Casos Clínicos 3 e 4

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Casos

Clínicos 3 e 4
SAI I
CASO CLÍNICO 3
• P
 eggy Isaac era uma auxiliar administrativa de 41 anos encaminhada
para avaliação ambulatorial por seu clínico geral com a seguinte
queixa principal: “Estou sempre nervosa”.

• Ela vivia sozinha e nunca havia casado nem tido filhos. Era a primeira
vez que se consultava com um psiquiatra.
CASO CLÍNICO 3
• A sra. Isaac estava vivendo com seu namorado, com o qual estava há
muitos anos, até oito meses antes, quando ele interrompeu o
relacionamento repentinamente para ficar com uma mulher mais
jovem.

• Em seguida, a sra. Isaac começou a ficar angustiada com as tarefas


cotidianas e com a possibilidade de cometer erros no trabalho.
Sentia-se atipicamente tensa e cansada. Tinha dificuldades em se
concentrar. Também começou a se preocupar excessivamente com
dinheiro e, para economizar, mudou-se para um apartamento mais
barato em um bairro menos agradável.
CASO CLÍNICO 3
• Buscava apoio repetidamente dos colegas de escritório e da mãe. Parecia
que ninguém conseguia ajudá-la, de modo que ela temia ser “um fardo”.
Durante os três meses anteriores à avaliação, a sra. Isaac começou a evitar
sair à noite, temendo que algo ruim acontecesse e não conseguisse ajuda.
Mais recentemente, passara a evitar sair durante o dia também.

• Além disso, sentia-se “exposta e vulnerável” ao caminhar até a mercearia a


três quadras de distância, então parou de fazer compras. Depois de
descrever que havia descoberto como usar uma tele-entrega de alimentos,
acrescentou: “É ridículo. Sinceramente, acho que alguma coisa horrível vai
acontecer nos corredores do mercado e ninguém vai me ajudar, então nem
entro”. Quando está em seu apartamento, frequentemente relaxa e aprecia
um bom livro ou um filme. A sra. Isaac afirmou que “sempre fui um pouco
nervosa”.
CASO CLÍNICO 3
• Durante grande parte de sua permanência no jardim de infância,
chorava descontroladamente quando sua mãe tentava deixá-la na
escola. Relatou ter se consultado com um orientador psicológico aos
10 anos de idade, durante o divórcio dos pais, porque “minha mãe
achava que eu estava carente demais”.

• Acrescentou que nunca gostou de ficar sozinha e tinha namorados


constantemente (às vezes mais de um ao mesmo tempo) desde os 16
anos. Explicou: “Eu odiava estar solteira e sempre fui bonita, então
nunca ficava sem namorado durante muito tempo”.
CASO CLÍNICO 3
• Mesmo assim, até o rompimento recente, afirmou que sempre
achava que estava “bem”. Era bem-sucedida no emprego, corria todos
os dias, mantinha uma sólida rede de amizades e não tinha “queixas
de verdade”.

• Durante a entrevista inicial, a sra. Isaac disse que havia ficado triste
durante algumas semanas depois que o namorado a havia deixado,
mas negou que tivesse se sentido sem valor, culpada,
desesperançada, com anedonia ou suicida. Afirmou que seu peso
continuava constante e seu sono estava bom.
• QUAL O DIAGNÓSTICO MAIS PROVÁVEL?
CASO CLÍNICO 4
• M
 aria Greco era uma mulher solteira de 23 anos que foi
encaminhada para avaliação psiquiátrica por seu cardiologista.

• Nos dois meses anteriores, ela esteve no pronto-socorro quatro vezes


devido a queixas agudas de palpitações, falta de ar, sudorese,
tremores e medo de que estava prestes a morrer. Cada um desses
eventos teve início rápido.
CASO CLÍNICO 4
• Os sintomas chegaram ao ápice em minutos, deixando-a assustada,
exausta e totalmente convencida de que havia recém tido um ataque
cardíaco.

• As avaliações médicas realizadas logo após esses episódios revelaram


achados normais nos exames físicos, sinais vitais, resultados
laboratoriais, exames toxicológicos e eletrocardiogramas. A paciente
relatou um total de cinco ataques dessa natureza nos três meses
anteriores, sendo que o pânico ocorrera no trabalho, em casa e
enquanto estava dirigindo.
CASO CLÍNICO 4
• Ela desenvolveu um medo persistente de ter outros ataques, o que a
levou a tirar vários dias de folga, a evitar exercícios, dirigir e beber
café. Sua qualidade de sono decaiu, assim como seu humor. Passou a
evitar relacionamentos sociais.

• Não aceitava a tranquilização oferecida por amigos e médicos,


acreditando que os exames médicos resultavam negativos porque
eram executados depois da resolução dos sintomas. Continuou a
suspeitar que houvesse algo errado com seu coração e que, sem um
diagnóstico preciso, morreria.
CASO CLÍNICO 4
• Quando teve um ataque de pânico durante o sono, finalmente
concordou em consultar com um psiquiatra. A sra. Greco negou
história de transtornos psiquiátricos anteriores, exceto uma
ocorrência de ansiedade durante a infância que havia sido
diagnosticada como “fobia da escola”.

• A mãe da paciente havia cometido suicídio por meio de overdose


quatro anos antes, com quadro de depressão maior recorrente.
CASO CLÍNICO 4
• Durante a avaliação, a paciente estava morando com o pai e dois
irmãos mais novos. Havia se formado no ensino médio, trabalhava
como telefonista e não estava namorando ninguém. Suas histórias
familiar e social, fora o ocorrido, não acrescentaram nada relevante.

• Durante o exame, a aparência da paciente era a de uma jovem


ansiosa, cooperativa e coerente. Ele negou depressão, mas parecia
receosa e estava preocupada em ter uma doença cardíaca. Negou
sintomas psicóticos, confusão e qualquer tipo de pensamento suicida.
Sua cognição estava preservada, o insight era limitado e o julgamento
era bom.
CASO CLÍNICO 4
• QUAL O DIAGNÓSTICO MAIS PROVÁVEL?

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