Estilo 1
Estilo 1
AMBIENTE
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Introdução
Olá, estudante! Você já parou para refletir sobre o conceito de saúde? Conforme a realidade de cada pessoa, a
saúde pode ser interpretada de forma distinta. Isso porque cada um de nós vive em circunstâncias e condições
de vida diferentes. Podemos pensar no nosso País, onde existem variedades culturais entre os estados e regiões,
que contribuem para níveis de saúde diferentes, como os hábitos alimentares, por exemplo. É possível avaliar
também diferenças em investimento em saúde, acesso a serviços públicos, faixa etária da população, condições
de moradia, estilo de vida etc.
Outro aspecto relevante para pensarmos em saúde é a relação que a vida humana tem com a vida animal e o
meio ambiente. Um universo de fatores implica na saúde das pessoas, o que torna necessário que tenhamos um
conceito universal de saúde. Nesta unidade, aprenderemos alguns conceitos fundamentais sobre saúde, também
estudaremos sobre problemas globais de saúde e noções como prevenção de doenças e promoção de saúde.
Bons estudos!
O termo saúde pública nos remete a ideia de promoção de saúde, campanhas de prevenção ou financiamento
público para programas de saúde, mas ela não se limita a essas ações, como vamos estudar nessa disciplina. A
definição de saúde pública foi estabelecida em 1920, por Winslow, e é utilizada até hoje,
Saúde pública é a ciência e a arte de prevenir doenças, prolongar a vida, e promover a saúde e a
eficiência com o esforço organizado da comunidade para obter a sanitização do ambiente, o controle
de infecções comunicáveis, a educação das pessoas em relação à higiene pessoal, a organização de
serviços médicos e de enfermagem para o diagnóstico precoce, e o tratamento preventivo de
doenças, bem como para obter o desenvolvimento do maquinário social para garantir a todos um
padrão de vida adequado para a manutenção da saúde; organizando assim esses benefícios para
permitir que cada cidadão tenha seu direito de nascer com saúde e ter longevidade. (WINSLOW,
1920, p. 30)
De natureza pluridisciplinar, a saúde pública, deve ser entendida como um movimento para fazer face aos
determinantes de saúde, reduzir as doenças das populações, estudar e buscar a resolução dos problemas de
saúde, que condicionam a saúde dos indivíduos integrados no seu meio ambiente (FERREIRA, 1963).
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VOCÊ SABIA?
A Organização Mundial da Saúde (OMS) faz parte da Organização das Nações Unidas (ONU),
uma vez que, a saúde faz parte dos direitos humanos. A ONU foi criada após a 2ª Guerra
Mundial, por 50 países, com o objetivo de assegurar a paz e o desenvolvimento mundial. A
ONU faz a análise de problemas econômicos e sociais que possam impactar nos direitos
humanos, e sensibiliza os governos para esses problemas, a fim de cooperar
internacionalmente pelo desenvolvimento de todas as nações.
A saúde pública busca manter saudáveis e sem doenças todos os indivíduos de uma comunidade, ao limitar as
exposições que eles possam encontrar durante suas vidas. O Institute of Medicine (IOM) resumiu a missão da
saúde pública em seu relatório “The Future of Public Health” de 1988, ao destacar a função da saúde pública na
intervenção precoce e na prevenção da doença. Esses esforços incluem imunizações e programas para o controle
de doenças transmissíveis.
#PraCegoVer: imagem com o termo saúde pública escrito no centro, cercado de figuras que representam, por
exemplo, a atividade física, meditação, atendimento médico, alimentação, peso corporal e exames de sangue.
As funções da saúde pública devem ser cumpridas pelas agências, que são compreendidas como os governos ou
organizações mundiais que normatizam e executam a saúde pública (INSTITUTE OF MEDICINE, 1988). Em seu
relatório de 1988, citado anteriormente, o IOM identificou dez funções essenciais da saúde pública, que são
agrupadas em três eixos.
Clique nas abas a seguir para identificar as funções correspondentes.
• Avaliação
1. Monitorar a saúde.
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1. Monitorar a saúde.
2. Diagnosticar e investigar problemas e danos à saúde na comunidade.
• Desenvolvimento de políticas
3. Empoderar, informar e educar as pessoas sobre questões de saúde.
4. Mobilizar parceiras na comunidade e ações para identificar e resolver os problemas de saúde.
5. Desenvolver políticas e planos que apoiem os esforços individuais e comunitários.
• Garantia
6. Reforçar as leis e regulações que protegem e garantem a segurança em saúde.
7. Vincular as pessoas com necessidades em saúde aos serviços e assegurar a oferta do cuidado em saúde.
8. Assegurar equipe competente em saúde.
9. Avaliar a efetividade, acessibilidade e qualidade dos trabalhadores e serviços de saúde.
10. Pesquisar novas ideias e inovações para solucionar problemas de saúde.
Avaliação
"Cada agência de saúde pública deve regularmente e sistematicamente coletar, agrupar, analisar e disponibilizar
informações sobre saúde da comunidade, incluindo estatísticas sobre condição de saúde, necessidades de saúde
da comunidade, bem como estudos epidemiológicos e outros estudos de problemas de saúde".
Desenvolvimento de políticas
"Cada agência de saúde pública deve exercitar sua responsabilidade de atender ao interesse público no
desenvolvimento de políticas abrangentes de saúde pública ao promover o uso da base do conhecimento
científico na tomada de decisões sobre saúde pública, e ao liderar o desenvolvimento de políticas de saúde
pública. As agências devem ter uma abordagem estratégica, desenvolvida com base em uma apreciação positiva
do processo político democrático."
Garantia
As agências de saúde pública devem garantir a seus constituintes que os serviços necessários para atingir
objetivos acordados serão fornecidos, seja ao incentivar ações por outras entidades (do setor privado ou
público), ao exigir essa ação por meio de regulamentos ou ao fornecer serviços diretamente. Cada agência de
saúde pública deve envolver os principais responsáveis pela tomada de decisões e o público geral na
determinação de um conjunto de serviços de saúde, que incluem os de alta prioridade pessoal e os de amplitude
comunitária, que os governos garantirão a cada membro da comunidade. Essa garantia deve incluir a subvenção
ou provisão direta de serviços de atendimento de saúde de alta prioridade para aqueles que não podem pagar
por eles.
A seguir, você pode verificar a figura que mostra as dez funções essenciais de acordo com seus eixos.
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Figura 2 - Funções da saúde pública
Fonte: CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION, 2020.
Saúde global é "a área de estudo, pesquisa e prática que prioriza a melhoria da saúde e o alcance da igualdade na
saúde para todas as pessoas no mundo" (KOPLAN et al., 2009, p. 1994). Problemas de saúde que transcendem
fronteiras nacionais ou que tem um impacto político global e econômico são de grande interesse no campo de
saúde global. A saúde global é uma parte integral de estudos de saúde pública por vários motivos. Um deles é
que, nas últimas cinco décadas, a saúde das populações humanas melhorou no planeta. Isso pode ser atribuído às
principais realizações de programas de saúde pública em países desenvolvidos e em desenvolvimento. Esses
países tiveram um aumento expressivo na expectativa de vida, de 40 anos para 69 anos, ao longo das últimas
décadas (PIRES FILHO, 1987).
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Outro motivo para o estudo da saúde global é aprender mais sobre os desafios existentes em estágios nacionais e
internacionais, bem como determinar maneiras para criar estratégias e intervenções eficazes para resolver
problemas. Melhorar a saúde global pode melhorar a saúde de cada país e apoiar interesses globais e nacionais,
ao estimular o crescimento econômico, a diplomacia e a estabilidade mundialmente.
VOCÊ O CONHECE?
Fundada em 1948, a Organização Mundial de Saúde (OMS) direciona e coordena a saúde
internacional no sistema das Nações Unidas, e é reconhecida como a principal organização de
saúde pública internacional. A OMS auxilia autoridades nacionais no desenvolvimento de
planos e políticas de saúde, e ajuda os governos no trabalho com parceiros de
desenvolvimento para alinhar a assistência externa com as prioridades domésticas, isto é,
questões de conflitos, pobreza, desastres humanitários etc. Também coleta e dissemina dados
sobre saúde para que os países possam planejar gastos em saúde e rastrear o progresso.
À medida que avançamos no estudo sobre saúde global, teremos uma melhor compreensão de como resolver
problemas de saúde global e avançar no bem-estar de gerações que estão por vir (WHO, 2019).
Você deve ter observado na leitura, até o momento, que a saúde humana é indissociável do meio ambiente. A
nossa saúde depende da saúde ambiental e animal, todas se completam. Pensando nisso, as organizações
mundiais da saúde, da saúde animal, das nações unidas e a federação para alimentação e agricultura
reconheceram que existe um vínculo muito grande entre essas saúdes. De acordo com a World Organization for
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reconheceram que existe um vínculo muito grande entre essas saúdes. De acordo com a World Organization for
Animal Health (OIE), 60% das doenças humanas têm origem a partir do contato e do ciclo da saúde animal. Das
pandemias e doenças emergentes, 70% delas têm relação com a vida animal (VALLAT, online).
Alguns exemplos de doenças que surgiram dos animais são: Ebola, surgido dos macacos; Nipah, oriundo dos
morcegos; e tuberculose, dos bovinos. Muitas doenças de origem animal ocorrem por razões de desmatamento e
mudanças climáticas que levam os animais a mudarem seu habitat, propiciando a mutação dos vírus.
Essas doenças são consideradas zoonoses, isto é, doenças de animais que podem ser transmitidas para humanos
e vice-versa. O controle desses patógenos que podem ser transmitidos entre humanos e animais deve fazer parte
das estratégias globais de saúde pública. Serviços veterinários da vigilância epidemiológica dos estados e
municípios têm papel fundamental na garantia da saúde animal e ambiental (Conselho Federal de Medicina
Veterinária).
1.2 Bem-estar
Bem-estar é a percepção das pessoas sobre as suas vidas estarem dando certo, isso é um resultado positivo e
significante para as pessoas de toda a sociedade. O bem-estar envolve boas condições de moradia, trabalho,
saúde etc. Existem muitos indicadores para medir esses itens, tais como educação, renda e condições de
moradia. Contudo, faltam pesquisas que meçam a percepção e a satisfação das pessoas com relação às suas vidas
como a qualidade das suas relações, resiliência e emoções positivas, e satisfação em geral com a vida (DIENER,
2004; 2009).
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1.3 Promoção, prevenção e proteção
Para garantir a saúde da população e dos países, existem diferentes formas de atuar em saúde pública. A atuação
pode ser por meio da motivação das pessoas, ou educação para que elas saibam cuidar de si e do ambiente.
Contudo, nem sempre isso basta e serão necessárias medidas para proteger a população de doenças e agentes
nocivos.
A promoção da saúdeé definida como "a arte e a ciência de motivar as pessoas a melhorar seu estilo de vida para
ter a saúde completa, não apenas a ausência de doença" (PROCHASKA, 2013, p. 12). A boa saúde requer decisões
inteligentes e comportamentos positivos, alguns dos quais não são fáceis de identificar sem conscientização e
orientação adequada. É por isso que a promoção da saúde é necessária para facilitar as escolhas de estilo de vida
ideal. O objetivo da promoção da saúde é facilitar a capacidade da pessoa de realizar tarefas, participar de
atividades e cumprir objetivos pessoais em um nível ideal de saúde. Uma maneira de atingir esse objetivo é por
meio da prevenção de doença, ou prevenção primária. Estar sem doença permite que a pessoa tenha mais saúde
e maior satisfação com a vida. Porém, a promoção da saúde é mais do que apenas prevenção primária. Ela
também incentiva a adoção de escolhas saudáveis e estimula esforços de educação sobre como ser saudável.
Os programas mais eficazes de promoção da saúde incluem uma combinação de estratégias para desenvolver
culturas e ambientes físicos que aumentarão a conscientização, facilitarão a mudança de comportamento e
servirão de incentivo e apoio às práticas de estilo de vida saudáveis. Para persuadir uma pessoa a se cuidar
melhor, a promoção da saúde enfatiza as mudanças no estilo de vida pessoal, bem como as mudanças nas
influências culturais e ambientais que afetam esses comportamentos pessoais (WHO, 2017).
A OMS define promoção da saúde como "o processo de capacitar pessoas para que aumentem o controle sobre
sua saúde e a aprimorem. Ele vai além de um foco no comportamento individual, na direção de uma ampla gama
de intervenções sociais e ambientais" (WHO, 2017, p. 17).
Mudar os comportamentos de pessoas exige uma compreensão dos fatores que influenciam esses
comportamentos. A cultura e como ela está relacionada a comportamentos de saúde, práticas e crenças de saúde
individuais e culturais, e como as pessoas interagem com o sistema de atendimento de saúde, são fatores que
devem ser considerados ao tentar mudar o comportamento (PROCHASKA, 2013).
A cultura pode ser um determinante importante do comportamento individual. Cultura pode ser definida como o
conjunto de "crenças e percepções, valores e normas, e hábitos e comportamentos que são compartilhados por
um grupo ou sociedade e que foram passados de uma geração para a outra através de educação formal e
informal", (BARRIS et al., 1985, p. 16). Como vemos, o nosso ambiente e as pessoas, os desafios e as
oportunidades são moldados pelas culturas às quais pertencemos. Nossas culturas nos fornecem um conjunto de
regras sociais ou expectativas que podem ou não ser positivas para nossa saúde e bem-estar.
Um exemplo de comportamento cultural que possivelmente reforça a saúde é o da monogamia com parceiros
sexuais. A cultura de monogamia, ou seja, de ter somente um parceiro sexual por vez, tem o efeito potencial de
reduzir taxas de HIV/AIDS. Ao contrário, a transmissão de HIV e outras doenças transmissíveis sexualmente
poderia aumentar em culturas que aceitam ou incentivam vários parceiros sexuais ao mesmo tempo ou durante
o mesmo período (SKOLNIK, 2012).
Práticas e crenças de saúde variam entre diferentes culturas. As perspectivas sobre a doença e as causas de
doença, e as perspectivas sobre as práticas de bem-estar e a prevenção de doenças podem variar
consideravelmente em diferentes grupos culturais. Por exemplo, a malária é tão comum na África subsaariana
que muitos habitantes a aceitam como parte normal da vida. Em vez de buscar assistência médica, as pessoas
afetadas nessa região podem escolher simplesmente descansar ou seguir a recomendação de um curandeiro
tradicional, que pode ou não fornecer um tratamento eficaz. Estudos de diferentes grupos culturais mostram que
muitos deles têm tabus e rituais, os quais eles acreditam que protegerão a sua saúde. Alguns tabus culturais, por
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muitos deles têm tabus e rituais, os quais eles acreditam que protegerão a sua saúde. Alguns tabus culturais, por
exemplo, envolvem alimentos que as mulheres devem evitar durante a gravidez. Na verdade, essas restrições na
dieta podem causar danos à mãe e ao filho, por deixar de oferecer nutrientes e proteínas importantes. Outros
grupos culturais podem ter rituais de passagem de idade que envolvem testar a força e a "masculinidade" de
meninos por meio de perigosos exercícios de força física, independentemente do risco de ferimentos (SKOLNIK,
2012).
Comportamentos de saúde e mudança de comportamento são componentes importantes de iniciativas de
promoção da saúde. Uma vez que pode ser difícil mudar um comportamento enraizado e, especialmente, um
comportamento de saúde, cientistas de saúde pública criaram modelos teóricos para considerar os muitos
fatores envolvidos na mudança de comportamento. Ao aplicar vários modelos de mudança à problemas de saúde
pública, os pesquisadores tentam reconhecer quaisquer barreiras que atinjam a mudança de comportamento
desejada, como a falta de conhecimento dos possíveis efeitos do comportamento sobre a saúde. Muitos modelos
também tentam encontrar fatores que promovam a mudança de comportamento, por exemplo, redes de
parceiros que atuam como sistemas de apoio para a mudança. Ao aplicar diferentes modelos teóricos a esses
comportamentos de saúde, os profissionais de saúde pública podem direcionar seus esforços para os problemas
mais críticos com o intuito de promover uma mudança significativa no comportamento de saúde (NASEM, 2018).
Há vários modelos populares que estão em uso nas últimas décadas. Um modelo teórico comum usado para
resolver a mudança de comportamento de saúde é o HBM (Health Belief Model, Modelo de crenças em saúde).
Desenvolvido pelo serviço de saúde pública dos EUA nos anos 1950 e atualizado nos anos 1980, é baseado na
teoria de que a disposição, ou a não disposição, de uma pessoa para se envolver no comportamento de promoção
da saúde está vinculada a alguns fatores, incluindo (WHO, 2017):
• a crença sobre a seriedade e consequências de um problema de saúde;
• a percepção de que os benefícios de mudança de comportamento superam os obstáculos; e
• a confiança na capacidade de mudar com êxito o comportamento.
A combinação desses fatores indica a prontidão de uma pessoa para agir. Em aplicação prática, provedores de
assistência médica, oficiais de saúde pública e pesquisadores também buscam promover "dicas para ação",
normalmente um conjunto de estratégias criado para motivar pacientes em potencial a procurar cuidados para
si próprios. As "dicas para ação" podem incluir avisos de serviços públicos em relação ao risco de uma doença,
panfletos ou sites dedicados ao tópico, e incentivos como exames gratuitos para determinada doença (GLANZ et
al., 2002).
Outro modelo de mudança de comportamento popular é o modelo transteórico, também conhecido como
“Estágios de modelo de mudança”, isto é, as várias fases de mudança de comportamento. Essa estrutura
conceitual foi criada por James Prochaska e Carlo DiClemente para tentar explicar as diferenças no desejo das
pessoas de fazer mudanças, sua disposição em fazer essas mudanças e o êxito de tentar a mudança de
comportamento. Essa teoria reconhece várias fases de mudança de comportamento que uma pessoa pode ter em
um determinado período, e os autores acreditam que quaisquer esforços de intervenção de saúde pública devem
ser alinhados à fase na qual a pessoa se encontra (ESCORSIN, 2016).
Às vezes, uma intervenção bem-sucedida pode ser simplesmente fazer com que uma pessoa passe de uma fase
para outra, enquanto outras intervenções podem significar incentivar uma mudança de comportamento
sustentável. Uma pessoa pode mudar, ignorar ou voltar para diferentes fases a qualquer momento. Embora
extremamente popular entre médicos e outros campos de mudança de saúde, esse modelo tem sido criticado por
sua aparente falta de atenção ao impacto de fatores externos (economia, ambiente e política) na capacidade de
uma pessoa transcender as fases (PROCHASKA; DICLEMENTE, 2013).
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Figura 3 - Modelo transteórico
Fonte: PROCHASKA, 1994.
categoria mais ampla, pois ela trabalha para capacitar pessoas e comunidades a se envolverem em
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categoria mais ampla, pois ela trabalha para capacitar pessoas e comunidades a se envolverem em
comportamentos saudáveis, que beneficiarão seu bem-estar em geral. A prevenção de doenças é mais focada no
objetivo de evitar que uma determinada doença ou enfermidade ocorra. A proteção de saúde também é mais
específica, pois atua para tornar ambientes ou atividades mais seguras, para que doenças ou lesões não ocorram.
A prevenção é a gestão de fatores que poderiam resultar em doença, a fim de impedir sua ocorrência. Mas as
medidas de prevenção não se limitam a impedir uma doença de ocorrer, também auxiliam na redução dos
fatores de risco que contribuem para a doença ou para a exposição à doença, ou minimização do progresso da
doença e a redução de consequências assim que a doença for estabelecida (WHO, 1984).
Tanto a saúde pública como a saúde pública global usam um sistema de classificação de diferentes tipos de
esforços de prevenção. No final dos anos 1940, Hugh Leavell e E. Guerney Clark, considerados pioneiros em
filosofia de saúde pública, descreveram os princípios de prevenção de doenças no contexto de "hospedeiro",
"agente" e "ambiente", comumente referidos como o modelo de triângulo epidemiológico (IOM, 1988).
#PraCegoVer: o "triângulo" mostra as três principais áreas de transmissão de doença infecciosa. Primeiro, há o
hospedeiro ou “quem” poderia se tornar infectado, lesionado ou doente em decorrência da doença. Esse pode ser
um humano ou animal para muitas doenças. Em segundo lugar, há um agente, que é “o que” causa a doença
(exemplo, parasita, vírus, bactérias etc.). E, por fim, há o ambiente ou “onde” a infecção, a doença ou a lesão da
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(exemplo, parasita, vírus, bactérias etc.). E, por fim, há o ambiente ou “onde” a infecção, a doença ou a lesão da
doença ocorre ou quais fatores externos podem estar contribuindo para a doença.
Epidemiologistas são profissionais detetives de doenças que tentam descobrir como esse triângulo pode ser
aplicado a doenças e enfermidades, e qual lado pode ser rompido usando medidas apropriadas de prevenção de
saúde. Usando o contexto de três lados do triângulo epidemiológico, Leavell e Clark (1958) propuseram três
níveis de prevenção: principal, secundária e terciária.
Antes da presença de doença (período pré-patogênico), há a oportunidade de bloquear a infecção inteiramente.
A prevenção primária tem como objetivo evitar doenças ou lesões antes que elas ocorram. Isso é feito por meio
de diversas intervenções:
• evitando exposições a riscos;
• mudando comportamentos não saudáveis ou não seguros;
• aumentando a resistência a doenças ou lesões caso ocorra exposição.
Entre os exemplos estão:
• legislação e aplicação para vetar ou controlar o uso de produtos perigosos ou para exigir práticas
seguras e saudáveis;
• educação sobre hábitos saudáveis e seguros, como exercícios e dieta adequada;
• imunização contra doenças infecciosas.
No entanto, mesmo com uma boa política de saúde, as normas adequadas de segurança e os comportamentos
pessoais saudáveis, uma doença ainda pode surgir. A prevenção secundária tem como objetivo reduzir o
impacto de uma doença ou lesão que já ocorreu. Isso é feito ao:
• detectar e tratar a doença ou a lesão assim que possível;
• implementar estratégias para interromper o curso da doença ou atrasar o seu progresso;
• realizar treinamento, educar e desenvolver habilidades para administrar a doença com êxito.
Entre os exemplos estão:
• triagens de mama e da coluna para detectar sinais precoces de câncer;
• exame de sangue ou saliva para HIV/AIDS;
• medicação com prescrição para combater pressão alta.
Por fim, às vezes, não é possível prevenir ou reduzir o efeito inicial de uma doença ou enfermidade.
A prevenção terciária tenta suavizar o impacto da doença ou lesão contínua ao ajudar pessoas a administrar
problemas de saúde a longo prazo, para melhorar sua capacidade de funcionamento, qualidade de vida e
expectativa de vida. Entre os exemplos estão:
tratamento de tuberculose com Terapia observada diretamente (TOD) para manejo de caso a longo prazo;
• programas de manejo de doença crônica, como aulas de culinária para diabéticos;
• grupos de apoio para auxiliar com os desafios mentais e emocionais da doença;
• programas de reabilitação vocacional para retreinar funcionários para estarem capacitados para
contratação após uma lesão.
Um outro nível de prevenção, a prevenção quaternária, cobre procedimentos e políticas que identificam
pessoas e grupos em risco de diagnóstico ou medicação excessiva, e que diminuem a intervenção sanitária e
médica excessiva (FAERSTEIN, 2016).
Proteção é a defesa ou imunidade contra influências nocivas. A proteção da saúde na era moderna de saúde
pública tem como foco principal as ações de prevenir e controlar doenças infecciosas, bem como proteger contra
riscos ambientais, incluindo alimentos que não atendem aos padrões higiênicos. A proteção de saúde também é
aplicável a situações ocupacionais, a fim de garantir que os funcionários e consumidores não entrem em contato
com materiais perigosos ou condições não seguras. A proteção de saúde oferece oportunidades iguais para
pessoas s que tenham o nível mais elevado possível de saúde. Ela pode ser obtida com o desenvolvimento e a
implementação de leis, políticas e programas nas áreas de proteção de saúde ambiental, e nos empregadores ou
nas instalações de atendimento à comunidade. Intervenções de proteção de saúde ajudam a limitar o risco de
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nas instalações de atendimento à comunidade. Intervenções de proteção de saúde ajudam a limitar o risco de
doença ou lesão.
A OMS publicou em 2019 o seu plano estratégico, que tem por objetivo ampliar e qualificar o acesso à saúde no
mundo. Parte desse plano envolve divulgar as 10 principais ameaças à saúde global, são elas:
1. Poluição do ar e mudanças climáticas
Existem poluentes do ar que são microscópicos e responsáveis por sete milhões de mortes prematuras no
mundo, isso é, mortes que acontecem antes do previsto, em razão de câncer, derrame cerebral, doenças
coronárias e pulmonares. A maior parte dessas mortes acontece nos países de renda baixa ou média. A poluição
do ar também é o maior contribuinte para as mudanças climáticas, as quais devem matar 250mil pessoas ao ano,
entre 2030 e 2050, por questões de desnutrição, malária, diarreia e calor.
2. Doenças crônicas não transmissíveis
Doenças como diabetes, câncer e doenças cardíacas são responsáveis por 70% das mortes no mundo, sendo 15
milhões de mortes prematuras de pessoas com idades entre 30 e 69 anos. Uma das estratégias da OMS é
trabalhar junto aos governos para implementar políticas de incentivo à atividade física.
3. Pandemia de influenza
É uma ameaça que se concretizará, mas não se sabe quando. O maior problema é que muitos países não têm
preparo de resposta para quando isso acontecer. A OMS realiza o monitoramento da circulação do vírus por
meio de 153 instituições em 114 países.
4. Cenários de fragilidade e vulnerabilidade
Mais de 1,6 bilhões de pessoas (22% da população mundial) vivem em lugares que enfraquecem a atenção à
saúde por meio da combinação de fatores como fome, conflito, seca e migração populacional.
5. Resistência microbiana
Os medicamentos que salvaram milhões de vidas, como os antibióticos, antivirais, remédios antimalária, estão
agora enfrentando a capacidade que vírus e bactérias têm de mutar rapidamente e tornarem-se resistentes. O
uso excessivo desses medicamentos em humanos e animais de consumo, somado ao incorreto descarte na
natureza por falta de saneamento e coleta de lixo, está infectando o solo e a água.
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Figura 5 - Mundo nas mãos das pessoas
Fonte: maxstockphoto, Mediapool, 2020.
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1.4.2 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS)
Os ODS propõem uma série de passos que os governos devem dar para garantir três aspectos fundamentais do
bem-estar mundial: o aspecto social, econômico e ambiental. São guias de decisões que criam um ambiente para
que os governantes tomem as decisões certas para a humanidade e para o planeta. Decisões que vão beneficiar
os mais pobres e vulneráveis, melhorar a qualidade de vida de toda a sociedade, melhorando o bem-estar social
como um todo (KRUK et al., 2018; DYE, 2017).
A promoção de saúde oferece caminhos que conectam a implementação de políticas nacionais, globais e
econômicas para atender a necessidade de políticas sustentáveis de produção e consumo, bem como modelos
econômicos que impeçam a corrupção e favoreçam a transparência financeira dos países (THE WORLD BANK,
2017).
A ONU criou a versão preliminar da agenda de objetivos sustentáveis pós-2015 (ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES
UNIDAS, 2012).
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• Objetivo 4: Garantir educação de qualidade, inclusiva e igualitária, e promover oportunidades de
aprendizado durante toda a vida para todos.
• Objetivo 5: Obter igualdade de gênero, bem como capacitar todas as mulheres e meninas.
• Objetivo 6: Garantir a disponibilidade e a gestão sustentável da água e do saneamento para todos.
• Objetivo 7: Garantir o acesso à energia acessível, confiável, sustentável e moderna para todos;
• Objetivo 8: Promover o crescimento econômico, sustentável e inclusivo, o emprego produtivo e
completo, e o trabalho decente para todos.
• Objetivo 9: Criar infraestrutura resiliente, promover industrialização inclusiva e sustentável, e
estimular a inovação.
• Objetivo 10: Reduzir a desigualdade nos países e entre eles.
• Objetivo 11: Tornar cidades e lugares inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis.
• Objetivo 12: Garantir padrões de produção e consumo sustentáveis;
• Objetivo 13: Realizar ação urgente para combater a mudança climática e seus impactos.
• Objetivo 14: Conservar e usar sustentavelmente os oceanos, os mares e recursos marinhos para o
desenvolvimento sustentável.
• Objetivo 15: Proteger, restaurar e promover o uso sustentável de ecossistemas terrestres, gerenciar
sustentavelmente florestas, combater desertificação, e interromper e reverter degradação de terras e a
perda de biodiversidade.
• Objetivo 16: Promover sociedades pacíficas e inclusivas para desenvolvimento sustentável, fornecer
acesso à justiça para todos, bem como criar instituições eficazes, justas e inclusivas em todos os níveis.
• Objetivo 17: Fortalecer os meios de implementação e revitalizar a parceria global para
desenvolvimento sustentável.
Seguindo os passos de realizações anteriores, como a erradicação da varíola e a expansão da expectativa de vida
para recém-nascidos, as Nações Unidas estão divulgando objetivos de desenvolvimento sustentável para
orientar a pesquisa e a prática nos próximos quinze anos, com a esperança de novo avanço em saúde pública
global.
Conclusão
Aqui, estudamos alguns conceitos fundamentais sobre saúde, além dos problemas globais de saúde e noções
como prevenção de doenças e promoção de saúde
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
• reconhecer os principais conceitos referentes à saúde pública, saúde global e saúde;
• compreender os princípios de integração entre o ambiente, a saúde humana, a saúde animal e a adoção
de políticas públicas efetivas para prevenção e controle de enfermidades nos níveis local, regional,
nacional e global;
• eelacionar as práticas de saúde global aos problemas mundiais de saúde;
• discutir a importância e os objetivos de desenvolvimento sustentável para a saúde e o meio ambiente.
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