Controle de Qualidade de Ingredientes de Rações
Controle de Qualidade de Ingredientes de Rações
Controle de Qualidade de Ingredientes de Rações
ingredientes de rações
Problemas
Consumo direto de alimentos
100 roedores consumo de 1,5 t de alimentos secos/ano
Danos e contaminação de alimentos
Danificam uma quantidade muito maior de alimento do que
efetivamente consomem
Danos estruturais (teto, paredes, isolamento térmico)
Doenças (ao homem e animais)
Aumento dos custos decorrentes da necessidade de
controle/antiratização
Controle de roedores
Objetivos
Implementação de programas de desratização em fábricas
de rações
Treinamento dos operários em medidas preventivas
Avaliação da infestação (severidade e extensão do problema)
Higiene e rativedação
Tratamento não químico
Ratoeiras, predadores naturais, armadilhas de cola, entelamento,
vedação de vãos e buracos, pintura de paredes, grades metálicas
Tratamento químico
Raticidas conforme a espécie e grau de infestação existente
Escolha do processamento dos alimentos
ou rações
Depende:
Custo do método
adequação à espécie animal
tipo de grão ou ração
níveis nutricionais – fibra e gordura
Inconvenientes:
Aumento dos custos de energia, mão de obra especializada
Redução do valor nutricional:
Redução e destruição de vitaminas (descascamento, calor)
Gelatinização do amido (uso de altas temperaturas)
Alteração da velocidade de passagem pelo trato gastrointestinal
(mudança no tamanho da partícula)
Tendem a aumentar o consumo (pode afetar a digestibilidade
ruminantes)
Escolha do processamento dos alimentos
ou rações
Vantagens:
Melhora a aceitação pelo animal
Facilita o manuseio e a armazenagem
Podem melhorar o valor nutricional do alimento ou ração
Processamento de grãos
Alterações mecânicas:
Descascamento
Extrusão a seco
Trituração a seco – moagem, quebra grosseira
Trituração por pressão
Escolha do processamento dos alimentos
ou rações
Processamento de grãos
Tratamento pelo calor:
Processamento por calor seco:
Micronização (calor radiante infravermelho) por curto espaço
de tempo e alta temperatura
Pipocamento
Tostagem
Processamento por calor úmido:
Autoclavagem
Cocção por vapor em fluxo contínuo
Extrusão úmida
Laminação “Flakes”
Úmida
Pressão
Peletização/Trituração
Escolha do processamento dos alimentos
ou rações
Processamento de grãos
Alteração por umidade:
Massa de grãos
Secagem por desidratação
Grãos úmidos (colhidos precocemente)
Grãos reconstituídos (25-30% de umidade)
Alimentos líquidos
Tipos de processamentos principais
Extrusão
Processo no qual o amido e o material protéico são
umedecidos e expandidos em tubo pela combinação de
umidade, pressão, calor, resultando em gelatinização do
amido, desnaturação exotérmica do material extrusado
Requer alta pressão e temperatura acima de 120ºC,
resultando em aumento na exposição dos nutrientes
contidos no interior das células vegetais à ação do
processo digestivo dos animais. Este processo também
elimina muitos agentes bacterianos
A câmara de extrusão recebe pressão para que o ar seja
expelido e o material comprido. Segue-se a injeção de
água para melhoria da textura e viscosidade
Tipos de processamentos principais
Peletização
Moldagem e aglomeração de partículas finamente divididas
formando um grânulo ou pélete. É um tipo de extrusão onde as
proteínas e açucares (carboidratos) tornam-se plásticos quando
aquecidos e diluídos com umidade.
Redução do volume e espaço de estocagem
Melhoria das características de alimentação: Resulta em
gelatinização dos nutrientes melhoria da conversão
alimentar. O pélete reduz as perdas durante o processo
alimentar, ajuda a evitar alimentação seletiva e evita a
segregação dos ingredientes
Melhoria do transporte a granel
Redução de pó: Diminuição de perdas de partículas finas
durante o manuseio, e maior limpeza da área de trabalho.
Tipos de processamentos principais
Peletização
Umedecimento do ingrediente processos de estocagem e
adição de lectina (ligante) transporte por uma rosca até o
secador passando por vários tubos sofrendo aquecimento com
vapor em contracorrente. O ingrediente ao entrar em contato
com a tubulação quente, evapora a umidade presente
deixando-o com 18% de umidade em média
Depois da secagem, o material entra direto na peletizadora
onde é distribuído uniformemente. Os rolos compressores
“forçam” a passagem através dos furos do anel, e as 2 facas na
parte externa cortam os peletes a medida que são produzidos
A temperatura dentro das peletizadoras é de aproximadamente
50 a 60ºC
Após a peletização, o ingrediente tem que passar por resfriador
e secador pela ação de ar em movimento. A movimentação é
obtida por exaustores
Escolha do processamento dos alimentos
ou rações
Forragens
Congelamento
Irradiação
Acidificação
Adição de compostos enriquecedores
Melhoria “by pass” ruminal
Adição de nitrogênio não-protéico
Tratamento com formaldeído
Amonização
Pragas dos grãos armazenados
Sitophilus oryzae e Sitophilus zeamais
Nome Comum: Caruncho ou gorgulho do
arroz (S. oryzae) e Caruncho ou gorgulho
do milho (S. zeamais).
Ocorrência: Ocorrem em zonas tropicais e
temperadas. Causam enormes perdas no
Brasil. Além de arroz e milho podem
atacar outros cereais.
Ciclo de Vida Mínimo: 4 semanas.
Características Biológicas:
Ovos: São postos tanto em grãos
armazenados como em espigas no
campo por adultos coadores;
Larvas: Desenvolve-se dentro dos grãos;
Adultos: O S. oryzae e S. zeamais são
particamente idênticos. São comedores
vorazes com capacidade de vôo e não
suportam bem baixas temperaturas. Por
outro lado, quando os grãos esquentam, a
sua multiplicação se acelera rapidamente.
Pragas dos grãos armazenados
Rhizopertha dominica
Nome Comum: Besouro de cereais e
farinhas.
Ocorrência: Ocorrem em todas as
regiões do mundo. Ataca milho,
arroz, trigo, etc. Tanto os adultos
como as larvas alimentam-se
vorazmente.
Ciclo de Vida Mínimo: 25 dias.
Características Biológicas:
Ovos: Cada fêmea chega a ovipor
até 500 ovos;
Larvas: Penetram nos grãos,
podendo se alimentar, também, de
grãos quebrados e resíduos;
Pupas: Normalmente se
desenvolvem dentro dos grãos;
Adultos: Também se alimentam e
são bastante longevos comparados
a outros besouros.
Pragas dos grãos armazenados
Acanhocelides obtectus
Nome Comum: Caruncho do feijão.
Ocorrência: Ocorre em todas regiões
do Brasil. Danifica seriamente os
grãos de leguminosas. O ataque
pode iniciar-se no campo.
Ciclo de Vida Mínimo: 3 a 4 semanas.
Características Biológicas:
Ovos: São ovipostos tanto nas
vagens verdes no campo como nos
grãos armazenados;
Larvas: Desenvolve-se dentro do
grão, consumindo todo seu interior
até a epiderme;
Adultos: Vida curta e não se
alimentam.
Pragas dos grãos armazenados
Tribolium castaneum e Tribolium
confusum
Nome Comum: Besouro comum.
Ocorrência: Ocorre em todas as regiões
do mundo. Além de grãos ataca uma série
de outros produtos.
Ciclo de Vida Mínimo: 3 a 4 semanas.
Características Biológicas:
Ovos: Cada fêmea chega a ovipor
até 450 ovos sobre os grãos ou alimentos.
O período de postura pode se estender
por vários meses;
Larvas: Preferem atacar as partes
germinais dos grãos e grãos quebrados;
Adultos: O T. castaneum e T.
confusum são muito semelhantes. O
primeiro é um bom voador, enquanto o
segundo não voa. Por não possuírem
mandíbulas bem desenvolvidas dão
preferência a farinhas, farelos e outros
subprodutos. Podem viver por 28 meses
ou mais.
Pragas dos grãos armazenados
Cryptolestes ferrugineus
Nome Comum: Besouro de diversos
grãos.
Ocorrência: É encontrado em todas as
regiões do mundo. Geralmente é
uma praga secundária e atacam
grãos quebrados.
Ciclo de Vida Mínimo: 23 dias.
Características Biológicas:
Ovos: Geralmente são colocados
em fendas ou buracos dos grãos.
Adultos: Também se alimentam e
podem viver de 6 a 9 meses.
Pragas dos grãos armazenados
Sitotroga cerealella
Nome Comum: Traça dos cereais.
Ocorrência: Ocorre principalmente em
zonas tropicais constituindo-se em
uma séria praga do milho, trigo,
arroz e sorgo. Também ataca
cereais a campo.
Ciclo de Vida Mínimo: 4 semanas.
Características Biológicas:
Ovos: Os ovos são colocados na
superfície dos grãos;
Larva: Penetram nos grãos
permanecendo neles até emergirem
como adultos.
Adultos: Possuem vida curta. Não
se alimentam.
Pragas dos grãos armazenados
Plodia interpunctella
Nome Comum: Traça comum.
Ocorrência: Ocorre em todas regiões
do Brasil. principalmente em zonas
tropicais. Ataca milho, trigo, arroz,
sorgo, feijão, soja, farinhas, fubás e
doces secos.
Ciclo de Vida Mínimo: 26 dias.
Características Biológicas:
Ovos: Cada fêmea chega a ovipor
de 100 a 400 ovos perto dos grãos;
Larva: tecem fios à medida que se
alimentam, formando um casulo de
seda branca;
Adultos: Possuem vida curta. Não
se alimentam e possuem hábitos
noturnos. É considerado uma praga
de superfície, portanto não causam
grandes estragos em grãos
armazenados a granel.
Aditivos alimentares
Arsenicais
Tem ação inibidora do desenvolvimento dos
microrganismos, ou ação sinérgica outros aditivos, como
por exemplo os anticoccidianos. O principal é o ácido 3-
nitro 4-hidróxi fenil arsônico, e o ácido arsanílico
Compostos cúpricos
Inibem o crescimento de microorganismos, sendo o
sulfato, carbonato e o óxido de cobre os mais utilizados
Antifúgicos
Inibem o desenvolvimento de fungos nas rações e
ingredientes de ração.
Exemplos: ácido propiônico, violeta de genciana,
thiabendazole
Aditivos alimentares
Antioxidantes
Previne a produção de peróxidos e inativação de vitaminas
nas rações, além de prejudicar a qualidade dos alimentos,
pois farinhas de carne e ossos, de peixe, farelo de arroz
integral, soja integral extrusada ou tostada, tem em sua
composição lipídios de fácil oxidação
Exemplos: etoxiquim, BHT (Butil hidróxi tolueno)
Agentes anticoccidianos
Previne o desenvolvimento de protozoários do gênero
Eimeria (maxima, acervulina, tenella) que parasitam o
intestino de aves criadas em condições de piso, tendo seu
uso obrigatório nestas condições e em pequenos
ruminantes
Aditivos alimentares
Tranqüilizantes e anti-estressantes
Utilizados antes e depois de atividades estressantes (transporte,
vacinação, transferência). A vitamina C e a suplementação
vitamínica em grandes quantidades funcionam nestes casos
Aglutinantes
Dão consistência às rações e mantém a qualidade dos pellets
Vermífugos
Exemplos: Levamisol, thiabendazole
Enzimas
Melhoram a digestibilidade de compostos para animais
Quelatos
Forma de ligação dos minerais com aminoácidos que visa
aumentar a disponibilidade destes.
Pigmentantes
Visam melhorar a coloração da carcaça e da gema dos ovos, e
com isso a aceitação pelo consumidor.
Exemplos: carophyll, alfafa, folhas verdes.
Repartidores de nutrientes:
Substâncias que alteram o funcionamento do metabolismo
inibindo ou estimulando substâncias com função de transporte e
mobilização de nutrientes. Ex.: hormônios
Aditivos alimentares
Ácidos orgânicos
Tem como função a acidificação do meio intestinal e com
isso controlar microorganismos nocivos aos animais. Seu
uso é muito benéfico para suínos pós-desmame.
Exemplos: ácidos fumárico, cítrico, málico, propiônico
Probióticos
São leveduras ou lactobacilos atenuados com a função de
permitir o desenvolvimento de microorganismos benéficos,
num sistema de exclusão competitiva. Ex.: Leveduras de
destilarias de álcool (Bifidobacterium subtilis)
Aditivos alimentares
Ionóforos
Monensina sódica (RUMENSIN ©)
Lasalocida sódica (TAUROTEC ©)
Alteram os padrões de fermentação ruminal reduzindo bactérias G+
que produzem Ácido acético, Metano, Amônia e Lactato.
Resultado do Uso:
Aumento da eficiência de utilização do alimento
Aumento do fluxo de proteína para o intestino
Redução do risco de acidose ruminal
Melhoria no metabolismo de glicose
Elevação do peso das bezerras entre 6 a 14%
Recomendação de Uso:
200mg do princípio ativo (novilhas)
300 mg do princípio ativo (vacas)
Vacas: utilizar no pré parto até o pico da lactação.
Aditivos alimentares
Culturas de levedura
Normalmente são culturas fúngicas vivas, principalmente
se Saccharomyces cerevisiae comercializados com o meio
de cultura em que foram produzidas
Resultados do Uso
Utilizadas para estimular a flora bacteriana e estabilizar o
pH ruminal. O efeito principal se dá pela elevação da
concentração de bactérias celulolíticas
Recomendação de Uso
Vacas: Utilizar no pré parto até 100 dias de lactação
Bezerras: Até dois meses de idade
Dosagem: 10 a 60 g/animal/dia
Aditivos alimentares
Probióticos: Bactérias ou microrganismos (Streptococcus e
Lactobacillus), selecionados para manter o equilíbrio do trato digestivo
do hospedeiro durante condições de estresse ou doença