E-Book Estimulação Da Atenção

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 17

SOBRE O AUTOR

Marcos costa iniciou seus trabalhos como estagiário em 2005, já tendo contato com

idosos. Formou-se em Educação Física pela Universidade Federal do Rio Grande

do sul. Logo, impulsionado pelo desejo de aprimorar seus atendimentos aos

idosos, cursou Fisioterapia pela mesma universidade. Especializou-se em Saúde

do Idoso pela Universidade Gama Filho em 2013, se formando em Fisioterapia no

ano de 2017. Participou ativamente do Grupo de Pesquisa em Neuroplasticidade e

Reabilitação do Instituto de Geriatria e Gerontologia da PUCRS. Publicou artigos

na área da Estimulação Cognitiva e escreveu um capítulo do Livro Geriatria e

Gerontologia Clínica lançado pela PUCRS, em 2020.

É especialista em Neuropsicologia pela Uniasselvi. Almejando ainda mais

conhecimento, hoje cursa a faculdade de Psicologia na Instituição FADERGS.

Também, é proprietário de uma clínica de terapias integradas em Porto Alegre/RS,

onde já atendeu centenas de idosos na clínica, à domicílio e em Instituições de

Longa Permanência para Idosos.


Estimulação Cognitiva

A estimulação cognitiva configura-se como uma proposta de intervenção


ampla que tem por objetivo a criação de estratégias melhorar, compensar ou
impedir a evolução de algum déficit cognitivo, visando à melhoria da qualidade de
vida.
A compreensão da estimulação cognitiva deve ser mais ampla, incluindo a
análise do “impacto pessoal, emocional e social da lesão ou disfunção e de suas
interações com a função cognitiva.
Os objetivos de um programa de estimulação devem englobar as mudanças
funcionais, visto que é possível melhorar a qualidade de vida de uma pessoa,
mesmo que isso implique em pouca ou nenhuma redução dos déficits. Isso é
possível porque o indivíduo pode ser capaz de criar estratégias para lidar com
qualquer fragilidade cognitiva, emocional ou comportamental que seja constante.
O trabalho da estimulação deve ser preferencialmente com a participação do
paciente e do seu familiar, já que estes servirão de agentes generalizadores dos
novos comportamentos adquiridos. No ambiente escolar, o professor é outro
exemplo de um possível agente que facilitará o processo da estimulação.
A primeira etapa costuma ser a realização da avaliação neuropsicológica
para delinear as funções que estão preservadas e as deficitárias. Em seguida,
determina-se o levantamento das metas, buscando uma meta real, no sentido de
o paciente ter condições cognitivas de superar o déficit. A partir do estabelecimento
das metas, são criadas estratégias para alcançá-las. Essas estratégias devem
apresentar passos graduais para aumentar a chance de sucesso do paciente. Por
fim, verifica-se a eficácia da intervenção por meio das reavaliações.
As funções da atenção se caracterizam como processos primários da
cognição, os quais representam a capacidade de a pessoa receber, compreender
e responder aos estímulos significativos do ambiente em detrimento de outros
estímulos.

Uma divisão existe em relação a à operacionalidade da atenção. Os


seguintes subtipos de atenção são descritos a seguir: atenção seletiva, atenção
alternada, atenção dividida e atenção sustentada. Outros autores apresentam
outras subdivisões. No entanto, aqui foi decidido utilizar as nomenclaturas já
apresentadas:

Atenção seletiva: capacidade de selecionar apenas parte dos estímulos


disponíveis no ambiente, como se fizesse um filtro e ignorasse os demais estímulos
(sejam eles estímulos externos ou internos).
Atenção sustentada: capacidade de permanecer focado por um tempo
prolongado, sem perder o rendimento na tarefa ao longo do tempo.
Atenção dividida: capacidade de manter o foco em dois ou mais estímulos
distintos simultaneamente, realizando mais de uma tarefa ao mesmo tempo, sem
perder o rendimento em nenhuma das tarefas.
Atenção alternada: capacidade de alternar entre dois ou mais estímulos
sucessivamente, processando ou realizando apenas uma tarefa por vez, porém,
em seguida troca de tarefa e posteriormente retoma a inicial, como se
intercalassem as atividades.

A avaliação da Atenção

A neuropsicologia atua na compreensão, identificação e intervenção dos


problemas de atenção e estes podem ocorrer por meio de duas vertentes
tangenciais, a avaliação neuropsicológica e a reabilitação ou estimulação cognitiva.
Os dados obtidos na avaliação neuropsicológica podem nortear a elaboração de
um programa de reabilitação ou estimulação cognitiva. A reabilitação
neuropsicológica objetivará a adaptação do indivíduo ao seu ambiente.
A avaliação neuropsicológica permite aferir as habilidades cognitivas de uma
pessoa ou grupo, permite detectar déficits cognitivos sutis, que podem causar
deteriorações sociais, e déficits orgânicos, perceptivos ou cognitivos, para dar o
melhor encaminhamento (como a indicação para um programa de reabilitação ou
estimulação cognitiva), bem como representa uma importante ferramenta nos
diagnósticos diferenciais. Essa avaliação engloba dados relacionados com as
funções cognitivas, emoção, comportamento e interação social.
Vale enfatizar que muitos instrumentos utilizados na avaliação
neuropsicológica são os testes psicológicos e escalas comportamentais que
devem ser aprovados pelo Conselho Federal de Psicologia para uso profissional
do psicólogo. Sendo assim, é indicado que o profissional verifique quais
instrumentos estão liberados na sua área e apresentam dados normativos
favoráveis.

Relação entre transtornos mentais e atenção

Os prejuízos da atenção podem se manifestar como um quadro primário ou


como um sintoma secundário a diversos transtornos.
Entre os vários tipos de transtorno, o déficit de atenção e hiperatividade
(TDAH) é caracterizado pela tríade desatenção, hiperatividade e impulsividade.
Usualmente tem início na infância e pode transcorrer por toda a vida, gerando,
dessa forma, transtornos específicos da aprendizagem. Por ter uma atribuição
disfuncional, pode-se conferir ao TDAH a denominação de síndrome disexecutiva
ou mini síndrome frontal.
Por considerar de extrema importância os programas de intervenções para
as crianças e adolescentes que visassem ao treino de atenção,
independentemente do transtorno mental, elaboramos esta live e iremos
disponibilizar um E-book com 10 atividades de estimulação da atenção para
crianças para você aplicar.
Lembrando que quando são aplicadas as atividades com a inclusão de pais
e professores, as atividades apresentam um benefício ainda maior, favorecendo o
desenvolvimento da atenção das crianças e adolescentes.
Aplicando as atividades

O papel do terapeuta/professor é de extrema importância para a aplicação


das atividades. Ele terá o papel de ser o que faz a mediação e facilitação entre os
participantes e as atividades. Antes de iniciar as atividades, podemos distribuir
folhas e pedir para os participantes escreverem como estão se sentindo ao iniciar
a sessão e fornecermos algumas alternativas como (sono, fome, cansaço, triste,
alegre, motivada. Podemos, após as atividades, pedir para eles preencherem como
se sentiram e como foi o seu rendimento na atividade.
Também, em todas as sessões, poderão ser aplicadas a psicoeducação que
tem o objetivo que o indivíduo conheça os sintomas e as características da sua
doença, se apresentar algum diagnóstico, além de reconhecer os prejuízos
decorrentes. Dessa forma, podemos planejar novas sessões com base na
psicoeducação. Também, podemos explicar os diferentes tipos de atenção com
exemplos do cotidiano, diferenciar a distração do déficit de atenção. Ainda,
podemos explorar a definição das funções executivas, como planejamento,
controle inibitório e flexibilidade cognitiva, memória operacional.
Atividade 1: Ache a imagem igual ao modelo. Faça a atividade seguindo linha por
linha. Ao final, conte o número de imagens iguais.

Modelo: 😀

😀 🙂 😆 😁 😬

😳 😞 😃 😇 🤓

😚 🤣 😐 😃 🤩

😃 😅 ☺️ ☹️ 😃

🤣 😕 😎 😃 😶

😳 😃 🥱 🤤 😮
Atividade 2: Risque ou circule as formas de acordo com o exemplo abaixo.
Atividade 3: Marque a cara diferente em cada conjunto de 3 caras de cada linha.
Atividade 4: Faça um traço sempre que encontrar o símbolo ☎. Faça a atividade
seguindo linha por linha. Ao final, conte o número de símbolos ☎

✂ ☎ ✼ ❀ ✦ ☎ ☎ ♡

☉ ♫ ♤ ☎ ☾ ➣ ⌦ ☎

☎ ✆ ✈ ❀ ☎ ♕ ♘ ✂

☾ ➣ ☎ ♤ ✼ ✡ ☎ »

☾ ➣ ❈ ☎ ♡ ⚁ ☎ ☾
ATIVIDADE 5: Faça um traço na cruz. Em seguida, na próxima linha, faça um traço
na estrela. Siga alternando entre cruz e estrela. Siga o modelo da primeira
coluna.
Atividade 6: Ligue as frutas iniciando pelo número 1 até o número 8.

1 2

6 5 5

6 2
7

7 4 3

3
8 4
Atividade 7: Atenção, irei falar alguns números. Bata palmas cada vez que ouvir
os números que eu disser. MAS...ao ouvir o número 5, não bata palmas. Siga
batendo palmas ao ouvir os outros números.

7 8 3 5 10 3 6 5 2

1 3 7 5 5 8 10 7 5

2 7 3 5 8 1 9 5 5

7 4 5 6 8 2 10 5 3

2 7 9 5 2 5 5 5 9
Nesta atividade abaixo, leia os números, linha por linha. Ao ler o número “7”, diga
o nome de uma fruta.
Atividade 8: Conte o número das imagens abaixo.

Escreva o número das imagens da tabela acima.


Atividade 9: Preencha as figuras conforme o modelo abaixo.
Atividade 11: Pinte as pétalas das flores de amarelo. Se você encontrar um Beija-
Flor pousado, pinte as pétalas dessas flores de rosa. O resto da flor é com você.

Você também pode gostar