Exame Físico Neurológico

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fAtaxia = transtorno da marcha ou do equilíbrio

Diplopia = visão dupla

Disartria = dificuldade de formar palavras

Os três quadros levantam suspeita de AVC ou ataque isquêmico transitório vertebrobasilar.

Fraqueza muscular
 Abrupto: AVC e ataque isquêmico transitório.
 Subaguda progressiva: Guillain-Barré.
 Crônica: Lesões raquimedulares metastáticas e dç discal lombar.

Vocabulário

 Paresia - fraqueza
 Proximal – ombro ou cintura escapular
 Distal – pés ou mãos
 Simétrico – ambos os lados do corpo
 Dimídio - lado
 Focal – em uma parte da face ou de um membro
 Monoparesia – em um membro
 Paraparesia – nos dois membros
 Hemiparesia – em um dimídio
 Hemiparesia incompleta – todo um dimídio sem a face
 Hemiparesia completa – todo um dimídio mais a face
 Predominante – mais fraco
 Braquial – MMSS
 Crural – MMII

Técnicas de exame
1) Estado mental
2) Nervos cranianos
3) Sistema motor: Força muscular, marcha, coordenação,
4) Sistema sensorial: Sensibilidade
5) Reflexos

Sistema motor

Força muscular (tônus e resistência)

 Observe o corpo do paciente no movimento e repouso.


 Há tremores, tiques ou fasciculações?
 Se sim, localização, característica, frequência, ritmo e amplitude?
 Inspecione as dimensões e contornos dos músculos.
 Na pesquisa por atrofia, atentar às mãos, ombros e coxas.
 Atrofia resulta de doenças do SNP, como neuropatia diabética.
 O tônus muscular é percebido pela resistência do músculo ao estiramento passivo.
 Paciente relaxado, segure a mão dele enquanto dá suporte ao cotovelo.
 Flexione e estique os dedos da mão, o punho, cotovelo e movimente o ombro.
 Repita solicitando alguma resistência.
 Espasticidade é o tônus aumentado.
 Rigidez é o aumento da resistência ao longo do arco do movimento.
 Nos MMII, o suporte é na coxa com uma mão, e o pé com a outra.
 Flexione e estique o joelho e tornozelo.
 Repita com alguma resistência.
 Escala de força tem que estar na veia.

1. Nenhuma contração muscular é detectada


2. Contração mínima ou traços de contração
3. Movimento ativo da parte do corpo com gravidade eliminada
4. Movimento ativo contra a gravidade
5. Movimento ativo contra a gravidade e alguma resistência
6. Movimento ativo contra resistência plena sem fadiga evidente. Essa é a força muscular
normal

 Avaliação dos grupos musculares – testes contra resistência


 Flexão (C5/C6 bíceps braquial) e extensão (C6-C8 tríceps braquial) do cotovelo.
 Extensão na altura do punho (C6-C8 nervo radial, extensor radial longo do carpo).
Paciente cerra o punho e resiste ao movimento para baixo imposto pelo examinador.
 Preensão (C7/C8/T1), paciente apertar vigorosamente dois dedos da sua mão.
 Abdução dos dedos da mão (C8/T1/nervo ulnar). Palma da mão para baixo, dedos
abertos, paciente resiste ao movimento de aproximar os dedos.
 Oposição do polegar (C8/T1/nervo mediano). Paciente tenta encostar o polegar no
dedo mínimo enquanto você impõe resistência. --- Sd. Do túnel do carpo.
 Flexão na altura do quadril (L2-L4 iliopsoas). Paciente levanta a perna com resistência
sobre a coxa.
 Adução na altura dos quadris (L2-L4 músculos adutores). Mãos entre os joelhos do
paciente, peça que feche as pernas.
 Extensão na altura dos quadris (S1 – glúteo máximo). Paciente empurra a coxa para
baixo contra resistência.
 Extensão na altura dos joelhos (L2-L4 quadríceps femoral). Apoie o joelho com uma
mão enquanto a outra fica no tornozelo fazendo resistência.
 Dorsiflexão (L4/L5 tibial anterior) e flexão plantar (S1 gastrocnêmico e sóleo). Paciente
traciona o pé pra cima e empurra pra baixo contra resistência.

Coordenação

 Na avaliação dos MMSS


 Bater as palmas e dorsos das mãos nas coxas alternadamente rápido.
 Cerebelopata não consegue. Disdiadococinesia
 Percurtir a ponta do indicador na articulação distal do polegar, o mais rápido possível.
 Teste dedo-nariz. Paciente, com seu dedo, toca em seu próprio nariz e no indicador do
examinador que estará logo em sua frente. O examinador tem que mexer o dedo pra
estimular uma resposta inesperada no paciente.
 Manobra do rechaço: o examinador faz resistência contra a flexão do bíceps braquial e
solta. Fazer o rechaço para em caso de positividade o paciente não se machuque.
 Na avaliação dos MMII
 Paciente bate na mão do examinador com o pé o mais rápido possível
 Teste calcanhar-face anterior da perna. Paciente arrasta o pé do joelho ao hálux da
outra perna, de olhos abertos e fechados para avaliar a propriocepção.
 Cerebelopata o calcanhar ultrapassa o joelho.

Marcha

 Paciente deve caminhar pelo aposento.


 Depois com um pé atrás do outro.
 E na ponta dos pés.
 E nos calcanhares.

Manobras deficitárias

 Manobra de Romberg: Teste da propriocepção, paciente em pé de pé junto. Fecha os


olhos sem suporte.
 Manobra de Mingazzini: paciente em pé, braços estendidos a frente, com palmas para
cima e olhos fechados. A seguir empurra-se os braços dele para baixo.
 Manobra de Barré: paciente em decúbito ventral mantém as pernas fletidas sobre a
coxa.
 Manobra de Raimiste: Paciente em decúbito dorsal, braços fletidos a 90 graus, mãos
estendidas e dedos separados. 1minuto.

Sistema sensorial

Sensibilidade térmica e álgica (trato espinotalâmico). Propriocepção e percepção vibratória


(colunas posteriores). Tato leve (ambas as vias). Sensibilidade discriminatória (também envolve
o córtex).

 Parestesia – sensação de formigamento


 Disestesia – alteração da sensibilidade
 Analgesia – ausência de sensibilidade
 Plegia – Paralisia
 Hipo e hiperalgesia – alteração na sensibilidade
 Dermátomo é a faixa de pele inervada pela raiz sensorial de um único nervo espinal.
 Paciente de olhos fechados. Alterna-se instrumentos de ponta fina e ponta romba,
solicitando do paciente que as identifique.
 Mesmo esquema, com tubos de ensaio de água morna e fria.
 Depois com um algodão.
 E um diapasão sobre as articulações da polpa digital do hálux. A vibratória costuma ser
a primeira a ser perdida.
 Segure o hálux pelos lados. Mexa pra cima e pra baixo aleatoriamente, e peça para o
paciente dizer em qual posição está.
 Estereognosia é a habilidade de reconhecer objetos através do tato.
 Grafestesia: com a extremidade romba trace um número na palma da mão do
paciente.
 Discriminação em dois pontos: com um clipes aberto toque em dois pontos do mesmo
dedo ao mesmo tempo.

Reflexos profundos

 Reflexo exaltado = responde à percussão fora da área devida.


 Hiperreflexia = resposta intensificada, além do esperado.
 Hiper-reflexia é encontrada em lesões do trato corticoespinhal.
 Sinerreflexia – lado oposto responde (piramidalismo).
 Escala de graduação dos reflexos
4+ Reflexos muito vigorosos, com clônus (oscilações rítmicas entre flexão e extensão)
3+ Reflexos mais vigorosos que a média; possivelmente, mas não necessariamente,
indicativos de doença.
2+ Reflexos na média; normal
1+ Reflexos um pouco diminuídos; limite inferior do normal
0 Ausência de resposta
 O reforço de Jendrassik pode ser utilizado para se obter um melhor resultado.
 Reflexo: bíceps braquial; tríceps braquial; radial; patelar; tendão de aquiles (aquileu);
 Quando hiper-reativo deve-se pesquisar o clônus (dorsiflexão forçada e mantida)

Reflexos superficiais

 Abdominais: fricção leve, mas vigorosa, de cada lado em direção ao umbigo (X).
 Face lateral da planta do pé, desde o calcanhar até a região metatarsal. Espera-se a
flexão plantar, no entanto a dorsiflexão do hálux é um sinal de Babinski positivo
consequente à lesão do sistema nervoso central no trato corticoespinhal.
 Sucedâneos de Babinski (não afastam o piramidalismo mas ajuda na busca):
Gordon
Schafer
Oppeheio
Chaddok
 Anal: com ponta romba em movimento centrífugo

Técnicas especiais

 Brudzinski: com o paciente em decúbito dorsal o examinador flexiona o pescoço pra


frente, até o queixo encostar no tórax. É positivo se houver rigidez da nuca ou resposta
dos quadris e joelhos.
 Sinal de Kernig: decúbito dorsal, flexione a perna até a altura do quadril e aí estique o
joelho. Dor e aumento da resistência constituem positividade.
 Em caso de citalgia, faz-se a eleveção do mmii retificado na altura do quadril e
dorsiflexão do pé, até que haja o surgimento da dor.
 Asterixe (flapping) ajuda a identificar encefalopatia metabólica. Paciente deve fazer o
movimento de pare por 2minutos.
 Reflexo oculocefálico/Manobra dos olhos de boneca: no comatoso, segura as
pálpebras superiores e gire a cabeça do paciente rapidamente para cada lado. O
esperado são os olhos se moverem para o lado oposto.
 Reflexo oculovestibular: com estimulação térmica no comatoso. Água gelada no
ouvido, olhos vão em direção à orelha injetada; Água quente, olhos vão em direção
oposta;

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