Conteúdo 1
Conteúdo 1
GRAMÁTICA........................................................................................................................................ 5
INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS........................................................................................................ 29
LITERATURA....................................................................................................................................... 43
INGLÊS................................................................................................................................................. 57
HISTÓRIA GERAL............................................................................................................................... 73
GEOGRAFIA.........................................................................................................................................101
FILOSOFIA...........................................................................................................................................127
SOCIOLOGIA......................................................................................................................................141
MATEMÁTICA.....................................................................................................................................153
FÍSICA...................................................................................................................................................235
BIOLOGIA 1.........................................................................................................................................279
BIOLOGIA 2.........................................................................................................................................293
QUÍMICA.............................................................................................................................................317
GRAMÁTICA
Divisões da gramática
Fonologia 1
Fonologia 2
Fonologia 3
Acentuação Gráfica
DIVISÕES DA GRAMÁTICA
I. Divisões da gramática
O estudo gramatical, para grande parte dos linguistas, apresenta-se dividido em:
- Fonologia
- Morfologia
- Sintaxe
- Semântica
- Estilística
II. Fonologia
a) Definição de Fonologia:
Fonologia (do Grego phonos = voz/som e logos = palavra/estudo) é o ramo da Linguística que estuda o sistema
sonoro de um idioma.
Estuda os sons da língua, sua capacidade de combinação e distinção. Ela se ocupa da função dos sons dentro da
língua, os quais permitem aos falantes formar palavras e identificar os seus significados.
→ Conceito de Fonema
→ Tipos de Fonema: Vogais, Semivogais e Consoantes
→ Fonema e Letra
→ Encontros: Vocálicos, Consonantais, Dígrafos e Difonos
→ Contagem de Fonemas
→ Conceito de Sílabas
→ Separação de Sílabas
→ Classificação das Palavras: Quanto ao Número de Sílabas
→ Classificação das Palavras: Quanto à Tonicidade
→ Acentuação
→ Novo Acordo
→ Ortografia
→ Hífen
III. Morfologia
1. Definição de Morfologia:
A palavra em si nos lembra “forma”, e é exatamente isso que faz a morfologia. Tem por finalidade estudar a estrutura,
a formação e os mecanismos de flexão das palavras, ou seja, a palavra e suas “formas de apresentação”. As classes gramaticais
representam o alvo principal da morfologia, pois seu estudo é essencial para o bom uso das palavras de forma a produzir bons
textos.
São as partes de uma palavra, é a menor partícula significativa da língua portuguesa. Estudar a estrutura é conhecer
os elementos formadores das palavras. Assim, compreendemos melhor o significado de cada uma delas.
Chamam-se morfemas: Raiz, Radical, Tema, Vogal temática, Desinência e Afixos (prefixos ou sufixos).
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DIVISÕES DA GRAMÁTICA
b) Estrutura e Processos de formação de palavras:
As palavras são classificadas de acordo com as funções exercidas nas orações. Na língua portuguesa podemos classificar
as palavras em 10 classes diferentes:
→ Substantivo
→ Adjetivo
→ Verbo
→ Advérbio
→ Pronome
Pronome pessoal
Pronome possessivo
Pronome demonstrativo
Pronome relativo
Pronome indefinido
Pronome interrogativo
→ Artigo
→ Numeral
→ Preposição
→ Conjunção
→ Interjeição
IV. Sintaxe
1. Definição de Sintaxe:
Compreende o estudo das relações que se estabelecem entre os termos da oração; como os termos se relacionam,
combinam entre si, a fim de que possamos produzir textos claros, objetivos, coerentes e coesos.
Para tanto, divide-se em sintaxe das funções, a qual estuda a estrutura da oração e do período, e sintaxe das rela-
ções, priorizando, a colocação pronominal, a concordância e regência.
a) Predicação Verbal:
→ Verbos Intransitivos.
→ Verbos Transitivos Diretos.
→ Verbos Transitivos Indiretos.
→ Verbos Transitivos Diretos e Indiretos.
→ Verbos de Ligação.
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DIVISÕES DA GRAMÁTICA
c) Análise Sintática do Período Composto por Coordenação.
- Oração Principal.
- Orações Subordinadas: Substantivas, Adjetivas e Adverbiais.
Orações subordinadas substantivas: subjetiva, objetiva direta, objetiva indireta, predicativa, completiva nominal e apositiva.
Orações subordinadas adjetivas: restritivas e explicativas.
Orações subordinadas adverbiais: causal, comparativa, concessiva, condicional, conformativa, consecutiva, temporal, final
e proporcional.
h) Pontuação.
i) Emprego da Crase.
V. Semântica
É a parte da gramática que estuda a interpretação do significado de uma palavra, de uma frase ou de uma expressão
em um determinado contexto.
Sinônimos;
Antônimos;
Polissemia;
Homônimos;
Parônimos.
V. Estilística
É a parte da gramática que trata das “estratégias artísticas e criativas” usadas na língua (principalmente as figuras
de linguagem). Tais recursos têm o objetivo de sugerir, provocar, embelezar a forma e/ ou o conteúdo do texto. Alguns
assuntos que são estudados em Estilística:
Denotação e Conotação;
Figuras de Linguagem;
Vícios de Linguagem;
Funções da Linguagem.
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DIVISÕES DA GRAMÁTICA
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FONOLOGIA 1
I. Fonologia 1
1. Definição de Fonologia:
Fonologia é o ramo da Linguística que estuda o sistema sonoro de um idioma. A fonologia tem como foco de estudo
a forma como os sons de uma palavra se organizam para produzir significados diferentes. Todo idioma tem a sua fonologia
própria e diferente das demais.
Na fonologia, essa unidade de som mínima é chamada de fonema, e é a partir dela que todo o estudo é desenvolvido,
desde as sílabas à acentuação das palavras.
a) Conceito de fonema:
Dá-se o nome de fonema (fono – som / ema – menor unidade) - ao menor elemento sonoro capaz de estabelecer
uma distinção de significado entre as palavras, ou seja, os sons produzidos de maneira organizada para que consigamos
formar palavras, entender seu significado e com elas, formar frases.
Cada fonema tem a função de estabelecer uma diferença de significado entre uma palavra e outra. Por exemplo, na
linguagem oral as palavras “manto” e “canto” se distinguem apenas pelos fonemas “m” e “c”.
As vogais são sons musicais produzidos pela vibração das cordas vocais, oriundos do pulmão, passando livremente
pela boca, sem obstáculos. São chamados fonemas silábicos, pois constituem o fonema central de toda sílaba. Na língua
portuguesa, não existe sílaba sem vogal. As vogais são pronunciadas de maneira forte e lenta.
As semivogais s ã o representadas pelas letras “i” e “u”, quando essas não forem núcleo da sílaba como em saída, bica,
onde a “i” é vogal.
Por vezes, “i” e “u” aparecem apoiados em uma vogal, formando com ela uma sílaba, ou seja, é pronunciada em uma
só emissão de voz. Nesse caso, esses fonemas são chamados de semivogais.
A diferença entre vogais e semivogais está no fato de que estas últimas não desempenham o papel de núcleo silábico,
além de ter o som p r o n u n c i a d o mais fraco e mais rápido, apoiando-se na vogal.
Exemplo: céu = é – vogal / u - semivogal
Como as letras que representam as semivogais são as mesmas que representam as vogais, pode haver certa dificuldade
para diferenciá-las, mas para isso basta atentar para o seguinte: se na sílaba só há uma letra que representa vogal (a, e, i, o, u),
essa é necessariamente uma vogal, pois as semivogais não aparecem sozinhas na sílaba, mas sempre acompanhadas por uma
vogal.
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FONOLOGIA 1
Outra dica simples é observar se na mesma sílaba houver uma letra “a”: O “a” sempre será vogal e a outra letra repre-
sentará a semivogal. Se pronunciada separadamente, vagarosamente e com som forte – será uma outra vogal, se pronunciada
numa só emissão de voz (com a vogal), rapidamente e som fraco, será uma semivogal.
Exemplo:
pAi – i é semivogal - é pronunciada rapidamente e junto com a vogal A – formando uma só sílaba.
sAIda – i é vogal – é pronunciada forte e lentamente – é uma sílaba independente.
→ Consoantes:
Podemos definir consoantes como: são sons musicais produzidos pela vibração das cordas vocais, porém diferentemente
das vogais e semivogais, esses sons são produzidos com algum tipo de obstrução no trato vocal, de forma que há
impedimento total ou parcial da passagem de ar. As consoantes nunca são núcleo das sílabas, são ruídos. Seu nome advém
justamente desse fato, pois, em português, sempre consoam (“soam com”) as vogais.
A palavra falada é formada por combinações de unidades mínimas de som (fonemas). Na escrita, a representação
do fonema ocorre através de letras. Portanto, o fonema não pode ser confundido com a letra. O fonema é a menor
unidade sonora da língua, enquanto a letra é tem a função é representar o fonema graficamente.
Portanto, podemos definir letra como a representação gráfica dos fonemas, isto é, uma representação escrita de um
determinado som, as letras são também chamadas de grafemas. Quando alteramos um fonema é necessário alterar o
sinal gráfico (a letra) que o representa – como consequência – também é alterado o significado da palavra. Exemplos:
BALA – FALA
BALA – BOLA
BALA – BATA
Símbolo:
Letra - Palavra: CASA
Fonema - Som: /KAZA/
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FONOLOGIA 2
I. Fonologia 2
1. Encontros vocálicos:
Encontro vocálico é o agrupamento de vogais e semivogais em uma palavra, como em ágUA, pedrEIra.
Lembrando que:
A = É sempre vogal.
Toda sílaba tem obrigatoriamente uma vogal.
Tendo em vista que as letras que representam as semivogais são as mesmas que representam as vogais, pode haver
certa dificuldade para diferenciá-las, mas para isso basta atentar para o seguinte:
Se na sílaba só há uma letra que representa vogal (a, e, i, o, u), esta é necessariamente uma vogal, pois as semivogais
não aparecem sozinhas na sílaba, mas apenas acompanhadas por uma vogal.
Outra dica simples é observar se na mesma sílaba houver uma letra “a” e outra letra. O “a” será sempre vogal, portanto
a análise será feita em relação à outra letra.
As vogais sempre possuem som mais forte em relação às semivogais. Assim, se na mesma sílaba houver duas
ou três letras que representam semivogais (e, i, o, u), a vogal será sempre a que tiver som de “e” ou “o” (som mais forte), as
semivogais serão as que têm som de “i” ou “u” (som mais fraco).
Caso haja uma sequência de letras que representam vogais e os sons de “i” e “u” sejam tão fortes como os outros sons
(“a”, “e”, “o”), estas letras não estarão na mesma sílaba, serão “base da sílaba”, ou seja, serão vogais.
a) Ditongo: v + V ou V+ v
É um encontro formado uma vogal junto a uma semivogal, ou a reunião de uma semivogal junto a uma vogal -
em uma só sílaba.
Os ditongos podem ser classificados de duas formas: crescente ou decrescente, e oral ou nasal.
Ditongo Crescente: o encontro de uma semivogal (menos intensa) mais uma vogal (mais intensa), na mesma sílaba.
v + V - qua-dra-do (u=SV, a=V)
Exemplos: série, próprio, nódoa, mágoa, quadro, área.
Ditongo Decrescente: o encontro de uma vogal (mais intensa) mais uma semivogal (menos intensa), na mesma sílaba.
V + v - noi-te (o=V, i=SV)
Exemplos: pouco, pai, mais, maus, mingau, intuito.
Ditongo Oral: o som passa pela cavidade oral, impedindo a passagem do ar pelas vias nasais. Exemplos: ouvir, tranquilo,
sequestro, viu, fugiu.
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FONOLOGIA 2
Ditongo Nasal: o som passa essencialmente pela cavidade nasal, produzindo um som nasalizado. Exemplos: pão, mãe,
quanto, delinquente, frequência, enxaguemos.
b) Tritongo: v + V+ v
É o encontro, na mesma sílaba, de uma vogal tônica V ladeada por duas semivogais v.
As vogais e semivogais não se separam, portanto os tritongos são inseparáveis, pois assim como os ditongos, são pronunciados
numa só emissão de voz.
Exemplo:
Pa – ra – guai.
c) Hiato: V + V
É o encontro de duas vogais que se pronunciam separadamente, ou seja, em duas diferentes emissões de voz.
2. Encontros Consonantais:
O encontro consonantal é a sequência de duas ou mais consoantes, sem vogal intermediária, que não sejam dígrafos, ou
seja, as consoantes são “pronunciadas”. Esse encontro pode ocorrer na mesma sílaba ou não (carpete, bíblia).
Existem basicamente dois tipos de encontros consonantais:
Os inseparáveis: Os que resultam do contato de uma consoante + “l” ou “r” e ocorrem numa mesma sílaba. Exem-
plo: pe-dra, pla-no, a-tle-ta, cri-se. Além desses, são inseparáveis também os grupos consonantais que surgem no início dos
vocábulos: pneu – gnomo
Os separáveis: Os que resultam do contato de duas consoantes pertencentes a sílabas diferentes e também os que
ocorrem após a primeira sílaba. Exemplo: por-ta, rit-mo, lis-ta
3. Dígrafos:
De maneira geral, cada fonema é representado, na escrita, por apenas uma letra.
Exemplo: casa. Possui quatro fonemas e quatro letras.
Há, no entanto, fonemas que são representados, na escrita, por duas letras.
Exemplo: bicho. Possui quatro fonemas e cinco letras.
Na palavra acima, para representar o fonema |xe| foram utilizadas duas letras: o “c” e o “h”. Assim, o dígrafo ocorre
quando duas letras são usadas para representar um único fonema – um único som (di = dois + grafo = letra).
Em nossa língua, há um número razoável de dígrafos. Podemos agrupá-los em dois tipos: dígrafos consonantais e dí-
grafos vocálicos.
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FONOLOGIA 2
a) Dígrafos Consonantais:
Duas letras com um só som – este som é de uma consoante. São dígrafos consonantais da língua portuguesa: lh, nh,
ch, rr, ss, qu e gu (seguidos de e ou i), sc, sç, xc.
b) Dígrafos Vocálicos:
Formados pelas vogais nasais em que a nasalidade é indicada por “m” ou “n”, encerrando a sílaba por “M” ou “N”
em uma palavra. O som é de ã – e – i – o – u. (com sons anasalados)
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FONOLOGIA 2
Quando falamos em dígrafos – falamos em som – e a contagem fonética é a de um só fonema. Temos que obser-
var com atenção os casos em que, mesmo parecendo dígrafos – não o são – em função de as letras terem os sons
pronunciados separadamente.
Exemplo: “sc” em esclarecer – não é dígrafo, pois s – c = têm som;
Exemplo: “xc” em exclamar - não é dígrafo, pois o x = tem som de s e o c tem seu próprio som.
“Gu” e “qu” são dígrafos somente quando, seguidos de “e” ou “i”, representam os fonemas /g/ e /k/: guitarra,
aquilo. Nesses casos, a letra “u” não corresponde a nenhum fonema. Em algumas palavras, no entanto, o “u” representa
um fonema semivogal ou vogal (aguentar, linguiça, aquífero...) Nesse caso, “gu” e”qu” não são dígrafos. Também não
há dígrafos quando são seguidos de “a” ou “o” (quase, averiguo).
Quanto ao “am - em - im - om - um” ou “an - en - in - on – um” = não são dígrafos se apresentarem som.
Exemplo: cantaram – (som de rão), fizeram – (rão), também (ei), homem (ei). Nestes casos os sons de / ã – o
/ são contados – foneticamente. Nessas situações temos um ditongo – pois contamos dois fonemas.
Chamamos de Encontro Consonantal Fonético, ou seja, ele existe somente no aspecto fonético (som).
Exemplo: Quando “x” corresponde a ks (táxi, pronunciamos - taksi – temos dois sons para uma só letra - dífono).
Os conceitos de “dígrafo e dífono” são importantes, sobretudo para o conteúdo a seguir: a contagem fonética e
separação silábica, que por sua vez levam à correta classificação do vocábulo quanto ao número de sílabas e tonicidade, con-
ceitos fundamentais para o estudo da acentuação gráfica.
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FONOLOGIA 3
I. Fonologia 3
1. Contagem de fonemas:
Como visto anteriormente, pode-se dizer que o FONEMA é o S O M de cada LETRA, logo, letra é a representação
gráfica do fonema. Baseados nesse conceito, façamos algumas observações importantes sobre a contagem fonética.
A contagem de fonemas é diferente da contagem de sílabas. A separação silábica se dá pela soletração da palavra,
respeitadas as regras vistas anteriormente (uma só emissão de voz), já a contagem de fonemas é diretamente ligada ao som
de cada letra.
Na palavra sapo, por exemplo, a letra s representa o fonema /s/ (lê-se sê); já na palavra brasa, a letra s representa
o fonema /z/ (lê-se zê). Às vezes, o mesmo fonema pode ser representado por mais de uma letra do alfabeto. É o caso do
fonema /z/, que pode ser representado pelas letras z, s, x:
Zebra
caSamento
eXílio
Em alguns casos, a mesma letra pode representar mais de um fonema.
A letra x, por exemplo, pode representar:
Fonema sê – teXto
Fonema chê – enXame
Fonema zê – eXibir
Fonema ks - taXi
A separação dos fonemas é identificada pela presença de barras separando os fonemas => / /
O ideal seria que cada letra correspondesse a um fonema, ou seja, cada letra tivesse um som correspondente.
Exemplo – casa = k a z a (4 letras e 4 fonemas). Porém nem sempre é assim. Pode acontecer que:
→ As letras “m” e “n” em determinadas palavras não representam fonemas, ou seja, não tem som, em outras sim.
Nessas palavras, “ m” e “ n” indicam a nasalização das vogais que as antecedem.
Ex: dança: o n não é um fonema; o fonema é /ã/, representado na escrita pelas letras “a” e “n”.
Já na palavra nave: o /n/ é um fonema (tem som).
HELP VESTIBULARES 15
FONOLOGIA 3
Portanto, assim como a compreensão de ditongos, tritongos, hiatos e encontros consonantais são indispensáveis para a
correta divisão silábica, a compreensão dos conceitos de dígrafos e dífonos é fundamental para a contagem fonética.
Encontrando-se os dígrafos e dífonos do vocábulo, consegue-se fazer a contagem fonética com extrema facilidade.
3. Conceito de sílaba:
A palavra “calor” está dividida em grupos de fonemas pronunciados separadamente: ca - lor. A cada um desses grupos
pronunciados numa só emissão de voz dá-se o nome de sílaba. Em nossa língua, o núcleo da sílaba é sempre uma vogal. Não
existe sílaba sem vogal e nunca há mais do que uma vogal em cada sílaba. Dessa forma, para sabermos o número de sílabas de
uma palavra, devemos perceber quantas vogais tem essa palavra.
4. Separação silábica:
Na língua portuguesa, a divisão das sílabas deve ser feita a partir da soletração, usando o hífen para marcar as sílabas
(con-ver-sí-vel). A maneira mais fácil para separar as sílabas é pronunciar a palavra lentamente, de forma melódica.
Como visto nos conteúdos específicos, no que diz respeito aos encontros vocálicos, encontros consonantais e dígra-
fos, a separação silábica obedece a algumas regras específicas. Portanto, uma bela dica para a perfeita separação silábica é a
identificação dos encontros vocálicos e seu enquadramento em ditongos, tritongos ou hiatos; a identificação dos encontros
consonantais observando se eles acontecem no início ou interior da palavra e, por fim, a identificação dos dígrafos.
Separam-se
Os encontros consonantais
(consoantes se destaquem foneticamente uma da outra – desde que não
estejam no início do vocábulo)
16 HELP VESTIBULARES
FONOLOGIA 3
As letras dos dígrafos consonantais ch, lh, nh, gu, qu, e os dígrafos
vocálicos am – an – em – em – im – in – om – on – um – um
cha-péu, lha-ma, mi-nha, man-gue, es-qui-lo, cam-po
Não se separam
As letras dos encontros consonantais
(quando se encontram no início da palavra)
pato: 1 palavra, 4 letras, 2 sílabas (pa-to) e 4 fonemas (/p/ /a/ /t/ /o/)
exceção: 1 palavra, 7 letras 3 sílabas (ex-ce-ção) e 6 fonemas = /e/ /s/ /e/ /s/ /ã/ /o/
1ª divisão: PALAVRAS
/ Os / fonemas / são / as / menores / unidades / sonoras / de / uma / língua /
2ª divisão: SÍLABAS
/ Os / fo / ne / mas / são / as / me / no / res / u / ni / da / des / so / no / ras / de / u / ma / lín /gua/
3ª divisão: LETRAS
/O/s/ /f/o/n/e/m/a/s/ /s/ã/o/ /a/s/ /m/e/n/o/r/e/s/ /u/n/i/d/a/d/e/s/ /s/o/n/o/r/a/s/ /d/e/ /u/m/a/ /l/í/n/g/u/a/
4ª divisão: FONEMAS.
/O/s/ /f/o/n/e/m/a/s/ /s/ã/o/ /a/s/ /m/e/n/o/r/e/s/ /u/n/i/d/a/d/e/s/ /s/o/n/o/r/a/s/ /d/e/ /u/m/a/ /l/in/g/u/a/
Com relação ao número de sílabas, as palavras podem ser classificadas em monossílabadissílabas, trissílabas e polissí-
labas.
HELP VESTIBULARES 17
FONOLOGIA 3
c) Trissílabas: possuem três sílabas.
Exemplos: ca-dei-ra, ci-ne-ma, pró-xi-mo, pers-pi-caz, ó-ti-mo
→ Sobre os monossílabos:
Não se pode dividir um monossílabo, portanto sua classificação é diferente: ou são inteiros fortes (tônicos) ou intei-
ros fracos (átonos).
São os de pronúncia branda, os que têm a vogal fraca, não acentuadas. Incluem-se na lista dos monossí-
labos átonos:
Por exemplo - a, em, de, com, por, nem, lhe, no, me, se, lo, la.
São os de pronúncia forte, independentemente de sinal gráfico sobre a sílaba. Os monossílabos tônicos
são das seguintes classes gramaticais:
Substantivos;
Adjetivos;
Advérbios;
Numerais;
Verbos.
Tônicos
Por exemplo, pé, gás, foz, dor, má, três, lá
Os monossílabos tônicos soam distintamente no interior da frase. Já os monossílabos átonos, não pos-
suindo acentuação própria, soam como uma sílaba da palavra anterior ou da palavra posterior.
→ Conceito de Sílaba Tônica: Na emissão de uma palavra de duas ou mais sílabas, percebe-se que há uma sílaba de maior
intensidade sonora do que as demais.
sabor - a sílaba bor é a de maior intensidade
faceiro - a sílaba cei é a de maior intensidade.
18 HELP VESTIBULARES
FONOLOGIA 3
De acordo com a posição da sílaba tônica, os vocábulos da língua portuguesa podem ser classificados em:
a) Oxítonos:
São aqueles cuja sílaba tônica é a última.
Exemplos: avó, urubu, parabéns
b) Paroxítonos:
São aqueles cuja sílaba tônica é a penúltima.
Exemplos: dócil, suavemente, banana
c) Proparoxítonos:
São aqueles cuja sílaba tônica é a antepenúltima.
Exemplos: máximo, parábola, íntimo
Nem sempre a sílaba tônica recebe acento gráfico. O acento tônico está relacionado com intensidade de som; o gráfico
existirá em algumas palavras, de acordo com regras de acentuação.
Pronuncie a sílaba mais forte - mais alto – para ter certeza de qual é a sílaba tônica!
Caiu no 1 oxi
Caiu no 2 par oxi
Caiu no 3 pro par oxi.
PARALELEPÍPEDO: PA – RA – LE – LE – PÍ – PE - DO
3 - 2 - 1
Sílaba tônica caiu no 3 – palavra proparoxítona
HELP VESTIBULARES 19
ACENTUAÇÃO GRÁFICA
I. Acentuação gráfica
O acento tônico ou prosódico (referente à fala, à oralidade) está relacionado com o som, com a intensidade dos fo-
nemas que formam as sílabas das palavras.
Exemplos:
Nem sempre a sílaba tônica é acentuada graficamente. O acento gráfico marca a sílaba tônica na escrita. Em alguns
casos é utilizado de acordo com regras específicas.
2. Os acentos gráficos:
a) Acento agudo ( ´ ):
Acento agudo é colocado sobre as letras “a”, “i”, “u” e sobre o “e” do grupo “em”, indicando que essas letras fazem
parte da sílaba tônica (forte).
O acento agudo colocado sobre “e” e “o” indica, além da tonicidade, timbre aberto.
Quando colocado sobre as letras “a”, “e” e “o”, indica além da tonicidade, timbre fechado:
c) Acento grave ( ` ):
Indica a existência de crase, ou seja, a fusão da preposição “a” com o “a” artigo e pronome demonstrativo. Esse assunto
será abordado em “Sintaxe - Emprego da Crase”.
3. Regras de acentuação:
a) Acento diferencial:
Após o Novo Acordo, usa-se o acento diferencial apenas em duas palavras. Na língua escrita, existem dois casos em que
os acentos são utilizados para diferenciar palavras homógrafas (de mesma grafia).
Veja:
Pôr = verbo
Por = preposição
20 HELP VESTIBULARES
ACENTUAÇÃO GRÁFICA
Portanto:
Dêmos (1ª pessoa do plural do presente do subjuntivo) para distinguir de demos (1ª pessoa do plural do pretérito perfeito).
Fôrma (substantivo) para distinguir de forma (substantivo e verbo).
O Novo Acordo Ortográfico, faculta o emprego do acento circunflexo na palavra “forma” quando pronunciada com
“o” fechado, mas não o torna obrigatório. No registro oficial do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, a palavra é
grafada sem acento nenhum
Nos verbos ter, vir e seus derivados, utiliza-se o acento diferencial, para que se identifique a terceira pessoa do singular
e terceira pessoa do plural – no presente do indicativo.
TER e VIR
Singular ele tem, ele vem NÃO ACENTUAR
Plural eles têm, eles vêm ACENTUAR (acento circunflexo)
c) Monossílabos tônicos:
Relembrando o conceito de monossílabo tônico: são monossílabos tônicos todos aqueles que possuem autonomia e
possuem significado na frase: substantivos, adjetivos, numerais, verbos, advérbios...
Exemplos: pá, má, três, dá, lá, etc.
Muitas pessoas são más, mas eu não.
Nessa frase, o monossílabo tônico, que possui sentido, é o primeiro “más” = ruins.
O segundo “mas” é um elemento de ligação, é vazio de significado.
Os monossílabos átonos são palavras vazias de sentido, sendo representados por artigos, pronomes oblíquos, elementos
de ligação (preposições, conjunções).
HELP VESTIBULARES 21
ACENTUAÇÃO GRÁFICA
Relembrado o conceito, vamos à regra: acentua-se os monossílabos tônicos termnados em:
A(S): cá, dá, má, já, vá, Brás, gás, más, pás, vás;
E(S): crê, dê, fé, lê, pé, ré, crês, dês, mês, pés, rês;
O(S): dó, nó, pó, só, nós, cós, pôs, pós, sós.
Exemplos:
VOGAIS DA PALAVRA = c A m E L O
ÉI, ÓI, ÉU (imagine alguém chamando a atenção para si)
As regras a seguir, dependem da divisão silábica e da classificação quanto a tonicidade. Ou seja, se as palavras não se
enquadrarem nas três regras acima, o próximo passo é fazer a sua divisão silábica e classificá-la quanto á tonicidade.
d) Oxítonas:
A(S): cajá, vatapá, jacá, Pará, quiçá, dará, Satanás, aliás, ananás, atrás;
E(S): café, rapé, sapé, você, através, pontapés, cafés, cortês, português, freguês;
O(S): paletó, cipó, mocotó, dominó, avô, compôs, robô, vovô, avós, cipós.
22 HELP VESTIBULARES
ACENTUAÇÃO GRÁFICA
Acentua-se as oxítonas terminadas em:
VOGAIS DA PALAVRA = c A m E l O
ÉI, ÓI, ÉU (imagine alguém chamando a atenção para si)
AMÉM - PARABÉNS
e) Paroxítonas:
Acentua-se as paroxítonas terminadas em ditongos orais S (seguidas ou não de S): áurea, azaléa, marmórea, argênteo,
terráqueos, ígneo, ânsia, boêmia, frequência, calvície, imundície, cárie, barbárie, declínio, pátios, lábios, amêndoa, Páscoa,
mágoas.
→ As paroxítonas terminadas em “-en”, como gérmen, éden, líquen, hífen, no plural perdem o acento: germens, edens,
liquens, hifens.
→ Não são acentuados os prefixos terminados em “i “e “r” (inter, super, semi) – Exemplos: inter-helênico, super-homem,
semi-histórico.
→ A maioria das paroxítonas termina em -a, -e, -o, -em, podendo ou não ser seguidas de “s”. Essas paroxítonas, por serem
maioria, não são acentuadas graficamente.
HELP VESTIBULARES 23
ACENTUAÇÃO GRÁFICA
L I N U R X ÃO
f ) Proparoxítonas:
Exemplos: aeródromo, biológico, cálido, cátedra, ênclise, fonógrafo, hífenes, hipódromo, trágico, cântico, áspero
Acentua-se o “i” e “u” – quando forem a segunda vogal tônica de um hiato, e estiverem sozinhos (ou seguidas de s):
Exemplos: ateísmo, reúne, saúde, ruína, raízes, países, faísca, doía, egoísmo, egoísta, saída, suíço, aí, Jacareí, Pirajuí, Icaraí,
Grajaú, Avaí, etc
ATENÇÃO ÀS EXCEÇÕES:
- seguidos de letra diferente de S: ainda (a-in-da > I seguido de N), cair (ca-ir > I seguido de R), raiz (ra-iz > I seguido de Z)
- quando a sílaba seguinte começar por NH: rainha (ra-i-nha), moinho (mo-i-nho)
→ Quando o “I” e o “U” dos hiatos forem precedidos de ditongo – temos duas situações:
- NÃO SE ACENTUA o I e o U - segunda vogal tônica dos hiatos - quando precedidos de ditongo: nas palavras
PAROXÍTONAS: feiura (fei-u-ra), baiuca (bai-u-ca)
24 HELP VESTIBULARES
ACENTUAÇÃO GRÁFICA
Muitos verbos, ao se combinarem com pronomes oblíquos, produzem formas oxítonas ou monossilábicas que devem
ser acentuadas por acabarem assumindo alguma das terminações contidas nas regras. Exemplos:
beijar + a = beijá-la
dar + as = dá-las
fez + o = fê-lo
fazer + o = fazê-lo
Para acentuar as formas verbais com pronome oblíquo em ênclise (depois do verbo) ou mesóclise (no meio do verbo),
cada elemento deve ser considerado como uma palavra independente.
Exemplos:
jogá-lo
jogá = oxítona terminada em a (portanto, com acento)
lo = monossílabo átono (portanto, sem acento)
jogá-lo-íamos
jogá = oxítona terminada em a (portanto, com acento)
lo = monossílabo átono (portanto, sem acento)
íamos = proparoxítona (portanto, com acento)
4. Novo Acordo Ortográfico:
Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa: assinado em 1990 e visa à padronização da ortografia da língua por-
tuguesa. Países signatários: Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP): Brasil, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau,
Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
→ Principais alterações:
a) Trema:
Antes do acordo: Trema no u dos grupos güe, güi, qüe, qüi, quando pronunciado e átono (semivogal): agüentar, lingüiça,
freqüente, tranqüilamente, cinqüenta, etc.
Depois do acordo: Eliminou-se o trema no u dos grupos gue, gui, que, qui, quando pronunciado e átono (semivogal):
aguentar, linguiça, frequente, tranquilamente, cinquenta, etc.
Mantém-se o trema nas palavras derivadas de nomes próprios estrangeiros que em sua escrita possuem trema: mül-
leriano, de Müller, Gisele Bündchen – continuam com o uso do trema em seu nome, pois é de origem alemã. (neste
caso, o “ü” lê-se “i”)
HELP VESTIBULARES 25
ACENTUAÇÃO GRÁFICA
b) O Alfabeto e as letras “K”, “W”, e “Y”:
Há muito tempo as letras “k”, “w” e “y” faziam parte do nosso idioma, porém não faziam parte oficialmente do nosso
alfabeto. Elas já apareciam em unidades de medidas, nomes próprios e palavras importadas do idioma inglês, como: km –
quilômetro, / kg – quilograma / Show, Shakespeare, Byron, Newton, dentre outros. O Novo Acordo inclui as três letras
oficialmente em nosso alfabeto.
c) Vogais dobradas:
O acento pertencente aos hiatos “oo” e “ee” (e seus derivados) no final da palavra - que antes existia - agora foi aboli-
do.
vêem veem
crêem creem
lêem leem
revêem reveem
vôo voo
enjôo enjoo
Os ditongos de pronúncia aberta “ei”, “oi” - nas paroxítonas (penúltima sílaba forte) - que antes eram acentuados,
perderam o acento de acordo com a nova regra.
Idéia Ideia
Geléia Geleia
Jibóia Jiboia
Apóia Apoia
Paranóico Paranoico
Plebéia Plebeia
→ Acento agudo:
Antes do acordo: Acento agudo no u tônico dos grupos gúe, gúi, qúe, qúi: argúi, averigúe, obliqúe,
Depois do acordo: Eliminou-se o acento agudo no u tônico dos grupos gue, gui, que, qui: argui, averigue, oblique, etc.
26 HELP VESTIBULARES
INTERPRETAÇÃO DE
TEXTOS
Diferenciando “Compreensão” e “Interpretação”.
Tipos de questões
DIFERENCIANDO “COMPREENSÃO” E “INTERPRETAÇÃO”.
I. Diferenciando “Compreensão” e “Interpretação”. g) O autor sugere ainda...
h) O autor afirma que...
As provas de língua portuguesa são decisivas nos vesti- i) Na opinião do autor do texto...
bulares. Em todas elas, prestigiam-se as questões relacionadas
à compreensão e interpretação de textos. Pesquisas recentes 2. Interpretação:
comprovam que as questões relacionadas ao entendimento
de textos correspondem a quase metade das questões de Lín- Interpretar significa ir um pouco além e estabelecer
gua Portuguesa (47%). Em seguida vem redação com inci- conexões entre o texto e a realidade. Quer dizer tirar conclu-
dência de 11% e questões referentes à concordância verbal sões tendo como base as ideias apresentadas pelo autor. Em
e nominal (9%). Isso acontece porque as questões de com- geral, a resposta para uma questão de interpretação está na
preensão e interpretação de textos requerem outros tipos de capacidade de você deduzir a partir daquilo que o texto diz.
conhecimento do candidato: a percepção de mundo, a ex- Ou seja, você deve buscar a resposta em você, naquilo que
periência como leitor, o poder de dedução, a capacidade de você pôde deduzir a partir do que está escrito. Por isso, os
avaliar possibilidades, etc. comandos do enunciado de questões interpretativas devem
Por isso, é muito comum, entre os candidatos a uma remeter à conclusão que você chega após ter lido o texto.
vaga nas universidades, a preocupação com a compreensão e São exemplos de enunciados de interpretação.
interpretação de textos uma vez que lhes faltam informações
específicas a respeito dessa habilidade tão constantemente a) Depreende-se/infere-se/conclui-se do texto que...
exigida nos vestibulares. Por não haver uma “matéria a ser b) O texto permite deduzir que...
estudada”, já que não se pode prever quais textos serão pe- c) É possível subentender-se a partir do texto que...
didos, é que as questões de compreensão e interpretação de d) Qual a intenção do autor quando afirma que...
textos são, muitas vezes, negligenciadas pelos candidatos na e) O texto possibilita o entendimento de que...
hora de estudar. f ) Com o apoio do texto, infere-se que...
Há, sim, uma dinâmica a ser observada quando o as- g) O texto encaminha o leitor para...
sunto é compreensão e interpretação de textos. Você poderá, h) Pretende o texto mostrar que o leitor...
a partir de agora, colocar em prática algumas técnicas que i) O texto possibilita deduzir-se que...
facilitarão o entendimento do texto, tanto do ponto de vista
do que ele nos diz quanto do que concluímos a partir dele. Entenda: Enquanto a compreensão de texto trabalha com
Para começar, compreender não é interpretar. Talvez as frases e ideias escritas no texto, ou seja, aspectos visíveis, a
esse seja o ponto chave de todo o processo de entendimen- interpretação de textos trabalha com a subjetividade, com o
to do texto: a compreensão é uma fase da interpretação. Por SEU entendimento do texto.
isso, é preciso que você atente para o enunciado da questão. É
nele que constam os comandos do que você deverá buscar no 3. Exemplo comentado:
texto. Seguem alguns conceitos básicos que poderão ajudar
no momento de responder as questões relacionadas a textos. Pode dizer-se que a presença do negro representou
sempre fator obrigatório no desenvolvimento dos latifúndios
1. Compreensão: coloniais. Os antigos moradores da terra foram, eventual-
mente, prestimosos colaboradores da indústria extrativa, na
Compreender o texto significa decodificar sua reda- caça, na pesca, em determinados ofícios mecânicos e na cria-
ção e entender o que foi dito. Ou seja, consiste em assimilar ção do gado. Dificilmente se acomodavam, porém, ao traba-
o que está realmente escrito. Em outras palavras, a respos- lho acurado e metódico que exige a exploração dos canaviais.
ta para uma questão de compreensão está escrita no texto. Sua tendência espontânea era para as atividades menos se-
Pode mudar uma palavra ou outra, mas a ideia, o que o autor dentárias e que pudessem exercer-se sem regularidade forçada
quer dizer APARECE no texto. Você chega à conclusão de e sem vigilância e fiscalização de estranhos.
que está diante de uma questão de compreensão de texto a Sérgio Buarque de Holanda, in Raízes
partir do comando expresso em seu enunciado. Os comandos
de compreensão são aqueles que nos remetem diretamente ao Infere-se do texto que os antigos moradores da terra eram:
texto, como os seguintes: a) os portugueses.
b) os negros.
a) Segundo o texto... c) os índios.
b) O autor/narrador do texto diz que... d) tanto os índios quanto aos negros.
c) O texto informa que... e) a miscigenação de portugueses e índios.
d) No texto...
e) Tendo em vista o texto...
f ) De acordo com o texto...
HELP VESTIBULARES 29
DIFERENCIANDO “COMPREENSÃO” E “INTERPRETAÇÃO”.
Observe: trata-se de um texto curto, porém complexo. Você quando receberam uma verba de US$ 1,2 milhão da univer-
pode rapidamente entender que os antigos moradores da ter- sidade para investigar o tema. Entretanto, entre os jovens,
ra seriam os negros. No entanto, os negros não foram os an- estudos há anos procuram relacionar o vício em games ao
tigos moradores da terra; eles vieram depois. Inclusive depois déficit de atenção, embora ainda não haja um diagnóstico
dos portugueses. Quem estava aqui antes de todos eles eram formal sobre esse tipo de comportamento.
os índios. Isso não vem escrito no texto. Você deve deduzir MACHADO, André. Games: bons para a terceira idade. O
a partir do conhecimento que você tem de história. Trata-se, Globo, 28 fev. 2012. 1o Caderno, Seção Economia, p. 24.
portanto, de uma questão de interpretação. Note o comando Adaptado.
“Infere-se”. Voltando ao enunciado você poderia rapidamen-
te resolver essa questão. A resposta correta é a alternativa C. 1. A leitura do texto permite concluir, relativamente ao tem-
po gasto no game com os idosos da pesquisa, que eles:
a) jogaram o game durante 14 horas seguidas.
b) jogaram a mesma quantidade de horas todos os dias du-
Texto 1 rante 14 dias.
c) passaram duas semanas jogando 14 horas por dia.
Games: bons para a terceira idade d) gastaram o mesmo tempo que os outros 10,3 milhões de
usuários.
Jogar games de computador pode fazer bem à saúde e) despenderam cerca de 14 horas de atividade no jogo ao
dos idosos. Foi o que concluiu uma pesquisa do laborató- longo de 14 dias.
rio Gains Through Gaming (Ganhos através de jogos, numa
tradução livre), na Universidade da Carolina do Norte, nos 2. O primeiro parágrafo do texto apresenta características de
EUA. argumentação porque:
Os cientistas do laboratório reuniram um grupo de a) focaliza de modo estático um objeto, no caso, um game.
39 pessoas entre 60 e 77 anos e testaram funções cognitivas b) traz personagens que atuam no desenvolvimento da his-
de todos os integrantes, como percepção espacial, memória e tória.
capacidade de concentração. c) mostra objetos em minúcias e situações atemporalmente.
Uma parte dos idosos, então, levou para casa o RPG d) apresenta uma ideia central, que será evidenciada, e uma
on-line “World of Warcraft”, um dos títulos mais populares conclusão.
do gênero no mundo, produzido pela Blizzard, e com 10,3 e) desenvolve uma situação no tempo, mostrando seus des-
milhões de usuários na internet. Eles jogaram o game por dobramentos.
aproximadamente 14 horas ao longo de duas semanas (em
média, uma hora por dia). Texto 2
Outros idosos, escolhidos pelos pesquisadores para in-
tegrar o grupo de controle do estudo, foram para casa, mas Os cientistas já não têm dúvidas de que as tempera-
não jogaram nenhum videogame. Na volta, os resultados fo- turas médias estão subindo em toda a Terra. Se a atividade
ram surpreendentes. Os idosos que mergulharam no mundo humana está por trás disso é uma questão ainda em aberto,
das criaturas de “Warcraft” voltaram mais bem-dispostos e mas as mais claras evidências do fenômeno estão no derreti-
apresentaram nítida melhora nas funções cognitivas, enquan- mento das geleiras. Nos últimos cinco anos, o fotógrafo ame-
to o grupo de controle não progrediu, apresentando as mes- ricano James Balog acompanhou as consequências das mu-
mas condições. danças climáticas nas grandes massas de gelo. Suas andanças
— Escolhemos o “World of Warcraft” porque ele é de- lhe renderam um livro, que reúne 200 fotografias, publicado
safiante em termos cognitivos, apresentando sempre situações recentemente.
novas em ambientes em que é preciso interagir socialmente Icebergs partidos ao meio e lagos recém-formados pela
— disse no site da universidade Anne McLauglin, professo- água derretida das calotas de gelo são exemplos. Esse der-
ra de psicologia do laboratório e responsável pelo texto final retimento é sazonal. O gelo volta nas estações frias − mas,
do estudo. — Os resultados que observamos foram melhores muitas vezes, em quantidade menor, e por menos tempo. Há
nos idosos que haviam apresentado índices baixos nos testes três meses um relatório da NASA, feito a partir de imagens
antes do jogo. Depois de praticar o RPG, eles voltaram com de satélites, mostrou que boa parte da superfície de gelo da
melhores índices de concentração e percepção sensorial. No Groenlândia foi parcialmente derretida − transformada em
quesito memória, entretanto, o efeito do game foi nulo. uma espécie de lama de neve − em um tempo recorde desde
Outro pesquisador que participou da pesquisa, o pro- os primeiros registros, feitos trinta anos atrás. Outro relató-
fessor de psicologia Jason Allaire, comentou no site que os rio, elaborado pela National Snow and Ice Data Center, mos-
idosos que se saíram mal no primeiro teste mostraram os tra que o gelo do Ártico, durante o verão do hemisfério norte,
melhores resultados após o jogo. Os dois estudiosos vêm pes- teve a maior taxa de derretimento da história, superando o
quisando os efeitos dos games na terceira idade desde 2009, recorde anterior, de 2007. Nem sempre, porém, menos gelo
significa más notícias. A alta da temperatura na Groenlândia
30 HELP VESTIBULARES
DIFERENCIANDO “COMPREENSÃO” E “INTERPRETAÇÃO”.
permitiu a volta da criação de gado leiteiro e o cultivo de e) os sinais de aquecimento do planeta têm sido evidentes
vários tipos de vegetais, como batata e brócolis. Além disso, em algumas regiões, mas ainda não há conclusões científicas
o derretimento do gelo no Ártico vai permitir a exploração seguras a respeito das causas desse aquecimento.
de reservas de petróleo e abrir novas rotas de navegação. O
que se vê nas fotos de James Balog é um mundo em trans- 6. (PUCPR 2018) Leia o seguinte fragmento do livro Um
formação. mestre na periferia do capitalismo, de Roberto Schwarz, a
Adaptado de Carolina Melo. Veja, 7 de novembro de 2012, p. respeito de Memórias póstumas de Brás Cubas.
121-122
A solução artística elaborada no Brás Cubas marcava
3. Percebe-se claramente no texto: o fim de um ciclo da literatura nacional. A figura do narra-
a) a necessidade do desenvolvimento da agropecuária em dor desacreditado e pouco estimável não se prestava ao papel
uma região carente de recursos, submetida a condições de construtivo que por mais de um século os escritores, tanto
temperatura excessivamente baixa. árcades como românticos, impregnados pelo movimento de
b) a ocorrência de fenômenos naturais que confirmam ple- afirmação da nacionalidade, haviam atribuído às letras e a si
namente as análises de cientistas sobre as consequências da mesmos.
presença do homem em algumas regiões da Terra. SCHWARZ. Roberto. Um mestre na periferia do capitalismo:
c) a importância das imagens obtidas por satélites, que per- Machado de Assis. São Paulo: Duas Cidades. Ed. 34, 2000. p.
mitem observação mais eficaz de fenômenos naturais ocorri- 118.
dos em regiões distantes, muitas vezes inacessíveis.
d) o papel fundamental dos relatórios feitos com base em Com base nesse excerto é CORRETO afirmar que:
estudos científicos, que propõem medidas de contenção do a) com Memórias póstumas de Brás Cubas, Machado de Assis
derretimento de geleiras em todo o mundo. rompe definitivamente com seu passado arcádico e românti-
e) o emprego de recursos auxiliares, como o oferecido pela fo- co, iniciando o Realismo na literatura brasileira.
tografia, nos estudos voltados para a preservação das belezas b) esse romance é o marco inicial do Realismo, pois com ele,
naturais existentes no mundo todo. pela primeira vez na narrativa de ficção brasileira, aparece um
herói verdadeiramente positivo, capaz de representar em si o
4. O último parágrafo do texto expressa: movimento de afirmação da nacionalidade.
a) as previsões alarmistas que, ao considerarem os dados re- c) com a figura de Brás Cubas, o narrador-protagonista, um
sultantes das pesquisas sobre o aquecimento global, vêm con- “autor defunto”, inaugura-se um novo ciclo na literatura bra-
firmar os riscos de destruição do planeta. sileira, um ciclo de maior liberdade e pesquisa formal, que
b) a possibilidade de destruição total de uma vasta região do resultaria no Modernismo de 1922.
planeta, pondo em risco a sobrevivência humana, por escas- d) Machado de Assis, com esse romance, assinala uma rup-
sez de água e de alimentos. tura não somente com o romantismo, mas com toda a linha-
c) as conclusões dos cientistas a respeito das evidências do gem da literatura nacional desde o Arcadismo.
atual aquecimento mais rápido do planeta, fenômeno que e) como “a figura do narrador desacreditado e pouco estimá-
prejudica a agricultura nas regiões polares. vel não se prestava ao papel construtivo que por mais de um
d) um posicionamento otimista quanto às consequências de século os escritores, tanto árcades como românticos”, haviam
um fenômeno que, em princípio, é visto como catastrófico buscado, Machado de Assis, em Memórias póstumas, parte em
para o futuro do planeta. busca de um novo narrador determinado, íntegro e viril, ima-
e) uma opinião pouco favorável à exploração econômica, ain- gem da nação que se pretendia construir.
da inicial, de uma das regiões mais frias do planeta, coberta
por geleiras. 7. (PUCPR 2018) Considere o trecho a seguir.
HELP VESTIBULARES 31
DIFERENCIANDO “COMPREENSÃO” E “INTERPRETAÇÃO”.
assim? Aquele garotinho era o responsável por tamanha faça- desviar a raiva que nos provocaram e continuam a provocar,
nha? Então o menino contou como fez aquilo: “Primeiro eu e despejar nossa ira, alternadamente, sobre seus produtos, ao
jogo a flecha e depois pinto o alvo ao redor”. [...] nosso lado e ao nosso alcance. Isso, claro, não vai chegar nem
Disponível em: <http://observatoriodasjuventudes.pucpr. perto das raízes do problema, mas pode aliviar, ao menos por
br/2015/07/28>. Acesso em: 13/06/17. (Excerto). algum tempo, a humilhação provocada por nossa impotência
e incapacidade de resistir à debilitante precariedade de nosso
Os ditados populares e provérbios têm a propriedade de sin- lugar no mundo.
tetizar interpretações sobre fatos da vida cotidiana, geralmen- BAUMAN, Z. Estranhos à nossa porta. Trad.: Carlos Alberto
te ilustrados por narrativas que contêm quebras de expectati- Medeiros. Rio de Janeiro: Zahar, 2017, p. 21-22.
va. Considerando essas informações, o possível provérbio que
melhor sintetiza o texto é: O autor do texto apresenta o hábito que os humanos têm
a) Não adianta chorar sobre o leite derramado. de culpar e punir o mensageiro por causa do conteúdo da
b) Água mole em pedra dura tanto bate até que fura. mensagem que conduzem. Para tanto, fundamenta seu ponto
c) Cada macaco no seu galho. de vista:
d) Quem com ferro fere, com ferro será ferido. a) nos mecanismos de apagamento das consequências das
e) Em terra de cego, quem tem um olho é rei. ações globais.
b) na percepção do panorama gerado pelas forças da globa-
8. (PUCPR 2018) Considere o texto a seguir. lização.
c) na precariedade de nosso lugar no mundo diante da crueza
Futuro incerto de nossa ira.
d) no exemplo de como lidamos com os produtos da globa-
O futuro das inteligências artificiais – como está na lização.
literatura – pode ser desenhado e projetado, em grande me- e) na humilhação provocada por nossa impotência diante das
dida, por elas mesmas. O que vale dizer que elas poderão incertezas.
evoluir independentemente de nós. Se é capaz de aprender,
tem êxito na primeira geração, retoma e otimiza a segunda Leia atentamente o texto a seguir que servirá de base para a(s)
geração, sem que nenhuma pessoa tenha tido influência al- questão(ões) a seguir.
guma no processo. Desse modo vão se criando efetivamente
organismos quase biológicos. As pessoas se ofendem com quem é autêntico
Sociologia, ed. 69, jun/17, p. 77. (Excerto). Marcel Camargo
O texto revela uma análise sobre as inteligências artificiais. “Ser autêntico virou ofensa pessoal. Ou a criatura faz
Um exemplo que ilustra a projeção descrita no texto é: parte do rebanho, ou é um metido a besta.” (Martha Me-
a) a invasão de sites de segurança máxima por hackers espe- deiros)
cializados.
b) o processo de comunicação em rede que despreza frontei- Uma de nossas características enquanto seres huma-
ras físicas. nos gregários vem a ser a necessidade de interação com o
c) o armazenamento de dados humanos para o avanço da próximo e, para tanto, precisamos ser aceitos. É na comu-
ciência. nicação com o mundo que nos rodeia que amadurecemos
d) a propagação de discursos de ódio via sistema operacional nossas ideias e nos tornamos capazes de agir frente ao que nos
invadido. desagrada. Em determinadas situações, é em grupo que nos
e) o desenvolvimento de robôs capazes de tomar as próprias fortaleceremos e nos motivaremos a continuar.
decisões. Essa necessidade de aceitação é mais forte entre os
adolescentes, que querem se auto afirmar junto àqueles com
9. (PUCPR 2018) Considere o excerto a seguir. os quais se identifica, ou mesmo junto aos que julgam des-
colados. A maturidade vem nos tranquilizar nesse sentido,
É um hábito humano – muito humano – culpar e punir facilitando nossa conformidade com o que somos e temos,
os mensageiros pelo conteúdo odioso da mensagem de que tornando-nos mais aptos a nos aceitar, a sermos o que pulula
são portadores – nesse caso, das enigmáticas, inescrutáveis, aqui dentro.
assustadoras e corretamente abominadas forças globais que Infelizmente, muitos não conseguem encontrar a pró-
suspeitamos (com boas razões) serem responsáveis pelo pria individualidade, incapazes que são de se tornarem seres
perturbador e humilhante sentido de incerteza existencial autônomos, com vontades e desejos próprios, permanecendo
que devasta e destrói nossa confiança, ao mesmo tempo que dependentes do julgamento alheio enquanto viverem. Pas-
solapa nossas ambições, nossos sonhos e planos de vida. E sam a vida seguindo o rebanho homogêneo do que é comum,
embora quase nada possamos fazer para controlar as esquivas socialmente disseminado como o certo, do que é da maio-
e remotas forças da globalização, podemos pelo menos ria, menos de si próprio. Lutam contra si mesmos, deixando
32 HELP VESTIBULARES
DIFERENCIANDO “COMPREENSÃO” E “INTERPRETAÇÃO”.
adormecidos seus sonhos e aspirações, por medo da censura 12. (G1 - Utfpr 2018) Assinale a alternativa correta de acor-
alheia. do com o texto.
Isso porque não é fácil viver as próprias verdades, cor- a) A sociedade exige que as pessoas vivam conforme ditames
rer atrás do que faz o nosso coração vibrar, dizer o que sen- e convenções e não de acordo com suas verdades e sonhos.
timos, exprimir o que pensamos, haja vista o policiamento b) Quando o ser humano, gregário por excelência, se indi-
ostensivo de gente que critica agressivamente qualquer um vidualiza, passa a viver a tortura de uma vida de mentiras e
que não siga o rebanho dos ditames e convenções sociais já frustrações.
cristalizadas. Hoje, ser alguém único, autêntico, verdadeiro c) Os adolescentes fazem parte de um rebanho homogêneo,
consigo mesmo, é ofensivo e passível de ataques condenató- porque querem ser aceitos e viver sua própria individualida-
rios por parte da sociedade. de.
Até entendemos a homogeneidade nas vestimentas e d) Para viver socialmente, as pessoas devem evitar a ofensa
linguajares de adolescentes, porém, a vida adulta nos impõe pessoal e se tornarem autônomas e dependentes da opinião
nada menos do que viver o que se é, lutar pelo que se acre- alheia.
dita, fazer o que se gosta, sem ferir ninguém, mas agindo de e) A comunicação com o mundo na maturidade faz com que
acordo com o que pulsa dentro de cada um de nós. Agradar os indivíduos deixem seus sonhos e aspirações e se tornem
a maioria, enquanto se vive em desagrado íntimo, equivale a aptos a lutar contra si mesmos.
uma tortura diária e injusta. Nascemos livres para sermos nós
mesmos, porque não há nada mais belo e prazeroso do que Leia o texto para responder à(s) questão(ões).
uma vida sem mentiras e frustrações.
Fonte: http://www.contioutra.com/pessoas-se-ofendem-com- Menino de 7 anos escreve livro para ajudar amigo doente
-quem-e-autentico/. 27 abr. 2017.
Um menino norte-americano, de 7 anos, escreveu um
10. (G1 - utfpr 2018) Segundo o texto, é correto afirmar livro para arrecadar fundos e ajudar o melhor amigo, que so-
que: fre de uma doença rara. Dylan Siegel aceitou o desafio de se
a) apenas os adolescentes seguem o rebanho homogêneo do tornar um autor após descobrir que a família de Jonah Pour-
que é comum, ou seja, não têm individualidade nem são au- nazarian, de 8 anos, não teria condições financeiras de bancar
tênticos com eles mesmos. o tratamento do jovem. Com auxílio de familiares e amigos,
b) a maturidade ajuda-nos a nos tornarmos autônomos, in- eles começaram uma campanha na internet para vender a pri-
dependentes do julgamento alheio, a aceitar o que e como meira publicação de Dylan e já arrecadaram pouco mais de
somos. R$ 88 mil.
c) a maioria da população vive buscando agradar a opinião Jonah é portador de glicogenose, uma doença rara e
alheia mesmo que em desagrado íntimo, pois é o correto a incurável, que reduz o armazenamento de glicogênio no or-
ser feito. ganismo. Assim, o jovem sofre com constantes quedas no ní-
d) os adolescentes são os que mais sofrem por não poderem vel de açúcar no sangue. O tratamento da doença custa caro
agir livremente na escolha de suas vestimentas e linguajares e, por isso, Dylan decidiu escrever “Chocolate Bar” (Barra de
homogeneizados. Chocolate) e colocá-lo à venda para juntar dinheiro e dá-lo
e) a sociedade encontra-se em desequilíbrio econômico, polí- a fundações de pesquisa sobre a doença. Sua esperança é que
tico e financeiro, pois a população está vivendo uma vida de uma cura seja encontrada para o problema do companheiro.
mentiras e frustações. [...]
http://extra.globo.com
11. (G1 - Utfpr 2018) No trecho retirado do texto: “Pas-
sam a vida seguindo o rebanho homogêneo do que é comum, 13. (G1 - Utfpr 2018) Segundo o texto, é correto afirmar
socialmente disseminado como o certo, do que é da maio- que:
ria, menos de si próprio. Lutam contra si mesmos, deixando a) Jonah Pournazarian, de 8 anos, escreveu um livro e colo-
adormecidos seus sonhos e aspirações, por medo da censura cou-o à venda para ajudar um amigo doente.
alheia”, os verbos passar e lutar referem-se a: b) a glicogenose é uma doença rara, que reduz o armazena-
a) descolados. mento de glicogênio no organismo.
b) aptos. c) a glicogenose é uma doença incurável, que provoca au-
c) seres autônomos. mento constante no nível de açúcar no sangue.
d) desejos e vontades. d) o tratamento da glicogenose é caro e realizado por meio do
e) muitos. consumo de barras de chocolate puro.
e) o tratamento da doença do menino norte-americano custa
um pouco mais de R$ 88 mil.
HELP VESTIBULARES 33
DIFERENCIANDO “COMPREENSÃO” E “INTERPRETAÇÃO”.
Leia o texto abaixo que servirá de referência para a(s) ques-
tão(ões) a seguir.
Gabarito:
34 HELP VESTIBULARES
TIPOS DE QUESTÕES
I. Tipos de questões. tudo, nas últimas duas décadas, em plena democracia, não é
comprometida com a abolição. No máximo incentiva a assis-
Em questões de compreensão e interpretação de tex- tência. Assistimos meninos de rua, mas não nos propomos a
tos, são comuns alguns tipos de enunciados. É importante abolir a infância abandonada; assistimos prostitutas infantis,
que você reconheça cada um deles e possa, em menos tempo, mas nem ao menos acreditamos ser possível abolir a prosti-
encontrar a resposta correta. Em provas de múltipla escolha, tuição de crianças; anunciamos com orgulho que diminuí-
os enunciados mais comuns são: mos o número de meninos trabalhando, mas não fazemos o
esforço necessário para abolir o trabalho infantil; dizemos ter
a) Compreensão: consiste em analisar o que realmente está 95% das crianças matriculadas, esquecendo-se de pedir des-
escrito, ou seja, coletar dados do próprio texto. culpas às 5% abandonadas, tanto quanto se dizia, em 1870,
que apenas 70% dos negros eram escravos.
b) Interpretação: consiste em saber o que se infere (se con- [...] Na época da escravidão, muitos eram a favor da
clui) do que está escrito. abolição, mas diziam que não havia recursos para atender
o direito adquirido do dono, comprando os escravos antes
c) Gramática contextualizada: as questões de teor gramati- de liberá-los. Outros diziam que a abolição desorganizaria o
cal aparecem contextualizadas no próprio texto. processo produtivo. Hoje dizemos o mesmo em relação aos
gastos com educação, saúde, alimentação do nosso povo. Os
d) Referência: É a questão preferida pelos vestibulares. É o compromissos do setor público com direitos adquiridos não
tipo de questão que leva você a um ponto específico do texto. permitem atender às necessidades de recursos para educação
Por exemplo: os enunciados, que informam a localização pre- e saúde nos orçamentos do setor público.
cisa da resposta como: “no 1º parágrafo”, “na 2ª linha”, “na 3ª Uma economia da abolição tem a obrigação de zelar
estrofe”, “no título”, etc. Por outro lado, quando o enunciado pela estabilidade monetária, porque a inflação pesa, sobre-
menciona uma palavra ou expressão do texto, é possível que tudo, nos porões do barco Brasil; não é possível tampouco
a resposta correta esteja nas imediações dessa mesma palavra aumentar a enorme carga fiscal que já pesa sobre todo o país;
ou expressão. nem podemos ignorar a força dos credores. Mas uma nação
com a nossa renda nacional, com o poder de arrecadação do
Nesta aula, veremos as chamadas questões de referên- nosso setor público, tem os recursos necessários para imple-
cia. A estratégia de leitura para esse tipo de questão consiste mentar uma economia da abolição, a serviço do povo, garan-
em localizar e isolar a palavra ou expressão mencionada no tindo educação, saúde, alimentação para todos. [...]
enunciado. Assim, você deverá proceder às técnicas de leitura BUARQUE, Cristovam. O Globo. 03 abr. 03.
normalmente. Ao ler a indicação no enunciado, busque-a no
texto. Na maioria das vezes, a resposta está nas imediações da 1. A ideia central do artigo baseia-se na visão de que é preciso
palavra ou expressão indicada no enunciado. estabelecer uma “economia da abolição”, dando acesso a to-
dos, evitando, assim, uma política assistencialista e excluden-
te. Qual dos trechos do artigo transcritos a seguir NÃO apre-
senta o argumento de consistência compatível com essa tese?
Texto 1 a) “Porque nossa economia tem sido baseada na exclusão so-
cial e no curto prazo.”
Titanic Negreiro b) “A economia brasileira, [...], sobretudo, nas últimas duas
décadas, em plena democracia, não é comprometida com a
O Brasil é um navio negreiro em direção ao futuro. abolição.”
Um negreiro, com milhões de pobres excluídos nos porões c) “...muitos eram a favor da abolição, mas diziam que não
– sem comida, educação, saúde – e uma elite no convés, havia recursos para atender o direito adquirido do dono,
usufruindo de elevado padrão de consumo em direção a um comprando os escravos antes de liberá-los.”
futuro desastroso. O Brasil é um Titanic negreiro: insensível d) “Os compromissos do setor público [...] não permitem
aos porões e aos icebergs. Porque nossa economia tem sido atender às necessidades de recursos para educação e saúde nos
baseada na exclusão social e no curto prazo. orçamentos do setor público.”
[...] e) “...uma nação com a nossa renda nacional, [...] tem os re-
Durante toda nossa história, o convés jogou restos cursos necessários para implementar uma economia da abo-
para os porões, na tentativa de manter uma mão de obra viva lição”.
e evitar a violência. Fizemos uma economia para poucos e
uma assistência para enganar os outros. [...]
O sistema escravocrata acabou, mas continuamos nos
tempos da assistência, no lugar da abolição. A economia
brasileira, ao longo de nossa história, desde 1888 e, sobre-
HELP VESTIBULARES 35
TIPOS DE QUESTÕES
2. O articulista parte de uma associação que é explicitada ria das pessoas, quando perguntadas sobre o que fariam com
pelo título do texto. Tal associação, envolvendo o Titanic e a bolada, responde: pagar dívidas, comprar um apartamento,
o período histórico brasileiro escravocrata, revela uma estra- um carro, uma casa na serra, outra na praia, garantir a segu-
tégia discursiva que visa a provocar no leitor uma reação de: rança dos filhos e guardar o resto para a velhice.
a) revolta. Normal. São desejos universais. Mas fica aqui um con-
b) descaso. vite para sonhar com mais criatividade. Arranje uma dessas
c) conscientização. listas de cem coisas pra fazer e procure divertir-se com as op-
d) complacência. ções [...]. Não pense tanto em comprar mas em viver.
e) acomodação. Eu, que não apostei na Mega-Sena, por enquanto
sigo com a minha lista de cem coisas a evitar antes de morrer.
3. “O Brasil é um Titanic negreiro: insensível aos porões e É divertido também, e bem mais fácil de realizar, nem precisa
aos icebergs”. Nesse trecho, a relação de sentido que os dois de dinheiro.
pontos estabelecem, ligando as duas partes, visa a introduzir MEDEIROS, Martha. Doidas e santas. Porto Alegre: L&PM,
uma: 2008, p. 122-123. Adaptado
a) ideia de alternância entre as duas partes da frase.
b) ideia que se opõe àquela dada anteriormente. 5. A afirmativa “É febre”, com que é iniciado o texto, indica
c) adição ao que foi sugerido na primeira parte da frase. que há, no momento, na sociedade um (a):
d) conclusão acerca do que foi mencionado antes. a) comportamento que afeta todas as pessoas.
e) explicação para a visão assumida na primeira parte da frase. b) doença para a qual não existe remédio.
c) desejo que se espalha entre pessoas.
4. “A economia brasileira [...], em plena democracia, não é d) infecção que se dissemina.
comprometida com a abolição.” Nos dicionários, a palavra e) praga a ser evitada.
“abolição” assume o sentido de extinção, de supressão. No
texto, essa palavra alarga seu sentido e ganha o valor de: 6. A expressão “a gente precisa porque precisa fazer” quer di-
a) exclusão. zer que é preciso fazer algo, pois:
b) legitimação. a) temos a obrigação, mas podemos não a aceitar.
c) regulamentação. b) temos de realizar algo a qualquer preço.
d) inclusão. c) devemos fazer mas podemos optar por não fazer.
e) abonação. d) podemos não querer cumprir a ordem.
e) queremos realizar a tarefa, pois a desejamos.
Texto 2
Texto para a(s) questão(ões) a seguir.
Doidas e Santas
Uma obra de arte é um desafio; não a explicamos,
É febre. Livros listando as cem coisas que você deve ajustamo-nos a ela. Ao interpretá-la, fazemos uso dos nossos
fazer antes de morrer, os cem lugares que você deve conhecer próprios objetivos e esforços, dotamo-la de um significado
antes de morrer, os cem pratos que você deve provar antes de que tem sua origem nos nossos próprios modos de viver e de
morrer. Primeiramente, me espanta o fato de todos terem a pensar. 1Numa palavra, qualquer gênero de arte que, de fato,
certeza absoluta de que você vai morrer. Eu prefiro encarar a nos afete, torna-se, deste modo, arte moderna.
morte como uma hipótese. Mas, no caso, de acontecer, serei As obras de arte, porém, são como altitudes inacessí-
obrigada mesmo a cumprir todas essas metas antes? Não dá veis. Não nos dirigimos a elas diretamente, mas contornamo-
pra fechar por cinquenta em vez de cem? -las. Cada geração as vê sob um ângulo diferente e sob uma
Outro dia estava assistindo a um DVD promocional nova visão; nem se deve supor que um ponto de vista mais
que também mostra, como imaginei, as cem coisas que a gen- recente é mais eficiente do que um anterior. Cada aspecto
te precisa porque precisa fazer antes de morrer. Me deu uma surge na sua altura própria, que não pode ser antecipada nem
angústia, pois, das cem, eu fiz onze até agora. Falta muito prolongada; e, todavia, o seu significado não está perdido
ainda. Falta dirigir uma Ferrari, fazer um safári, frequentar porque o significado que uma obra assume para uma geração
uma praia de nudismo, comer algo exótico (um baiacu ve- posterior é o resultado de uma série completa de interpreta-
nenoso, por exemplo), visitar um vulcão ativo, correr uma ções anteriores.
maratona [...]. Arnold Hauser, Teorias da arte. Adaptado.
Se dependesse apenas da minha vontade, eu teria um
plano de ação esquematizado, mas quem fica com as crian-
ças? Conseguirei cinco férias por ano? E quem patrocina essa
brincadeira?
Hoje é dia de mais um sorteio da Mega-Sena. O prê-
mio está acumulado em cinquenta milhões de reais. A maio-
36 HELP VESTIBULARES
TIPOS DE QUESTÕES
7. (Fuvest 2018) De acordo com o texto, a compreensão do 10. (Fuvest 2018) Nos dois textos, obtém-se ênfase por meio
significado de uma obra de arte pressupõe: do emprego de um mesmo recurso expressivo, como se pode
a) o reconhecimento de seu significado intrínseco. verificar nos seguintes trechos:
b) a exclusividade do ponto de vista mais recente. a) “Este último capítulo é todo de negativas” / “Eu não penso
c) a consideração de seu caráter imutável. assim”.
d) o acúmulo de interpretações anteriores. b) “Não alcancei a celebridade do emplasto, não fui ministro,
e) a explicação definitiva de seu sentido. não fui califa, não conheci o casamento” / “Não sei por que
até hoje todo o mundo diz que tinha pena dos escravos”.
8. (Fuvest 2018) No trecho “Numa palavra, qualquer gênero c) “Verdade é que, ao lado dessas faltas, coube-me a boa for-
de arte que, de fato, nos afete, torna-se, deste modo, arte mo- tuna de não comprar o pão com o suor do meu rosto” / “Ser
derna” (ref. 1), as expressões sublinhadas podem ser substituí- obrigada a ficar à toa é que seria castigo para mim”.
das, sem prejuízo do sentido do texto, respectivamente, por: d) “qualquer pessoa imaginará que não houve míngua nem
a) realmente; portanto. sobra” / “Mamãe às vezes diz que ela até deseja que eu fique
b) invariavelmente; ainda. preguiçosa”.
c) com efeito; todavia. e) “Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o lega-
d) com segurança; também. do da nossa miséria” / “Acho que se fosse obrigada a trabalhar
e) possivelmente; até. o dia inteiro não seria infeliz”.
Textos para a(s) questão(ões) a seguir. Texto para a(s) questão(ões) a seguir.
Este último capítulo é todo de negativas. Não alcancei Voltada para o encanto da vida livre do pequeno nú-
a celebridade do emplasto, não fui ministro, não fui califa, cleo aberto para o campo, a jovem Helena, familiar a todas as
não conheci o casamento. Verdade é que, ao lado dessas fal- classes sociais daquele âmbito, estava colocada num invejável
tas, coube-me a boa fortuna de não comprar o pão com o ponto de observação. (...)
suor do meu rosto. Mais; não padeci a morte de dona Pláci- Sem querer forçar um conflito que, 1a bem dizer, ape-
da, nem a semidemência do Quincas Borba. Somadas umas nas se esboça, podemos atribuir parte desta grande versatili-
coisas e outras, qualquer pessoa imaginará que não houve dade psicológica da protagonista aos 2ecos de uma formação
míngua nem sobra, e, conseguintemente, que saí quite com britânica, protestante, liberal, ressoando 3num ambiente de
a vida. E imaginará mal; porque ao chegar a este outro lado corte ibérico e católico, mal saído do regime de trabalho es-
do mistério, achei-me com um pequeno saldo, que é a derra- cravo. Colorindo a apaixonada esfera de independência da
deira negativa deste capítulo de negativas: – Não tive filhos, juventude, reveste-se de acentuado sabor sociológico este
não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa miséria. caso da menina ruiva que, embora inteiramente identificada
Machado de Assis, Memórias póstumas de Brás Cubas. com o meio de gente morena que é o seu, o único que co-
nhece e ama, não vacila em o criticar com 4precisão e finura
Não sei por que até hoje todo o mundo diz que tinha notáveis, se essa lucidez não traduzisse a coexistência íntima
pena dos escravos. Eu não penso assim. Acho que se fosse de dois mundos culturais divergentes, que se contemplam
obrigada a trabalhar o dia inteiro não seria infeliz. Ser obri- e se julgam no interior de um eu tornado harmonioso pelo
gada a ficar à toa é que seria castigo para mim. Mamãe às 5
equilíbrio mesmo de suas contradições.
vezes diz que ela até deseja que eu fique preguiçosa; a minha Alexandre Eulálio, “Livro que nasceu clássico”. In: Helena
esperteza é que a amofina. Eu então respondo: “Se eu fosse Morley, Minha vida de menina.
preguiçosa não sei o que seria da senhora, meu pai e meus
irmãos, sem uma empregada em casa”.
Helena Morley, Minha vida de menina. 11. (Fuvest 2018) O trecho do romance Minha vida de me-
nina que ilustra de modo mais preciso o que, para o crítico
9. (Fuvest 2018) São características dos narradores Brás Alexandre Eulálio, representa “a coexistência íntima de dois
Cubas e Helena, respectivamente: mundos culturais divergentes” é:
a) malícia e ingenuidade. a) “Se há uma coisa que me faz muita tristeza é gostar muito
b) solidariedade e egoísmo. de uma pessoa, pensando que ela é boa e depois ver que é
c) apatia e determinação. ruim”.
d) rebeldia e conformismo. b) “Eu tinha muita inveja de ver meus irmãos montarem no
e) otimismo e pessimismo. cavalo em pelo, mas agora estou curada e não montarei nun-
ca mais na minha vida”.
c) “Já refleti muito desde ontem e vi que o único meio de ter
vestido é vendendo o broche. Vou dormir ainda esta noite
com isto na cabeça e vou conversar com Nossa Senhora tudo
direitinho”.
HELP VESTIBULARES 37
TIPOS DE QUESTÕES
d) “Se eu não ouvir missa no domingo, como quando estou cravo de contrabando, apenas comprado no Valongo, deitava
na Boa Vista onde não há igreja e não posso ouvir no Bom a correr, sem conhecer as ruas da cidade. Dos que seguiam
Sucesso, fico o dia todo com um prego na consciência me para casa, não raro, apenas ladinos, pediam ao senhor que
aferroando”. lhes marcasse aluguel, e iam ganhá-lo fora, quitandando.
e) “Este ano saiu à rua a procissão de Cinzas que há muitos Quem perdia um escravo por fuga dava algum dinhei-
anos não havia. Dizem que não saía há muito tempo por falta ro a quem lho levasse. Punha anúncios nas folhas públicas,
de santos, porque muitos já estavam quebrados”. com os sinais do fugido, o nome, a roupa, o defeito físico, se
o tinha, o bairro por onde andava e a quantia de gratificação.
12. (Fuvest 2018) De acordo com Alexandre Eulálio, a pro- Quando não vinha a quantia, vinha promessa: “gratificar-se-á
tagonista do romance Minha vida de menina generosamente” – ou “receberá uma boa gratificação”. Muita
a) vivencia um conflito – uma ideia fortalecida por “a bem vez o anúncio trazia em cima ou ao lado uma vinheta, figura
dizer” (ref. 1). de preto, descalço, correndo, vara ao ombro, e na ponta uma
b) apresenta certo vínculo com o protestantismo – uma ideia trouxa. Protestava-se com todo o rigor da lei contra quem o
sintetizada por “ecos de uma formação britânica” (ref. 2). acoitasse.
c) formou-se num meio alheio ao trabalho escravo – um fato Ora, pegar escravos fugidios era um ofício do tempo.
referido por “num ambiente de corte ibérico e católico” (ref. Não seria nobre, mas por ser instrumento da força com que
3). se mantêm a lei e a propriedade, trazia esta outra nobreza
d) rejeita as influências do meio em que vive – uma caracte- implícita das ações reivindicadoras. Ninguém se metia em
rística revelada por “precisão e finura notáveis” (ref. 4). tal ofício por desfastio ou estudo; a pobreza, a necessidade
e) tem a sua lucidez psicológica abalada pelas ambivalências de uma achega, a inaptidão para outros trabalhos, o acaso,
de sua educação – um traço reiterado por “equilíbrio mesmo e alguma vez o gosto de servir também, ainda que por outra
de suas contradições” (ref. 5). via, davam o impulso ao homem que se sentia bastante rijo
para pôr ordem à desordem.
Leia o trecho do conto “Pai contra mãe”, de Machado de Contos: uma antologia, 1998.
Assis (1839-1908), para responder à(s) questão(ões).
13. (Unesp 2018) A perspectiva do narrador diante das si-
A escravidão levou consigo ofícios e aparelhos, como tuações e dos fatos relacionados à escravidão é marcada, so-
terá sucedido a outras instituições sociais. Não cito alguns bretudo:
aparelhos senão por se ligarem a certo ofício. Um deles era o a) pelo saudosismo.
ferro ao pescoço, outro o ferro ao pé; havia também a más- b) pela indiferença.
cara de folha de flandres. A máscara fazia perder o vício da c) pela indignação.
embriaguez aos escravos, por lhes tapar a boca. Tinha só três d) pelo entusiasmo.
buracos, dois para ver, um para respirar, e era fechada atrás e) pela ironia.
da cabeça por um cadeado. Com o vício de beber, perdiam
a tentação de furtar, porque geralmente era dos vinténs do 14. (Unesp 2018) Em “o sentimento da propriedade mode-
senhor que eles tiravam com que matar a sede, e aí ficavam rava a ação, porque dinheiro também dói.” (3º parágrafo), a
dois pecados extintos, e a sobriedade e a honestidade certas. “ação” a que se refere o narrador diz respeito:
Era grotesca tal máscara, mas a ordem social e humana nem a) à fuga dos escravos.
sempre se alcança sem o grotesco, e alguma vez o cruel. Os b) ao contrabando de escravos.
funileiros as tinham penduradas, à venda, na porta das lojas. c) aos castigos físicos aplicados aos escravos.
Mas não cuidemos de máscaras. d) às repreensões verbais feitas aos escravos.
O ferro ao pescoço era aplicado aos escravos fujões. e) à emancipação dos escravos.
Imaginai uma coleira grossa, com a haste grossa também, à
direita ou à esquerda, até ao alto da cabeça e fechada atrás 15. (Unesp 2018) No último parágrafo, “pôr ordem à desor-
com chave. Pesava, naturalmente, mas era menos castigo que dem” significa:
sinal. Escravo que fugia assim, onde quer que andasse, mos- a) estimular os proprietários a tratarem seus escravos com
trava um reincidente, e com pouco era pegado. menos rigor.
Há meio século, os escravos fugiam com frequência. b) conceder a liberdade aos escravos fugidos.
Eram muitos, e nem todos gostavam da escravidão. Sucedia c) conceder aos proprietários de escravos fugidos alguma
ocasionalmente apanharem pancada, e nem todos gostavam compensação.
de apanhar pancada. Grande parte era apenas repreendida; d) abolir a tortura imposta aos escravos fugidos.
havia alguém de casa que servia de padrinho, e o mesmo e) restituir os escravos fugidos a seus proprietários.
dono não era mau; além disso, o sentimento da propriedade
moderava a ação, porque dinheiro também dói. A fuga repe-
tia-se, entretanto. Casos houve, ainda que raros, em que o es-
38 HELP VESTIBULARES
TIPOS DE QUESTÕES
Gabarito:
HELP VESTIBULARES 39
LITERATURA
O que é Literatura?
Gêneros Literários
HELP VESTIBULARES 43
O QUE É LITERATURA?
de união, uma ponte entre o criador e outros membros da porque a obra literária reflete sobre a existência ao converter
sociedade; terceiro, dado que a obra afeta aos demais, contri- em matéria ficcional fatos e atitudes do homem no mundo
bui para elevar ou desvalorizar neles certas finalidades, ideias objetivo. Didaticamente, poderíamos caracterizar a literatura
ou valores, ou seja, é uma força social que, com sua carga como sendo o produto sócio estético, de base criativa, cujo
emocional ou ideológica, sacode ou comove aos demais. Nin- valor literário é dado pelo homem a partir da importância
guém continua a ser exatamente como era, depois de ter sido angariada pelo texto, seja no nível da linguagem, seja no pla-
abalado por uma verdadeira obra literária.” no da argumentação. Por isso, muito textos escritos com a
(Adolfo Sanchez Vásques, teórico espanhol). intenção histórica de documentar fatos podem ser caracte-
rizados posteriormente como literatura; é o caso da famosa
“A literatura é um fenômeno estético. É uma arte da palavra. carta de achamento do Brasil, escrita por Pero Vaz de Cami-
Não visa a informar, ensinar, doutrinar, pregar, documentar. nha em 1500 que se tornou literária por ter sido a primeira
Acidentalmente, secundariamente, ela pode fazer isso, pode manifestação impressa em letras em território nacional. Mais
conter história, filosofia, ciência, religião. O literário e o esté- difícil seria pensar o contrário, de que a literatura pudesse
tico inclui precisamente o social, o histórico, o religioso, “produzir” a realidade; ainda que tenhamos demonstrações
etc., porém transformando esse material em estético”. literárias de aguda percepção dos fatos, nenhum escritor con-
(Afrânio Coutinho, crítico literário brasileiro). seguiu inverter completamente essa ordem dos acontecimen-
tos. Em contrapartida, autor, obra e público se fundem numa
2. Literatura versus Realidade: dinâmica especial capaz de interferir na realidade, rivalizar
com ela, a partir do grau de consciência que a representação
Embora divergentes, podemos perceber que as opi- literária atinge. Essa consciência se traduz na capacidade de
niões acima, acerca do que viria a ser literatura, possuem pensar e questionar a própria realidade mesmo que a partir de
pontos em comum. Há uma profunda ligação entre o mate- uma matéria inventada, fruto da criatividade humana. Muito
rial literário e o homem, talvez porque o homem, na figura além de apenas interagir com leitor, de forma a diverti-lo, a
do escritor e do leitor, é quem produz e quem consome o literatura pode ativar determinadas mudanças no comporta-
objeto literário. E o homem está inserido em uma realidade mento e nas práticas sociais.
espaço temporal da qual não se desloca nunca: o escritor não
se desvincula de seu tempo e representa-o por meio das pa- 3. Funções da Linguagem:
lavras. Daí a natureza mimética da literatura: a escrita como
imitação da realidade. O princípio da mimese é o de que Todo ato comunicativo possui elementos essenciais
toda poética, toda arte, deve ser encarada como uma imitação para que a comunicação aconteça. A partir da relação entre
da vida real, ou seja: deveria ser o reflexo da realidade. Vale emissor e destinatário como sendo aqueles que respectiva-
lembrar ainda que mesmo escritores que se mostram a frente mente transmitem e recebem a mensagem, delineiam-se outras
de seu tempo ou aqueles que constroem universos paralelos, relações que ampliam os significados e tornam efetivo o ato
com enredos futurísticos, todos se valem sempre das repre- de se comunicar: entre eles, destacam-se o código (a língua),
sentações disponíveis em seus próprios contextos para projetar o canal (instrumento pelo qual se passa a mensagem) e o fee-
suas criações. dback (a resposta). Todos esses elementos se coadunam num
Em tese, o escritor seleciona elementos da realidade contexto de escrita, muito particular, já mencionado acima,
(ações, ambientes, acontecimentos) e, em seguida, transfor- e que leva em conta sobretudo as condições em que texto
ma-os em matéria literária. À essa transfiguração da realidade, foi escrito. Neste sentido, a ênfase dada pelo emissor pode
por vezes realista e por vezes deformada, acrescente-se os ele- recair nele próprio, no destinatário, no código, no canal, etc.,
mentos puramente ficcionais (situações, personagens, diálo- traduzindo o que viriam a ser as chamadas funções da lingua-
gos), plasmados em determinada forma literária (romance, gem. Elas se caracterizam por chamar a atenção especifica-
conto, novela, poema, drama, tragédia, comédia). O que mente para um dos elementos da comunicação, ou seja, uma
acontece, portanto, é a ficcionalização da realidade, já que o mensagem que está concentrada no destinatário, assume a
real invade o domínio das palavras, da literatura. Essa trans- função apelativa pela maneira com a qual a mesma envolve o
figuração da realidade para a ficção ocorre de acordo com o interlocutor. Por outro lado, caso o texto enfatize o elemento
ponto de vista do escritor cujo arbítrio opera em diferentes concreto da mensagem, a função da linguagem é a de refe-
ânimos de existência e que pode se efetivar como um texto renciá-lo a partir do texto, daí ser essa a função referencial.
trágico, cômico, cético, otimista, místico, realista, romântico, A seguir, apresentamos as principais funções da linguagem:
entre outras possibilidades.
A literatura, encarada como um domínio do conhe-
cimento, contribui para a identidade, ou no mínimo a iden-
tificação, de um grupo no plano social. Isso só é possível
44 HELP VESTIBULARES
O QUE É LITERATURA?
a) Função Referencial é aquela em que prevalece o referen- f ) E a Função Poética é aquela em que o emissor se utiliza
cial, ou seja, o sentido verdadeiro e vocabular (o mundo e dos aspectos sonoros, visuais e formais das palavras para
seus momentos). O emissor do texto enfoca de modo mais maximizar a comunicação. Essa função predomina nos tex-
objetivo aspectos do mundo real. tos literários em que os aspectos estruturais da linguagem são
muito relevantes.
“Eis São Paulo às sete da noite. O trânsito caminha lento e ner-
voso. Nas ruas, pedestres apressados se atropelam.” “Cheguei. Chegaste. Vinhas fatigada
E triste, e triste e fatigado eu vinha.
b) A Função Apelativa ocorre quando o falante, o emissor, Tinhas a alma de sonhos povoada,
centra o texto no receptor da mensagem. E a alma de sonhos povoada eu tinha.”
(Olavo Bilac)
“Chora de manso e no íntimo... Procura
Curtir sem queixa o mal que te crucia: Obviamente, num ato comunicativo podem estar pre-
O mundo é sem piedade e até riria sentes simultaneamente todas as funções, mas, geralmente,
Da tua inconsolável amargura.” dependendo das intenções do emissor, há o predomínio de
(Manuel Bandeira) apenas uma delas.
HELP VESTIBULARES 45
GÊNEROS LITERÁRIOS
I. Gêneros Literários composta de versos hexâmetros dactílicos (verso composto de
seis sílabas poéticas, com sílabas variadas em uma sílaba longa
São as diversas modalidades de expressão literária, e duas breves), formato tradicional do período épico grego.
agrupadas em função das diferentes maneiras de o escritor ver Este poema influenciou a era clássica na Grécia e também
e sentir o mundo. A escolha de dado gênero literário permite no Império Romano e permanece como uma das obras mais
ao escritor passar uma certa visão de mundo (trágica, cômica, importantes de toda literatura mundial até os dias de hoje.
exaltativa, sentimental, satírica) a partir de uma forma espe- Já a segunda obra trata do retorno dos gregos, os quais
cífica (tragédia, comédia, epopeia, poema, paródia, etc.). Há estavam em Troia, de volta à Grécia, e é focada na história de
escritores que somente se comunicam pela forma do conto, Ulisses, personagem principal deste poema. Durante a via-
outros pela tragédia e ainda outros pelo poema, visto que os gem, Ulisses passa por diversas aventuras e enfrenta persona-
gêneros literários se constituem, essencialmente, em formas gens mitológicos, como o Ciclope.
fundamentais de o escritor se colocar diante da vida. Dalton
Trevisan se expressa através do conto; Nelson Rodrigues pre- 2. Gênero Narrativo:
fere o drama; João Cabral de Melo Neto, o poema e Guima-
rães Rosa, a narrativa longa. Além da preferência pessoal dos O gênero narrativo é visto como uma variante do gê-
escritores, não podemos esquecer que cada época histórica, nero épico, enquadrando, neste caso, as narrativas em prosa.
de acordo com uma dada infraestrutura mental predominan- Dependendo da estrutura, da forma e da extensão, as prin-
te (religiosa, científica, imperialista, pacífica, etc.), representa cipais manifestações narrativas são o romance, a novela e o
e interpreta o mundo de modo diferente. Assim sendo, para conto.
cada época há um modo de representação artística específica, Em qualquer das três modalidades acima, temos re-
ocorrendo, às vezes, a hegemonia de certo gênero literário. presentações da vida comum, de um mundo mais individua-
Observamos, então, que há uma explicação histórico-social lizado e particularizado, ao contrário da universalidade das
para o surgimento, predomínio e ausência de certas formas grandiosas narrativas épicas, marcadas pela representação de
artísticas no universo cultural. um mundo maravilhoso, povoado de heróis e deuses.
As narrativas em prosa, que conheceram um notável
II. Descrição dos Gêneros desenvolvimento desde o final do século XVIII, são também
comumente chamadas de narrativas de ficção.
1. Gênero Épico:
a) Romance: narração de um fato imaginário, mas verossímil,
A palavra “épos” vem do grego e significa “versos” e, que representa quaisquer aspectos da vida familiar e social
portanto, o gênero épico é a narrativa em versos que apresen- do homem. Comparado à novela, o romance apresenta um
ta um episódio heroico da história de um povo. Na estrutura corte mais amplo da vida, com personagens e situações mais
épica temos: o narrador, o qual conta a história praticada por densas e complexas, com passagem mais lenta do tempo.
outros no passado; a história, a sucessão de acontecimentos; Dependendo da importância dada ao personagem ou à ação
as personagens, em torno das quais giram os fatos; o tempo, ou, ainda, ao espaço, podemos ter romance de costumes,
o qual geralmente se apresenta no passado e o espaço, local romance psicológico, romance policial, romance regionalista,
onde se dá a ação das personagens. romance de cavalaria, romance histórico, etc.
Neste gênero, geralmente, há presença de figuras fan- ·
tasiosas que ajudam ou atrapalham no curso dos aconteci- b) Novela: na literatura em língua portuguesa, a principal
mentos. Quando as ações são narradas por versos, temos o distinção entre novela e romance é quantitativa: vale a
poema épico ou epopeia. Dentre as principais epopeias, te- extensão ou o número de páginas. Entretanto, podemos
mos: Ilíada e Odisseia. perceber características qualitativas: na novela, temos a
As obras Ilíada e Odisseia são obras atribuídas ao poe- valorização de um evento, um corte mais limitado da vida, a
ta greco-romano Homero, o qual teria vivido por volta do passagem do tempo é mais rápida, e o que é mais importante,
século VIII a. C. na novela o narrador assume uma maior importância como
A primeira trata da história do último ano da Guerra contador de um fato passado.
de Troia entre gregos e troianos. Quando os troianos seques-
tram a princesa Helena, os gregos articulam um plano de c) Conto: é a mais breve e simples narrativa centrada em um
resgatá-la por intermédio de um grande cavalo de madeira, episódio da vida. O crítico Alfredo Bosi, em seu livro O con-
chamado de Troia, o qual é levado à cidade de mesmo nome to brasileiro contemporâneo, afirma que o caráter múltiplo do
como presente. Durante a madrugada, os soldados gregos conto “já desnorteou mais de um teórico da literatura ansioso
que estavam dentro da barriga daquele animal madeirado por encaixar a forma conto no interior de um quadro fixo de
atacam a cidade. Esta obra está dividida em 24 cantos e é gêneros. Na verdade, se comparada à novela e ao romance, a
46 HELP VESTIBULARES
GÊNEROS LITERÁRIOS
narrativa curta condensa e potência no seu espaço todas as a) Tragédia: é a representação de um fato trágico, suscetível
possibilidades da ficção”. de provocar compaixão e terror. Aristóteles afirmava que a
tragédia era «uma representação duma ação grave, de alguma
d) Fábula: narrativa inverossímil, com fundo didático, que extensão e completa, em linguagem figurada, com atores
tem como objetivo transmitir uma lição moral. Normalmen- agindo, não narrando, inspirando dó e terror».
te a fábula trabalha com animais como personagens. Quando b) Comédia: é a representação de um fato inspirado na vida
os personagens são seres inanimados, objetos, a fábula recebe e no sentimento comum, de riso fácil, em geral criticando os
a denominação de apólogo. A fábula é das mais antigas nar- costumes. Sua origem grega está ligada às festas populares,
rativas, coincidindo seu aparecimento, segundo alguns estu- celebrando a fecundidade da natureza.
diosos, com o da própria linguagem. No mundo ocidental, o c) Tragicomédia: modalidade em que se misturam elementos
primeiro grande nome da fábula foi Esopo, um escravo grego trágicos e cômicos. Originalmente, significava a mistura do
que teria vivido no século VI a.C. Modernamente, muitas real com o imaginário.
das fábulas de Esopo foram retomadas por La Fontaine, poe- d) Farsa: pequena peça teatral, de caráter ridículo e
ta francês que viveu de 1621 a 1695. O grande mérito de La caricatural, que crítica a sociedade e seus costumes; baseia-se
Fontaine reside no apurado trabalho realizado com a lingua- no lema latino Ridendo castigat mores (Rindo, castigam-se os
gem, ao recriar os temas tradicionais da fábula. No Brasil, costumes).
Monteiro Lobato realizou tarefa semelhante, acrescentando, e) Auto: Peça teatral que trata de assuntos religiosos ou pro-
às fábulas tradicionais, curiosos e certeiros comentários dos fanos, tem como finalidade criticar ou ironizar os membros
personagens que viviam no Sítio do Picapau Amarelo. da igreja (e não a instituição).
3. Gênero Lírico:
4. Gênero Dramático:
HELP VESTIBULARES 47
ELEMENTOS DA OBRA DE FICÇÃO 1
I. Elementos da Obra de Ficção 1 dessas personagens, porém, não as transformam em casos de
absoluta atipicidade. O leitor, através das paixões vivenciadas
1. A personagem de Ficção: por elas e de suas qualidades e defeitos, percebe-as enquanto
seres humanos possíveis de se encontrar na realidade social.
A personagem é um ser fictício, criada pelo autor para Geralmente, as personagens centrais de uma narrativa são re-
povoar a sua história, veicular determinadas ideias e vivenciar dondas.
certas situações. Este ser fictício é fruto da imaginação e da Na Literatura Brasileira, podemos citar inúmeras
observação da realidade, realizando-se ora como ser inven- personagens que geram surpresa, espanto, comoção porque
tado, construído de palavras, ora enquanto cópia dos seres complexas, misteriosas e, principalmente, “humanas”. Por
humanos à proporção que passam por conflitos e enfrentam exemplo, Capitu do romance D. Casmurro, de Machado de
situações-limite em que se revelam aspectos essenciais da vida Assis e Paulo Honório, do romance São Bernardo, de Graci-
humana: aspectos trágicos, sublimes, demoníacos, grotescos liano Ramos.
ou luminosos. Através do contato entre personagens e leitor,
este pode viver e contemplar outras vivências, passando a ter c) Personagem tipo:
um entendimento e uma visão mais profunda de si mesmo e
de seus semelhantes. A diversidade das personagens que habi- A personagem tipo é, geralmente, a representante de
tam as narrativas ficcionais levou alguns teóricos da literatura um grupo nacional, regional, social, ideológico, etc. O tipo
a estabelecer certa tipologia que intenta classificá-Ias. Dentro não se transforma, não evolui, desconhecendo as mudanças
de certa linha classificatória, teremos personagens ditas pla- íntimas (afetivas, psicológicas, ideológicas) que fariam dele
nas, redondas ou esféricas, tipos e caricaturas, que leva em uma personagem redonda e individualizada. Como exemplo,
consideração a postura e o comportamento de tais persona- temos Rodrigo Cambará, em Um Certo Capitão Rodrigo, de
gens. Quanto à posição ocupada por elas na narrativa, podem Érico Veríssimo, porque essa personagem se caracteriza pe-
ser definidas como protagonistas, antagonistas, principais e las vestes, gestos, fala e atos como um típico gaúcho. Nos
secundárias. romances de Jorge Amado, os coronéis, as prostitutas e as
beatas são tipos, uma vez que encarnam comportamentos pa-
a) Personagens planas: dronizados e estandardizados socialmente.
48 HELP VESTIBULARES
ELEMENTOS DA OBRA DE FICÇÃO 1
gião de homens das regiões secas e pobres do sul dos Estados imiscuir-se na intimidade destes. Apenas observa de modo
Unidos que emigram em busca de terra fértil e, em Capitães não parcial.
da Areia, de Jorge Amado, o grupo de menores marginais se O narrador em primeira pessoa pode ser o narrador
configura como personagens do romance. protagonista, ou seja, faz parte da história como elemento
fulcral. Esta personagem também não possui onisciência so-
2. Ponto de Vista ou Foco Narrativo: bre os demais.
Exemplo: “Muita religião, seu moço! Eu cá não perco
Histórias são contadas desde sempre e, quem as conta, ocasião de religião. Aproveito de todas. Uma só, para mim, é
narra não apenas o que viu, o que viveu, o que testemunhou pouca, talvez não me chegue! Rezo cristão, católico, embrenho a
mas também o que imaginou, o que sonhou e o que desejou. certo”. (Grande Sertão: Veredas, Guimarães Rosa)
Entre as histórias e o público, sempre se interpõe a figura do A narração em primeira pessoa cria um efeito de sub-
narrador. Este é uma das criações do ficcionista, ou seja, uma jetividade visto que o narrador como protagonista ou teste-
personagem. O narrador não representa o verdadeiro autor munha participa dos fatos e, por isso, possui uma visão mais
porque este é uma pessoa de carne e osso e aquele, um ser fic- relativa e parcial da história. Já o modo de narrar em tercei-
tício, construído de palavras. Autor e narrador, embora seres ra pessoa produz um efeito de objetividade à medida que o
distintos, podem comungar de determinadas ideias. narrador, não se achando envolvido com os fatos ocorridos
e vendo-os à distância, pode analisá-los e apresentá-Ios de
a) Narração em Terceira Pessoa: maneira mais imparcial e neutra.
HELP VESTIBULARES 49
ELEMENTOS DA OBRA DE FICÇÃO 2
I. Elementos da Obra de Ficção 2 gem tais como: interjeições, exclamações, interrogações, etc.
Exemplo: “Baixou as mãos até o regaço. Ali estavam os
Dando sequência ao estudo dos elementos da obra de objetos de toalete: a escova, o pente, o pote de creme de barbear,
ficção, iniciado na aula anterior: o talco, a loção - tudo limpo e meticulosamente arrumado. Nem
naquela manhã ele deixara de ir ao treino diário... Seria mesmo
1. Linguagem: uma pena envolvê-lo. Mas por que envolvê-lo? Os outros então
não sabiam perfeitamente que ele não podia ser o motivo? Mas
Pensando-se em literatura, temos necessariamente que ele próprio talvez se sentisse responsável e era uma verdadeira
falar sobre a linguagem porque é somente por seu intermédio pena toldar com algum remorso aquela transparência”. (Ciran-
que o escritor pode realizar a sua obra. O mundo ficcional da de Pedra, Lygia F. Telles)
é apresentado ao leitor através de determinados recursos de
linguagem dos quais estudaremos alguns: d) Monólogo interior e fluxo de consciência:
Nesse discurso, o narrador introduz a fala das per- • Monólogo Interior: “Se algum desses papéis tivesse caído na
sonagens por meio dos “verbos de dizer” e geralmente pela estrada? Perdido, trinta anos de cadeia, a imundície, o trabalho
conjunção “que”. O leitor tem acesso à fala das personagens dos encarcerados: fabricação de pentes, esteiras, objetos miúdos de
por via indireta, visto que o narrador enquadra o discurso tartaruga. Faria um livro na prisão. Amarelo, papudo faria um
do outro dentro do seu discurso narrativo. Há um discurso livro, que seria traduzido e circularia em muitos países. Escre-
citante (o do narrador) e um discurso citado (o da persona- vê-lo-ia a lápis, em papel de embrulho, nas margens de jornais
gem). A fala da personagem perde autonomia e subjetividade velhos. O carcereiro me pediria umas explicações. Eu responde-
à medida em que é transmitida pelo contexto do narrador. ria: - Isto é assim e assado. Teria consideração, deixar-me-iam
Exemplo: “O homem chega bêbado em casa e, tirando a escrever o livro. Dormiria na rede e viveria afastado dos outros
camisa azul, manda que a dona lave para o dia seguinte - sem presos. A garganta doía-me, os beiços colavam-me”. (Angústia,
ela perde o lugar de vigia”. (Pão e Sangue, Dalton Trevisan) Graciliano Ramos).
c) Discurso indireto livre: • Fluxo de Consciência: “Eu estava ali deitado olhando atra-
vés da vidraça as roseiras no jardim fustigadas pelo vento que
Nesse discurso caem os “verbos de dizer” e a conjunção zunia lá fora e nas venezianas do meu quarto e de repente reco-
“que”. As falas do narrador e da personagem se intercalam, meçava e as roseiras frágeis e assustadas irrompiam a vidraça e
formando um híbrido em que a diferenciação se torna difícil. eu estava ali o tempo todo olhando estava em minha cama com
Do ponto de vista gramatical, o enunciado é do narrador minha blusa de lã as mãos enfiadas nos bolsos os braços colados
(continua em terceira pessoa) e do ponto de vista do signifi- no corpo as pernas juntas estava de sapato mamãe não gostava
cado, é da personagem. Ocorre objetividade visto que há o que eu deitasse de sapatos deixe de preguiça menino!”
discurso mais analítico do narrador que transmite a fala da
personagem e há subjetividade à medida que afloram os esta-
dos íntimos da personagem através de mecanismos de lingua-
50 HELP VESTIBULARES
ELEMENTOS DA OBRA DE FICÇÃO 2
2. O Tempo na Ficção. principal do espaço é situar as ações dos personagens e esta-
belecer com eles uma interação, influenciando suas atitudes,
a) Tempo Cronológico: pensamentos ou emoções ou se modificando, segundo deter-
minam os personagens.
“Amanhã faz um mês que a senhora está longe de casa.
Primeiros dias, para dizer a verdade, não senti falta, bom che-
gar tarde, esquecido na conversa da esquina”. (Apelo, Dalton
Trevisan).
b) Tempo Psicológico:
“Silêncio. Por que será que esta gente não fala e o re-
lógio se aquietou? Uma ideia acabrunha-me. Se o relógio pa-
rou, com certeza o homem dos esparadrapos morreu. Isto
é insuportável. Por que fui abrir os olhos diante da amaldi-
çoada porta? (...) Dois passos aquém, dois passos além - e
eu estaria livre da obsessão. O relógio bate de novo. Tento
contar as horas, mas isto é impossível. Parece que ele tenciona
encher a noite com sua gemedeira irritante. Procuro dormir,
esquecer tudo, mas o relógio continua a martelar-me a cabeça
dolorida. Espero em vão o fonfonar de um automóvel, a can-
tiga de um bêbado, as vozes de comando, o rumor dos ferros
no autoclave. Tenho a impressão de que o pêndulo caduco
oscila dentro de mim, ronceiro e desaprumado”. (Angústia,
Graciliano Ramos).
3. Ação ou Enredo:
4. Espaço:
HELP VESTIBULARES 51
ESPÉCIES DO GÊNERO NARRATIVO
I. Espécies do Gênero Narrativo ticamente se constitui numa narrativa autônoma em relação
aos que lhe seguem. É o caso, por exemplo, de O Grande
Em literatura, ficção é um tipo de Gênero Narrativo e Mentecapto, de Fernando Sabino, em que cada uma das aven-
é um termo empregado para designar o romance, a novela, turas de Geraldo Viramundo é um episódio que poderia ser
o conto, embora outras formas possuam qualidades de fic- destacado do livro, sem prejuízo para o entendimento da nar-
ção: fábula, lenda e até mesmo o drama. Porém, inicialmente rativa.
cabe retomar as origens do gênero, isto é, o épico, fazendo-se
referência à epopeia ou poema épico. 4. Conto:
54 HELP VESTIBULARES
INGLÊS
Inglês instrumental.
HELP VESTIBULARES 57
INGLÊS INSTRUMENTAL
1. (UEL 2011) É correto afirmar que o autor do texto: Text 2
I. aborda as dificuldades de se implantarem práticas esportivas
estratégicas em empresas. Leia o texto a seguir e responda às questões de 5 a 7.
II. estabelece relação entre o estresse e a falta de definição de
estratégias. Whale saves drowning diver
III. informa sobre as melhores estratégias a serem usadas nas
entrevistas de emprego.
IV. procura justificar a necessidade de se elaborar uma
estratégia no ambiente empresarial.
58 HELP VESTIBULARES
INGLÊS INSTRUMENTAL
6. (UEL 2011) Na frase “She’s a sensitive animal who works 8. (UEL 2011) De acordo com o texto, é correto afirmar:
closely with humans and I think this girl owes her, her life”, o a) Os linguistas divergem sobre a autoria da recente descoberta
pronome her é usado duas vezes. Seus respectivos referentes, da língua Koro.
de acordo com a ordem em que são mencionados, são: b) Os vilarejos em regiões remotas da Índia têm entre 800 e
a) a mergulhadora - a baleia 1.200 habitantes.
b) a organizadora - a baleia c) As línguas Koro e Aka foram identificadas e descritas por
c) a baleia - a mergulhadora linguistas em 2008.
d) a organizadora - a mergulhadora d) Os falantes atuais da língua Aka poderão deixar de usá-la
e) a baleia - a organizadora na forma escrita.
e) Os dialetos e línguas falados em Arunachal Pradesh se
7. (UEL 2011) De acordo com o texto, é correto afirmar que tornaram extintos.
Yang Yun:
a) foi ferida na perna pela baleia Milla. 9. (UEL 2011) Na expressão “race is on to preserve it”, it se
b) perdeu seu equipamento de mergulho. refere a:
c) contou com a ajuda de um golfinho. a) expedition
d) duvidou que conseguiria sobreviver. b) India
e) morava em Harbin, nordeste da China. c) race
d) language
Text 3 e) region
Leia o texto a seguir e responda às questões de 8 a 10. 10. (UEL 2011) Tabu Ram Taid é apresentado no texto
como:
New Language Discovered in India, Race is On to a) falante de um dialeto.
Preserve It b) jornalista indiano.
c) originário de Assam.
A group of American linguists just announced the d) tradutor da língua Aka.
discovery of a new language in a remote region of India. e) estudioso de línguas.
The language, called Koro, was discovered during a 2008
expedition to Arunachal Pradesh, according to a local
newspaper.
The interesting thing about the discovery of Koro is
that it was “hiding in plain sight.” Koro speakers are part
of the Aka culture, and live in villages where most of their
neighbors speak Aka. While the two languages are in fact
very different, Koro and Aka speakers consider themselves
one people, and treat Koro as if it were a dialect of Aka,
instead of a “distant sister,” as the linguists described it. It
should be noted that there is some controversy over whether
or not Koro is in fact a new discovery. According to the
newspaper Telegraph, linguists from the Assam chapter of
Indian National Trust for Art and Cultural Heritage are
claiming that Koro was known to Indian linguists before the 10. E
American linguists documented it. 9. D
Whether it’s really a “new” language or not, Koro only 8. A
has between 800 and 1,200 speakers, so now the race is on 7. D
to try and preserve it, if possible. A language dies out about 6. C
every two weeks, and language preservation expert Tabu Ram 5. E
Taid told our newspaper that: “Koro might have met the 4. C
same fate. But the point is now to preserve Koro. Apart from 3. B
speaking, one must develop writing the language to prevent 2. A
it from vanishing.” 1. B
Adaptado de: blog-uk-international.com Acesso em: 12 out.
2010. Gabarito:
HELP VESTIBULARES 59
TEXT AND COMPREHENSION 1
I. Text and Comprehension 1 and perpetuate the ideology that creates the apparent need
for the products it markets
Text 1 For our purposes here, none of this matters. Our task
is to analyze advertisements, and to see if we can understand
(ENEM) how they do what they do. We will leave the task of how we
interpret our findings in the larger social, moral and cultural
contexts for another occasion.
It is often said that advertising is irrational, and,
again, that may well be true. But this is where the crossover
between information and persuasion becomes important; an
advertisement does not have to be factually informative (but
it cannot be factually misleading).
In a discussion of what kind of benefit an advertisement
might offer to a consumer, Jim Aitchison (1999) provides
the following quote from Gary Goldsmith of Lowe &
Partners, New York. It sums up perfectly what it is that one
should look for in an advertisement. The question posed is
“Is advertising more powerful if it offers a rational benefit?”
Here is Goldsmith’s answer: “I don’t think you need to offer
a rational benefit. I think you need to offer a benefit that a
rational person can understand.”
www.standford.edu. Adaptado
1. Aproveitando-se de seu status social e da possível influência 2. (UNESP 2013) A expressão none of this matters, no
sobre seus fãs, o famoso músico Jimi Hendrix associa, em seu segundo parágrafo refere-se:
texto, os termos love, power e peace para justificar sua opinião a) às características de anúncios mencionadas no primeiro
de que: parágrafo.
a) a paz tem o poder de aumentar o amor entre os homens. b) à falta de coerência e de sentido que certos anúncios
b) o amor pelo poder deve ser menor do que o poder do podem conter.
amor. c) às características positivas de anúncios mencionadas no
c) o poder deve ser compartilhado entre aqueles que se amam. texto.
d) o amor pelo poder é capaz de desunir cada vez mais as d) à interpretação de anúncios de acordo com uma ideologia
pessoas. de consumo.
e) a paz será alcançada quando a busca pelo poder deixar de e) aos valores culturais, morais e sociais que caracterizam um
existir. anúncio.
60 HELP VESTIBULARES
TEXT AND COMPREHENSION 1
d) benefícios do produto anunciado devem ser compreendidos 6. (FUVEST 2008) De acordo com o texto, pesquisadores
por pessoas que desconhecem o produto. japoneses desenvolveram um robô que:
e) anúncios devem salientar qualidades de um produto que a) responde a perguntas e dá conselhos às pessoas, em poucos
sejam entendidas de modo racional pelos consumidores. segundos.
b) recebe treinamento para produzir fala inteligível.
5. (UNESP 2013) De acordo com o texto: c) consegue adivinhar os desejos das pessoas.
a) alguns anúncios contêm elementos que supervalorizem o d) tem capacidade de interagir com interlocutores diferentes
papel social da língua. ao mesmo tempo.
b) alguns anúncios contêm elementos que podem denegrir a e) interage prontamente com qualquer pessoa, em várias
imagem do capitalismo. línguas.
c) alguns anúncios possuem até mesmo um aspecto obscuro,
um tanto sórdido. 7. (FUVEST 2008) Segundo o texto, num cenário de
d) anúncios devem conter um apelo irracional aos benefícios restaurante, o robô:
do produto anunciado. a) serve a mesa e escolhe os pratos para os clientes.
e) anúncios não devem destacar benefícios ou valores sociais b) anota pedidos e prepara a comida.
dos produtos anunciados. c) organiza o funcionamento do restaurante.
d) lê o cardápio em voz alta e dá sugestão de pratos.
Text 3. e) repete os pedidos feitos e informa o valor da refeição.
Leia o texto a seguir e responda às questões de 6 a 8. 8. (FUVEST 2008) O texto refere-se a “the cocktail party
effect”, que é metáfora para descrever a dificuldade de:
a) selecionar sons relevantes, a que prestar atenção, em locais
com muita gente.
b) escolher pessoas importantes com quem conversar em
festas.
c) circular e se aproximar de pessoas em coquetéis.
d) beber só um pouco para conseguir interagir com outros
convidados.
e) conversar casualmente sobre diversos temas.
Gabarito:
HELP VESTIBULARES 61
SKIMMING AND SCANNING
I. Skimming and Scanning • negrito dá destaque a algum termo ou palavra;
• itálico também destaca um termo, menos importante que
As técnicas de leitura, como o próprio nome diz, vão o negrito;
ajudar você a ler um texto em inglês. Como muitas pessoas • ‘’ ‘’ (aspas): salientam a importância de alguma palavra ou
não dominam o idioma, as técnicas de leitura de textos podem indicar diálogos e citações;
em inglês são eficazes para que você não perca tempo e, de • ( ) (parênteses): introduzem uma ideia complementar ao
quebra, aumente suas possibilidades de acerto. São elas o texto.
scanning e o skimming.
Após “escanear” seu texto, você deve usar a técnica de
1. Técnica de leitura – Scanning (habilidade de leitura em skimming.
alta velocidade).
2. Técnica de leitura – Skimming.
É uma habilidade que ajuda o leitor a obter informação
de um texto sem ler cada palavra. É uma rápida visualização O processo de skimming permite ao leitor identificar
do texto como um scanner faz quando, rapidamente, lê a rapidamente a ideia principal ou o sentido geral do texto. O
informação contida naquele espaço. O Scanning envolve uso do skimming é frequente quando a pessoa tem muito
mover os olhos de cima para baixo na página, procurando material para ler em pouco tempo. Geralmente a leitura no
palavras chaves, frases específicas ou ideias. Ao realizar o skimming é realizada com a velocidade de três a quatro vezes
scanning, procure verificar se o autor fez uso de organizadores maior que a leitura normal. Diferentemente do scanning,
no texto, como: números, letras, passos ou as palavras skimming é mais abrangente; exige conhecimento de
“primeiro”, “segundo”, “próximas”. Procure por palavras em organização de texto, a percepção de dicas de vocabulário,
negrito, itálico, tamanhos de fontes ou cores diferentes. O habilidade para inferir ideias e outras habilidades de leitura
processo de scanning é muito útil para encontrar informações mais avançadas.
específicas de, por exemplo, um número de telefone numa Existem muitas estratégias que podem ser usadas
lista, uma palavra num dicionário, uma data de nascimento, ao realizar o skimming. Algumas pessoas leem o primeiro
ou de falecimento numa biografia, um endereço ou a fonte e o último parágrafo usando títulos, sumários e outros
para a resposta de uma determinada pergunta sua. Atente organizadores na medida em que leem a página ou a tela
para as dicas abaixo na hora de “escanear” seu texto em inglês. do monitor. Você pode ler o titulo, subtítulo, cabeçalhos, e
ilustrações. Considere ler somente a primeira sentença de cada
a) Cognatos: Os cognatos são palavras muito parecidas parágrafo. Esta técnica é útil quando você está procurando
com as palavras do Português. São as chamadas palavras uma informação específica em vez de ler para compreender.
transparentes. Como cognatos podemos citar: school (escola), Skimming funciona bem para achar datas, nomes, lugares e
telephone (telefone), car (carro), question (questão, pergunta), para revisar figuras e tabelas.
activity (atividade), training (treinamento). Existem também
os falsos cognatos, que são palavras que achamos que é tal II. Tipos de questões.
coisa, mas não é; os falsos cognatos são em menor número e
serão estudados mais adiante. Em questões de interpretação de textos em inglês, são
comuns alguns tipos de enunciados. É importante que você
b) Palavras repetidas: As palavras repetidas em um texto reconheça cada um deles e possa, em menos tempo, encontrar
possuem um valor muito importante. Um autor não repete a resposta correta. Em vestibulares de múltipla escolha, os
as palavras em vão. Se elas são repetidas, é porque são enunciados mais comuns são:
importantes dentro de texto em questão. Grife as palavras
repetidas ou aquelas que você consegue identificar como a) Compreensão: consiste em analisar o que realmente está
sinônimo de uma palavra já mencionada anteriormente. escrito, ou seja, coletar dados do próprio texto.
c) Pistas tipográficas: As pistas tipográficas são elementos b) Interpretação: consiste em saber o que se infere (se
visuais que nos auxiliam na compreensão do texto. Atenção conclui) do que está escrito.
com datas, números, tabelas, gráficas, figuras. São informações
também contidas no texto. Os recursos de escrita também c) Gramática contextualizada: via de regra, as questões de
são pistas tipográficas. Por exemplo: teor gramatical aparecem contextualizadas no próprio texto.
• ... (três pontos): indicam a continuação de uma ideia que d) Referência: É a questão preferida pelos vestibulares. É o
não está ali exposta; tipo de questão que leva você a um ponto específico do texto.
62 HELP VESTIBULARES
SKIMMING AND SCANNING
Por exemplo: os enunciados que informam a localização If we sell you our land, love it as we have loved it. Care
precisa da resposta como: “no 1º parágrafo”, “na 2ª linha”, for it as we have cared for it. Hold in your memory the way
“na 3ª estrofe”, “no título”, etc. Por outro lado, quando o the land is as you take it. And with all your strength, with
enunciado menciona uma palavra ou expressão, é possível all your might, and with all your heart, preserve it for your
que a resposta correta esteja nas imediações dessa mesma children, and love it as God loves us all. One thing we know
palavra ou expressão. – our God is the same. This earth is precious to him. Even
the white man cannot escape the common destiny. All things
Nesta aula, veremos as chamadas questões de referência. are connected. Whatever befalls the earth befalls the sons of
A estratégia de leitura para esse tipo de questão consiste the earth.”
em localizar e isolar a palavra ou expressão mencionada no
enunciado. Assim, você deverá proceder às técnicas de leitura (Resumo da carta enviada pelo Chefe Seattle, da Tribo
normalmente. Ao ler a indicação no enunciado, busque-a no Dwamish de Washington, ao Presidente Pierce em 1855.)
texto. Na maioria das vezes, a resposta está nas imediações da
palavra ou expressão indicada no enunciado. Adaptado de: Rediscovering The North American Vision
(IC#3) Copyright (c) 1983, 1996 by Context Institute
HELP VESTIBULARES 63
SKIMMING AND SCANNING
4. (UEPG 2015) Assinale o que for correto. A sentença Text 2
“Whatever befalls the earth befalls the sons of the earth”, que
encerra o texto, poderia:
01) ser substituída por: Everything that happens to our world
also happens to us.
02) ser substituída por: Nothing that happens to the earth
affects human beings.
04) ser traduzida por: Tudo que acontece à terra acontece aos
filhos da terra.
08) ser traduzida por: Tudo que acontece aos filhos da terra
também acontece à terra.
8. (ENEM 2013) A partir da leitura dessa tirinha, infere-
se que o discurso de Calvin teve um efeito diferente do
pretendido, uma vez que ele:
a) decide tirar a neve do quintal para convencer seu pai
5. (UEPG 2015) Assinale o que for correto. A pergunta sobre seu discurso.
“How can you buy or sell the sky, the warmth of the land”?, b) culpa o pai por exercer influência negativa na formação
poderia: de sua personalidade.
01) ser traduzida por: Como se pode comprar ou vender o c) comenta que suas discussões com o pai não
céu, o calor da terra? correspondem às suas expectativas.
02) ser substituída por: Why would anyone wish to buy or d) conclui que os acontecimentos ruins não fazem falta para
sell the sky or the warmth of the earth?. a sociedade.
04) ser traduzida por: Quem haveria de querer comprar o e) reclama que é vítima de valores que o levam a atitudes
céu ou a terra? inadequadas.
08) ser substituída por: It is impossible to negotiate the sky
or the warmth of the earth. Text 3
6. (UEPG 2015) Assinale o que for correto sobre os The United Nations Alliance of Civilizations
segmentos verbais presentes na última sentença do quarto (UNAOC) is launching a campaign aimed at engaging
parágrafo: has vanished, will...hold, love e loves. people around the world to Do One Thing to support
01) Referem-se ao passado, futuro, passado e presente, Cultural Diversity and Inclusion. Every one of us can do
respectivamente. ONE thing for diversity and inclusion; even one very little
02) Poderiam ser traduzidos por tiver desaparecido, conterão, thing can become a global action if we all take part in it.
amam e ama, respectivamente. Simple things YOU can do to celebrate the World
04) Referem-se ao futuro, futuro, presente e presente, Day for Cultural Diversity for Dialogue an Development on
respectivamente. May 21.
08) Estão no present perfect, will future, simple presente e
simple present, respectivamente. 1. Visit an art exhibit or a museum dedicated to other
cultures.
2. Read about the great thinkers of other cultures.
3. Visit a place of worship different than yours and participate
in the celebration.
7. (UEPG 2015) Assinale o que for correto. A afirmação de 4. Spread your own culture around the world and learn about
Seattle: …”our God is the same” poderia, sem prejuízo de other cultures.
sentido, ser substituída por: 5. Explore music of a different culture.
01) we believe in the same God. There are thousands of things that you can do, are you taking
02) you and us share the same God. part in it?
04) some of our Gods are the same. UNITED NATIONS ALLIANCE OF CIVILIZATIONS.
08) your God is the same one as ours.
64 HELP VESTIBULARES
SKIMMING AND SCANNING
9. (ENEM 2013) Internautas costumam manifestar suas 10. (ENEM 2013) Os noticiários destacam acontecimentos
opiniões sobre artigos on-line por meio da postagem de diários, que são veiculados em jornal impresso, rádio, televisão
comentários. O comentário que exemplifica o engajamento e internet. Nesse texto, o acontecimento reportado é a:
proposto na quarta dica da campanha apresentada no texto é: a) ocorrência de um incêndio em um presídio superlotado
a) “Lá na minha escola, aprendi a jogar capoeira para uma em Honduras.
apresentação no Dia da Consciência Negra.” b) questão da superlotação nos presídios em Honduras e na
b) “Outro dia assisti na TV uma reportagem sobre respeito América Latina.
à diversidade. Gente de todos os tipos, várias tribos. Curti c) investigação da morte de um oficial das Nações Unidas em
bastante.” visita a um presídio.
c) “Eu me inscrevi no Programa Jovens Embaixadores para d) conclusão do relatório sobre a morte de mais de trezentos
mostrar o que tem de bom em meu país e conhecer outras detentos em Honduras.
formas de ser.” e) causa da morte de doze detentos em um presídio
d) “Curto muito bater papo na internet. Meus amigos superlotado ao norte de Honduras.
estrangeiros me ajudam a aperfeiçoar minha proficiência em
língua estrangeira.”
e) “Pesquisei em sites de culinária e preparei uma festa árabe
para uns amigos da escola. Eles adoraram, principalmente,
os doces!”
Text 4
15 February 2012
Gabarito:
HELP VESTIBULARES 65
TEXT AND COMPREHENSION 2
I. Text and Comprehension 2 2. (ENEM 2013) Informações sobre pessoas famosas são
recorrentes na mídia, divulgadas de forma impressa ou
Text 1 virtualmente. Em relação a Steve Jobs, esse texto propõe:
National Geographic News a) expor as maiores conquistas da sua empresa.
Christine Dell’Amore b) descrever suas criações na área da tecnologia.
Published April 26, 2010 c) enaltecer sua contribuição para o mundo digital.
d) lamentar sua ausência na criação de novas tecnologias.
Our bodies produce a small steady amount of natural e) discutir o impacto de seu trabalho para a geração digital.
morphine, a new study suggests. Traces of the chemical are
often found in mouse and human urine, leading scientists to Text 3
wonder whether the drug is being made naturally or being
delivered by something the subjects consumed. The new Leia atentamente o texto para responder às questões 3 a 6.
research shows that mice produce the “incredible painkiller” Britain worst in Europe for electrical recycling
— and that humans and other mammals possess the same
chemical road map for making it, said study co-author Britain has picked up the wooden spoon in a
Meinhart Zenk, who studies plant-based pharmaceuticals recent survey looking into the electrical recycling habits of
at the Donald Danforth Plant Science Center in St. Louis, Europeans. According to the results of the new research, we
Missouri. are apparently the worst in Europe when it comes to recycling
Disponível em: www.nationalgeographic.com. Acesso em: 27 WEEE (Waste Electrical and Electronic Equipment).
jul. 2010. WEEE comprises such devices as mobile phones, PCs,
laptops and games consoles, and the research carried out by
1. (ENEM 2013) Ao ler a matéria publicada na National Dell suggests that we are falling way behind the rest of the
Geographic, para a realização de um trabalho escolar, um continent when it comes to recycling these 6 products.
estudante descobriu que: The survey questioned 5,000 people across Europe
a) os compostos químicos da morfina, produzidos por regarding their recycling habits when it comes to old
humanos, são manipulados no Missouri. electronic products, and found that in Britain only half of
b) os ratos e os humanos possuem a mesma via metabólica consumers take appropriate recycling steps, compared to an
para produção de morfina. impressive 80% of Germans.
c) a produção de morfina em grande quantidade minimiza a Indeed, Germany, Spain, France and Italy all out-
dor em ratos e humanos. perform us when it comes to having a greater awareness of
d) os seres humanos têm uma predisposição genética para recycling initiatives, which is the root of the problem. Greater
inibir a dor. awareness leads to a greater level of recycling, so we still have
e) a produção de morfina é um traço incomum entre os a long way to go.
animais. Within the UK, it was the Welsh who performed the
worst, with 19% of people admitting that they had never
Text 2 recycled any of their technology products. This was followed
closely by people living in the north of England.
Steve Jobs: A Life Remembered 1955-2011 There was also confusion between standard recycling
Readersdigest.ca takes a look back at Steve Jobs, and his and the recycling of electronic products. In the northeast of
contribution to our digital world. England, almost three quarters of people claim to do what
they can to recycle, but less than 1% recycle their electronic
CEO. Tech-Guru. Artist. There are few corporate products. There is also little knowledge across the country of
figures as famous and well-regarded as former-Apple CEO exactly what the WEEE initiative is, which all paints a rather
Steve Jobs. His list of achievements is staggering, and his depressing picture of recycling in the UK.
contribution to modern technology, digital media, and Disponível em: Acesso em: 18 nov. 2009
indeed the world as a whole, cannot be downplayed. With
his passing on October 5, 2011, readersdigest.ca looks back 3. (UEL 2010) É correto afirmar que o autor do texto se
at some of his greatest achievements, and pays our respects to considera:
a digital pioneer who helped pave the way for a generation of a) alemão.
technology, and possibilities, few could have imagined. b) britânico.
Disponível em: www.readersdigest.ca. Acesso em: 25 fev. 2012. c) espanhol.
d) francês.
e) italiano.
66 HELP VESTIBULARES
TEXT AND COMPREHENSION 2
4. (UEL 2010) Com base no texto, é correto afirmar que 7. (UEL 2010) É correto afirmar que a charge satiriza:
fatores associados à pouca reciclagem estão ligados: a) as condições precárias das escolas ao final do ano letivo.
I. Ao pouco discernimento sobre as diferentes formas de b) o estado de espírito dos alunos ao final do ano letivo.
reciclagem. c) o estado de espírito de professores ao final do ano letivo.
II. Ao conhecimento limitado sobre reciclagem de produtos d) o zelo da personagem com as dependências do prédio
eletroeletrônicos. escolar.
III. À falta de consciência sobre procedimentos de reciclagem. e) o descaso dos alunos com as dependências do prédio
IV. Ao pouco espaço para armazenar produtos para reciclagem. escolar.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas I e IV são corretas. 8. (UEL 2010) Pode-se inferir, na fala da personagem, a
b) Somente as afirmativas II e III são corretas. tentativa de evitar:
c) Somente as afirmativas III e IV são corretas. a) comportamento inadequado.
d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas. b) danos materiais no prédio escolar.
e) Somente as afirmativas I, II e IV são corretas. c) pânico incontrolável entre os estudantes.
d) sentimentalismo exacerbado.
5. (UEL 2010) Com base no texto, é correto afirmar que os e) uso de linguagem de baixo-calão.
resultados da pesquisa realizada indicam que:
a) a Alemanha recicla 80% dos produtos eletroeletrônicos.
b) a Espanha recicla menos que a Inglaterra.
c) a Europa tem aproximadamente 5.000 recicladores.
d) o País de Gales é o que menos recicla no Reino Unido.
e) o Reino Unido deixa de reciclar 19% do que consome.
Text 4
Leia o texto abaixo para responder às próximas duas
questões:
8. A
7. C
6. A
5. D
4. D
3. B
2. C
1. B
Gabarito:
HELP VESTIBULARES 67
TEXT AND COMPREHENSION 3
I. Text Comprehension 3 2. (UEL 2010) No texto, a expressão “blood, sweat and tears”
(grifada no texto) é usada para referir-se:
Text 1 a) ao erro dos economistas tradicionais.
Leia o texto abaixo para responder às questões de 1 a 4. b) ao custo social do desenvolvimento.
c) à visão mais humanizada da economia.
The Atlantic Online d) à conjuntura favorável à mudança.
Humane Development e) à nova postura teórica sobre economia
An interview with Amartya Sen, the Nobel Prize-winning 3. (UEL 2010) De acordo com Amartya Sen, a economia de
economist and author of Development as Freedom mercado prospera porque:
Eyebrows were raised when Amartya Sen won the Nobel Prize a) as pessoas estão dispostas a fazer sacrifícios.
in Economics in 1998. Sen had frequently been mentioned b) os críticos estão enganados e não são ouvidos.
as a candidate, but it had been predicted that in an era c) os economistas usam slogans inadequados.
when laissez-faire market economics were all the rage Sen’s d) os interesses de algumas pessoas são contrariados.
insistence on looking beyond GNP figures – his penchant e) as pessoas têm vantagens individuais nessa economia.
for emphasizing the social in the social science of economics
– meant that he would never win the prize. 4. (UEL 2010) No texto, a expressão “You have to break some
eggs to make an omelet” (grifada no texto) é citada para:
Do you think development has in fact changed? Is it more a) criticar o modelo de Amartya Sen.
sensitive, softer, than it used to be? b) revelar o pensamento do entrevistador.
I don’t think development is softer – that implies it’s not c) exemplificar um slogan.
sufficiently exacting – but certainly there was a sense for a d) ilustrar uma receita do entrevistado.
while that development was a very hard process, and that e) definir a natureza humana.
people had to sacrifice. There was a lot of blood, sweat, and
tears involved. Text 2
[...]
Leia atentamente o texto abaixo para responder às
Why did that change come about? questões de 5 a 7.
Well, I think maybe because the previous view was mostly
mistaken. There was a tension in it. The market economy Texto VIII
succeeds not because some people’s interests are suppressed
and other people are kept out of the market, but because Magazines and their Companion Websites:
people gain individual advantage from it. So, I don’t really see Competing Outlet Channels?
that the proponents of the harsh model got the general idea Ulrich Kaiser
at all right. They had some dreadful slogans like, “You have to
break some eggs to make an omelet.” It’s a totally misleading It is widely believed among industry participants that
analogy – a pretty costly one aesthetically, and also it’s quite the internet is cannibalistic to print media. Despite that fear,
mistaken in terms of understanding the nature of man. So, I many magazines have recently started to launch companion
think the change came about because it was overdue. websites that make some, but not all, of the print version
Disponível em: www.theatlantic.com content available online. That led an analyst at J.P. Morgan,
cited in “The New York Times”, to claim that “Newspapers
1. (UEL 2010) De acordo com o texto, Amartya Sem: are cannibalizing themselves.” In April 2005, “Der Spiegel”,
a) reconhece que desenvolvimento requer muitos sacrifícios. Germany’s leading news magazine, published a very sceptical
b) não imaginava que poderia concorrer ao Prêmio Nobel. article about the future of print media – ironically on its
c) acredita que o modelo de desenvolvimento ficou mais companion website – with the suggestive title “Too much to
suave. die, too little to survive”. Pessimistic views on the relationship
d) acha que os defensores da economia de mercado estão between magazines and the internet are quite time invariant.
certos. Already in 1997, Hickey cites the Vice President of the
e) ganhou o Prêmio Nobel apesar de expectativas em media consultancy Jupiter Media Metrix who is reported to
contrário. have said: “Seize the day! Either you are going to cannibalize
yourself or somebody else is going to cannibalize you.”
68 HELP VESTIBULARES
TEXT AND COMPREHENSION 3
5. (UEL 2009) Com base no texto, é correto afirmar: rights foundation – said: “I know dogs well and I can assure
a) Participantes da indústria da informação temem que a you that no pitbull, no dog, nor any other animal is as
mídia impressa seja substituída pela internet. dangerous as you are.”
b) Muitas revistas impressas estão fazendo de tudo para evitar “I hope you lose these elections because that would be
ter seu conteúdo disponível na internet. a victory for the world,” she went on.
c) Os líderes mundiais da indústria da informação pretendem “By denying the responsibility of man in global
propor a regulação da atividade na internet. warming, by advocating gun rights and making statements
d) A revista Der Spiegel recusou-se a publicar textos na that are disconcertingly stupid, you are a disgrace to women
internet. and you alone represent a terrible threat, a true environmental
e) Apenas revistas novas terão chances de sobreviver na era catastrophe,” wrote the one-time screen legend.
da internet. She lashed out at her for supporting Arctic oil
exploration that could threaten ecosystems and for dismissing
6. (UEL 2009) De acordo com o texto, visões pessimistas measures to protect polar bears.
sobre a relação entre internet e revistas: “This shows your total lack of responsibility, your
a) estão diminuindo com o tempo. inability to protect or simply respect animal life,” she wrote.
b) tendem a desaparecer. The 74-year-old former film star is notorious in France
c) começaram a despontar no ano de 2005. for her outspoken views on immigration, the environment
d) vêm se mantendo inalteradas ao longo do tempo. and animal rights. She has been convicted and fined four
e) têm-se agravado desde 1997. times in Paris for anti-gay and racist remarks.
Earlier this year, a French court fined Mrs Bardot
7. (UEL 2009) Com base no texto, é correto afirmar que o £15,000 for inciting racial hatred by writing that she had
uso da palavra “canibal” em suas derivações, refere-se à: “had enough‘” of Muslims destroying France.
I. Competição entre funcionários de revistas e jornais Disponivel em: www.telegrapf.uk
eletrônicos.
II. Competição entre empresas americanas e alemãs. 8. (UEL 2009) Com base no texto, assinale a alternativa que
III. Relação entre empresas concorrentes. expressa corretamente a visão de Brigitte Bardot sobre Sarah
IV. Relação entre mídias diferentes de uma mesma empresa. Palin:
a) Mais perigosa que qualquer animal, racista, vergonha para
Assinale a alternativa correta. as mulheres, símbolo sexual.
a) Somente as afirmativas I e II são corretas. b) Racista, vergonha para as mulheres, defensora dos animais,
b) Somente as afirmativas I e III são corretas. exploradora de minorias.
c) Somente as afirmativas III e IV são corretas. c) Irresponsável, militante anti gays, racista.
d) Somente as afirmativas I, II e IV são corretas. d) Símbolo sexual, pitbull de batom, defensora dos direitos
e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas. dos animais.
e) Catástrofe ambiental, vergonha para as mulheres,
Text 3 irresponsável e incapaz de proteger a vida animal.
Observe o texto para responder às próximas 4 questões 9. (UEL 2009) Assinale a alternativa que indica o modo
como Brigitte Bardot está sendo apresentada no texto.
Brigitte Bardot calls Sarah Palin a ‘disgrace to women’ a) Defensora dos imigrantes, dos homossexuais e dos animais.
French actress Brigitte Bardot has slammed Sarah Palin as a b) Símbolo sexual, defensora dos direitos dos animais, racista.
“disgrace to women” in a fiery attack on the American vice- c) Símbolo sexual, pitbull de batom, defensora dos direitos
presidential candidate. dos animais.
d) Estúpida, perigosa, irresponsável e republicana.
By Henry Samuel in Paris e) Racista, homossexual e ambientalista.
Last Updated: 3:18PM BST 08 Oct 2008
10. (UEL 2009) É correto afirmar que o conteúdo do texto
The sixties sex symbol said that Republican John veicula:
McCain’s running mate was “disconcertingly stupid” and a) Uma opinião de oposição à candidata republicana à vice-
that she hoped she would lose the November 4 presidential presidência dos Estados Unidos.
elections. b) Uma análise dos prós e contras da escolha de Sarah Palin
Referring to Mrs Palin’s now famous self-portrait as como companheira de chapa de John McCain.
a “pitbull with lipstick”, Mrs Bardot – who runs an animal
HELP VESTIBULARES 69
TEXT AND COMPREHENSION 3
c) Trechos conflituosos do debate entre Brigitte Bardot e a
candidata à vice-presidência dos EUA, Sarah Palin.
d) Insinuações sobre um caso amoroso entre Sarah Palin e seu
companheiro de chapa, John McCain.
e) Propostas de governo elaboradas por Sarah Palin para
fortalecer os movimentos ambientalistas.
11. E
10. A
9. B
8. E
7. C
6. D
5. A
4. C
3. E
2. B
1. E
Gabarito:
70 HELP VESTIBULARES
HISTÓRIA GERAL
Introdução ao estudo da História
Conceitos de História e periodização
Mesopotâmia 1
Mesopotâmia 2
Egito 1
Egito 2
Hebreus
Fenícios
Persas
Grécia 1
Grécia 2
Grécia 3
Grécia 4
Roma 1
Roma 2
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA HISTÓRIA
I. Introdução ao Estudo de História Por volta de 40.000 a. C., os homens começaram a se-
pultar os mortos nas cavernas ou em suas proximidades. Ali-
1. Surgimento: Com o surgimento da escrita, começaram a mentos e armas eram enterrados com os corpos, denotando
ser registrados fatos, acontecimentos, costumes, que envol- algum tipo de crença ligada ao sobrenatural. Foi o período da
viam a humanidade, o homem em si e sua relação com outros última glaciação e surgiu o homem de Cro-Magnon (subes-
homens e com a natureza. pécie do Homo sapiens) dividiu-se em várias culturas locais,
distribuídas pela Espanha, sul da França e Europa Centro-
2. Definição: A História é uma Ciência Social que estuda, a -Oriental. Devido à glaciação era mais difícil a obtenção de
partir desses registros, as mudanças e as transformações ocor- pedras, assim, os instrumentos passaram por transformações
ridas ao longo do tempo. e passaram a ser confeccionados com ossos e marfim; o arco e
a flecha surgiram nesse período, bem como arpões e agulhas.
3. Importância: O estudo sistemático da História possibilita Houve o início da produção artística, com a pintura
uma análise profunda das estruturas econômicas, sociais, po- de animais e cenas de caça nas paredes das grutas. Essa arte
líticas, religiosas, ideológicas e jurídicas de determinada so- rupestre (isto é, pintada ou gravada na rocha), além de sua
ciedade em dada época. Com o acúmulo de conhecimento, concepção realista, possuía uma função mágica porque, ao
o homem pôde compreender melhor o processo de transfor- executá-la, o homem acreditava estar garantindo caça abun-
mação da natureza bem como perceber as mudanças substan- dante para seu grupo. Começaram a ser esculpidas estatuetas
ciais no modo de vida da humanidade. O contato com civi- femininas em marfim, com alguns centímetros de altura, que
lizações e grupos sociais, que viveram em espaços e tempos os especialistas hoje chamam de Vênus e que certamente se
diferentes do nosso, nos auxilia no sentido de apreendermos vinculava à ideia de fertilidade.
que as formas de produzir a sobrevivência variam na História.
2. Neolítico: ou Idade da Pedra Polida (10.000 a 5000 a. C.):
II. Pré-História
HELP VESTIBULARES 73
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA HISTÓRIA
Em alguns pontos da Europa, o início do Neolítico
foi marcado pela construção de monumentos megalíticos, isto
é, formados por enormes blocos de pedra. Sua função tinha
uma conotação mística, combinada talvez com um caráter
funerário, pois a arte e a magia continuavam interligadas.
74 HELP VESTIBULARES
CONCEITOS DE HISTÓRIA E PERIODIZAÇÃO
I. Conceitos de História e Periodização b) Grécia Antiga, das origens ao período arcaico;
c) Roma Antiga e o Império Romano, até a sua queda, em
1. Períodos da História: 476.
5. Idade Contemporânea:
2. Idade Antiga:
HELP VESTIBULARES 75
MESOPOTÂMIA 1
I. Mesopotâmia 1 Foi no Oriente Médio que tiveram início as civiliza-
ções. Tempos depois foram se desenvolvendo no Oriente ou-
Idade Antiga - período que se estendeu desde a in- tras civilizações que, sem contar com o poder fertilizante dos
venção da escrita (4000 a.C. a 3500 a.C.) até à queda do grandes rios, ganharam características diversas. As pastoris,
Império Romano do Ocidente (476 d.C.) e início da Idade como a dos hebreus, ou as mercantis, como a dos fenícios.
Média (séc. V). Cada um desses povos teve, além de uma rica história inter-
Civilizações Antigas, que conheciam a escrita, coe- na, longas e muitas vezes conflituosas relações com os demais.
xistiam com outras civilizações, escrevendo sobre elas (Pro-
to-História). Estavam estreitamente ligadas ao Oriente, onde 1. Mesopotâmia: o berço da civilização
floresceram as primeiras civilizações, sobretudo na chamada
“Zona do Crescente Fértil”, que atraiu, pelas possibilidades
agrícolas, os primeiros habitantes do Egito, Palestina, Meso- - Localização: entre os rios Tigre e Eufrates. Suméria ao
potâmia, Pérsia (Irã) e Fenícia (atual Líbano). sul, Babilônia ao centro e Assíria ao norte.
- Política: Teocracia. Fases – Cidades-Estados (Ur, Uruk,
Lagash, Nínive)
- Impérios:
Sumério-Acadiano
1º Babilônico
Assírio
2º Babilônico
- Sociedade: Estamental – posição determinada pelo
nascimento, com raríssima mobilidade social.
- Economia: Agropastoril; destaque para a produção de
cerâmica
- Religião: Politeísta; Animista; Antropomórfica. Não
acreditavam na vida após a morte.
- Cultura: Arquitetura e engenharia desenvolvidas,
como, por exemplo, na construção de Zigurates (pirâ-
mides em degraus) e os Jardins Suspensos da Babilônia.
Escrita cuneiforme (em forma de cunha). Código de
Hamurábi: primeiro conjunto de leis escritas que ti-
As grandes civilizações que surgiram no período co- nham por base os princípios de justiça e equidade, resu-
nhecido como Antiguidade foram as grandes precursoras de mida na lei de Talião (olho por olho, dente por dente).
culturas e patrimônio que hoje conhecemos. Estas grandes Os assírios eram conhecidos por sua belicosidade (pri-
civilizações surgiram, de um modo geral, por causa das tri- meiro exército profissional)
bos nômades que se estabeleceram em um determinado local
onde teriam condições de desenvolver a agricultura. Assim,
surgiram as primeiras aldeias organizadas e as primeiras cida- A estreita faixa de terra localiza-se entre os rios Tigre
des, dando início às grandes civilizações. e Eufrates, no Oriente Médio, onde atualmente é o Iraque,
Estas grandes civilizações surgiram por volta do quarto foi chamada na Antiguidade, de Mesopotâmia, que significa
milênio a.C. com a característica principal de terem se desen- “entre rios” (do grego, meso = no meio; potamos = rio). Essa
volvido às margens de rios importantes, como o rio Tigre, o região foi ocupada, entre 4.000 a.C. e 539 a.C, por uma série
Eufrates, o Nilo, o Indo e do Huang He ou rio Amarelo. de povos, que se encontraram e se misturaram, empreende-
A Mesopotâmia é considerada o berço da civilização. ram guerras e dominaram uns aos outros, formando o que
Esta região foi habitada por povos como os Acádios, Babi- denominamos povos mesopotâmicos. Sumérios, babilônios, hi-
lônios, Assírios e Caldeus. Entre as grandes civilizações da titas, assírios e caldeus são alguns desses povos. Esta civilização
Antiguidade, podemos citar ainda os fenícios, sumérios, os é considerada uma das mais antigas da história.
chineses, os gregos, os romanos, os egípcios, entre outros.
As primeiras civilizações se formaram a partir de quan-
do o homem descobriu a agricultura e passou a ter uma vida
mais sedentária, por volta de 4.000 a.C. Essas primeiras ci-
vilizações se formaram em torno ou em função de grandes
rios: A Mesopotâmia estava ligada aos Rios Tigre e Eufrates,
o Egito ao Nilo, a Índia ao Indo, a China ao Amarelo.
76 HELP VESTIBULARES
MESOPOTÂMIA 1
HELP VESTIBULARES 77
MESOPOTÂMIA 1
hebreu e a cidade de Jerusalém. nio. Seu mais importante soberano foi Nabucodonosor.
Após a morte de Hamurabi, o império Babilônico foi Em 587 a.C., Nabucodonosor conquistou Jerusalém.
invadido e ocupado por povos vindos do Norte e do Leste. Além de estender seus domínios, foram feitos muitos escra-
vos entre os habitantes de Jerusalém. Seguiu-se então um pe-
c) Os assírios (1200 a. C – 612 a.C.): ríodo de prosperidade material, quando foram construídos
grandes edifícios com tijolos coloridos.
Os assírios habitavam a região ao norte da babilônia Em 539 a.C., Ciro, rei dos persas, apoderou-se de
e por volta de 729 a.C. já haviam conquistado toda a Me- Babilônia e transformou-a em mais uma província de seu gi-
sopotâmia. Sua capital, nos anos mais prósperos, foi Nínive, gantesco império.
numa região que hoje pertence ao Iraque.
Este povo destacou-se pela organização e desenvol-
vimento de uma cultura militar. Encaravam a guerra como
uma das principais formas de conquistar poder e desenvolver
a sociedade. Eram extremamente cruéis com os povos inimi-
gos que conquistavam, impunham aos vencidos, castigos e
crueldades como uma forma de manter respeito e espalhar
o medo entre os outros povos. Com estas atitudes, tiveram
que enfrentar uma série de revoltas populares nas regiões que
conquistavam.
Empreenderam a conquista da Babilônia, e a partir daí
começaram a alargar as fronteiras do seu Império até atingi-
rem o Egito, no norte da África. O Império Assírio conheceu
seu período de maior glória e prosperidade durante o reinado
de Assurbanipal.
Assurbanipal foi o último grande rei dos assírios. Du-
rante o seu reinado (668 - 627 a.C.), a Assíria se tornou a
primeira potência mundial. Seu império incluía a Babilônia,
a Pérsia, a Síria e o Egito.
Ainda no reinado de Assurbanipal, os babilônios se li-
bertaram (em 626 a.C.) e capturaram Nínive. Com a morte
de Assurbanipal, a decadência do Império Assírio se acen-
tuou, e o poderio da Assíria desmoronou. Uma década mais
tarde o império caía em mãos de babilônios e persas.
O estranho paradoxo da cultura assíria foi o cresci-
mento da ciência e da matemática. Este fato pode em parte
explicado pela obsessão assíria com a guerra e invasões. Entre
as grandes invenções matemáticas dos assírios está a divisão
do círculo em 360 graus, tendo sido eles dentre os primei-
ros a inventar latitude e longitude para navegação geográfica.
Eles também desenvolveram uma sofisticada ciência médica,
que muito influenciou outras regiões, tão distantes como a
Grécia.
78 HELP VESTIBULARES
MESOPOTÂMIA 2
I. Mesopotâmia 2
2. A sociedade mesopotâmica:
3. A religião na Mesopotâmia:
HELP VESTIBULARES 79
EGITO 1
I. Egito 1
80 HELP VESTIBULARES
EGITO 1
2. Médio Império (2100 a.C. – 1580 a.C.): Como podemos perceber, a sociedade egípcia era or-
ganizada em torno do faraó, senhor de todas as terras e de to-
Durante o Médio Império, os faraós reconquistaram o das as pessoas. Ele era responsável pela justiça, pelas funções
poder político no Egito. A capital passou a ser Tebas. Nesse religiosas, pela fiscalização das obras públicas e pelo comando
período, conquistas territoriais trouxeram prosperidade eco- do exército. O faraó era considerado um deus vivo, filho de
nômica. Mas algumas agitações internas voltariam a enfra- deuses e intermediário entre eles e a população. Em sua hon-
quecer o império, o que possibilitou, por volta de 1750 a.C., ra, realizavam-se inúmeros cultos.
a invasão dos hicsos, povo nômade de origem asiática. Os Abaixo do faraó, e em ordem de importância, estavam
hicsos permaneceram no Egito cerca de 170 anos. o Vizir do Alto Egito, o do Baixo Egito e o Sumo-Sacerdote
de Amon-Rá, um dos principais deuses do Egito Antigo. Os
3. Novo Império (1580 a.C. – 715 a.C.): vizires contavam com a ajuda dos supervisores e dos nomar-
cas, isto é, os governadores dos nomos, os distritos do Egito.
O período iniciou-se com a expulsão dos hicsos e foi Os nomarcas por sua vez, eram auxiliados pelos funcionários
marcado por numerosas conquistas territoriais. Em seu final do governo, os escribas, que sabiam ler e escrever.
ocorreram agitações internas e outra onda de invasões. De- A centralização política do Egito não foi de fato uma
vido ao enfraquecimento do Estado, o Egito foi conquistado constante em sua história. Vários episódios de dissolução do
sucessivamente pelos assírios (670 a.C.), persas (525 a.C.), Estado podem ser observados durante sua trajetória. Por volta
gregos (332 a.C.) e romanos (30 a.C.) de 2.300 a.C., uma série de contendas internas e invasões de-
ram fim à supremacia do faraó. Nos três séculos subsequentes
4. Política e sociedade do Egito antigo: os nomos voltaram a ser a principal unidade de organização
sócio-política. Esse primeiro período que vai da unificação ao
Inicialmente, os egípcios se organizaram por meio de restabelecimento dos nomos corresponde ao Antigo Império.
um conjunto de comunidades patriarcais chamadas de no- Ao fim do século XXI a.C., o Estado centralizado foi
mos. Os nomos eram controlados por um chefe chamado no- restabelecido graças aos esforços do faraó Mentuhotep II. A
marca. Os nomos se agrupavam em duas regiões distintas, servidão coletiva foi mais uma vez adotada, permitindo a
que formavam dois reinos rivais: o reino do Alto Egito e o construção de vários canais de irrigação e a transferência da
reino do Baixo Egito. capital para a cidade de Tebas. Mesmo sendo um período de
Por volta de 3.200 a.C. o reino do Norte dominou o diversas conquistas e desenvolvimento da cultura egípcia, o
reino do Sul, unificando assim, o Egito. O responsável por Médio Império chegou ao seu fim em 1580, com a domina-
essa união foi Menés, que passou, então, a ser chamado de ção exercida pelos hicsos.
faraó, cujo significado é “casa grande”, “rei das duas terras”. A presença estrangeira serviu para que os egípcios se
O poder dos reis passava de pai para filho, isto é, era hereditá- unissem contra a presença dos hicsos. Com a expulsão defini-
rio. Como os egípcios acreditavam que os faraós eram deuses tiva dos invasores, temos o início do Novo Império.
ou, pelo menos, representantes diretos dos deuses na Terra, a Nessa época, presenciamos a dominação egípcia sob
forma de governo que se instalou foi chamada de monarquia outros povos. Entre as civilizações dominadas pelos egípcios,
teocrática. A ilustração abaixo representa como era dividida a destacamos os hebreus, fenícios e assírios. Tal expansão das
sociedade no Antigo Egito: fronteiras possibilitou a ampliação das atividades comercias
durante o Novo Império.
O Novo Império, considerado o mais estável período
da civilização egípcia, teve seu fim com a deflagração de uma
série de invasões. Os assírios, persas, macedônios e romanos
invadiram e controlaram o Egito ao longo da Antiguidade.
Ao longo de mais de 2500 anos, os egípcios ainda foram alvo
do controle árabe, turco e britânico.
HELP VESTIBULARES 81
EGITO 2
I. Egito 2
1. Economia:
84 HELP VESTIBULARES
HEBREUS
I. Hebreus Praticam a agricultura, o pastoreio, o artesanato e o
comércio. Têm por base social o trabalho de escravos e ser-
vos. As tribos são dirigidas de forma absoluta pelos chefes de
- Localização – Margens do rio Jordão família (patriarcas), que acumulam as funções de sacerdote,
- Política – Evolução - Patriarcas juiz e chefe militar. Com a unificação destas, a partir de 1010
- Êxodo – saída do Egito para a Terra Prometida a.C., elegem juízes para vigiar o cumprimento do culto e da
- Juízes – Monarquia Una (Saul, Davi e Salomão) lei. Depois se unem em torno do rei. Produzem uma litera-
- Cisma – Divisão em dois reinos: tura dispersa, mas importante, contida em parte na Bíblia e
*Israel ao norte – 10 tribos com capital em Samária no Talmude.
*Judá ao sul – 2 tribos com capital em Jerusalém
- Cativeiros – Israel na Assíria ; Judá no 2º Império 1. Localização:
Babilônica
- Restauração A Palestina localizava-se em uma estreita faixa a su-
- Diáspora – dispersão dos hebreus pelo mundo a partir doeste do atual Líbano. O rio Jordão divide a região em duas
de 73 d. C. partes: a leste a Transjordânia; e a oeste, a Cisjordânia. Essa
- Sociedade – Patriarcal; Poligâmica. região é atualmente ocupada pelo estado de Israel.
- Economia – Agropastoril Até hoje a região é bastaste árida. O principal rio é o
- Religião – Monoteísta Jordão, e assim mesmo não era suficiente para grandes obras
- Festas – Páscoa, Tabernáculos, Pentecoste de irrigação. Um solo pouco fértil e um clima bastante seco
- Livro Sagrado – Antigo Testamento (Pentateuco, His- impediam que a região fosse rica. No entanto, tinha bastante
tóricos, Poéticos e Proféticos). importância, pois era passagem e ligação entre a Mesopotâ-
- Cultura – O Antigo Testamento é a fonte de informa- mia e a Ásia Menor. E foi nessa região que assentou o povo
ção da história dos hebreus. hebreu, um entre os muitos que vagaram e se estabeleceram
na Palestina.
HELP VESTIBULARES 85
HEBREUS
3. Os reis hebreus: 6. A religião:
O primeiro rei hebreu foi Saul (1010 a.C.) que liderou Os hebreus foram um dos primeiros povos a cultuar
guerras contra os filisteus, porém morreu sem conseguir ven- um único deus, isto é, eram monoteístas. No judaísmo, reli-
cê-los. Foi sucedido por Davi (1006 a 966 a.C.), que conse- gião professada pelos hebreus, o único deus é Javé, cuja ima-
guiu derrotar os filisteus e estabeleceu domínio sobre a Pales- gem não pode ser representada em pinturas ou estátuas.
tina, fundando o Estado Hebreu, cuja a capital passou a ser O judaísmo é baseado nos Dez Mandamen-
Jerusalém. E iniciou uma fase marcada pelo expansionismo tos supostamente revelados a Moisés no monte Sinai.
militar e pela prosperidade. Os dois traços característicos da religião dos hebreus são o
Em seguida, Salomão (966 a 926 a.C.); sábio e pacífi- monoteísmo e o salvacionismo isto é a crença na vinda de um
co famoso pelo poder e riqueza. Filho de Davi desenvolveu o Messias ou Salvador para libertar o povo hebreu. O Judaísmo
comércio, aumentando a influência do reinado sem recorrer constitui uma das bases do cristianismo, com o qual o Isla-
a guerra. No entanto a fartura e a riqueza que marcaram o mismo formou tríade das religiões universais.
seu reinado exigiam o constante aumento de impostos, que
empobreciam mais e mais o trabalhador, criando um clima 7. Aspectos Culturais:
de insatisfação no povo hebreu.
Da cultura criada pelos hebreus, a religião, é sem dú-
4. O cisma político e religioso: os reinos de Israel e Judá: vida o legado mais importante. A escrita e literatura, entre os
hebreus, povo de língua semita, surgiu muito cedo através de
Após a morte de Salomão, houve a divisão política e re- uma escrita própria. A arqueologia revelou a existência da es-
ligiosa das tribos e o fim da monarquia unificada. Os hebreus crita a partir de meados do segundo milênios a. C., (época do
dividiram-se em Dez tribos do Norte e formaram o Reino de Êxodo). Aos poucos, porém eles foram substituindo, em sua
Israel, liderados por Jerobaão. Após disputas internas, chega- escrita a sua língua original pelo aramaico, que era a língua
ram a um acordo em 878 a.C., com a escolha de Omri para comercial e diplomática do Oriente, próximo na antiguida-
rei. Apesar de a veneração a Iavé persistir, foi introduzido o de. O alfabeto hebraico atual é uma variedade do aramaico,
culto a vários deuses. Duas tribos do Sul formaram o Reino que juntamente com a língua aramaica tornou-se muito di-
Judá, liderados por Reoboão, filho de Salomão (924 a.C.). fundido, suplantando os outros alfabetos e línguas semitas.
Nas artes o monoteísmo hebraico influenciou todas
5. A dominação estrangeira: as realizações culturais dos hebreus. Deve-se destacar a arqui-
tetura, especialmente a construção de Templos, muralhas e
O Reino de Israel, desde o início viveu na idolatria; fortificações. A maior realização arquitetônica foi o Templo
isto fez com que a ira de Deus se manifestasse sobre ele per- de Jerusalém.
mitindo que no ano 722 a.C., fosse conquistado por Sargão
II, da Assíria, e seu povo fosse levado para o cativeiro, sendo
seu território habitado por outros povos, ali colocados por
ordem do rei da Assíria. O castigo de Deus veio sobre ela
através do rei Nabucodonosor, da Babilônia, no ano 586 a.C.
A cidade santa, Jerusalém, foi destruída e o Templo queima-
do e os nobres eram amarrados e levados para o cativeiro.
O cativeiro durou até os dias de Ciro, rei da Pérsia
que permitiu que o povo que estava escravizado na Caldéia,
regressar a Palestina e reerguer o Templo de Jerusalém (536
a.C.). A seguir a Palestina foi invadida por Alexandre da Ma-
cedônia (322 a.C.). Depois passou a seu protetorado egípcio
(301 a.C.), Colônia Síria (198 a.C.), e província romana (63
a.C.). Templo de Jerusalém
No ano 70 da era cristã, após uma fracassada revolta
contra a dominação romana, Jerusalém foi conquistada por Nas ciências, não apresentaram progresso notável. A
Tito e seus exércitos, ocorrendo uma segunda destruição do importância cultural da sociedade hebraica residiu principal-
Templo. Atualmente do templo de Jerusalém resta apenas mente na esfera religiosa e moral (na lei Mosaica), sua área
um muro, conhecido como o Muro das Lamentações. de influência atingiu o Ocidente e grande parte do Oriente.
86 HELP VESTIBULARES
FENÍCIOS
I. Fenícios direção ao Mediterrâneo;
- Era rica em cedros, que forneciam a valiosa madeira para a
construção de navios;
- Localização – Faixa litorânea entre o Mediterrâneo e - Possuía bons portos naturais em suas principais cidades
as montanhas do Líbano. (Ugarit, Biblos, Sidon e Tiro);
- Política – Teocracia; Cidades-Estados (Tiro, Sídon e - Tinha praias repletas de um molusco (múrice), do qual se
Biblos) extraía a púrpura, corante de cor vermelha utilizado para o
- Sociedade – Classista. tingimento de tecidos, muito procurados entre as elites de
- Economia – Mercantil (comércio marítimo). diversas regiões da Antiguidade.
- Produtos – púrpura, joias e escravos.
- Religião – Politeísta, Animista, sacrifícios humanos. 2. As cidades:
- Cultura – Dominavam a arte da navegação. Criaram
o alfabeto fonético para facilitar o comércio com outros A Fenícia era, na verdade, um conjunto de Cidades -
povos. Estado, independentes entre si. Algumas adotavam a Monar-
quia Hereditária; outras eram governadas por um Conselho
de Anciãos. As cidades fenícias disputavam entre si e com
A civilização fenícia desenvolveu-se na Fenícia, terri- outros povos, o controle das principais rotas do comércio
tório do atual Líbano. Os fenícios eram povos de origem se- marítimo.
mita. Por volta de 3000 a.C., estabeleceram-se numa estreita
faixa de terra com cerca de 35 km de largura, situada entre as 3. Economia:
montanhas do Líbano e o mar Mediterrâneo. Com 200 km
de extensão, corresponde a maior parte do litoral do atual A principal atividade econômica dos fenícios era o
Líbano e uma pequena parte da Síria. comércio. Em razão dos negócios comerciais, os fenícios de-
Por habitarem uma região montanhosa e com poucas senvolveram técnicas de navegação marítima, tornando-se os
terras férteis, os fenícios dedicaram-se à pesca e ao comércio maiores navegadores de Antiguidade. Desse modo, comer-
marítimo. ciavam com grande número de povos e em vários lugares do
As cidades fenícias que mais de desenvolveram na an- Mediterrâneo, guardando em segredo as rotas marítimas que
tiguidade foram Biblos, Tiro e Sidon. descobriam. Considerável parte dos produtos comercializa-
dos pelos fenícios provinha de suas oficinas artesanais, que
dedicavam à metalurgia (armas de bronze e de ferro, joias de
ouro e de prata, estátuas religiosas), à fabricação de vidros
coloridos e à produção de tintura de tecidos (merecem desta-
que os tecidos de púrpura). Por sua vez, importavam de várias
regiões produtos como metais, essências aromáticas, pedras
preciosas, cavalos e cereais. Tiro era a principal cidade que
se dedicava ao comércio de escravos, adquirindo prisioneiros
de guerra e vendendo-os aos soberanos do Oriente próximo.
Expandindo suas atividades comerciais, os fenícios fundaram
diversas colônias que, a princípio, serviam de bases mercan-
tis. Encontramos colônias fenícias em lugares como Chipre,
Sicília, Sardenha e sul da Espanha. No norte da África, os
1. Características: fenícios fundaram a importante colônia de Cartago.
A Fenícia, terra de marinheiros e comerciantes, ocu- 4. O alfabeto:
pava uma estreita área, com aproximadamente 40 km de lar-
gura, entre o mar Mediterrâneo e as montanhas do Líbano. O que levou os fenícios a criarem o alfabeto foi jus-
Atualmente essa região corresponde ao Líbano e a parte da tamente a necessidade de controlar e facilitar o comércio. O
Síria. O solo montanhoso da Fenícia não era favorável ao alfabeto fenício possuía 22 letras, apenas consoantes, e era,
desenvolvimento agrícola e pastoril. Vivendo como que es- portanto, muito mais simples do que a escrita cuneiforme e a
premido em seu território. O povo fenício percebeu a ne- hieroglífica. O alfabeto fenício serviu de base para o alfabeto
cessidade de se lançar ao mar e desenvolver o comércio pelas grego. Este deu origem ao alfabeto latino, que, por sua vez,
cidades do Mediterrâneo. Entre os fatores que favoreceram o gerou o alfabeto atualmente utilizado no Brasil.
sucesso comercial e marítimo da Fenícia, podemos destacar
que a região:
- Era muito encruzilhada de rotas comerciais, o escoadouro
natural das caravanas de comércio que vinham da Ásia em
HELP VESTIBULARES 87
FENÍCIOS
5. Religião:
88 HELP VESTIBULARES
PERSAS
I. Persas Dario e depois seu sucessor, Xerxes, tentaram conquis-
tar ainda a região da atual Grécia, mas fracassaram. Em 330
a.C., o Império Persa foi conquistado por Alexandre Magno,
- Localização – Planalto Iraniano, às margens do rio da Macedônia.
Indo; Média ao Norte e Pérsia ao sul.
- Política – Teocracia 1. A formação do Império Persa:
Ciro – unificou as tribos
Cambises – início da expansão Ciro inaugurou o chamado império persa. Com o au-
Dario - apogeu e divisão em satrápias mento da população, houve a necessidade da expansão geo-
Xerxes – início da decadência gráfica.
- Sociedade – Estamental Ciro, o Grande (560-530 a.C.), tornou-se rei dos me-
- Economia – Agropastoril; destaque para o comércio. dos e persas, após haver conquistado Ecbátana e destronado
- Religião – Dualista – crença em duas forças (Bem=Or- Astíages (555 a.C.). Conquistou também a Babilônia (539
muz e o Mal=Arimã) a.C.). O império ia desde o Helesponto até as fronteiras da
Profeta: Zoroastro ou Zaratustra Índia. Ciro não proibia as crenças nativas dos povos conquis-
- Cultura – Moeda: dárico; Estradas: para facili- tados. Concedia alguma autonomia para as classes altas, que
tar o comércio, o correio e a repressão às províncias) governavam as regiões dominadas pelos persas, mas exigia,
em troca, homens para seu exército, alimentos e metais pre-
ciosos. Ciro morreu em 529 a.C.
A civilização persa foi uma das mais expressivas civili- Cambises, filho e sucessor de Ciro, iniciou uma difícil
zações da Antiguidade. A Pérsia situava-se a leste da Mesopo- campanha militar contra o Egito, em 525 a.C., finalmente
tâmia, num extenso planalto onde hoje corresponde ao Irã, vencida pelos persas na batalha de Pelusa. Nessa época o im-
localizado entre o golfo Pérsico e o mar Cáspio. Ao contrário pério persa abrangia o mar Cáspio, o mar Negro, o Cáucaso,
das regiões vizinhas, possuía poucas áreas férteis. Esta civiliza- grande parte do Mediterrâneo oriental, os desertos da África
ção estabeleceu-se no território por volta de 550 a.C. Através e da Arábia, o golfo Pérsico e a Índia. Cambise pretendia
de Ciro, que era um príncipe persa, realizou a dominação estender seus domínios até Cartago, mas não conseguiu levar
do Reino da Média e, assim, deu início à formação de um esse plano adiante por causa de violenta luta interna pelo po-
bem-sucedido reinado que durou cerca de vinte e cinco anos. der. A luta pelo poder prosseguiu após a morte de Cambises.
Nesse período, este talentoso imperador também conquistou Dario, parente distante de Cambises, aliou-se a fortes setores
o reino da Lídia, a Fenícia, a Síria, a Palestina, as regiões gre- da nobreza, tomou o trono e iniciou uma nova era na história
gas da Ásia Menor e a Babilônia. O processo de expansão ini- da Pérsia.
ciado por Ciro foi continuado pela ação do imperador Dario,
que dominou as planícies do rio Indo e a Trácia. Nesse mo-
mento, dada as grandes proporções assumidas pelo território
persa, Dario viabilizou a ordenação de uma geniosa reforma
administrativa. Pelas mãos de Dario, os domínios persas fo-
ram divididos em satrápias, subdivisões do território a serem
administrados por um sátrapa.
O planalto do Irã, região montanhosa e desértica, si-
tuada a leste do Crescente Fértil, entre a Mesopotâmia e a
Índia, foi povoado pelos medos e pelos persas. A princípio,
Ciro, o grande (imperador persa)
os persas eram dominados pelos medos. Essa situação se in-
verteria por volta de 550 a.C. Nessa época, sob o comando de
2. A organização do Império:
Ciro, os persas dominaram os medos e passaram a controlar
a região.
Os povos dominados pelos persas podiam conservar
Os persas conquistaram ainda outros povos que vi-
seus costumes, suas leis, sua religião e sua língua. Eram obri-
viam nas proximidades do planalto do Irã, impondo a todos a
gados, porém, a pagar tributos e a servir o exército persa.
mesma administração. Eles acabaram por construir um vasto
Dario procurou organizar o império dividindo-o em
império. Seu território compreendia a Ásia Menor, a Meso-
províncias e nomeando pessoas de sua confiança para gover-
potâmia e uma parte da Ásia Central.
ná-las. Para facilitar a comunicação entre as províncias, foram
Esses domínios seriam ainda ampliados nos governos
construídas diversas estradas, entre elas a Estrada Real. Com
posteriores a Ciro: Cambises conquistou o Egito em 525
mais de 2 mil quilômetros de extensão, essa estrada ligava as
a.C.; Dario I dominou a Ásia até o vale do rio Indo e também
cidades de Susa e Sardes. Por ela passavam os correios reais, o
uma pequena parte da Europa, onde se localizavam algumas
exército e as caravanas de mercados.
colônias gregas.
HELP VESTIBULARES 89
PERSAS
A riqueza para sustentar esse enorme império era for-
necida por camponeses livres, que viviam em comunidades e
pagavam impostos ao imperador. Havia também o trabalho
escravo, mas a maioria dos trabalhadores não pertencia a essa
categoria.
3. Cultura e religião:
4. A decadência do Império:
90 HELP VESTIBULARES
GRÉCIA 1
I. Grécia 1 Ásia Menor e ilhas do mar Egeu. As ações bélicas deste povo
significaram também a crise da civilização creto-micênica.
Não existe uma data fixa ou sequer acordo quanto ao
período em que se iniciou e terminou a Grécia Antiga. His- 2. Homérico (1100-700 a. C.):
toriadores costumam situar a Grécia Antiga como anterior ao
império romano. Tradicionalmente, a Grécia Antiga abrange O período mais antigo da História grega recebe esse
desde os primeiros Jogos Olímpicos em 776 a.C. até à morte nome porque os poucos conhecimentos que temos sobre ele
de Alexandre em 323 a.C. A Grécia Antiga nunca foi um foram transmitidos por dois poemas, a Ilíada e a Odisseia,
estado unificado com governo único. Era um conjunto de atribuídos ao poeta grego Homero.
cidades-estados independentes entre si, com características A Ilíada narra a guerra realizada pelos gregos contra
próprias embora a maioria das cidades-estados tivessem seus Tróia (Ílion), na Ásia Menor, e a Odisseia descreve as aventu-
sistemas econômicos parecidos, excluindo-se Esparta. ras de Ulisses (Odysseus) ao tentar regressar, depois da Guer-
É importante lembrar que em 336 a.C., Alexandre, o ra de Tróia, à sua ilha natal de Ítaca, para se reunir à mulher
Grande, filho de Filipe II tornou-se rei da Macedônia e dois e ao filho.
anos depois senhor de toda a Grécia. Durante o seu curto A sociedade nos tempos homéricos estava organizada
reinado de treze anos (entre 336 e 323 a.C.), Alexandre rea- em genos. Os genos eram comunidades formadas por uma
lizou a conquista de territórios mais rápida e espetacular da numerosa família cujos membros eram descendentes de um
Antiguidade. mesmo ancestral. Todos os indivíduos da família gentílica vi-
Os antigos gregos autodenominavam-se helenos, e a viam no mesmo lar, cultuavam o mesmo antepassado e eram
seu país chamavam Hélade. Nunca chamaram a si mesmos liderados por um patriarca (pater família), que exercia o po-
de gregos nem à sua civilização de Grécia, pois ambas pa- der religioso, a chefia militar em época de guerra e era o res-
lavras são latinas, tendo-lhes sido atribuídas pelos romanos. ponsável pela organização das atividades econômicas.
A economia baseava-se na propriedade comunitária
II. Períodos da história grega da terra. Os gregos cultivavam cereais, uvas e oliveiras. Além
disso, criavam cabras, ovelhas, cavalos e vacas. Produziam
1. Pré-Homérico (+/-1900-1100 a. C): também excelente cerâmica, tecidos rústicos, armas e embar-
cações. O comércio limitava-se à simples troca de mercado-
a) Início do povoamento da Grécia: rias.
No final do Período Homérico, o crescimento de-
O povoamento da Grécia teve início por volta de mográfico e a falta de terras férteis provocavam uma cri-
2.000 a.C. Os pelágios/pelasgos foram os primeiros povos se cuja consequência foi a desagregação das comunida-
que colonizaram o território grego. A região litorânea e algu- des baseadas no parentesco. As terras coletivas foram
mas planícies continentais foram as primeiras regiões ocupa- desigualmente divididas, dando origem à propriedade pri-
das por este povo. vada e a uma maior diferenciação entre as classes sociais.
A sociedade passou a ser constituída por uma poderosa
b) A chegada dos indo-europeus: aristocracia rural, por um contingente de pequenos agri-
cultores e por uma maioria de pessoas que nada possuíam.
Entre os anos 2.000 a.C. e 1.200 a.C. vários povos A desagregação do sistema gentílico restabeleceu a escravi-
indo-europeus chegaram à Península Balcânica. Estes povos dão deu origem às Cidades-Estados gregas, como Corinto,
vinham das planícies indo-europeias e, aos poucos, foram do- Tebas, Mileto e, às principais, Atenas e Esparta. Portanto, as
minando os pelágios/pelasgos. mais importantes consequências da desintegração do sistema
Os aqueus foram os primeiros povos indo-europeus gentílico foram:
a entrarem na Grécia. A estabelecimento deste povo ocorreu
entre 2.000 a.C. e 1.700 a.C. Os aqueus se estabeleceram, • a origem da propriedade privada da terra;
principalmente, na ilha de Creta. • a origem de uma sociedade dividida em classes sociais,
Entre 1.700 a.C. e 1.400 a.C. foi a vez dos eólios caracterizada por profundas diferenças entre a aristocracia,
ocuparem a região da Tessália (nordeste da Península dona das melhores terras, os pequenos proprietários e os sem-
Balcânica). Neste período os jônios também se fixaram no -terra, causando a segunda diáspora grega dirigida para o
território grego, ocupando a região da Ática. sul da Península Itálica (Magna Grécia);
• o restabelecimento da escravidão;
c) Os dórios e a primeira diáspora grega: • a origem das Cidades-Estados gregas;
92 HELP VESTIBULARES
GRÉCIA 2
I. Grécia 2 do Direito, por ser o primeiro código de leis escrito.
HELP VESTIBULARES 93
GRÉCIA 3
I. Grécia 3 3. O regime de educação espartana:
1. Esparta:
94 HELP VESTIBULARES
GRÉCIA 4
I. Grécia 4 Consequências: Esparta derrotou Atenas e passou
virtualmente a governar toda a Grécia, mas em 371 a.C. os
1. Período Clássico: outros estados revoltaram-se e Esparta foi derrubada, apesar
de manter-se poderosa ainda durante mais duzentos anos.
O Período Clássico se inicia com a disputa territorial, Enquanto Atenas era a capital política, Esparta era a capital
nas chamadas Guerras Médicas, entre gregos e persas. As militar.
Guerras Médicas ocorreram entre os povos gregos (aqueus,
jônios, dórios e eólios) e os medo-persas, pela disputa sobre 3. Cultura:
a Jônia na Ásia Menor, quando as colônias gregas da região,
principalmente Mileto, tentaram livrar-se do domínio persa. Os gregos tinham conflitos e diferenças entre si, mas
As colônias lideradas por Mileto e contando com a ajuda de muitos elementos culturais em comum. Falavam a mesma
Atenas, tentaram sem sucesso libertar-se do domínio persa, língua (apesar dos diferentes dialetos e sotaques) e tinham
promovendo uma revolta. Estas revoltas provocaram Dario, religião comum, que se manifestava na crença nos mesmos
rei da Pérsia, a lançar seu poderoso exército sobre a Grécia deuses. Em função disso, reconheciam-se como helenos (gre-
Continental, dando início às Guerras Médicas. O que estava gos) e chamavam de bárbaros os estrangeiros que não falavam
em jogo era o controle marítimo-comercial no Mundo An- sua língua e não tinham seus costumes, ou seja, os povos que
tigo. não pertenciam ao mundo grego (Hélade).
Para se defenderem dos persas, algumas cidades-esta- Um exemplo de atividade cultural comum entre os
dos gregas organizaram a Liga de Delos (uma liga marítima gregos foram os Jogos Olímpicos. A partir de 776 a.C., de
organizada por Atenas durante as Guerras Médicas). Esparta quatro em quatro anos, os gregos das mais diversas cidades
e suas aliadas do Peloponeso não entraram na liga. A Liga de reuniam-se em Olímpia para a realização de um festival de
Delos tinha como principal objetivo a defesa das cidades gre- competições. Esse festival ficou conhecido como Jogos Olím-
gas de um ataque persa. Cada cidade contribuía com homens picos. Os jogos olímpicos eram realizados em honra a Zeus
e, principalmente, com dinheiro. (o mais importante deus grego).
Péricles de Atenas usou o dinheiro da liga para em-
belezar a sua cidade (o Partenon foi construído nessa época) 4. Legado da Grécia Antiga:
e transformá-la num grande império marítimo e comercial.
Atenas não deixou que as cidades-estados saíssem da liga, e A cultura da Grécia Antiga é considerada a base da
transformou a contribuição de dinheiro em impostos, pas- cultura da civilização ocidental. A cultura grega exerceu po-
sando a usá-lo em benefício próprio. Com isso, impulsionou derosa influência sobre os romanos, que se encarregaram de
sua indústria, seu comércio e modernizou-se, ingressando repassá-la a diversas partes da Europa. A civilização grega
numa era de grande prosperidade, e impondo sua hegemonia antiga teve influência na linguagem, na política, no sistema
ao mundo grego. educacional, na filosofia, na ciência, na tecnologia, na arte e
Os persas, entretanto, não desistiram. Dez anos depois na arquitetura moderna, particularmente durante a renascen-
voltaram a atacar as cidades gregas (2ª guerra médica). Essas, ça da Europa ocidental (foi um movimento cultural e simul-
por sua vez, esqueceram as disputas internas que existiam en- taneamente um período da história europeia, considerado
tre elas e uniram-se, vencendo os persas na Batalha de Sala- como marcando o final da Idade Média e o início da Idade
mina (480 a.C.) e na de Plateias (479 a.C.) Moderna).
A arte grega, seja arquitetura, pintura, escultura, não
2. Guerra do Peloponeso: acabou em virtude da conquista romana e mesmo com a
transição do período antigo para o medieval, ela se desen-
As relações entre Atenas e Esparta eram tensas, ain- volveu como arte helenística e, depois, como arte bizantina,
da que formalmente amigáveis durante as Guerras Médicas, constituindo a base da arte na Europa ocidental. Sua influên-
agudizando-se gradualmente a partir de 450 a.C., com lu- cia duradoura se deve à racionalidade e ao equilíbrio, à sua
tas frequentes. Atenas, dominando politicamente a Liga de tendência em privilegiar a estética do humano e da beleza.
Delos, controlava o comércio marítimo com a sua poderosa Conceitos como cidadania e democracia são gregos,
frota, desfrutando igualmente de uma boa situação financei- ou pelo menos de pleno desenvolvimento na mão dos gregos.
ra. Esparta, por seu lado, assentava a sua estratégia política Os historiadores e escritores políticos cujos trabalhos sobre-
num exército imbatível e bem treinado, respondendo à Liga viveram ao tempo eram, em sua maioria, atenienses ou pró-
de Delos com uma confederação de cidades, a Liga do Pe- -atenienses.
loponeso, que reunia, além da importante cidade marítima
de Corinto, as cidades do Peloponeso (península no sul da
Grécia) e da Grécia central. O crescente poderio e a riqueza
de Atenas preocupavam Esparta. A guerra era inevitável. Pé-
ricles, acumulou uma notável reserva financeira para suportar
um conflito em larga escala.
HELP VESTIBULARES 95
ROMA 1
I. Roma 1 Com os reis etruscos (os três últimos do quadro), a
lenda parece dar progressivamente lugar à história.
1. Civilização Romana:
- Economia: Agropastoril
A história de Roma Antiga é fascinante em função da
cultura desenvolvida e dos avanços conseguidos por esta civi- - Sociedade: Divisão baseada na posse das terras
lização. De uma pequena cidade, tornou-se um dos maiores
impérios da antiguidade. Dos romanos, herdamos uma série a) Patrícios: grandes proprietários de terra,
de características culturais. O direito romano, até os dias de b) Clientes: homens livres e pobres, viviam sob a proteção
hoje está presente na cultura ocidental, assim como o latim, dos patrícios,
que deu origem a língua portuguesa, francesa, italiana e es- c) Plebeus: estrangeiros, pequenos proprietários, artesãos,
panhola. comerciantes.
3. Monarquia (753 a 509 a. C.): O último rei do período da Monarquia foi Tarquínio,
o Soberbo, rei de origem etrusca, que foi deposto pelos pa-
Situada entre sete colinas, Roma teria tido também trícios, por ter se aproximado da plebe, com a intenção de
sete reis que reinaram 245 anos, isto é, sete vezes sete lus- diminuir a força do Senado. Após sua deposição os patrícios
tros (um lustro é um período de cinco anos). Na realidade, impuseram em Roma a República, essencialmente aristocrá-
esse número é muito provavelmente uma ficção mitológica tica.
e, se alguns desses reis de fato existiram, as vidas que lhes são
atribuídas pelos historiadores antigos têm caráter inequivoca-
mente fantástico. De qualquer modo, a tradição apresenta a
seguinte sequência cronológica:
96 HELP VESTIBULARES
ROMA 2
I. Roma 2 3. Assembleia Centuriata:
a) Senado: principal órgão – patrícios mais ilustres – cargos → Tribunos da plebe – 494 a. C.
vitalícios - conduziam a política externa, administravam as → Leis das 12 tábuas - 450 a. C. - Primeiras Leis escritas.
províncias, cuidavam das práticas religiosas e supervisiona- → Lei Canuleia – 445 a. C. – Casamento entre classes di-
vam o Tesouro público (Aerarium). ferentes.
→ Lei Licínia - Em 367 a.C, foi aprovada a Lei Licínia, que
b) Magistratura: Os magistrados exerciam o poder executi- garantia a participação dos plebeus no Consulado. Esta lei
vo, eram eleitos pela Assembleia centuriata e os cargos eram também acabou com a escravidão por dívidas (válida só para
monopolizados pelos patrícios. Mandato de 1 ano (exceto o cidadãos romanos).
censor – 5 anos) – existiam no mínimo 2 para cada função. → Lei Hortênsia – 287 a. C. – Criação do Comitium Plebis
(“Comício da Plebe”), assembleia de plebeus com o poder de
→ Cônsules: Detinham o maior poder, equivalente ao dos ratificar ou rejeitar decisões do Senado que afetassem a plebe.
antigos reis. Eram dois, eleitos para um período de um ano.
Tinham como atribuições comandar o exército, convocar o 4. Expansão interna e externa: aumento territorial
Senado e presidir os cultos. Nos períodos de crise, indicavam
um ditador, que exercia o poder de forma absoluta durante o As conquistas aos outros povos e regiões trouxeram o
período máximo de seis meses. crescimento das atividades comerciais e das negociações em
→ Pretor: Ministravam a justiça, existindo dois: um para as moeda. A riqueza se concentrou ainda mais nas mãos dos pa-
cidades, chamado de urbano, e outro para o campo e para trícios, que se apropriavam das novas terras. Isso tudo dividiu
estrangeiros, chamado de peregrino. profundamente a sociedade romana entre ricos (aristocratas)
→ Censor: Sua função era fazer o recenseamento dos cida- e pobres (plebeus), além da grande massa de escravos que ia
dãos. Calculavam o nível de riqueza de cada um e vigiavam a se formando. Também os membros do exército, enriqueci-
conduta moral do povo. dos pelas conquistas e saques, tornaram-se uma importante
→ Questor: Encarregados de administrar as finanças públi- camada social.
cas. A expansão romana iniciou-se na República (509 a
→ Edil: responsável pela administração da cidade – super- 27 a.C.), por meio das lutas contra os povos vizinhos para
visionava mercados, abastecimento gêneros alimentícios e obtenção de escravos (séculos. 5 a 3 a.C.). Depois disso, ex-
policiamento. pandiu-se para a Grécia (séc. 3 a.C.), Cartago (cidade africa-
→ Tribunos da plebe: Surgiram em decorrência das lutas na que controlava o comércio marítimo no Mediterrâneo) e
da plebe por seus direitos. Os tribunos podiam vetar todas Macedônia (com a conquista da Grécia, havia formado um
as leis contrárias aos interesses da plebe, menos em épocas de grande império), sendo estas duas cidades conquistadas no
guerras, ou de graves perturbações sociais, quando todas as séc. 2 a.C. Na sequência, o Egito, a Britânia (que correspon-
leis ficavam sob o controle exclusivo do ditador. Os tribunos de aproximadamente à atual Grã-Bretanha) e algumas regiões
da plebe eram considerados invioláveis e quem os agredisse da Europa e da Ásia foram conquistados no séc. 1 d.C.
era condenado à morte. Durante o período republicano, Roma transformou-se
de simples cidade-Estado em um grande império, voltando-
-se inicialmente para a conquista da Itália e mais tarde para
todo o mundo da orla do Mar Mediterrâneo.
Como a expansão romana provocou profundas trans-
formações na vida econômica, social e política de Roma,
dividiremos esse período em duas fases: a primeira, que se
estende até o século III a. C., identificada com a conquista da
HELP VESTIBULARES 97
ROMA 2
Itália; e a segunda, que corresponde à formação do poderoso
império mediterrâneo.
6. Crise da República:
98 HELP VESTIBULARES
GEOGRAFIA
Categorias de análise da Geografia 1
Categorias de análise da Geografia 2
Movimentos da terra e Introdução à cartografia
Escala cartográfica e fuso horário
Eras Geológicas e ciclo das rochas
Deriva continental e tectônica das placas
Agentes internos de formação de relevo
Agentes externos de modelagem do relevo
Estruturas de relevo
Classificações do relevo brasileiro
CATEGORIAS DE ANÁLISE DA GEOGRAFIA 1
I. Categorias de Análise da Geografia 1 sempre essas fronteiras são visíveis ou muito bem definidas,
pois a conformação de um território obedece a uma relação
1. Paisagem, território, região e lugar: de poder, podendo ocorrer tanto em elevada abrangência (o
território de um país, por exemplo) quanto em espaços me-
A Geografia, assim como várias outras ciências, uti- nores (o território dos traficantes em uma favela, por exem-
liza-se de categorias para basear os seus estudos. Trata-se da plo).
elaboração e utilização de conceitos básicos que orientem o
recorte e a análise de um determinado fenômeno a ser estuda-
do. Por exemplo, um estudo geográfico sobre determinadas
disputas geopolíticas pode ser realizado tendo como base o
conceito de território, que seria uma categoria a ser utilizada
como uma forma de se enxergar o estudo.
Atualmente, além do espaço geográfico, principal ob-
jeto de análise da Geografia, e definido como todo espaço
modificado pelo trabalho ou intervenções humanas e pal-
co das relações sociais, existem quatro principais conceitos
que se consolidaram como categorias geográficas: território,
região, paisagem e lugar. A seguir, uma breve conceituação de
cada uma delas:
Na imagem, de Oeste para Leste: Rocinha, Vidigal, Le-
a) Paisagem: refere-se às configurações externas do espaço. blon, Ipanema e Copacabana.
Por muitas vezes, ela foi definida como “aquilo que a visão al-
cança”. Porém, essa definição desconsidera as chamadas “pai- c) Região: é uma área, ou espaço, que foi dividida obedecen-
sagens ocultas”, ou seja, aqueles processos e dinâmicas que do a um critério específico. Trata-se de uma elaboração ra-
são visíveis, mas que de alguma forma foram ocultados pela cional humana para melhor compreender uma determinada
sociedade. Além disso, tal definição também peca por apenas área ou um aspecto dela. Assim, as regiões podem ser criadas
considerar o sentido da visão como preceptora do espaço, para realizar estudos sobre as características gerais de um ter-
cabendo a importância dos demais sentidos, com destaque ritório (as regiões brasileiras, por exemplo) ou para entender
para a audição e o olfato. Dessa forma, podemos afirmar, de determinados aspectos do espaço (as regiões geoeconômicas
maneira simples e direta, que o conceito de paisagem se re- do Brasil para entender a economia brasileira). Regiões po-
fere às manifestações e aos fenômenos espaciais que podem dem ser criadas para a divisão de uma área a partir de suas
ser apreendidos pelo ser humano através de seus sentidos. O práticas culturais ou por suas diferentes paisagens naturais,
geógrafo Azis Ab’Saber compreendeu a paisagem como sen- entre outros critérios.
do uma herança, resultado de uma relação entre os processos
passados e os atuais. Assim, os processos passados foram os d) Lugar: é uma categoria muito utilizada por aqueles pensa-
responsáveis pela compartimentação regional da superfície, dores que preferem construir uma concepção compreensiva
enquanto que os processos atuais respondem pela dinâmica da Geografia. Grosso modo, o lugar pode ser definido como
atual das paisagens. o espaço percebido, ou seja, uma determinada área ou ponto
do espaço da forma como são entendidos pela razão humana.
Seu conceito também se liga ao espaço afetivo, aquele local
em que uma determinada pessoa possui certa familiaridade
ou intimidade, como uma rua, uma praça ou a própria casa.
1. Rotação:
1. Orientação:
Norte (sigla N), denominado também de setentrional ou bo- 2. Localização: as Coordenadas Geográficas:
real;
Sul (S), chamado igualmente de meridional ou austral; Os paralelos são circunferências completas que
Oeste (O ou W), conhecido também como ocidente; representam as latitudes que variam em graus, a partir do
e Leste (E), intitulado de oriente. Equador, de 0° (o próprio Equador) a 90° para norte e para
sul (polos). A distância em graus a partir do Equador é a lati-
Para estabelecer uma direção mais precisa são usados tude. A linha do Equador divide a Terra em dois hemisférios,
os pontos que se encontram no meio dos pontos cardeais. hemisfério Norte e hemisfério Sul.
Esses pontos intermediários são denominados de pontos co-
laterais:
Planisfério de Mercator
Para resolver as questões de cálculo envolvendo escala, bas- - Os fusos horários brasileiros:
ta substituir o dado corretamente na regra de três montada
abaixo:
1 ------ E
d ------ D
onde:
– Logo, temos que: 1 Fuso Horário = 15°, que por sua vez é
= 1h.
1F = 1h = 15°
- Proterozoica:
3. Núcleo:
Mina de Calcário
2. Rochas Sedimentares: Surgem do processo de litificação
de sedimentos acumulados em áreas deprimidas do relevo. - Rochas Sedimentares Químicas: São concreções de mine-
Subdividem-se em clásticas, orgânicas e químicas. rais ocorridas nos continentes, como o sal-gema. O processo
ocorre na medida em que a água evapora e deixa acumulados
- Rochas Sedimentares Clásticas (detríticas): São compos- os sais que carregava consigo. As estalactites e estalagmites
tas apenas por sedimentos vindos de outras rochas pré-exis- encontradas em cavernas também são exemplos de rochas se-
tentes, ou seja, de origem estritamente mineral. Exemplos: dimentares químicas.
arenito, tilito, siltito e argilito.
Arenito Sal-gema
Ganisse
1. Limites Convergentes:
Vulcanismo fissural
1. Intemperismo:
- Intemperismo Físico:
- Intemperismo Químico:
- Erosão Pluvial:
Erosão fluvial
- Erosão marinha
Erosão marinha
- Erosão Eólica
Corrasão
3. Dobramentos modernos:
Chapada Diamantina
2. Depressões:
Cordilheira dos Andes
São áreas rebaixadas em relação a seu entorno, com
O mapa abaixo representa a distribuição superficial
predomínio de erosão. O conceito de depressão foi introduzi-
das estruturas de relevo no Brasil.
do por Jurandyr Ross, na década de 1990. Depressões podem
ser:
1. Planaltos:
4. Montanhas:
#ExemploComentado
Resposta: B
Gabarito:
#ExemploComentado
Com o desenvolvimento das cidades, do comércio, do Nascido em Atenas em 469 a.C., era filho de um pe-
artesanato e das artes militares, Atenas tornou-se o centro da dreiro e de uma parteira; foi uma figura conhecida em Ate-
vida social, política e cultural da Grécia, vivendo seu perío- nas, envolvendo-se em inúmeras discussões filosóficas na
do de esplendor, conhecido como o Século de Péricles. É a Ágora – não deixou escritos, preferia dialogar com seus dis-
época de maior florescimento da democracia. A democra- cípulos – e ao contrário dos filósofos sofistas, acreditava que
cia grega possuía, entre outras, duas características de grande haveria uma única verdade, que poderia ser obtida através da
importância para o futuro da Filosofia. razão. O conhecimento verdadeiro conduziria ao comporta-
Em primeiro lugar, a democracia afirmava a igualdade mento adequado; o comportamento ruim deriva-se da falta
de todos os homens adultos perante as leis e o direito de to- de conhecimento.
dos de participar diretamente do governo da cidade, da polis. Seu método de filosofia ficou conhecido como “mé-
Em segundo lugar, e como consequência, a democra- todo socrático/dialético”. Propunha uma conversa com seu
cia, sendo direta e não por eleição de representantes, garantia interlocutor afim de que este chegasse à uma conclusão por
a todos a participação no governo, e os que dele participavam meio de seus questionamentos. Esse diálogo dividia-se em
tinham o direito de exprimir, discutir e defender em público dois momentos: a ironia e a maiêutica. Por ser um incomo-
suas opiniões sobre as decisões que a cidade deveria tomar. dador, foi acusado de corromper a juventude ateniense com
Surgia, assim, a figura política do cidadão. sua filosofia, sendo condenado a beber cicuta por subverter os
jovens e introduzir “novos deuses”.
#ExemploComentado
#ExemploComentado
Resposta: D
1. Adição:
Método prático:
Exemplos:
2. Subtração:
3,97 - 2,013
Método prático:
Exemplos:
3,97 - 2,013 17,2 - 5,146 9 - 0,987
3. Multiplicação:
3,49 · 2,5.
Método prático:
Multiplicamos os dois números decimais como se fossem naturais. Colocamos a vírgula no resultado de modo que o
número de casas decimais do produto seja igual à soma dos números de casas decimais dos fatores.
3,49 · 2,5
1,842 · 0,013
Observação:
a) Na multiplicação de um número natural por um número decimal, utilizamos o método prático da multiplicação. Nesse
caso, o número de casas decimais do produto é igual ao número de casas decimais do fator decimal.
Exemplo:
5 · 0,423 = 2,115
b) Para se multiplicar um número decimal por 10, 100, 1.000, ..., basta deslocar a vírgula para a direita uma, duas, três, ...,
casas decimais. Exemplos:
0,05 = = 5%
1,17 = = 117%
a) Divisão exata:
1,4 : 0,05.
Método prático:
Exemplos:
1,4 : 0,05
Efetuando a divisão:
6 : 0,015
4,096 : 1,6
Efetuando a divisão:
Observe que na divisão acima o quociente inteiro é 2 e o resto corresponde a 896 unidades. Podemos prosseguir a
divisão determinando a parte decimal do quociente. Para a determinação dos décimos, colocamos uma vírgula no quociente
e acrescentamos um zero no resto, uma vez que 896 unidades correspondem a 8.960 décimos.
Continuamos a divisão para determinar os centésimos, acrescentando outro zero ao novo resto, uma vez que 960 dé-
cimos correspondem a 9600 centésimos.
0,73 : 5
Efetuando a divisão:
Podemos prosseguir a divisão, colocando uma vírgula no quociente e acrescentamos um zero à direita do três. Assim:
Em algumas divisões, o acréscimo de um zero ao resto ainda não torna possível a divisão. Nesse caso, devemos colocar
um zero no quociente e acrescentar mais um zero ao resto. Exemplos:
2,346 : 2,3
Verifique que 460 (décimos) é inferior ao divisor (2.300). Colocamos, então, um zero no quociente e acrescentamos mais
um zero ao resto.
Para se dividir um número decimal por 10, 100, 1.000, ..., basta deslocar a vírgula para a esquerda uma, duas, três, ...,
casas decimais. Exemplos:
No caso de uma divisão não exata, determinamos o quociente aproximado por falta ou por excesso. Veja, por exemplo,
a divisão de 66 por 21:
Tomando o quociente 3 (por falta), ou 4 (por excesso), estamos cometendo um erro de menos de uma unidade, pois
o quociente real encontra-se entre 3 e 4.
Logo:
Observação:
*Determinar um quociente com aproximação de décimos, centésimos ou milésimos significa interromper a divisão ao atingir
a primeira, segunda ou terceira casa decimal do quociente, respectivamente.
Exemplos:
Atenção!
No caso de ser pedido um quociente com aproximação de uma divisão exata, devemos completar com zero(s), se preciso, a(s) casa(s)
do quociente necessária(s) para atingir tal aproximação. Por exemplo, o quociente com aproximação de milésimos de 8 e 3,2 é:
Representação decimal de uma fração ordinária: podemos transformar qualquer fração ordinária (ou seja, uma fração
que não é decimal) em número decimal, devendo para isso dividir o numerador pelo denominador da mesma.
a) Potenciação:
As potências nas quais a base é um número decimal e o expoente um número natural seguem as mesmas regras destas
operações, já definidas. Assim:
b) Raiz quadrada:
A raiz quadrada de um número decimal pode ser determinada com facilidade, transformando o mesmo numa fração
decimal. Assim:
c) Expressões numéricas:
No cálculo de expressões numéricas envolvendo números decimais, seguimos as mesmas regras aplicadas às expressões
com números fracionários.
Em expressões contendo frações e números decimais, devemos trabalhar transformando todos os termos em um só
tipo de número racional.
Exemplo:
Exemplos:
b) 17 + 4,32 + 0,006 =
c) 4,85 - 2,3 =
d) 9,9 - 8,76 =
f ) 2,4 * 3,5 =
g) 4 * 1,2 * 0,75 =
i) 17 / 6 =
j) 137 / 36 =
Chamamos:
→ de fração;
→ a de numerador;
→ b de denominador.
Se a é múltiplo de b, então é um número natural.
Veja um exemplo:
A fração é igual a 8:2. Neste caso, 8 é o numerador e 2 é o denominador. Efetuando a divisão de 8 por 2, obtemos
o quociente 4. Assim, é um número natural e 8 é múltiplo de 2.
Durante muito tempo, os números naturais foram os únicos conhecidos e usados pelos homens. Depois começaram
a surgir questões que não poderiam ser resolvidas com números naturais. Então surgiu o conceito de número fracionário.
Algumas vezes, é um número natural. Outras vezes, isso não acontece. Neste caso, qual é o significado de ?
Uma fração envolve a seguinte ideia: dividir algo em partes iguais. Dentre essas partes, consideramos uma ou algumas,
conforme nosso interesse.
Exemplo:
Roberval comeu de um chocolate. Isso significa que, se dividíssemos o chocolate em 4 partes iguais, Roberval teria comido
3 partes:
Na figura acima, as partes pintadas seriam as partes comidas por Roberval, e a parte branca é a parte que sobrou do chocolate.
As frações recebem nomes especiais quando os denominadores são 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9 e também quando os denomi-
nadores são 10, 100, 1000, ...
um sexto um décimo
um sétimo um centésimo
um oitavo um milésimo
d) Frações equivalentes: frações equivalentes são frações que representam a mesma parte do todo.
são equivalentes.
Para encontrar frações equivalentes, devemos multiplicar o numerador e o denominador por um mesmo número na-
tural, diferente de zero.
5. Simplificação de frações:
Uma fração equivalente a , com termos menores, é . A fração foi obtida dividindo-se ambos os termos da
fração pelo fator comum 3. Dizemos que a fração é uma fração simplificada de .
A fração não pode ser simplificada, por isso é chamada de fração irredutível. A fração não pode ser simplificada
porque 3 e 4 não possuem nenhum fator comum.
1º denominadores iguais: para somar frações com denominadores iguais, basta somar os numeradores e conservar o deno-
minador.
- Para subtrair frações com denominadores iguais, basta subtrair os numeradores e conservar o denominador.
Observe os exemplos:
2º denominadores diferentes: para somar frações com denominadores diferentes, uma solução é obter frações equivalentes,
de denominadores iguais ao mmc dos denominadores das frações.
(10:5).4 = 8
(10:2).5 = 25
Resumindo: utilizamos o mmc para obter as frações equivalentes e depois somamos normalmente as frações, que já terão o
mesmo denominador, ou seja, utilizamos o caso 1.
Na multiplicação de números fracionários, devemos multiplicar numerador por numerador, e denominador por deno-
minador, assim como é mostrado nos exemplos abaixo:
Na divisão de números fracionários, devemos multiplicar a primeira fração pelo inverso da segunda, como é mostrado
no exemplo abaixo:
Na potenciação, quando elevamos um número fracionário a um determinado expoente, estamos elevando o numera-
dor e o denominador a esse expoente, conforme os exemplos abaixo:
Na radiciação, quando aplicamos a raiz quadrada a um número fracionário, estamos aplicando essa raiz ao numerador
e ao denominador, conforme o exemplo abaixo:
a)
125
b) 8
c)
d)
e)
f)
1
2
a) 3
2
1
b) 7
2
4
c) 7
1
1
d) 3
3
2
e) 5
5
3
f) 1
8.Usando a equivalência de frações, descubra o número que deve ser colocado no lugar da letra x para que se tenha:
1 1 1
, ,
a) 2 4 8
1 1 1
, ,
b) 6 3 9
5 3 9
, ,
c) 4 2 5
d)
1. Propriedades da Potenciação:
Exemplos:
Exemplos:
Exemplos:
d) Toda potência de 10 é igual ao numeral formado pelo algarismo 1 seguido de tantos zeros quantas forem as unidades do
expoente.
Exemplos:
e) O expoente negativo significa que ocorre a troca de lugar entre o numerador o denominador.
Exemplos:
f ) Se tivermos uma potência negativa no denominador, este se transforma em numerador ao trocar o sinal da potência.
Assim:
Para multiplicar potências de mesma base, devemos conservar a base e somar os expoentes.
Genericamente:
Assim:
Para dividir potências de mesma base, não-nula, devemos conservar a base e subtrair os expoentes.
Genericamente:
4. Potência da potência:
Para elevar uma potência a um novo expoente, devemos conservar a base e multiplicar os expoentes.
Genericamente:
5. Distributiva da potenciação:
a) Na multiplicação:
Considere a expressão . Observe que:
Para elevar um produto a um expoente, devemos elevar cada fator a esse expoente.
Genericamente:
b) Na divisão:
Para elevar um quociente a um expoente, devemos elevar o numerador e o denominador a esse expoente.
Genericamente:
Se a é um número real positivo, m é um número inteiro e n é um número natural não-nulo, temos que:
Exemplos:
6. Propriedades de radiciação:
a) Notação:
Leitura:
Observação:
Na indicação de raiz quadrada, podemos omitir o índice 2. Por exemplo, .
Raízes de índice par
Quando elevamos um número positivo ou um número negativo a um expoente par, o resultado sempre é um número posi-
tivo.
Exemplo:
(-4)² = (-4)(-4) = 16
e
(+4)² = (+4)(+4) = 16
Porém, como em matemática o resultado de uma operação deve ser único, fica definido que:
Genericamente:
Qualquer raiz de índice par de um número positivo é o número positivo que elevado ao expoente correspondente a esse índice
equivale ao número dado.
Exemplo:
não existe, pois não há nenhum número real que elevado ao quadrado dê - 4.
Exemplos:
Justificativa:
Exemplo:
Justificativa:
Exemplo:
Exemplo:
- Radical de um produto:
Justificativa:
Exemplo:
- Radical de um quociente:
Justificativa:
Exemplo:
- Mudança de índice:
Justificativa:
Exemplo:
1. Faça uso das propriedades de potenciação e simplifique cada expressão para uma única potência:
a) 85.89 =
b)
c)
d) 4 7 .5 7 =
x
e) =
x6
f ) (x −5 ) 3 =
g)
3. Explique as características de uma expressão para que seja chamada de “notação científica”.
4. Determine o valor final da seguinte expressão: 8.[ ( 7,3² - 5,3³)0 + (-1)977 ] + 2².4 −1
a) 3 −3 = e) (3 −2 ) −1 =
b) (−2) −5 = f ) 3 −5 =
c) 6 −2 = g) 2 −4 =
d) 0,3 −1 = h) (−2) −9 =
−1 −1
1 6
a) = e) − =
2 5
−1 −2
3 4
b) = f) − =
4 9
−5 −3
2 3
c) = g) − =
5 7
−3 0
1 9
d) = h) − =
8 1
7. Complete adequadamente:
b) 1 milhão =________________ = 10
d) 10 trilhões = ______________ = 10
8. Complete adequadamente:
Exemplo: 1 milésimo = 0,001 = 10-3
a) 1 centésimo = _________________ = 10
b) 1 milionésimo = ________________ = 10
c) _______________= 0,000 000 000 1 = 10
d) 1 centésimo de milésimo = _____________ = 10
a) 457 x 10-23
b) 0,0025 x 10-18
c) 45,23 x 10-18
d) 0,0102 x 10-45
10. Quando calculamos a terça parte de 35, encontramos como resultado qual potência de base 3?
Desde a antiguidade, os povos foram criando suas unidades de medida. Cada um deles possuía suas próprias unidades-
-padrão. Com o desenvolvimento do comércio, ficavam cada vez mais difíceis a troca de informações e as negociações com
tantas medidas diferentes.
Era necessário que se adotasse um padrão de medida único para cada grandeza. Foi assim que, em 1791, época da revo-
lução francesa, um grupo de representantes de vários países reuniu-se para discutir a adoção de um sistema único de medidas.
Surgia o sistema métrico decimal.
a) Metro:
A palavra metro vem do grego métron e significa “o que mede”. Foi estabelecido inicialmente que a medida do metro
seria a décima milionésima parte da distância do Polo Norte ao Equador, no meridiano que passa por Paris. No Brasil, o
metro foi adotado oficialmente em 1928.
Além da unidade fundamental de comprimento, o metro, existem ainda os seus múltiplos e submúltiplos, cujos nomes
são formados com o uso dos prefixos: quilo, hecto, deca, deci, centi e mili. Observe o quadro:
Unidade
Múltiplos Submúltiplos
Fundamental
quilômetro hectômetro decâmetro metro decímetro centímetro milímetro
km hm dam m dm cm mm
1.000m 100m 10m 1m 0,1m 0,01m 0,001m
Os múltiplos do metro são utilizados para medir grandes distâncias, enquanto os submúltiplos, para pequenas distân-
cias. Para medidas milimétricas, em que se exige precisão, utilizamos:
Para distâncias astronômicas utilizamos o Ano-luz (distância percorrida pela luz em um ano):
O pé, a polegada, a milha e a jarda são unidades não pertencentes ao sistema métrico decimal, sendo utilizadas em
países de língua inglesa. Observe as igualdades abaixo:
Pé = 30,48 cm
Polegada = 2,54 cm
Jarda = 91,44 cm
Milha terrestre = 1.609 m
Milha marítima = 1.852 m
Observe que:
1 pé = 12 polegadas
1 jarda = 3 pés
A leitura das medidas de comprimentos pode ser efetuada com o auxílio do quadro de unidades.
Exemplos:
Leia a seguinte medida: 15,048 m.
Sequência prática:
km hm dam m dm cm mm
2º Colocar o número no quadro de unidades, localizando o último algarismo da parte inteira sob a sua respectiva.
km hm dam m dm cm mm
1 5, 0 4 8
3º Ler a parte inteira acompanhada da unidade de medida do seu último algarismo e a parte decimal acompanhada da uni-
dade de medida do último algarismo da mesma.
15 metros e 48 milímetros
Outros exemplos:
- Transformação de Unidades:
Transforme 16,584hm em m.
Para transformar hm em m (duas posições à direita) devemos multiplicar por 100 (10 x 10).
16,584 x 100 = 1.658,4
Para transformar dam em cm (três posições à direita) devemos multiplicar por 1.000 (10 x 10 x 10).
1,463 x 1.000 = 1,463
Ou seja:
1,463dam = 1.463cm.
Para transformar m em dam (uma posição à esquerda) devemos dividir por 10.
176,9 : 10 = 17,69
ou seja:
176,9m = 17,69dam
Observação: para resolver uma expressão formada por termos com diferentes unidades, devemos inicialmente transformar
todos eles numa mesma unidade, para a seguir efetuar as operações.
2. Medidas de superfície:
As medidas de superfície fazem parte de nosso dia a dia e respondem a nossas perguntas mais corriqueiras do cotidiano:
a) Superfície é uma grandeza com duas dimensões, enquanto área é a medida dessa grandeza, portanto, um número.
A unidade fundamental de superfície chama-se metro quadrado. O metro quadrado (m2) é a medida correspondente
à superfície de um quadrado com 1 metro de lado.
O dam2, o hm2 e km2 são utilizados para medir grandes superfícies, enquanto o dm2, o cm2 e o mm2 são utilizados
para pequenas superfícies.
Exemplos:
Lê-se “12 metros quadrados e 56 decímetros quadrados”. Cada coluna dessa tabela corresponde a uma unidade de área.
3. Medidas agrárias:
As medidas agrárias são utilizadas para medir superfícies de campo, plantações, pastos, fazendas, etc. A principal uni-
dade destas medidas é o are (a). Possui um múltiplo, o hectare (ha), e um submúltiplo, o centiare (ca).
1 ha = 1hm2
1a = 1 dam2
1ca = 1m2
- Transformação de unidades:
No sistema métrico decimal, devemos lembrar que, na transformação de unidades de superfície, cada unidade de
superfície é 100 vezes maior que a unidade imediatamente inferior:
Para transformar m2 em mm2 (três posições à direita) devemos multiplicar por 1.000.000 (100x100x100).
2,36 x 1.000.000 = 2.360.000 mm2
Para transformar dam2 em km2 (duas posições à esquerda) devemos dividir por 10.000 (100x100).
580,2 : 10.000 = 0,05802 km2
4. Medidas de volume:
Frequentemente nos deparamos com problemas que envolvem o uso de três dimensões: comprimento, largura e altura.
De posse de tais medidas tridimensionais, poderemos calcular medidas de metros cúbicos e volume.
a) Metro cúbico:
A unidade fundamental de volume chama-se metro cúbico. O metro cúbico (m3) é medida correspondente ao espaço
ocupado por um cubo com 1 m de aresta.
A leitura das medidas de volume segue o mesmo procedimento aplicado às medidas lineares. Devemos utilizar, porém,
três algarismos em cada unidade no quadro. No caso de alguma casa ficar incompleta, completa-se com zero(s).
Exemplos:
- Transformação de unidades:
Na transformação de unidades de volume, no sistema métrico decimal, devemos lembrar que cada unidade de volu-
me é 1.000 vezes maior que a unidade imediatamente inferior.
5. Medidas de capacidade:
A quantidade de líquido é igual ao volume interno de um recipiente. Afinal, quando enchemos este recipiente, o líqui-
do assume a forma do mesmo. Capacidade é o volume interno de um recipiente.
A unidade fundamental de capacidade chama-se litro. Litro é a capacidade de um cubo que tem 1dm de aresta.
1l = 1dm3
Relações:
1l = 1dm3
1ml = 1cm3
1kl = 1m3
- Transformação de unidades:
Na transformação de unidades de capacidade, no sistema métrico decimal, devemos lembrar que cada unidade de
capacidade é 10 vezes maior que a unidade imediatamente inferior.
Para transformar l para ml (três posições à direita) devemos multiplicar por 1.000 (10x10x10).
3,19 x 1.000 = 3.190 ml
Todas essas perguntas serão respondidas tomando por base uma unidade padrão de medida de tempo. A unidade de
tempo escolhida como padrão no Sistema Internacional (SI) é o segundo.
-Segundo:
O Sol foi o primeiro relógio do homem: o intervalo de tempo natural decorrido entre as sucessivas passagens do Sol
sobre um dado meridiano dá origem ao dia solar.
- Quadro de unidades:
Múltiplos
minutos hora dia
min h d
60 s 60 min = 3.600 s 24 h = 1.440 min = 86.400s
• décimo de segundo
• centésimo de segundo
• milésimo de segundo
Atenção: nunca escreva 2,40h como forma de representar 2h40min, pois o sistema de medidas de tempo não é decimal.
Observe:
1. Uma cozinheira comprou 2,5 kg de arroz, 1,8 kg de batata, 250 g de mussarela, 780 g de presunto e 3 kg de farinha. Qual
o total de massa comprado?
2. Em cada operação matemática, preencha a tabela com os algarismos e dê o resultado de acordo com a ordem indicada.
a) 2,3 m + 0,45 km + 23 cm = ___________ m
b) 6 m - 0,003 km = ___________ cm
c) 5,7 kg + 0,800 g + 237 g = ___________ kg
d) 5,7 L – 97 mL = ___________ mL
3. Complete as lacunas.
a) 3 metros = ___________________ centímetros.
b) 23 centímetros = ______________metros.
c) 7 quilômetros = _______________centímetros.
d) 4 milímetros = ________________ centímetros.
e) 14,5 metros = _________________ quilômetros.
f ) 123 metros = _________________ milímetros.
g) 3 kg = _______________________gramas.
4. Responda.
a) Paula comprou 1,5 kg de açúcar. Se o quilo do açúcar custa R$0,58, quanto Paula pagou? ______________________________
b) José pesou 250 g de queijo mussarela para fazer uma pizza. O quilo da mussarela custa R$8,64.
c) Numa festa de caridade Márcia trouxe 1,8 kg de arroz, 500 g de presunto, 2 kg de feijão, 720 g de mortadela e 3,5 kg de
farinha.
d) Para fazer um vestido, Carolina comprará 2 metros de tecido. O preço do tecido é R$12,30 o metro. Ela leva na bolsa
R$50,00. Qual será seu troco após a compra?______________
7. Se uma indústria farmacêutica produziu um volume de 2 800 litros de certo medicamento, que devem ser acondicionados
em ampolas de 40 cm3 cada uma, então será produzido um número de ampolas desse medicamento na ordem de:
a) 70
b) 700
c) 7 000
d) 70 000
e) 700 000
8. Um motorista, partindo de uma cidade A deverá efetuar a entrega de mercadorias nas cidades B, C e D. Para calcular a
distância que deverá percorrer consultou um mapa indicado na figura, cuja escala é 1:3000000, isto é, cada centímetro do
desenho corresponde a 30 quilômetros no real. Então, para ir de A até D ele irá percorrer um total de:
a) 180 km
b) 360 km
c) 400 km
d) 520 km
e) 600 km
8. B
7. D
6. B
Gabarito dos Testes:
Equação é toda sentença matemática aberta que exprime uma relação de igualdade. A palavra equação tem o prefi-
xo equa, que em latim quer dizer “igual”. Exemplos:
2x + 8 = 0
5x - 4 = 6x + 8
3a - b - c = 0
ax+b = 0
onde a e b são números conhecidos e a diferente de 0, se resolve de maneira simples: subtraindo b dos dois lados, obtemos:
ax = -b
dividindo agora por a (dos dois lados), temos:
Equação do 1º grau na incógnita x é toda equação que pode ser escrita na forma ax=b, sendo a e b números racionais,
com a diferente de zero.
O conjunto dos números inteiros é o conjunto universo da equação. Os números -5 e 5, que satisfazem a equação, formam
o conjunto verdade, podendo ser indicado por:
V = {-5, 5}.
Observações:
• Não sendo citado o conjunto universo, devemos considerar como conjunto universo o conjunto dos números racio-
nais.
• O conjunto verdade é também conhecido por conjunto solução e pode ser indicado por S.
Os elementos do conjunto verdade de uma equação são chamados raízes da equação. Para verificar se um número é
raiz de uma equação, devemos obedecer à seguinte sequência:
Resolver uma equação consiste em realizar uma série de operações que nos conduzem a equações equivalentes cada
vez mais simples, que nos permitem determinar os elementos do conjunto verdade ou as raízes da equação. Resumindo:
resolver uma equação significa determinar o seu conjunto verdade, dentro do conjunto universo considerado.
Na resolução de uma equação do 1º grau com uma incógnita, devemos aplicar os princípios de equivalência das igual-
dades (aditivo e multiplicativo). Exemplos:
MMC (4, 6) = 12
Como , então .
Como , então
2 . 6x - 2 . 4 = 3 . 4x - 3 . 1
12x - 8 = 12x - 3
12x - 12x = - 3 + 8
0 . x = 5
Como nenhum número multiplicado por zero é igual a 5, dizemos que a equação é impossível e, portanto, não tem solução.
Logo, V= Ø.
-3x + 3x = 2 - 10 + 8
0 . x = 0
Como todo número multiplicado por zero é igual a zero, dizemos que a equação possui infinitas soluções. Equações
desse tipo, em que qualquer valor atribuído à variável torna a equação verdadeira, são denominadas identidades.
Denominamos equação do 1º grau com duas variáveis, x e y, toda equação que pode ser reproduzida na forma ax + by = c,
sendo a e b números diferentes de zero, simultaneamente.
Na equação ax + by = c, denominamos:
1. Resolva as equações:
2. Resolva as equações:
Alguns problemas de matemática são resolvidos a partir de soluções comuns a duas equações do 1º a duas variáveis.
Nesse caso, diz-se que as equações formam um sistema de equações do 1º grau a duas variáveis, que indicamos escrevendo
as equações abrigadas por uma chave. Veja os exemplos:
x + y = 5 3 x − y =10
a) b)
2 x − y =9 x + y = 18
O par ordenado que verifica ao mesmo tempo as duas equações é chamado solução do sistema. Indicamos pela letra
S, de solução.
x + y =10
Por exemplo, o par (7,3) é solução do sistema
x − 3y =−2
7 + 3 = 10
Pois verifica as duas equações. Ou melhor:
7 − 3.(3) =−2
Os processos ou métodos mais comuns são: o método da substituição, método da adição, método da comparação,
além do método gráfico.
a) Método da substituição:
Para aprender a trabalhar com esse método, você deve acompanhar os passos indicados nos exemplos a seguir:
x + y =7
1º exemplo: Resolver o sistema
1
x − y =
1º passo: Isola-se uma das variáveis em uma das equações. Vamos isolar x na 1ª equação:
x + y =7 ⇒ x =7 − y
2º passo: Substitui-se a expressão encontrada no passo 1 na outra equação. Obtemos então uma equação do 1º com apenas
uma incógnita:
x− y = 1
(7 − y ) − y = 1
7− y− y = 1
7 − 2y =
1
7 − 2y =
1
−2 y =−
1 7
−2 y =
−6
−6
y=
−2
y=3
4º passo: (Para encontrarmos o valor de x) Substitui-se o valor encontrado no 3º passo em qualquer uma das equações ini-
ciais.
x+ y = 7
x + (3) = 7
x= 7 − 3
x=4
x = 2 y
2º exemplo: Resolva o sistema
2 x − 5 y =
3
Passo 1: x = 2 y
Passo 2 :
2 x − 5 y =3 ⇒ 2(2 y ) − 5 y =3 ⇒ 4 y − 5 y =3 ⇒ −1 y =3
Passo 3 : − y =3⇒ y =−3
Passo 4 : x = 2 y
x 2.(−3)
=
x = −6
= x − y 5 3=
x − 2y 6 = x + y 4
a) b) c)
= x + 3y 9 = x − 3y 2 =2 x + y 7
b) Método da comparação:
Este método consiste, basicamente, em isolar a mesma variável nas duas equações.
x − y =1
1º exemplo: Resolver o sistema a )
x − 3y = −3
1° passo: Isolando x na 1ª equação:
x=x
1 + y =−3 + 3 y
y − 3 y =−3 − 1
−2 y = −4
−4
y=
−2
y=2
x = 1+(2)
x=3
Conjunto-Solução: S = {(3,4)}
x = 5y
2º exemplo: Resolver o sistema
x + 3y =
16
1º passo:
x + 3y =
16
x 16 − 3 y 2
=
5y = 16 – 3y
5y + 3y =16
8y = 16
y=2
x = 5.(2)
x = 10
A solução é S = {(10,2)}
x − y = 1 x = 3y 2 x + y =−3
a) b) c)
− x + 2 y =3 x − 2 y =3 x + y =−1
=x − y 3 = x 3y = x + y 10 = x 2 y
a) b) c) d)
2=
x+ y 9 + 2 y 10
x= 2=x− y 8 3 x=
+ 5 y 55
4=x+ y 7 =x+ y 8 − 3y 9
x= 2 x=+ 3y 0
e) f ) g) h)
2 x =
− 5y 9 4 x =
− 6 y 12 2 x =
+ 3y 6 3 x =
+ 5y 2
5 x =
+ 4y 1 =x− y 1
i) j)
2 x − 3 y =
5 x − 3y =−3
c) Método da Adição:
Adicionando ou subtraindo membro a membro duas igualdades, obtemos uma nova igualdade. O método consiste
em somar as duas equações, mas isso deve ser feito sempre de modo a eliminar uma das variáveis na nova equação obtida. Ou
seja, é preciso chegar a uma só equação, com uma só incógnita. Para que isso ocorra, é necessário existam termos opostos nas
duas equações (em relação a uma mesma letra...).
5 x − 3 y =
15
Exemplo 1: Considere o sistema
2 x + 3 y =
6
Observe que a equação tem o termo -3y, e a equação tem o termo +3y
Esse fato nos permite obter uma só equação sem a incógnita y, somando as duas equações membro a membro.
5 x − 3 y 15 = Como − 3 y + 3 y 0, o y desaparece.
⊕ →
2 x + 3 y =
6 Aí , fica tudo mais fácil !
7x + 0 = 21
7 x = 21
x=3
5x − 3 y =
15
5.(3) − 3 y =15
15 − 3 y = 15
−3 y = 15 − 15
−3 y =
0
y=0
2 x + 5 y =
16
Exemplo 2: Vamos resolver o sistema
3 x + 2 y =
2
Aqui, seria inútil somar imediatamente as equações. Como não observamos termos opostos (que somados resulta 0), nenhu-
ma letra desaparece. Mas, podemos obter termos opostos.
Veja que o MMC entre 5 e 2 (coeficientes de x nas duas equações) é 10. Daí, multiplicamos a 1ª equação por 2 e a 2ª equação
por -5:
2 x + 5 y = 16 ⋅ (2) 4 x + 10 y =32
⇒
3 x + 2 =
y 2 ⋅ (−5) −15 x − 10 y =
−10
Com isso, conseguimos termos opostos neste último sistema.
4 x + 10 y =32
⊕
−15 x − 10 y =
−10
− 11x + 0 = 22
− 11x = 22
22
x=
−11
x = −2
3x + 2 y = 2
3(−2) + 2 y =2
−6 + 2 y =2
2 y= 2 + 6
2y = 8
y=4
3 x + y = 3
Exemplo 3: Resolva pelo método da adição o sistema
3 x + 4 y = 30
Vamos tornar opostos (ou simétricos) os coeficientes em x. Para isso, basta multiplicar a primeira equação por -1 (não mexer
na 2ª):
De 3y = 27, tiramos y = 9
Calculando x:
Substituímos y = 9 na 1ª equação:
3x + y = 3
3 x + (9) = 3
3 x= 3 − 9
3 x = −6
−6
x=
3
x = −2
Nota importante: Podemos aplicar o método da adição de outra forma, neste caso procurando zerar a incógnita y. Veja:
18
De −9 x = 18 , encontramos x = = −2 (Viu?!! Dá o mesmo resultado!). Portanto, pode-se usar o processo da adição duas
vezes seguidas −9
6a − 5b = 15
Exemplo 4: Resolver o sistema pelo processo da adição
−7 a + 16b =13
Temos que o MMC(6,7) = 42. Então, multiplicamos a 1ª equação por 7 e a 2ª por 6, temos:
6a − 5b 15 .(7) =
= 42a − 35b 105
⇒
−7 a + 16b 13 .(6)
= −42
= a + 96b 78
42a − 35b =
105
⊕
−42a + 96b =
78
61b = 183
183
= b = 3
61
Substituindo b = 3 na 2ª equação, vem:
−7 a + 16b = 13
−7 a + 16.(3) =13
−7 a + 48 = 13
−7 a = 13 − 48
−7 a = −35
−35
a=
−7
a=5
1. Num estacionamento existem automóveis e bicicletas, num total de 132 veículos e 88 pneus. Determine o número de
veículos de cada espécie.
2. A soma de dois números é 60 e a diferença é 12. Determine a soma de dois números é 200. O quociente de maior número
pelo menor é 12 e o resto 5. Determine-os.
6 4
3. Uma fração é equivalente . Subtraindo 10 unidades de cada termo da fração, obteremos uma fração equivalente a
determine-os. 7 5
Nas equações escritas na forma ax² + bx + c = 0 (forma normal ou forma reduzida de uma equação do 2º grau na in-
cógnita x) chamamos a, b e c de coeficientes.
Exemplos:
x² - 9x + 20 = 0 e -x² + 10x - 16 = 0 são equações completas.
Uma equação do 2º grau é incompleta quando b ou c é igual a zero, ou ainda quando ambos são iguais a zero.
Exemplos:
Resolver uma equação significa determinar o seu conjunto verdade. Na resolução de uma equação incompleta, utili-
zamos as técnicas da fatoração e duas importantes propriedades dos números reais:
1ª Propriedade:
2ª Propriedade:
1º Caso: equação do tipo .
Exemplo:
- Determine as raízes da equação , sendo .
Solução:
Para o produto ser igual a zero, basta que um dos fatores também o seja. Assim:
2º Caso: equação do tipo
Exemplos:
- Determine as raízes da equação , sendo U = IR.
Solução:
De modo geral, a equação do tipo possui duas raízes reais se for um número positivo, não tendo raiz real
Para solucionar equações completas do 2º grau utilizaremos a fórmula de Bhaskara. A partir da equação
, em que a,b, c IR e , desenvolveremos passo a passo a dedução da fórmula de Bhaskara (ou
fórmula resolutiva).
Denominamos discriminante o radical b2-4ac que é representado pela letra grega (delta).
O valor de é real e a equação tem duas raízes reais diferentes, assim representadas:
- Para quais valores de k a equação x² - 2x + k- 2 = 0 admite raízes reais e desiguais?
Solução:
Logo, os valores de k devem ser menores que 3.
O valor de é nulo e a equação tem duas raízes reais e iguais, assim representadas:
Exemplo:
- Determine o valor de p, para que a equação x² - (p - 1) x + p-2 = 0 possua raízes iguais.
Solução:
O valor de não existe em IR, não existindo, portanto, raízes reais. As raízes da equação são número complexos.
- Para quais valores de m a equação 3x² + 6x +m = 0 não admite nenhuma raiz real?
Solução:
Resumindo:
Considere a equação ax2 + bx + c = 0, com a 0 e sejam x’e x’’ as raízes reais dessa equação.
Logo:
Como ,temos:
Denominamos essas relações de relações de Girard. Verifique alguns exemplos de aplicação dessas relações.
Determine o valor de k na equação x2 + ( 2k - 3)x + 2 = 0, de modo que a soma de suas raízes seja igual a 7.
Solução:
S= x1 + x2 = 7
S= x1 + x2 = -2 + 7 = 5
- Formar a equação do 2º grau, de coeficientes racionais, sabendo-se que uma das raízes é .
Solução:
Se uma equação do 2º grau, de coeficientes racionais, tem uma raiz , a outra raiz será .
Assim:
3. Equações biquadradas:
Observe as equações:
x4 - 13x2 + 36 = 0
9x4 - 13x2 + 4 = 0
x4 - 5x2 + 6 = 0
Note que os primeiros membros são polinômios do 4º grau na variável x, possuindo um termo em x4, um termo em x2e um
termo constante. Os segundos membros são nulos.
Denominamos essas equações de equações biquadradas.
Ou seja, equação biquadrada com uma variável x é toda equação da forma:
Exemplos:
x4 - 5x2 + 4 = 0
x4 - 8x2 = 0
3x4 - 27 = 0
Na resolução de uma equação biquadrada em IR, devemos substituir sua variável, transformando-a numa equação do
2º grau. Observe agora o procedimento que deve ser utilizado.
Sequência prática:
• Determine a raiz quadrada de cada uma das raízes (y’e y’’) da equação ay2 + by + c = 0.
Essas duas relações indicam-nos que cada raiz positiva da equação ay2 + by + c = 0 dá origem a duas raízes simétricas
para a biquadrada: a raiz negativa não dá origem a nenhuma raiz real para a mesma.
Exemplos:
Solução:
Solução:
Solução:
Assim:
y2 - 3y = -2
y2 - 3y + 2 = 0
y’=1 e y’’=2
Substituindo y, determinamos:
Esse tipo de equação pode ser resolvido da mesma forma que a biquadrada. Para isso, substituirmos xn por y, obtendo:
Solução:
Então:
Logo, V= {-5, 2 }.
4. Equações irracionais:
Observe que todas elas apresentam variável ou incógnita no radicando. Essas equações são irracionais. Ou seja: equação
irracional é toda equação que tem variável no radicando.
A resolução de uma equação irracional deve ser efetuada procurando transformá-la inicialmente numa equação racio-
nal, obtida ao elevarmos ambos os membros da equação a uma potência conveniente.
Em seguida, resolvemos a equação racional encontrada e, finalmente, verificamos se as raízes da equação racional ob-
tidas podem ou não ser aceitas como raízes da equação irracional dada (verificar a igualdade).
É necessária essa verificação, pois, ao elevarmos os dois membros de uma equação a uma potência, podem aparecer na
equação obtida raízes estranhas à equação dada. Observe alguns exemplos de resolução de equações irracionais no conjunto
dos reais.
Solução:
Logo, V= {58}.
Logo, V= { -3}; note que 2 é uma raiz estranha a essa equação irracional.
Solução:
Logo, V={9}; note que é uma raiz estranha a essa equação irracional.
a) Identifique os coeficientes a, b e c.
b) Calcule o discriminante
c) Determine o valor de
1. Catetos e hipotenusa:
Em um triângulo, chamamos o lado oposto ao ângulo reto de hipotenusa e os lados adjacentes de catetos. Observe
a figura:
2. Seno e cosseno:
Hipotenusa: , m( ) = a.
Catetos: , m( ) = b.
, m( ) = c.
Ângulos: , e .
Tomando por base os elementos desse triângulo, podemos definir as seguintes razões trigonométricas:
• Seno de um ângulo agudo é a razão entre a medida do cateto oposto a esse ângulo e a medida da hipotenusa.
Assim:
• Cosseno de um ângulo agudo é a razão entre a medida do cateto adjacente a esse ângulo e a medida da hipotenusa.
Assim:
• Tangente de um ângulo agudo é a razão entre a medida do cateto oposto e a medida do cateto adjacente a esse ângulo.
Assim:
Observações:
a) A tangente de um ângulo agudo pode ser definida como a razão entre o seno deste ângulo e o seu cosseno.
Assim:
c) O seno e o cosseno de um ângulo agudo são sempre números reais positivos menores que 1, pois qualquer cateto é sempre
menor que a hipotenusa.
Resumindo:
4. Observe a tabela com os valores aproximados (duas casas decimais) do seno, cosseno e tangente de alguns ângulos.
a)
b)
5. Um avião levanta voo em B e sobe fazendo um ângulo constante de 15º com a horizontal. A que altura está e qual distância
percorrida, quando alcançar a vertical que passa por um prédio A situado a 2 km do ponto de partida?
(Dados: sen 15º = 0,26, cos 15º = 0,97 e tg 15º = 0,27).
3
7. Calcule o perímetro do triângulo retângulo ABC da figura, sabendo que cos α = e o segmento BC é igual a 10 m.
5
Alguns conceitos são de suma importância para o entendimento da geometria plana, a saber:
1. Ponto:
Conceito adimensional, uma vez que não possui dimensão. Os pontos determinam uma localização e são indicados
com letras maiúsculas.
2. Reta:
A reta, representada por letra minúscula, é uma linha ilimitada unidimensional (possui o comprimento como dimen-
são) e pode se apresentar em três posições:
• horizontal
• vertical
• inclinada
Dependendo da posição das retas, quando elas se cruzam, ou seja, possuem um ponto em comum, são chamadas de
retas concorrentes.
Por outro lado, as que não possuem ponto em comum, são classificadas como retas paralelas.
3. Segmento de Reta:
Diferente da reta, o segmento de reta é limitado pois corresponde a parte entre dois pontos distintos.
A semirreta é limitada somente num sentido, visto que possui início e não possui fim.
4. Plano:
Corresponde a uma superfície plana bidimensional, ou seja, possui duas dimensões: comprimento e largura. Nessa
superfície que se formam as figuras geométricas.
5. Ângulos:
Os ângulos são formados pela união de dois segmentos de reta, a partir de um ponto comum, chamado de vértice do
ângulo. São classificados em:
6. Área:
A área de uma figura geométrica expressa o tamanho de uma superfície. Assim, quanto maior a superfície da figura,
maior será sua área.
7. Perímetro:
8. Área ou superfície de uma figura plana tem a ver com o conceito (primitivo) de sua extensão (bidimensional).
Usamos a área do quadrado de lado unitário como referência de unidade de área, chamando de metro quadrado (m²) sua
unidade de medida principal.
- Área do Retângulo:
- Área do Paralelogramo:
- Área do Losango:
- Área do Trapézio:
- Triângulo Retângulo:
- Triângulo Equilátero:
- Fórmula de Heron:
- Área da Coroa Circular:
2. Determine a área de um triângulo isósceles de perímetro igual a 32cm, sabendo que sua base excede em 2cm cada um dos
lados congruentes.
3. A altura de um trapézio isósceles mede 3 3 m, a base maior, 14m, e o perímetro, 34m. Determine a área desse trapézio.
4. Mariana construiu um salão de festas cujo piso tem a forma de um trapézio (veja figura abaixo). Para cobrir o piso, Mariana
escolheu uma lajota quadrada cujo lado mede 30cm. Quantas lajotas serão necessárias para cobrir completamente o salão,
considerando que devem ser comprados 5% a mais para repor eventuais lajotas quebradas?
5. A base e a altura de um triângulo formam par ordenado (b,a) que soluciona o sistema de equações:
Antes de entendermos o que são produtos notáveis, devemos saber o que são expressões algébricas, isto é, equações que
possuem letras e números. Veja alguns exemplos:
2x + 3 = 4
-y + 2x + 1 = 0
z2 + ax + 2y = 3
Os produtos notáveis possuem fórmulas gerais, que, por sua vez, são a simplificação de produtos algébricos. Veja:
(x + 2) . (x + 2)
(y – 3) . (y – 3) =
(z + 4 ). ( z – 4) =
quadrado = expoente 2;
Soma de dois termos = a + b;
Logo, o quadrado da soma de dois termos é: (a + b)2
Toda essa expressão, ao ser reduzida, forma o produto notável, que é dado por:
(a + b)2 = a2 + 2 . a . b + b2
Sendo assim, o quadrado da soma de dois termos é igual ao quadrado do primeiro termo, mais duas vezes o primeiro termo
pelo segundo, mais o quadrado do segundo termo.
Exemplos:
(2 + a)2 =
= 22 + 2 . 2 . a + a2 =
= 4 + 4 . a + a2
(3x + y)2 =
= (3 x)2 + 2 . 3x . y + y2 =
= 9x2 +6 . x . y + y2
Quadrado = expoente 2;
Diferença de dois termos = a – b;
Logo, o quadrado da diferença de dois termos é: (a - b)2.
Temos, então, que o quadrado da diferença de dois termos é igual ao quadrado do primeiro termo, menos duas vezes o pri-
meiro termo pelo segundo, mais o quadrado do segundo termo.
Exemplos:
(a – 5c)2 =
= a2 – 2 . a . 5c + (5c)2 =
= a2 – 10 . a . c + 25c2
(p – 2s) =
= p2 – 2 . p . 2s + (2s)2 =
= p2 – 4 . p . s + 4s2
Podemos concluir, portanto, que o produto da soma pela diferença de dois termos é igual ao quadrado do primeiro termo
menos o quadrado do segundo termo.
Exemplos:
(2 – c) . (2 + c) =
= 22 – c2 =
= 4 – c2
(3x2 – 1) . (3x2 + 1) =
= (3x2)2 – 12 =
= 9x4 – 1
Cubo = expoente 3;
Soma de dois termos = a + b;
Logo, o cubo da soma de dois termos é: (a + b)3
O cubo da soma de dois termos é dado pelo cubo do primeiro, mais três vezes o primeiro termo ao quadrado pelo segundo
termo, mais três vezes o primeiro termo pelo segundo ao quadrado, mais o cubo do segundo termo.
Exemplo:
(3c + 2a)3 =
= (3c)3 + 3 . (3c)2 .2a + 3 . 3c . (2a)2 + (2a)3 =
= 27c3 + 54 . c2 . a + 36 . c . a2 + 8a3
O cubo da diferença de dois termos é dado pelo cubo do primeiro, menos três vezes o primeiro termo ao quadrado pelo se-
gundo termo, mais três vezes o primeiro termo pelo segundo ao quadrado, menos o cubo do segundo termo.
Exemplo:
(x - 2y)3 =
= x3 - 3 . x2 . 2y + 3 . x . (2y)2 – (2y)3 =
x3 - 6 . x2 . y + 12 . x . y2 – 8y3
1. Calcule:
a) (3 + x)² =
b) (x + 5)² =
c) ( x + y)² =
d) (x + 2)² =
e) ( 3x + 2)² =
f ) (2x + 1)² =
g) ( 5+ 3x)² =
h) (2x + y)² =
i) (r + 4s)² =
j) ( 10x + y)² =
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l) (3y + 3x)² =
m) (-5 + n)² =
n) (-3x + 5)² =
o) (a + ab)² =
p) (2x + xy)² =
2. Calcule:
a) ( 5 – x)² =
b) (y – 3)² =
c) (x – y)² =
d) ( x – 7)² =
e) (2x – 5) ² =
f ) (6y – 4)² =
g) (3x – 2y)² =
h) (2x – b)² =
i) (5x² - 1)² =
l) (9x² - 1)² =
m) (x³ - 2)² =
n) (x – 5y³)² =
o) (1 - mx)² =
p) (3x + 5)² =
a) (x + y) . ( x - y) =
b) (y – 7 ) . (y + 7) =
c) (x + 3) . (x – 3) =
d) (2x + 5 ) . (2x – 5) =
e) (3x – 2 ) . ( 3x + 2) =
f ) (5x + 4 ) . (5x – 4) =
h) ( 1 – 5x) . (1 + 5x) =
j) (7 – 6x) . ( 7 + 6x) =
l) (1 + 7x²) . ( 1 – 7x²) =
m) (3x² - 4 ) ( 3x² + 4) =
o) (x + 1/2 ) . ( x – 1/2 ) =
p) (x – 2/3) . ( x + 2/3) =
a) (2a+3)² =
b) (2 + 9x)² =
c) (6x - y)² =
d) (a - 2b)² =
g) (x² + 2a)² =
h) (x - 5) (x + 5) =
i) (9y + 4 ) (9y - 4) =
j) (m - n)² =
1. Deslocamento:
Para a Física, o deslocamento de um corpo é uma grandeza vetorial (possui módulo, direção e sentido) definida como
a variação de posição de um corpo em um dado intervalo de tempo. Dessa forma, o vetor deslocamento pode ser obtido pela
diferença entre as posições final e inicial.
Tem se que tomar muito cuidado com a distância percorrida (ou espaço percorrido) é a medida sobre a trajetória
descrita no movimento; o seu valor depende da trajetória. O deslocamento é a medida da linha reta que une a posição inicial
e a posição final; o seu valor só depende destas posições, não depende da trajetória.
2. Tempo:
Do latim tempus, a palavra tempo é a grandeza física que permite medir a duração ou a separação das coisas mutáveis/
sujeitas a alterações (ou seja, o período decorrido entre o estado do sistema quando este apresentava um determinado estado
e o momento em que esse dito estado regista uma variação perceptível para o observador).
Esta grandeza, cuja unidade básica é o segundo, permite ordenar os sucessos em sequências, estabelecendo assim um
passado, um presente e um futuro. O tempo dá lugar ao princípio de causalidade, que é um dos axiomas do método científico.
A cronologia permite datar os momentos em que ocorrem determinados acontecimentos. Trata-se de uma linha de
tempo onde se pode representar graficamente os momentos históricos em pontos e os processos em segmentos. Isso e muito
importante para nós na Física, pois muitos dos gráficos criados serão em função do tempo.
3. Velocidade:
A velocidade de um corpo é dada pela relação entre o deslocamento de um corpo em determinado tempo. Pode ser
considerada a grandeza que mede o quão rápido um corpo se desloca.
A análise da velocidade se divide em dois principais tópicos: Velocidade Média e Velocidade Instantânea. É considerada
uma grandeza vetorial, ou seja, tem um módulo (valor numérico), uma direção (Ex.: vertical, horizontal...) e um sentido (Ex.:
para frente, para cima, ...). Porém, para problemas elementares, onde há deslocamento apenas em uma direção, o chamado
movimento unidimensional, convém tratá-la como uma grandeza escalar (com apenar valor numérico). As unidades de ve-
locidade comumente adotadas são:
No Sistema Internacional (S.I.), a unidade padrão de velocidade é o m/s. Por isso, é importante saber efetuar a conver-
são entre o km/h e o m/s, que é dada pela seguinte relação:
4. Velocidade Média:
Indica o quão rápido um objeto se desloca em um intervalo de tempo médio e é dada pela seguinte razão:
= Velocidade Média
= Intervalo do deslocamento [posição final – posição inicial ( )]
= Intervalo de tempo [tempo final – tempo inicial ( )]
1. (FGV-SP) Uma equipe de reportagem parte em um carro em direção a Santos, para cobrir o evento “Música Boa Só na
Praia”.
Partindo da cidade de São Paulo, o veículo deslocou-se com uma velocidade constante de 54 km/h, durante 1 hora. Parou em
um mirante, por 30 minutos, para gravar imagens da serra e do movimento de automóveis. A seguir, continuaram a viagem
para o local do evento, com o veículo deslocando-se a uma velocidade constante de 36 km/h durante mais 30 minutos. A
velocidade escalar média durante todo o percurso foi, em m/s, de
a) 10 m/s.
b) 12 m/s.
c) 25 m/s.
d) 36 m/s.
e) 42 m/s.
2. (CTPS) Após uma chuva torrencial as águas da chuva desceram o rio A até o rio B, percorrendo cerca de 1.000 km. Sendo
de 4 km/h a velocidade média das águas, o percurso mencionado será cumprido pelas águas da chuva em aproximadamente:
a) 20 dias.
b) 10 dias.
c) 28 dias.
d) 12 dias.
e) 4 dias.
3. (CEFET) Num Shopping há uma escada rolante de 6 m de altura e 8 m de base que transporta uma pessoa entre dois
andares consecutivos num intervalo de tempo de 20 s. A velocidade média desta pessoa, em m/s, é:
a) 0,2
b) 0,5
c) 0,9
d) 0,8
e) 1,5
3. B
2. B
1. A
Gabarito:
O Movimento Uniforme é qualquer movimento realizado por um corpo que percorre distâncias iguais em tempos
iguais. No MU, o corpo não necessita estar se movimentando em linha reta, em círculos ou em qualquer outra forma, basta
que a sua velocidade escalar se mantenha a mesma por todo o tempo. Então, a velocidade escalar média é igual à velocidade
escalar, pois o corpo mantém a mesma velocidade em todo o trajeto.
O Movimento Retilíneo Uniforme é a mesma coisa que o MU, exceto pelo fato de que, obrigatoriamente, o trajeto
percorrido pelo corpo deve ser uma linha reta. A equação horária do espaço pode ser demonstrada a partir da fórmula de
velocidade média.
s = s0 + v . t
(recebe o apelido de sorvete)
Por convenção, definimos que, quando um corpo se desloca em um sentido que coincide com a orientação da tra-
jetória, ou seja, para frente, então ele terá uma v>0 e um >0 e este movimento será chamado movimento progressivo.
Analogamente, quando o sentido do movimento for contrário ao sentido de orientação da trajetória, ou seja, para trás, então
ele terá uma v<0 e um <0, e ao movimento será dado o nome de movimento retrógrado.
1. Diagrama s x t:
Existem diversas maneiras de se representar o deslocamento em função do tempo. Uma delas é por meio de gráficos,
chamados diagramas deslocamento versus tempo (s x t). No exemplo a seguir, temos um diagrama que mostra um movimento
retrógrado:
1. Um tiro é disparado contra um alvo preso a uma grande parede capaz de refletir o som. O eco do disparo é ouvido 2,5
segundos depois do momento do golpe. Considerando a velocidade do som 340m/s, qual deve ser a distância entre o atirador
e a parede?
2. (PUC-MG) Um homem, caminhando na praia, deseja calcular sua velocidade. Para isso, ele conta o número de passadas
que dá em um minuto, contando uma unidade a cada vez que o pé direito toca o solo, e conclui que são 50passadas por
minuto. A seguir, ele mede a distância entre duas posições sucessivas do seu pé direito e encontra o equivalente a seis pés.
Sabendo que três pés correspondem a um metro, sua velocidade, suposta constante, é:
a) 3 km/h
b) 4,5 km/h
c) 6 km/h
d) 9 km/h
e) 10 km/h
3. (FUND. CARLOS CHAGAS) Um trem de 200m de comprimento, com velocidade escalar constante de 60 km/h, gasta
36s para atravessar completamente uma ponte. A extensão da ponte, em metros, é de:
a) 200
b) 400
c) 500
d) 600
e) 800
4. Considere dois trens T1 e T2 caminhando em linhas férreas retilíneas e paralelas com velocidades de intensidade V1 = 36
km/h e V2 = 72 km/h, em sentidos opostos. Um observador O1está no trem T1 e nota que a passagem de T2, diante de sua
janela, durou um intervalo de tempo de 10s. O tempo gasto por T2, para passar por um túnel de comprimento 200m, é de:
a) 25s
b) 20s
c) 30s
d) 50s
e) 60s
4. A
3. B
2. C
1. 425m
Gabarito:
Também conhecido como movimento acelerado, consiste em um movimento onde há variação de velocidade, ou seja,
o móvel sofre aceleração à medida que o tempo passa.
Mas se essa variação de velocidade for sempre igual em intervalos de tempo iguais, então dizemos que este é um Mo-
vimento Uniformemente Variado (também chamado de Movimento Uniformemente Acelerado), ou seja, que tem aceleração
constante e diferente de zero.
O conceito físico de aceleração, difere um pouco do conceito que se tem no cotidiano. Na física, acelerar significa
basicamente mudar de velocidade, tanto tornando-a maior, como também menor. Já no cotidiano, quando pensamos em
acelerar algo, estamos nos referindo a um aumento na velocidade.
O conceito formal de aceleração é: a taxa de variação de velocidade numa unidade de tempo, então como unidade
teremos:
1. Aceleração:
Assim como para a velocidade, podemos definir uma aceleração média se considerarmos a variação de velocidade
em um intervalo de tempo , e esta média será dada pela razão:
No entanto, quando este intervalo de tempo for infinitamente pequeno, ou seja, , tem-se aceleração instan-
tânea do móvel.
Isolando-se o :
Então:
A melhor forma de demonstrar esta função é através do diagrama velocidade versus tempo (v x t) no movimento uni-
formemente variado.
O deslocamento será dado pela área sob a reta da velocidade, ou seja, a área do trapézio.
logo:
ou
Interpretando esta função, podemos dizer que seu gráfico será uma parábola, pois é resultado de uma função do segun-
do grau, para isso, vamos fazer a análise gráfica do Movimento Retilíneo Uniformemente Variado (MRUV)
Diferentemente do Movimento Uniforme, o MRUV possui velocidade escalar média variável, e aceleração constante
(a = cte) e diferente de zero (a ≠ 0). Função horária dos espaços s = f(t).
Onde:
S = espaço final (dado em metros “m”)
S0 = espaço inicial (dado em metros “m”)
V0 = velocidade inicial (dada em m/s)
t = tempo (dado em segundos “s”)
a = aceleração (dado em m/s2)
Por ser do 2º grau, a representação gráfica da função é uma parábola.
a) Para a > 0
Esse gráfico é uma parábola com a concavidade voltada para cima, pois a aceleração é maior do que zero (a > 0). Assim,
se a velocidade for menor do que zero (v < 0), o movimento é retardado. Se a velocidade for maior do que zero (v > 0), o
movimento é acelerado.
b) Para a < 0
4. Classificação do movimento:
Nesse caso a parábola tem concavidade voltada para baixo, pois a aceleração é menor do que zero (a < 0). Se a velo-
cidade for menor do que zero (v < 0), o movimento é acelerado. Se a velocidade for maior do zero (v > 0), o movimento é
retardado.
No movimento retardado, o módulo da velocidade diminui com o passar do tempo. Já no movimento acelerado, o
módulo da velocidade aumenta com o passar do tempo.
v = v0 + a.t
Por ser uma função de primeiro grau, a representação gráfica dessa função é uma reta.
a) Para a > 0
Nesse caso a > 0, o gráfico da função é uma reta crescente. A velocidade aumenta com o passar do tempo.
b) Para v < 0.
Aqui a < 0, assim, o gráfico é uma reta decrescente. A velocidade diminui com o passar do tempo.
b) Gráficos da Aceleração:
No Movimento Uniformemente Variado, a aceleração é constante e diferente de zero, logo, a função da velocidade é
uma função constate, e o gráfico que representa essa função é uma reta paralela ao eixo dos tempos.
1. (FUVEST) Um veículo parte do repouso em movimento retilíneo e acelera com aceleração escalar constante e igual a 2,0
m/s2. Pode-se dizer que sua velocidade escalar e a distância percorrida após 3,0 segundos, valem, respectivamente:
a) 6,0 m/s e 9,0m;
b) 6,0m/s e 18m;
c) 3,0 m/s e 12m;
d) 12 m/s e 35m;
e) 2,0 m/s e 12 m
2. Dois móveis A e B movimentam-se ao longo do eixo x, obedecendo às equações móvel A: xA = 100 + 5,0t e móvel B: xB =
5,0t2, onde xA e xB são medidos em m e t em s. Pode-se afirmar que:
a) A e B possuem a mesma velocidade;
b) A e B possuem a mesma aceleração;
c) o movimento de B é uniforme e o de A é acelerado;
d) entre t = 0 e t = 2,0s ambos percorrem a mesma distância;
e) a aceleração de A é nula e a de B tem intensidade igual a 10 m/s2.
3. Um móvel parte do repouso com aceleração constante de intensidade igual a 2,0 m/s2 em uma trajetória retilínea. Após 20s,
começa a frear uniformemente até parar a 500m do ponto de partida. Em valor absoluto, a aceleração de freada foi:
a) 8,0 m/s2
b) 6,0 m/s2
c) 4,0 m/s2
d) 2,0 m/s2
e) 1,6 m/s2
4. Uma motocicleta pode manter uma aceleração constante de intensidade 10 m/s2. A velocidade inicial de um motociclista,
com esta motocicleta, que deseja percorrer uma distância de 500m, em linha reta, chegando ao final desta com uma veloci-
dade de intensidade 100 m/s é:
a) zero
b) 5,0 m/s
c) 10 m/s
d) 15 m/s
e) 20 m/s
5. Um ponto material parte do repouso em movimento uniformemente variado e, após percorrer 12 m, está animado de uma
velocidade escalar de 6,0 m/s. A aceleração escalar do ponto material, em m/s2 vale:
a) 1,5
b) 1,0
c) 2,5
d) 2,0
e) n.d.a.
5. A
4. A
3. A
2. E
1.A
Gabarito:
Até agora, conhecemos duas equações do movimento uniformemente variado, que nos permitem associar velocidade
ou deslocamento com o tempo gasto. Torna-se prático encontrar uma função na qual seja possível conhecer a velocidade de
um móvel sem que o tempo seja conhecido. Para isso, usaremos as duas funções horárias que já conhecemos:
(1)
(2)
Isolando-se t em (1):
1. Uma bala que se move a uma velocidade escalar de 200m/s, ao penetrar em um bloco de madeira fixo sobre um muro, é
desacelerada até parar. Qual o tempo que a bala levou em movimento dentro do bloco, se a distância total percorrida em seu
interior foi igual a 10cm?
2. Uma partícula, inicialmente a 2 m/s, é acelerada uniformemente e, após percorrer 8 m, alcança a velocidade de 6 m/s.
Nessas condições, sua aceleração, em metros por segundo ao quadrado, é:
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5
4. Um automóvel inicia uma trajetória com uma velocidade de 5 m/s e realiza um movimento uniformemente variado com
aceleração igual a 2 m/s2. Calcule o espaço percorrido pelo automóvel, sabendo que no fim da trajetória sua velocidade era
de 25 m/s.
5. Um objeto é lançado de uma altura de 30 m e inicia o movimento uniformemente variado com velocidade de 5 m/s. Cal-
cule a velocidade do objeto ao atingir o solo, sabendo que sua aceleração era de 10 m/s2.
6. Uma motocicleta tem velocidade inicial de 20 m/s e adquire uma aceleração constante e igual a 2m/s². Calcule sua veloci-
dade em km/h ao percorrer 100 m.
7. Um carro com velocidade de 72 Km/h é freado com uma aceleração constante, contrária ao movimento, de 10m/s² até
parar. A distância em metros percorrida pelo carro desde o instante da aplicação dos freios até parar vale:
a) 1
b) 10
c) 20
d) 30
e) 40
7. C
6. V = 101,8 km/h
5. V = 25 m/s
4. ∆5 = 150m
3. A
2. B
1. 1m/s
Gabarito:
Se largarmos uma pena e uma pedra de uma mesma altura, observamos que a pedra chegará antes ao chão. Por isso,
pensamos que quanto mais pesado for o corpo, mais rápido ele cairá. Porém, se colocarmos a pedra e a pena em um tubo sem
ar (vácuo), observaremos que ambos os objetos levam o mesmo tempo para cair.
Assim, concluímos que, se desprezarmos a resistência do ar, todos os corpos, independente de massa ou formato, cairão
com uma aceleração constante: a aceleração da Gravidade. Quando um corpo é lançado nas proximidades da Terra, fica então,
sujeito à gravidade, que é orientada sempre na vertical, em direção ao centro do planeta. O valor da gravidade (g) varia de
acordo com a latitude e a altitude do local, mas durante fenômenos de curta duração, é tomado como constante e seu valor
médio no nível do mar é:
g=9,80665m/s²
No entanto, como um bom arredondamento, podemos usar sem muita perda nos valores:
g=10m/s²
1. Lançamento Vertical:
Um arremesso de um corpo, com velocidade inicial na direção vertical, recebe o nome de Lançamento Vertical. Sua
trajetória é retilínea e vertical, e, devido à gravidade, o movimento classifica-se com Uniformemente Variado. As funções
que regem o lançamento vertical, portanto, são as mesmas do movimento uniformemente variado, revistas com o referencial
vertical (h), onde antes era horizontal (S) e com aceleração da gravidade (g).
g é negativo
Como a gravidade aponta sempre para baixo, quando jogamos algo para cima, o movimento será acelerado negativa-
mente, até parar em um ponto, o qual chamamos Altura Máxima.
g é positivo
No lançamento vertical para baixo, tanto a gravidade como o deslocamento apontam para baixo. Logo, o movimento
é acelerado positivamente. Recebe também o nome de queda livre.
1. Uma bola de futebol é chutada para cima com velocidade igual a 20m/s.
a) Calcule quanto tempo a bola vai demorar para retornar ao solo.
2. Um corpo é abandonado a 80m do solo. Sendo g = 10m/s² e o corpo estando livre de forças dissipativas, determine o ins-
tante e a velocidade que o móvel possui ao atingir o solo.
3. (UFMG) Um gato consegue sair ileso de muitas quedas. Suponha que a maior velocidade com a qual ele possa atingir o
solo sem se machucar seja de 8 m/s. Então, desprezando a resistência do ar, a altura máxima de queda, para que o gato nada
sofra, deve ser:
4. Um móvel é atirado verticalmente para cima a partir do solo, com velocidade de 72 km/h. Determine:
a) as funções horárias do movimento;
b) o tempo de subida;
c) a altura máxima atingida;
d) em t = 3 s, a altura e o sentido do movimento;
e) o instante e a velocidade quando o móvel atinge o solo.
5. Um ponto material, lançado verticalmente para cima, atinge a altura de 20 m. Qual a velocidade de lançamento? Adote g
= 10m/s²
7. Uma pulga pode dar saltos verticais de até 130 vezes sua própria altura. Para isto, ela imprime a seu corpo um impulso que
resulta numa aceleração ascendente. Qual é a velocidade inicial necessária para a pulga alcançar uma altura de 0,2 m? adote
g = 10m/s².
a) 2 m/s
b) 5 m/s
c) 7 m/s
d) 8 m/s
e) 9 m/s
7. 2m/s
5. 4s
5. 20m/s
d) S = 15m
c) S = 20m
b) t = 2s
a) V = 20 - 10.t
4.
3. 3,2m
2. t = 4s e V=40m/s
b) h = 20m
a) t = 4s
1.
Gabarito:
Determinado por um segmento orientado AB, é o conjunto de todos os segmentos orientados equipolentes a AB.
Um mesmo vetor é determinado por uma infinidade de segmentos orientados, chamados representantes desse
vetor, os quais são todos equipolentes entre si. Assim, um segmento determina um conjunto que é o vetor, e qualquer um
destes representantes determina o mesmo vetor. Usando um pouco mais nossa capacidade de abstração, se considerarmos
todos os infinitos segmentos orientados de origem comum, estaremos caracterizando, através de representantes, a totalidade
dos vetores do espaço. Ora, cada um destes segmentos é um representante de um só vetor. Consequentemente, todos os
vetores se acham representados naquele conjunto que imaginamos.
As características de um vetor são as mesmas de qualquer um de seus representantes, isto é: o módulo, a direção e o
sentido do vetor são o módulo, a direção e o sentido de qualquer um de seus representantes.
O módulo de se indica por | | .
1. Soma de vetores:
v + w = (a+c,b+d)
v + w =w + v
u + (v + w) = (u + v) + w
c) Elemento Neutro: existe um vetor O = (0,0) em R2 tal que para todo vetor u de R2, se tem:
O + u = u
d) Elemento oposto: para cada vetor v de R2, existe um vetor -v em R2 tal que:
v + (-v) = O
3. Diferença de vetores:
v - w = (a-c,b-d)
4. Produto de um número escalar por um vetor:
c.v = (ca,cb)
5. Propriedades do produto de escalar por vetor:
→1v=v
→ (k c) v = k (c v) = c (k v)
→ k v = c v implica k = c, se v for não nulo
→ k (v + w) = k v + k w
→ (k + c)v = k v + c v
6. Módulo de um vetor:
O módulo ou comprimento do vetor v=(a,b) é um número real não negativo, definido por:
i = (1,0) j = (0,1)
Para construir um vetor unitário u que tenha a mesma direção e sentido que um outro vetor v, basta dividir o vetor v
pelo seu módulo, isto é:
Observação:
Para construir um vetor u paralelo a um vetor v, basta tomar u=cv, onde c é um escalar não nulo. Nesse caso, u e v serão
paralelos:
Para fazer cálculos de vetores em apenas um dos planos em que ele se apresenta, pode-se decompor este vetor em veto-
res unitários em cada um dos planos apresentados.
Sendo simbolizados, por convenção, î como vetor unitário do plano x e como vetor unitário do plano y. Caso o
problema a ser resolvido seja dado em três dimensões, o vetor utilizado para o plano z é o vetor unitário .
Então, a projeção do vetor no eixo x do plano cartesiano será dado por , e sua projeção no eixo y do plano será:
=( , ), respeitando que sempre o primeiro componente entre parênteses é a projeção em x e o segundo é a
1. Dois corpos A e B se deslocam segundo trajetória perpendiculares, com velocidades constantes, conforme está ilustrado
na figura adiante.
As velocidades dos corpos medidas por um observador fixo têm intensidades iguais a: VA = 5,0 (m/s) e VB = 12 (m/s). Quanto
mede a velocidade do corpo A em relação ao corpo B?
5. Das grandezas citadas nas opções a seguir assinale aquela que é de natureza vetorial:
a) pressão
b) campo elétrico
c) força eletromotriz
d) trabalho
e) corrente elétrica
5. B
4. B
3. D
2. C
1. 13m/s
Gabarito:
Um movimento oblíquo é um movimento parte vertical e parte horizontal. Por exemplo, o movimento de uma pedra
sendo arremessada em um certo ângulo com a horizontal, ou uma bola sendo chutada formando um ângulo com a horizontal.
Com os fundamentos do movimento vertical, sabe-se que, quando a resistência do ar é desprezada, o corpo sofre ape-
nas a aceleração da gravidade.
O móvel se deslocará para a frente em uma trajetória que vai até uma altura máxima e depois volta a descer, formando
uma trajetória parabólica.
Para estudar este movimento, deve-se considerar o movimento oblíquo como sendo o resultante entre o movimento
vertical (y) e o movimento horizontal (x).
Na direção vertical o corpo realiza um Movimento Uniformemente Variado, com velocidade inicial igual a e
aceleração da gravidade (g)
Na direção horizontal o corpo realiza um movimento uniforme com velocidade igual a .
Observações:
• Durante a subida a velocidade vertical diminui, chega a um ponto (altura máxima) onde , e desce aumentando a
velocidade.
• O alcance máximo é a distância entre o ponto do lançamento e o ponto da queda do corpo, ou seja, onde y=0.
• A velocidade instantânea é dada pela soma vetorial das velocidades horizontal e vertical, ou seja, .
v2 = v02 + 2 . a . Δs
Onde,
v: velocidade final
v0: velocidade inicial
a: aceleração
ΔS: variação de deslocamento do corpo
H = v02 . sen2θ / (2 . g)
Onde:
H: altura máxima
v0: velocidade inicial
sen θ: ângulo realizado pelo objeto
g: aceleração da gravidade
S = S0 + V . t
Onde,
S: posição
S0: posição inicial
V: velocidade
t: tempo
A = v . cosθ . t
Onde,
A: alcance do objeto na horizontal
v: velocidade do objeto
cos θ: ângulo realizado pelo objeto
t: tempo
Posto que o objeto lançado retorna ao solo, o valor a ser considerado é o dobro do tempo de subida.
Assim, a fórmula que determina o alcance máximo do corpo é definida da seguinte maneira:
A = v2. sen(2θ) / g
2. Lançamento Horizontal:
Trata-se de uma particularidade do movimento oblíquo onde o ângulo de lançamento é zero, ou seja, é lançado ho-
rizontalmente. Por exemplo, quando uma criança chuta uma bola que cai em um penhasco, ou quando um jardineiro está
regando um jardim com uma mangueira orientada horizontalmente.
1. (Cefet-MG) Uma bola de pingue-pongue rola sobre uma mesa com velocidade constante de 0,2m/s. Após sair da mesa,
cai, atingindo o chão a uma distância de 0,2m dos pés da mesa. Considerando g=10m/s² e a resistência do ar desprezível,
determine:
(a) a altura da mesa;
2. (UECE) Num lugar em que g = 10 m/s2, lançamos um projétil com a velocidade de 100 m/s e formando com a horizontal
um ângulo de elevação de 30°. A altura máxima será atingida após:
a) 3s
b) 4s
c) 5s
d) 10s
e) 15s
3. (FEI) Um projétil é lançado a partir do solo, com velocidade de intensidade v0 = 100 m/s. Quando retorna ao solo, sua
distância ao ponto de lançamento (alcance) é de 1000 m. A menor velocidade do projétil durante seu movimento é aproxi-
madamente:
a) zero;
b) 100 m/s
c) 87 m/s
d) 70 m/s
e) 50 m/s
4. Ganhou destaque no voleibol brasileiro a jogada denominada “jornada nas estrelas”, na qual a bola arremessada de um
lado da quadra sobe cerca de 20 m de altura antes de chegar ao adversário do outro lado. Quanto tempo, em segundos, a bola
permanece no ar? Adote g = 10 m/s2e não considere o efeito do ar.
a) 20,0
b) 10,0
c) 5,0
d) 4,0
e) 2,0
4. D
3. D
2. C
b) t=1s
a) 5m
1.
Gabarito:
1. A escada rolante de uma galeria comercial liga os pontos A e B em pavimentos consecutivos a uma velocidade ascendente
constante de 0,5 m/s, conforme mostrado na figura. Se uma pessoa consegue descer contra o sentido de movimento da escada
e leva 10 segundos para ir de B até A, pode-se afirmar que sua velocidade, em relação à escada, foi em m/s igual a:
a) 0,0
b) 0,5
c) 1,0
d) 1,5
e) 2,0
2. Um automóvel percorre um certo trecho com velocidade escalar média de 40km/h e depois volta pelo mesmo trecho com
velocidade escalar média de 60 km/h. Sua velocidade escalar média no trajeto de ida e volta foi, em km/h, igual a:
a) 48
b) zero
c) 40
d) 50
e) 60
3. Um automóvel parte de Curitiba com destino a Cascavel com velocidade de 60km/h. 20 minutos depois parte outro au-
tomóvel de Curitiba com o mesmo destino à velocidade 80 km/h.
Depois de quanto tempo o segundo automóvel alcançará o primeiro?
a) 60 min
b) 70 min
c) 80 min
d) 90 min
e) 56 min
4. Um atleta caminha com uma velocidade de 150 passos por minuto. Se ele percorrer 7,20 km em uma hora, com passos de
mesmo tamanho, qual o comprimento de cada passo?
Aceleração da gravidade: 10 m/s^2
Densidade da água: 1,0 x 10^3 kg/m^3
Constante universal dos gases: R = 8,31 J/mol.K
Pressão atmosférica: 1,0 x 10^5 Pa
a) 40,0 cm
b) 60,0 cm
c) 80,0 cm
d) 100 cm
e) 120 cm
6. Um ponto material parte do repouso em movimento uniformemente variado e, após percorrer 12 m, está animado de uma
velocidade escalar de 6,0 m/s. A aceleração escalar do ponto material, em m/s, vale:
a) 1,5
b) 1,0
c) 2,5
d) 2,0
e) n.d.a.
7. Uma pedra é lançada do décimo andar de um prédio com velocidade inicial de 5m/s. Sendo a altura nesse ponto igual a
30 m e a aceleração da gravidade igual a 10 m/s2, a velocidade da pedra ao atingir o chão é:
a) 5 m/s
b) 25 m/s
c) 50 m/s
d) 30 m/s
e) 10 m/s
7. B
6. A
5. C
4. C
3. C
2. A
1. D
Gabarito:
1. Grandezas Angulares:
As grandezas até agora utilizadas de deslocamento/espaço (s, h, x, y), de velocidade (v) e de aceleração (a), eram úteis
quando o objetivo era descrever movimentos lineares, mas na análise de movimentos circulares, devemos introduzir novas
grandezas, que são chamadas grandezas angulares, medidas sempre em radianos. São elas:
Chama-se espaço angular o espaço do arco formado, quando um móvel se encontra a uma abertura de ângulo φ qual-
quer em relação ao ponto denominado origem.
E é calculado por:
3. Deslocamento angular (Δφ):
Assim como para o deslocamento linear, temos um deslocamento angular se calcularmos a diferença entre a posição
angular final e a posição angular inicial:
Sendo:
Por convenção:
Análogo à velocidade linear, podemos definir a velocidade angular média, como a razão entre o deslocamento angular
pelo intervalo de tempo do movimento:
5. Período e Frequência:
Período (T) é o intervalo de tempo mínimo para que um fenômeno cíclico se repita. Sua unidade é a unidade de tempo
(segundo, minuto, hora...)
Frequência (f) é o número de vezes que um fenômeno ocorre em certa unidade de tempo. Sua unidade mais comum é
Hertz (1Hz=1/s) sendo também encontradas kHz, MHz e rpm. No movimento circular a frequência equivale ao número de
rotações por segundo sendo equivalente a velocidade angular.
Para converter rotações por segundo para rad/s:
2. (PUCCamp-SP) Um disco gira com frequência de 30 rpm. Isso quer dizer que o período do movimento circular desen-
volvido é de:
a) 0,033 s
b) 0,5 s
c) 2 s
d) 2 min
e) 30 min
3. (UFU-MG) Relativamente aos ponteiros das horas e dos minutos de um relógio comum, é correto afirmar que:
a) possuem a mesma velocidade angular.
b) a aceleração angular do segundo ponteiro é maior.
c) possuem a mesma frequência.
d) o período do primeiro é maior.
e) a velocidade angular do primeiro é maior.
3. D
2. C
1. A
Gabarito:
Sabendo que e que , pode-se converter a função horária do espaço linear para o espaço angular:
então:
1. (UnB) O tempo de revolução do elétron mais interno em torno do núcleo mais pesado é 10-20s.
a) Em um dia, o elétron dá 86 . 1024 voltas.
b) Em duas horas, o elétron dá 72 . 1023 voltas.
c) Em uma hora, o elétron dá 36 . 1022 voltas.
d) Em um mês, o elétron dá 25 . 1025 voltas.
e) Em um ano, o elétron dá 255 . 1025 voltas.
2. Um relógio funciona durante um mês (30 dias). Neste período o ponteiro dos minutos terá dado um número de voltas
igual a:
a) 3,6 . 102
b) 7,2 . 102
c) 7,2 . 103
d) 3,6 . 105
e) 7,2 . 105
5. Uma partícula executa um movimento uniforme sobre uma circunferência de raio 20 cm. Ela percorre metade da circun-
ferência em 2,0 s. A frequência, em hertz, e o período do movimento, em segundos, valem, respectivamente:
a) 4,0 e 0,25
b) 2,0 e 0,50
c) 1,0 e 1,0
d) 0,50 e 2,0
e) 0,25 e 4,0
6. Uma roda gira em torno de seu eixo, de modo que um ponto de sua periferia executa um movimento circular uniforme.
Excetuando o centro da roda, é correto afirmar que:
a) todos os pontos da roda têm a mesma velocidade escalar;
b) todos os pontos da roda têm aceleração centrípeta de mesmo módulo;
c) o período do movimento é proporcional à frequência;
d) todos os pontos da roda têm a mesma velocidade angular;
e) o módulo da aceleração angular é proporcional à distância do ponto ao centro da roda.
6. D
5. A
4. D
3. A
2. B
1. ACD
Gabarito:
Quando um corpo efetua um Movimento Circular, este sofre uma aceleração que é responsável pela mudança da dire-
ção do movimento, a qual chamamos aceleração centrípeta, assim como visto no MCU. Sabendo que existe uma aceleração
e sendo dada a massa do corpo, podemos, pela 2ª Lei de Newton, calcular uma força que assim como a aceleração centrípeta,
aponta para o centro da trajetória circular.
A esta força damos o nome: Força Centrípeta. Sem ela, um corpo não poderia executar um movimento circular. Como
visto anteriormente, quando o movimento for circular uniforme, a aceleração centrípeta é constante, logo, a força centrípeta
também é constante. Sabendo que:
Ou
Então:
A força centrípeta é a resultante das forças que agem sobre o corpo, com direção perpendicular à trajetória.
Mostrar:
1. Velocidade mínima de looping. (Fcp = Peso)
3. Velocidade máxima de curva com ângulo. (igualar as componentes horizontais de Peso e Fcp)
1. Um carro percorre uma curva de raio 100m, com velocidade 20m/s. Sendo a massa do carro 800kg, qual é a intensidade
da força centrípeta?
3. Determine a força centrípeta descrita por uma montanha russa com massa de 1000 kg e aceleração centrípeta de 20m/s2.
4. Na estrada, um caminhão descreve uma trajetória circular com aceleração centrípeta de 2 m/s2. Sendo o raio da pista de
1800 m, calcule a velocidade do veículo.
5. Um motociclista descreve uma circunferência vertical num “globo da morte” de raio R = 4m, numa região onde g = 10m/
s². A massa total da moto e motociclista é 150 kg. Qual a força exercida sobre o globo no ponto mais alto da trajetória, se a
velocidade ali é 12 m/s?
a) 1500 N
b) 2400 N
c) 3900 N
d) 5400 N
e) 6900 N
5. C
4. 60 m/s
3. 200.000 N
2. B
1. 3200N
Gabarito:
Na cinemática, estuda-se o movimento sem compreender sua causa. Na dinâmica, estudamos a relação entre a força e
movimento.
Força: É uma interação entre dois corpos.
O conceito de força é algo intuitivo, mas para compreendê-lo, pode-se basear em efeitos causados por ela, como:
Aceleração: faz com que o corpo altere a sua velocidade, quando uma força é aplicada.
Deformação: faz com que o corpo mude seu formato, quando sofre a ação de uma força.
Força Resultante: É a força que produz o mesmo efeito que todas as outras aplicadas a um corpo.
Dadas várias forças aplicadas a um corpo qualquer:
1. Leis de Newton:
As leis de Newton constituem os três pilares fundamentais do que chamamos Mecânica Clássica, que justamente por
isso também é conhecida por Mecânica Newtoniana.
→ 1ª Lei de Newton - Princípio da Inércia:
• Quando estamos dentro de um carro, e este contorna uma curva, nosso corpo tende a permanecer com a mesma
velocidade vetorial a que estava submetido antes da curva, isto dá a impressão que se está sendo “jogado” para o lado contrário
à curva. Isso porque a velocidade vetorial é tangente a trajetória.
• Quando estamos em um carro em movimento e este freia repentinamente, nos sentimos como se fôssemos atirados
para frente, pois nosso corpo tende a continuar em movimento.
Esses e vários outros efeitos semelhantes são explicados pelo princípio da inércia, cujo enunciado é:
“Um corpo em repouso tende a permanecer em repouso, e um corpo em movimento tende a permanecer em movimento.”
Então, conclui-se que um corpo só altera seu estado de inércia, se alguém, ou alguma coisa aplicar nele uma força
resultante diferente se zero.
→ 2ª Lei de Newton - Princípio Fundamental da Dinâmica:
Quando aplicamos uma mesma força em dois corpos de massas diferentes observamos que elas não produzem acele-
ração igual.
ou em módulo: F=ma
Onde:
Exemplo:
Quando uma força de 12N é aplicada em um corpo de 2kg, qual é a aceleração adquirida por ele?
F=ma
12=2a
a=6m/s²
2. Força de Tração:
Dado um sistema onde um corpo é puxado por um fio ideal, ou seja, que seja inextensível, flexível e tem massa des-
prezível.
Podemos considerar que a força é aplicada no fio, que por sua vez, aplica uma força no corpo, a qual chamamos Força
de Tração .
3ª Lei de Newton - Princípio da Ação e Reação:
Quando uma pessoa empurra um caixa com uma força F, podemos dizer que esta é uma força de ação. mas conforme a
3ª lei de Newton, sempre que isso ocorre, há uma outra força com módulo e direção iguais, e sentido oposto a força de ação,
esta é chamada força de reação.
Esta é o princípio da ação e reação, cujo enunciado é:
“As forças atuam sempre em pares, para toda força de ação, existe uma força de reação.”
3. Um homem, no interior de um elevador, está jogando dardos em um alvo fixado na parede interna do elevador. Inicialmen-
te, o elevador está em repouso, em relação à Terra, suposta um Sistema Inercial e o homem acerta os dardos bem no centro
do alvo. Em seguida, o elevador está em movimento retilíneo e uniforme em relação à Terra. Se o homem quiser continuar
acertando o centro do alvo, como deverá fazer a mira, em relação ao seu procedimento com o elevador parado?
a) mais alto;
b) mais baixo;
c) mais alto se o elevador está subindo, mais baixo se descendo;
d) mais baixo se o elevador estiver descendo e mais alto se descendo;
e) exatamente do mesmo modo.
4. (UNESP) As estatísticas indicam que o uso do cinto de segurança deve ser obrigatório para prevenir lesões mais graves em
motoristas e passageiros no caso de acidentes. Fisicamente, a função do cinto está relacionada com a:
a) Primeira Lei de Newton;
b) Lei de Snell;
c) Lei de Ampère;
d) Lei de Ohm;
e) Primeira Lei de Kepler.
5. (ITA) As leis da Mecânica Newtoniana são formuladas em relação a um princípio fundamental, denominado:
a) Princípio da Inércia;
b) Princípio da Conservação da Energia Mecânica;
c) Princípio da Conservação da Quantidade de Movimento;
d) Princípio da Conservação do Momento Angular;
e) Princípio da Relatividade: “Todos os referenciais inerciais são equivalentes, para a formulação da Mecânica Newtoniana”.
5. E
4. A
3. E
2. D
1. E
Gabarito:
1. Força Peso:
Quando falamos em movimento vertical, introduzimos um conceito de aceleração da gravidade, que sempre atua no
sentido a aproximar os corpos em relação à superfície.
Relacionando com a 2ª Lei de Newton, se um corpo de massa m, sofre a aceleração da gravidade, quando aplicada a
ele o princípio fundamental da dinâmica poderemos dizer que:
ou em módulo:
O Peso de um corpo é a força com que a Terra o atrai, podendo ser variável, quando a gravidade variar, ou seja, quando
não estamos nas proximidades da Terra.
A massa de um corpo, por sua vez, é constante, ou seja, não varia.
Existe uma unidade muito utilizada pela indústria, principalmente quando tratamos de força peso, que é o kilograma-
-força, que por definição é:
1kgf é o peso de um corpo de massa 1kg submetido a aceleração da gravidade de 9,8m/s².
A sua relação com o newton é:
Quando falamos no peso de algum corpo, normalmente, lembramos do “peso” medido na balança. Mas este é
um termo fisicamente errado, pois o que estamos medindo na realidade, é a nossa massa.
Além da Força Peso, existe outra que normalmente atua na direção vertical, chamada Força Normal.
Esta é exercida pela superfície sobre o corpo, podendo ser interpretada como a sua resistência em sofrer deformação
devido ao peso do corpo. Esta força sempre atua no sentido perpendicular à superfície, diferentemente da Força Peso que atua
sempre no sentido vertical.
Analisando um corpo que se encontra sob uma superfície plana verificamos a atuação das duas forças.
Para que este corpo esteja em equilíbrio na direção vertical, ou seja, não se movimente ou não altere sua velocidade, é
necessário que os módulos das forças Normal e Peso sejam iguais, assim, atuando em sentidos opostos elas se anularão.
Por exemplo:
(a)
(b)
2. Força de Atrito:
Até agora, para calcularmos a força, ou aceleração de um corpo, consideramos que as superfícies por onde este se
deslocava, não exercia nenhuma força contra o movimento, ou seja, quando aplicada uma força, este se deslocaria sem parar.
Mas sabemos que este é um caso idealizado. Por mais lisa que uma superfície seja, ela nunca será totalmente livre
de atrito.
Sempre que aplicarmos uma força a um corpo, sobre uma superfície, este acabará parando.
É isto que caracteriza a força de atrito:
• Se opõe ao movimento;
• Depende da natureza e da rugosidade da superfície (coeficiente de atrito);
• É proporcional à força normal de cada corpo;
• Transforma a energia cinética do corpo em outro tipo de energia que é liberada ao meio.
Onde:
μ: coeficiente de atrito (adimensional)
N: Força normal (N)
a) Atrito Estático e Dinâmico:
Quando empurramos um carro, é fácil observar que até o carro entrar em movimento é necessário que se aplique uma
força maior do que a força necessária quando o carro já está se movimentando.
Isto acontece pois existem dois tipos de atrito: o estático e o dinâmico.
b) Atrito Estático:
c) Atrito Dinâmico:
1. (FUVEST-SP) Um corpo de massa igual a 20kg, partindo do repouso, cai em queda livre de uma altura igual a 2 m em
relação ao solo (g=10m/s2). Qual é o módulo, em newtons, da força de atração que a Terra exerce sobre o corpo?
2. (FEI-SP) Um quilograma padrão pesa cerca de 10N na Terra. Em um planeta X, o mesmo quilograma padrão pesa 35N.
Qual é a aceleração da gravidade no planeta X? (1kgf=10N)
3. (PUC-RIO 2008)
Um balão de ar quente, de massa desprezível, é capaz de levantar uma carga de 100 kg mantendo durante a subida uma ve-
locidade constante de 5,0 m/s. Considerando a aceleração da gravidade igual a 10 m/s², a força que a gravidade exerce (peso)
no sistema (balão + carga), em Newtons, é:
3. 1000
2. 35 m/s2
1. 200N
Gabarito:
1. (UFV) Uma corda de massa desprezível pode suportar uma força tensora máxima de 200N sem se romper. Um garoto
puxa, por meio desta corda esticada horizontalmente, uma caixa de 500N de peso ao longo de piso horizontal. Sabendo que
o coeficiente de atrito cinético entre a caixa e o piso é 0,20 e, além disso, considerando a aceleração da gravidade igual a 10
m/s2, determine:
a) a massa da caixa;
b) a intensidade da força de atrito cinético entre a caixa e o piso;
c) a máxima aceleração que se pode imprimir à caixa.
2. (UNICAMP) Um caminhão transporta um bloco de ferro de 3,0t, trafegando horizontalmente e em linha reta, com velo-
cidade constante. O motorista vê o sinal (semáforo) ficar vermelho e aciona os freios, aplicando uma desaceleração constante
de valor 3,0 m/s2. O bloco não escorrega. O coeficiente de atrito estático entre o bloco e a carroceria é 0,40. Adote g = 10 m/
s2.
a) Qual a intensidade da força de atrito que a carroceria aplica sobre o bloco, durante a desaceleração?
b) Qual é a máxima desaceleração que o caminhão pode ter para o bloco não escorregar?
3. (FUND. CARLOS CHAGAS) Um bloco de madeira pesa 2,0 . 103N. Para deslocá-lo sobre uma mesa horizontal, com
velocidade constante, é necessário aplicar uma força horizontal de intensidade 1,0 . 102N. O coeficiente de atrito dinâmico
entre o bloco e a mesa vale:
a) 5,0 . 10-2
b) 1,0 . 10-1
c) 2,0 . 10-3
d) 2,5 . 10-1
e) 5,0 . 10-1
4. Um bloco de massa 60 kg é puxado horizontalmente por um barbante. O coeficiente de atrito entre o bloco e o plano
horizontal de apoio é 0,2. Adota-se g = 10 m/s2. Sabendo que o bloco tem aceleração de módulo igual a 4,0 m/s2, concluímos
que a força de tração no barbante tem intensidade igual a:
a) 140N
b) 250N
c) 360N
d) 470N
e) 990N
5. No asfalto seco de nossas estradas o coeficiente de atrito estático entre o chão e os pneus novos de um carro vale 0,80. Con-
sidere um carro com tração apenas nas rodas dianteiras. Para este carro em movimento, em uma estrada plana e horizontal,
60% do peso total (carro + passageiros) está distribuído nas rodas dianteiras. Sendo g = 10m/s2 e não considerando o efeito
do ar, a máxima aceleração que a força de atrito pode proporcionar ao carro é de:
a) 10 m/s2
b) 8,0 m/s2
c) 6,0 m/s2
d) 4,8 m/s2
e) 0,48 m/s2
a) 200N
b) 300N
c) 350N
d) 400N
e) 550N
6. D
5. D
4. C
3. A
b) 4m/s2
a) 1,2.104N
2.
c) 2m/s2
b) 100N ou 1.102N
a) 50kg
1.
Gabarito:
Imagine uma mola presa em uma das extremidades a um suporte, e em estado de repouso (sem ação de nenhuma
força).
Quando aplicamos uma força F na outra extremidade, a mola tende a deformar (esticar ou comprimir, dependendo
do sentido da força aplicada).
Ao estudar as deformações de molas e as forças aplicadas, Robert Hooke (1635-1703), verificou que a deformação da
mola aumenta proporcionalmente à força. Daí estabeleceu-se a seguinte lei, chamada Lei de Hooke:
F=K.x
Onde:
F: intensidade da força aplicada (N);
k: constante elástica da mola (N/m);
x: deformação da mola (m).
A constante elástica da mola depende principalmente da natureza do material de fabricação da mola e de suas dimen-
sões. Sua unidade mais usual é o N/m (newton por metro) mas também encontramos N/cm; kgf/m, etc.
Exemplo:
Um corpo de 10kg, em equilíbrio, está preso à extremidade de uma mola, cuja constante elástica é 150N/m. Considerando
g=10m/s², qual será a deformação da mola?
Se o corpo está em equilíbrio, a soma das forças aplicadas a ela será nula, ou seja:
Quando um corpo efetua um Movimento Circular, este sofre uma aceleração que é responsável pela mudança da dire-
ção do movimento, a qual chamamos aceleração centrípeta, assim como visto no MCU.
Sabendo que existe uma aceleração e sendo dada a massa do corpo, podemos, pela 2ª Lei de Newton, calcular uma
força que assim como a aceleração centrípeta, aponta para o centro da trajetória circular.
A esta força damos o nome: Força Centrípeta. Sem ela, um corpo não poderia executar um movimento circular.
Como visto anteriormente, quando o movimento for circular uniforme, a aceleração centrípeta é constante, logo, a
força centrípeta também é constante.
Sabendo que:
ou
Então:
1. (MACKENZIE-SP) A mola da figura varia seu comprimento de 10cm para 22cm quando penduramos em sua extremi-
dade um corpo de 4N.
Determine o comprimento total dessa mola quando penduramos nela um corpo de 6N.
O máximo de força atingido pelo atleta, sabendo-se que a constante elástica da tira é de 300 N/m e que obedece à lei de
Hooke, é, em N,
4. (UNICAMP-SP) Sensores de dimensões muito pequenas têm sido acoplados a circuitos microeletrônicos. Um exemplo é
um medidor de aceleração que consiste de uma massa m presa a uma micromola de constante elástica k. Quando o conjunto
é submetido a uma aceleração a, a micromola se deforma, aplicando uma força F na massa (ver diagrama a seguir). O gráfico
a seguir do diagrama mostra o módulo da força aplicada versus a deformação de uma micromola utilizada num medidor de
aceleração.
b) O medidor de aceleração foi dimensionado de forma que essa micromola sofra uma deformação de 0,50 mm quando a
massa tem uma aceleração de módulo igual a 25 vezes o da aceleração da gravidade.
Qual é o valor da massa m ligada à micromola?
b) m = 9,0.10-9 kg
a) K = 1,0 N/m
4. C
3. 84
2. Sim. Obedece, pois K é constante
1. 28 cm
Gabarito:
4. Francisco Redi:
5. Needham:
7. Louis Pasteur:
Realizou novos experimentos que vieram a reforçar a
hipótese de a vida poder originar-se por abiogênese. Consis- Foi principalmente devido ao grande biólogo francês
tiam em aquecer em tubos de ensaio líquidos nutritivos, com Louis Pasteur, em 1862, que a ocorrência da abiogênese no
partículas de alimento. Fechava-os, impedindo a entrada de mundo microscópico foi refutada tanto quanto a ocorrência
ar, e os aquecia novamente. no mundo macroscópico. Contra o argumento de Needham
Após vários dias, nesses tubos proliferavam enormes sobre a destruição do princípio ativo durante a fervura, ele
quantidades de pequenos organismos. Esses experimentos formulou experimentos com frascos com “pescoço de cisne”
foram vistos como grande reforço a hipótese da abiogênese. que permitiam a entrada de ar, ao mesmo tempo em que mi-
nimizavam consideravelmente a entrada de outros micróbios
por via aérea.
Dessa forma, demonstrava que a fervura em si, não
tirava a capacidade dos líquidos de manterem a vida, bastaria
que organismos fossem neles introduzidos. O impedimento
da origem da vida por falta do princípio ativo, também pode
ser descartado, já que o ar podia entrar e sair livremente da
mistura. O recipiente com “pescoço de cisne” permaneceu
nessas condições, livre de micróbios durante cerca de um ano
e meio.
HELP VESTIBULARES
A ORIGEM E EVOLUÇÃO DOS SERES VIVOS
5. Hipótese Autotrófica:
3. Darwinismo:
3. A
2. D
1. C
Gabarito:
• os fósseis,
• a semelhança embriológica e anatômica existente entre os
componentes de alguns grupos animais,
• a existência de estruturas vestigiais e as evidências bioquí- 2. Processo de fossilização:
micas relacionadas a determinadas moléculas comuns a mui-
tos seres vivos. Um fóssil se forma quando os restos mortais de um or-
ganismo ficam a salvo tanto da ação dos agentes decomposi-
1. O que são fósseis? tores, como das intempéries naturais (vento, sol direto, chu-
vas, etc.). As condições mais favoráveis à fossilização ocorrem
Um fóssil é qualquer vestígio de um ser vivo que ha- quando o corpo de um animal ou uma planta é sepultado no
bitou o nosso planeta em tempos remotos, como uma parte fundo de um lago e rapidamente coberto por sedimentos.
do corpo, uma pegada ou uma impressão corporal. O estudo
dos fósseis permite deduzir o tamanho e a forma dos organis-
mos que os deixaram, possibilitando a reconstrução de uma
imagem, possivelmente parecida, dos animais quando eram
vivos.
8. Órgãos vestigiais:
É o processo através do qual ocorrem mudanças ou 4. Composição química dos seres vivos:
transformações nos seres vivos ao longo do tempo, dando
origem a espécies novas. Essa evolução acontece devido A matéria, componente dos seres vivos, é constituída
a ação de agentes como, a mutação, processo aleatório de de átomos. Milhões de átomos de elementos químicos como,
surgimento de novas características dentro de uma espécie, carbono (C), hidrogênio (H), oxigênio (O), nitrogênio (N),
e a seleção natural, onde o próprio ambiente seleciona essas fósforo (P) e enxofre (S), unidos por meio de ligações quími-
características como vantajosas ou não, para sobreviver em cas, formam as moléculas constituintes dos seres vivos, gene-
determinado meio. ricamente chamadas de moléculas orgânicas.
Essas moléculas são geralmente constituídas por lon-
gas sequências de átomos de carbono interligados, aos quais
estão unidos átomos de outros elementos componentes da
molécula. Os principais tipos de moléculas orgânicas são as
proteínas, os glicídios, os lipídeos e os ácidos nucleicos.
5. A célula:
1. Fosfolipídios,
2. Proteínas integrais,
3. Proteínas periféricas,
4. Glicídios,
5. Glicoproteínas,
6. Glicolipídios,
7. Colesterol.
1. Transporte Passivo:
2. Transporte Ativo:
1. O Glicocálice:
5. Zônula de Adesão:
3. Desmossomos:
mitocôndrias ribossomos e
c) mitocrôndias
e plastos mitocôndrias
mitocôndrias mitocôndrias
d) mitocrôndias
e plastos e plastos
mitocôndrias
e) mitocrôndias mitocrôndias
e plastos
O Pareamento das Bases Nitrogenadas se dá por meio A interação ocorre por ligações fosfodiéster, formando
de Ligações de Hidrogênio. No DNA Adenina sempre se liga pontes de fosfato entre os nucleotídeos. O carbono-3 da pen-
a Timina, enquanto Guanina sempre se liga a Citosina. tose do primeiro nucleotídeo se une ao grupo fosfato ligado
ao carbono-5 da pentose do segundo nucleotídeo através da
A-T C–G ligação fosfodiéster. Desta forma, os nucleotídeos se unem,
constituindo uma fita de ácido desoxirribonucleico.
2. 05 (01,04)
1. 04
Gabarito:
1. 22 (02,04,16)
Gabarito:
• Glicólise:
Sendo assim, pode parecer que a Química limita-se à teoria e às pesquisas de laboratório ou à produção industrial. Mas
ela é uma das ciências que estão mais presentes em nosso cotidiano e dentro de nós mesmos.
Só para citar alguns exemplos, a Química contribui para o desenvolvimento e produção de medicamentos que salvam
vidas, de produtos de higiene e limpeza, de combustíveis que levam ao desenvolvimento de nossa sociedade e de meios de
produção mais eficazes. Além disso, ela está presente na composição dos alimentos que consumimos (sejam naturais ou
artificiais) e nas reações do nosso organismo, como a digestão.
Transformação Física
Altera a forma da matéria sem alterar sua identidade.
Estados Físicos
Sólido (s), líquido (l) e gasoso (g).
O que caracteriza e define um estado físico da matéria são as forças atuantes em seu interior; coesão, a qual tende a
aproximar as partículas, e repulsão, a qual tende a afastá-las. Quando a força de coesão supera a de repulsão, a substância
se apresentará na fase de agregação chamada de sólido, quando as forças apresentarem a mesma intensidade, teremos um
líquido, quando a de repulsão superar a de coesão, teremos então um gás. Cada um desses estados físicos distingue-se dos
outros, entre outros fatores, por sua forma e volume. O estado sólido apresenta forma e volume constante, o líquido forma
variável e volume constante, e o gasoso, forma e volume variáveis.
Na fase de agregação sólida, as partículas não apresentam liberdade de movimento, cabendo-lhes apenas movimentos
de ordem vibracional, e a matéria terá maior densidade molecular. No estado líquido, as partículas podem literalmente “rolar”
umas sobre as outras. Já na fase gasosa, as partículas terão ampla liberdade de movimento, e a matéria estará em sua fase de
menor densidade molecular possível.
Sólido: Nesse estado físico da matéria, as moléculas se encontram muito próximas, sendo assim possuem forma fixa, volume
fixo e não sofrem compressão. As forças de atração (coesão) predominam neste caso. Um exemplo é um cubo de gelo, as
moléculas estão muito próximas e não se deslocam, ao menos que passe por um aquecimento.
Líquido: Aqui as moléculas estão mais afastadas do que no estado sólido e as forças de repulsão são um pouco maiores. Os
elementos que se encontram nesse estado, possuem forma variada, mas volume constante. Além destas características, possui
facilidade de escoamento e adquirem a forma do recipiente que os contém.
Gasoso: O movimento das moléculas nesse estado é bem maior que no estado líquido ou sólido. As forças de repulsão
predominam fazendo com que as substâncias não tomem forma e nem volume constante. Se variarmos a pressão exercida
sobre um gás, podemos aumentar ou diminuir o volume dele, sendo assim, pode-se dizer que sofre compressão e expansão
facilmente. Os elementos gasosos tomam a forma do recipiente que os contém.
A matéria pode apresentar-se em qualquer estado físico, dependendo dos fatores pressão e temperatura. Assim, de
modo geral, o aumento de temperatura e a redução de pressão favorecem o estado gasoso, e pode-se dizer que o inverso
favorece ao estado sólido. As transformações de estado físico da matéria apresentam denominações características, como se
pode ver abaixo:
a) Fusão: representa a passagem do estado sólido para o estado líquido. A temperatura na qual ocorre recebe o nome de Ponto
de Fusão. Por exemplo, o derretimento de um cubo de gelo.
c) Liquefação ou condensação: representa a passagem do estado gasoso para o estado líquido. Por exemplo, a umidade
externa de um frasco metálico ao ser exposto a uma temperatura relativamente elevada.
d) Solidificação: representa a passagem do estado líquido para o estado sólido. Por exemplo, o congelamento da água em uma
forma de gelo levada ao refrigerador.
e) Sublimação: representa a passagem do estado sólido para o estado gasoso ou o processo inverso, sem passagem pelo estado
líquido. Por exemplo, a sublimação do gás carbônico sólido, conhecido por gelo seco, em exposição à temperatura ambiente.
Elemento químico é o material formado por átomos de um mesmo tipo ou mais precisamente um conjunto de
átomos de mesmo número atômico. O número atômico é a quantidade de prótons que um átomo possui em seu núcleo.
Desse modo, a menor parte ou partícula que conserva as propriedades de um elemento químico é um átomo só com aquele
determinado número atômico.
Elementos sintéticos: são os elementos químicos produzidos artificialmente (síntese em laboratório). Podem se classificar em
duas categorias, os cisurânicos e transurânicos. Os Cisurânicos possuem número atômico inferior a 92. Já os Transurânicos
(ou superpesados) possuem número atômico superior a 92, são radioativos e instáveis.
Hoje, são conhecidos 118 elementos químicos, 92 são encontrados na natureza, e os outros são produzidos artificialmente.
2. Representação convencional:
Os elementos químicos são representados por meio de uma sigla, na qual a letra inicial é maiúscula e que pode vir
acompanhada de uma ou duas letras minúsculas.
A sigla do nome do elemento pode fazer referência a diversos aspectos, como o nome do elemento em latim, o nome do
elemento em outra língua, o nome do descobridor, homenagem a um cientista, local da descoberta etc. Veja alguns exemplos:
#ExemploComentado
1. (UEL) Diariamente, milhões de toneladas de lixo são lançados no ambiente. Aos poucos, após a década de 1950, o lixo
passou a ser sinônimo de energia, matéria-prima e solução. Processos alternativos, como a reciclagem, por exemplo, reduzem
o lixo e atuam nos processos produtivos, economizam energia, água e matéria-prima. A coleta seletiva é a maior aliada no
reaproveitamento dos resíduos.
Com base nos conhecimentos sobre reciclagem, atribua V (verdadeiro) ou F (falso) às afirmativas a seguir.
( ) O alumínio e o vidro mantêm suas características praticamente inalteradas ao serem reciclados.
( ) O vidro é o único material que permite uma junção de cores recicláveis, tendo uma reciclagem finita ao longo do tempo.
( ) A reciclagem busca a redução dos custos de fabricação de alguns produtos, sobretudo em função do menor desperdício
de energia.
( ) O volume de matéria-prima recuperado atualmente pela reciclagem encontra-se acima da necessidade da indústria.
( ) A reciclagem é uma forma de reintroduzir o lixo no processo industrial, retirando os resíduos do fluxo terminal.
Assinale a alternativa que contém, de cima para baixo, a sequência correta.
a) V, V, F, V, F.
b) V, F, V, F, V.
c) V, F, F, F, V.
d) F, V, F, V, F.
e) F, F, V, V, V.
2. (UEPG 2015) Com base na tabela abaixo, que apresenta a temperatura de fusão e ebulição de algumas substâncias a 1 atm,
analise as informações apresentadas e assinale o que for correto.
3. (UNICAMP 2018) Icebergs flutuam na água do mar, assim como o gelo em um copo com água potável. Imagine a
situação inicial de um copo com água e gelo, em equilíbrio térmico à temperatura de 0ºC. Com o passar do tempo o gelo vai
derretendo. Enquanto houver gelo, a temperatura do sistema:
a) permanece constante, mas o volume do sistema aumenta.
b) permanece constante, mas o volume do sistema diminui.
c) diminui e o volume do sistema aumenta.
d) diminui, assim como o volume do sistema.
4. D
3. B
2. 06 (02,04)
1. B
Gabarito:
Substâncias: possui todas as propriedades definidas, determinadas e praticamente invariáveis nas mesmas condições de
temperatura e pressão. Ou seja, é determinada por um conjunto de propriedades próprias. Exemplo: água destilada (elevado
teor de pureza), oxigênio, gás carbônico, cloreto de sódio, mercúrio, ferro, etc.
Substâncias puras simples: que são formadas pela combinação de átomos de um único elemento químico, como por
exemplo o gás hidrogênio formado por dois átomos de hidrogênio ligados entre si; o ozônio formado por três átomos de
oxigênio.
Substâncias puras compostas: que são formadas pela combinação de átomos de dois ou mais elementos químicos
diferentes, como por exemplo a água formada por dois átomos de hidrogênio e um átomo de oxigênio; ácido clorídrico (nome
comercial ácido de muriático) formado por um átomo de hidrogênio e um átomo de cloro.
Mistura: quando o material não possui todas as propriedades definidas e bem determinadas, ou quando as propriedades de
um material variam mesmo com as condições de temperatura e pressão mantidas constantes. Exemplos: aço (liga formada de
carbono e ferro), petróleo, madeira, granito (quartzo, mica e feldspato), ar (78% N2; 21% O2; 1% outros gases).
Mistura Eutética: Temperatura de fusão é constante e temperatura de ebulição varia.
Mistura Azeotrópica: Temperatura de fusão varia e temperatura de ebulição é constante.
1. Análise gráfica:
Mistura é uma espécie de matéria que apresenta variação na temperatura durante a fusão ou ebulição.
Alotropia: é a propriedade que alguns elementos químicos têm de formar uma ou mais substâncias simples diferentes.
Pertencem ao mesmo elemento químico.
O carbono possui dois alótropos: o diamante e o grafite. A principal diferença está no arranjo cristalino dos átomos
de carbono.
O oxigênio tem dois alótropos, formando duas substâncias simples: o gás oxigênio (O2) e o gás ozônio (O3).
O fósforo tem duas formas alotrópicas principais: o fósforo branco e o fósforo vermelho.
O enxofre possui dois alótropos principais: o enxofre ortorrômbico ou rômbico e o enxofre monocíclico.
1. (FUVEST 2018) Considere as figuras pelas quais são representados diferentes sistemas contendo determinadas substâncias
químicas. Nas figuras, cada círculo representa um átomo, e círculos de tamanhos diferentes representam elementos químicos
diferentes.
a) A alpaca é uma mistura homogênea ou heterogênea? Que característica da estrutura metálica explica o fato de essa liga ser
condutora de corrente elétrica?
b) A determinação da densidade pode ser utilizada para se saber se um anel é de prata ou de alpaca? Justifique sua resposta
apenas por meio da comparação de valores, sem recorrer a cálculos.
4. 54 (02,04,16,32)
que a determinação da densidade pode ser utilizada para se saber se um anel é de prata ou de alpaca.
menor do que a densidade da prata (10,5 g/cm3) e os outros metais não apresentam densidade superior a 8,9 g/cm3, conclui-se
b) Sim. Justificativa: o cobre é o metal em maior porcentagem presente na alpaca 61% como sua densidade (8,9 g/cm3) é
ligação metálica.
o fato de essa liga ser condutora de corrente elétrica é a existências de elétrons livres dentro da rede cristalina, ou seja, ocorre
a) A alpaca é uma mistura homogênea, pois pode formar uma liga eutética. A característica da estrutura metálica que explica
2. B
1. C
Gabarito:
Segundo o cientista francês, Antoine Laurent Lavoisier, em uma reação química: “A soma das massas das substâncias
reagentes é igual à soma das massas dos produtos da reação.” Esse enunciado é conhecido como Lei de Lavoisier ou Lei da
Conservação das Massas. Para que uma reação química esteja de acordo com a Lei de Lavoisier, os números de átomos dos
elementos devem ser iguais nos dois membros da equação, ou seja, a equação deve estar corretamente balanceada.
Exemplo de um balanceamento - Equação da Fotossíntese:
A fotossíntese é o processo através do qual as plantas, e alguns outros organismos transformam energia luminosa em
energia química processando o dióxido de carbono (CO2), água (H2O) e minerais em compostos orgânicos e produzindo
oxigênio gasoso (O2). A equação geral do processo:
Quando um vegetal clorofilado realiza fotossíntese, para cada 6 moléculas de gás carbônico que reagem, são necessárias
6 moléculas de água para produzirem 1 molécula de glicose e 6 de oxigênio. Se um dos coeficientes da equação for multiplicado
por um número, todos os coeficientes dessa equação deverão ser multiplicados pelo mesmo número. Verifique o número de
átomos, de cada elemento no 1º e 2º membros da equação acima:
Isto significa que a equação acima está corretamente balanceada, ou seja, os seus coeficientes estão ajustados. Para
contar o número de átomos de cada elemento, deve-se multiplicar o coeficiente pelo correspondente índice (número que fica
abaixo e à direita do símbolo). Se o elemento aparece em mais de uma substância do mesmo membro, seus átomos devem
ser somados.
aA + bB → cC
Observe que na 1ª equação há um carbono e no reagente e um carbono no produto. Também há dois oxigênios no
reagente e dois no produto. A equação está corretamente balanceada.
Na 2ª equação, há dois hidrogênios no reagente e dois hidrogênios no produto, porém há dois oxigênios no reagente
e apenas um no produto. Então, deve-se balancear esta equação.
Quando o coeficiente for 1, ele não precisa ser escrito.
O método das tentativas baseia-se em três princípios e o primeiro deles é a atribuição de um coeficiente inicial ao
elemento que aparece apenas uma vez ou ao radical.
O segundo princípio é dar preferência ao elemento com maior número de átomos, caso apareça mais de um elemento
ao mesmo tempo. O terceiro princípio é prosseguir com os radicais ou com os elementos, fazendo a transposição dos índices
entre os membros, fazendo uso deles como coeficientes até o final do processo de balanceamento.
A equação H2 + O2 → H2O balanceada ficaria: 2 H2 + O2 → 2 H2O, bastando-se colocar o 2 à frente do H2, além de
outro 2 à frente do H2O. Dessa forma, o reagente fica com 4 hidrogênios e 2 oxigênios, sendo que o produto também fica
com a mesma quantidade. O 2 acrescentado no balanceamento é o coeficiente.
Para facilitar, podemos começar acertando os metais. Em seguida os não-metais, depois oxigênio e por último o
hidrogênio. É importante fazer a conferência e descobrir se o balanceamento foi feito de modo correto, observando se o
número de elementos nos membros está igual.
Nesta ordem:
1º) Metais
2º) Não-Metais
3º) Oxigênio
4º) Hidrogênio
Exemplos de balanceamento:
1. (FEI) Uma característica essencial dos fertilizantes é a sua solubilidade em água. Por isso, a indústria de fertilizantes
transforma o fosfato de cálcio, cuja solubilidade em água é muito reduzida, num composto muito mais solúvel, que é o
superfosfato de cálcio. Representa-se esse processo pela equação:
Cax(PO4)2 + y H2SO4 → Ca(H2PO4)z + 2 CaSO4 onde os valores de x, y e z são, respectivamente:
a) 4, 2 e 2
b) 3, 6 e 3
c) 2, 2 e 2
d) 5, 2 e 3
e) 3, 2 e 2
2. (MACK)
Supondo que os círculos vazio e cheio, respectivamente, signifiquem átomos diferentes, então o esquema anterior representará
uma reação química balanceada se substituirmos as letras X, Y e W, respectivamente, pelos valores:
a) 1, 2 e 3.
b) 1, 2 e 2.
c) 2, 1 e 3.
d) 3, 1 e 2.
e) 3, 2 e 2.
4. (FUVEST) Na equação x Fe2O3 + 3 CO → y CO2 + 2 Fe, a soma dos coeficientes x e y que tornam a equação corretamente
balanceada é:
a) 5
b) 3
c) 7
d) 2
e) 4
5. (UEL) Considere a reação de combustão completa do hidrogênio gasoso, balanceada em menores números inteiros.
Comparando-se os reagentes com o produto da reação, pode-se dizer que eles apresentam igual:
I) número total de moléculas;
II) número total de átomos;
III) massa.
Dessas afirmações,
a) apenas I e correta.
b) apenas II e correta.
c) apenas I e II são corretas.
d) apenas I e III são corretas.
e) apenas II e III são corretas.
5. E
4. E
3. B
2. D
1. E
Gabarito:
Um dos interesses dos químicos é estudar as propriedades das substâncias puras e como na maioria das vezes essas
substâncias se apresentam misturadas é essencial conhecer os principais métodos de separação. Para escolher o método de
separação de misturas adequado é importante você conhecer um pouco da sua mistura, como por exemplo, se ela é heterogênea
(mistura com duas ou mais fases) ou homogênea (mistura com apenas uma fase). Nessa primeira parte abordaremos as
principais técnicas de separação de misturas homogêneas.
1. Destilação:
Provavelmente a técnica mais utilizada em laboratórios para separar misturas. Baseia-se na diferença de pontos de
ebulição dos componentes. A destilação pode ser simples ou fracionada.
Separa uma mistura homogênea de sólido com líquido, ou seja, quando o sólido encontra-se dissolvido na fase líquida.
A amostra é aquecida em um balão de destilação onde começa a entrar em ebulição formando vapor (Figura 1). A substância
com menor ponto de ebulição da mistura irá vaporizar primeiro. Conectado ao balão está o condensador, por onde o vapor
passará e voltará ao estado líquido. Aqui ocorre um abaixamento de temperatura promovido pela passagem contínua de água
nas laterais do condensador. Após a passagem pelo condensador, o líquido é recolhido em um recipiente apropriado e passará
a se chamar destilado. Ao término da destilação, a parte sólida restará no balão de destilação.
Na destilação fracionada o balão de destilação está conectado a uma coluna de fracionamento e esta, por sua vez, está
conectada ao condensador (Figura 2). No condensador o vapor se liquefaz e escoará para o recipiente onde será recolhido.
A coluna de fracionamento possui dentro dela inúmeras barreiras físicas, “dificultando” a passagem do vapor, que vai sendo
purificado à medida que passa pela coluna. Quanto maior a coluna, maior a possibilidade de separação dos componentes da
mistura. Por esse processo podemos separar dois ou mais líquidos.
O uso mais emblemático desse processo é a separação dos derivados de petróleo (gasolina, querosene, óleo diesel, etc.).
Evaporação:
Caracterizado como um processo lento, onde se separa uma fase sólida que está dissolvida na fase líquida. Processo
clássico de obtenção do sal de cozinha proveniente da água do mar. A água do mar é represada nas salinas, onde é evaporada
naturalmente pela ação dos ventos e aquecimento solar.
Acabamos de ver os métodos mais comuns para separação de misturas, mas é importante lembrar que, em alguns casos,
é necessário utilizar mais de um método de separação para se obter uma substância.
Além disso, para certas misturas, podemos usar diferentes técnicas e chegar a um mesmo resultado. Por exemplo, para
a separação de sal de cozinha (cloreto de sódio) dissolvido em água, podemos usar a evaporação ou a destilação.
Para a escolha adequada é necessário avaliar o tempo disponível, o custo envolvido e a disponibilidade de aparelhagem
e reagentes.
- Metano (CH4) também chamado de gás natural e Etano (C2H6) os dois são componentes do G.N.V (Gás Natural Veicular)
- Propano (C3H8) e Butano (C4H10) são componentes do G.L.P. (Gás Liquefeito de Petróleo) - dá origem ao gás de cozinha.
Craqueamento do Petróleo (consiste em dividir, também chamado de fracionar) uma molécula de petróleo em
moléculas menores).
O primeiro passo para o refino do petróleo é realizar a dessalinização, que visa tratar o composto bruto com o objetivo
de remover sais corrosivos, metais e partículas sólidas em suspensão. Em seguida, o petróleo passa pelo processo de destilação
atmosférica, que separa as frações mais leves das frações pesadas através da diferença de pontos de ebulição, este processo
ocorre em torres de destilação e os produtos obtidos nessa etapa são: Butano e inferiores, Gasolina, Naftas, Querosene,
Gasóleo Leve e Pesado e resíduo asfáltico. Em seguida o resíduo passa pela destilação a vácuo em baixas pressões, separando
as frações de diesel e gasóleo. O resíduo deste processo é composto pela fração pesada, basicamente hidrocarbonetos de alta
massa molecular e impurezas, e esse resíduo será enviado para produção de óleo combustível pesado e asfalto.
1. (Fuvest 2018) Uma determinada quantidade de metano (CH4 ) é colocada para reagir com cloro (C 2 ) em excesso,
a 400 °C, gerando HC (g) e os compostos organoclorados H3CC, H2CC 2 , HCC 3 , CC 4 , cujas propriedades são
mostradas na tabela. A mistura obtida ao final das reações químicas é então resfriada a 25 °C, e o líquido, formado por uma
única fase e sem HC, é coletado.
A melhor técnica de separação dos organoclorados presentes na fase líquida e o primeiro composto a ser separado por essa
técnica são:
a) decantação; H3CC.
b) destilação fracionada; CC 4 .
c) cristalização; HCC 3 .
d) destilação fracionada; H2CC 2 .
e) decantação; CC 4 .
2. (UEL) A destilação fracionada, como a usada na separação de frações do petróleo, é um método utilizado para separar
misturas .......... de líquidos com diferentes pontos de .........., NÃO sendo indicado para separar misturas .......... .
Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas.
a) heterogêneas - fusão - eutéticas
b) homogenêas - fusão - azeotrópicas
c) heterogêneas - ebulição - eutéticas
d) heterogêneas - fusão - azeotrópicas
e) homogêneas - ebulição - azeotrópicas
3. (PUC) A aguardente é uma bebida alcoólica obtida da cana-de-açúcar. A charge abaixo poderia transmitir a ideia de que
se trata de uma substância pura.
4. (UEL) Em uma destilação simples, para resfriar os vapores formados por um líquido em ebulição, utiliza-se:
a) proveta.
b) balão volumétrico.
c) cilindro graduado.
d) frasco kitassato.
e) condensador de vidro.
5. (FEI) Associar os métodos (indicados na coluna A) que devem ser utilizados para separar as misturas (indicadas na coluna
B):
6. (UEL) Para separar uma mistura de dois líquidos completamente miscíveis, qual dos processos a seguir, você escolheria?
a) filtração
b) levigação
c) centrifugação
d) catação
e) destilação
7. (ENEM 2018) O petróleo é urna fonte de energia de baixo custo e de larga utilização como matéria-prima para uma grande
variedade de produtos. É um óleo formado de várias substâncias de origem orgânica, em sua maioria hidrocarbonetos de
diferentes massas molares. São utilizadas técnicas de separação para obtenção dos componentes comercializáveis do petróleo.
Além disso, para aumentar a quantidade de frações comercializáveis, otimizando o produto de origem fóssil, utiliza-se o
processo de craqueamento. O que ocorre nesse processo?
a) Transformação das frações de petróleo em outras moléculas menores.
b) Reações de óxido-redução com transferência de elétrons entre as moléculas.
c) Solubilidade das frações de petróleo com a utilização de diferentes solventes.
d) Decantação das moléculas com diferentes massas molares pelo uso de centrífugas.
e) Separação dos diferentes componentes do petróleo em função de suas temperaturas de ebulição.
7. A
6. E
5. B
4. E
3. B
2. E
1. D
Gabarito:
1. Filtração:
Usada para separar misturas sólido-líquido ou sólido-gás. No caso mais simples utilizamos um papel como filtro
onde as partículas sólidas ficam retidas e o líquido escoa. Para o tratamento da água canalizada que recebemos em casa, por
exemplo, essa água passa por filtro de areia, onde este retém partículas sólidas presentes na água.
Em casos onde a filtração é muito lenta, ou seja, a parte líquida leva muito tempo para escoar, podemos acoplar uma
bomba de vácuo ao equipamento para acelerar o processo.
3. Decantação (sedimentação):
Pode ser usada para separar sólidos de líquidos ou líquidos imiscíveis entre si, como por exemplo, água e óleo. Para
a separação de um sólido e um líquido deixamos a mistura em repouso e por ação da gravidade o sólido irá se depositar
no fundo. Para retirar a parte líquida, podemos verter cuidadosamente o recipiente, para retirar a parte líquida, ou ainda,
podemos utilizar um sifão, no processo conhecido como sifonação.
4. Centrifugação:
Caso a decantação seja muito lenta, é possível acelerar o processo através do uso de uma centrífuga. Nesse processo,
as misturas são colocadas em tubos de ensaio que são encaixados na centrífuga. Esta gira rapidamente forçando a parte mais
densa da amostra a se depositar no fundo de recipiente. Através desse processo é possível separar uma amostra de sangue em
três fases: plasma; glóbulos brancos e plaquetas; glóbulos vermelhos.
Para separação de misturas entre dois líquidos imiscíveis, utilizamos uma vidraria chamada funil de separação ou funil
de decantação. O líquido mais denso ficará no fundo e para retirar o componente mais denso basta abrir a torneira do funil.
6. Dissolução fracionada:
Essa técnica separa uma mistura formada por dois sólidos, onde apenas um deles é solúvel em determinado solvente.
Por exemplo, se quisermos separar uma mistura de areia e sal de cozinha (cloreto de sódio), adicionamos água à mistura, onde
sabemos que o sal irá se dissolver e a areia não. Podemos prosseguir com a separação, filtrando (onde a areia ficará retida no
papel), seguida por uma evaporação da água, restando apenas o sal.
7. Separação magnética:
Separação de sólidos quando um dos componentes possui propriedades magnéticas, como o caso das partículas de
ferro. Para tanto, utilizamos um imã ou eletroímã.
8. Sublimação:
Separação de sólidos quando um deles sofre sublimação (passagem do estado sólido para estado gasoso, sem passar
pelo estado líquido) por meio de aquecimento ou não. Esse é um processo pelo qual purificamos iodo, onde este sublima
com aquecimento.
9. Ventilação:
A ventilação é a separação de substâncias com densidades diferentes. Exemplo: soprar sobre uma taça com arroz para
afastar as cascas que vêm misturadas antes de prepará-lo.
10. Levigação:
A levigação é a separação entre substâncias sólidas. É o processo utilizado pelos garimpeiros e que é possível graças à
densidade diferente das substâncias. Exemplo: o ouro separa da areia na água porque o metal é mais denso do que a areia.
A peneiração é a separação entre substâncias através de uma peneira. Exemplo: peneirar o açúcar para separar grãos
maiores para fazer um bolo apenas com o açúcar mais fino.
12. Flotação:
A flotação é a separação de substâncias sólidas e substâncias líquidas, o que é feito através da adição de substâncias
na água que propiciam a formação de bolhas. As bolhas formam, então, uma espuma, separando as substâncias. Exemplo:
tratamento de água.
A floculação consiste na adição de substâncias coagulantes, como o sulfato de alumínio Al2(SO4)3, adicionado a água
juntamente com óxido de cálcio (CaO). A reação entre essas duas substâncias origina o hidróxido de alumínio Al(OH)3.
As partículas pequenas em suspensão na água se agregam e unem-se ao hidróxido de alumínio, formando flóculos/flocos
maiores, o que permite a decantação.
Esse processo é uma das etapas do tratamento da água. Ele é extremamente importante pois partículas muito pequenas
não se sedimentam e ficam em suspensão na água, o que dificulta a retirada.
14. Catação:
A catação é o método mais simples para separação de misturas. É realizado de forma manual, separando partes sólidas.
Exemplo: separação dos materiais do lixo ou separação de sujeiras de grãos.
1. (ENEM 2016) Uma pessoa é responsável pela manutenção de uma sauna úmida. Todos os dias cumpre o mesmo ritual:
colhe 1folhas de capim-cidreira e algumas folhas de eucalipto. Em seguida, coloca as folhas na saída do vapor da sauna,
2. (UEL) De uma mistura heterogênea de dois líquidos imiscíveis e de densidade diferentes podem-se obter os líquidos puros
através de:
I. sublimação
II. decantação
III. filtração
3. (CESGRANRIO-RJ) Numa das etapas do tratamento da água que abastece uma cidade, a água é mantida durante um
certo tempo em tanques para que os sólidos em suspensão se depositem no fundo. A essa operação denominamos:
a) filtração
b) sedimentação
c) sifonação
d) centrifugação
e) cristalização
Essa técnica considera dois processos de separação de misturas, sendo eles, respectivamente,
a) flotação e decantação.
b) decomposição e centrifugação.
c) floculação e separação magnética.
d) destilação fracionada e peneiração.
e) dissolução fracionada e magnetização.
5. (PUC-PR) A flotação é um dos métodos de beneficiamento do carvão mineral. Isso é possível porque a fração rica em
matéria carbonosa e a fração rica em cinzas apresentam diferentes:
a) pontos de fusão.
b) densidades.
c) pontos de ebulição.
d) estados físicos.
e) comportamentos magnéticos.
6. (ENEM 2017) As centrífugas são equipamentos utilizados em laboratórios, clínicas e indústrias. Seu funcionamento faz
uso da aceleração centrífuga obtida pela rotação de um recipiente e que serve para a separação de sólidos em suspensão em
líquidos ou de líquidos misturados entre si.
RODITI, I. Dicionário Houaiss de física. Rio de Janeiro: Objetiva, 2005 (adaptado).
Nesse aparelho, a separação das substâncias ocorre em função
a) das diferentes densidades.
b) dos diferentes raios de rotação.
c) das diferentes velocidades angulares.
d) das diferentes quantidades de cada substância.
e) da diferente coesão molecular de cada substância.
7. (FUVEST)
Para separar a fase líquida da fase sólida, sem alterar as características da solução e o estado físico do açúcar, faz-se uma:
a) centrifugação.
b) destilação fracionada.
c) fusão fracionada.
d) filtração ou decantação.
e) decantação ou cristalização. 7. D
6. D
5. B
4. C
3. B
2. B
1. C
Gabarito:
Modelo foi comparado a um pudim de passas. Baseado em experiências com cargas elétricas, o cientista inglês Joseph
John Thomson, no final do século XIX, concluiu que o átomo não era uma esfera indivisível, como sugeriu Dalton. A
experiência que levou a elaboração desse modelo, consistiu na emissão de raios catódicos, onde as partículas negativas eram
atraídas pelo polo positivo de um campo elétrico externo. Essas partículas negativas foram chamadas de elétrons, e para
explicar a neutralidade da matéria, Thomson propôs que o átomo fosse uma esfera de carga elétrica positiva, onde os elétrons
estariam uniformemente distribuídos, configurando um equilíbrio elétrico.
Utilizando a radioatividade, descobriu que o átomo não era uma esfera maciça, como sugeria a teoria atômica de
Dalton. Surgia assim um novo modelo atômico.
O modelo atômico de Rutherford concluiu que os átomos são constituídos de um pequeno núcleo, denso e
eletricamente positivo, e de uma região muito grande proporcionalmente, envolvendo esse núcleo com elétrons de carga
negativa (eletrosfera).
De acordo com Rutherford, em um átomo, os elétrons se deslocavam em órbita circular ao redor do núcleo. Porém,
esse modelo contrariava a física clássica, que segundo suas teorias, o átomo não poderia existir dessa forma, uma vez que os
elétrons perderiam energia e acabariam por cair no núcleo. Como isso não ocorria, pelo átomo ser uma estrutura estável, o
cientista dinamarquês Niels Bohr aperfeiçoou o modelo proposto por Rutherford, formulando sua teoria sobre distribuição e
movimento dos elétrons. Baseado na teoria quântica proposta por Plank, Bohr elaborou os seguintes postulados:
I- Os elétrons descrevem ao redor do núcleo órbitas circulares, chamadas de camadas eletrônicas, com energia constante
e determinada. Cada órbita permitida para os elétrons possui energia diferente.
II- Os elétrons ao se movimentarem numa camada não absorvem nem emitem energia espontaneamente (energia
constante).
III- Ao receber energia, o elétron pode saltar para outra órbita, mais energética. Dessa forma, o átomo fica instável,
pois o elétron tende a voltar à sua orbita original. Quando o átomo volta à sua órbita original, ele devolve a energia que foi
recebida em forma de luz ou calor.
Antes de se chegar ao modelo mais atual, o modelo atômico de Schrodinger, Sommerfeld acrescentou um detalhe
ao modelo de Rutherford e de Bohr: o fato de que os elétrons não giram em órbitas circulares, mas em órbitas elípticas,
alternando momentos em que estão mais próximos do núcleo e outros no qual estão mais afastados. Isso significava que a
velocidade deles sofria variação. De Broglie, por meio da incerteza da velocidade que Werner Heisenberg observou, instaura
o modelo que insere a dualidade do elétron, também conhecido como “partícula-onda”. Isso porque, quando o átomo se
comporta como partícula, tem a sua trajetória constante, elíptica, quando se comporta como onda, tem um movimento
ondulatório. Finalmente, Schrodinger, após inúmeros cálculos, colocou em desuso a ideia de órbitas ao redor do núcleo
atômico. A região na qual os elétrons se encontram se assemelharia mais a nuvens eletrônicas. Desde 1923, esse é o modelo
atômico vigente.
1. (PSS – UEPG) Assinale a alternativa correta, no que se refere ao autor do seguinte modelo atômico: “o átomo é formado
por uma esfera de carga elétrica positiva, contendo em sua superfície elétrons incrustados, possuidores de carga elétrica
negativa”.
a) Dalton.
b) Thomson.
c) Rutherford.
d) Bohr.
e) Chadwick.
3. (FUVEST) Thomson determinou, pela primeira vez, a relação entre a massa e a carga do elétron, o que pode ser considerado
como a descoberta do elétron. É reconhecida como uma contribuição de Thomson ao modelo atômico:
a) o átomo ser indivisível.
b) a existência de partículas subatômicas.
c) os elétrons ocuparem níveis discretos de energia.
d) os elétrons girarem em órbitas circulares ao redor do núcleo.
e) o átomo possuir um núcleo com carga positiva e uma eletrosfera.
4. (UFRGS-RS) Uma moda atual entre as crianças é colecionar figurinhas que brilham no escuro. Essas figuras apresentam
em sua constituição a substância sulfeto de zinco. O fenômeno ocorre porque alguns elétrons que compõem os átomos dessa
substância absorvem energia luminosa e saltam para níveis de energia mais externos. No escuro, esses elétrons retornam
aos seus níveis de origem, liberando energia luminosa e fazendo a figurinha brilhar. Essa característica pode ser explicada
considerando o modelo atômico proposto por:
a) Dalton.
b) Thomson.
c) Lavoisier.
d) Rutherford.
e) Bohr.
5. (ESPM-SP) O átomo de Rutherford (1911) foi comparado ao sistema planetário (o núcleo atômico representa o sol e a
eletrosfera, os planetas): Eletrosfera é a região do átomo que:
a) contém as partículas de carga elétrica negativa.
b) contém as partículas de carga elétrica positiva.
c) contém nêutrons.
d) concentra praticamente toda a massa do átomo.
e) contém prótons e nêutrons.
7. (UFMG) De um modo geral, os sucessivos modelos atômicos têm algumas características comuns entre si. Com base na
comparação do modelo atual com outros, a afirmativa correta é:
a) no modelo de Dalton e no atual, cada átomo é indivisível.
b) no modelo de Rutherford e no atual, cada átomo tem um núcleo.
c) no modelo de Rutherford e no atual, os elétrons têm energia quantizada.
d) no modelo de Bohr e no atual, os elétrons giram em órbitas circulares ou elípticas.
e) no modelo de Dalton e no atual, as propriedades atômicas dependem do número de prótons.
8. (UNIMEP-SP) A experiência de Rutherford, realizada em 1911, consistiu em bombardear lâminas metálicas com partículas
a) gama.
b) alfa.
c) beta.
d) pósitron.
e) neutrino.
11. (UFLA-MG) O elétron foi descoberto por Thomson no fim do século XIX, o que lhe rendeu o prêmio Nobel. Uma
característica do modelo atômico proposto por ele é:
a) O átomo é indivisível.
b) Os elétrons ocupam orbitais com energias bem definidas.
c) O átomo sofre decaimento radioativo naturalmente.
d) O átomo é maciço e poderia ser associado a um “pudim de passas”.
A estrutura atômica é composta por três partículas fundamentais: prótons (com carga positiva), nêutrons (partículas
neutras) e elétrons (com carga negativa). Toda matéria é formada de átomo. Cada elemento químico possui átomos diferentes.
A figura abaixo mostra que o átomo era divisível – uma parte central que é o núcleo e de uma eletrosfera onde se localizam
os elétrons. No núcleo existem prótons e nêutrons.
1. Número de Massa:
O número de massa, indicado pela letra A maiúscula, corresponde a soma dos prótons (Z) e dos nêutrons de um
determinado elemento químico da tabela periódica. De acordo com a estrutura dos elementos apresentados na tabela
periódica, o número de massa é indicado na parte superior, enquanto o número atômico (Z) ou o número de prótons, está
localiza na parte inferior: ZXA. Dessa maneira, para calcular o número de massa utiliza-se a seguinte fórmula:
A = p + n ou A = Z + n
onde
p ou Z: número de prótons ou número atômico
n: número de nêutrons
2. Átomo Eletricamente Neutro: o número de elétrons na eletrosfera é igual ao número de prótons do núcleo.
4. Isótopos: quando átomos de um mesmo elemento químico possuem quantidades de nêutrons diferentes, e consequentemente
números de massa diferentes, são chamados de isótopos. Isto é, mesma quantidade de prótons.
5. Isóbaros: átomos que apresentam o mesmo número de massa e diferem no número atômico são chamados de isóbaros.
6. Isótonos: átomos que apresentam diferentes números de massa e diferentes números atômicos, mas apresentam a mesma
quantidade de nêutrons.
O número de elétrons que cada órbita de um átomo possui e sua estrutura eletrônica pode ser descrito pela configuração
eletrônica. Na prática, cada nível de energia (camada) comporta uma quantidade máxima de elétrons, e os níveis são divididos
em subníveis:
Camada de valência é a camada mais externa do átomo e pode contar no máximo 8 elétrons.
Íon: partícula carregada.
Cátion: íon positivo – perde elétrons.
Ânion: íon negativo – ganha elétrons.
1. (UNESP 2017) A energia liberada pelo Sol é fundamental para a manutenção da vida no planeta Terra. Grande parte da
energia produzida pelo Sol decorre do processo de fusão nuclear em que são formados átomos de hélio a partir de isótopos de
hidrogênio, conforme representado no esquema:
A partir das informações contidas no esquema, é correto afirmar que os números de nêutrons dos núcleos do hidrogênio, do
deutério, do isótopo leve de hélio e do hélio, respectivamente, são:
a) 1, 1, 2 e 2.
b) 1, 2, 3 e 4.
c) 0, 1, 1 e 2.
d) 0, 0, 2 e 2.
e) 0, 1, 2 e 3.
2. (ACAFE) Considerando-se um elemento M genérico qualquer, que apresenta configuração eletrônica 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6
4s2 3d5, pode-se afirmar que:
I. seu número atômico é 25;
II. possui 7 elétrons na última camada;
III. apresenta 5 elétrons desemparelhados;
IV. pertencem a família 7A.
3. (UEM) Sendo o subnível 4s1 (com um elétron) o mais energético de um átomo, podemos afirmar que:
I. o número total de elétrons desse átomo é igual a 19;
II. esse apresenta quatro camadas eletrônicas;
III. a sua configuração eletrônica é 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d10 4s1
a) Apenas a firmação I é correta.
b) Apenas a firmação II é correta.
c) Apenas a firmação III é correta.
d) As afirmações I e II são corretas.
e) As afirmações II e III são corretas.
5. (UFRGS) O íon monoatômico A2- apresenta a configuração eletrônica 3s2 3p6 para o último nível. O número atômico do
elemento A é:
a) 8
b) 10
c) 14
d) 16
e) 18
6. (UFPR) Uma das estratégias da indústria cosmética na fabricação de desodorantes baseia-se no uso de substâncias que
obstruem os poros da pele humana, inibindo a sudorese local. Dentre as substâncias utilizadas, inclui-se o sulfato de alumínio
hexahidratado, Al2(SO4)3 x 6 H2O. A configuração eletrônica correta do alumínio, tal como se encontra nessa espécie química,
é:
a) idêntica à do elemento neônio
b) 1s22s22p63s23p1
c) idêntica à do íon Ca2+
d) 1s22s22p3
e) (1s22s22p6)2
10. (CESGRANRIO) O lixo atômico de uma fábrica de material nuclear contém os elementos radioativos urânio e tório.
Considere, a seguir as representações desses elementos:
I - 92U 238
II - 92U 234
III - 90Th230
IV - 90Th234
11. (UNICAMP) Se os elementos (2x – 1) A 4x e 2x B (3x + 8) são isóbaros. Qual é o número de nêutrons de A e B?
13. (FUVEST) O átomo constituído de 17 prótons, 18 nêutrons e 17 elétrons, possui número atômico e número de massa
igual a:
a) 17 e 17
b) 17 e 18
c) 18 e 17
d) 17 e 35
e) 35 e 17
13. D
12. B
11. Na = 17 e Nb = 16
10. D
9. B
8. E
7. C
6. B
5. D
camada de valência é a 1 e 4.
b) 8; 2; 7 e 8 – Portanto as configurações que tem a mesma quantidade de elétrons na 4. a) Cl – 3; Mg – 2; Ne – 1
3. D
2. B
1. C
Gabarito:
Por volta de 1869, Mendeleev, na Rússia, e Meyer, na Alemanha, em trabalhos independentes, criaram uma tabela
periódica, dispondo os elementos em ordem crescente de massa atômica. Mendeleev estabelecia que as propriedades físicas e
químicas dos elementos variam periodicamente em função de suas massas atômicas.
Em 1913, Moseley observou que as propriedades dos elementos variam periodicamente em função de seu número
atômico. Dispões os elementos em ordem crescente de número atômico, formando, na horizontal, os períodos e, na vertical,
as famílias ou grupos, que reúnem os elementos com propriedades químicas semelhantes.
O número de períodos onde se localiza o elemento corresponde ao número de camadas eletrônicas que os elementos
químicos apresentam.
-Tabela Periódica:
Salvo algumas exceções, elementos de uma mesma família possuem o mesmo número de elétrons na camada de
valência (propriedades químicas semelhantes).
Possuem elétrons de maior energia nos subníveis s ou p. O número de elétrons na última camada é indicado pelo
número da família, para as famílias 1A até 7A.
Para os gases nobres encontramos 8 elétrons na última camada (ns2 np6), exceção feita para o hélio, que possui apenas
dois elétrons (1s2).
- Metais: conduzem bem calor e eletricidade. São dúcteis, maleáveis e sólidos, em condições ambientes (exceção: Ga, Hg).
- Semimetais: propriedades entre as dos metais e ametais, sendo sólidos em condições ambientes.
- Ametais: maus condutores de calor e eletricidade, não sendo dúcteis nem maleáveis.
1. (UFPR 2017/2018) Acerca das informações químicas do elemento sódio que podem ser extraídas do texto “Na onda do
sódio”, considere as seguintes afirmativas:
1. Da afirmativa “Minha família é a um”, pode-se concluir que sódio pertence à família I e, portanto, possui configuração
eletrônica finalizada em ns1.
2. Da afirmativa “Meu período é o terceiro”, interpreta-se que a configuração eletrônica é preenchida até o nível n = 3.
3. O cloro é o “halogênio especial”, pois é com o qual o sódio reage para formar o cloreto de sódio.
4. No sal de cloreto de sódio, a configuração eletrônica do cátion Na+ é preenchida até o nível n = 2, finalizando em 2s2, 2p6.
Conclui-se que, com relação à tabela periódica atual dos elementos químicos, estão corretas:
a) I e IV (apenas).
b) I e II (apenas).
c) II e III (apenas).
d) II e IV (apenas).
e) II e V (apenas).
4. (FUVEST) O ar é uma mistura de vários gases. Dentre eles, são gases nobres:
a) hélio, argônio, neônio.
b) nitrogênio, oxigênio, argônio.
c) argônio, hidrogênio, nitrogênio.
d) hélio, hidrogênio, oxigênio.
e) nitrogênio, oxigênio, hidrogênio.
5. (UNITAU-SP) Um átomo X tem um próton a mais que um átomo Y. Com base nesta informação, assinale a alternativa
correta.
a) Se Y for um gás nobre, X será um metal alcalino.
b) Se Y for um alcalino-terroso, X será um metal alcalino.
c) Se Y for um gás nobre, X será um halogênio.
d) Se Y for um metal, X será um gás nobre.
e) Se Y for um gás nobre, X será um alcalino-terroso.
6. (UFSM-RS) Entre os pares de elementos químicos, o par que reúne elementos com propriedades químicas mais semelhantes
é:
a) Na e K
b) Cl e Ar
c) Ca e Cu
d) F e Ba
e) H e I
7. (FUVEST-SP) Um astronauta foi capturado por habitantes de um planeta hostil e aprisionado numa cela, sem seu capacete
espacial. Logo começou a sentir falta de ar. Ao mesmo tempo, notou um painel como o da figura, em que cada quadrado era
uma tecla.
8. (UEPG) Consulte a tabela periódica e assinale a alternativa cujos elementos químicos, na sequência em que se encontram,
pertencem, respectivamente, aos seguintes grupos: calcogênio, metal alcalino terroso, semimetal, metal de transição, gás
nobre, halogênio, metal alcalino, não-metal.
a) Se - Bi - P - Mn - Xe - B - K - Zn
b) O - Sr - Si - Cu - He - Cl - Li - Se
c) N - Sn - Hg - Cr - H - Zr - Br - Ti
d) S - Be - Cl - Ni - Ne - I - Na - C
e) P - Ca - Sn - Fe - Ar - S - Nb – Os
8. B
elementos constituintes das duas substâncias são N (5A) e O (6A), logo o astronauta apertou as teclas % e &.
Os componentes mais abundantes do ar atmosférico são: nitrogênio (N2) com 78% e oxigênio (O2) com 21%. Como os
7. D
6. A
5. A
4. A
3. C
2. B
1. E
Gabarito:
As propriedades dos elementos químicos são as características que definem o local em que estarão na tabela periódica,
pois eles são classificados de acordo com esses critérios, sendo modificados de acordo com o número atômico.
1. Raio Atômico: propriedade que identifica o tamanho do átomo, que é a distância entre o núcleo do átomo e a eletrosfera.
Existem dois critérios para definir o tamanho de um átomo, o primeiro é a quantidade de níveis que um átomo possui e
o segundo é a quantidade de prótons: quanto maior ele for, maior será a atração sobre os elétrons. O Césio é o elemento
químico que possui o maior raio atômico da tabela periódica.
Na mesma família ou grupo de elementos, o raio atômico cresce de cima para baixo, devido ao aumento do número de
camadas eletrônicas. No mesmo período da tabela, o raio atômico cresce da direita para a esquerda, devido à diminuição do
número de prótons que ocorre nessa direção.
2. Energia de Ionização: é a energia indispensável para retirar um ou mais elétrons de um átomo isolado no estado gasoso.
Dependendo do tamanho do átomo essa energia varia. Se for pequeno, há pouca energia de ionização. Para os elementos de
uma mesma família, essa energia aumenta de baixo para cima. Já no mesmo período a energia aumenta da esquerda para a
direita.
3. Afinidade Eletrônica ou eletroafinidade: tipo de energia liberada por um átomo isolado que está no estado gasoso
durante a captura de um elétron. Numa família ou período, se o raio for menor, a afinidade eletrônica é aumentada.
4. Eletronegatividade: é a atração de um átomo para receber elétrons em uma ligação química. Ela ocorre de baixo para cima
e da esquerda para a direita na tabela periódica.
6. Densidade: é a relação entre a massa (m) de uma substância e o volume (V) ocupado por essa massa.
Na tabela periódica, os valores de densidades aumentam, nas famílias de cima para baixo e nos períodos, das
extremidades para o centro.
Desta forma, pode-se notar que os elementos mais densos estão no centro e na parte de baixo da tabela periódica.
Exemplo, ósmio e o irídio.
7. Ponto de Fusão (PF) e Ponto de Ebulição (PE): são as temperaturas nas quais os elementos químicos entram em fusão
ou ebulição, respectivamente. Na maioria das famílias, os elementos de maior PE e PF estão situados na parte inferior da
tabela. Já nas famílias 1A e 2A, os elementos localizados na parte superior são os que apresentam maiores PE e PF. Em geral,
no mesmo período, PE e PF dos elementos aumentam das extremidades para o centro da tabela.
8. Volume Atômico: varia conforme o número atômico do elemento. O volume atômico dos elementos cresce de cima
para baixo, o que significa que, quando analisamos os elementos pertencentes a uma mesma família da Tabela Periódica,
conforme o número atômico cresce, o volume atômico também cresce. Isso ocorre porque, nesse sentido, os períodos vão
aumentando, o que quer dizer que as camadas eletrônicas dos átomos vão aumentando e, consequentemente, o volume
ocupado por eles também. Por outro lado, no sentido horizontal, vemos que o volume atômico aumenta do centro para as
extremidades. Quando começamos da esquerda e vamos para a direita até o meio da Tabela Periódica, o volume atômico
vai diminuindo porque o período é o mesmo, ou seja, os elementos de uma mesma linha possuem a mesma quantidade de
camadas eletrônicas, mas o número atômico vai aumentando. Isso quer dizer que a quantidade de elétrons aumenta nesse
2. (UFPR 2018/2019) A tabela periódica dos elementos é ordenada pelo número atômico de cada elemento. A sua organização
é útil para relacionar as propriedades eletrônicas dos átomos com as propriedades (químicas) das substâncias. Além disso,
pode ser usada para prever comportamentos de elementos não descobertos ou ainda não sintetizados.
Considere os elementos 9X, 16Y e 19Z (X, Y, Z são símbolos fictícios).
a) Faça a distribuição eletrônica dos átomos X, Y e Z, indicando claramente a última camada preenchida.
b) A que período e grupo (ou família) pertencem os elementos X, Y e Z?
c) Coloque X, Y e Z em ordem crescente de raio atômico.
d) Coloque X, Y e Z em ordem crescente de eletronegatividade.
4. (UEL) A análise da localização dos elementos químicos na tabela periódica permite inferir que:
a) o selênio é mais eletronegativo do que o cloro.
b) o arsênio tem 3 elétrons de valência.
c) a energia de ionização do sódio é maior do que a do césio.
d) alumínio e silício pertencem à mesma família.
e) bismuto e nitrogênio têm igual eletronegatividade.
6. (UFRS) Considerando a posição dos elementos na tabela periódica e as tendências apresentadas por suas propriedades
periódicas, pode-se afirmar que:
a) um átomo de halogênio do 4° período apresenta menor energia de ionização do que um átomo de calcogênio do mesmo
período.
b) um metal alcalino terroso do 3° período apresenta menor raio atômico do que um metal do 5° período e do mesmo grupo.
c) um átomo de gás nobre do 2° período tem maior raio atômico do que um átomo de gás nobre do 6° período.
d) um átomo de ametal do grupo 14 é mais eletronegativo do que um átomo de ametal do grupo 16, no mesmo período.
e) um átomo de metal do grupo 15 é mais eletropositivo do que um átomo de metal do grupo 1, no mesmo período.
8. (UEPG-PR) Com base na tabela periódica a seguir, em que as letras representam elementos químicos, assinale o que for
correto.
8. 31 (corretas 1, 2, 4, 8 e 16).
7. E
6. B
5. D
4. C
3. 15 (corretas 01, 02, 04 e 08).
d) Z, Y, X
c) X, Y, Z
19
Z = 4º período; família 1A
16
Y = 3º período; família 6A
b) 9X = 2º período; família 7A
19
Z = 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s1
16
Y = 1s2 2s2 2p6 3s2 3p4
a) 9X = 1s2 2s2 2p5
2.
1. E
Gabarito
Na natureza, dificilmente os átomos ficam sozinhos. Eles tendem a se unir uns aos outros para formarem novas
substâncias. Alguns átomos são estáveis, ou seja, pouco reativos. Já outros não podem ficar isolados. Precisam se ligar a outros
elementos. As forças que mantêm os átomos unidos são fundamentalmente de natureza elétrica e são chamados de Ligações
Químicas.
1. Teoria do Octeto é baseada na estabilidade dos gases nobres. De todos os elementos que existem na natureza, apenas os
gases nobres podem ser encontrados livres, na forma de átomo isolado. Os demais se encontram ligados uns aos outros, de
diversas maneiras e nas mais diversas combinações. Os gases nobres estão isolados porque obedecem à regra do octeto, ou seja,
contém oito elétrons na sua camada de valência, ou camada mais externa, com exceção do Hélio, que possui dois elétrons e
é estável.
2. Regra do Octeto os elementos químicos devem sempre conter 8 elétrons na última camada eletrônica. Na camada K pode
haver no máximo 2 elétrons. Desta forma os átomos ficam estáveis, com a configuração idêntica à dos gases nobres.
Os átomos dos demais elementos químicos, para ficarem estabilizados, devem adquirir, através das ligações químicas,
eletrosferas iguais às dos gases nobres.
Há três tipos de ligações químicas: ligação iônica, ligação covalente ou normal ou dativa e ligação metálica.
As ligações químicas representam interações entre dois ou mais átomos, interações essas que podem ocorrer por doação de
elétrons, compartilhamento de elétrons ou ainda deslocalização de elétrons.
3. Ligação Iônica: (ou eletrovalente) ocorre a doação e o recebimento de elétrons entre dois átomos. Nessa ligação,
predominam as forças eletrostáticas que atraem os íons de cargas opostas. A ligação iônica é a responsável pela formação
de compostos iônicos, e ocorre entre um átomo metálico e um átomo não metálico.
Exemplo: Na+ Cl- = NaCl (cloreto de sódio ou sal de cozinha)
Mg+2 Cl- = MgCl2 (Cloreto de magnésio)
Al+3 O-2 = Al2O3 (Óxido de alumínio)
Átomos que tem de 1 a 3 elétrons na camada de valência (metais) tendem a perder esses elétrons, tornando-se
partículas carregadas positivamente (cátions).
Átomos que tem de 4, 5, 6 ou 7 elétrons na camada de valência (não metais) tendem a ganhar esses elétrons,
tornando-se partículas carregadas negativamente (ânions).
4. Ligação Covalente: (ou molecular) quando se combinam dois átomos que possuem um mesma tendência de ganhar e perder
elétrons. Sob essas condições, não ocorre uma transferência total de elétrons. Nesse processo, ocorre um compartilhamento
de elétrons, aos pares. A ligação covalente, sempre ocorre entre dois átomos não metálicos, forma os compostos de natureza
molecular.
Exemplo: H2O
5. Ligação Covalente Dativa e Coordenada: Essa ligação obedece a Teoria do Octeto: os átomos se unem tentando adquirir
oito elétrons na camada de valência, ou seja, a configuração eletrônica dos gases nobres.
Sendo assim, um átomo que já atingiu a estabilidade eletrônica se une a outro que necessita de elétrons para completar a
camada de valência. Um exemplo dessa ligação é quando um átomo de enxofre se liga a dois de oxigênio para formar o
dióxido de enxofre (SO2).
O átomo de enxofre (S) adquire seu octeto com formação de uma dupla ligação com o oxigênio localizado à esquerda
(ligação coordenada), mas ao mesmo tempo o oxigênio posicionado à direita necessita de elétrons para completar seu octeto.
Surge então a ligação covalente dativa representada por um pequeno vetor (seta). A seta indica que o “S” está doando um par
de elétrons para o “O”.
Note que o elemento central (enxofre) estabelece uma dupla ligação (coordenada) com um dos
oxigênios, atingindo a estabilidade eletrônica (oito elétrons na camada de valência). Por outro lado, doa dois
pares de elétrons para os oxigênios (ligação dativa indicada pela seta →) na tentativa de completar o octeto.
6. Ligação Metálica: é a ligação entre metais e metais. Formam as chamadas ligas metálicas que são cada vez mais importantes
para o nosso dia-a-dia. No estado sólido, os metais se agrupam de forma geometricamente ordenados formando as células,
ou grades ou retículo cristalino. Uma amostra de metal é constituída por um grande número de células unitárias formadas
por cátions desse metal. Esses cátions têm suas cargas estabilizadas pelos elétrons que foram liberados e que ficam envolvendo
a estrutura como uma nuvem eletrônica. São dotados de um certo movimento e, por isso, chamados de elétrons livres. Essa
movimentação dos elétrons livres explica por que os metais são bons condutores elétricos e térmicos. A consideração de que a
corrente elétrica é um fluxo de elétrons levou à criação da Teoria da Nuvem Eletrônica ou Teoria do Mar de elétrons. Pode-se dizer
que o metal seria um aglomerado de átomos neutros e cátions, mergulhados numa nuvem ou “mar” de elétrons livres. Esta
nuvem de elétrons funcionaria como a ligação metálica, que mantém os átomos unidos.
São estas ligações e suas estruturas que os metais apresentam uma série de propriedades bem características, como por
exemplo, o brilho metálico, a condutividade elétrica, o alto ponto de fusão e ebulição, a maleabilidade, a ductilidade, a alta
densidade e a resistência à tração.
Exemplos de algumas ligas metálicas:
a) bronze (cobre + estanho) – usado em estátuas, sinos.
b) aço comum (ferro + 0,1 a 0,8% de carbono) – é usado em construção, pontes, fogões, geladeiras.
c) latão (cobre + zinco) – usado em armas e torneiras.
d) ouro / em joias (75% de ouro ou prata + 25% de cobre). Utiliza-se 25% de cobre para o ouro 18K. E o ouro 24K é
considerado ouro puro.
- Resumindo:
Ligação Iônica - metais com não metais - transferência definitiva de elétrons, formação de íons.
Ligação Covalente - não metais com não metais - compartilhamento do par de elétrons em órbita comum.
1. (FUVEST 2018)
Analise a tabela periódica e as seguintes afirmações a respeito do elemento químico enxofre (S):
I. Tem massa atômica maior do que a do selênio (Se).
II. Pode formar com o hidrogênio um composto molecular de fórmula H2S.
III. A energia necessária para remover um elétron da camada mais externa do enxofre é maior do que para o sódio (Na).
IV. Pode formar com o sódio (Na) um composto iônico de fórmula Na3S.
2. (UFPR 2018/2019) Nos relógios mostrados a seguir, as posições, que são originalmente ocupadas por números, foram
substituídas por símbolos de elementos químicos, cujos números atômicos correspondem ao numeral original do relógio.
Considere que o ponteiro menor (das horas) aponta para o ânion mais estável do elemento e o ponteiro maior (dos minutos)
aponta para o cátion mais estável do elemento:
As substâncias neutras formadas a partir da leitura das horas marcadas nos relógios I, II e III são, respectivamente:
a) LiF – MgO – BeF.
b) LiF – Mg2O – BeF.
c) LiF – MgO – BeF2.
d) Li2F – MgO – BeF2.
e) Li2F – Mg2O – BeF2.
362 HELP VESTIBULARES
LIGAÇÕES QUÍMICAS
3. (UNESP) Sejam os elementos X, com 53 elétrons, e Y, com 38 elétrons. Depois de fazermos a distribuição eletrônica,
podemos afirmar que o composto mais provável formado pelos elementos é:
a) YX2
b) Y3X2
c) Y2X3
d) Y2X
e) YX
4. (FUVEST) Os átomos X e Y apresentam configurações eletrônicas 1s2 2s2 2p6 3s1 e 1s2 2s2 2p5, respectivamente. Entre
esses átomos forma-se um composto:
a) iônico, de fórmula XY2
b) molecular, de fórmula X2Y
c) molecular, de fórmula XY2
d) iônico, de fórmula XY4
e) iônico, de fórmula XY
5. (UNICAMP) Um elemento A, com número de massa 27 e 14 nêutrons, combina-se com um elemento B que apresenta
número de massa 32 e 16 nêutrons. O tipo de ligação e a fórmula resultante desta combinação serão, respectivamente:
a) covalente, AB
b) iônica, A2B3
c) covalente, A2B
d) iônica, A3B2
e) covalente, A2B3
6. (UNESP) Qual a fórmula do composto formado pelos elementos 20Ca40 e 17Cl35 e qual o tipo de ligação envolvida?
a) CaCl, iônica
b) CaCl, covalente
c) CaCl2, iônica
d) CaCl2, covalente
e) Ca2Cl, iônica.
7. (UEM) As cores dos fogos de artifício se devem à presença de substância químicas adicionadas durante a fabricação. Alguns
íons responsáveis pela coloração são Na+, Sr+2, Ba+2 e Cu+2. Considere as afirmativas e assinale o que for correto.
01) O estrôncio metálico recebe 2 elétrons e se transforma no cátion Sr+2.
02) Os elétrons do Cu+2 estão distribuídos em quatro níveis de energia.
04) O íon Na+ é isótopo do gás nobre neônio.
08) O Ba+2 perde dois elétrons.
16) O íon Na+ tem 11 prótons, 10 elétrons e 12 nêutrons.
8. (UEL) O sal de cozinha (NaCl), o ácido clorídrico (HCl) e a glicose (C6H12O6) apresentam em suas estruturas,
respectivamente, ligações do tipo:
a) iônica, iônica e iônica.
b) covalente, covalente e covalente.
c) metálica, covalente e covalente.
d) iônica, covalente e covalente.
e) iônica, metálica e covalente.
10. (MACK) Para que átomos de enxofre e potássio adquiram configuração eletrônica igual à de um gás nobre, é necessário
que: dados: S (Z = 16); K (Z = 19).
a) o enxofre receba 2 elétrons e que o potássio receba 7 elétrons.
b) o enxofre ceda 6 elétrons e que o potássio receba 7 elétrons.
c) o enxofre ceda 2 elétrons e que o potássio ceda 1 elétron.
d) o enxofre receba 6 elétrons e que o potássio ceda 1 elétron.
e) o enxofre receba 2 elétrons e que o potássio ceda 1 elétron.
11. C
10. E
9. E
8. D
7. 24
6. C
5. B
4. E
3. A
2. C
Na+Na+ S2− ⇒ Na2S
S (grupo 16) ⇒ S2−
Na (grupo 1) ⇒ Na+
[IV] Incorreta. Pode formar com o sódio (Na) um composto iônico de fórmula Na2S.
mais a direita num mesmo período, maior a carga nuclear e, consequentemente, a energia de ionização.
[III] Correta. Tanto o enxofre (S) como o sódio (Na) estão localizados no terceiro período da classificação periódica. Quanto
apresenta seis elétrons de valência (grupo 16) e pode compartilhar dois destes.
[II] Correta. O enxofre (S) é um ametal que pode formar com o hidrogênio um composto molecular de fórmula H2S pois
num período acima na classificação periódica.
[I] Incorreta. O enxofre (S) tem massa atômica menor do que a do selênio (Se), pois está localizado no mesmo grupo, porém
1. C
Gabarito