Manual 8283 - Organizaao Da Cozinha
Manual 8283 - Organizaao Da Cozinha
Manual 8283 - Organizaao Da Cozinha
Cozinha
Rui Fonseca
Curso EFA S PRO – IEFP Viana do Castelo
Índice
1. Breve História da Cozinha..................................................................................... 3
1.1 Cozinha .................................................................................................................. 3
1.2 História .................................................................................................................. 4
1.3 Época Moderna..................................................................................................... 4
2. Cozinha Regional, Nacional e Internacional........................................................ 6
2.1 Cozinha Regional.................................................................................................. 6
2.2 Cozinha Nacional.................................................................................................. 6
2.3 Cozinha Internacional.......................................................................................... 7
3. Noções de Higiene ................................................................................................... 8
3.1 Higiene Pessoal...................................................................................................... 8
3.2 Uniformes .............................................................................................................. 8
3.2.1 Breve Historial ............................................................................................... 8
3.3 Uniforme................................................................................................................ 9
3.4 Cuidados.............................................................................................................. 10
4. Divisões de cozinha ............................................................................................... 11
4.1 Brigadas de Cozinha........................................................................................... 11
4.2 Hierarquia e Disciplina ...................................................................................... 11
4.3 Aptidões Físicas, éticas e profissionais.............................................................. 12
4.4 Organigrama de uma Grande Brigada ............................................................ 13
4.5 Organigrama de uma brigada de cozinha........................................................ 14
4.6 Organigrama de uma Brigada Reduzida ......................................................... 15
5. Postos de Trabalhos e suas Atribuições.............................................................. 16
Chefe de Cozinha ...................................................................................................... 16
Subchefe de Cozinha ................................................................................................ 17
Rotisseur .................................................................................................................... 17
Entremetier ............................................................................................................... 17
Poissonier................................................................................................................... 17
Saucier ....................................................................................................................... 17
Gard-Manger ............................................................................................................ 18
Família ....................................................................................................................... 18
Tournant.................................................................................................................... 18
Pasteleiro ................................................................................................................... 18
Rui Fonseca
Curso EFA S PRO – IEFP Viana do Castelo
Guarda....................................................................................................................... 18
Conclusão .................................................................................................................. 18
6. Instalações e Equipamentos................................................................................. 19
6.1 Instalações ........................................................................................................... 19
6.2 Equipamentos ..................................................................................................... 21
6.2.1 Fogões Combinados Tradicionais .............................................................. 21
6.2.2 Fornos Convetores....................................................................................... 22
6.2.3 Cozedores a Vapor....................................................................................... 23
6.2.4 Marmitas ...................................................................................................... 23
6.2.5 Fornos de Micro-ondas ............................................................................... 24
6.2.6 Fogões e Placas de Indução......................................................................... 25
6.2.7 Fornos Convetores Combinados ................................................................ 26
6.2.8 Fritadeiras .................................................................................................... 27
6.2.9 Sautese ou Fritadeira Basculante............................................................... 28
6.2.10 Grelhadores................................................................................................ 29
6.2.11 Salamandras ou Gratinadores.................................................................. 29
6.2.12 Banhos-Maria ............................................................................................ 30
6.2.13 Estufas/Mesas Quentes.............................................................................. 31
6.2.14 Maquina Descascadora/Peladora de Batatas .......................................... 32
6.3 Utensílios ............................................................................................................. 33
6.4 Manutenção e Conservação ............................................................................... 41
6.5 Preocupações a Ter............................................................................................. 41
7. Noções de serviço .................................................................................................. 42
7.1 Mise en Place....................................................................................................... 42
7.2 Serviço de Confeção ........................................................................................... 42
7.3 Roda Ou Passe .................................................................................................... 42
8. Vocabulário Técnico de Cozinha ........................................................................ 43
Rui Fonseca
Curso EFA S PRO – IEFP Viana do Castelo
1.1 Cozinha
Rui Fonseca
Curso EFA S PRO – IEFP Viana do Castelo
1.2 História
Com a descoberta do fogo podemos dizer que surge o primeiro cozinheiro; que ao
aproximar as carnes às chamas constatou que ela se tornava mais saborosa e a sua
mastigação mais fácil. A partir deste momento a génese da cozinha tinha nascido, tendo
progredido graças a descobertas, tais como: o púcaro de pedra (que vai dar origem à
marmita), o espeto, a caçarola, etc.
O estudo detalhado de documentos que a Pré-História nos fornece sobre a cozinha não é
mais do que fragmentos de olaria, utensílios de sílex, bronze, ossos de animais, etc.…
A seguir aos últimos anos do século precedente, a arte culinária chega ao mais alto
ponto da perfeição em França, que sem dúvida, foi ligeiramente travada durante os anos
trágicos da guerra, mas apesar das mais difíceis circunstâncias, não cessou de progredir.
Temos a prova deste aperfeiçoamento na arte culinária francesa, nos livros de cozinha,
escritos por Urbain Dubois Gouffé, Favre e outros praticantes do século XIX.
Com efeito, é a partir do ano de 1919 até aos nossos dias, que foram publicados livros
tais como: o guia culinária de Escoffier e o grande livro de cozinha de Prosper Salles,
obras de grande envergadura conhecidas no mundo inteiro e assim como tantos outros
livros interessantes de grandes mestres de cozinha como Suzanne, Garlin, Bonzy,
Pellaprat, etc.
Rui Fonseca
Curso EFA S PRO – IEFP Viana do Castelo
Um outro elemento foi incorporado, o frio que atualmente desempenha um papel dos
mais importantes, tanto do ponto de vista higiénico como gastronómico. As galerias,
que quase sempre não eram mais do um simples compartimento de cimento ou de
madeira, contendo gelo picado, passam a ser câmaras frigoríficas onde o frio é obtido
sem carga direta do gelo. Os armários frigoríficos, de diversos modelos funcionam a
eletricidade, sendo muito mais práticos do que os utilizados anteriormente.
Rui Fonseca
Curso EFA S PRO – IEFP Viana do Castelo
Na cozinha Regional as receitas variam de região para região, devido aos costumes
tradicionais e outros produzidos na própria região.
Migas à Alentejana
Amêijoas na Cataplana
Frango na Púcara
Rojões à Minhota
Arroz de vitela à Moda do Porto
No capítulo de Cozinha Nacional podemos incluir alguns pratos com o nome de pessoas
célebres, ou com o nome do seu criador, como por exemplo:
Bacalhau à Brás
Amêijoas à Bulhão do pato
Bacalhau à Gomes de Sá
Tornedó Camões
Rui Fonseca
Curso EFA S PRO – IEFP Viana do Castelo
No entanto, não nos podemos esquecer que estão inseridos no conjunto dos pratos da
Cozinha Internacional, as iguarias criadas pelos grandes chefes tais como: Augusto
Escoffier, Carême, etc…que foram dedicados a personalidades Mundiais.
Rui Fonseca
Curso EFA S PRO – IEFP Viana do Castelo
3. Noções de Higiene
Ao entrarmos na secção de cozinha não nos podemos esquecer que vamos trabalhar com
produtos, que servirão de base para a nossa alimentação; assim sendo, existem
determinadas normas que devem ser rigorosamente cumpridas, tais como:
3.2 Uniformes
A lenda diz-nos que foi o grande chefe “Carême”, o primeiro que teve a ideia de trocar
o pouco gracioso barrete de algodão usado pelos nossos antepassados, pelo barrete
branco, engomado e usado de forma correta.
O barrete indicava o carácter da pessoa que o usava, “Casimiro Noisson”, que foi o
grande chefe da “ Maison Dór de Paris”, usava um barrete chamado Torre Eiffel”, que
se assemelhava muito aos dos nossos dias, mas era pouco engomado, prestando-se às
mais diversas transformações da moda.
Nesta época o inglês levava à guisa de barrete, o boné escocês. O espanhol, a boina de
lã branca, o cozinheiro alemão, um boné de polícia, etc…
Rui Fonseca
Curso EFA S PRO – IEFP Viana do Castelo
3.3 Uniforme
Rui Fonseca
Curso EFA S PRO – IEFP Viana do Castelo
3.4 Cuidados
Como se pode constatar a cor base do uniforme é o branco, não por ser a cor em que se
nota melhor o estado de limpeza, como também pelo facto de repelir o calor, a que
todos os cozinheiros estão expostos.
Os aventais têm a vantagem de evitar as queimaduras e a humidade.
O lenço além da sua performance estética, têm como finalidade proteger o pescoço do
excesso de calor e evitar que o cabelo caia inadvertidamente nas confeções.
Rui Fonseca
Curso EFA S PRO – IEFP Viana do Castelo
4. Divisões de cozinha
No seu conjunto, são chefiados pelo chefe de cozinha, sendo a sua função principal, a de
administrador, uma vez que na cozinha, tudo deve ser organizado, previsto e executado
de tal forma, para que depois de os resultados serem excelentes na parte gastronómica,
os custos não ultrapassem certa média.
Deve existir sempre um equilíbrio, entre a economia e a quantidade dos géneros usados
na cozinha, assim como a manipulação hábil dos mesmos.
Devem os profissionais, dentro das suas respetivas categorias, ser dotados de um alto
grau de sacrifício, espírito de entreajuda e compreensão, respeitando sempre as normas
de higiene, assim como os horários que lhes são estipulados.
Para por fim a esta exposição, deixamos aqui expressa uma frase que pode servir de
fórmula para o capítulo de hierarquia e disciplina no trabalho “para saber mandar há que
saber obedecer”, e não só, pois também é preciso respeitar e em certas situações,
desculpar.
Rui Fonseca
Curso EFA S PRO – IEFP Viana do Castelo
O candidato a cozinheiro, devera ter uma certa robustez física, uma vez que nesta
profissão, suporta longos períodos de tempo em pé e com um ritmo de trabalho
consideravelmente acelerado durante o serviço.
Deverá possuir um nível de conhecimento suficiente e uma boa memoria que lhe
permite reter os nomes, assim como autodisciplina e sentido de responsabilidade.
Deverá ser educado, correto e amável para com os colegas, superiores e demais
trabalhadores de outras secções.
Rui Fonseca
Curso EFA S PRO – IEFP Viana do Castelo
Rui Fonseca
Curso EFA S PRO – IEFP Viana do Castelo
Rui Fonseca
Curso EFA S PRO – IEFP Viana do Castelo
Rui Fonseca
Curso EFA S PRO – IEFP Viana do Castelo
Chefe de Cozinha
Rui Fonseca
Curso EFA S PRO – IEFP Viana do Castelo
Subchefe de Cozinha
Rotisseur
Entremetier
Poissonier
Saucier
Rui Fonseca
Curso EFA S PRO – IEFP Viana do Castelo
Gard-Manger
Confeciona e decora os Buffets Frios, tendo para efeito nas grandes casas o
Chefe de frio.
Família
Tournant
Pasteleiro
Guarda
É o profissional que faz o horário morto da cozinha, tem por missão atender
algum pedido que surja da hora anormal das refeições.
Conclusão
Neste momento são raros os hotéis que tenham brigadas completas. As partidas que
ainda mantêm uma certa autonomia são, o Garde-manger e a pastelaria, sendo as outras
ocupadas consoante a qualidade da empresa e o número de profissionais.
Rui Fonseca
Curso EFA S PRO – IEFP Viana do Castelo
6. Instalações e Equipamentos
6.1 Instalações
O equipamento de uma cozinha varia com a sua grandeza. Há, porém, certo
equipamento indispensável, que passamos a enumerar por zonas.
Balança
Controle de Qualidade, quantidade e peso
B – Zona de Armazenamento
C – Zona de Preparação
Rui Fonseca
Curso EFA S PRO – IEFP Viana do Castelo
D – Zona de Confeção
E – Zona de Lavagem
Rui Fonseca
Curso EFA S PRO – IEFP Viana do Castelo
6.2 Equipamentos
A escolha dos equipamentos e dimensionamento dos diversos da cozinha deve ser feita
em função do espaço disponível para a atividade do restaurante.
Neste tipo de fornos a temperatura varia de ponto para ponto, sendo mais elevada junto
à chama de e na proximidade da chaminé, por causa desta variação de temperaturas é
necessário mover os tabuleiros parta homogeneizar a temperatura.
Rui Fonseca
Curso EFA S PRO – IEFP Viana do Castelo
Rui Fonseca
Curso EFA S PRO – IEFP Viana do Castelo
6.2.4 Marmitas
A marmita é um espelho de cozedura sob pressão, fechado por uma tampa basculante
com grampos, que utiliza uma câmara intermédia com o fluido térmico (vapor de agua
ou óleo especial) para transferir o calor necessário, de modo homogéneo, para câmara
de cozedura (cuba).
Rui Fonseca
Curso EFA S PRO – IEFP Viana do Castelo
O forno nunca devera ser ligado em vazio, sem alimentos, o que provocaria uma avaria
grave no magretron (emitiria uma carga para um espaço fechado sem alimentos para
absorver essa energia), embora geralmente se disponha de proteção de magnetrão.
Rui Fonseca
Curso EFA S PRO – IEFP Viana do Castelo
Rui Fonseca
Curso EFA S PRO – IEFP Viana do Castelo
Rui Fonseca
Curso EFA S PRO – IEFP Viana do Castelo
6.2.8 Fritadeiras
As fritadeiras tradicionais são equipamentos que utilizam uma gordura sólida ou liquida
aquecida entre 150º e 200º. Numa cuba, na qual é mergulhada o alimento a fritar, sendo
a temperatura controlada por termóstato.
Os alimentos são colocados num cesto de rede, em aço inox possuindo um cabo de
material atérmico e isolante, que se apoia no filtro/chapa de proteção sobre os tubulares
de gás ou na resistência elétrica.
Rui Fonseca
Curso EFA S PRO – IEFP Viana do Castelo
1. Com tampa fechada: arroz com elevado teor de humidade final, guisados, grelhados,
estufados, etc.
2. Com tampa aberta: omeletas, ovos estrelados, batatas salteadas, bifes, escalopes,
peixe corado, etc.
O gás e a eletricidade são energias adotadas nestes aparelhos, sendo o controlo efetuado
do mesmo modo que nos outros equipamentos térmicos de cozinha, bem como a
limpeza e manutenção.
Rui Fonseca
Curso EFA S PRO – IEFP Viana do Castelo
6.2.10 Grelhadores
Rui Fonseca
Curso EFA S PRO – IEFP Viana do Castelo
6.2.12 Banhos-Maria
O banho-maria é um equipamento que dispõe de uma ou mais cubas com água quente,
cujas temperaturas são mantidas termostática mente, sendo os alimentos colocados em
recipientes tapados e mergulhados na agua. Deste modo a temperatura do final da
cozedura é mantida até ao momento do consumo.
Rui Fonseca
Curso EFA S PRO – IEFP Viana do Castelo
Este equipamento é composto por uma bancada em inox, com armários de portas de
correr, na sua parte inferior, onde se mantêm quentes os alimentos cozinhados e a loiça
para o serviço de pratos quentes. A parte superior da mesa pode ser utilizada para a
colocação e empratamento dos pratos quentes.
Rui Fonseca
Curso EFA S PRO – IEFP Viana do Castelo
A máquina de descascar batatas é constituída por uma cuba em inox, em cujo interior
roda um disco abrasivo auto centrado, com uma ligeira rampa do centro para a periferia,
tendo na parte inferior uma porta basculante estanque para remoção das batatas
descascadas. A cuba é fechada na parte superior por uma tampa de carregamento.
Rui Fonseca
Curso EFA S PRO – IEFP Viana do Castelo
6.3 Utensílios
Rui Fonseca
Curso EFA S PRO – IEFP Viana do Castelo
Rui Fonseca
Curso EFA S PRO – IEFP Viana do Castelo
Rui Fonseca
Curso EFA S PRO – IEFP Viana do Castelo
Rui Fonseca
Curso EFA S PRO – IEFP Viana do Castelo
Rui Fonseca
Curso EFA S PRO – IEFP Viana do Castelo
Rui Fonseca
Curso EFA S PRO – IEFP Viana do Castelo
Rui Fonseca
Curso EFA S PRO – IEFP Viana do Castelo
Rui Fonseca
Curso EFA S PRO – IEFP Viana do Castelo
Todos os recipientes de qualquer tipo, devem ser conservados limpos e secos. Só devem
ser utilizados após comprovada a sua limpeza e quando se apresentem em bom estado
de conservação.
Guardar as facas e outros instrumentos ponte agudos de modo a poder pagar- lhes pelo
cabo sem risco de se aleijar. Nunca os deixar entre os outros utensílios ou cobertos de
alimentos. Os instrumentos de ponta e de corte devem ser passados para as mãos com o
lado cortante para fora dos dedos.
As facas e instrumentos de corte devem ser usados exclusivamente sobre uma placa de
corte. Devem ser limpas e sem corrosões, assim como bem amoladas antes de as usar.
Durante o trabalho, convém fazer uso do fuzil, para manter o fio da faca.
Rui Fonseca
Curso EFA S PRO – IEFP Viana do Castelo
7. Noções de serviço
A seguir à “Mise en Place” segue-se o serviço propriamente dito, isto é, a confeção dos
pratos destinados às refeições diárias.
Este trabalho deverá ser feito com rapidez, esmero e bom gosto, segundo as indicações
do Chefe de Cozinha a as ordens transmitidas por este ou pelo segundo Chefe, quando o
primeiro se encontra encarregue da roda.
Como sabe, tanto uns outros, principalmente as carnes, serão feitas no momento exato,
de forma a serem servidas ao cliente nas melhores condições de sabor, ponto de
cozedura e temperatura.
Para que isto se processe da melhor maneira, é necessário, manter ao longo do horário
correspondente ao serviço das refeições, a máxima atenção aos pedidos e indicações,
dadas pelo Chefe, que se encontra na Roda.
Rui Fonseca
Curso EFA S PRO – IEFP Viana do Castelo
Rui Fonseca
Curso EFA S PRO – IEFP Viana do Castelo
Rui Fonseca
Curso EFA S PRO – IEFP Viana do Castelo
Rui Fonseca
Curso EFA S PRO – IEFP Viana do Castelo
Rui Fonseca