32.33. Noções de Primeiros Socorrose Abordagem A Vítima
32.33. Noções de Primeiros Socorrose Abordagem A Vítima
32.33. Noções de Primeiros Socorrose Abordagem A Vítima
Para que a vítima seja atendida com qualidade, questões como seriedade e respeito
devem sempre acompanhar o socorrista. Evite que a vítima seja exposta
desnecessariamente e mantenha em sigilo informações pessoais que ela revele
durante seu atendimento.
Um fator importante no atendimento em primeiros-socorros é o tempo, e este não
pode ser desprezado em hipótese alguma, pois este tempo perdido poderá ser o
diferencial entre a vida ou morte do paciente.
Sinais vitais
Os vitais são indicadores das funções vitais e podem orientar o diagnóstico inicial e
acompanhar a evolução do quadro clínico de uma vítima. São considerados também
como os sinais emitidos pelo nosso corpo de que suas funções vitais estão normais e
que qualquer alteração indica uma anormalidade.
Homem 60 a 70 bpm
Mulher
65 a 85 bpm
80 a 120 bpm
Criança
Bebê 100 a 160 bpm
Respiração
A respiração refere-se à entrada de oxigênio na inspiração e a eliminação de dióxido
de carbono através da expiração.
É a sucessão rítmica de movimentos de expansão e de retração pulmonar com a
finalidade de efetuar trocas gasosas entre a corrente sanguínea e o ar nos pulmões.
Para avaliar a respiração devemos verificar seu caráter, se ela é superficial ou
profunda, seu ritmo que pode ser regular ou irregular e por último sua frequência,
ou seja, a quantidade de movimentos respiratórios por minuto.
Índices normais de respiração
Eupneia
Respiração normal, com movimentos regulares, sem dificuldades.
Apneia
É a ausência de movimentos respiratórios.
Dispneia
Dificuldade na execução dos movimentos respiratórios.
Bradipneia
Diminuição da frequência respiratória.
Taquipneia
Aumento da frequência respiratória.
Pressão arterial
É a força exercida pelo sangue contra a parede interna das artérias quando esse é
impulsionado pela contração cardíaca. Pode variar de acordo com a idade do
paciente, devido ao aumento da atividade física, situações que levam ao stress e ao
medo e por alterações cardíacas.
A pressão arterial é influenciada pela força dos batimentos cardíacos e pelo volume
circulante.
A contração cardíaca é denominada sístole e o relaxamento do coração é
denominado diástole. A pressão sistólica é a pressão máxima do coração, enquanto a
pressão diastólica é a pressão mínima do coração.
São empregados termos específicos para definir alterações nos valores anormais da
pressão arterial, são eles:
Hipertensão: aumento dos níveis da pressão arterial;
2
Hipotensão: redução dos níveis da pressão arterial;
3
Normotenso: são os parâmetros normais da pressão arterial.
85/60 mmHg
4 anos
95 x 62 mmHg
6 anos
108 x 67 mmHg
12 anos
Adulto 120 x 80 mmHg
Temperatura
É o nível de calor que chega a um determinado corpo, ou seja, é a diferença entre o
calor perdido e o calor produzido pelo organismo. É influenciada por meios físicos e
químicos e seu controle é realizado por meio da estimulação do sistema nervoso
central.
A temperatura corporal reflete o balanceamento entre o calor produzido e o calor
perdido pelo corpo e pode ser verificada nas regiões axilar, oral e retal.
É medida por meio do termômetro clínico e possui uma graduação que varia de 34ºC
a 42ºC, sendo que raramente o ser humano sobrevive com sua temperatura acima
ou abaixo destes parâmetros.
Infecção;
2
Medo;
3
Ansiedade.
Exposição ao frio.
2
Estado de choque.
3
Hemorragias.
São empregados termos específicos para definir alterações nos valores anormais da
temperatura, são eles:
1
Afebril: temperatura corporal normal.
2
Hipotermia: temperatura corporal abaixo do normal.
3
Hipertermia: temperatura corporal acima do normal.
Avaliação da cena
A primeira atitude a ser tomada no local do acidente é a avaliação dos riscos que
possam colocar em perigo a pessoa prestadora dos primeiros-socorros. Se houver
algum perigo em potencial, deve-se aguardar a chegada do socorro especializado.
Nesse período verificam-se também as prováveis causas do acidente, o número de
vítimas, a provável gravidade de suas lesões e outras informações que possam ser
úteis para a notificação do acidente.
É imprescindível a utilização de equipamentos de proteção individual como
máscaras, luvas, óculos no atendimento a vítima.
Outro ponto importante é solicitar o auxílio de profissionais espe cializados como:
Corpo de Bombeiros (193);
SAMU (192);
Polícia Militar (190).
CABD primário
Circulation: Faça compressões torácica.
Airway: Abra a via área.
Breathing: Realize ventilação com pressão positiva.
Desfibrillation: Choque fv-tv sem pulso.
Ventilação bolsa-valva-máscara
A despeito de menor volume corrente, se comparada à ventilação boca a boca, as
unidades bolsa-valva-máscara passaram a ser recomendadas, até mesmo no suporte
básico, pela possibilidade de enriquecimento da oferta de oxigênio e menor risco de
transmissão de doenças infectocontagiosas.
Segundo Guimarães (2005), as unidades bolsa-valva-máscara ideais são as que
preenchem as seguintes características:
Ter bolsa reservatório ao seu final para permitir adequada oferta de
02(próximo a 100% com fluxo de 02 de 10 a 15 L/minutos);
2
A bolsa deve ser transparente e permitir adequada higienização;
3
Ter válvula redutora de pressão (popoff);
4
Tamanho adequado ao paciente;
5
Ter máscara transparente e com balonete (cuff de máscara) que permita
ajustá-la à face do paciente.
Segurança no procedimento
Desligar fontes de oxigênio no momento do disparo e visualizar o contato de
qualquer membro da equipe com o paciente, solicitando seu afastamento.
Os desfibriladores convencionais devem ser realizados os seguintes
procedimentos:
o Aplicar o creme ou a pasta condutora nos eletrodos;
o 2
o Ligar o desfibrilador. Assegurar-se que o sincronizador está desligado;
o 3
o Selecionar o nível de energia (360J- monofásico, 200J – bifásico);
o 4
o Carregar o condensador. O indicador para a carga completa pode ser uma luz
ou um som, ou ambos;
o 5
o Colocar os eletrodos no tórax. Assegurar-se de que não haja ponte entre os
mesmos quando se usar creme, pasta ou solução salina. Assegurar-se de que
não há contato físico entre o paciente e os ajudantes. É necessário verbalizar
(dizendo em voz forte: afaste-se!) e visualizar (observar o paciente desde a
cabeça até os pés) antes de proceder à descarga.
o 6
o Mantendo a pressão adequada de 10 kg sobre os eletrodos, acionar os botões
de descarga em ambos os eletrodos; ou então, a descarga pode ser procedida
diretamente na unidade por um auxiliar.
o 7
o Mantendo a ausência de pulso, inicie as compressões e ventilações 30:2,
imediatamente após a desfibrilação, mantendo por 2 minutos. Em seguida,
cheque a tela do monitor. Na certeza de permanência de FV/TV recarregue o
desfibrilador, proceda a nova desfibrilação, seguida de compressão/ventilação
(2 minutos), utilizando carga de 360J, e assim sucessivamente.
PASSOS BÁSICOS:
o Ligue o aparelho.
o 2
o Conexão: conecte-o ao paciente.
o 3
o Análise: coloque no modo de “análise”.
o 4
o Choque: pressione o botão de choque.
EXECUÇÃO:
o Ligue o aparelho.
o 2
o Abra os adesivos do desfibrilador.
o 3
o Conecte os cabos do desfibrilador aos adesivos.
o 4
o Exponha a superfície adesiva.
o 5
o Conecte os adesivos (borda esternal superior direita e apex cardíaco).
o 6
o Anuncie aos membros da equipe, “Analisando o ritmo, fiquem afastados!
(certifique-se de que não há movimento do paciente e que ninguém está em
contato com o paciente).
o 7
o Pressione o botão “análise.
o 8
o Se FV/TV estiver presente, o aparelho irá carregar para 360J e assinalar que
um choque está indicado).
o 9
o Anuncie, “Choque está indicado, fiquem afastados”.
o 10
o Verifique se ninguém está tocando o paciente.
o 11
o Pressione o botão choque “quando sinalizado”.
o 12
o Repita estes passos até que FV/TV não esteja mais presente. O aparelho irá
assinalar “nenhum choque indicado”.