Autorreguladaportugues 2 Ano 3 Bi
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e Literatura
Aluno
Caderno de Atividades
Pedagógicas de
Aprendizagem
Autorregulada - 03
2ª Série | 3º Bimestre
Habilidades Associadas
1. Estabelecer relações entre a estética parnasiana e os conceitos da Belle Époque e da Art Nouveau.
4. Identificar os recursos expressivos do gênero textual canção, reconhecendo sua relação com a
poesia e a música.
Apresentação
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Caro aluno,
Neste caderno, você encontrará atividades diretamente relacionadas a algumas
habilidades e competências do 3º Bimestre do Currículo Mínimo de Língua Portuguesa e
Literatura da 2ª Série do Ensino Médio. Estas atividades correspondem aos estudos
durante o período de um mês.
A nossa proposta é que você, Aluno, desenvolva estas Atividades de forma
autônoma, com o suporte pedagógico eventual de um professor, que mediará as trocas
de conhecimentos, reflexões, dúvidas e questionamentos que venham a surgir no
percurso. Esta é uma ótima oportunidade para você desenvolver a disciplina e
independência indispensáveis ao sucesso na vida pessoal e profissional no mundo do
conhecimento do século XXI.
Neste Caderno de Atividades, vamos aprender sobre as estéticas do
Parnasianismo e do Simbolismo e sobre o gênero canção. Na primeira parte deste
material, você vai conhecer exemplares da produção poética parnasiana e simbolista e
compreender a importância dessas correntes literárias para a cultura brasileira. Na
segunda parte, vai aprender a reconhecer o modo de organização de uma canção, seus
recursos expressivos, suas figuras de linguagem mais frequentes, bem como sua relação
com a poesia.
Este documento apresenta 08 (oito) Aulas. As aulas podem ser compostas por
uma explicação base, para que você seja capaz de compreender as principais ideias
relacionadas às habilidades e competências principais do bimestre em questão, e
atividades respectivas. Leia o texto e, em seguida, resolva as Atividades propostas. As
Atividades são referentes a dois tempos de aulas. Para reforçar a aprendizagem,
propõe-se, ainda, uma pesquisa e uma avaliação sobre o assunto.
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Sumário
Introdução ............................................................................................... 03
Aula 1: A linguagem da poesia ................................................................. 05
Aula 2: Já ouviu falar em Belle Époque? ................................................... 11
Aula 3: A poesia do Parnasianismo .......................................................... 18
Aula 4: A poesia do Simbolismo ............................................................... 24
Aula 5: O que é uma canção? ................................................................... 31
Aula 6: Poesia e canção, tudo a ver ......................................................... 35
Avaliação .................................................................................................. 40
Pesquisa ................................................................................................... 44
Referências .............................................................................................. 45
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Aula 1: A linguagem da poesia
Quem pelo menos já não ouviu ou leu um poema, não é mesmo? Ouvir de um
amigo na escola ou ler em algum muro da cidade e acabou decorando-o de tão sonoro
que ele era?
Nesta aula falaremos não só desses recursos sonoros mas de outros que
também costumam dar mais vida às palavras, principalmente aos poemas. Vamos
ajudá-lo a ler e identificar alguns desses recursos em vários textos e por que não
também a utilizar alguns.
Para iniciar, observe as estrofes do poema “A estrela”, de Manuel Bandeira:
O que nos chama a atenção nestes versos? Com certeza a repetição da mesma
expressão “vi uma estrela” e “era uma estrela”. A esse recurso, utilizado pelo poeta
Manuel Bandeira para sugerir o vazio da sua vida, chamamos de anáfora.
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A anáfora consiste em repetir uma palavra ou expressão a espaços regulares
durante o texto. É muito comum nas canções (trovas) populares, cordéis, poemas e,
eventualmente, em propagandas. Esse recurso faz parte do estudo de FIGURAS DE
LINGUAGEM.
Mas o que são figuras de linguagem?
As figuras de linguagem são recursos usados na fala ou na escrita para tornar
mais expressiva a mensagem transmitida, seja em um texto, em uma propaganda, seja
em poesia.
Como é mais comumente trabalhar as figuras de linguagem em textos poéticos,
importante é lembrar o que significa poesia. O dicionário Aurélio nos diz o que é:
Poesia - “Arte de criar imagens, de sugerir emoções por meio de uma linguagem
em que se combinam sons, ritmos e significados.”
E para que o poema possa criar imagens, sugerir emoções por meio da
linguagem, ele precisará utilizar algumas figuras de linguagem, já que são elas que
tornam a escrita mais expressiva. Serão elas que darão aos textos, poemas,
propagandas uma criatividade tal que permitirá a ele fugir daquela linguagem comum
utilizada no dia a dia.
Para que possamos, então, observar o que o recurso de figuras de linguagem
fornece de criatividade aos textos, vamos dividi-los em figuras de:
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"Sou Ana, da cama “Quem com ferro fere, com “Passa tempo
da cana, fulana, bacana ferro será ferido.” Tic-tac
Sou Ana de Amsterdam." Provérbio popular Tic-tac
Passa hora chega logo
(Chico Buarque) “o rato roeu a roupa do rei de Tic-tac
Roma e a rainha ficou com Tic-tac
raiva” E vai-te embora”
(Vinícius de Moraes)
comentário
Observe que o uso desse Observe que o uso desse Observe que o poeta faz
recurso sonoro põe em recurso sonoro põe em referência ao tempo. E quem
evidência o nome da evidência a palavra FERRO marca o tempo é o relógio
personagem ANA através da através da repetição da (coisa significada), e o som
repetição da vogal A em consoante F em quase todas que o relógio reproduz, é
todas as demais palavras. as palavras. No outro representado na escrita
exemplo, o R é posto em através do TIC-TAC que o
evidência para dar relógio faz.
expressividade ao ato de
ROER que remete ao som do
R.
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(demonstração de afeto),
“filhas” (instinto maternal,
proteção) e com “fadas
disfarçadas” (mistério,
fantasia).
Atividade 1
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c) No fragmento literário: “Tudo cura o tempo, tudo gasta, tudo digere”. (Vieira)
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d) Na música: “Plunct, plact, zum, você não vai a lugar nenhum.” (Raul Seixas)
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b) Na manchete: Vida após a morte. Que
figura está presente?
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Aula 2: Já ouviu falar em Belle Époque?
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(http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Theatro_Mu (http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Paris_Op
nicipal_do_Rio_22-05-2010-2.JPG) er_um_1900.jpg)
O luxuoso teatro carioca, construído entre A Casa de Ópera de Paris, também
os anos de 1905 e 1909. conhecida como Ópera Garnier
Mas nem só de belezas vive uma Belle Époque. Por trás dos grandes prédios,
dos novos monumentos e das gigantescas obras, a população mais humilde sofreu
bastante. Muitas construções antigas tiveram que ser derrubadas para ceder espaço às
novidades. Esse movimento, conhecido como “bota-abaixo” fez com que as pessoas
mais pobres fossem expulsas de suas moradias sem indenização e, sem alternativas,
tivessem que se deslocar para os morros, iniciando o processo de favelização.
Assim, pode-se dizer que a Belle Époque teve duas faces, a do progresso e a do
embelezamento da cidade e, por outro lado, a do aumento das desigualdades
sociais,visto que os mais pobres nada ganharam com essas transformações. Compare:
Derrubada de mais de 600 casas e prédios Marginalização dos mais pobres, expulsos
antigos (“Bota abaixo”); do centro da cidade;
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Além da efervescência cultural, esse período também conheceu um notável
crescimento tecnológico. Ao lado do cinema, já citado, a eletricidade e o automóvel
são outros importantes exemplos. Essa conquista tecnológica, até então, sem igual na
história, mudou a forma como as pessoas compreendiam o mundo e as artes. Depois
da fotografia e do cinema, por exemplo, ficou muito fácil retratar uma paisagem, uma
pessoa e reproduzir essa imagem à exaustão. Como forma de recuperar o valor do
artista plástico, os desenhos e esculturas começaram a trazer maior riqueza de
datallhes numa nova estética, chamada Art Nouveau (Arte Nova; lê-se “ar nuvô”).
Entre esses novos detalhes, destacavam-se formas que remetiam à natureza, como
folhas, flores e insetos, formas arredondadas e referências à mulher. Outra inovação
foi a presença desse visual em objetos do cotidiano, como joias, abajures, escovas e
cadeiras; na arquitetura, em fachadas de prédios e escadas; em rótulos de produtos e
cartazes publicitários. Veja um exemplo de um cartaz da época.
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Agora, você deve estar se perguntando o que tudo isso tem a ver com
Literatura. Ora, o contexto de uma época influencia a produção literária. Os escritores
irão refletir em seus textos, sejam em prosa ou em poesia, os hábitos, as preocupações
e as questões de seu tempo. Como a valorização da forma e da beleza estava em alta
no final do século XIX, a estética parnasiana também refletirá isso em seus poemas.
Como? Bem, isso já é assunto para outra aula.
Que tal revisar o que aprendemos até agora? Então, vamos para a atividade!
Atividade 2
2. Sobre o contexto social, político e cultural do final do século XIX e início do século
XX, responda:
a) Que cultura exerceu maior influência no Brasil nesse período?
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c) O Brasil também teve uma versão própria dessa época. Explique o que ela
representou para o país, em especial para a cidade do Rio de Janeiro. Que
transformações ocorreram por aqui?
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d) Assim, como uma moeda, a Belle Époque também teve duas faces. Preencha o
quadro a seguir com o que ela trouxe de progresso para a cidade e de problemas para
a população.
PROGRESSO PROBLEMAS
3. As imagens, a seguir, são exemplos da produção Art Nouveau. Com base no que
aprendeu em nossa última aula, identifique as principais características dessa estética.
Cite, ao menos, 3 características para cada imagem.
IMAGEM CARACTERÍSTICAS
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Rótulo
Abajur
16
Cartaz
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Aula 3: A poesia do Parnasianismo
Na última aula, você viu um pouco do contexto social, político e cultural do final
do século XIX e início do século XX. Além disso, aprendeu o que foi a Belle Époque e a
estética Art Nouveau. Nesta aula, você vai entender como tudo isso esteve presente,
de um modo ou de outro, na poesia do Parnasianismo.
Vimos que essa época foi marcada por uma valorização da forma e da beleza.
Veremos, agora, que o mesmo ocorreu no modo como os poetas escreviam.
Observe o poema a seguir:
Profissão de fé
Que outro - não eu! - a pedra corte Quero que a estrofe cristalina,
Para, brutal, Dobrada ao jeito
Erguer de Atene o altivo porte Do ourives, saia da oficina
Descomunal. Sem um defeito:
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A pena, como em prata firme Por te servir, Deusa serena,
Corre o cinzel. Serena Forma!
19
Elipse O meu carro é azul. O de Pedro, cinza. (verbo oculto)
O meu carro é azul. O de Pedro é cinza. (verbo subentendido)
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Atividade 3
b) Agora, destaque cinco verbos que representem o trabalho com a palavra ou com a
joia.
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Com o camartelo
A um poeta
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Aula 4: A poesia do Simbolismo
Nas duas últimas aulas, falamos sobre os avanços ocorridos no final do século
XIX, o progresso e as transformações urbanas. Como nem tudo são flores, também não
tivemos apenas eventos positivos nessa época. Chegamos a comentar, por exemplo,
sobre o acirramento das desigualdades sociais no cenário carioca. De modo geral, o
mundo também testemunhou decepções com relação aos projetos de um futuro mais
justo e de desenvolvimento para todos, o que gerava um clima de pessimismo e
descrença.
No caso do Simbolismo, essa sensação afastou sua poesia de qualquer
possibilidade de engajamento social e, nesse aspecto, há importante semelhança com
o Parnasianismo, estudado na aula passada. Ambos, afinal, voltavam-se para o Belo e
para a valorização da arte em si mesma. Entrentanto, essas duas correntes também
apresentaram diferenças. Enquanto os parnasianismos alcançaram notável sucesso no
país, os simbolistas viram sua poesia marginalizada. Por que isso aconteceu? O
Simbolismo priorizou a sugestão, o símbolo, muito mais do que dizer ou se expressar
objetivamente, o que não despertou o gosto do público da época.
Mas como é isso de sugerir em vez de dizer?
Para facilitar, observe a imagem seguinte.
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A catedral de Rouen (1893), de Claude Monet
A Catedral
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E o sino canta em lúgubres responsos:
"Pobre Alphonsus! Pobre Alphonsus!"
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Vale destacar o recurso de figuras de linguagem que geram imagens muito
sugestivas, tais como “céu risonho” (1ª estrofe); “Por entre lírios e lilases” (5ª estrofe);
“céu tristonho” (5ª estrofe) e “o vento uiva” (7ª estrofe). Os simbolistas, então,
utilizavam-se de metáforas, metonímias e sinestesias (mistura de sentidos), entre
outros recursos para conseguir tais resultados poéticos.
A referência à morte e a presença de elementos como “luz” e “astro” conferem
um tom místico, sobrenatural ao poema. Esse aspecto também era um traço frequente
na produção dessa vertente.
Outra marca importante é a musicalidade. No caso específico desse poema,
destaca-se a repetição do verso "Pobre Alphonsus! Pobre Alphonsus!", como se fosse o
refrão de uma canção. Além disso, na 7ª estrofe, a repetição dos fonemas “eu” nas
palavras “meu” (2 vezes) e “morreu” geram o efeito similar ao eco, como se fosse uma
voz do além, já distanciada. Com isso, notamos a exploração da sonoridade de
palavras, de figuras como a aliteração (repetição de som consonantal) e assonância
(repetição do som vocálico), do recurso da rima e do ritmo poético para gerar uma
musicalidade própria.
Entre os principais poetas simbolistas, merecem destaque Alphonsus de
Guimaraens e Cruz e Souza.
Vamos resumir as principais características do Simbolismo?
Agora, que tal praticarmos um pouco o que vimos até aqui? Então, vamos para
a atividade.
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Atividade 4
b) Em que se diferenciam?
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b) Misticismo e espiritualismo
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Sutis palpitações à luz da lua
anseio dos momentos mais saudosos,
quando lá choram na deserta rua
as cordas vivas dos violões chorosos.
Cruz e Souza
3. Além do próprio título “Violões que choram”, o poema traz outros termos e
expressões que respondem pela marca do pessimismo. Retire de todo o poema, ao
menos, dez termos ou expressões desse tipo.
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b) Como é chamada a figura de linguagem responsável por esse efeito?
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Aula 5: O que é uma canção?
Com certeza, você ouve diariamente muitas canções populares como samba,
funk, rock, rap, por exemplo. Assim como já ouviu outras vertentes de canções como a
folclórica, a cantiga de ninar ou acalanto, as cantigas de roda e a erudita ou clássica.
Nesta aula, vamos estudar o gênero Canção. Comecemos, então, pela
definição:
A canção é uma composição musical para a voz humana, geralmente
acompanhada por instrumentos musicais e letras. Por isso, é considerado um gênero
híbrido, ou seja, mistura duas categorias: a escrita e a música.
É, acima de tudo, uma combinação harmoniosa dos sons dos instrumentos que
é acrescida da musicalidade das palavras.
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Como todo gênero textual, a canção também apresenta uma estrutura
definida. A estrutura tipicamente usada tem algumas seções e, geralmente, é
encontrada nesta ordem:
1. Introdução (Parte inicial de uma composição musical)
2. Verso (Cada linha da composição)
3. Refrão (Frase musical que se repete após cada estrofe de uma composição)
4. Verso
5. Refrão
6. Ponte Musical (parte instrumental da composição)
7. Conclusão (desfecho da ideia/argumento)
Logo, não devemos separar os elementos que a envolvem: o elemento
linguístico (verbal/textual) e dois extralinguísticos (a melodia e o ritmo). Por isso, é
importante ressaltar que a musicalidade que lhe é pertinente (tanto das palavras
quanto dos instrumentos) faz parte da construção de sentidos da canção como um
todo.
Além de perceber como se estrutura, o estudo da canção tem como objetivos:
Discutir temas (história, questões sociais, arte, poesia);
Dar forma às experiências humanas;
Resgatar a cultura, sensibilizar e trabalhar o aspecto crítico social;
Constituir mediação entre sujeito e mundo, entre imagem e objeto;
Socializar e ser fonte de conhecimento.
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Atividade 5
Você já parou para refletir sobre a mensagem que o autor quis transmitir? Leia
as questões a seguir e responda:
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1. Segundo a letra da música, as grades dos condomínios ganharam sentidos
contraditórios. Determine em que consiste essa contradição.
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2. Releia o trecho: “A minha alma está armada / E apontada para a cara do / Sossego /
Pois paz sem voz / Não é paz é medo”. A palavra “sossego”, na música, apresenta um
valor positivo ou negativo? Justifique sua resposta com frases completas.
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3. O que o autor quis dizer com a expressão: “É pela paz que eu não quero seguir
admitindo…”?
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4. Leia os versos: “às vezes eu falo com a vida / às vezes é ela quem diz / qual a paz que
eu não quero conservar / para tentar ser feliz”. O que o autor destaca nestes versos?
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Aula 6: Poesia e canção, tudo a ver
É a coincidência de
sons entre palavras,
Cada linha do poema. Conjunto de versos especialmente no
final dos versos.
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sem se ver” É ferida que dói e não se Sente / descontente
sente
É um contentamento
descontente
É dor que desatina sem doer
Podemos, então, afirmar que os gêneros textuais poema e canção são bastante
semelhantes? Sim, porque ambos têm:
1) Como objetivo fazer da língua, da palavra, o instrumento artístico capaz de
tocar a sensibilidade do destinatário (leitor e ouvinte).
2) São similares também quanto ao formato, pois são constituídos de versos,
agrupados em estrofes e se caracterizam pelo ritmo.
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3) Ambos trabalham com recursos expressivos, com a linguagem poética,
apóiam-se em métrica fixa ou não, em rimas regulares ou não, em figuras de
linguagem ou não.
4) Ambos têm no ritmo a sua marca essencial e visam a causar prazer estético.
Atividade 6
Nas canções abaixo, além dos recursos estruturais (versos, estrofes e rimas) e
da forte atuação do som e do ritmo, os autores se utilizaram de outros recursos
expressivos como as figuras de linguagem para criar imagem, sonoridade e emoção.
Identifique as figuras de linguagem utilizadas pelos compositores nas canções:
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Vivo esperando o novo dia
Que irá trazer a luz que sempre ficará”
2) Cariocas
Adriana Calcanhoto
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6) Qualquer coisa
Caetano Veloso
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Avaliação
Agora, você vai fazer uma pequena avaliação referente aos principais assuntos
abordados neste caderno. Boa sorte!
1) (P110139RJ) Nesse texto, a repetição das vogais no final dos versos contribui para a
A) construção de uma imagem.
B) formação das rimas
C) idealização do ser amado.
D) percepção da subjetividade.
E) repetição de uma idéia.
40
Leia o texto abaixo
CRUZ E SOUSA, J. Poesia completa. Florianópolis: Fundação Catarinense de Cultura / Fundação Banco do
Brasil, 1993.
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D) a evidente preocupação do eu lírico com a realidade social expressa em imagens
poéticas inovadoras.
E) a liberdade formal da estrutura poética que dispensa a rima e a métrica tradicionais
em favor de temas do cotidiano.
A) É sentimentalista;
B) Assume uma visão crítica da sociedade;
C) Seus autores estiveram sempre atentos às transformações do final do século XIX e
início do seguinte;
D) O seu traço mais característico é o endeusamento da forma;
E) Seu poeta mais expressivo, Olavo Bilac, defendeu um retorno à arte barroca.
Antífona, Cruz e Souza. Poesia completa. Florianópolis: Fundação Catarinense de Cultura / Fundação
Banco do Brasil, 1993.
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Leia com atenção as duas estrofes abaixo e compare-as quanto ao conteúdo e
à forma:
I
Mas que na forma se disfarce o emprego
Do esforço; e a trama viva se construa
De tal modo que ninguém fique nua
Rica mas sóbria, como um templo grego.
II
Do Sonho as mais azuis diafaneidades
que fulijam, que na Estrofe se levantem
e as emoções, todas as castidades
Da alma do Verso, pelos versos cantem.
Comparando as duas estrofes, conclui-se que:
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Pesquisa
Para a proposta desta seção, é importante que você se reúna com, no máximo,
quatro colegas e, juntos, pesquisem na internet ou na biblioteca da escola, seguindo as
orientações do professor aplicador deste material.
Depois de ter aprendido sobre as poéticas parnasiana e simbolista e estudado o
gênero canção, é chegado o momento de expandir as lições deste caderno e relacioná-
las com o seu dia a dia. Assim, desenvolva com o seu grupo uma pesquisa que revele a
inspiração da estética simbolista nas canções contemporâneas. Para isso, siga os
passos a seguir:
1) Selecione um poema simbolista;
2) Destaque os recursos estilísticos mais marcantes do poema. Preste especial
atenção às figuras de linguagem que geram interessantes efeitos sonoros
(aliterações, assonâncias etc.) e que produzam imagens sugestivas
(metáforas, sinestesias etc.), como as que aprendemos neste caderno;
3) Busque uma canção contemporânea que também explore alguns dos
recursos presentes no poema escolhido pelo grupo. Pode ser uma ou mais
figuras de linguagem;
4) Em folha separada, copie o poema e a canção;
5) Explique, nesta folha, os recursos estilísticos comuns às duas produções e
comente o efeito desses recursos em cada obra, avaliando sua contribuição
para a leitura tanto do poema quanto da canção;
6) Lembre-se: o poema e a canção podem falar de temas diferentes.
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Referências
[1] ABAURRE, Maria Luiza M.; ABAURRE, Maria Bernadete M.; PONTARA, Marcela.
Português: contexto, interlocução e sentido. São Paulo: Moderna, 2010. 2º vol., p. 174-
230.
[2] BOSI, Alfredo. História concisa da Literatura Brasileira. São Paulo: Cultrix, 1994, p.
91-126.
[3] CABRAL, Ana Lúcia Tinoco. A força das palavras – dizer e argumentar. São Paulo,
Contexto, 2010, p. 85-110.
[4] CEREJA, W.R. & MAGALHÃES, T.C. Português Linguagens. Vol.1. 7ed. São Paulo:
Atual, 2009, p. 304-318.
[5] FIORIN, José Luiz, SAVIOLI, Francisco Platão. Para entender o texto: leitura e
redação. 16 ed. São Paulo: Ática, 2006, p. 173-175.
[6] GARCIA, Othon M. Comunicação em prosa moderna. Rio de Janeiro, Ed. FGV, 1977,
p. 216-224.
[7] PEREIRA, Cilene da Cunha et alii. Gêneros textuais e modos de organização do
discurso: uma proposta para a sala de aula. In: PAULIUKONIS, Mª Aparecida Lino. &
SANTOS, Leonor Werneck. (Orgs.) Estratégias de Leitura – Texto e Ensino. Rio de
Janeiro, Lucerna, 2006.
[8] PROENÇA FILHO, Domício. Estilos de Época na Literatura. São Paulo, Ática, 1985, p.
149-158.
45
Equipe de Elaboração
COORDENADORES DO PROJETO
PROFESSORES ELABORADORES
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