Unidade IV - Os Alunos Com NEE Comportamentais
Unidade IV - Os Alunos Com NEE Comportamentais
Unidade IV - Os Alunos Com NEE Comportamentais
Extensão de Tete
Conceito
Segundo MECB (1994: 13), alunos com NEE comportamentais são aqueles que apresentam.
Manifestações de comportamentos típicos, portadores de síndromes e quadros psicológicos,
neurológicos ou psiquiátricos que ocasionam atrasos no desenvolvimento e prejuízos no
relacionamento social, em grau que requeira atendimento educacional especializado.
Para LIMA (2008: 14), alunos com NEE comportamentais são aqueles que têm
comprometimentos acentuados no funcionamento intelectual e comportamento adaptativo
(deficiência mental) que lhes origina problemas na aprendizagem, académica ou social.
Em função das duas definições acima conclui-se que alunos com NEE comportamentais são
aqueles que apresentam problemas comportamentais na sua aprendizagem, quer seja
psicológicos, neurológicos e psiquiátricos.
Sinais de alerta
As crianças ditas normais, que representam a maioria das pessoas, e através destas temos
medidas desempenhos, que são então e por isso, considerados a norma padrão, logo, aqueles que
se desviem dessa norma, quer por excesso quer por defeito, são aqueles que não são normais e
enquadráveis nesta categoria: a deficiência mental (aqueles que apresentam resultados inferiores
á média) e, os sobredotados ou dotados que apresentam resultados acima da média) (CORREIA,
1997 apud LIMA, 2008: 14).
FIGUEIREDO & MIRANDA (s/d: 27) apontam os seguintes sinais:
Problemas de Aprendizagem relacionados com:
Dificuldades na linguagem oral;
Não associação de símbolos gráficos com as suas componentes auditivas;
Dificuldades em seguir orientações e instruções;
Dificuldade de memorização auditiva;
Problemas de atenção;
Problemas de lateralidade.
Na leitura e/ ou na escrita:
Possíveis confusões (ex: f/v; p/b; ch/j; p/t; v/z ; b/d...)
Possíveis inversões; (ex: ai/ia; per/pré; fla/fal; cubido/bicudo...)
Possíveis omissões: (ex: livo/livro; batata/bata...)
Causas
CORREIA (2008) apud FIGUEIREDO & MIRANDA (s/d: 28), aponta as seguintes causas:
d) Classificação
Segundo CORREIA (2008) apud FIGUEIREDO & MIRANDA (s/d: 02), classifica os alunos com
Risco educacional: os alunos em risco educacional são aqueles que, devido a um conjunto
de factores tal como o álcool, drogas, gravidez na adolescência, negligência, abusos,
ambientes socioeconómicos e sócio-emocionais mais desfavoráveis, entre outros, podem vir
a experimentar insucesso escolar. Estes factores, que de uma maneira geral não resultam de
imediato numa “discapacidade” ou problemas de aprendizagem, caso não mudem ou sejam
atendidos através de uma intervenção adequada, podem constituir um sério risco para o
aluno, em termos académicos e sociais.
RENZULLI (1979) apud CORREIA (2008: 03) afirma que a sobredotação deve congregar pelo
menos 3 factores essenciais:
Uma capacidade mental superior à média;
Uma grande força de vontade traduzida por um superior envolvimento na tarefa (motivação);
Uma capacidade criativa elevada que permita ao indivíduo produzir, visualizar, dramatizar
ou ilustrar superiormente uma ideia.
Para MECB (1994: 33) as condutas típicas que aparecem com maior frequência, portanto que são
mais detectadas em nossa sociedade e que, por isso, são mais fáceis de serem descritas são:
Para se trabalhar com estas crianças, algumas estratégias podem ser criadas:
Na sala de aula, os limites devem ser muito bem explicados e lembrados sempre que
necessário. É preciso que as regras para se viver no colectivo sejam claras.
Algumas vezes será necessário que o trabalho seja individualizado, respondendo-se
pedagogicamente às necessidades educacionais dos alunos.
É importante que a sala de aula seja um ambiente desafiador para a criança. Contudo,
algumas crianças precisam ser esclarecidas sobre os passos que deverão seguir, quais as
actividades que ocorrerão durante o dia, pois esta explicação diminui a ansiedade, permitindo
que ela acompanhe a aula com mais tranquilidade. Devido a isso, sem deixar de entender a
planificação como algo flexível, é importante ter uma certa estruturação do tempo, do espaço,
dos materiais e da realização das actividades, propiciando a estas crianças acompanhar o
quotidiano pedagógico com menor ansiedade.
A forma como os pais interagem e educam seus filhos é crucial à promoção de comportamentos
socialmente adequados ou de comportamentos considerados, pelos pais e/ou professores, como
inadequados, os quais são entendidos como “déficits ou excedentes comportamentais que
prejudicam a interacção da criança com pares e adultos de sua convivência”.
Esses pais de crianças com NEE de comportamento sentem-se muitas vezes, impotentes,
desanimados, sem saber o que fazer. Os métodos de disciplina normalmente empregues, tais
como a argumentação, os castigos ou a repreensão não funcionam com estas crianças.
Frustrados, por vezes, recorrem a métodos mais desesperados, como bater ou gritar, mesmo
sabendo que tais comportamentos são pouco adequados e não resolvem nada. Resultado: acabam
por manifestar um sentimento de culpa que em nada contribui para o bem-estar da criança.
As famílias que lidam com crianças que sofrem de hiperactividade, tal como acontece com as
famílias que cuidam de crianças com doenças crónicas (por exemplo, paralisia cerebral ou
autismo) manifestam, frequentemente, maiores níveis de frustração e problemas conjugais. Além
de que as despesas com os tratamentos destas crianças podem representar um fardo pesado para
muitas famílias.
Desde que se introduz a Inclusão escolar, submete-se a um desafio de incluir os alunos com
algumas dificuldades de aprendizagem, tratando-se de Comportamento, o professor encontra-se
num desafio de saber assim como entender a forma de incluir estes alunos no ensino, dando-lhes
mais atenção e acompanhamento.