Energia Solar
Energia Solar
Energia Solar
solar
SUMÁRIO
SUMÁRIO ..............................................................................................................................1
LISTA DE FIGURAS.............................................................................................................4
LISTA DE FOTOS .................................................................................................................5
LISTA DE TABELAS ...........................................................................................................6
LISTA DE GRÁFICO ............................................................................................................6
Apresentação...........................................................................................................................7
Introdução ...............................................................................................................................8
Formas de utilização da energia solar ..............................................................................9
Fototérmica................................................................................................................9
Arquitetura Bioclimática .........................................................................................10
Energia Solar Fotovoltaica ......................................................................................10
Radiação Solar.........................................................................................................11
Motivação .............................................................................................................................19
Tecnologia Disponível ...................................................................................................19
Sistemas de refrigeração por absorção. ..........................................................................20
Funcionamento do Sistema Electrolux...........................................................................21
Histórico Geral de Aproveitamento da Energia Solar ..........................................................25
Curiosidades ...................................................................................................................25
A Energia Solar no Brasil ..............................................................................................26
NOTICIAS .....................................................................................................................28
Recap inaugura sistema termossolar de aquecimento de água.......................................29
Energia Solar no Mundo ................................................................................................30
Uma tecnologia madura..........................................................................................32
Energias renováveis.................................................................................................32
CENTRAIS TÉRMICAS SOLARES ...................................................................................36
Instalações com Concentradores de Foco Linear: DCS, DISS, EUROTROUGH e
LS3 ..........................................................................................................................37
Central de estudo DISS ...........................................................................................37
A Central de ensaio LS-3 (HTF) ............................................................................40
Planta SSPS-DCS com sistema de desalinhamento solar........................................42
Histórico do Uso da Sistema de Refrigeração por Absorção................................................45
Energia Térmica do Processo Industrial ........................................................................46
Potencial e exigências de mercado ..........................................................................46
Objetivo ................................................................................................................................49
2
Projeto de refrigeração através da energia solar ..................................................................50
Aplicações da Energia Solar em Refrigeração...............................................................51
Os Coletores Concentradores pode ser de vários tipos: .................................................54
I. Parabólicos (pôr reflexão)....................................................................................54
II. Parabólicos (pôr refração) ..................................................................................54
III. Parabólico composto (C.P.C.)...........................................................................55
Construção de Concentradores Solares ..........................................................................57
Coletor Plano-Concentrador...........................................................................................58
Coletores Solares – Efeito estufa ...................................................................................60
Coberturas transparentes..........................................................................................62
Placas absorvedoras.................................................................................................62
Isolamento Térmico.................................................................................................62
Caixa........................................................................................................................63
Os elementos constitutivos do coletor parabólico concentrador (C.P.C) ................63
Calculo Energético do Coletor Plano ......................................................................63
Rendimento em um coletor solar.............................................................................66
O Fluido de Transferência Térmica.........................................................................67
O Fluxo do Fluido Térmico .....................................................................................68
Unidade Coletora Concentradora de Aquecimento Solar Para Refrigeração .......................70
Funcionamento do Sistema Electrolux...........................................................................72
Cálculos Termodinâmicos do Sistema de Refrigeração por Absorção.................................75
O dimensionamento do sistema foi feito conforme os passos a seguir:.........................75
A metodologia de cálculo para determinação desses valores é descrita a seguir...........76
Cálculo de massa e concentração da solução: .........................................................76
Cálculo de trocas de calor........................................................................................77
Conclusão Sobre o Projeto de Refrigeração Solar ...............................................................80
Projeto de Energia Solar no futuro........................................................................................81
Produção de Energia Elétrica Através de Termocélulas Semicondutoras .....................81
Leis Termoelétricas ........................................................................................................83
Lei das Temperaturas Sucessivas.. A relação f.e.m. versus temperatura não é linear. .85
Lei das Temperaturas Sucessivas...................................................................................86
Potência Termoelétrica ............................................................................................86
Geradores termelétricos de energia para uso prático .....................................................87
TECNOLOGIA DE GERAÇÃO TERMOELÉTRICA........................................................88
OS TERMOGERADORES – TEGS..............................................................................90
INSTALAÇÃO, OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DE SISTEMAS TEGs.................92
Instalação .................................................................................................................92
Manutenção .............................................................................................................93
3
Os Termosgeradores ou termopilhas (TEG´s) ...............................................................94
Catalogo da Global Thermoeletric´s de um dos seus Termogeradores..........................95
Noticias .................................................................................................................................99
NewmarEnergia News 08/02/2002 ................................................................................99
Petrobras.......................................................................................................................101
Conclusão sobre os TEGs ............................................................................................101
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...............................................................................102
ANEXO A...........................................................................................................................105
ANEXO B...........................................................................................................................114
ANEXO C...........................................................................................................................116
ANEXO D...........................................................................................................................136
ANEXO E ...........................................................................................................................149
ANEXO F ...........................................................................................................................152
ANEXO G...........................................................................................................................153
ANEXO H...........................................................................................................................155
ANEXO I ............................................................................................................................157
ANEXO J ............................................................................................................................163
ANEXO L ...........................................................................................................................166
ANEXO M ..........................................................................................................................171
ANEXO N...........................................................................................................................173
ANEXO O...........................................................................................................................174
ANEXO P ...........................................................................................................................176
ANEXO Q...........................................................................................................................177
ANEXO R...........................................................................................................................181
ANEXO S ...........................................................................................................................183
ANEXO T ...........................................................................................................................197
ANEXO U...........................................................................................................................199
ANEXO V...........................................................................................................................217
4
LISTA DE FIGURAS
5
Figura 32 - Trocas de calor na geração de vapor .................................................................77
Figura 33 - Unidade coletora concentradora vista lateral ....................................................81
Figura 34 - Experiência de Thomas Seebeck ......................................................................82
Figura 35 - Efeito Seebeck ..................................................................................................83
Figura 36 - Termopar formado pelas pernas "P" e "N" .......................................................89
Figura 37 - Funcionamento do TEG ....................................................................................91
Figura 38 - Termopilha ........................................................................................................91
Figura 39 - Termogeradores ou termopilha (TEG´s) ...........................................................94
Figura 40 - Model 1500 (protótipo)......................................................................................98
LISTA DE FOTOS
6
LISTA DE GRÁFICO
Gráfico 1 – Curva de rendimento de um coletor ..................................................................55
Gráfico 2 - Rendimento obtido coletores planos x coletores planos concentradores ..........56
Gráfico 3 - Energia x Comprimento de onda........................................................................59
Gráfico 5 – Ganho térmico em função do fluxo de fluido....................................................69
Gráfico 6 - F.e.m versus temperaturas obtidas .....................................................................84
Gráfico 7 – F.em. versus temperaturas obtidas.....................................................................86
Gráfico 8 – Taxa de atendimento domiciliar rural .............................................................136
Gráfico 9 – Propriedades rurais – Taxa de atendimento ....................................................136
LISTA DE TABELAS
7
Apresentação
8
Introdução
9
Formas de utilização da energia solar
Fototérmica
10
Arquitetura Bioclimática
11
Inicialmente o desenvolvimento da tecnologia apoiou-se na busca, por empresas do
setor de telecomunicações, de fontes de energia para sistemas instalados em localidades
remotas. O segundo agente impulsionador foi a "corrida espacial". A célula solar era, e
continua sendo, o meio mais adequado (menor custo e peso) para fornecer a quantidade de
energia necessária para longos períodos de permanência no espaço. Outro uso espacial que
impulsionou o desenvolvimento das células solares foi a necessidade de energia para
satélites.
Radiação Solar
O Sol fornece anualmente, para a atmosfera terrestre, 1,5 x 1018 kWh de energia .
Trata-se de um valor considerável, correspondendo a 10000 vezes o consumo mundial de
energia neste período. Este fato vem indicar que, além de ser responsável pela manutenção
da vida na Terra, a radiação solar constitui-se numa inesgotável fonte energética, havendo
um enorme potencial de utilização por meio de sistemas de captação e conversão em outra
forma de energia (térmica, elétrica, etc.).
Uma das formas de captação desta energia, é o uso de coletores solares tanto os
concentradores com os planos.
12
Radiação Solar: Captação e Conversão
13
Figura 2 - Órbita da Terra em torno do Sol, com seu eixo N-S inclinado de um ângulo de
23,5º.
A radiação solar que atinge o topo da atmosfera terrestre que provém da região da
fotosfera solar que é uma camada e temperatura superficial da ordem de 5800 K. Porém,
esta radiação não se apresenta como um modelo de regularidade, pois há a influência das
camadas externas do Sol (cromosfera e coroa), com pontos quentes e frios, erupções
cromosféricas, etc..
Apesar disto, pode-se definir um valor médio para o nível de radiação solar
incidente normalmente sobre uma superfície situada no topo da atmosfera. Dados recentes
da WMO (World Meteorological Organization) indicam um valor médio de 1367 W/m²
para a radiação extraterrestre..
14
A radiação solar é radiação eletromagnética que se propaga a uma velocidade de
300.000 km/s, podendo-se observar aspectos ondulatórios e corpusculares. Em termos de
comprimentos de onda, a radiação solar ocupa a faixa espectral de 0,1µm a 5µm, tendo uma
máxima densidade espectral em 0,5µm, que é a luz verde.
É através da teoria ondulatória, que são definidas para os diversos meios materiais,
as propriedades na faixa solar de absorção e reflexão e, ( 0,75 a 100µm), correspondente ao
infra-vermelho, as propriedades de absorção, reflexão e emissão.
15
Figura 3b - Distribuição espectral da radiação solar
A radiação solar que chega às camadas superiores da atmosfera, apenas uma fração
atinge a superfície terrestre, devido à reflexão e absorção dos raios solares pela atmosfera.
Esta fração que atinge o solo é constituída por uma componente direta (ou de feixe) e por
uma componente difusa.
16
Figura 4 - Componentes da radiação solar ao nível do solo
I = I0 . cos i
17
tabela 1: Radiação Solar nas Capitais Brasileiras
18
Figura 5 - Trajetória dos raios de Sol na atmosfera e definição do coeficiente de "Massa de
Ar" (AM).
Observa-se que somente a componente direta da radiação solar pode ser submetida a
um processo de concentração dos raios através de espelhos parabólicos, lentes, etc.
Consegue-se através da concentração, uma redução substancial da superfície absorvedora
solar e um aumento considerável de sua temperatura.
19
Motivação
Tecnologia Disponível
20
Sistemas de refrigeração por absorção.
Tabela 2 – Pares
refrigerante absorvente.
Após a absorção
do fluido refrigerante a
solução formada pode
ter sua pressão elevada,
com baixo consumo de
energia por causa do
alto volume específico
dos líquidos.
Posteriormente, no caso
21
da solução de água e amônia, o vapor é separado, por meio de destilação, e a solução
restante, pobre em fluido refrigerante, é restituída ao absorvedor.
Com ampla aplicação no século XIX e início do século XX, as máquinas de
refrigeração por absorção foram construídas em diversas configurações. Sem mencionar
detalhes construtivos, como trocadores de calor auxiliares, mecanismos de automação, uso
de duplo estágio e outros, os principais sistemas foram:
1 - Sistemas Intermitentes.
2 - Sistema Electrolux.
3 - Sistemas industriais.
22
usou para projetar-se definitivamente no mercado de eletrodomésticos.
O sistema, cujo esquema é ilustrado na
figura 7, é o mais popular de todos os sistemas de
refrigeração por absorção, por causa de seu uso
em refrigeradores domésticos.
O aquecimento pode aumentar a pressão
de um gás mas, por si, não tem como fazê-lo fluir
continuamente em um circuito fechado. A
Figura 7 – Sistema Electrolux de solução foi dada pelo ciclo de refrigeração por
refrigeração por absorção
absorção, que usa a lei de Dalton para manter o
fluxo.
Seu funcionamento é baseado na lei das pressões parciais ou Lei de Dalton, segundo
a qual em um recipiente contendo mais de um gás a pressão total é a soma da pressão
parcial de cada gás.
Segundo a lei de Dalton, a pressão de uma mistura de gases e/ou vapores que não
reagem quimicamente entre si é igual à soma das pressões parciais de cada, ou seja, das
pressões que cada um teria se ocupasse isoladamente o mesmo volume, na mesma
temperatura.
No sistema Electrolux são empregados 3 fluidos: um refrigerante, geralmente
amônia; um absorvente, geralmente água e um gás inerte, geralmente hidrogênio.
Existem 3 fluxos de fluidos:
Fluxo de vapor,
fluxo de soluções de água
amônia
fluxo de gás inerte
23
No fluxo de vapor uma solução com alta concentração de amônia, ou solução rica, é
aquecida liberando vapor de amônia o qual é retificado. A retificação é feita em um tubo
ascendente e sinuoso no qual a água contida no vapor condensa-se e retorna ao gerador de
vapor.
Após a retificação o vapor de amônia é tornado líquido em um condensador. No
condensador e retificador do sistema Electrolux existe somente amônia, ou seja a pressão
da amônia é igual à pressão do sistema. O vapor de amônia não passa por uma válvula de
expansão, mas sim por um sifão que impede o fluxo de gás inerte, existente no evaporador,
para o condensador. Evaporando a partir desse sifão o refrigerante expande-se no
evaporador, no qual existe um gás inerte, geralmente hidrogênio. Dessa forma a pressão da
amônia no evaporador será dada pela diferença entre a pressão total e a pressão parcial do
gás inerte. Saindo do evaporador a amônia é absorvida por uma solução pobre em amônia,
ainda a baixa pressão parcial formando a solução rica.
O fluxo de soluções água-amônia é movimentado por um termosifão. A solução rica
em amônia vinda do absorvedor, a qual se encontra em temperatura próxima à ambiente,
chega ao gerador passando por um trocador de calor em contra fluxo com uma solução com
baixa concentração de amônia, ou solução pobre, aquecida, que retorna do gerador. Nesse
trocador de calor a solução rica é pré aquecida e a solução pobre é pré resfriada. No gerador
a solução rica é aquecida em um tubo capilar no qual o vapor é gerado. A solução pobre,
formada no gerador, sobe arrastada pelas bolhas de vapor de amônia até um nível mais
elevado que o topo do absorvedor.
O retorno da solução pobre ao absorvedor é feito por gravidade, passando pelo
trocador acima citado, para ser pré resfriada, enquanto o vapor separado no gerador segue a
trajetória descrita para o primeiro fluxo. O fluxo de gás inerte circula apenas no absorvedor
e evaporador, únicos componentes que operam com baixa pressão parcial. No evaporador,
no qual há fluxo descendente, o gás inerte desce em razão do aumento de sua densidade
24
devido ao resfriamento. Chegando ao absorvedor o gás inerte é aquecido pelo processo
exotérmico de absorção e sobe novamente ao topo do evaporador.
25
Histórico Geral de Aproveitamento da Energia Solar
Curiosidades
"Os primeiros coletores solares de que se tem notícia foram construídos no ano 212
a.C, cuja façanha foi atribuída a Arquimedes. Natural de Siracusa, na época dominada pelos
gregos, sendo amigo pessoal do rei Hierão II, para ele projetou vários engenhos de guerra
que serviram para defender a cidade do sítio exercido pelos romanos durante três anos.
"Em 1560 o cirurgião francês Ambroie Paré construiu um alambique solar. Salomon
de Caux, engenheiro francês, construiu uma caldeira solar em 1615, sendo esta a primeira
notícia escrita da conversão da energia solar em energia mecânica."
"Entre 1854 e1873 foram realizadas experiências visando a produção de vapor via
energia solar. C. Gunter montou um sistema de espelhos de forma parabólica cuja radiação
solar incendiava origem a um foco linear no qual se encontrava uma caldeira rudimentar
formada por um tubo com água. O conjunto era manualmente deslocado para acompanhar o
movimento aparente do sol de modo que a posição do foco permanecesse invariável."
26
"Entre 1906e 1911, Frank Shuman construiu painéis solares utilizando coletores
planos. Em 1911 foi fundada em Londres uma empresa denominada Sun Power Company,
que em 1913 inaugurou o primeiro grande sistema solar de irrigação e que funcionou às
margens do rio Nilo em Meadi perto do Cairo."
"Em 1950 surgiu um fato novo e importante para a energia solar. Descobriu-se que
certos materiais denominados semicondutores tinham a propriedade de gerar eletricidade
quando expostos à luz, principalmente a luz solar."
Segundo Lúcio César, “mais do que em qualquer outro lugar do mundo, o Brasil
utiliza preferencialmente a energia elétrica para o aquecimento de água - mais de 6% de
todo o consumo nacional são usados para alimentar chuveiros elétricos. Para muitos
ambientalistas , isto é um contrasenso, considerando que o aquecimento solar oferece
condições ideais para tornar-se a melhor opção brasileira de aquecimento de água: custo
27
competitivo, tecnologia própria e uma imensa riqueza energética através de uma fonte
absolutamente limpa, relativamente gratuita e inesgotável, que é o Sol.”
Por outro lado e no sul do país onde a ausência do sol é praticamente constante
durante todo o ano, que se encontram algumas entidades voltadas para o desenvolvimento
e construção de sistemas solares destinados ao aquecimento de água para fins residenciais
e comerciais como exemplo, hotéis e restaurantes. Assim, em Florionópolis existe o
Labsolar, Solarcamp em Campinas SP, Solarbrasil SP, entre outras.
28
coletor solar instalado permite evitar a inundação de cerca de 56 metros quadrados para
geração hidroelétrica, ou eliminar anualmente o consumo de 215 kg de lenha, ou 66 litros
de diesel, ou 73 litros de gasolina, ou ainda 55 Kg de GLP.”
NOTICIAS
29
Recap inaugura sistema termossolar de aquecimento de água
30
renovável na página do Gás e Energia (PETROBRAS/GÁS-ENERGIA, maio de 2004)
A aprovação de uma tarifa de 0,12 euros por kWh abre o caminho para as primeiras
centrais termosolares na Espanha.
5 de agosto de 2002
Três meses atrás nós publicamos o anúncio feito pelo consultor técnico da Diretoria
Geral de Políticas de Energia do Ministério de Economia, Enrique Ochara,: antes do
verão que será aprovado o decreto Real que estabelece o pagamento para a eletricidade
de origem solar térmica, que será de 0,12 para kWh. Sexta-feira passada foi aprovada
pelo Conselho de Ministros para os próximos meses daremos conta dos avanços que
acontecem nos quatro projetos.
31
implantada do projeto três Solar, construída por Ghersa, em colaboração com as empresas
norte americanas Boeing e Bechtel. Provavelmente ficará na província de Córdoba e
utilizará um sistema de armazenamento de sais fundidos.
Outro projeto conhecido com Andasol apresenta bom ritmo em Almería. Porem
nenhum está tão avançado como o PS 10, financiado por Abengoa com a participação do
Centro de Investigaciones Energéticas, Medioambientales y Tecnológicas (Ciemat). Usa a
tecnologia de receptores volumétricos de ar e um sistema de armazenamento térmico em
termoclima, com canais de alumina cerâmica. A planta terá 981 heliostatos de 91 m² cada
32
um produzirá 22GW/h anuais, com um aproveitamento solar de 2.300 horas equivalente a
um ano. A central PS 10 estará situada em Sanlúcar la Mayor (Sevilla). Segundo Rafael
Osuna, responsável pela Iberinsa, filial da Abengoa que executará o projeto.
A energia que chega do Sol é grande mas muito difusa. A base de qualquer
tecnologia que pretende aproveitar essa energia de forma a concentrar o maior radiação
possível, e no caso das centrais solares térmicas para produção de energia elétrica, com
aquecimento de fluidos a altas temperaturas. O calor gerará vapor que moverá um turbo-
gerador. O equipamento é composto por um concentrador óptico e um captador solar que
recolhe toda radiação. ( www.energias.renovables.com )
Energias renováveis
33
que cada país duplique o peso das energias renováveis e chegue, em 2010, com uma media
de 12% para os quinze países da comunidade.
As energias renováveis poderiam solucionar muito os problemas ambientais, como
as mudanças climáticas, os resíduos radiativos, as chuvas ácidas e as contaminações
atmosféricas. As energias renováveis poderiam suprir um terço do consumo de
eletricidade, e reduzir as emissões de dióxido de carbono em 20% para o ano de 2005.
Para isso são necessários investir 90 bilhões de pesetas anuais, dos quais 20 mil seriam de
fundos públicos.
A energia renovável foi responsável em 1996 por 7,2% do consumo de energia
espanhol (1.996 foi um ano com fluxo hidráulico bom, o que explica tal porcentagem
excepcionalmente alto). Em 1996 havia instalado na Espanha 320 mil metros quadrados de
coletores solares (produzindo o equivalente para 25,3 ktep), 6,9 MWp de módulos de
fotovoltaicos com uma produção em 1.996 de 12,2 GWh, e numeroso aerogeradores de
eólicos com um poder global de 211 MW (316,6 GWh em 1996), varias centrais
hidroelétricas com um poder de 17.332 megawatts (41.619 GWh em 1996) e uma dúzia de
de instalações de geotermais com uma produção de 3.400 tep em 1.996.
Figura 8 - Aerogeradores
34
Figura 9 – Placas fotovoltaicas
O potencial da energia renovável na Espanha, ainda com as limitações atuais de
tecnologia e custos econômicos, é muito alto. No ano 2005, se a Administração acatar
políticas de emprego das energias renováveis, estes poderiam proporcionar 8,1 Mtep. Tal
uma cifra deveria crescer rapidamente a partir do ano 2.005, e alcançar o 14,5 Mtep no
ano 2020.
A energia eólica demonstra a suas potencialidades pela criação de emprego de novas
tecnologias energéticas, e porque empregam 4.000 pessoas aproximadamente na Espanha,
entre empregos diretos e indiretos. A proposta alternativa supõem a criação de 9.000
empregos fixos na produção de aerogeradores e 3.600 na exploração, de um total de
60.000 novos empregos somente em energias renováveis (34.000 na produção e trabalho
civil, e 26.000 na exploração).
A Espanha aspira (oficialmente) que daqui a 10 anos 12% da energia consumida
seja, de origem renováveis.
O governo Espanhol decidiu criar uma bonificação para cada kilowatt solar
produzido de 60 pesetas, para estimular a produção.
35
regulamenta a venda e bonifica com 60 pesetas o quilowatt de energia solar. O efeito do
decreto não será conhecido até que seu regulamento seja aprovado, mas o Governo confia
que para, o ano 2010, 12% da energia serão de fontes renováveis. O Governo levou mais
de um ano transferindo à energia renovável os efeitos da Lei Elétrica que estabeleceu o
regime de competição livre no setor. Um decreto aprovado pelo último Conselho de
Ministros de 1998 regulamenta os mecanismos e incentivos que tornam possível durante o
ano 2010 que as energias não poluentes e sustentáveis possam contribuir com 12% do
consumo nacional. Agora eles alcançam 7%.
36
Os incentivos não garantirão que as companhias elétricas que distribuem a
produção, destinem ao sistema elétrico parte dos recursos em definitivo, será o usuário
final que pagará as tarifas e os incentivos para o desenvolvimento da energia renovável,
assim com outras cargas como a moratória nuclear; o consumo de carvão nacional e 1,3
trilhão pesetas e o custo do endosso pela transição para livre competição do elétrico.
Estes incentivos variam em função da fonte de energia que é usada. O mais reduzido
é o aplicado à incineração de resíduos urbanos (3,7 pesetas o kilowatt/hora), seguido pela
energia eólica (5,26 pesetas), até alcançar um máximo de 60 pesetas que serão aplicadas
ao instalações solares fotovoltaica. ( www.nodo50.org/panc/ere )
37
Instalações com Concentradores de Foco Linear: DCS, DISS, EUROTROUGH e
LS3
Esta instalação foi montada e posta em funcionamento no ano 1998, com o propósito
de finalizar os experimentos relacionados com a geração direta de vapor a alta pressão e
temperaturas (100 bar/400ºC) nos tubos absorvedores dos coletores cilindro parabólicos .
A central DISS está no momento a única instalação existente no mundo em condições
solares reais para os estudos de todos processos de fluxo bifásico é gerado (agua/vapor)
em coletores cilindro parabólicos. A solução é muito apropriada não só para o estudo e
desenvolvimento de esboços de controle por campos solares que trabalham com geração
direta de vapor, mas também para o estudo e otimização dos procedimentos de operação
que deveriam ser implementados neste tipo de campos solares.
A central DISS consiste em dois subsistema: o Campo Solar com coletores cilíndricos
parabólicos, e o Sistema de Potência. Na unidade solar, a água de alimentação é pré-
aquecida, evapora e transformada em vapor super aquecido e circula nos tubos
absorvedores no foco dos coletores cilíndricos parabólicos de 550 m de longitude e 2.750
38
m² de superfície de recepção solar. A Instalação pode produzir 0,8 Kg/s de vapor para 100
barra e 370ºC.
O Sistema de Potência é o lugar onde o vapor super aquecido é produzido pelo
campo solar é condensado, é processado e é usado novamente goste de alimentar água
para o campo solar (operação em ciclo fechado).
Esta instalação em seu conjunto possui um alto grau de flexibilidade operacional,
podendo trabalhar em três níveis diferente de pressões: 30/60 e 100 bar, com qualquer dos
três processos básicos de geração direta de vapor: Recirculação, Injeção ou combinação
deles. Também, está dotado com uma gama completa de instrumentos que permitem uma
total monitorização do sistema.
A figura 11 (pág39) mostra o esboço simplificado de uma central de geração de
energia DISS. Nela é observado que o campo solar consiste em uma linha composta por 11
coletores cilindro parabólicos solar cujo eixo de rotação esta orientado na direção norte-
sul. Os coletores estão compostos por módulos refletores cilíndricos parabólicos refletivo
de 12 m de comprimento e 5,7 m de largura. A unidade solar consiste em duas partes: a
seção de evaporação, e a seção de sobre-aquecimento . Ao final da seção de evaporação
existem uma bomba de recirculação e um separador água/vapor que aumentam a
flexibilidade operativa do sistema.
39
Figura 11 - Esquema simplificado da central DISS existente na PSA
40
Figura 12 - Vista del campo solar del lazo DISS en funcionamiento
A Central de ensaio LS-3, também chamada de central de ensaio HTF, foi instalado
no ano 1997 e constitui uma instalação satisfatória para avaliar, sob condições de reais de
operação com energia solar, com componentes para coletores cilindro parabólicos.
Espelhos, tubos absorvedores, sistemas de acompanhamento solar, etc., eles podem ser
instalados e podem ser avaliados no sistema que conta com os dispositivos de medida e
monitorizações adequadas para isto.
41
A Instalação consiste em um circuito de óleo térmico conectado, em circuito
fechado, em um coletor solar formado por 4 módulos cilindros parabólicos do tipo LS-3, de
12 m de comprimento e 5,7 m de largura, com uma superfície total de recepção solar de
272,5 m². O óleo térmico usado nesta instalação é o (Syltherm 800) que tem uma
temperatura de máximo de trabalho de 400ºC, e um ponto de congelamento de -40ºC. O
coletor solar tem seu eixo de rotação orientado na direção leste-oeste, o que permite
aumentar o número de horas o ano todo, esse o ângulo de incidência da radiação solar é
menor que 5º.
O circuito trocador de óleo desta instalação tem uma pressão de máxima de
trabalho de 16 bar e é constituído pelos elementos seguintes:
• Tanque de expansão para o óleo, de 1m3 de capacidade, com sistema automático
de inertização por meio de nitrogênio.
• Tanque de drenagem do circuito de óleo.
• Refrigerador de óleo por meio de fluxo de ar, com um poder de máximo de resfriar
225 kW. Tem um variador de velocidade para controlar o fluxo de ar.
• Bomba centrífuga de óleo, com um fluxo de 0 - 2,8 litros por segundo.
• Aquecedor de óleo, de 40 kW, 3 x 380 V.
42
Figura 13 - Vista general da central LS-3
Esta instalação possui uma potência nominal de 1,2 MWt, e consiste em quatro
subsistema principais, conforme mostrado na figura 14(pág.43):
Uma unidade solar é composta de 40 coletores cilíndricos parabólicos padrão
ACUREX 3001, agrupados em 10 linhas paralelas, com 4 coletores conectados em
série dentro de cada linha. A superfície total de recepção solar desta unidade é de
2.672 m², e o eixo de giro dos coletores é orientado na direção leste-oeste. O fluido
utilizado por esta unidade de coletores é Santotherm 55 que possui uma temperatura
máxima de trabalho de 300ºC. Os tubos absorvedores dos coletores solares estão
colocados no foco dos espelhos eles possuem um recobrimento seletivo de cromo
negro. Esta unidade solar tem um rendimento global de 50%, com um pico de poder
43
de 1,3 MWt para uma radiação solar direta de 950 W/m². A provisão meio diária de
energia térmica é de 6,5 MWt.
Esta instalação possue uma potência nominal de 1,2 MWt, e consta de quatro
subsistemas principais, tal como se mostra no esquema abaixo:
44
• Um sistema de geração de eletricidade de 500 kWe, por meio do ciclo Rankine de
água / vapor. Este sistema é composto por um: gerador de vapor, que é alimentado
pelo óleo aquecido da unidade de aquecimento solar para o tanque de
armazenamento; desgasificador; turbina de vapor; gerador elétrico e circuito de
refrigeração por meio de torres evaporação.
Capacidade: 3 m³/hora
Número de efeitos: 14
Água de entrada: Seawater (35.000 ppm)
Produto: Destilado (£50 ppm)
Fator de Recuperação: 38%
Fluxo de água alimentação: 8 m³/hora
Consumo térmico (FR): 63 kWh/m³ (>9)
Consumo elétrico: 3 kWh/m³
Potencia da unidade solar: 1,2 MWp
Rendimento da unidade solar: 50%
Superfície dos coletores: 276 m2
Tipo de coletores: ACUREX 3001 (CCP)
Armazenamento: 5 MWh (Therminol 55)
Fonte: Ministério de Educação e Ciência Máxima temp. do óçeo: 300ºC
da Espanha) – Instalções com
Concentradores de Foco linear – DCS,
DISS, EUROTROUGH e LS3
45
Histórico do Uso da Sistema de Refrigeração por
Absorção
46
Energia Térmica do Processo Industrial
47
fóssil e com a perda da geração de eletricidade convencional, mas pode já ser atrativo para
os mercados pioneiros onde os interesses ambientais ou uma imagem "verde" justificam os
custos de implementação de um sistema solar.
48
Figura 18 – Os custos de geração de energia térmica do coletor plano de placa, do coletor
de vácuo CPC e do coletor parabólico de pequeno porte da calha em função da temperatura
do fluido do coletor médio em posições de baixa e elevada incidência de insolação.
49
Objetivo
50
Projeto de refrigeração através da energia solar
Com o objetivo solucionar esses problemas, pode-se utilizar a energia solar para
aquecer a água que transferirá calor para um boiler e este trocando a energia, com a unidade
de refrigeração por absorção.
51
Figura 20 – Conjunto de coletores
52
europeu, a empresa alemã SOLITEM desenvolveu seu próprio projeto e estabeleceu uma
filial de produção na Turquia.
O protótipo do "Concentrador de Foco Fixo" da Fresnel que está sendo preparado
para a geração de calor em processo industrial permite a instalação nos telhados lisos de
edifícios industriais. Um ponto particular é significativamente menor sensibilidade a cargas
por ventos (eólicas).
O planejamento atual do campo solar prevê uma área do coletor de pelo menos do
100 m² da área da abertura do coletor no telhado do hotel, fornecendo água pressurizada a
um tanque de armazenamento com amortecimento.
O tanque fornece a água pressurizada a 180 °C a um gerador de vapor produzindo o
vapor saturado a 4.5 bar de pressão (148 °C), que alimenta a distribuição existente de
vapor.
53
Pôr meio deste arranjo, o calor solar excessivo não é desperdiçado mas é fornecido
a outros consumidores.
Com uma capacidade de refrigeração nominal de 116 quilowatts o ACM fornece
uma parte significativa do condicionamento de ar dos quartos do hotel.
O suporte será fornecido pelos refrigeradores existentes de compressão. A
lavanderia é o consumidor principal do vapor que funciona a um turno de 20 horas na
estação alta.
A demanda do vapor da lavanderia muda de 300 a 700 kg/h, em média é de
aproximadamente 240 kW. A instalação do sistema solar está programada para o inverno
2003/04.
54
Os Coletores Concentradores pode ser de vários tipos:
55
III. Parabólico composto (C.P.C.)
O coletor é formado pôr dos parábolas dispostas de tal maneira que ambos eixos
formam com a vertical o mesmo angulo f. Se demonstra que existe uma vinculação entre a
concentração C do coletor e o angulo, mediante a expressão:
56
sendo que todos os raios solares que incidem em um determinado ângulo, em relação a
vertical e que se encontram dentro de deste valor de f tem a particularidade de transmitir
suas reflexões luminosas nos captadores localizado na parte inferior. Este receptor pode ser
plano horizontal, plano vertical, cilíndrico, etc
57
Construção de Concentradores Solares
58
Coletor Plano-Concentrador
59
Gráfico 3 Energia x Comprimento de onda
Observamos que no gráfico 3, este mostra que há uma quantidade muito grande de
energia que a atmosfera deixa passar na região do infravermelho de 8P D P GH
comprimento de onda, e é justamente essa radiação que é a maior responsável pelo aumento
na eficiência do coletor plano concentrador fechado.
60
Figura 26 – Coletores solares
Sabemos que um corpo exposto ao Sol recebe um fluxo energético “Q” que o
aquece.
Simultaneamente, há perdas por radiação, convecção e condução, que aumentam
com a temperatura do corpo.
Em um determinado momento as perdas térmicas, “Qp”, se igualam aos ganhos
devidos ao fluxo energético incidente, atingindo-se a temperatura de equilíbrio, “Tc”.
Assim, no equilíbrio tem-se:
Q = Qp
61
Se retirarmos continuamente uma parte do calor produzido mudaremos as condições
de equilíbrio anterior, ficando:
Q = Qp + Qu
62
Coberturas transparentes
Placas absorvedoras
Isolamento Térmico
63
Caixa
64
O balanço energético de um C.P.C. :
Ui = Uu + Up
Temos:
Uu = Ui – Up
Sabendo que :
Ui = A x Ig x 2 x .
Up = A x ! x ( tc – ta )
Uu = A x [ Ig x 2 x . –![WF– ta )]
65
! => Coeficiente Global de perdas.
tc => Temperatura média da placa absorvedora (°C ).
tf => Temperatura média do fluido (°C ).
ta => Temperatura ambiente (°C ).
Tf = ( Te + Ts ) / 2
Pu = F’ x A x [ Ig x 2 x . – ! x ( tf – ta )]
66
Rendimento em um coletor solar
67
Este tipo de modelo corresponde a uma aproximação linear como se pode ver na figura
seguinte:
No gráfico 4 se vê que o
rendimento do coletor diminui à medida
que a temperatura média do fluido ( Tf )
sobe. Quando T* é nulo ( a temperatura
média do fluido é igual à temperatura
ambiente) o rendimento designa-se por
rendimento óptico (1). Quando a
temperatura de saída for igual à
temperatura de entrada, o rendimento é
nulo e o coletor atinge a temperatura de
Gráfico 4 – Curva de rendimento de um coletor
solar estagnação (2) ( máxima temperatura
que o coletor pode atingir para uma temperatura ambiente e radiação determinadas ).
É aquele que circula dentro do absorvedor e que transfere à outra parte do sistema a
energia térmica absorvida. Utiliza-se como fluido térmico, água ou uma mistura que
propicie uma melhor absorção do calor do sistema, e que possibilite uma melhor
transferência calórica.
68
A água apresenta pontos de ebulição diferentes para diversas pressões, sendo assim
podemos observar no quadro abaixo, o comportamento da temperatura de ebulição:
69
)OX[R )¶!&S
F'' = FR/F'
mCp/F'UL
Gráfico 5 – Ganho térmico em função do fluxo de fluido
70
Unidade Coletora Concentradora de Aquecimento Solar
Para Refrigeração
71
Figura 29 – Unidade coletora concentradora vista lateralmente
72
Está unidade de refrigeração é constituída dos seguintes elementos:
Em 1922 dois estudantes de engenharia suecos, Baltzar Von Platem e Carl Gustav
Munters, patentearam uma máquina de refrigeração de funcionamento contínuo, baixo
73
custo, a qual foi tema de um trabalho de conclusão de curso e está ilustrada na figura 6 (pág
21) ao lado de seus inventores. Tal equipamento produzido inicialmente por seus criadores
teve sua patente adquirida pela Electrolux, que a usou para projetar-se definitivamente no
mercado de eletrodomésticos.
O sistema, cujo esquema é ilustrado na figura acima, é o mais popular de todos
os sistemas de refrigeração por absorção, por causa de seu uso em refrigeradores
domésticos.
O aquecimento pode aumentar a pressão de um gás mas, por si, não tem como fazê-
lo fluir continuamente em um circuito fechado. A solução foi dada pelo ciclo de
refrigeração por absorção, que usa a lei de Dalton para manter o fluxo.
Seu funcionamento é baseado na lei das pressões parciais ou Lei de Dalton, segundo a qual
em um recipiente contendo mais de um gás a pressão total é a soma da pressão parcial de
cada gás.
Segundo a lei de Dalton, a pressão de uma mistura de gases e/ou vapores que não
reagem quimicamente entre si é igual à soma das pressões parciais de cada, ou seja, das
pressões que cada um teria se ocupasse isoladamente o mesmo volume, na mesma
temperatura. No sistema Electrolux são empregados 3 fluidos: um refrigerante, geralmente
amônia; um absorvente, geralmente água e um gás inerte, geralmente hidrogênio.
74
No fluxo de vapor uma solução com alta concentração de amônia, ou solução rica, é
aquecida liberando vapor de amônia o qual é retificado. A retificação é feita em um tubo
ascendente e sinuoso no qual a água contida no vapor condensa-se e retorna ao gerador de
vapor.
Após a retificação o vapor de amônia é tornado líquido em um condensador. No
condensador e retificador do sistema Electrolux existe somente amônia, ou seja a pressão
da amônia é igual à pressão do sistema. O vapor de amônia não passa por uma válvula de
expansão, mas sim por um sifão que impede o fluxo de gás inerte, existente no evaporador,
para o condensador. Evaporando a partir desse sifão o refrigerante expande-se no
evaporador, no qual existe um gás inerte, geralmente hidrogênio. Dessa forma a pressão da
amônia no evaporador será dada pela diferença entre a pressão total e a pressão parcial do
gás inerte. Saindo do evaporador a amônia é absorvida por uma solução pobre em amônia,
ainda a baixa pressão parcial formando a solução rica.
O fluxo de soluções água-amônia é movimentado por um termosifão. A solução rica
em amônia vinda do absorvedor, a qual se encontra em temperatura próxima à ambiente,
chega ao gerador passando por um trocador de calor em contra fluxo com uma solução com
baixa concentração de amônia, ou solução pobre, aquecida, que retorna do gerador. Nesse
trocador de calor a solução rica é pré aquecida e a solução pobre é pré resfriada. No gerador
a solução rica é aquecida em um tubo capilar no qual o vapor é gerado. A solução pobre,
formada no gerador, sobe arrastada pelas bolhas de vapor de amônia até um nível mais
elevado que o topo do absorvedor.
O retorno da solução pobre ao absorvedor é feito por gravidade, passando pelo
trocador acima citado, para ser pré resfriada, enquanto o vapor separado no gerador segue a
trajetória descrita para o primeiro fluxo. O fluxo de gás inerte circula apenas no absorvedor
e evaporador, únicos componentes que operam com baixa pressão parcial. No evaporador,
no qual há fluxo descendente, o gás inerte desce em razão do aumento de sua densidade
75
devido ao resfriamento. Chegando ao absorvedor o gás inerte é aquecido pelo processo
exotérmico de absorção e sobe novamente ao topo do evaporador.
76
A metodologia de cálculo para determinação desses valores é descrita a
seguir.
77
A concentração da solução rica com a qual o gerador-absorvedor é abastecido é
limitada pela máxima concentração admissível para solução para o máximo valor da
pressão de evaporação da amônia, na máxima temperatura da solução no momento da
absorção. Neste trabalho foi adotada a concentração máxima de 28%.
O limite inferior da concentração é alcançado no instante em que o vapor gerado
passa a ser integralmente absorvido pelo vapor de água que se condensa no retificador.
78
1) Primeira parcela: Aquecimento. O calor para aquecimento na etapa de elevação
de pressão, e expresso em [kJ]. Nessa etapa é fornecido calor para elevar a pressão e a
temperatura, da solução existente no volume de controle 1 da figura 2.5, que estão em
valores próximos aos do ambiente, condição na qual é possível uma concentração de
amônia de aproximadamente 30%, até que seja atingida a pressão de condensação. Essa
quantidade de calor é calculada pela equação abaixo:
79
água que retorna do retificador para o gerador. O valor da energia é expresso em [kJ], é
calculado pela equação abaixo, a qual mostra as trocas de energia verificada no volume de
controle 1:
O calor transferido no condensador pode ser estimado com base na energia interna
da amônia condensada e na entalpia associada à amônia oriunda do gerador-absorvedor, já
retificada, isto é isenta de água. Esse valor é expresso em [kJ], e calculado conforme a
equação abaixo:
Calor total da fase de aquecimento dado pela somatória das 2 primeiras parcelas,
conforme a equação abaixo:
80
Para determinar o coeficiente de performance, é necessário estimar a energia
transferida no evaporador. O calor transferido no evaporador é calculado conforme a
equação abaixo, sendo o resultado em [kJ]:
81
A intenção e economizar energia junto ao consumidor, e produzir o bem estar para
as comunidades e pequenas propriedades, através do financiamento governamental a juros
baixos.
Em uma reforma agrária não basta dar a terra, mas é necessário criar condições para
os que dela vivem, tenham condições iguais de produzir, hoje a energia elétrica não chega a
todos, ou quando chega não tem o mesmo poder.
82
extremidade fria destes, sendo que uma corrente elétrica é criada ao se fechar o curto
circuito deste sistema (figura 34 – pág 82)
83
Figura 35 – Efeito Seebeck
Leis Termoelétricas
b) - a f.e.m. gerada pelo termopar independe do ponto escolhido para medir o sinal. Por
isso, ao confeccionar o termopar, numa das junções não é realizada a solda, introduzindo-se
ali o instrumento.
84
c) - a f.e.m. do termopar não será afetada se em qualquer ponto do circuito for inserido um
terceiro metal, desde que suas junções sejam mantidas a mesma temperatura. Esta
propriedade é chamada, por alguns autores, de "Lei dos Metais Intermediários”.
Deve-se ter um cuidado todo especial com a junta de referência (chamado por
muitos autores, de junta fria), uma vez que a flutuação de sua temperatura pode acarretar
erros nas aplicações práticas dos termopares. Assim sendo, procura-se manter a junta de
referência em locais onde ocorrem pequenas flutuações de temperatura, usando-se, então,
como treferência, a própria temperatura ambiente.
85
Lei das Temperaturas Sucessivas.. A relação f.e.m. versus temperatura não
é linear.
86
Lei das Temperaturas Sucessivas
Potência Termoelétrica
P = dεε/dT
P = û0û7
87
O uso de uma célula Peltier no modo reverso pode nos fornecer energia elétrica,
quando submetido a uma diferença de temperaturas em suas extremidades, produzindo
uma d.d.p.
88
geradores SNAP 3 podem funcionar sem nenhuma atenção especial em lugares remotos
nos quais as centrais elétricas seriam totalmente impraticáveis.
89
Figura 36 - Termopar formado pelas pernas "P" e "N"
90
OS TERMOGERADORES – TEGS
91
Figura 37 - Funcionamento do Teg
Figura 38 Termopilha
92
Potências de 15 a 550 Watts podem ser obtidas por apenas uma única unidade
termogeradora. Como a configuração de potência fornecida por um TEG é bastante similar
a de uma bateria, combinações de múltiplos TEG's podem ser feitas ,paralelo ou em série,
para atender a requisitos maiores de potência. Sistemas com mais de 8000 Watts de
potência instalados já encontram-se em operação há um longo tempo.
Os Tegs possuem alta confiabilidade, além de ser isento de problemas com baterias,
pois não necessitam das mesmas e estas quando colocadas para backup, duram toda a sua
vida útil.
Por ser de tamanho reduzido e compacto, possuem uma baixa visibilidade, podendo
no entanto, ser colocado em abrigos.
Os Tegs são bastante utilizados em situações que requerem alta confiabilidade,
locais remotos, quando existe a necessidade de baixa manutenção e extensa vida útil ou em
condições climáticas adversas. Suas principais aplicações são proteção catódica, automação
e transmissão de dados, telecomunicação, auxílio à navegação e outras.
Instalação
Devido a uma simplicidade geral dos sistemas TEG, sua instalação é relativamente
simples e de baixo custo. Os requerimentos básicos são: Um suporte físico para suportar o
peso do gerador (tipicamente entre 40 e 100 kg), entrada de gás combustível entre 103 e
1724 kPa e cabos de conexão do ânodo e cátodo para as saídas do TEG.
93
O fornecimento de gás combustível é conectado a uma entrada do TEG, que
tipicamente tem seu próprio regulador de gás combustível. Se somente combustíveis a alta
pressão estiverem disponíveis (acima de 1724 kPa), então um sistema de despressurização
externa de combustível será necessário.
O fornecimento de combustível deve ser relativamente isento de impurezas para
prevenir bloqueios no sistema de alimentação de combustível no gerador. Além disso, o
combustível deve estar relativamente livre de hidrocarbonetos líquidos, pois como líquidos
queimam à temperaturas muito altas, podem danificar o TEG se maiores quantidades que
pequenas gotas chegarem ao TEG. O uso de um pequeno separador e um filtro para o TEG
podem eliminar impurezas e líquidos.
O consumo de combustíveis de um TEG é relativamente pequeno (entre 0.2 e 2m 3
/h de gás natural, dependendo do tamanho do TEG), então separadores podem ser
dimensionados para requerer limpeza só depois de alguns meses ou de até mesmo um ano.
Os TEGs poderão utilizar qualquer fonte de energia que forneça calor, como a Solar
ou Termal.
Manutenção
94
Com o uso de gás natural de qualidade, que é normalmente transportado em
pipelines, a manutenção pode ser feita numa base anual ou intervalos até maiores.
95
Catalogo da Global Thermoeletric´s de um dos seus Termogeradores
Materials of
Construction
96
Cabinet 316 SS
Cooling Type Natural Convection
Thermopile Hermetically Sealed Lead Tin-Telluride (PbSnTe)
Burner Meeker Type / Hastalloy
Fuel System Brass, Aluminum & SS
Environmental
Ambient Operating Max. 50°C (122°F)
Temp Min. -50°C (-58°F)
Unsheltered Operation
Operating Conditions
97
The PEM is designed to be used with either one or two Model 5060 or Model 5120
thermoelectric generators. The system is designed for a gaseous fluid supply. An optional
fuel vaporizing system is available to handle a liquid LPG supply for extremely cold weather
applications.
Materials of Construction Aluminum
Technical Specifications Photo - Typical Installation
PEM System Available Heat Air Flow Net Weight
BTU/hr KW(Heat) CFM m3/min lb. kg
1-5060 3,000 .88 30 0.85 205 93
1-5120 6,000 1.76 83 2.35 260 118
2-5060 6,000 1.76 60 1.70 285 129
2-5120 12,000 3.52 166 4.70 360 163
Installation Dimensions
Installation is made in the building wall and can be completed by two men in approximately
8 hours. The rough opening required to adapt the PEM to any shelter is:
Wall Thickness (3.0 in) 76 mm nominal
Vertical Dimensions (56.60 in) 1438 mm
Horizontal Dimensions (24.4 in) 620 mm
Maintenance
Inspection of the PEM should be completed during routine annual maintenance of the
thermoelectric generator. Any obstructions around the duct openings should be removed.
98
Figura 40 – Model 1500 (Protótipo)
99
Noticias
100
para potências elevadas), os TEG's irão operar de forma contínua em qualquer condição
climática possível na terra.
Potências de 15 a 550 Watts podem ser obtidas por apenas uma única unidade
termogeradora. Combinações podem ser feitas ,paralelo ou em série. Sistemas com mais de
8000 Watts de potência instalados já encontram-se em operação há um longo tempo.
101
Petrobras
102
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103
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Tables for the Letter- Designated. Thermocouples types Based on the ITS – 90”. NIST
National Institute of Standards and Technology.
105
ANEXO A
Apresentação
106
• a oportunidade de obtenção de recursos internacionais, disponíveis em função do
interesse da opinião pública pela proteção ambiental e do compromisso internacional de
cooperação tecnológica para equacionar as questões de desenvolvimento.
Declaração
A utilização das fontes solar e eólica necessita de apoio político, legislativo, financeiro,
tecnológico, de informação, de educação e de capacitação de recursos humanos, para
viabilizar o seu desenvolvimento. Este apoio deve resultar de uma ação coerente e imediata
com o objetivo de adequar os atuais modelos de oferta e de demanda de energia.
107
demonstração são complementos importantes do desenvolvimento, necessitando de apoio,
em todos os níveis e para todas as fases, para permitir a competitividade das tecnologias
nacionais ao nível mundial.
As referidas diretrizes estabelecem linhas de ação e propõem medidas específicas para criar
condições favoráveis ao desenvolvimento das fontes de energia solar e eólica no Brasil e
possibilitar a realização das metas propostas para o ano 2005: instalação de 1000 MW (
Mega Watts) de geração eólica, 50 MW de geração fotovoltaica e 3 milhões de metros
quadrados de geração termo-solar. Estas metas foram projetadas a partir do
dimensionamento de oportunidades de aplicações nas áreas de energia, integração regional,
bem estar social, forças armadas, telecomunicações, transporte, agricultura, educação e
saúde.
Diretrizes Políticas
108
• Estimular a produção independente das Energias Solar e Eólica , através de legislação
específica, facilidades de financiamento e garantia de compra de energia
• Promover a utilização das Energias Solar e Eólica para reduzir o consumo de diesel na
geração térmica, através da viabilização de programas com parcelas dos
subsídios/recursos existentes na CCC/Eletrobrás, FUPE/Petrobrás, e outros.
• Incentivar a utilização de energia termo-solar para reduzir a instalação de aquecimento
elétrico
• Incentivar a utilização de Energia Eólica no Sistema Interligado
• Incentivar a utilização das Energias Solar e Eólica em Sistemas Isolados de pequeno
porte
• Definir programa interministerial para o desenvolvimento das Energias Solar e Eólica ,
com coordenação centralizada ao nível federal e gestão descentralizada ao nível de
estados e municípios, com recursos provenientes de fundos federais, para investimentos
sustentados no longo prazo e com base em transferências intra-setoriais; de fundos
estaduais e municipais complementares, como por exemplo o de percentual de venda
total de energia; e de recursos do setor privado, como por exemplo da isenção de IPI,
Imposto de Renda e outros
• Propor programas específicos para as Energias Solar e Eólica de caráter regional,
através da realização de projetos de desenvolvimento social
• Promover a realização de projetos regionais de demonstração da tecnologia
• Incentivar o estabelecimento de cooperativas de usuários das Energias Solar e Eólica e
de organizações não governamentais, no sentido de implementar, operar e manter os
sistemas de Energia Solar e Eólica
• Utilizar o poder de compra do Estado para promover o incremento da produção e uso de
equipamentos voltados às aplicações de Energias Solar e Eólica , incentivando inclusive
a instalação de novas indústrias
• Adequar políticas para promover o desenvolvimento tecnológico e industrial das
Energias Solar e Eólica , inclusive estimulando a produção de materiais e componentes
no país
109
Diretrizes Legislativas, Adminstrativas e Institucionais
Diretrizes Tecnológicas
110
• Criar Centro de Referência das Energias Solar e Eólica, responsável pela
implementação e divulgação de sistema de informação do desenvolvimento
tecnológico, dos modelos de cooperação e do desempenho de sistemas instalados, ao
nível nacional e internacional
• Credenciar Centros de Excelência, Centros de Desenvolvimento Regional e
Laboratórios Especializados das Energias Solar e Eólica, fortalecendo estas instituições
e priorizando os recursos disponíveis
• Estabelecer plano nacional de normalização e certificação de sistemas das Energias
Solar e Eólica
• Estimular a realização de projetos, visando a demonstração da viabilidade, técnica,
econômica e sócio-ambiental, das utilizações das Energias Solar e Eólica e à formação
de recursos humanos
• Estimular às instituições de pesquisa e desenvolvimento a realizar programas
cooperativos com as indústrias, direcionando as atividades para tecnologias
economicamente viáveis num mercado competitivo
• Fomentar o desenvolvimento tecnológico e industrial nacional em sistemas solar e
eólico, com ênfase em equipamentos periféricos
111
• Estabelecer linhas de fomento para o financiamento de projetos de pesquisas e
desenvolvimento das Energias Solar e Eólica
112
• Editar periódico voltado aos usuários das Energias Solar e Eólica , orientando sobre as
tecnologias disponíveis e suas aplicações, divulgando informações de mercado e
intercâmbio de experiências
• Interligar, através de rede de informação tecnológica, o Centro de Referência, os de
Excelência, as Universidades, as indústrias e demais interessados
• Promover, apoiar e participar em eventos de divulgação do desenvolvimento e
aplicação das Energias Solar e Eólica
Foro Permanente
Os abaixo assinados certificam que esta Declaração foi debatida e aprovado pelos
participantes do Encontro para Definição de Diretrizes para o Desenvolvimento de Energias
Solar e Eólica no Brasil, em Belo Horizonte nos dias 27,28 e 29 de abril de 1994.
Mauricio Moszkowicz
Coordenador do Encontro
113
Comissão de Redação
114
ANEXO B
115
respectivas alíquotas:
Senado Federal
Subsecretaria de Informações
Data Link
31/05/2001 Referência
Altera alíquota do Imposto sobre Produtos
Industrializados - IPI incidente sobre os produtos
que menciona.
CÓDIGO DESCRIÇÃO ALÍQUOTA
%
116
ANEXO C
Energia alternativa
Legislação
117
preservação das florestas nativas;
VI - apoiar o reflorestamento econômico integrado, com essências diversificadas, em
áreas ecologicamente adequadas, visando suprir a demanda de matérias-primas de
origem vegetal;
VII - promover, respeitada a competência da União, o gerenciamento integrado dos
recursos hídricos, na forma da lei, com base nos seguintes princípios:
a) adoção das áreas das bacias e sub-bacias hidrográficas como unidades de
planejamento e execução de planos, programas e projetos;
b) unidade na administração da quantidade e da qualidade das águas;
c) compatibilização entre os usos múltiplos, efetivos e potenciais;
d) participação dos usuários no gerenciamento e obrigatoriedade de contribuição para
recuperação e manutenção da qualidade em função do tipo e da intensidade do uso;
e) ênfase no desenvolvimento e no emprego de método e critérios biológicos de
avaliação da qualidade das águas;
f) proibição do despejo nas águas de caldas ou vinhotos, bem como de resíduos ou
dejetos capazes de torná-las impróprias, ainda que temporariamente, para o consumo e a
utilização normais ou para a sobrevivência das espécies;
VIII - promover os meios defensivos necessários para evitar a pesca predatória;
* IX - controlar e fiscalizar a produção, a estocagem, o transporte, a comercialização e a
utilização de técnicas, métodos e instalações que comportem risco efetivo ou potencial
para a qualidade de vida e o meio ambiente, incluindo formas geneticamente alteradas
pela ação humana;
* Inciso regulamentado pela Lei 3029/98
X - condicionar, na forma da lei, a implantação de instalações ou atividades, efetiva ou
potencialmente causadoras de alterações significativas do meio ambiente à prévia
elaboração de estudo de impacto ambiental, a que se dará publicidade;
*XI - determinar a realização periódica, preferencialmente por instituições científicas e
sem fins lucrativos, de auditorias nos sistemas de controle de poluição e prevenção de
riscos de acidentes das instalações e atividades de significativo potencial poluidor,
incluindo a avaliação detalhada dos efeitos de sua operação sobre a qualidade física,
química e biológica dos recursos ambientais;
* Inciso regulamentado pela Lei 3029/98
XII - estabelecer, controlar e fiscalizar padrões de qualidade ambiental, considerando os
efeitos sinérgicos e cumulativos da exposição às fontes de poluição, incluída a absorção
de substâncias químicas através da dieta alimentar, com especial atenção para aquelas
efetiva ou potencialmente cancerígenas, mutagênicas e teratogênicas;
XIII - garantir o acesso dos interessados às informações sobre as fontes e causas da
degradação ambiental;
118
XIV - informar sistematicamente à população sobre os níveis de poluição, a qualidade
do meio ambiente, as situações de risco de acidentes e a presença de substâncias
potencialmente danosas à saúde na água potável e nos alimentos;
XV - promover medidas judiciais e administrativas de responsabilização dos causadores
de poluição ou de degradação ambiental, e dos que praticarem pesca predatória;
XVI - buscar a integração das universidades, centros de pesquisa, associações civis,
organizações sindicais para garantir e aprimorar o controle da poluição;
XVII - estimular a pesquisa, o desenvolvimento e a utilização de tecnologias
poupadoras de energia, bem como de fontes energéticas alternativas que possibilitem,
em particular nas indústrias e nos veículos, a redução das emissões poluentes.
XVIII - estabelecer política tributária visando à efetivação do princípio poluidor-
pagador e o estímulo ao desenvolvimento e implantação de tecnologias de controle e
recuperação ambiental mais aperfeiçoadas, vedada a concessão de financiamentos
governamentais e incentivos fiscais às atividades que desrespeitem padrões e normas de
proteção ao meio ambiente;
XIX - acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de
recursos hídricos e minerais efetuadas pela União no território do Estado;
XX - promover a conscientização da população e a adequação do ensino de forma a
incorporar os princípios e objetivos de proteção ambiental;
* XXI - implementar política setorial visando a coleta seletiva, transporte, tratamento e
disposição final de resíduos urbanos, hospitalares e industriais, com ênfase nos
processos que envolvam sua reciclagem;
* Regulamentado pela Lei nº 3443/2000
XXII - criar o Conselho Estadual do Meio Ambiente, de composição paritária, no qual
participarão os Poderes Executivo e Legislativo, comunidades científicas e associações
civis, na forma da lei;
XXIII - instituir órgãos próprios para estudar, planejar e controlar a utilização racional
do meio ambiente;
XXIV - aprimorar a atuação na prevenção, apuração e combate nos crimes ambientais,
inclusive através da especialização de órgãos;
XXV - fiscalizar e controlar, na forma da lei, a utilização de áreas biologicamente ricas
de manguezais, estuários e outros espaços de reprodução e crescimento de espécies
aquáticas, em todas as atividades humanas capazes de comprometer esses ecossistemas;
XXVI - criar, no Corpo de Bombeiros Militar, unidade de combate a incêndios
florestais, assegurando a prevenção, fiscalização, combate a incêndios e controle de
queimadas.
§ 2º - As condutas e atividades comprovadamente lesivas ao meio ambiente sujeitarão
os infratores a sanções administrativas, com a aplicação de multas diárias e progressivas
119
nos casos de continuidade da infração ou reincidência, incluídas a redução do nível de
atividade e a interdição, além da obrigação de reparar, mediante restauração os danos
causados.
§ 3º - Aquele que utilizar recursos ambientais fica obrigado, na forma da lei a realizar
programas de monitoragem a serem estabelecidos pelos órgãos competentes.
§ 4º - A captação em cursos d'água para fins industriais será feita a jusante do ponto de
lançamento dos efluentes líquidos da própria indústria, na forma da lei.
§ 5º - Os servidores públicos encarregados da execução da política estadual do meio
ambiente, que tiverem conhecimento de infrações persistentes, intencionais ou por
omissão, dos padrões e normas ambientais deverão, imediatamente, comunicar o fato ao
Ministério Público, indicando os elementos de convicção, sob pena de responsabilidade
administrativa, na forma da lei.
Art. 262 - A utilização dos recursos naturais com fins econômicos será objeto de taxas
correspondentes aos custos necessários à fiscalização, à recuperação e à manutenção dos
padrões de qualidade ambiental.
* § 1º - Aos municípios que tenham seus recursos hídricos utilizados para abastecer de
água potável a população do Estado do Rio de Janeiro é assegurada participação na
arrecadação tarifária ou compensação financeira em face da exploração econômica dos
mencionados recursos, devendo os respectivos resultados serem processados
separadamente em favor de cada um daqueles Municípios, por volume de água
fornecida, e calculados em proporção compatível com os valores dos royaltes pagos à
outros Municípios pela exploração de petróleo e de gás natural.
* § 2º - Os resultados financeiros que venham a ser obtidos em decorrência do disposto
no parágrafo anterior deverão ser aplicados integralmente em programas conjuntos com
o Estado para tratamento de despejos urbanos e industriais e de resíduos sólidos, de
proteção e de utilização racional de água e de outros programas que garantam a
fiscalização, a recuperação e a manutenção dos padrões de qualidade ambiental nos
Municípios de que cogitam o artigo anterior.
* § 3º - Aos Municípios de Nova Iguaçú, Japeri, Queimados, Belford Roxo, Mesquita,
Nilópolis, São João de Meriti, Duque de Caxias, Guapimirim, Magé e outros que
venham a integrar a Baixada Fluminense, abrangendo inclusive os Municípios de
Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e o Bairro de Paquetá, no Município do Rio de Janeiro,
integrantes do sistema de abastecimento de água denominado IMUNA - LARANJAL,
fica assegurada, no sistema de abastecimento de água à população do Estado do Rio de
Janeiro, uma distribuição prioritária correspondente a 30% (trinta por cento) do volume
de recursos hídricos provenientes dos dois primeiros e do Município de Magé no
presente referido.
* Parágrafos acrescentados pela Emenda Constitucional nº 22/2001.
120
Art. 263 - Fica autorizada a criação na forma da lei, do Fundo Estadual de Conservação
Ambiental, destinado à implementação de programas e projetos de recuperação e
preservação do meio ambiente, vedada sua utilização para pagamento de pessoal da
administração pública direta e indireta ou de despesas de custeio diversas de sua
finalidade.
* Art. 263 - Fica autorizada a criação, na forma da lei, do Fundo Estadual de
Conservação Ambiental e Desenvolvimento Urbano - FECAM, destinado à
implementação de programas e projetos de recuperação e preservação do meio
ambiente, bem como de desenvolvimento urbano, vedada sua utilização para pagamento
de pessoal da administração pública direta e indireta ou de despesas de custeio diversas
de sua finalidade.
* Nova redação dada pela Emenda Constitucional nº 15/2000.
§ 1º - Constituirão recursos para o fundo de que trata o caput deste artigo, entre outros:
I - 20% (vinte por cento) da compensação financeira a que se refere o artigo 20, § 1º, da
Constituição da República;
II - O produto das multas administrativas e de condenações judiciais por atos lesivos ao
meio ambiente;
III - dotações e créditos adicionais que lhe forem atribuídos;
IV - empréstimos, repasses, doações, subvenções, auxílios, contribuições, legados ou
quaisquer transferências de recursos;
V - rendimentos provenientes de suas operações ou aplicações financeiras.
(§ 2º - A administração do Fundo de que trata este artigo caberá a um Conselho em que
participarão necessariamente o Ministério Público e representantes da comunidade, na
forma a ser estabelecida em lei. )
§ 2º - O disciplinamento da utilização dos recursos do Fundo de que trata este artigo
caberá a um Conselho de que participarão, necessariamente, o Ministério Público e
representantes da comunidade, na forma a ser estabelecida em lei.
* Nova redação dada pela Emenda Constitucional nº 15/2000.
* § 3º - Os programas e projetos ambientais a que se refere o "caput" deste artigo
incluem, entre outros, os seguintes:
I - implantação de sistema de coleta e tratamento de esgotos domésticos;
II - implantação de sistemas de coleta de lixo, com ênfase na coleta seletiva e destinação
final adequadas de resíduos sólidos urbanos e sua reciclagem;
III - programas de conservação, reaproveitamento, reciclagem de energia, co-geração e
eficiência energética, e desenvolvimento de energias alternativas, como a solar e eólica,
entre outras;
IV - programas e projetos de educação ambiental na rede pública estadual, incluindo
intervenção desta na preservação das áreas do entorno das escolas, na forma da lei;
121
V - programas de desenvolvimento urbano integrados aos projetos locais e regionais de
desenvolvimento que contemplem soluções para os problemas ambientais locais;
VI - programas de despoluição dos ambientes de trabalho com monitoramento da
qualidade ambiental das empresas e desenvolvimento e implantação de tecnologias
alternativas não poluentes que preservem a saúde do trabalhador;
VII - programas de defesa dos recursos hídricos, incluindo a implantação dos comitês de
bacias hidrográficas, na forma da lei;
VIII - programas de monitoragem e fiscalização da presença de agrotóxicos nos
alimentos e de implementação de sistemas agrícolas integrados e não poluentes, como
os da agricultura biológica e orgânica;
IX - programas de fiscalização e inibição da pesca predatória e de estimulo à
piscicultura e maricultura;
X - programas de recuperação de áreas degradadas e de reflorestamento ecológico,
incluindo a produção de mudas;
XI - fiscalização e recuperação da Mata Atlântica e proteção da biodiversidade.
XII - demarcação da faixa marginal de proteção das lagoas e lagunas;
XIII - programas de prevenção e combate a incêndios em Florestas;
XIV - implantação das unidades de conservação da natureza, como parques, reservas e
área de preservação ambiental, incluindo plano diretor, plano de manejo, demarcação,
sede e educação ambiental das populações dos entornos;
XV - programas de tratamento e destinação final de lixo químico;
XVI - reforço dos sistemas de fiscalização ambiental;
XVII - programas de proteção à fauna, incluindo centros de triagem de animais,
prevenção e fiscalização;
XVIII - reforço de equipamentos e instalações do BPFMA, DPMA e Corpo de
Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro;
XIX - utilização de recursos como contrapartida a programas com financiamento
internacional, tais como, Programa de Despoluição da Baía de Guanabara e/ou de
Despoluição da Baía de Sepetiba;
XX - programa de divulgação em mídia de campanhas publicitárias, tais como o
combate aos balões e pela reciclagem de pilhas e garrafas plásticas;
XXI - programa de ecologia urbana, tais como ciclovias, implantação de combustíveis
menos poluentes nos transportes e nas indústrias, defesa das encostas;
XXII - recomposição e manutenção de manguezais e áreas protegidas;
XXIII - monitoragem e melhoria da qualidade do ar e da água potável e da
balneabilidade;
XXIV - programa para equipar e capacitar as cooperativas de catadores;
XXV - programas de relocalização (quando couber) de populações que ocupem áreas de
122
preservação ambiental, incluindo habitação digna e reinstalação;
XXVI - desenvolvimento de programas de eco-turismo;
XXVII - implantação do Centro de Referência de Segurança e Crimes Ambientais;
XXVIII - implantação do Centro de Referência da Saúde do Trabalhador em Ambientes
de Trabalho;
XXIX - campanhas e programas de orientação do consumidor aos custos do desperdício
e às qualidades e riscos ambientais dos produtos;
XXX - mapeamento das áreas e atividades de risco, na forma da Lei.
* Acrescentado pela Emenda Constitucional nº 15/2000.
Art. 264 - A implantação e a operação de instalações que utilizem ou manipulem
materiais radioativos, estarão sujeitas ao estabelecimento e à implementação de plano de
evacuação da população das áreas de risco e a permanente monitoragem de seus efeitos
sobre o meio ambiente e a saúde da população.
Parágrafo único - As disposições deste artigo não se aplicam à utilização de
radioisotopos previstos no artigo 21, XXIII, "b", da Constituição da República.
Art. 265 - Os projetos governamentais da administração direta ou indireta, que exijam a
remoção involuntária de contingente da população, deverão cumprir, dentre outras, as
seguintes exigências:
I - pagamento prévio e em dinheiro de indenização pela desapropriação, bem como dos
custos de mudança e reinstalação, inclusive, neste caso, para os não-proprietários, nas
áreas vizinhas às do projeto, de residências, atividades produtivas e equipamentos
sociais.
II - implantação, anterior à remoção, de programas sócio-econômicos que permitam às
populações atingidas restabelecerem seu sistema produtivo garantindo sua qualidade de
vida;
III - implantação prévia de programas de defesa ambiental que reduzam ao mínimo os
impactos do empreendimento sobre a fauna, a flora e as riquezas naturais e
arqueológicas.
Art. 266 - O Estado promoverá, com a participação dos Municípios e das comunidades,
o zoneamento ambiental de seu território.
§ 1º - A implantação de áreas ou pólos industriais, bem como as transformações de uso
do solo, dependerão de estudo de impacto ambiental, e do correspondente
licenciamento.
§ 2º - O registro dos projetos de loteamento dependerá do prévio licenciamento na
forma da legislação de proteção ambiental.
§ 3º - Os proprietários rurais ficam obrigados, na forma da lei, a preservar e a recuperar,
com espécies nativas suas propriedades.
Art. 267 - A extinção ou alteração das finalidades das áreas das unidades de
123
conservação dependerá de lei específica.
Art. 268 - São áreas de preservação permanente:
I - os manguezais, lagos, lagoas e lagunas e as áreas estuarinas;
II - as praias, vegetação de restingas quando fixadoras de dunas, as dunas, costões
rochosos e as cavidades naturais subterrâneas-cavernas;
III - as nascentes e as faixas marginais de proteção de águas superficiais;
IV - as áreas que abriguem exemplares ameaçados de extinção, raros, vulneráveis ou
menos conhecidos, na fauna e flora, bem como aquelas que sirvam como local de pouso,
alimentação ou reprodução;
V - as áreas de interesse arqueológico, histórico, científico, paisagístico e cultural;
VI - aquelas assim declaradas por lei;
VII - a Baía de Guanabara.
Art. 269 - São áreas de relevante interesse ecológico, cuja utilização dependerá de
prévia autorização dos órgãos competentes, preservados seus atributos essenciais:
I - as coberturas florestais nativas;
II - a zona costeira;
III - o Rio Paraíba do Sul;
IV - a Ilha Grande;
V - a Baía da Guanabara;
VI - a Baía de Sepetiba.
Art. 270 - As terras públicas ou devolutas, consideradas de interesse para a proteção
ambiental, não poderão ser transferidas a particulares a qualquer título.
* Art. 271 - A iniciativa do Poder Público de criação de unidades de conservação, com
a finalidade de preservar a integridade de exemplares dos ecossistemas, será
imediatamente seguida dos procedimentos necessários a regularização fundiária,
demarcação e implantação da estrutura de fiscalização adequadas.
* Regulamentado pela Lei nº 3443/2000
Art. 272 - O Poder Público poderá estabelecer restrições administrativas de uso de áreas
privadas para fins de proteção de ecossistemas.
Parágrafo único - As restrições administrativas de uso a que se refere este artigo deverão
ser averbadas no registro imobiliário no prazo máximo de um ano a contar de seu
estabelecimento.
Art. 273 - As coberturas florestais nativas existentes no Estado são consideradas
indispensáveis ao processo de desenvolvimento equilibrado e à sadia qualidade de vida
de seus habitantes e não poderão ter suas áreas reduzidas.
Art. 274 - As empresas concessionárias ou permissionárias de serviços públicos deverão
atender aos dispositivos de proteção ambiental em vigor.
Art. 275 - Fica proibida a introdução no meio ambiente de substâncias cancerígenas,
124
mutagênicas e teratogênicas, além dos limites e das condições permitidas pelos
regulamentos dos órgãos do controle ambiental.
Art. 276 - A implantação e a operação de atividades efetiva ou potencialmente
poluidoras dependerão de adoção das melhores tecnologias de controle para proteção do
meio ambiente, na forma da lei.
* Regulamentado pela Lei nº 3801/2002.
Parágrafo único - O Estado e os Municípios manterão permanente fiscalização e
controle sobre os veículos, que só poderão trafegar com equipamentos antipoluentes,
que eliminem ou diminuam ao máximo o impacto nocivo da gaseificação de seus
combustíveis.
* Art. 277 - Os lançamentos finais dos sistemas públicos e particulares de coleta de
esgotos sanitários deverão ser precedidos, no mínimo, de tratamento primário completo,
na forma da lei.
§ 1º - Fica vedada a implantação de sistemas de coleta conjunta de águas pluviais e
esgotos domésticos ou industriais.
§ 2º - As atividades poluidoras deverão dispor de bacias de contenção para as águas de
drenagem, na forma da lei.
* Artigo regulamentado pela Lei nº 2661/96
Art. 278 - É vedada a criação de aterros sanitários à margem de rios, lagos, lagoas,
manguezais e mananciais.
Art. 279 - O Estado exercerá o controle de utilização de insumos químicos na
agricultura e na criação de animais para alimentação humana, de forma a assegurar a
proteção do meio ambiente e a saúde pública.
Parágrafo único - O controle a que se refere este artigo será exercido, tanto na esfera da
produção quanto na de consumo, com a participação do órgão encarregado da execução
da política de proteção ambiental.
Art. 280 - A lei instituirá normas para coibir a poluição sonora.
Art. 281 - Nenhum padrão ambiental do Estado poderá ser menos restritivo do que os
padrões fixados pela Organização Mundial de Saúde.
Art. 282 - As empresas concessionárias do serviço de abastecimento público de água
deverão divulgar, semestralmente, relatório de monitoragem da água distribuída à
população, a ser elaborado por instituição de reconhecida capacidade técnica e
científica.
Parágrafo único - A monitoragem deverá incluir a avaliação dos parâmetros a serem
definidos pelos órgãos estaduais de saúde e meio ambiente.
125
05/02/2003
INCENTIVO A ENERGIAS RENOVÁVEIS SERÁ VOTADO ESTE ANO NA
CÂMARA
A Comissão de Finanças e Tributação deve votar neste ano o Projeto de Lei 5210/01,
de autoria do Senado Federal, que propõe a criação de um Programa de Incentivos a
Energias Renováveis (Pier). O projeto, já aprovado pela Comissão de Minas e
Energia, pretende incentivar a produção de energia elétrica a partir de fontes
alternativas renováveis - como solar, eólica, biomassa e de pequenas centrais
hidrelétricas.
Energia Solar
126
Energia Solar Fotovoltaica
Projetos e Perspectivas Futuras
O sol é fonte de energia renovável, o aproveitamento desta energia tanto como fonte
de calor quanto de luz, é uma das alternativas energéticas mais promissoras para
enfrentarmos os desafios do novo milênio.
A energia solar é abundante e permanente, renovável a cada dia, não polui e nem
prejudica o ecossistema. A energia solar é a solução ideal para áreas afastadas e ainda
não eletrificadas, especialmente num país como o Brasil onde se encontram bons
índices de insolação em qualquer parte do território.
A Energia Solar soma características vantajosamente positivas para o sistema
ambiental, pois o Sol, trabalhando como um imenso reator à fusão, irradia na terra
todos os dias um potencial energético extremamente elevado e incomparável a
qualquer outro sistema de energia, sendo a fonte básica e indispensável para
praticamente todas as fontes energéticas utilizadas pelo homem.
O Sol irradia anualmente o equivalente a 10.000 vezes a energia consumida pela
população mundial neste mesmo período. Para medir a potência é usada uma unidade
chamada quilowatt. O Sol produz continuamente 390 sextilhões (390x1021) de
quilowatts de potência. Como o Sol emite energia em todas as direções, um pouco
desta energia é desprendida, mas mesmo assim, a Terra recebe mais de 1.500
quatrilhões (1,5x1018) de quilowatts-hora de potência por ano.
A energia solar é importante na preservação do meio ambiente, pois tem muitas
vantagens sobre as outras formas de obtenção de energia, como: não ser poluente,
não influir no efeito estufa, não precisar de turbinas ou geradores para a produção de
energia elétrica, mas tem como desvantagem a exigência de altos investimentos para
o seu aproveitamento. Para cada um metro quadrado de coletor solar instalado evita-
se a inundação de 56 metros quadrados de terras férteis, na construção de novas
usinas hidrelétricas. Uma parte do milionésimo de energia solar que nosso país
recebe durante o ano poderia nos dar 1 suprimento de energia equivalente a:
127
*54% do petróleo nacional
*2 vezes a energia obtida com o carvão mineral
*4 vezes a energia gerada no mesmo período por uma usina hidrelétrica.
Arquitetura Bioclimática
128
condiciona o projeto arquitetônico quanto à sua orientação espacial, quanto às
dimensões de abertura das janelas e transparência na cobertura das mesmas. A
intenção de aproveitamento do calor provenientes do sol implica seleção do material
adequado (isolante ou não conforme as condiçòes climáticas) para paredes, vedações
e coberturas superiores, e orientação espacial, entre outros fatores.
A arquitetura bioclimática não se restringe a características arquitetônicas adequadas.
Preocupa-se, também, com o desenvolvimento de equipamentos e sistemas que são
necessários ao uso da edificação (aquecimento de água, circulação de ar e de água,
iluminação, conservação de alimentos entre outros) e com o uso de materiais de
conteúdo energético tão baixo quanto possível.
129
fabricantes pelo mercado brasileiro. A quantidade de radiação incidente no Brasil é
outro fator muito significativo para o aproveitamento da energia solar.
Perspectivas Futuras
Atlas Solarimétrico
O mercado brasileiro de aquecimento solar teve seu crescimento em números
consideráveis nos meados da década de 70 com a crise do petróleo.
O Brasil possui um grande epotencial energético solar, mas quase em todo território é
inviável a instalação e manutenção de instrumentos de medição solar. O
aproveitamento racional da energia solar no sentido de produzir instalações bem
dimensionadas e economicamente viavéis só é possível a partir de informações
solarimétricas consistentes da região em questão.
Em 1995, através do Grupo de Trabalho de Energia Solar (GTES), foram
estabelecidas, dentro do contexto solarimetria, duas propostas de trabalho que se
seguiram com o apoio da instituição: O Atlas Solarimétrico do Brasil publicado em
agosto de 1997 pelo Grupo de Pesquisas em Fontes Alternativas (FAE/UFPE) e o
Atlas de Irradiação Solar do Brasil publicado em outubro de 1998 pelo Laboratório
de Energia Solar (Lab Solar/UFSC) e Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE).
O primeiro está representando por mapas mensais contendo isolinhas das medidas de
insolação e radiação global, fundamentais na compilação de dados históricos
disponíveis em todas as estações terrestres existentes no País.
A segunda proposta trata-se da aplicação e adaptação para o Brasil de um modelo
físico alemão utilizando imagens de satélites e está respresentado por mapas mensais
contendo valores pontuais da radiação global.
Os avanços e esforços realizados na área de solametria vem trazendo resultados
significativos e muitas informações. É importante analisar que a qualidade de tais
dados, depende dos alcances e limites técnicos de cada modelo.
Vários outros projetos estão sendo implantados na área de solametria, e muitos deles
apoiados pela Cresesb (Centro de Referência para Energia Solar e Eólica Sérgio de
130
Salvo Brito) e pela CEPEL (Centro de Pesquisas de Energia Elétrica), segue alguns
deles:
Aquecimento Solar
Aquecimento Solar para Residencia de Baixa Renda - Ilha do Mel - PR
Instalações de Aquecedores Solares em Belo Horizonte - MG
Aplicações Comunitárias
Eletrificação Fotovoltaica na Comunidade de Boa Sorte - Correguinho - MS
Sistema de Eletrificação Comunitária no CEARÁ
Eletrificação Fotovoltaica em Escola Rural - São João da Barra - RJ
131
Energização da Comunidade Céu do Mapiá - com Energia Solar Fotovoltaica
Iluminação Pública e Energização do Posto da Polícia Florestal - Região do Pantanal
- MT
Sistema de Eletrificação Fotovoltaica em Creche - Currais Novos - RN
Sistema de Eletrificação Fotovoltaica em Escola - Carnaíba - RN
Sistema de Telefonia Pública utilizando Energia Fotovoltaica - Maceió - AL
Sistemas Hídricos
Sistema Híbrido (solar- eólico-diesel) a ser implantado em Joanes - PA
Sistema Híbrido para Estações Remotas de Telecomunicação - Serra de Bocaina -
MG
Sistema Híbrido para Serviços Bancários - Posse - GO
Aplicações Diversas
Sistema Fotovoltaico da Estação Ecológica da Juréia - Itatins - Grajaúna - São Paulo
Sistema Fotovoltaico do Parque Ecológico Porto Sauípe - Bahia
Sistema Fotovoltaico para Estações Remotas de Telecomunicação - Bonfim - MG
132
Posto telefônico Móvel utilizando Energia Solar - Brasília - DF
133
Altera alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI
incidente sobre os produtos que menciona. Abrir
Resoluções da ANEEL
RESOLUÇÃO Nº 488, DE 29 DE AGOSTO DE 2002.
Atualiza procedimentos, fórmulas e limites de repasse dos preços
de compra de energia elétrica para as tarifas de fornecimento de
concessionárias e permissionárias de distribuição de energia
elétrica..Abrir
134
RESOLUÇÃO Nº 278, DE 28 DE SETEMBRO DE 1999.
Autoriza, para fins de regularização, a Centrais Eólicas do Paraná
Ltda. a estabelecer-se como Produtor Independente de Energia
Elétrica, mediante a implantação da Usina Eólio-Elétrica de
Palmas, no Município de Palmas, Estado do Paraná. Abrir
135
FADE/UFPE. Abrir
Centro de Referência para Energia Solar e Eólica Sérgio de Salvo Brito – CRESESB [email protected]
136
ANEXO D
PRODEEM
PROGRAMA PARA O DESENVOLVIMENTO ENERGÉTICO
DOS ESTADOS E MUNICÍPIOS
Preparado pelo
Depto. Nacional de Desenvolvimento Energético DNDE/ MME e CEPEL
Apresentado por Maurício Moszkowicz
O modelo de crescimento econômico adotado pelo País nas últimas décadas priorizou a
industrialização, estimulou o processo de urbanização e orientou o sistema energético
nacional para a produção centralizada de grandes blocos de energia, incapaz de satisfazer as
necessidades de grande parte da população, principalmente os moradores de periferia das
grandes cidades e das zonas rurais.
Por outro lado, os subsídios ao consumo de gasolina, álcool, diesel, gás liquefeito de
petróleo e eletricidade nas regiões mais distantes, comunidades isoladas e zonas rurais
(Foto 1) inibiram o desenvolvimento de sistemas de produção e uso locais de energia que
poderiam ser competitivos, a preços reais, com os sistemas convencionais centralizados e
que, adicionalmente, gerariam empregos locais, manteriam a receita da produção e da
comercialização da energia na própria região e poderiam suportar um processo de
desenvolvimento regional auto-sustentado.
137
Foto 1 - Painéis fotovoltaicos e antena parabólica na escola pública de Diamantina (MG)
Assim, apesar das conquistas alcançadas pelo setor energético nacional, no sentido de
proporcionar energia elétrica à população como um todo, somente 55% dos domicílios
rurais e 27,5% das propriedades rurais têm, hoje, acesso à energia elétrica, o que significa
mais de 20 milhões de habitantes e 4 milhões de propriedades agrícolas (em todo o País)
desassistidas do suprimento deste tipo de energia.
138
Situação da Eletrificação Rural no Brasil Taxa de Eletrificação da População Rural
40
BRASIL 35
27.5%
Total
População (milhões)
30
Não Eletrificadas
NE 25
11.1%
S
61.7% Propriedades Rurais 20
45.1%
SE 15
47.0% Propriedades Rurais
N Eletrificadas 51.8%
1.8% 10
Centro-O 97.6%
28.2% 5
22.1%
13.5%
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 0
Propriedades Rurais (milhares) BRASIL NE SE S Centro-O
Gráfico 8: Taxa de Atendimento Domiciliar Rural Gráfico 9: Propriedades Rurais - Taxa de Atendimento
Uma escola sem curso noturno não consegue atender às crianças e adultos que trabalhem
durante o dia; sem um refrigerador para conservar remédios e vacinas, postos de saúde são
ineficazes; a produção comunitária de alimentos, sem irrigação apropriada, é insufciente
para combater a carência alimentar das populações desassistidas. Sob o enfoque econômico,
a disponibilidade de energia é essencial para agregar valor ao produto rural e elevar a renda
dos pequenos produtores, núcleos de colonização e cooperativas rurais, gerando empregos,
fixando o homem na região e reduzindo a migração para as áreas urbanas. A ausência de
energia é, portanto, um vetor de subdesenvolvimento.
139
Os sistemas energéticos implementados pelo Programa incluem a utilização de painéis
fotovoltaicos, aerogeradores e cataventos, pequenas centrais hidrelétricas, combustíveis
derivados da biomassa (álcool, óleos vegetais, resíduos florestais e agrícolas), biodigestores
e outros. A ação do Prodeem está direcionada para a implementação dos seguintes
subprogramas:
140
* incentivar a multiplicação dos projetos em cada Estado, facilitando a articulação dos
agentes que se responsabilizarão pela extensão e aplicação dos recursos necessários e,
também, pelo acompanhamento dos resultados;
* identificar as fontes de financiamento disponíveis para os projetos do Prodeem e orientar
os demais agentes para a obtenção desses recursos;
* alocar os recursos financeiros necessários à complementação dos esforços dos demais
agentes, zelando pela permanência do Programa;
* promover a elaboração de leis, normas e regulamentos destinados a apoiar a implantação
dos projetos.
141
* Para evitar dispersão de esforços na área de atendimento às demandas sociais, o MME
alinhou-se com o Programa Comunidade Solidária, oferecendo o Prodeem como a
contribuição do Setor de Energia àquele Programa.
142
beneficiando, aproximadamente, 160 mil pessoas, com investimento estimado de R$ 16
milhões
Para os anos subseqüentes, até 1999, prevê-se que aproximadamente 25% do custo de
cada projeto sejam representados por investimentos do MME. Os dispêndios previstos para
o setor são mostrados na Tabela 2.
143
ESTADOS CONCLUID EXECUÇÃ LICITAÇÃ
OS O O
Acre - 15 -
Alagoas 1 - 2
Amapá - 9 5
Amazonas - 1 -
Bahia 1 15 41
Ceará 1 3 6
Espirito Santo 1 - -
Goiás - 1 14
Maranhão - 1 12
Mato Grosso - 1 10
Mato Grosso do Sul 1 9 97
Minas Gerais 1 12 85
Pará - - 24
Paraná 1 - 1
Paraiba - 1 -
Piauí - 6 35
Rio de Janeiro 9 3 -
Rio Grande do Norte - 19 -
Rio Grande do Sul - 4 -
Rondônia - 1 17
Roraima - 1 2
Santa Catarina - - 1
São Paulo - - 9
Sergipe 1 - -
Tocantins - 1 -
Tabela 6 - Distribuição das comunidades beneficiadas por Estados
144
Origem dos Recursos (R$ milions)
o
Ano N de População
Projeto Beneficiada Fiscais Estados e
Parcerias Total
s MME Municípios
1997 1.000 400.000 5 5 5 15
1998 3.000 1.200.000 10 10 20 40
1999 5.000 2.000.000 10 10 30 50
Prodeem Econômico
145
Foto 3 - Sistema de bombeamento para irrigação em Capim Grosso (BA)
146
Prodeem Complementar
Os recursos para este Subprograma serão obtidos através das mesmas fontes de
financiamento disponíveis ou a serem instituídas para a ampliação da oferta do setor
elétrico nacional, com a diferenciação necessária ao incentivo do aproveitamento de fontes
renováveis descentralizadas, conforme previsto nas linhas de crédito destinadas ao
Prodeem/Econômico.
147
Foto 4: Energia Solar para residências em Pentecostes (CE)
148
Foto 6: Campo de testes do Cepel, na Ilha do Fundão (RJ)
Conclusões
As estatísticas informam que, nas duas últimas décadas, ocorreram excedentes de oferta
de energia no País; todavia, milhões de brasileiros permaneceram sem a energia necessária
à satisfação de suas mínimas necessidades de sobrevivência (água potável, alimentos,
saúde, educação, informação), embora a energia necessária para tais satisfações fosse muito
pequena.
Ao complementar os sistemas centralizados de produção de energia já consolidados no
Brasil, o aproveitamento das fontes descentralizadas de energia promovido pelo Prodeem,
permite criar condições estruturais para o combate à fome e à miséria no interior do País,
otimiza os programas de eletrificação rural e de irrigação e garante a infraestrutura
energética necessária ao desenvolvimento agrícola e à manutenção dos assentamentos
rurais. Adicionalmente, promove a geração de empregos e o aumento da renda nas regiões
isoladas e no meio rural, contribuindo para a fixação do homem na região e reduzindo a
migração para as áreas urbanas.
149
ANEXO E
150
ressaltou — por sua vez O presidente da empréstimos, o Governo
— o representante do Companhia Elétrica da se encarrega de boa parte
Environment Enterprise Bahia, André Teixeira, deles”, concluiu.
Assistant Fund (Eeaf). ressaltou, por sua vez, Também presente ao
Ele acredita que as que, em alguns casos, o evento, o representante
reduzidas taxas uso de energia solar ou do Banco Nacional de
inflacionárias e uma bem eólica não pode ser Desenvolvimento
definida legislação sobre consideradas alternativo, Econômico e Social
o meio ambiente sejam a mas apropriado. (BNDES), Eduardo
base de sustentação para Temos que avaliar de que Bandeira, garantiu que
o aumento dos forma elétrica, as fontes “se os projetos se
investimentos. alternativas podem ser apresentarem, haverá
A possibilidade de novos competitivas. Contudo, dinheiro”.
investimentos no campo para certas localidades, é Um dos pontos
de energias renováveis, mais lucrativo instalar considerados relevantes
evidentemente, não um painel do que nesse processo de
passou despercebida ao construir quilômetros de exploração de energia
Governo Federal. José rede, disse Teixeira. solar e eólica é a
Luiz Perez Garrido, Mas, como transformar legislação.
secretário executivo do projetos pilotos em “Os cuidados, hoje, com
Ministério das Minas e mercado efetivo? Esta foi o meio ambiente, são
Energias, por exemplo, uma das questões grandes. O nível de
foi um dos que visitou os formuladas por Luiz conscientização da
estandes e conversou Vaca Soto, representante população busca
com palestrantes e do Banco Mundial. conviver em harmonia
convidados. Segundo ele, essa com a natureza”, disse
— A ação do Governo se transformação exige Garrido, secretário
passa ainda no pontos chaves: bancos de executivo do Ministério
acompanhamento e desenvolvimentos e das Minas e Energia.
incentivo dos programas. comerciais atuantes e Embora no Brasil não
O Brasil é um país muito concessionárias privadas exista legislação
grande; logo, representa para fornecer abrangente sobre o
um mercado virtual que equipamentos, assunto, ele acredita que
pode passar a ser efetivo. encarregar-se das tarifas, a visão ambiental deverá
É bom que os receber subsídios e nortear as ações políticas.
investidores estejam aqui equiparar gastos e lucros. “As leis precisam ser
acentuou. “Quanto aos cada vez mais rigorosas e
apertadas”, ressaltou.
151
No que tange à Banco promete, também,
conscientização incentivar projetos
ambiental, as energias criativos do setor
renováveis atendem aos privado. Além dos
anseios da população. programas já
“Estamos todos estabelecidos pelo Banco
preocupados com o Mundial, a missão do
Efeito Estufa. Qualquer World Bank esteve com
fonte de energia que representantes dos
produza menos ou diversos segmentos em
nenhum carbono é bem Salvador para discutir
vista pelo Banco uma linha de
Mundial”, acrescentou, financiamento para o
por sua vez, Ernesto Brasil, na área das
Terrado. A soma desses energias renováveis. A
fatores (mudança de ação do Governo se
cenário econômico, passa ainda no
necessidade social de acompanhamento e
fontes alternativas e incentivo dos programas.
visão ambientalista) fez o O Brasil é um país muito
Banco Mundial bater o grande; logo, representa
martelo e incluir o Brasil um mercado virtual que
na lista dos países que pode passar a ser efetivo.
receberão, no total, US$ É bom que os
800 milhões para a investidores estejam aqui
concessão de programas acentuou.
de iniciativa solar. O - Luiz Perez Garrido -
152
ANEXO F
Arq99conleg/PLS energiaeólica.doc
153
ANEXO G
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, incisos
IV e VI, da Constituição, e tendo em vista o disposto no art. 2 º , § 2º, da Lei n º 9.478, de 6
de agosto de 1997,
DECRETA:
Art. 1 º O Conselho Nacional de Política Energética - CNPE, criado pela Lei nº 9.478, de 6
de agosto de 1997, é órgão de assessoramento do Presidente da República para a
formulação de políticas e diretrizes de energia, destinadas a:
I - promover o aproveitamento racional dos recursos energéticos do País, em conformidade
com o disposto na legislação aplicável e com os seguintes princípios:
a) preservação do interesse nacional;
b) promoção do desenvolvimento sustentado, ampliação do mercado de trabalho e
valorização dos recursos energéticos;
c) proteção dos interesses do consumidor quanto a preço, qualidade e oferta dos produtos;
d) proteção do meio ambiente e promoção da conservação de energia;
e) garantia do fornecimento de derivados de petróleo em todo o território nacional, nos
termos do § 2º do art. 177 da Constituição Federal;
f) incremento da utilização do gás natural;
g) identificação das soluções mais adequadas para o suprimento de energia elétrica nas
diversas regiões
do País;
h) utilização de fontes renováveis de energia, mediante o aproveitamento dos insumos
disponíveis e das tecnologias aplicáveis;
i) promoção da livre concorrência;
j) atração de investimentos na produção de energia;
l) ampliação da competitividade do País no mercado internacional;
II - assegurar, em função das características regionais, o suprimento de insumos energéticos
às áreas
154
mais remotas ou de difícil acesso do País, submetendo as medidas específicas ao Congresso
Nacional, quando implicarem criação de subsídios, observado o disposto no parágrafo
único do art. 73 da Lei nº 9.478, de 1997;
III - rever periodicamente as matrizes energéticas aplicadas às diversas regiões do País
155
ANEXO H
156
§ 5 º A regulamentação da Aneel de que trata o § 1 º , referente aos consumidores com faixa
de consumo mensal entre 80 e 220 kWh, será publicada no prazo de até 180 (cento e
oitenta) dias e, ultrapassado este prazo sem regulamentação, será estendido a eles também o
critério de enquadramento baseado exclusivamente no consumo mensal.
157
ANEXO I
Ministério das Minas e Energias
O governo federal inicia este ano o desafio de acabar com a exclusão elétrica no país. É o
programa LUZ PARA TODOS, que tem o objetivo de levar energia elétrica para mais de 12
milhões de pessoas até 2008. O programa, coordenado pelo Ministério de Minas e Energia
com participação da Eletrobrás e de suas empresas controladas, atenderá uma população
equivalente aos estados de Piauí, Mato Grosso do Sul, Amazonas e do Distrito Federal.
A instalação da energia elétrica até os domicílios será gratuita para as famílias de baixa
renda e, para os consumidores residenciais, com ligação monofásica e consumo mensal
inferior a 80kwh/mês, as tarifas serão reduzidas, como previsto na legislação.
O mapa da exclusão elétrica no país revela que as famílias sem acesso à energia estão
majoritariamente nas localidades de menor Índice de Desenvolvimento Humano e nas
famílias de baixa renda. Cerca de 90% destas famílias têm renda inferior a três salários-
mínimos e, 80% estão no meio rural.
Por isso, o objetivo do governo é utilizar a energia como vetor de desenvolvimento social e
econômico destas comunidades, contribuindo para a redução da pobreza e aumento da
renda familiar. A chegada da energia elétrica facilitará a integração dos programas sociais
do governo federal, além do acesso a serviços de saúde, educação, abastecimento de água
e saneamento.
Com o LUZ PARA TODOS, o governo antecipará em sete anos a universalização da energia
elétrica no país, seguindo as metas do cronograma de atendimento. Pela legislação atual, as
concessionárias de energia teriam prazo até dezembro de 2015 para eletrificar todos os
domicílios sem acesso à energia no Brasil.
O programa será iniciado em todos os estados brasileiros até o final de 2003 com a
instalação dos Comitês Gestores Estaduais de Universalização (CGEU) e o início de projetos
pioneiros. A comunidade de Nazaré será a primeira atendida pelo LUZ PARA TODOS. Nazaré
está localizada no município de Novo Santo Antônio (Piauí), cidade do país com o menor
índice de acesso à energia elétrica, onde apenas 8% dos domicílios são atendidos.
158
Os futuros consumidores deverão se dirigir à distribuidora local para fazer seu
pedido de instalação. Esta solicitação será incluída no Programa de obras das
distribuidoras e atendida de acordo com as prioridades estabelecidas no manual de
operacionalização do LUZ PARA TODOS e pelo Comitê Gestor Estadual de Universalização.
2 352'((0 WHP SRU REMHWLYR DWHQGHU jV ORFDOLGDGHV LVRODGDV QmR VXSULGDV GH HQHUJLD
HOpWULFD SHOD UHGH FRQYHQFLRQDO REWHQGR HVVD HQHUJLD GH IRQWHV UHQRYiYHLV ORFDLV GH
PRGR D SURPRYHU R GHVHQYROYLPHQWR DXWRVXVWHQWiYHO VRFLDO H HFRQ{PLFR GHVVDV
ORFDOLGDGHV
159
DECRETO DE 27 DE DEZEMBRO DE 1994
Cria o Programa de Desenvolvimento Energético dos
Estados a Municípios (Prodeem), a dá outras providências.
DECRETA:
Art. 1° Fica criado o Programa de Desenvolvimento Energético dos
Estados e Municípios (Prodeem), com os seguintes objetivos:
I - viabilizar a instalação de microsistemas energéticos de produção a
uso locais, em comunidades carentes isoladas não servidas por rede
elétrica, destinados a apoiar o atendimento das demandas sociais
básicas;
II - promover o aproveitamento das fontes de energia descentralizadas
no suprimento de energéticos aos pequenos produtores, aos núcleos
de colonização a às populações isoladas;
III - complementar a oferta de energia dos sistemas convencionais
com a utilização de fontes de energia renováveis descentralizadas;
IV - promover a capacitação de recursos humanos e o
desenvolvimento da tecnologia a da indústria nacionais,
imprescindíveis à implantação e à continuidade operacional dos
sistemas a serem implantados.
160
Art. 5° Caberá ao Ministério de Minas a Energia:
I - coordenar a promover o desenvolvimento do Prodeem;
II - compatibilizar a atuação dos diversos órgãos governamentais a
entidades que detêm responsabilidades sociais, econômicas a de oferta
de energia;
III - articular as parcerias necessárias ao cumprimento do disposto no
art. 1°.
ITAMAR FRANCO
Delcídio do Amaral Gomez
OS PARCEIROS DO PRODEEM
Para a implementação das atividades do PRODEEM o Ministério de Minas e Energia
desenvolveu parcerias com diversos organismos nacionais e internacionais:
• parcerias de co-financiamento de projetos com o Banco Interamericano de
Desenvolvimento (BID), a Carl Duisberg Gesellschaft (CDG) e a União Européia
(UE);
• parceria de assessoria técnica com a Agência dos Estados Unidos para o
Desenvolvimento Internacional (USAID);
• parceria para a execução do projeto de transição do PRODEEM com o Programa
das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD);
• parceria de apoio técnico com o CEPEL;
161
• parceiras de cooperação técnica para a instalação de sistemas fotovoltaicos e de
bombeamento com a CHESF e a Eletronorte.
A carteira de parcerias do PRODEEM deverá aumentar à medida que sejam desenvolvidas
as atividades do Programa. O objetivo final é constituir uma rede de parceiros com agências
e programas de governo, em nível federal, estadual e municipal, bancos, organizações não-
governamentais, associações comunitárias, representantes do setor privado, centros de
pesquisa e de ensino etc.
162
Estado do Espirito Santo
Convênio no: 001/99
Proponente: Secretaria de Assuntos para o Meio Ambiente
Data de assinatura: 20/04/99
Objeto do Convênio:
163
ANEXO J
Brasil: A política da energia
1 - A Energia x Indústria:
Energia é tudo aquilo que realiza trabalho (movimento). A produção industrial do país
depende da quantidade de energia disponível para esta finalidade.
2 - A produção energética nacional:
A demanda energética no Brasil vem crescendo de maneira mais acelerada que a produção
de riquezas, pois os setores eletro-intensivos ocupam uma posição de destaque entre as
indústrias brasileiras.
3 - As principais fontes de energia:
164
Energia Nuclear: Instaurou-se no Brasil em 1974 (Governo de Geisel) em Angra dos Reis.
Angra 1 é a única usina ativa deste projeto.
• Desvantagens:
1. Perigo de explosão.
2. Custo de instalação e preservação.
3. Lixo atômico.
3.3 - Petróleo
Fatores que explicam a importação do Petróleo:
1. Preservação das reservas nacionais.
2. Adquirir o produto no mercado externo é mais viável economicamente do que
produzi-lo internamente.
1. Áreas produtoras de petróleo:
Bacia de Campos: Litoral do Rio de Janeiro.
Recôncavo Baiano:
Área de reserva: Bacia sedimentar amazônica
165
• Aspectos positivos do álcool:
1. É uma fonte renovável.
2. Tecnologia nacional.
3. Menos poluente do que as fontes tradicionais.
Principais Hidrelétricas:
• Usina Itaipu: A maior do mundo. Fica entre o Brasil e o Paraguai, no Rio Paraná, no
sul do país.
• Usina de Furnas: no Rio Grande do Sul e no Sudeste.
• Usina Tucuruvi: situada no Rio Tocantins, no Norte.
• Usina São Félix: situada no Rio Xingu, no Norte.
• Usina Sobradinho: situada no Rio São Francisco, no Nordeste.
• Usina de São Simão: situada no Rio Paranaíba, no Centro-Oeste.
• Usina Xavantes: situada no Rio Paranapanema, no Sudeste.
• Usina de Garibaldi: situada no Rio Canoas, no sul.
• Usina de Três Marias: situada no Rio São Francisco, ao norte de Minas Gerais.
• Usina de Ibitinga: situada no Rio Tietê, no sudeste.
• Usina de Paulo Afonso: situada no Rio São Francisco.
• Usina de Salto Santiago: situada no Rio Iguaçu, no Sul.
166
ANEXO L
-RUQDO (VWDGRGH63DXOR
K
167
implementar no Brasil vamos diminuir a alta taxa de retorno e a alta taxa de risco. Vamos
passar para uma taxa de retorno menor, na base de 5% e uma taxa de risco muito menor".
Disse que no próximo dia 25, vai haver uma reunião com a EDF para participar deste plano
de cooperação.
Com relação ao apagão, não há perigo de um novo racionamento a curto prazo, mas que
pode haver riscos dentro de 2 a 3 anos, senão houver crescimento econômico e
investimento", finalizou.
Reali Júnior
MINISTRA ANUNCIA NA CÂMARA NOVO MODELO ENERGÉTICO
Matéria divulgada em 08/05/03 no Fórum de discussões - [forumclimabr]
A ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, disse ontem (07) que será anunciado neste mês um
novo modelo energético para o País, a ser discutido com o todo o setor - empresas geradoras,
transmissoras e distribuidoras de energia. O anúncio foi feito durante audiência pública conjunta das
comissões de Minas e Energia e de Defesa do Consumidor, Meio Ambiente e Minorias. Segundo a
ministra, o novo modelo energético terá como princípio básico o tratamento da energia não como
mercadoria, mas como prestação de serviço público. O governo também vai tentar estabelecer tarifas
módicas para o consumidor e uma justa remuneração para os investidores.
168
%UDVLO(QHUJLD
2QOLQH
(GLomR6HWHPEUR
Raimundo Brito
O quadro de indefinições que caracteriza o setor elétrico brasileiro nos tempos atuais inibe a
ação efetiva dos investidores, que, perplexos, vão, silenciosamente, adiando ou suspendendo
investimentos – e mesmo empreendimentos em curso –, o que é extremamente negativo para a
expansão e modernização do sistema elétrico que atende o país.
Apesar disso não há dúvida sobre a oportunidade e a relevância da inserção definitiva, entre
nós, da geração de eletricidade a partir de fontes alternativas, sendo desnecessárias, aqui,
considerações aprofundadas sobre a sua importância técnica, ambiental, econômica e mesmo
política.
No caso do Brasil, constatava-se, no último mês de julho, de acordo com o site da Aneel, que
os empreendimentos em operação – realizados, quase inteiramente, com recursos e sob
169
liderança do setor privado – cuja implantação ocorreu, basicamente, até dezembro de 2002,
totalizavam 3.500 MW de capacidade instalada, compreendendo as fontes eólica, solar,
biomassa e pequenas centrais hidrelétricas.
A partir dessa experiência, acumulada nos anos anteriores com a realização de estudos e com a
implantação de sistemas, criou-se, no Brasil, com o advento da lei federal 10.438, de
26.4.2002, o Proinfa – Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica.
Note-se que, talvez em decorrência das especificidades que caracterizam a energia solar –
desde a pequena escala dos sistemas pertinentes, passando pelas limitações tecnológicas de
armazenagem e da logística de manutenção –, a lei, equivocadamente, não considerou esta
alternativa no elenco compreendido no Programa, o que deveria ser corrigido na primeira
oportunidade, tendo em vista que a alternativa solar se apresenta adequada e com amplas
possibilidades de diferentes destinações, quer no meio urbano quer no meio rural do território
nacional.
A referida lei, no que toca ao Proinfa, merece maior destaque, na medida em que desenhou o
Programa detalhando etapas de implantação e harmonizando a participação das diversas
fontes, em termos da capacidade a ser instalada; estabelecendo as linhas básicas para a
definição do valor econômico em função das tecnologias específicas; determinando à
Eletrobrás a contratação da energia produzida e a sua distribuição entre as concessionárias,
bem como o rateio dos custos entre os consumidores; criando a figura do Produtor
Independente Autônomo para evitar a concentração da propriedade dessa atividade e dos
benefícios ofertados; estimulando interessante política de nacionalização da tecnologia e da
produção dos equipamentos a serem utilizados.
Foi mais longe o legislador. Criou a Conta de Desenvolvimento Energético – CDE, para, entre
outros fins, assegurar a competitividade das energias alternativas, cuja produção ocorresse a
partir da publicação da lei, inclusive quando a energia venha a ser adquirida por consumidor
final. Enfim, a lei criou a CDE, estabeleceu a origem dos recursos que a constituem e
estimulou os empreendimentos que iniciarem operação comercial até o final de 2006.
170
Publicada em 29.4.2002, a Lei 10.438, de 26.4.2002, veio a ser regulamentada por intermédio
do Decreto 4.541, de 23.12.2002, detalhando todos os principais comandos legais e
estabelecendo que os valores econômicos, correspondentes às tecnologias específicas para
cada fonte, seriam definidos, observada a metodologia constante do decreto, pelo Ministério
de Minas e Energia, através de portaria, a qual deveria ter sido editada até o final do último
mês de março. Isto, lamentavelmente, não ocorreu, de vez que esse prazo foi prorrogado, pelo
atual governo, através dos Decretos 4.644, de 24.3.2003 e 4.758, de 21.6.2003.
Diante de todas as evidências aqui analisadas, cumpre ao governo, consciente do papel que lhe
cabe, não postergar decisões dessa natureza, as quais, frise-se, não contêm nenhuma
complexidade. Se, afinal, agir, proporcionará ao país benefícios de toda ordem, que colocarão
o Brasil, também no plano externo, em posição de destaque quanto à produção e ao uso da
energia elétrica ofertada pelas fontes alternativas.
Tema de tal relevância e envergadura não deixa margem para omissões ou indecisões, até
porque estas são incompatíveis com o imenso potencial existente e com a dimensão que se
quer para o Brasil.
171
ANEXO M
172
Parágrafo Único. O Poder Executivo regulamentará, no prazo de trinta dias da publicação
desta lei, o funcionamento do Conselho Diretor do PIER, cujos membros terão mandatos de
três anos.
Art. 4º A destinação dos recursos far-se-á de acordo com a seguinte distribuição
173
ANEXO N
1
SUBSTITUTIVO AO PROJETO DE LEI Nº 2.905, DE 2000
Altera dispositivos das Leis nº 5.655, de 20 de maio de 1971, nº 5.899, de 5 de julho de
1973, nº 9.074, de 7 de julho de 1995, nº 9.427, de 26 de dezembro de 1996, nº 9.648, de 27
de maio de 1998 e dá outras providências.
O CONGRESSO NACIONAL, decreta :
Art. 1º. O art. 4º, da Lei nº 5.655, de 20 de maio de 1971, com a redação dada pelo art.
9º, da Lei nº 8.631, de 4 de março de 1993, passa a vigorar com a seguinte redação:
"Art. 4º. .........................................................
......................................................................
§ 4º. A ELETROBRÁS, observado o disposto no art. 13 da Lei nº 9.427, de 26 de
dezembro de 1996, destinará os recursos da RGR aos fins estipulados neste artigo, inclusive
à concessão de financiamento às concessionárias, permissionárias e cooperativas de
eletrificação rural, para expansão dos serviços de distribuição de energia elétrica
especialmente em áreas urbanas e rurais de baixa renda e para o programa de combate ao
desperdício de energia elétrica, bem como à concessão de financiamento para a implantação
do Operador Nacional do Sistema Elétrico - ONS e de instalações de produção a partir de
fontes eólica, solar, biomassa e pequenas centrais hidrelétricas, assim como termelétricas
associadas a esses empreendimentos, mediante projetos específicos de investimento.
Art. 2º. Os artigos 3º, 4º, 5º, 6º, 7º e 13 da Lei nº 5.899, de 5 de julho de 1973, passam a
vigorar com a seguinte redação:
"Art. 3º. A totalidade dos serviços de eletricidade da ITAIPU Binacional, usina de base,
que, pelo Tratado celebrado em 26 de abril de 1973, com a República do Paraguai, para o
aproveitamento hidrelétrico do trecho do Rio Paraná, entre o Salto Grande Sete Quedas ou
Salto Guaíra e a Foz do Rio Iguaçu, o Brasil se obrigou a adquirir, será utilizada pelos
concessionários, permissionários e autorizados, nas quotas que lhe forem destinadas pelo
Poder Concedente.
§ 1º. Consideram-se destinatários das quotas de Itaipu:
174
ANEXO O
CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
Seminário Internacional
Fontes Alternativas de Energia e Eficiência Energética – Opção para uma política
energética sustentável no Brasil
Espaço Cultural da Câmara dos Deputados, Brasília DF, 18-20 de junho de 2002
Organização:
Fundação Heinrich Böll
Coalizão Rios Vivos
Apoio:
Projeto Brasil Sustentável e Democrático
Fundação CEBRAC
Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados
CONCLUSÕES
O Seminário Internacional “Fontes Alternativas de Energia e Eficiência Energética –
Opção para uma Política Energética Sustentável no Brasil”, reuniu mais de 150
representantes de ONGs, movimentos sociais, empresas, setores do Governo, parlamentares
e pesquisadores, em debates sobre a experiência alemã no desenvolvimento das fontes
alternativas de energia, a política energética brasileira, as propostas regulatórias e os
projetos concretos em andamento no setor. O evento, ocorrido na Câmara dos Deputados
em Brasília, de 18 a 20 de junho de 2002, cumpriu seu objetivo de ampliar o diálogo e a
troca de informações entre esses atores sociais para impulsionar de fato a incorporação de
modelos alternativos, descentralizados e sustentáveis de utilização de fontes renováveis de
energia no Brasil.
O acesso à energia é base importante da existência humana, essencial à satisfação de
necessidades básicas tais como alimentação, vestuário, habitação e também de mobilidade e
de comunicação.
Porém, a dependência mundial da queima de combustíveis fósseis para a geração de energia
e suprimento de uma demanda sempre crescente, tanto nos países industrializados como
naqueles em desenvolvimento, já ameaça a estabilidade ecológica da Terra . Ao mesmo
tempo, os conflitos pela distribuição das últimas reservas destes recursos não renováveis
ameaçam a sociedade civil.
Soma-se à espantosa velocidade em que a humanidade consome as fontes energéticas e à
evidente devastação da natureza, uma distribuição desigual no consumo e no acesso à
energia. Os países industrializados, apesar de abrigarem apenas 21% da população mundial,
consomem 70% das fontes convencionais de energia e 75% da eletricidade, enquanto 2
175
bilhões de seres humanos vivem privados do acesso a energia no países em
desenvolvimento.
As fontes renováveis e de eficiência energética são viáveis e necessárias, especialmente
porque podem ser a chave para reduzir desperdícios e ampliar o acesso à energia e, desta
forma, influir na inserção econômica e social de populações excluídas, gerando emprego e
renda com custos ambientais locais e globais reduzidos, em comparação às formas
tradicionais e insustentáveis de geração e uso de energia.
176
ANEXO P
177
ANEXO Q
MEIO AMBIENTE
1. Medida Provisória nº 2.147, de 15/05/2001 (Câmara de Gestão
da Crise de Energia) Fixa prazos máximos para os processos de licenciamento
ambiental (Art. 8º)
Notas
* Inclui a análise do EIA/RIMA
Determina definição de procedimento simplificados de licenciamento (prezo máximo de
60 dias) para empreendimentos de pequeno porte.
Esta MP não se aplica diretamente aos Estados.
178
Ministério de Minas e Energia
MEIO AMBIENTE
2. MMA/IBAMA criam Escritório de Licenciamento de empreendimentos do setor
elétrico
Acelerar o processo de licenciamento
Especializar equipe no IBAMA para análises por tipo de empreendimento
(UHE; UTE; LT)
179
Ministério de Minas e Energia
MEIO AMBIENTE
180
Ministério de Minas e Energia
MEIO AMBIENTE
181
ANEXO R
182
183
ANEXO S
&13(
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CONS E L HO NACIONAL DE
P OL ÍT ICA E NE R GÉ T ICA
CNP E
184
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Criação:
Criação: Art. 2° da Lei n° 9.478, de 6 de agosto de 1997
Regulamentação:
Regulamentação: Decreto n° 3.520, de 21 junho de 2000
Instalação:
Instalação: 30/10/2000 pelo Presidente da República
Função:
Função: Assessoramento do Presidente da República na formulação
de políticas e diretrizes de energia
185
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CNPE
CNPE
Assegurar o suprimento de insumos
energéticos às áreas remotas do País
Proposição de Políticas
Promover a revisão periódica da matriz
Nacionais e Medidas
energética
Específicas destinadas a:
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COMPOSIÇÃO DO CONSELHO
187
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COMPOSIÇÃO DO CONSELHO
188
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189
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COMITÊ 2
PLANEJAMENTO DO Diretrizes e estratégias para o Plano Indicativo da Geração e o
SUPRIMENTO DE ENERGIA Programa Determinativo da Transmissão
ELÉTRICA
COMITÊ 5
Inserção de fontes renováveis complementares na Matriz
FONTES RENOVÁVEIS Energética em bases de desenvolvimento sustentável
COMPLEMENTARES
190
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COMITÊ 6
IMPORTAÇÃO DE
ENERGÉTICOS E SISTEMA Política de estoques de combustíveis e importação de energéticos
NACIONAL DE ESTOQUES DE
COMBUSTÍVEIS
191
Presidência da
República
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192
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