Enc12 Opcoes Ficha 38 Luiza Neto Jorge Acordar Rua Mundo
Enc12 Opcoes Ficha 38 Luiza Neto Jorge Acordar Rua Mundo
Enc12 Opcoes Ficha 38 Luiza Neto Jorge Acordar Rua Mundo
3. Nas primeiras duas estrofes, o sujeito poético observa a sua rua ao amanhecer.
3.1. Identifica os aspetos descritos, tendo em conta o espaço exterior e interior.
3.2. Traça o perfil do sujeito poético.
Na sua poesia está o lugar da sua casa, numa Rua que se chamou do
Mundo, a cidade de Silves onde passou uns meses em 1983, a Faculdade de
Letras, Maio de 68, o que se ler. Mas, se tudo o que está nela tem o seu tempo,
esse não é só o tempo em que viveu mas a falha do seu tempo e de todos os
tempos. Através da qual refulge outra paisagem.
MARTINS, Fernando Cabral (1993). “Prefácio”,
in Luiza Neto Jorge, Op. cit., p. 9.
G R A M ÁT I C A
SOLUÇÕES|SUGESTÕESMETODOLÓGICAS
3.1. Espaço interior: “quarto” (v. 3), caracterizado pela ausência de movimento (“cai o pó”, v. 7), inicialmente em silêncio e
na penumbra, e em que depois entra “o som” e “a luz” (vv. 3-4).
Espaço exterior: “rua do mundo” (Nota: Luiza Neto Jorge viveu grande parte da vida na Rua da Misericórdia – rua essa
que, durante a Primeira República, se chamara Rua do Mundo – cf. questão 5), caracterizada pelos seguintes aspetos:
agitação matinal (“passos soltos de gente que saiu / com destino certo e sem destino”, vv. 1-2); sino que toca; pombos;
episódios decorrentes do bulício matutino característico do quotidiano da sociedade contemporânea: cano de água que
rebenta; enxurrada; jornal velho no chão; carro que se vai abaixo.
3.2. O sujeito poético observa, do quarto, a sua rua, descrevendo o que vê e ouve com apatia e indiferença e integrando na
reflexão uma interrogação retórica que reflete um relativo estado de alienação (“que dia é hoje?”, v. 5).
4.1. O sujeito poético observa e descreve com indiferença um assalto violento a uma joalharia, atribuindo a este
acontecimento a mesma importância que atribui aos restantes elementos descritos (roupa no estendal, pombos, azulejos).
5. Poema em que se descreve um aspeto do quotidiano da sociedade contemporânea (azáfama matinal numa rua citadina)
e em que se denuncia a indiferença e o alheamento que a caracterizam indiferença e alheamento esses que são a “falha”
do tempo de Luiza Neto Jorge “e de todos os tempos”.
Gramática
1. a. Presente. b. Passado. c. Presente e passado. d. Relação de anterioridade (“assoma” / “acordou”). e. Presente. f.
Relação de simultaneidade (“cai” / “salpicando”).