquisa?
2. Com relação ao campo jornalístico-midiático, espera-se que os alunos ampliem suas práticas
referentes ao trato com a informação e com a opinião. Isso implica:
• interessar-se pelos fatos da comunidade, da cidade, do país e do mundo que afetam a vida das
pessoas;
• informar-se sobre tais acontecimentos em fontes confiáveis;
• posicionar-se quanto a eles de forma ética e respeitosa.
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4
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Que atividades desenvolvidas do 6.o ao 9.o ano contribuíram mais diretamente para que vocês
ampliassem e tornassem mais qualificada a atuação no campo jornalístico-midiático?
3. No campo de atuação na vida pública, espera-se que os alunos ampliem e qualifiquem sua
participação política e social.
Isso significa:
• reconhecer a importância de envolver-se com questões que afetam a vida de todos e não apenas a
própria existência;
• compreender e admitir que a vida em sociedade implica direitos e deveres estipulados por leis e
normas;
• envolver-se em propostas que visem ao bem coletivo, ao fortalecimento da vivência democrática,
bem como ao respeito aos direitos humanos e à ética.
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4. No campo artístico-literário, espera-se que os alunos intensifiquem seu contato com as manifes-
tações artísticas e produções culturais em geral, e com a arte literária em especial, para fruí-las de maneira
significativa, isto é, para que lhes causem prazer,
emoção, compreensão mais profunda da vida e
espírito crítico mais aguçado, entre outros efeitos
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humanizadores que refinam a sensibilidade de
uma pessoa.
Que atividades desenvolvidas do 6.o ao 9.o ano lhes possibilitaram contato mais próximo com o campo
artístico-literário?
6
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5. Ao responderem às questões anteriores, é provável que vocês tenham tido dúvidas se uma atividade
era mais característica de um campo ou de outro. Essa incerteza era esperada, pois os campos se
relacionam e se complementam. Como atuar adequadamente na vida pública sem se interessar pelos
fatos que ocorrem no local onde moramos ou no mundo? Como propor uma ação para resolver uma
questão social sem realizar uma pesquisa sobre o problema? Como criar um conto cuja ação ocorre no
século XVIII sem ter informações sobre essa época?
Identifiquem algumas atividades realizadas no curso que evidenciam essa inter-relação entre os campos
de atuação.
6. Durante este último bimestre, vocês pesquisarão um tema e, sobre ele, desenvolverão textos
característicos dos quatro campos de atuação.
Na primeira etapa, criarão os textos individualmente, sempre compartilhando informações com o grupo.
Na segunda etapa, o grupo criará uma publicação única, em formato e veículo a serem definidos, para
ser examinada e avaliada pelos demais colegas da turma.
Prestem atenção às instruções do professor para, já na tarefa de casa, iniciarem a pesquisa sobre o tema definido.
A 107 a 109
1. Campo das práticas de estudo e pesquisa DATA: _____/_____/_____
Ingimage/Fotoarena
Como escravos entravam na Justiça e faziam poupança para lutar pela liberdade
Acervo Público do Tribunal de Justiça de São Paulo armazena ações da época
Cena urbana no Rio de Janeiro escravocrata do século 19, pintada por Jean-Baptiste Debret.
Foto: Acervo Espaço Olavo Setúbal/Itaú Cultural.
Em 1883, Rita entrou com uma ação na Justiça da Imperial Cidade de São Paulo contra o Tenente Julio
Nunes Ramalho. Poderia ser mais um processo qualquer, não fosse um fato notável: Rita não era considerada
cidadã pela lei brasileira. Era escrava. Já o Tenente Ramalho era seu proprietário. O objeto do caso era o
interesse de Rita de comprar sua liberdade.
De Rita, a Justiça sabia pouco. Não tinha sobrenome, nem idade certa —"38 anos aproximadamente". As
informações eram apenas que tinha aptidão para o trabalho e era cozinheira, escravizada por Ramalho.
Por não ser livre, Rita não tinha direito a procurar a Justiça diretamente e precisou de um intermediário para
representá-la. Tendo obtido uma doação de 200 mil réis "em moeda corrente deste Império", queria comprar sua
alforria. Pedia, então, que seu proprietário fosse intimado para declarar se aceitava ou não a quantia. Seu representante
conclui o pedido dizendo que o fazia "a rogo da suplicante, que não sabe escrever".
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O Brasil estava mudando. Depois de mais de três séculos, a escravidão se aproximava do fim. Em 1850, havia sido
proibido o tráfico negreiro. Em 1871, foi aprovada a Lei do Ventre Livre, que estabeleceu a liberdade para filhos de
mulheres escravizadas nascidos dali em diante –– como o menino Benedito, a quem Rita deu à luz três anos após a lei.
Além disso, a Lei do Ventre Livre deu às pessoas escravizadas o direito de juntar dinheiro — fosse fruto de doações,
do próprio trabalho ou de economias — e, com ele, comprar sua própria alforria, independentemente da autorização
do seu proprietário.
Essa alteração legal multiplicou nos tribunais as chamadas ações de liberdade. A de Rita é uma delas. Está
armazenada no Acervo Público do Tribunal de Justiça de São Paulo, junto com dezenas de outros processos centenários,
em papel envelhecido e texto manuscrito, movidos por pessoas escravizadas contra seus senhores. Além de São Paulo,
há casos semelhantes em diversos pontos do país.
"A ação de liberdade quebra a autoridade senhorial, porque passa a existir uma forma de se libertar da escravidão
independentemente da vontade do senhor", afirma a historiadora Keila Grinberg, professora da Unirio e da New York
University, e uma das maiores especialistas neste tema no Brasil.
"Isso quebra o mito de que a alforria era apenas uma forma de reconhecimento do senhor (aos seus escravos).
Nada disso! Eles também foram para a Justiça para conquistar sua liberdade", completa Lúcia Helena Silva, professora
da Unesp, que pesquisou as ações de liberdade em Campinas.
Porém, as ações de liberdade não eram um caminho fácil. "Apenas a minoria das pessoas escravizadas conseguia entrar
na justiça. A maioria dos escravos nascia e morria escravo", pondera Grinberg.
Pilha de ações impetradas por pessoas escravizadas no final do século 19, parte do Acervo do
Tribunal de Justiça de São Paulo. Foto: Amanda Rossi/BBC Brasil.
Negociação na justiça
Junto ao pedido de Rita, foi anexado um atestado médico: "Atesto que a preta Rita sofre de anemia e de artrite
crônica, moléstias que por muitas vezes a inabilitam para qualquer trabalho". A informação tinha um objetivo
estratégico. "Normalmente, o escravo usava a estratégia de se desvalorizar", explica Lúcia Helena Silva.
"Já o senhor fazia tudo o que era possível para dizer que seu escravo valia muito". No caso de Rita, o Tenente
Ramalho respondeu à intimação dizendo que não aceitava os 200 mil réis oferecidos. "Considero ser de maior valor a
minha escrava. Há três meses, a comprei pela quantia de 800 mil réis".
Quando não havia concordância sobre o valor da liberdade, como no caso entre Rita e Ramalho, não era o fim do
processo. Cabia ao Estado fazer a arbitragem do preço, que as duas partes seriam obrigadas a aceitar. Para isso, o
primeiro passo era a pessoa escravizada ser mandada para uma avaliação.
"Depois de haverem examinado a dita escrava Rita, tendo em consideração a idade, saúde e profissão da mesma,
(os avaliadores) apresentam os seguintes laudos: Salvador avaliava-a em 500 mil réis. Fernando em 320 mil réis. Em
consequência da divergência havida, foi aceito o laudo de 320 mil réis".
O resultado da avaliação foi uma vitória para Rita. O valor estava mais próximo dos 200 mil réis que ela tinha
proposto do que dos 800 mil réis pedidos por seu senhor. Por intermédio de seu representante livre, Rita apresentou à
Justiça os 120 mil réis que estavam faltando e requereu "que lhe fosse passada a carta de liberdade".
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Depois de três meses na Justiça, Rita, que nasceu submetida à escravidão no Brasil, se tornou finalmente uma
mulher livre.
Capa da ação de liberdade da escrava Rita contra o Tenente Ramalho. Foto: Amanda Rossi/BBC
Brasil.
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Além de processos de compra de alforria, houve no Brasil diversas ações de liberdade baseadas na ilegalidade da
escravidão. Em 1883, por exemplo, Antonio — também sem sobrenome — entrou na Justiça de São Paulo
argumentando que sua matrícula de escravo informava ser ele africano e ter 51 anos.
Logo, Antonio teria nascido na África em 1832. Porém, uma lei brasileira de 1831 declarou que era livre todo o
escravo vindo de fora do Império do Brasil a partir daquela data. Foi a primeira legislação a tentar coibir o tráfico de
pessoas escravizadas para o Brasil. Desta forma, como Antonio nasceu depois da lei, ele havia sido trazido para o país
de forma ilegal. Por consequência, sua escravidão também era ilegal.
Seu proprietário tentou contra-argumentar. Afirmou que a matrícula do escravo estava errada e que, na verdade,
ele tinha nascido cinco anos antes da lei. Em termos práticos, isso faria com que Antonio não tivesse direito à liberdade.
Por outro lado, essa linha de argumentação implicaria o reconhecimento de que um menino de cerca de 5 anos tivesse
sido transportado nos navios negreiros e vendido ainda criança no Brasil.
Mas a argumentação do dono de Antonio não foi bem-sucedida. O juiz do caso concedeu a carta de liberdade ao
"africano". Mas sob a condição estabelecida pelo proprietário: de que o agora ex-escravo prestasse serviços por mais
quatro anos para seu antigo senhor e sua esposa. Assim, Antonio ficaria livre apenas em 1887 — um ano antes da Lei
Áurea ser sancionada pela Princesa Isabel, decretando oficialmente o fim da escravidão no Brasil.
"Esses juízes e tribunais não eram abolicionistas. Tomavam a decisão baseados naquele caso específico. Ninguém
ali estava defendendo o fim da escravidão", diz Grinberg.
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Caderneta de poupança de Judas, escravo, com 24 mil réis. Foto: Acervo da Caixa Econômica Federal.
A caderneta de poupança número 43 da Caixa Econômica de São Paulo, datada de 1875, pertencia a Judas, escravo
de Manuel de Andrade. O formulário do banco trazia a palavra "senhor" antes do nome do depositário. Mas, no caso
de Judas, a palavra foi riscada. Afinal, sua condição de pessoa escravizada impedia que fosse tratado por "senhor". Por
isso também, Judas não tinha sobrenome reconhecido.
Judas tinha 54 anos, era hortelão, morava em São Paulo, era casado e não sabia ler e escrever. Naquele ano, tinha
juntado na poupança 24 mil réis. Muito distante dos preços praticados pela liberdade naquela época.
"Pelos valores depositados nas poupanças, a gente vê que era muito difícil comprar alforria com base nesse dinheiro.
Mas existe, sim, uma relação entre poupanças e compra de alforria, embora seja pouco", fala Grinberg.
"De toda forma, era algo significativo, porque mostra outras formas de resistência à escravidão. Os escravos
conseguiam brechas para entrar no sistema financeiro e juntar dinheiro, apesar de tudo que era imposto a eles",
considera o historiador Thiago Alvarenga, professor da Universidade Federal Fluminense, um dos responsáveis por
resgatar o arquivo de cadernetas de poupança do século 19 da Caixa Econômica.
Na sua pesquisa, Alvarenga encontrou um caso intrigante: um homem escravizado que tinha uma poupança de
4 contos de réis, valor que seria mais que suficiente para comprar sua liberdade. "Pode ser que estivesse juntando
dinheiro para libertar várias pessoas da sua família", considera o historiador.
Já outras cadernetas de poupança da Caixa mostram a saída de dinheiro para comprar a alforria. Um dos casos é
o de Margarida Luíza, escrava de Joaquim José Madeira, cuja conta foi encerrada três anos depois de criada, retirando
os 353 mil réis acumulados para obter sua liberdade.
Embora a historiografia já tenha desvendado muito sobre as diferentes formas de resistência das pessoas feitas
escravas no Brasil, ainda há perguntas sem respostas e espaço para novas pesquisas.
"O que não falta é documento da escravidão. Eles estão espalhados pelo Brasil em cartórios, igrejas, tribunais,
bancos, e precisam ser salvos, literalmente. E isso se faz com política pública. São arquivos importantíssimos! Sem eles,
a gente perde a chance de conhecer melhor nossa história", afirma Keila Grinberg.
Notas
Alforria: liberdade que se concede aos escravos.
BBC: A British Broadcasting Corporation – BBC é uma emissora pública de rádio e televisão do Reino Unido, fundada
em 1922. A BBC Brasil, com matérias em português, teve início em março de 1938.
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1. Ao ler essa matéria jornalística com atenção, você teve acesso a várias informações sobre os escravos
africanos no Brasil do século XIX. Responda aos itens seguintes para ter um resumo dessas informações.
1.1. Antes da Lei Áurea, sancionada pela Princesa Isabel em 1888, decretando oficialmente o fim da
escravidão no Brasil, o escravo africano era considerado cidadão pelas leis brasileiras, isto é, uma pessoa
que, além de deveres, tem direitos? Mencione um episódio relatado no texto que justifique sua resposta.
O escravo não era considerado cidadão. No relato do episódio de Rita se afirma que, por ela ser escrava, não tinha direito a procurar a
1.2. Em 1883, quando Rita entrou na Justiça para comprar sua liberdade, o Brasil caminhava para o fim
oficial da escravidão. Já haviam sido aprovadas leis que estipulavam alguns limites ao comércio de
escravos. Em 1850, uma lei proibiu o tráfico negreiro que era realizado no Oceano Atlântico em direção
ao Brasil. Em 1871, foi aprovada a Lei do Ventre Livre. O que essa lei estabelecia e como Rita (da mesma
forma que outros tantos escravos) se valeu dela para tentar comprar sua liberdade?
A Lei do Ventre Livre estabeleceu a liberdade para filhos de mulheres escravizadas nascidos dali em diante. Além disso, deu aos escravos
o direito de juntar dinheiro e, com ele, comprar sua própria alforria, independentemente da autorização do seu proprietário, o que deve ter
1.3. Por que se afirma, no texto, que é um mito a declaração de que a alforria era apenas uma forma
de reconhecimento do senhor aos seus escravos, ou seja, que o senhor concedia a eles a liberdade?
Porque os documentos analisados revelam que escravos entraram na Justiça para comprar sua liberdade – não o fariam se o senhor,
1.4. Por que o escravo usava normalmente a estratégia de se desvalorizar ao requerer sua alforria?
Para que o preço de sua liberdade não fosse alto, uma vez que, ao depreciar-se, indicava não apresentar as condições ideais para o trabalho,
1.5. Quando o senhor e seu escravo não chegavam a um acordo sobre o valor a ser pago pela liberdade,
como se procedia?
Cabia ao Estado determinar o preço. Para isso, o escravo era mandado para uma avaliação.
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1.6. Por que escravos que viviam nas cidades eram mais propensos a comprar sua alforria do que os da
zona rural?
Porque, ao viverem nas cidades, tinham mais acesso à informação, apoio de redes de solidariedade, formadas por escravos libertos,
contato com ideias e movimentos abolicionistas e mais facilidade para ganhar dinheiro com a realização de pequenos
serviços remunerados.
Essas informações que você obteve ao analisar o texto com atenção só se converterão em conhecimento se elas
contribuírem para fortalecer ou mudar sua maneira de pensar e proceder. Por exemplo, se você passou a ter algumas
informações novas sobre a escravidão no Brasil, elas se converterão em conhecimentos se o ajudarem a entender melhor
as condições de vida da maioria da população negra brasileira; se servirem para desfazer preconceitos; se o inspirarem
a tomar posição contra as injustiças sociais; se lhe derem mais condições de entender as razões alegadas pelos grupos
que defendem a existência de cotas para o ingresso de negros nas faculdades.
Se não servirem a nenhum fim, provavelmente não terão nenhuma importância na sua vida e serão esquecidas, como
tudo o que se julga conhecer sem que modifique nossa forma de ver e atuar.
2. Respondendo às questões seguintes, você irá refletir sobre o que lhe permitiu ter acesso às
informações.
2.1. Esse é um texto didático, típico dos materiais escolares, ou jornalístico? Onde foi publicado? Para
compreendê-lo é preciso ser um historiador?
É um texto jornalístico. Foi publicado no site da BBC Brasil, uma emissora de rádio e televisão. É dirigido aos leitores do veículo, pessoas
2.2. No texto, são mencionadas, entre aspas, declarações de quatro pessoas. O que justifica a
apresentação dessas declarações?
São pessoas especialistas no assunto: historiadores consultados por terem notório conhecimento na área e realizarem pesquisas sobre a
escravidão no Brasil.
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2.3. Que tipos de documentos foram analisados para pesquisar a situação dos escravos no Brasil no
século XIX?
As ações de liberdade impetradas por escravos do Acervo Público do Tribunal de Justiça de São Paulo e cadernetas de poupança da Caixa
Econômica.
2.4. Dê exemplos de outros materiais que também poderiam ser analisados para pesquisar outros
aspectos da vida dos escravos. Que informações poderiam ser depreendidas desses materiais?
O aluno pode mencionar moradia, vestimentas, comidas de influência africana, músicas, danças, contos, notícias e anúncios dos jornais da
2.5. Quais são as características principais da linguagem empregada nesse texto? (É predominantemente
objetiva ou se usam muitos termos com sentido figurado? O texto é lógico ou subverte a lógica? Foram
observadas as regras da língua-padrão?) Por que teria sido adotada linguagem com essas características?
A linguagem é predominantemente objetiva, o texto é lógico e foram observadas as regras da língua-padrão. Justifica-se a adoção de
linguagem com essas características por tratar-se de um texto informativo, que não comporta ambiguidade, para ser publicado em um
veículo de comunicação.
3. Agora você vai descobrir ou confirmar alguns aspectos relacionados à situação dos escravos na
sociedade escravocrata brasileira do século XIX.
Examine atentamente a sequência de anúncios copiados a seguir, retirados de uma mesma página do
jornal A Província de São Paulo (hoje denominado O Estado de S. Paulo).
3.2. Pelas leis atuais, a compra e a venda de pessoas são permitidas? Você já ouviu alguma denúncia
sobre compra e venda de pessoas que ocorram na atualidade?
Pelas leis atuais, a compra e a venda de pessoas não são permitidas. Talvez seja de conhecimento dos alunos que esse ato criminoso ainda
acontece nos dias atuais, segundo notícias divulgadas pela mídia: por exemplo, se sequestram e vendem bebês e se aliciam jovens mulheres
com a promessa de uma vida mais bem-sucedida no exterior, onde são vendidas para agentes ligados a atividades de prostituição.
3.3. Hoje, no Brasil, o trabalho infantil é proibido. Em algum dos anúncios se menciona a oferta de
trabalho de menor de idade? O que permite chegar a essa conclusão?
No terceiro anúncio se menciona um moleque, ou seja, menino novo, garoto de pouca idade.
3.4. Quem vende ou aluga alguma coisa procura exaltar as qualidades do seu produto. Que qualidades
estão sendo exaltadas nos escravos?
Em todos os anúncios são mencionadas as aptidões profissionais; no terceiro anúncio, exalta-se também a beleza do moleque e, no último,
a boa conduta.
3.5. Em um dos anúncios, se menciona um atributo físico do escravo. Por que esse atributo seria
valorizado para o tipo de trabalho ao qual o escravo foi oferecido?
Você observa se, atualmente, ainda se contratam profissionais para realizarem determinados trabalhos
tendo como um dos critérios a aparência da pessoa? Em sua opinião, a aparência tem relação direta
com a capacidade de uma pessoa realizar um trabalho?
O terceiro anúncio faz menção a “um lindo moleque que serve para copeiro”. A beleza, provavelmente, foi valorizada pelo fato de uma das
atribuições do copeiro ser servir à mesa. Pode-se concluir que a aparência agradável seria tida como um atributo importante a um
escravo cuja função implicava contato direto com os brancos, em especial quando faziam suas refeições.
Atualmente, algumas vezes de forma declarada, em anúncios para contratação ou, de maneira não declarada, em entrevistas de seleção de
determinados profissionais, a aparência é um critério levado em conta. Dessa maneira, excluem-se pessoas cujos atributos físicos e mesmo
faixa etária não correspondem aos padrões vigentes, ainda que apresentem outros requisitos que, de fato, concorrem para a realização de
um bom trabalho. Pode-se considerar esse tipo de critério como mais um fator que marginaliza pessoas por razões que independem de sua
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3.6. Entre os anúncios analisados anteriormente, há outro que não se refere a aluguel ou venda de
escravos. De que trata esse anúncio? Por que está na mesma seção dos anúncios relativos aos escravos?
O anúncio trata da venda de cachorros. Está na mesma seção dos anúncios relativos aos escravos porque, na época, as pessoas escravizadas
No Portal Objetivo
Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTAL OBJETIVO
(www.objetivo.br) e, em “localizar”, digite PORT9F401.
Mas não são apenas os materiais didáticos, o professor e os colegas os agentes que promovem aprendizagem. Tanto
na escola como fora dela, há outras formas de aprender e inúmeros textos que podem ampliar nossos saberes.
Reflita sobre algumas formas alternativas de aprendizado que você já experimentou neste curso, usando os textos
mais variados: já leu artigos de divulgação científica, de opinião, reportagens, relatos; assistiu a apresentações orais, a
vídeos informativos, a documentários, a debates; participou de debates; analisou infográficos, mapas e quadros com
resumo de informações; preparou apresentações orais; criou textos informativos e de opinião e produziu reportagens e
documentário.
Em geral, nos textos mencionados prevalece a linguagem utilitária, objetiva, clara, que não dá margem a
ambiguidades e obedece às regras da norma-padrão. Esse tipo de linguagem é requerido para que haja compreensão
da mensagem, já que o mais importante é o conteúdo que transmite e não a maneira como é organizada, como ocorre
nos textos literários.
Em algumas ocasiões, você aprendeu por investigação própria, sem consultar nenhuma fonte. Por exemplo, se
estudou com este material no 6.o ano, ao analisar propagandas e fotos antigas, descobriu vários aspectos sobre o modo
de vida de gerações passadas, como fizeram os historiadores ao analisarem as ações movidas pelos escravos e suas
cadernetas de poupança; se examinou atentamente os anúncios sobre escravos, ao realizar a atividade anterior, também
descobriu ou confirmou aspectos da escravidão no Brasil. Ou seja, não se aprende ou se faz pesquisa apenas com base
no que estudiosos da área concluíram, mas também aprendendo a observar e a formular hipóteses.
Texto expositivo
Você deverá redigir um texto expositivo sobre o tema pesquisado. Esse texto servirá de base para
compor o trabalho final do seu grupo, a ser conhecido e apreciado pelos demais colegas da turma.
Sua redação deverá apresentar informações que permitam ao leitor inteirar-se do assunto: entender o
tema e a sua importância. Por tratar-se de um texto expositivo, evite expressar sua opinião: apenas mencione
informações e, se for o caso, pontos de vista divergentes sobre o assunto, sem declarar sua posição.
Examine o quadro seguinte para recordar as características principais de um texto expositivo.
Texto expositivo
Finalidade: informar, discorrer sobre um tema de maneira lógica, articulada e objetiva.
1. Planejamento
Baseie-se nas informações que você e o grupo reuniram ao pesquisar o tema. Sempre que necessário,
utilize as anotações com registros das informações.
1.2. Em itens, indique as informações que serão apresentadas no desenvolvimento do texto, na ordem
em que serão abordadas.
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1.4. Se julgar necessário, selecione uma ou mais ilustrações para composição final do texto.
2. Redação
Redija o texto baseando-se no planejamento.
Lembre-se de colocar citações entre aspas e indicar a fonte.
No final do trabalho, redija as referências (indicação de fontes como livros, revistas, sites, vídeos
consultados), conforme visto no bimestre anterior.
3. Avaliação
Releia seu texto com atenção, considerando os itens de revisão indicados a seguir. Se necessário,
consulte o dicionário ou peça apoio ao professor. Faça as alterações necessárias.
3.2. Conteúdo
• apresentação das principais informações sobre o tema;
• apresentação de detalhes relevantes;
• citação entre aspas, com menção da fonte;
• referências (indicação de fontes como livros, revistas, sites, vídeos consultados).
Ao concluir o item anterior,
você já pode realizar em casa a
tarefa 58 “Crase”.
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A 112 e 113
2. Campo jornalístico-midiático DATA: _____/_____/_____
Para a realização da atividade, os grupos devem examinar pelo menos três jornais recentes diferentes (preferencial-
mente da mesma data), na versão em papel ou digital.
Ingimage/Fotoarena
No caso de serem usadas versões
impressas, há a possibilidade de:
• cada aluno trazer de casa um jornal
de sua escolha ou indicado pelo
professor, para garantir a diversi-
dade;
• o professor providenciar exemplares
e distribuir a cada grupo pelo menos
três jornais diferentes.
educação, cultura etc. Podem conter suplementos dedicados a informática, literatura, arte, turismo, agricultura, entre outros.
Jornais de circulação restrita e destinados a clientelas específicas (como jornais de bairro, de organismos privados, de colônias estrangeiras
radicadas no Brasil) podem veicular, além dos assuntos apresentados nos jornais de grande tiragem, outros de interesse específico dos
3. Observem as manchetes de pelo menos dois jornais publicados no mesmo dia. Elas se referem aos
mesmos acontecimentos ou a acontecimentos diferentes? Por que isso teria ocorrido?
Se, no dia anterior, ocorreram fatos muito marcantes, é provável que, nos diferentes jornais, as manchetes ou a maioria delas coincidam.
Se ocorreram fatos pouco marcantes, cada publicação pode enfatizar aquele que interessa mais a seus leitores, tenha relação mais estreita
com o tipo de conteúdo apresentado no veículo ou cuja divulgação seja de interesse dos seus editores.
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4. Se houver duas manchetes, em diferentes jornais, que se referem ao mesmo fato, comparem as
duas. Uma é mais neutra do que a outra? Uma sugere uma avaliação mais positiva ou negativa do fato
do que a outra? Alguma pode ter o efeito de alarmar ou amedrontar mais os leitores do que a outra?
Justifiquem as respostas.
5. Leiam pelo menos duas notícias sobre o mesmo acontecimento, publicadas em dois jornais
diferentes. Nessas notícias são apresentados fatos? Em caso afirmativo, esses fatos são recentes ou
ocorreram há tempos?
Sim, a matéria-prima da notícia são os fatos. Nela, são relatados acontecimentos recentes. Jornais diários, geralmente, relatam aqueles
ocorridos no dia anterior. A referência a fatos passados tem por finalidade fornecer um histórico sobre os antecedentes do fato recente que
motivou a notícia.
6. Comparem as duas notícias sobre o mesmo acontecimento. Que diferenças relacionadas a detalhes
sobre o fato noticiado e sobre sua interpretação vocês identificam?
7. Nas notícias, são empregados termos da gíria ou expressões populares da linguagem falada? Em
geral, a linguagem jornalística segue a norma culta ou reproduz a linguagem falada?
Não são empregados termos da gíria ou expressões populares. Em geral, a linguagem jornalística segue a norma culta.
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8. O redator da notícia usa formas pessoais como “Perguntei ao presidente”, “Informou-nos o assessor
de imprensa”, “Parece-me que” etc.? Transmite suas sensações e sentimentos, usa termos com forte
carga denotativa ou adjetivos que encerram avaliação subjetiva, como “belo”, “bom”, “inteligente”,
“genial” etc.? Vocês imaginam que isso acontece por quê?
O redator da notícia não usa formas pessoais nem transmite suas sensações e sentimentos de maneira declarada. Usa uma linguagem
impessoal, uma vez que a função principal da notícia é informar sobre fatos com objetividade. Mesmo quando os interpreta, não
explicita sua opinião, embora sua posição possa ser identificada pelo leitor mais atento e experiente ao examinar os detalhes mencionados
Sensações e sentimentos do redator podem ser expressos abertamente em outros gêneros, como, por exemplo, nas crônicas publicadas
nos jornais.
9. Verifiquem se algum dos jornais traz o editorial. Qual a diferença entre a notícia e o editorial? Nessas
matérias, aparece o nome do autor?
A notícia se atém aos fatos e o editorial apresenta opiniões sobre fatos noticiados. Não se costuma, nem na notícia nem no editorial (que
10. O fato abordado no editorial foi tratado em alguma outra matéria do jornal? Por que razão esse
fato teria sido abordado no editorial?
Em geral, em um editorial se analisa e se opina sobre algum fato que tem grande repercussão e importância para a comunidade, o país ou
o mundo.
11. Localizem, nos jornais examinados, pelo menos um artigo de opinião. Quais são as ideias defendidas
nesse artigo? O texto é assinado, isto é, se indica o nome do autor?
Em geral, os artigos de opinião são assinados.
12. Verifiquem se, em outro jornal, há algum artigo de opinião sobre o mesmo assunto. Em caso
afirmativo, as opiniões coincidem? Se não coincidem, quais são as divergências?
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13. Localizem nos jornais uma charge. A que assunto se refere? Nessa charge, qual a opinião implícita
sobre o assunto?
14. Observem a extensão das frases e dos parágrafos das matérias publicadas nos jornais. Pode-se dizer
que, de maneira geral, as frases e os parágrafos do jornal são curtos ou longos? Vocês imaginam que
isso acontece por quê?
As frases e os parágrafos em geral são curtos para facilitar a leitura, apresentando ao leitor uma versão rápida dos fatos.
15. A maioria das frases está em ordem direta ou em ordem inversa? Vocês imaginam que isso acontece
por quê?
A maioria das frases está na ordem direta, mais familiar ao leitor, para tornar a leitura mais rápida e fácil.
Campo jornalístico-midiático
O interesse pelos fatos que acontecem na sua comunidade, na sua cidade, no país e no mundo e as habilidades
para ter acesso a eles e interpretá-los com espírito crítico permitem que você amplie seus saberes, desenvolva autonomia
e se posicione sobre assuntos que afetam a vida das pessoas.
Apenas ater-se aos materiais didáticos e ao que se estuda na escola não é suficiente para alguém ter uma bagagem
cultural necessária para acompanhar o ritmo de acontecimentos que se sucedem em grande velocidade no mundo atual.
Não estar a par do que ocorre na realidade impede o cidadão de reivindicar seus direitos e posicionar-se a respeito de
questões sociais importantes.
São vários os gêneros que lidam com a informação e opinião, veiculados no papel, na televisão, no rádio e na
internet: a notícia, o editorial, o artigo de opinião, a charge, a reportagem, a carta do leitor, o comentário e a resenha
crítica, apenas para mencionar os mais tradicionais. No mundo virtual, esses gêneros mais comuns, graças às novas
possibilidades tecnológicas, reaparecem sob o formato multimídia: por exemplo, o que antes era imagem estática ou
texto escrito passa a envolver som e movimento (como a charge virtual ou o vlog noticioso, constituído de vídeos). O
mundo digital também permite maior interatividade: por exemplo, o leitor pode escrever seus comentários sobre um
texto lido e, em alguns casos, complementá-lo.
Sobretudo no mundo digital, sempre estão surgindo novidades, que você certamente não terá dificuldades para
acompanhar conhecendo os gêneros mais tradicionais, sabendo selecionar informação confiável e tendo critérios para
analisar a qualidade da argumentação desenvolvida em um texto. Todas essas habilidades foram foco de muitas das
atividades do estudo da língua e, certamente, serão aprofundadas em outros cursos e nas suas incursões constantes no
campo jornalístico-midiático.
Artigo de opinião
Você deverá redigir um artigo de opinião sobre o tema pesquisado. Esse texto irá compor o trabalho
final do seu grupo.
Examine o quadro seguinte para recordar as características principais de um artigo de opinião.
Artigo de opinião
Finalidade: expressar opinião sobre algum assunto, defendendo uma tese a respeito.
Características principais: pode ser mais formal (escrito em terceira pessoa) ou informal (escrito em primeira pessoa),
dependendo do leitor; observa as regras da língua-padrão; costuma ser um texto assinado.
1. Planejamento
Para formular sua opinião e apresentar argumentos, baseie-se nas informações que você e o grupo
reuniram ao pesquisar o tema. Sempre que necessário, utilize as anotações com registros das
informações.
1.2. Em itens, indique os argumentos que irá apresentar para defender sua tese.
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1.3. Se julgar necessário, selecione uma ou mais ilustrações para composição final do texto.
2. Redação
Redija o texto baseando-se no planejamento.
Lembre-se de colocar citações entre aspas e indicar a fonte.
No final do trabalho, redija as referências (indicação de fontes como livros, revistas, sites, vídeos
consultados), conforme visto no bimestre anterior.
3. Avaliação
Releia seu texto com atenção, considerando os itens de revisão indicados a seguir. Se necessário,
consulte o dicionário ou peça apoio ao professor. Faça as alterações necessárias.
3.2. Conteúdo
• desenvolvimento de argumentos que apresentam relação lógica com a tese;
• citação entre aspas, com menção da fonte;
• referências (indicação de fontes como livros, revistas, sites, vídeos consultados).
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A 116 e 117
3. Campo de atuação na vida pública DATA: _____/_____/_____
Ingimage/Fotoarena
proposta ou apenas durante a sua
realização, uma vez que requer
que os alunos examinem os
artigos atentamente para
responder às perguntas. É
provável que a leitura com um
objetivo definido – descobrir se
cada uma das situações está de
acordo ou em desacordo com a
Declaração – constitua estímulo
para a interpretação mais detida e
aprofundada do texto e, em
consequência, compreensão das
implicações do documento na
vida em sociedade.
Sempre que necessário, faça
perguntas e dê explicações
adicionais que facilitem o
entendimento dos artigos da
Declaração.
Direitos humanos
Artigo 1.
Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e devem
agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade.
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Artigo 2.
1. Todo ser humano tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidos nesta Declaração, sem distinção
de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, idioma, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou
social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição.
2. Não será também feita nenhuma distinção fundada na condição política, jurídica ou internacional do país ou território
a que pertença uma pessoa, quer se trate de um território independente, sob tutela, sem governo próprio, quer sujeito
a qualquer outra limitação de soberania.
Artigo 3.
Todo ser humano tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.
Artigo 4.
Ninguém será mantido em escravidão ou servidão; a escravidão e o tráfico de escravos serão proibidos em todas as
suas formas.
Artigo 5.
Ninguém será submetido à tortura nem a tratamento ou castigo cruel, desumano ou degradante.
Artigo 6.
Todo ser humano tem o direito de ser, em todos os lugares, reconhecido como pessoa perante a lei.
Artigo 7.
Todos são iguais perante a lei e têm direito, sem qualquer distinção, a igual proteção da lei. Todos têm direito a igual
proteção contra qualquer discriminação que viole a presente Declaração e contra qualquer incitamento a tal
discriminação.
Artigo 8.
Todo ser humano tem direito a receber dos tribunais nacionais competentes remédio efetivo para os atos que violem
os direitos fundamentais que lhe sejam reconhecidos pela constituição ou pela lei.
Artigo 9.
Ninguém será arbitrariamente preso, detido ou exilado.
Artigo 10.
Todo ser humano tem direito, em plena igualdade, a uma audiência justa e pública por parte de um tribunal
independente e imparcial, para decidir sobre seus direitos e deveres ou o fundamento de qualquer acusação criminal
contra ele.
Artigo 11.
1. Todo ser humano acusado de um ato delituoso tem o direito de ser presumido inocente até que a sua culpabilidade
tenha sido provada de acordo com a lei, em julgamento público no qual lhe tenham sido asseguradas todas as garantias
necessárias à sua defesa.
2. Ninguém poderá ser culpado por qualquer ação ou omissão que, no momento, não constituíam delito perante o
direito nacional ou internacional. Também não será imposta pena mais forte do que aquela que, no momento da
prática, era aplicável ao ato delituoso.
Artigo 12.
Ninguém será sujeito a interferências em sua vida privada, em sua família, em seu lar ou em sua correspondência, nem
a ataques à sua honra e reputação. Todo ser humano tem direito à proteção da lei contra tais interferências ou ataques.
Artigo 13.
1. Todo ser humano tem direito à liberdade de locomoção e residência dentro das fronteiras de cada Estado.
2. Todo ser humano tem o direito de deixar qualquer país, inclusive o próprio, e a este regressar.
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Artigo 14.
1. Toda pessoa, vítima de perseguição, tem o direito de procurar e de gozar asilo em outros países.
2. Este direito não pode ser invocado em caso de perseguição legitimamente motivada por crimes de direito comum
ou por atos contrários aos objetivos e princípios das Nações Unidas.
Artigo 15.
1. Todo ser humano tem direito a uma nacionalidade.
2. Ninguém será arbitrariamente privado de sua nacionalidade, nem do direito de mudar de nacionalidade.
Artigo 16.
1. Os homens e mulheres de maior idade, sem qualquer restrição de raça, nacionalidade ou religião, têm o direito de
contrair matrimônio e fundar uma família. Gozam de iguais direitos em relação ao casamento, sua duração e sua
dissolução.
2. O casamento não será válido senão com o livre e pleno consentimento dos nubentes.
3. A família é o núcleo natural e fundamental da sociedade e tem direito à proteção da sociedade e do Estado.
Artigo 17.
1. Todo ser humano tem direito à propriedade, só ou em sociedade com outros.
2. Ninguém será arbitrariamente privado de sua propriedade.
Artigo 18.
Todo ser humano tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; este direito inclui a liberdade de mudar
de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela
observância, isolada ou coletivamente, em público ou em particular.
Artigo 19.
Todo ser humano tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem interferência,
ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e ideias por quaisquer meios e independentemente de
fronteiras.
Artigo 20.
1. Todo ser humano tem direito à liberdade de reunião e associação pacífica.
2. Ninguém pode ser obrigado a fazer parte de uma associação.
Artigo 21.
1. Todo ser humano tem o direito de tomar parte no governo de seu país diretamente ou por intermédio de
representantes livremente escolhidos.
2. Todo ser humano tem igual direito de acesso ao serviço público do seu país.
3. A vontade do povo será a base da autoridade do governo; esta vontade será expressa em eleições periódicas e
legítimas, por sufrágio universal, por voto secreto ou processo equivalente que assegure a liberdade de voto.
Artigo 22.
Todo ser humano, como membro da sociedade, tem direito à segurança social e à realização, pelo esforço nacional,
pela cooperação internacional e de acordo com a organização e recursos de cada Estado, dos direitos econômicos,
sociais e culturais indispensáveis à sua dignidade e ao livre desenvolvimento da sua personalidade.
Artigo 23.
1. Todo ser humano tem direito ao trabalho, à livre escolha de emprego, a condições justas e favoráveis de trabalho e
à proteção contra o desemprego.
2. Todo ser humano, sem qualquer distinção, tem direito a igual remuneração por igual trabalho.
3. Todo ser humano que trabalhe tem direito a uma remuneração justa e satisfatória, que lhe assegure, assim como à
sua família, uma existência compatível com a dignidade humana, e a que se acrescentarão, se necessário, outros meios
de proteção social.
4. Todo ser humano tem direito a organizar sindicatos e neles ingressar para proteção de seus interesses.
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Artigo 24.
Todo ser humano tem direito a repouso e lazer, inclusive à limitação razoável das horas de trabalho e férias
periódicas remuneradas.
Artigo 25.
1. Todo ser humano tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e a sua família saúde e bem-estar,
inclusive alimentação, vestuário, habitação, cuidados médicos e os serviços sociais indispensáveis, e direito à
segurança em caso de desemprego, doença, invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de perda dos meios de
subsistência fora de seu controle.
2. A maternidade e a infância têm direito a cuidados e assistência especiais. Todas as crianças nascidas dentro ou
fora do matrimônio gozarão da mesma proteção social.
Artigo 26.
1. Todo ser humano tem direito à instrução. A instrução será gratuita, pelo menos nos graus elementares e
fundamentais. A instrução elementar será obrigatória. A instrução técnico-profissional será acessível a todos, bem
como a instrução superior, esta baseada no mérito.
2. A instrução será orientada no sentido do pleno desenvolvimento da personalidade humana e do fortalecimento
do respeito pelos direitos humanos e pelas liberdades fundamentais. A instrução promoverá a compreensão, a
tolerância e a amizade entre todas as nações e grupos raciais ou religiosos, e coadjuvará as atividades das Nações
Unidas em prol da manutenção da paz.
3. Os pais têm prioridade de direito na escolha do gênero de instrução que será ministrada a seus filhos.
Artigo 27.
1. Todo ser humano tem o direito de participar livremente da vida cultural da comunidade, de fruir as artes e de
participar do processo científico e de seus benefícios.
2. Todo ser humano tem direito à proteção dos interesses morais e materiais decorrentes de qualquer produção
científica, literária ou artística da qual seja autor.
Artigo 28.
Todo ser humano tem direito a uma ordem social e internacional em que os direitos e liberdades estabelecidos na
presente Declaração possam ser plenamente realizados.
Artigo 29.
1. Todo ser humano tem deveres para com a comunidade, em que o livre e pleno desenvolvimento de sua
personalidade é possível.
2. No exercício de seus direitos e liberdades, todo ser humano estará sujeito apenas às limitações determinadas pela
lei, exclusivamente com o fim de assegurar o devido reconhecimento e respeito dos direitos e liberdades de outrem
e de satisfazer as justas exigências da moral, da ordem pública e do bem-estar de uma sociedade democrática.
3. Esses direitos e liberdades não podem, em hipótese alguma, ser exercidos contrariamente aos propósitos e
princípios das Nações Unidas.
Artigo 30.
Nenhuma disposição da presente Declaração pode ser interpretada como o reconhecimento a qualquer Estado,
grupo ou pessoa, do direito de exercer qualquer atividade ou praticar qualquer ato destinado à destruição de
quaisquer dos direitos e liberdades aqui estabelecidos.
29
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TÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
I - a soberania;
II - a cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre-iniciativa;
V - o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de
representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
O parágrafo único do artigo primeiro da nossa Constituição está de acordo ou em desacordo com o que
é estabelecido na Declaração Universal dos Direitos Humanos? Justifiquem a resposta indicando o(s)
artigo(s) da Declaração que está(ão) sendo observado(s) ou contrariado(s).
O parágrafo do artigo primeiro da Constituição está de acordo com o artigo 21 da Declaração dos Direitos Humanos, pois estabelece a
Nas questões de 2 a 5, leiam cada texto e respondam: a situação relatada está de acordo ou em
desacordo com algum direito estabelecido pela Declaração Universal dos Direitos Humanos? Justifiquem
a resposta indicando o(s) artigo(s) da Declaração que está(ão) sendo observado(s) ou contrariado(s).
2.
Um terço da população das Américas não tem acesso à saúde, afirma OPAS
05/04/2018
Às vésperas do Dia Mundial da Saúde, a diretora da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Carissa F. Etienne,
e a ex-presidente do Chile, Michelle Bachelet, pediram na quarta-feira (4) soluções coletivas que permitam a todas as
pessoas, em todos os lugares, acessarem os serviços de saúde dos quais necessitam.
Na região das Américas, um terço da população enfrenta obstáculos para acessar a saúde. “A saúde é um direito
e, por isso, devemos superar as barreiras que impedem o acesso ao atendimento”, afirmou Etienne, pedindo a eliminação
do pagamento direto que muitas pessoas precisam fazer no ponto de entrada dos serviços de saúde. Esse pagamento,
segundo ela, “constitui a principal barreira e leva famílias à pobreza”.
(Disponível em: https://nacoesunidas.org/secao/direitos-humanos/. Acesso em: 11 abr. 2018.)
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A situação relatada fere o artigo 25, que declara que “todo ser humano tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e a sua
família saúde e bem-estar” – segundo o texto, um terço da população das Américas enfrenta obstáculos, por não possuir renda suficiente
3.
O filósofo Friedrich Nietzsche disse que “sem música a vida não faria sentido”. Foi pensando assim que, há 14 anos,
a maestrina Rejane Pacheco criou o Instituto Reciclando Sons. O objetivo era simples e nobre: levar música clássica às
crianças pobres de uma das regiões com maior índice de criminalidade do Distrito Federal, a Cidade Estrutural.
No início, com estrutura mínima, eram atendidos 22 filhos de catadores, que formavam um coral. Atualmente, o
Instituto capacita 110 crianças, adolescentes e jovens, que têm a oportunidade de se profissionalizar musicalmente.
Além das aulas de canto, o projeto também oferece aulas de viola, violino, violoncelo e teoria musical.
Ao terminar a capacitação, o aluno tem a oportunidade de se tornar músico profissional, com registro na Ordem
dos Músicos do Brasil (OMB), podendo também lecionar. Lucas Jhoshuah, de 16 anos, entrou no Instituto aos 9 anos e
agora já é monitor de violino e cuida também de toda a logística de instrumentos. “Hoje eu tenho uma profissão, sou
músico”, ressalta.
Há um semestre no Reciclando Sons, Mateus Santos, 19 anos, entrou no projeto para aprender viola, canto e teoria
musical. “Sempre fui apaixonado por música, mas o acesso à música clássica, para mim, era difícil”, conta. “No futuro,
você pode ter uma carreira”, destaca a aluna Zaiine Vitória, 12 anos, acerca das oportunidades que o Instituto pode oferecer.
A oferta de aulas de música a crianças e adolescentes de uma comunidade carente atende ao artigo 27, pois reconhece o direito de todo
4.
Em dezembro, o setor de moda foi surpreendido por uma denúncia do Ministério do Trabalho. Após quase um ano
e meio sem relatos, foi revelado um novo flagrante de suposto trabalho análogo à escravidão numa pequena indústria.
Dez imigrantes bolivianos foram encontrados em três oficinas de costura clandestinas na Grande São Paulo. O ambiente,
desorganizado e sujo, com pouca segurança, servia também de residência. Havia fios elétricos próximos a tecidos
facilmente inflamáveis. Alguns trabalhadores calçavam sandálias de dedo enquanto manuseavam máquinas de costura
com partes móveis sem proteção. As jornadas de trabalho, segundo o Ministério do Trabalho, se aproximavam de 70
horas semanais.
Se tais condições reportadas pelos fiscais — inaceitáveis numa economia moderna — chegam ao ponto de
caracterizar escravidão, a Justiça ainda precisa definir. Mas o trabalho degradante está mais do que qualificado.
(Naiara Bertão. Disponível em: https://exame.abril.com.br/revista-exame/chega-de-risco/. Acesso em: 11 abr. 2018.)
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A situação relatada fere diretamente o artigo 23, que declara que “todo ser humano tem direito a condições justas e favoráveis de trabalho”:
o número de horas trabalhadas e as situações inseguras descritos no texto se caracterizam como condições extremamente desfavoráveis.
No caso de a Justiça definir que as condições reportadas caracterizam escravidão, como se menciona no texto, estaria sendo ferido o
artigo 4, que declara que ninguém pode ser submetido à escravidão e servidão.
20/06/2015
O aumento no número de linchamentos tem tornado a prática um componente da realidade social brasileira,
refletida pelo descrédito da população na polícia e no Judiciário e inflamada por setores da imprensa; especialistas
alertam que a naturalização desse tipo de comportamento pode trazer um risco real à sociedade.
O caso recente de linchamento ocorrido no Maranhão atraiu as atenções do país. Acusado de tentar assaltar um
bar na companhia de um adolescente, Cledenilson Pereira da Silva, de 29 anos, foi amarrado a um poste e agredido
com socos, chutes, pedradas e garrafadas até a morte. A cena do jovem nu, ensanguentado e já sem vida, com o
tronco e pescoço presos por cordas, foi amplamente divulgada nas redes sociais e levantou o debate sobre os riscos
desse tipo de justiçamento para a sociedade.
Segundo especialistas, o espancamento – e, por vezes, assassinato – de suspeitos de crimes pela população pode
abrir precedente para o enfraquecimento do Estado democrático, uma vez que não dá chances de defesa à vítima, que
é sumariamente acusada, julgada e condenada, mesmo sem provas. Dessa forma, a probabilidade de ataque a inocentes
é bastante significativa.
Foi o que aconteceu no ano passado, em outro caso emblemático, quando a dona de casa Fabiane Maria de Jesus,
de 33 anos, morreu ao ser espancada por um grupo de mais de cem pessoas em Guarujá, no litoral paulista. Ela foi
confundida com uma mulher que supostamente sequestrava crianças. Porém, não houve registros oficiais de sequestros
como esse na região e nem qualquer ocorrência contra Fabiane.
O fato de ser apenas boato não impediu que ela fosse brutalmente ferida, tendo sofrido traumatismo craniano por
conta das agressões. Ela era casada e deixou duas filhas, uma de 13 anos e outra de apenas 1 ano.
Os casos relatados de justiçamento, ou seja, de fazer justiça com as próprias mãos, ferem frontalmente o artigo 10, que proclama o direito
a todos de “uma audiência justa e pública por parte de um tribunal independente e imparcial” em casos de acusação criminal, e o
artigo 11, que declara a presunção de inocência até que a culpa seja provada de acordo com a lei.
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Ingimage/Fotoarena
Exercer a cidadania, isto é, ter acesso a seus direitos e cumprir seus deveres, requer que você não se limite a pensar
na própria vida, ou seja, apenas no que tem ou no que deseja.
Em uma sociedade, a vida do indivíduo, seu grau de satisfação e segurança dependem do funcionamento de todo o
conjunto: o que acontece com um grupo interfere, de alguma maneira, na vida de outros. Ainda que tenhamos recursos
financeiros, as consequências da miséria de alguma maneira se refletem em nossa vida. Mesmo que não pertençamos a
um grupo-alvo de preconceitos, a atitude preconceituosa nos condena a viver numa sociedade pouco esclarecida e
arbitrária, o que nos causa insegurança, pois poderemos ser as próximas vítimas, uma vez que as visões estereotipadas se
formam sem base em conhecimentos, são fruto de opiniões ou sentimentos concebidos sem exame crítico.
Para exercer a cidadania e atuar na vida pública, é preciso que você se interesse genuinamente pelas questões que
dizem respeito à sociedade, busque informações sobre elas, as analise com senso crítico, reflita sobre alternativas que
possam melhorar não apenas sua vida como a de toda uma comunidade e, sempre que possível, dê sua contribuição,
envolvendo-se em propostas que tenham como finalidade o bem comum.
Durante o curso, em inúmeros momentos você foi solicitado a atuar na vida pública, a partir das suas possibilidades
atuais de ação. Por exemplo, você se engajou em questões da vida social – que dizem respeito desde a seu grupo mais
próximo como a outros, possivelmente mais distantes da sua realidade –, principalmente ao propor regras de
funcionamento da equipe; ao sugerir atividades a serem desenvolvidas na aula; ao criar uma campanha educativa visando
melhorar a interação das pessoas na escola; ao estudar o Estatuto da Criança e do Adolescente e o Código do
Consumidor e analisar situações tendo como referência esses documentos legais; ao analisar criticamente os recursos
usados pela propaganda; ao refletir sobre a atenção dispensada pela sociedade aos portadores de deficiências e ao
examinar um problema da sua cidade e criar proposta de solução.
Para desenvolver essas habilidades que lhe permitem atuar política e socialmente, você estudou diversos gêneros
textuais, entre eles: os textos legais e normativos, a notícia, a reportagem, o artigo de opinião, o documentário, a carta
de solicitação ou reclamação, a carta do leitor ou do consumidor, a apresentação oral, o debate e a propaganda.
Como você pode constatar, atuar no campo da vida pública requer domínio de habilidades e gêneros textuais de
outros campos, pois é preciso ter conhecimentos (campo de estudo e pesquisa), estar informado e formar opinião (campo
jornalístico-midiático) e, como verá adiante, desenvolver a sensibilidade, combustível necessário para se envolver com
causas que conferem sentido à convivência social (campo artístico-literário).
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1. Planejamento
Complete o quadro para ter um plano detalhado, com definição de tudo o que irá abordar no
seu texto.
Objetivo
Justificativa
Ações propostas
Responsabilidades
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2. Produção
3. Avaliação
Releia seu texto com atenção, considerando os itens de revisão indicados a seguir. Se necessário,
consulte o dicionário ou peça apoio ao professor. Faça as alterações necessárias.
3.2. Conteúdo
• desenvolvimento de argumentos que apresentam relação lógica com a proposta e o(s) aspecto(s)
insatisfatório(s) detectado(s);
• citação entre aspas, com menção da fonte;
• referências (indicação de fontes como livros, revistas, sites, vídeos consultados).
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A 120 a 122
4. Campo artístico-literário DATA: _____/_____/_____
Ingimage/Fotoarena
3 – Vide orientações didáticas (página VII).
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Texto 1
(João Cabral de Melo Neto. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.)
Notas
De pia: refere-se à pia batismal, onde se realiza o batismo; no texto, significa “de batismo”.
Sesmaria: terra abandonada, sem plantação.
1.1. No poema, o nome Severino individualiza o retirante que se apresenta ou sugere que ele representa
o típico sertanejo nordestino? Por quê?
O nome Severino, por ser muito usado no Nordeste, representa o típico sertanejo dessa região. No texto, é empregado como um substantivo
1.2. O poema, escrito em 1954-1955, nos informa sobre costumes do Nordeste. Ao apresentar-se, o
retirante relata como se dá, com frequência, a escolha dos nomes próprios no Sertão nordestino. Quem
os sertanejos geralmente homenageavam ao escolher o nome dos filhos? Atualmente, essas continuam
sendo as principais influências para a escolha de nomes nessa região?
Na época em que o poema foi escrito, homenageava-se o santo padroeiro ou alguém influente da terra. Com a difusão nacional dos
programas televisivos, da internet e dos meios de comunicação em geral, nomes de artistas e de outras figuras públicas famosas costumam
1.3. Na apresentação, o retirante faz referência a alguns problemas típicos do Nordeste. Um deles é o
problema da terra. Como ele caracteriza a terra do Sertão nordestino e o que essa caracterização sugere?
Caracteriza a terra como “serra magra e ossuda”, “terra sempre mais extinta”, “cinza”. A caracterização sugere que a terra não é fértil,
39
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1.4. Como o retirante caracteriza fisicamente o sertanejo nordestino? O que essa caracterização sugere
sobre a saúde desse sertanejo?
Caracteriza o sertanejo nordestino como uma pessoa de “cabeça grande que a custo é que se equilibra”, “ventre crescido”, “pernas finas”,
sangue com pouca tinta. A caracterização sugere uma pessoa débil, com problemas de saúde.
1.5. O retirante enumera algumas das principais causas de morte na sua região de origem. Cite-as.
O retirante enumera: “velhice antes dos trinta”, “emboscada antes dos vinte”, “fome um pouco por dia”, fraqueza e doença em qualquer
1.6. Dois dos fatores considerados para avaliar o desenvolvimento social de uma região são a expectativa
de vida de seus habitantes, isto é, a idade média que as pessoas vivem, e a porcentagem de crianças
nascidas mortas. Pelo relato do retirante, o que podemos concluir a respeito do desenvolvimento social
do Sertão nordestino da época? Você tem informações sobre as condições de vida atuais nessa região?
Em caso afirmativo, que informações tem?
Tendo em vista esses dois fatores, concluímos que o desenvolvimento social da época era precário. No decorrer dos anos, houve uma
melhora, mas alguns estados do Nordeste brasileiro ainda apresentam expectativa de vida menor e taxa de mortalidade infantil maior do
1.7. O retirante comunica que irá emigrar. Uma pessoa, que vive em um local com as condições que ele
relatou, o que buscará em outras terras?
Uma vida menos sacrificada: terra boa para plantar, garantia de alimentação e trabalho.
1.8. No poema, há um jogo entre o substantivo Severino e o adjetivo severino(a). No texto, o que significa
o adjetivo severina, o que é morte e vida severina?
O adjetivo severina qualifica a morte e a vida do sertanejo nordestino (Severino): morte e vida penosas, sacrificadas, árduas.
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Texto 2
Após cruzar o Sertão, castigado pela seca, o retirante chega à Zona da Mata. Aí a terra é mais fértil, a vegetação
verde enche-o de esperança. Pensa ter deixado a morte para trás e finalmente ter encontrado a vida. Mas veja o que
ele presencia.
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(João Cabral de Melo Neto. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.)
Notas
Eito: limpeza de uma plantação com o uso de enxadas; aqui significa, em geral, trabalho de plantação de roça.
Latifúndio: propriedade rural, característica de países subdesenvolvidos, de monocultura e com terras incultas,
exploradas por um só proprietário, que utiliza mão de obra não especializada, mediante salário muito baixo.
Ancho: amplo, largo; no texto, “estarás mais ancho” significa “terás mais espaço”.
Aforar: tomar (no caso, uma terra) por aforamento, isto é, cedida por contrato, mediante pagamento anual.
Trabalhar a meias: plantar em terreno alheio, repartindo os resultados com o dono das terras.
Fato: terno, conjunto de calça e paletó.
2.1. Podemos dizer que o retirante finalmente encontra a vida? Por quê?
Não, defronta-se mais uma vez com a morte ao assistir a um enterro.
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2.2. Apesar de encontrar uma terra melhor, mais fértil, o retirante, ouvindo a fala dos amigos do morto,
descobre os problemas daquela região. Como é o sistema de trabalho a que está submetido o lavrador
desse lugar? Pelas notícias que nos chegam através do jornal e da televisão, podemos concluir que esse
problema ainda persiste no Brasil?
O lavrador era mal remunerado, trabalhava em latifúndios, a meias, não possuindo terra própria. Hoje, o país ainda convive com o problema
2.3. Observe que a linguagem usada no poema é muito concreta. Usam-se imagens para transmitir
ideias. Por exemplo, cova transmite a ideia de
a) vida.
b) morte.
c) trabalho.
d) emigração.
b
2.5. Devemos supor que os lavradores realmente acreditam que a terra que servirá de cova é mesmo
dada? Por quê?
Não. A expressão foi usada com ironia, pois o texto mostra a consciência do lavrador a respeito da exploração a que é submetido e do seu
“Desse chão és bem conhecido / (vive com tua mulher, teus filhos).”
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2.7. O que sugerem as imagens “bebeu teu suor vendido”, “bebeu o moço antigo”, “bebeu tua força
de marido”?
As imagens sugerem que a exploração do trabalho do lavrador custou-lhe o vigor, a saúde, a mocidade, a vida.
2.8. As falas dos amigos do morto comparam, com ironia, a vida que levam à morte. Indique algumas
afirmações do texto que sugerem que a vida de um sertanejo é repleta de privações.
Sugerem as privações da vida de um sertanejo afirmações como: “estarás mais ancho que estavas no mundo”, “porém mais que
no mundo te sentirás largo”, “terás enfim tua roça”, “livre do sol e da chuva, criando tuas saúvas”, “agora trabalharás só para ti”,
“além de senhor, serás homem de eito e trator”, “trabalhando nessa terra, tu sozinho tudo empreitas”, “trabalharás
Texto 3
Morte e vida severina
Chegando ao Recife, o retirante descobre que as facilidades da cidade não estão exatamente disponíveis para todos.
Aí, imigrantes como ele levam vida sub-humana, sacrificada. Ao conversar com um morador de um local miserável da
cidade, desesperançado, ele, que vinha em busca da vida, chega a pensar na morte. Mas assiste a um fato promissor:
ao nascimento de um menino.
— De sua formosura
já venho dizer:
é um menino magro,
de muito peso não é,
mas tem o peso de homem,
de obra de ventre de mulher.
— De sua formosura
deixai-me que diga
é uma criança pálida,
é uma criança franzina,
mas tem a marca de homem,
marca de humana oficina.
— Sua formosura
deixai-me que cante:
é um menino guenzo
como todos os desses mangues,
mas a máquina de homem
já bate nele, incessante.
— Sua formosura
eis aqui descrita:
é uma criança pequena,
enclenque e setemesinha,
mas as mãos que criam coisas
nas suas já se adivinha.
— De sua formosura
deixai-me que diga:
é belo como o coqueiro
que vence a areia marinha.
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— De sua formosura
deixai-me que diga:
belo como o avelós
contra o Agreste de cinza.
— De sua formosura
deixai-me que diga:
belo como a palmatória
na caatinga sem saliva.
— De sua formosura
deixai-me que diga:
é tão belo como um sim
numa sala negativa.
O carpina fala com o retirante que esteve fora, sem tomar parte em nada
— Severino, retirante,
deixe agora que lhe diga:
eu não sei bem a resposta
da pergunta que fazia,
se não vale mais saltar
fora da ponte e da vida;
nem conheço essa resposta,
se quer mesmo que lhe diga;
é difícil defender,
só com palavras, a vida,
ainda mais quando ela é
esta que vê, severina;
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Notas
Guenzo: franzino, magro.
Enclenque: enfraquecido, doente.
Setemesinha: criança nascida de sete meses.
Avelós: planta florífera de origem africana, cultivada no Nordeste brasileiro.
Agreste: zona do Nordeste, entre a Mata e o Sertão, caracterizada pelo solo pedregoso e pela vegetação escassa e de
pequeno porte.
Palmatória: espécie de cacto.
Caatinga: tipo de vegetação característico do Nordeste brasileiro, formado por pequenas árvores, comumente espinhosas,
que perdem as folhas no curso da longa estação seca (entre elas ocorrem numerosas plantas suculentas, sobretudo cactos).
Soca: a segunda produção de cana, depois de cortada a primeira.
No Portal Objetivo
Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTAL OBJETIVO
(www.objetivo.br) e, em “localizar”, digite PORT9F402.
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C4_9o_Ano_Portugues_Tony_2019_PROF.qxp 11/06/2019 09:24 Página 47
3.2. Complete as frases abaixo, comparando a beleza do nascimento, da vida nova com elementos da
sua realidade.
a) Belo como ___________________________________________________________________ porque
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
b) Belo como ___________________________________________________________________ porque
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
Ingimage/Fotoarena
você entrou em contato com as manifestações artísticas e produções
culturais em geral e com a arte literária em particular. Você ouviu, leu e
interpretou textos literários de diferentes gêneros (poemas, contos, crônicas,
memórias, textos dramáticos etc.), de estilos diversos, de autores
contemporâneos e de outras épocas, brasileiros e de outros países. Também
foi encorajado a produzir textos, a experimentar e praticar a arte das
palavras:
• utilizando a linguagem literária, ao valorizar a palavra em todos os seus
elementos – significados, ritmos e imagens;
• construindo figuras de linguagem;
• subvertendo a lógica, sempre que isso correspondeu à sua necessidade
de expressão de sensações, sentimentos e emoções.
Que importância pode ter essa experiência artística-literária em sua vida? Para refletir sobre isso, nada melhor do
que conhecer o ponto de vista de um escritor, o peruano Mario Vargas Llosa, expresso em seu discurso em Estocolmo,
ao receber o Prêmio Nobel de Literatura em 2010:
(...) graças à literatura, às consciências que formou, aos desejos e às ânsias que inspirou, ao desencanto com o real que
nos acomete ao regressarmos de uma viagem a uma bela fantasia, a civilização é agora menos cruel do que quando os
contadores de histórias começaram a humanizar a vida com suas fábulas. Seríamos piores do que somos sem os bons
livros que lemos, mais conformistas, menos inquietos e rebeldes, e o espírito crítico, motor do progresso, sequer existiria.
(...)
Sem a ficção seríamos menos conscientes da importância da liberdade para que a vida seja digna de ser vivida e do inferno
em que se converte quando violada por um tirano, uma ideologia ou uma religião. Aqueles que duvidam que a literatura,
além de nos submergir ao sonho da beleza e da felicidade, nos alerta contra toda forma de opressão, pergunte-se por
que todos os regimes, empenhados em controlar o comportamento dos cidadãos do berço à sepultura, a temem tanto
que estabelecem sistemas de censura para reprimi-la e vigiam com tanta desconfiança os escritores independentes. Agem
assim porque conhecem o risco que correm deixando a imaginação fluir através dos livros e quão insurgentes se tornam
as ficções quando o leitor confronta a liberdade que nelas é possível e que nelas se exerce com o obscurantismo e o medo
que se espreitam no mundo real. Queiram ou não, saibam disto ou não, os fabuladores, ao inventar histórias, propagam
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a insatisfação, mostrando que o mundo está mal feito, que a vida de fantasia é mais rica do que a rotina cotidiana. Essa
comprovação, quando se enraíza na sensibilidade e na consciência, torna os cidadãos mais difíceis de manipular, de aceitar
as mentiras daqueles que querem lhes fazer crer que, entre grades, inquisidores e carcereiros vivem mais seguros e melhor.
A boa literatura constrói pontes entre povos distintos, e, fazendo-nos desfrutar, sofrer ou surpreender, nos une mais além
das crenças, dos idiomas, usos, costumes e preconceitos que nos separam.
(Disponível em: <https://www.nobelprize.org/nobel_prizes/literature/laureates/2010/vargas_llosa-lecture_sp.html>.
Acesso em: 13 jul. 2016. Tradução: Inês Achcar.)
Mario Vargas Llosa fala da boa literatura, aquela que nem sempre é fácil de ler num primeiro contato. Mas vale a
pena insistir, pois pode, passadas as dificuldades iniciais, nos provocar muito prazer, aguçar nossa sensibilidade e mostrar
pontos de vista originais que nos proporcionam um olhar mais interessante para a vida – é o que procura demonstrar o
historiador Leandro Karnal ao comparar a leitura de um texto superficial, fácil, com a de um clássico, que perdura no
tempo por sua qualidade literária:
Exatamente porque são densos e, por vezes, até “arrogantes”, os clássicos representam uma jornada que muda o
leitor-peregrino. Ler detidamente o Hamlet citado de Shakespeare ou o D. Quixote de Cervantes produz uma mudança
permanente, mais do que o arranhão leve e passageiro da frase de twitter. A frase de celular, o desenho animado e o
meme divertido constituem jujubas vermelhas, doces e agradáveis. Um segundo e pluft! Foi-se o sabor e a experiência.
Cervantes pede que você sente, coloque o guardanapo sobre o colo, respire fundo, abra em silêncio as páginas e
comece um banquete demorado, semanas no mínimo, meses provavelmente. Há entradas, pratos principais, bebidas
harmonizadas, lavanda para os dedos, convidados que vão se sentando: Dulcineia, Sancho e até o relincho sagaz de
Rocinante. O gênio espanhol vai servindo lentamente e, por vezes, pede que você experimente o mesmo prato e releia,
até ter aprendido a degustar todas as sutilezas apresentadas.
Se o leitor-comensal se permitiu, terminará satisfeito, mais bem alimentado, transformado por dentro. Trata-se de uma
experiência única. Ele poderá continuar com jujubas vermelhas, pequenos drops que necessitem da sua atenção, mas
terá um outro olhar. A leitura de grandes obras torna-o melhor, apto a novas altitudes, com fôlego de alpinista profissional
e que vislumbrará de forma original para o mundo onde todos repetem as mesmas ideias no banho-maria eterno
do cotidiano.
Abra o volume das tragédias de Shakespeare com a peça Romeu e Julieta. Você começa trancando na fala inicial. O cara
conta o fim logo no começo! Sim, porque a aventura não é saber o que ocorre no último capítulo, porém como tudo será
narrado. Depois uma briga entre empregados, um gesto bizarro com o polegar. Imediatamente você já pensará: polegar
entre os dentes é agressivo? Hoje seria o dedo médio em riste! Pronto, primeiro passo no campo da relatividade dos gestos
e atitudes. Você acaba de sair da zona de conforto. Depois o amor de Romeu por outra mulher. Espere aí? O modelo de
paixão, o jovem Montecchio estava com outra antes de Julieta? Sim! Por fim a festa, o acaso, o amor à primeira vista, os
versos da paixão que envolvem amor, santos, peregrinos e catedrais. Chegamos à cena do balcão. Que namorada ainda
seria seduzida pelo discurso do apaixonado de Verona? Estamos na parte inicial e o leitor já questionou gestualidade,
amor, expandiu imaginação e criou a capacidade de se projetar em outras personagens. O clássico está fazendo efeito.
Faltam ainda duelos, casamento secreto, venenos, um príncipe que luta pela ordem, uma cena atrapalhada com um frade
e um final intenso.
Comecei com uma obra mais “fácil”. Há muitas, em variados graus. O benefício maior da leitura é interno. Há bônus
secundários: em uma seleção de emprego, na conversa entre amigos, na disputa por um rapaz ou uma moça, quase todos
estarão dizendo a mesma coisa. Vantagem evolutiva: o leitor de clássicos terá outro ponto de vista. E os outros? Tuitarão
apenas: “não deu, kkkkk!” O mundo do futuro é o da inteligência. (...)
(Disponível em: <http://cultura.estadao.com.br/noticias/geral,a-decisao-de-ler,70002089444>.
Acesso em: 28 fev. 2018.)
Texto literário
Você já pesquisou sobre um assunto e, sobre ele, desenvolveu um texto expositivo, um artigo de
opinião e uma proposta de ação. Agora deverá criar um texto literário sobre esse mesmo assunto.
Seu texto pode ser redigido em verso ou em prosa. Pode ser um poema, um breve conto, uma
crônica, um relato de memórias ou outro gênero que lhe permita expressar-se em linguagem literária.
Portanto, além de prestar atenção ao conteúdo da mensagem, você deverá ater-se à maneira de
organizá-la, ou seja, aos sons e significados das palavras, à sonoridade das frases, às imagens que seu
texto evoca no leitor, às sensações e emoções que pode despertar nele.
1. Planejamento
1.1. Qual será, em resumo, o conteúdo do seu texto?
2. Redação
Redija o texto baseando-se no planejamento.
Caso tenha decidido pelo uso de ilustração, insira-a no texto, na posição que julgar adequada para
complementar o conteúdo da mensagem e atrair a atenção do leitor.
3. Avaliação
Releia seu texto com atenção, certificando-se de que explorou os recursos da linguagem literária
para transmitir sua mensagem, tais como:
• os significados das palavras, denotativos e conotativos;
• o som das palavras;
• a linguagem figurada.
Se necessário, peça apoio ao professor. Faça as alterações que julgar necessárias para aprimorar seu texto.
Ao concluir o item anterior,
você já pode realizar em casa a
tarefa 64 “Revisão de textos (II)”.
49
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5
8 Vocês com a palavra
Publicação do grupo
Ingimage/Fotoarena
51
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No final das apresentações, relatem a cada grupo o aspecto que consideraram positivo no trabalho
realizado pela equipe.
52
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Pesquisa de conteúdo
Ingimage/Fotoarena
Até quase o final do século passado, para realizar um
trabalho escolar ou pesquisar um assunto de interesse, se
consultava material impresso.
Geralmente era necessário ir a uma biblioteca para ter
acesso a várias fontes, como livros, revistas, vídeos
informativos e documentários.
Ingimage/Fotoarena
Com o advento da internet, a pesquisa, de um lado, ficou
mais prática e rápida e, de outro, mais perigosa, mais sujeita
a falhas. Isso porque, ao ampliar o acesso à informação e
permitir que todos possam publicar qualquer coisa sem passar,
necessariamente, pelo crivo de especialistas, também
aumentou, e de maneira preocupante, a quantidade de
conteúdo impreciso, preconceituoso e plagiado de outros
autores, apenas para mencionar alguns dos problemas que
podem invalidar todo um trabalho de pesquisa, contribuindo
para disseminar informação incorreta.
53
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Durante o curso, você vem sendo orientado a respeito de cuidados que deve ter ao navegar na internet, sobretudo
para buscar informação, interagir com pessoas, publicar conteúdo e realizar compras.
Ao ler este texto com atenção, irá recordar alguns cuidados que já foram mencionados e examinará algumas novas
recomendações que lhe permitirão aprimorar suas estratégias de pesquisa para obtenção de conteúdo relevante e
confiável.
Recomendações
54
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Ingimage/Fotoarena
55
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O professor deve ter indicado um tema para pesquisa. Sua tarefa de hoje consiste em buscar fontes,
tanto na internet como fora dela (em livros, revistas, enciclopédias, manuais, entrevistas com especialistas
no assunto etc.).
Você ainda não irá consultar as fontes selecionadas, apenas irá listá-las (endereços de sites, títulos
de obras, nomes de pessoas a serem entrevistadas) e avaliar se apresentam alta probabilidade de serem
confiáveis.
Mostre a lista a seu grupo e mencione as razões por que considerou cada fonte provavelmente
confiável ou não confiável. Considere, nas suas justificativas, as orientações recebidas durante o curso
e as recomendações do texto anterior.
Avaliação
Fonte Justificativa
(confiável / não confiável)
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TAREFA 56 Pesquisa
Ingimage/Fotoarena
Você deverá pesquisar sobre o tema que será estudado pelo grupo neste bimestre.
Você já selecionou fontes e avaliou cada uma como confiável ou não confiável. Evidentemente, irá
pesquisar em duas ou mais fontes tidas como confiáveis. Com base nas informações dessas fontes, irá
redigir, na aula, um texto expositivo.
Para ter as informações à mão e já selecionadas, você pode:
• destacar, no próprio texto pesquisado, as ideias principais e os detalhes que julgar relevantes para
apresentar no seu próprio texto;
• anotar, em uma folha, as informações que lhe pareceram mais interessantes;
• separar ilustrações que julgar elucidativas para compreensão do tema.
Na aula, irá resumir aos colegas de grupo as descobertas feitas ou fornecer-lhes os textos com
destaques ou os resumos para que também possam utilizá-los na produção dos próprios textos.
57
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Anotações
58
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TAREFA 57 Ortografia
Ingimage/Fotoarena
1. Quando necessário, corrija a frase. Você pode consultar os quadros de acentuação e de uso de
palavras e expressões apresentados em anexo, no final do caderno.
Se, mesmo consultando os quadros, restarem dúvidas, anote-as para pedir explicações adicionais ao
professor.
a) Pessoas que se dedicam a falar mau de outras gastariam melhor seu tempo discutindo idéias.
Pessoas que se dedicam a falar mal de outras gastariam melhor seu tempo discutindo ideias.
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k) Quis saber o por que de mudarem os parametros para comparação das obras.
Quis saber o porquê de mudarem os parâmetros para comparação das obras.
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É importante que o aluno crie o hábito de consulta ao dicionário, pois, em inúmeras ocasiões, terá de fazê-lo para certificar-se da grafia ou
descobrir o significado de uma palavra. Os significados das palavras que aparecem entre parênteses não foram fornecidos intencionalmente
para que o aluno procure lembrar-se de contextos em que já as viu e, caso tenha dúvidas, tome a iniciativa de consultar o dicionário.
3. Para completar as frases, use uma das palavras entre parênteses. Se não souber a diferença entre
elas, consulte um dicionário.
a) Hoje não houve ________________________ na Assembleia Legislativa. (seção, cessão, sessão) sessão
b) Procure esse utensílio na _____________________ de eletrodomésticos. (seção, cessão, sessão) seção
c) Nessa ______________________ do livro, o autor ainda não havia revelado a identidade do criminoso.
(seção, cessão, sessão) seção
d) Neste cinema, na _____________________ da tarde, são exibidos dois filmes. (seção, cessão, sessão) sessão
e) Conseguiram a ________________ dos direitos de publicação do poema . (seção, cessão, sessão) cessão
f) Nasceu nos Estados Unidos e pretende ____________________ para o Brasil. (emigrar, imigrar) emigrar
g) As costureiras querem _____________________ as roupas que irão usar na festa. (coser, cozer) coser
h) Os cozinheiros irão ____________________ todas as iguarias a serem servidas no banquete. (coser,
cozer) cozer
i) É preciso _____________________ a lareira para esquentar este ambiente. (acender, ascender) acender
j) Para _____________________ profissionalmente e conseguir um aumento salarial, ele estudava
continuamente. (acender, ascender) ascender
Anotações
61
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62
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TAREFA 58 Crase
A+A=À
Corrija a indicação de crase nas frases seguintes. No final do caderno, há um quadro anexo com as
regras sobre crase, consulte-o sempre que necessário.
Se, mesmo consultando o quadro, restarem dúvidas, anote-as para pedir explicações adicionais ao
professor.
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15. Quando chegou à Londres, estranhou o frio; ao chegar à pousada, já estava habituado com o clima.
Quando chegou a Londres, estranhou o frio; ao chegar à pousada, já estava habituado com o clima.
Anotações
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TAREFA 59 Concordância
1. É necessário cautela.
Correta.
3. É proibido a preguiça.
É proibida a preguiça. (Ou: É proibido preguiça.)
7. Faz séculos que esse grupo é alvo de preconceito sem que exista razões para isso.
Faz séculos que esse grupo é alvo de preconceito sem que existam razões para isso.
8. Sem que houvesse justificativas plausíveis, usava-se ferramentas cortantes para realizar qualquer
tarefa.
Sem que houvesse justificativas plausíveis, usavam-se ferramentas cortantes para realizar qualquer tarefa.
9. Hoje são trinta de abril, ou seja, já fazem quatro meses que o ano teve início.
Hoje são trinta de abril, ou seja, já faz quatro meses que o ano teve início.
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10. A multidão revoltaram-se e a gente não pôde impedir que se recusasse a colaborar.
A multidão revoltou-se e a gente não pôde impedir que se recusasse a colaborar.
11. É preocupante, nos feriados, os acidentes que ocorre nas estradas brasileiras sem que hajam medidas
eficazes para preveni-los.
São preocupantes, nos feriados, os acidentes que ocorrem nas estradas brasileiras sem que haja medidas eficazes para preveni-los.
13. A maioria dos presentes não deu sua opinião quando solicitada; agora, uma parte significativa
reconhece que não participou como deveria.
Correta.
15. Daqui à praça é menos de um quilômetro; já da entrada da cidade até minha casa são bem mais do
que um quilômetro.
Daqui à praça é menos de um quilômetro; já da entrada da cidade até minha casa é bem mais do que um quilômetro.
18. Do total de compradores, 10% reclamou do produto e 1% pediu reembolso do valor pago.
Do total de compradores, 10% reclamaram do produto e 1% pediu reembolso do valor pago.
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1. Quando necessário, corrija as frases seguintes considerando as regras de uso da vírgula e do ponto
e vírgula. Anote as dúvidas que não forem resolvidas pela consulta aos quadros para receber explicações
do professor.
a) Estudei e, soube empregar a vírgula corretamente.
Estudei e soube empregar a vírgula corretamente.
d) Os dias durante todos os meses da primavera foram frios cinzentos e chuvosos portanto sem dúvida
ficaremos aliviados com a chegada do verão.
Os dias, durante todos os meses da primavera, foram frios, cinzentos e chuvosos; portanto, sem dúvida, ficaremos aliviados com a chegada
do verão.
e) Se eles tiverem consideração por você farão o que lhes pede se vocês forem pacientes constatarão
que o que falo é correto.
Se eles tiverem consideração por você, farão o que lhes pede; se vocês forem pacientes, constatarão que o que falo é correto.
f) Venha aqui menina pois precisamos da sua ajuda o Pedro seu irmão não sabe resolver a questão
sozinho.
Venha aqui, menina, pois precisamos da sua ajuda; o Pedro, seu irmão, não sabe resolver a questão sozinho.
g) Limpou a casa arrumou os armários e saiu a passeio mas se esqueceu de trancar a porta.
Limpou a casa, arrumou os armários e saiu a passeio, mas se esqueceu de trancar a porta.
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i) Para formular uma resposta é preciso pesquisar sobre o assunto responderei pois mais tarde.
Para formular uma resposta, é preciso pesquisar sobre o assunto; responderei, pois, mais tarde.
k) Frequentemente comprava, livros, aplicativos informativos, e jogos de tabuleiro, no entanto não lia,
não usava o computador e, não jogava.
Frequentemente, comprava livros, aplicativos informativos e jogos de tabuleiro, no entanto, não lia, não usava o computador e não jogava.
l) Joana e Luísa, viajaram à Europa no ano passado, como era a primeira vez que iam ao exterior
estudaram, inglês para poderem se comunicar.
Joana e Luísa viajaram à Europa no ano passado; como era a primeira vez que iam ao exterior, estudaram inglês para poderem se comunicar.
m) Uns dançavam tímida e vagarosamente na chuva outros cantavam atrevida e freneticamente no sol.
Uns dançavam, tímida e vagarosamente, na chuva; outros cantavam, atrevida e freneticamente, no sol.
n) Muitas vezes foi elogiada: interessava-se, desde pequena, por música, iniciou, cedo, as aulas de piano,
passou, logo, a se apresentar em público e, por fim, foi contratada para participar, de um musical.
Muitas vezes foi elogiada: interessava-se, desde pequena, por música; iniciou, cedo, as aulas de piano; passou, logo, a se apresentar em
o) Gosto de caminhar mas ela não por essa razão quando viajamos juntos nos separamos, por algumas
horas.
Gosto de caminhar, mas ela, não; por essa razão, quando viajamos juntos, nos separamos por algumas horas.
2. Leia o texto da campanha publicitária da Associação Brasileira de Imprensa, lançada por ocasião dos
seus 100 anos de existência.
A vírgula
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E vilões.
Esse, juiz, é corrupto.
Esse juiz é corrupto.
ABI –100 anos lutando para que ninguém mude uma vírgula da sua informação.
Examine atentamente os pares de frases que exemplificam como uma vírgula pode alterar o sentido da
mensagem. Indique qual frase em que
a) se pede uma pausa;
“Não, espere.”
b) se indica que alguém aceitou algo por imposição e não por vontade própria;
“Aceito obrigado.”
c) se sugere que uma pessoa é herói, ou seja, consegue fazer o que outros não são capazes;
“Isso só ele resolve.”
Anotações
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Leia o texto com muita atenção, examine sua estrutura, pois, na próxima atividade de criação, você
também irá elaborar uma proposta de atuação social relacionada ao tema com que vem trabalhando.
Objetivo
A presente proposta tem como finalidade a criação de um grupo formado por integrantes que compartilhem bens
em bom estado e com suas funções preservadas, de uso esporádico ou que já não estejam em uso pelo proprietário.
Justificativa
Na sociedade moderna, há uma valorização exacerbada do consumo, com consequências bastante preocupantes.
Um dos efeitos que se manifesta e que afeta a todos, sem distinção de poder econômico, é o comprometimento
do desenvolvimento sustentável. Recursos naturais usados para a fabricação de muitos dos produtos consumidos sem
comedimento provavelmente faltarão não apenas para as gerações futuras como para a atual, num tempo não muito
distante. Além disso, o que se gasta para a fabricação de produtos, como água e energia elétrica, o que se produz de
resíduos durante o processo, muitos deles tóxicos e poluentes, e a quantidade de lixo que se avoluma com o descarte
são fatores que também põem em risco os recursos naturais que já hoje se mostram exíguos.
Muitos dos produtos adquiridos têm utilidade para uma pessoa por um período de tempo bastante inferior à sua
deterioração, como um livro, um jogo, um brinquedo próprio para determinada faixa etária, roupas e objetos de bebês,
apenas para mencionar alguns entre tantos.
Outros produtos têm uso esporádico, principalmente quando não servem como instrumento de atividade
profissional, como uma furadeira elétrica ou um maçarico. O mesmo ocorre com certas roupas usadas apenas em
ocasiões mais solenes, como os fraques ou os trajes mais formais. A posse desses produtos, além de implicar gastos que
poderiam ser evitados, requer lugar para armazenamento adequado e cuidados para manutenção a fim de que se
mantenham em boas condições de uso.
A prática do compartilhamento, além de contribuir para o desenvolvimento sustentável e ajudar a equilibrar as
finanças pessoais, pode promover, na sociedade, uma saudável substituição de valores: a posse de coisas passa a não
ser o mais importante, a não representar aquilo que, por si só, traz satisfação de necessidades, uma vez que se pode
usufruir de bens emprestando e tomando emprestado.
Ações propostas
Para organização de um grupo e compartilhamento de bens, propõem-se:
• formação de uma equipe para reunir informações sobre o funcionamento de grupos de compartilhamento já
existentes, relativas a regras de funcionamento, problemas enfrentados e soluções aplicadas;
• criação de regras para participação no grupo, como a contribuição inicial de cada participante (como colocar à
disposição um bem para ser compartilhado); critérios para determinação do tempo de empréstimo, de acordo com
tipos de bens; condições aceitáveis do bem na devolução; sanções para integrantes que não obedeceram às normas;
canal para divulgação dos bens a serem compartilhados (como jornal mural, página da internet, aplicativo de
comunicação usado em celulares etc.) e outras que se mostrarem necessárias ao bom funcionamento do
compartilhamento;
• busca de apoio ou parcerias para a implantação da proposta.
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Responsabilidades
Dependendo do perfil das pessoas integrantes do grupo (estudantes de uma escola; mães de crianças pequenas;
moradores de um condomínio etc.), as responsabilidades pela implantação e gestão do compartilhamento proposto
podem ficar a cargo de um subgrupo.
No caso de se buscar apoio externo (como da escola, da igreja, do conselho do condomínio), as responsabilidades
pela implantação e funcionamento do grupo podem ser compartilhadas entre essas instituições e os integrantes do
grupo.
Referências
MORELLI, Graziela. Do empréstimo a não posse – O mito na sociedade de moda contemporânea e novas perspectivas
no comportamento de consumo de produtos e serviços. Tese de doutorado. Palhoça: Universidade do Sul de Santa
Catarina, 2014.
PIZZOL, Helena Oliveira Dall. Proposição de uma escala para mensuração do consumo colaborativo: compreendendo
o compartilhamento de bens e a sua relação com os valores pessoais. Tese de mestrado. Porto Alegre: Pontifícia
Universidade Católica do Rio Grande do Sul, 2015.
2. Em qual parte do texto se apresentam argumentos para convencer de que a proposta é importante
do ponto de vista social e pessoal? Para você qual(is) desses argumentos teria(m) mais força para
convencê-lo a apoiar a criação do grupo ou, até mesmo, participar dele? Por quê?
Os argumentos são apresentados sob o subtítulo “Justificativa”.
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Ingimage/Fotoarena
Você deverá fazer a revisão gramatical dos três textos que produziu neste bimestre. Sempre que
tiver uma dúvida, consulte os quadros com resumos de regras gramaticais que estão no final do caderno
ou o material utilizado em bimestres anteriores.
Em alguns casos, você deverá consultar um dicionário para certificar-se da grafia e significado de
palavras. Em outros, que podem dizer respeito a casos especiais de concordância ou uso de determinadas
preposições, é necessário consultar uma gramática.
Anote suas dúvidas para receber apoio do professor.
Ao revisar seu texto, preste especial atenção aos seguintes aspectos:
• grafia das palavras (uso de letras, hífen e acentuação);
• concordância;
• uso de preposições;
• indicação de crase;
• pontuação (vírgula, ponto e vírgula, travessão, dois-pontos, ponto-final);
• redação de frases completas.
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Anotações
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TAREFA 63 Literatura
Para responder às questões, considere os trechos dos textos de Mario Vargas Llosa e Leandro
Karnal, inseridos em “Campo artístico-literário” (texto que deve ter sido lido na aula). Volte a esses
trechos, leia-os detidamente para formular suas respostas.
A resposta do aluno pode ter outra redação, mas encerrar a ideia de que os bons livros nos apresentam uma visão crítica e original das
situações da vida, por isso nos humanizam e nos tornam mais críticos.
1. Por que Mario Vargas Llosa afirma que, não fossem os bons livros, seríamos piores do que somos?
Porque os bons livros nos tornam mais críticos, nos levam a contestar a realidade, a não nos conformar com o que é vulgar, errado,
2. Segundo o escritor peruano, por que os regimes políticos opressores costumam censurar obras
literárias que não estão de acordo com as ideias difundidas pelo sistema?
Porque essas ideias apresentadas em livros de escritores independentes podem conscientizar os leitores da importância da liberdade,
alertá-los para a possibilidade de outras formas de vida mais satisfatórias e torná-los menos manipuláveis.
3. Que ideia Leandro Karnal quer nos transmitir ao comparar com “jujubas vermelhas, doces e
agradáveis” as frases do twitter e do celular, o desenho animado, o meme e outros textos breves e leves
que povoam nosso cotidiano?
Quer nos transmitir a ideia de que são textos efêmeros – embora sejam agradáveis e cumpram um papel no nosso cotidiano, não são
4. Que ideia Leandro Karnal quer nos transmitir ao comparar a leitura de uma obra densa, como um
clássico, com um banquete demorado?
Quer nos transmitir a ideia de que a leitura de uma obra densa é demorada, exige atenção e sensibilidade aos detalhes e sutilezas para ser
devidamente apreciada. Ao contrário dos textos comparados com jujubas, a leitura de grandes obras, assim “degustadas”, pode constituir
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5. No último parágrafo do texto de Leandro Karnal, o que o autor critica no trecho “E os outros?
Tuitarão apenas: ‘não deu, kkkkk!’”?
O autor está criticando aqueles que se alimentam intelectualmente apenas de leituras superficiais, fáceis – em determinadas situações,
essas pessoas acabam em desvantagem por não conseguirem expressar um ponto de vista inteligente, crítico, diferente do lugar-comum.
6. Dos livros que você leu, por indicação da escola ou não, algum foi capaz de modificar algo em sua
maneira de sentir ou de analisar a vida?
Em caso afirmativo, qual é o livro e por que motivou esse efeito em você?
Em caso negativo, por que você julga que nenhum dos livros que leu provocou esse efeito? O que uma
obra deveria conter para ser capaz de provocar alguma transformação em você?
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Ingimage/Fotoarena
Você deverá fazer a revisão gramatical do texto literário que produziu neste bimestre. Sempre que
tiver uma dúvida, consulte os quadros com resumos de regras gramaticais que estão no final do caderno
ou o material utilizado em bimestres anteriores.
Em alguns casos, você deverá consultar um dicionário para certificar-se da grafia e do significado
de palavras. Em outros, que podem dizer respeito a casos especiais de concordância ou uso de
determinadas preposições, é necessário consultar uma gramática.
Anote suas dúvidas para receber apoio do professor.
Ao revisar seu texto, preste especial atenção aos seguintes aspectos:
• grafia das palavras (uso de letras, hífen e acentuação);
• concordância;
• uso de preposições;
• indicação de crase;
• pontuação (vírgula, ponto e vírgula, travessão, dois-pontos, ponto-final);
• redação de frases completas.
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Anotações
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Você deverá fazer uma pesquisa sobre alguma situação que indique desrespeito aos direitos
humanos. Essa situação pode ser específica da sua cidade, da sua região, do Brasil, de outro país ou
pode atingir a humanidade em geral.
Com base na sua pesquisa, irá redigir um artigo de opinião, propondo alternativas de solução para
esse problema.
1. Planejamento
Para reunir informações para estruturar seu texto, você deverá:
• descrever a situação respondendo à pergunta: “O que acontece que não deveria estar ocorrendo?”;
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• indicar qual o artigo da Declaração dos Direitos Humanos que não está sendo obedecido;
• propor alternativas para resolver a situação e indicar quem são os responsáveis por colocá-las em
prática.
2. Redação
Redija seu texto e, se julgar necessário, insira uma ou mais ilustrações que complementem a
informação transmitida.
3. Avaliação
Leia seu texto com atenção e verifique se é preciso corrigir inadequações gramaticais, de estrutura
ou de abordagem do tema. Faça as alterações que julgar necessárias para levar uma versão revisada à
escola.
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ORTOGRAFIA
Acentuação
PAROXÍTONAS PAROXÍTONAS
não se acentuam acentuam-se
barriga, telefone, apito, apagam, táxi, bônus, álbum, hífen, açúcar,
cedem tórax, bíceps, órfã, túneis
Terminações Outras
A(S), E(S), O(S), AM, EM(ENS) terminações
OXÍTONAS OXÍTONAS
acentuam-se não se acentuam
começará, você, bisavó, também ali, urubu, vender, bombom
(A terminação EM só recebe acento em
palavras com duas ou mais sílabas.)
Casos especiais:
Acentua-se a paroxítona pôde – forma verbal da terceira pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo do
verbo poder.
Os verbos derivados de ter e vir recebem acento agudo na terceira pessoa do singular e circunflexo na terceira pessoa
do plural do presente do indicativo – ele retém, eles retêm; ele intervém, eles intervêm.
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Exemplos:
ra-í-zes, fa-ís-ca, vi-ú-vo, ba-ús
Não se acentuam :
Por que
Substitui “por que razão” ou “pelo qual” (pela qual, pelos quais, pelas quais).
Exemplo: Não descobri por que eles chegaram atrasados.
Por quê
Porque
Porquê
Substitui “motivo”.
Exemplo: Não entenderam o porquê da sua recusa.
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Mal e mau
Demais e de mais
À, a e há
À é a fusão de dois AA.
Exemplo: Fomos à praia.
Nas indicações de tempo, usam-se a (preposição) para tempo futuro e há (verbo) para tempo passado.
Exemplo: Eles se conheceram há dois anos; Daqui a três semanas farão a primeira viagem juntos.
Mas e mais
Mas é conjunção adversativa usada para estabelecer relação entre orações; mais é advérbio de intensidade.
Exemplos:
Assisti ao filme com atenção, mas ainda não compreendo toda a trama.
Ela é mais obstinada do que seus irmãos.
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Crase
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Concordância
Sujeito e verbo
Na maioria dos casos, o verbo concorda com o sujeito.
Exemplos:
A natureza responde às ações depredatórias do homem. (A forma verbal “responde” concorda com o sujeito “a
natureza”.)
Os alunos e os professores conversaram sobre o episódio. (A forma verbal “conversaram” concorda com o sujeito
composto. “os alunos e os professores”.)
Seguem, em anexo, os arquivos. (A forma verbal “seguem” concorda com o sujeito “os arquivos”.)
Os verbos que indicam fenômenos da natureza se conjugam sempre na 3.a pessoa do singular.
Exemplos:
Choveu muito na primavera.
Neva em vários países da Europa.
Os verbos fazer e estar, quando indicam fenômenos da natureza, são usados sempre na 3.a pessoa do singular.
Exemplos:
Faz frio.
Está muito frio!
Os verbos fazer e haver, quando indicam tempo decorrido, são usados sempre na 3.a pessoa do singular.
Exemplos:
Faz dois anos que estudo nesta escola.
Há dias que não recolhem o lixo.
O verbo ser, quando indica tempo, distância e data, é usado na 3.a pessoa do singular ou plural (concorda com
tempo, distância ou data).
Exemplos:
Era meio-dia e meia.
São oito horas.
Da minha casa à escola é um quilômetro.
De minha cidade à sua são cem quilômetros.
Hoje é dia 7 de maio. (O verbo concorda com “dia”.)
Hoje são 7 de maio. (O verbo concorda com “7 de maio”.)
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Concordância
Indeterminação do sujeito
Usam-se os verbos intransitivos, na 3.a pessoa do singular + se, para indeterminar o sujeito.
Exemplo:
Fala-se muito.
• se o sujeito vem precedido de artigo ou qualquer modificador, a expressão normalmente concorda com o sujeito.
Exemplo:
É necessária a cautela.
Porcentagem
Quando o sujeito é formado apenas por uma expressão que indica porcentagem, o verbo concorda com o
número.
Exemplos:
A pesquisa mostrou que apenas 1% quer mudança na lei.
(quer concorda com 1)
Quando o sujeito é formado por uma expressão que indica porcentagem seguida de um complemento que a
especifica, o verbo concorda com o complemento.
Exemplos:
A pesquisa mostrou que apenas 1% das pessoas querem mudança na lei.
(querem concorda com pessoas)
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Partitivos (maioria, grande A maioria rejeitou o convite. A maioria das pessoas não se manifestou.
número, uma porção, uma A maioria das pessoas não se manifestaram.
parte, metade) Metade da melancia estava
estragada. Uma parte de nós acreditou em notícias falsas.
Uma parte de nós acreditamos em notícias falsas.
Usos da vírgula
Para separar os elementos de uma enumeração, exceto quando vêm separados pela conjunção e.
Exemplo: João, Maria e Pedro moram na mesma cidade.
• aposto explicativo.
Exemplo: João Cabral de Melo Neto, autor de Morte e vida severina, cantou a saga do nordestino que emigra.
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Para indicar intercalação ou inversão da oração subordinada adverbial, que funciona como um termo da oração
principal. (Na ordem direta, é colocada depois da principal, em geral sem ser separada por vírgula.)
São orações subordinadas adverbiais as causais (indicam causa); as consecutivas (indicam consequência); as
condicionais (indicam condição); as concessivas (concedem ou admitem uma condição contrária); as conformativas
(estabelecem relação de conformidade); as comparativas (estabelecem comparação); as finais (indicam finalidade); as
temporais (indicam tempo) e as proporcionais (indicam proporção).
Exemplos:
A fim de não serem reconhecidos, todos usaram máscaras.
Pediu, porque não havia outra alternativa, ajuda a desconhecidos.
• alternativas (relação de alternância: ora... ora; já...já; quer... quer; seja... seja)
Exemplo:
Ora ri, ora chora.
Atenção: as orações alternativas introduzidas pela conjunção ou não são separadas por vírgula.
Exemplo: Faça silêncio ou saia da sala.
Atenção:
As orações iniciadas por e podem vir separadas por vírgula em dois casos:
• quando as orações ligadas pelo e tiverem sujeitos diferentes.
Exemplo:
Ele a desafiou, e ela o enfrentou.
(Sujeito da 1.a oração: ele; sujeito da 2.a oração: ela.)
• quando a conjunção e vem várias vezes repetida. Essa repetição do e ou de outra conjunção constitui a figura
de linguagem chamada polissíndeto.
Exemplo:
“Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua!” (Olavo Bilac)
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Atenção:
NÃO se usa vírgula para separar termos que se ligam entre si sintaticamente, como:
• sujeito e verbo
Exemplo: Elas caminham lentamente.
Para separar orações coordenadas muito extensas ou que guardam alguma simetria (correspondência) entre si.
Exemplo:
O primeiro capítulo do livro não me despertou qualquer curiosidade ou emoção; o último me surpreendeu de uma
maneira inédita e pôs meus sentimentos em ebulição.
Para separar orações coordenadas que já vêm marcadas por vírgula em seu interior.
Exemplo:
Eram interessadas, curiosas; portanto, tinham condições de engajar-se na pesquisa.
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Anotações
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