Arnaldo Bordalo - Manual Do Prestidigitador (1901)
Arnaldo Bordalo - Manual Do Prestidigitador (1901)
Arnaldo Bordalo - Manual Do Prestidigitador (1901)
Gana
NCPGLÓPEDIADE LIVROS UTEIS
cs
—
- —
ção).
IV —
Manual de civilidade e etiqueta (6.º edição).
NV Manual dos edição)
jogos (4*
—
prestidigitador edição).
C— Manual do florista, para fazer flóres artificiaes >.)
edição.
—
Manual d$ procurador (em preparação).
Cn a Eros
TERRE
GE +
ARNALDO BORDALO
- EDITOR
“RUA: Dá VICTORIA, 1º—- was me
a
DE
“
ASR
=
=»
n8-Porto
Deposito : Lisraria Novaes J.”
é
e—
a 190, Rua do Almada, 192
Escamotcio de cartas, ligcireza de mãos,
5.º EDIÇÃO
Ilustrada com numerosas gravuras explicativas
e consideravelmente augmentada com muitas sortes de novidade +
entre as quass
LISBOA
mts om AmnSALDO
— 1901
-
TOADALO
42 —
Rua da Vietoria— 1.º
Porto de J.
Depositoxo
190 —
—Livraria
Rus do Almada —
R.
O direito de propriedade do Manual do
Prestidigitudor, é garantido pelo artigo 604.9
do
feitos
Codigo Civil
desiguados
Portuguez,
nas leis &
para todos
regulamentos os
cf-
e:
Arnaldo Bordalo.
IMPRENSA LUCAS
93 —
Rua do Diario de Noticias —
93
ANTES DO PANNO SUBIR...
= E3€3-»
de Camões.
com-
menta os
insignificantes casos com versos
Assim, e
de
do partindo
principio de que a »oz do povo é
dois
a
com
papas e bô-
los se enganam os tolos, e que, com geitinho, qualquer leva
agua ao moinho.
Os primeiros proverbios
recommendam
aconselham
de
paciencia e estudo ;
segundos
sspitiso
os um
pouco o,
mina
6 MANUAL DO
efeito
A presteza
das sortes
de mãos
é tambem
temos
indispensavel
recommendá-la
para o bom
; esta
de em prosa
chã, despretenciosa, sem usG némi abuso de rifóes.
Ha trues complicadissimos demandam largos conhe-
que
cimentos scientificos e uma enorme bagagem de apparelhos
de dificil execução: É claro que os não incluimos n'este li-
vro,
maneira
escripto no intuito
de
de
divertirem
tão sómente facilitar aos curiosos
a
simples em
qualquer sala, com eco-
PARTE I
Sortes de Cartas
A carta forcada
a
forçar.
Carta larga
gumas sortes
que adiante apresentamos.
O pespertador
a hora a
que uma
pessoa tenciona levantar-se na
guinte :
— a
+ + +
8
3
./3
Um az representa o 1 hora
Um duque 2º»
Um terno. 3 x
Uma quadra . us
us cases
4
Uma quina..... SE 5.»
Uma sena... 6.»
Um sete.... A)
oi
Um 8.»
Um 9»
Um mesrgo 19 É
Dez e az.... 1 »
Dez e
duque........ 1»
10 MANUAL. DO PRESTIDIGITADOR
.
Estas cartas devem collocar-se de cima para
baixo, por maneira que o publico ignore, tanto
porque estão
dispostas as cartas; quer dizer que,
se
por exemplo pensou tres horas e
poz a moeda
no sete, deve dizer de si para si 3, 4, 5, 6, ete., le-
vando successivamente o dedo ao
7, 6, 5, 4, etc.
numero
que lhe fôr indicado e
que o advinhador
formará accrescentando ao numero sobre o
qual
se poz a moeda um mulrtiplo de 12; quer dizer
tar até aos numeros 12, 24, 36, 48, etc., augmen-
MANUAL DO PRESTIDIGITADOR
mn
de ver-se-ha
que parou contar, e
o mesmo
surpre-
hendido por ter precisamente tirado a carta que in-
dica a hora em
que pensou levantar-se.
Esta sorte
explica-se em duas palavras.
Examinando o
quadrante ou mostrador da figura,
notar-se-ha que, tendo-se pensado em qualquerhora
e posto a moeda sobre o meio-dia, não poderá con-
tar-se de 1, 2, 3, etc., passando sobre os numeros
ver
pensado em
qualquer outra hora, por exemplo,
3 (que está mais proxima duas divisões, de que o
a
poder reconhecer depois; a carta rasgada, ou
cortada por este modo queima-se e reduz-se a cin-
da
pistola, puxa pela linha, por este meio cae o
pe-
daço de estofo, dirige-se por detraz de um vidro,
e apparece a carta que se marcou, pregada com o
Baralhando as
cartas, note-se com todo o cuidado
a ultima carta da palma. Estende-se em
seguida o
carta escolhida.
dois charutos
—
V. ex.º* emprestam me
?
Pede-se a um dos espectadores para escolher um :
fumar
pessoa
—
bocados.
Estes
fragmentos approximamol-os d'uma luz e
chão, dizemos :
—
de queimado bocados da
Depois ter os outros
carta, recolhemos
preciosamente as
cinzas e
esfrega-
mos com ellas o
“charuto.
Para isso, escolhemos dois charutos, cuja folha
que os envolve não esteja estragada. Com o auxilio
MANUAL DO PRESTIDIGITADOR 15
carta.
agua; collocamcl-o em
seguida sobre uma mesa e
desenrolamos a fo-
lha que serve de
involucro, com
ta-borrão.
Tomamos então o charuto que contém a carta e
—
Muito bem, vamos
partilo para provar que ne-
oito bocados.
Emquanto elle executa o nosso
pedido, mettemos
nos
que entregam. .
preciso, E
Recommendação expressa: quando
queimamos os bocados, fazer acreditar que não
tamos.
na
experiencia precedente —
pódem apre-
sentar-se dois casos :
Se-se
querevitaresta preparação em consequen-
cia da falta de tempo necessario para seccar o cha-
ruto, ou se estamos em
presença d'um auditorio es
qual | rasgamos
um bocado. Em
volta della ata-
ponta do
comprimento de oito a dez centimetros,
assegurando-nos que quando logo puxarmos por
essa
ponta, o fio se desatará facilmente.
“Tomamos um ovo, na extremidade do qual fa-
zemos um buraco bem grande para fazer penetrar
a carta; introduzimos a carta no ovo e
puxamos o
õ
18 MANUAL DO PRESTIDIGITADOR
lapis no ovo
queremos distinguir dos outros.
que
Para a execução da sorte procede-se como nã
5 .
experiencia anterior.
Fica cozi-
a
nosso cuidado.
o mistáte
jarmosoutros
ovo o á
nheira para que por engre os ovos.
Na manga
Convide-se um
espectádor a verificar se um ba-
lho está bem certo; peça-se a um outro para que
corte o baralho e faça d'elle tres massetes.
os baralhem.”
sto feito, pede-se á primeira pessoa que tem o
Com a
segunda segue-se egual operação, e com
a-terceira o mesmo.
culta-se
Para esgagas ecutar esta sorte, devéras
é
bonita, oc-
na
manga qualquer carta, e esta a que
primeiro se pede ao dono de um dos massetes. Se
a carta recebida exemplo, o valete
fôr, de por es-
do
padas, pede-se possuidor segundo
ao massete
:
Dê-me
—
o valete de espadas.
F se se recebe do segundo em vez do valete pe-
dido outra carta, como, por exemplo, o az de es-
DEE
—
Dê-me o az de espadas.
A carta então recebida escamotea-se e substi-
tue-se pela que se occultou na
manga.
Dupla. vista
“agem a
OUTRA PESSOA TIRA DO BARALHO
ber à mulher a
primeira carta que está debaixo
por exemplo, se o
magico der a entender pelo modo
acima referido á mulher que a
primeira carta é a
O ovo magico
de a deitar no ovo.
tempo o
prestidigitador fez deitar a carta escolhida
na caixa, deu a examinar o ovo, para o
qual ella
devia passar, para convencer o publico de que es-
a sua
explicação na sorte: 4 caixa magica, na
par-
te HI d'este livro.
A carta no espelho
palma da mão.
Na algibeira
bolso uma
perfeitamente carta egual. Quando pede
aos espectadores para que qualquer d'elles pense
n'uma carta, promettendo, seja ella qual for, tirá-la
do bolso, apresenta-se então o ajudante. O opera-
dor entrega-lhe o baralho e elle, correndo-o, esco-
tra a carta.
espectador. ú
colher-se.
Com effeito, o
espectador a
quem se fez a con-
Emquanto a
pessoa indicada faz a escolha do
massete e sem dar-lhe tempo para o contar, pega-
seno massete que ficou e com destreza juntam-se-
lhe as tres cartas que se teem occultado na
palma
da mão, e
entrega-se á pessoa que escolheu o
pri-
meiro para o contar.
carta, e
procede de egual maneira com o
segundo
dos massetes. Emquanto as duas pessoas que es-
Como se
pode prever, por muito que baralhem,
não haverá dificuldade em acertar com a carta es-
colhida.
- AS cartas adivinhadas
O
prestidigitador annuncia aos espectadores que
possue um
sujet maravilhoso que tem o dom, guiado
unicamente pelo instincto, de adivinhar uma carta
tro logar.
MANUAL DO PRESTIDIGITADOR 25
sobre a
qual estão as car-
do
e & 4| |& 4| ao baralho, quer
2 E
& E
4) dizer que a carta tocada
está ao meio da mesa. Se
collocamos o dedo no canto inferior á
esquerda,
significa que a carta está á esquerda, do lado de
baixo da mesa, e assim successivamente para as
outras posições.
O compadre quando entra-olha para o sitio em
nove cartas.
26 MANUAL DO PRESTIDIGITADOR
O sujet sahiu, e
logo que tocaram uma carta na
nossa
presença, deixamos o baralho no sitio cor-
Entregam-se os
quatro reis a uma
pessoa pedin-
do-se-lhe para pôr dois d'elles, um
por cima e ou-
não
garosamente no seu
logar para provar que se
escamoteia.
esquecendo conservar
sempre o dedo minimo na
do baralho
As vinte cartas
M U T s
VU
1 2 3 4 5
D E D I T
6 8 10
7 9
N o M E N
1 12 13 14 to
c o c I s
16 1 1
18 19 20
O duas
primeiro monte de
cartas põe-se nos nu-
30 MANUAL DO PRESTIDIGITADOR
ros 6e 8.
Se nos dizem que estão na
segunda e na
quar-
ta, vê-se igualmente que estas são as collocadas
nos numeros q e 19, attendendo a
que estas qua-
tro palavras estão compostas de vinte letras repe-
tidas.
A carta obediente
fundo de uma
garrafa sem offender os lados, intro-
duz-se pelo fundo uma pelle de castor, cortada de
maneira a ter exactamente o mesmo diametro do
interior da garrafa, e esta colloca-se sobre a mesa
no
logar onde caiu o canudo de folha, de modo
descançar sobre a
pelle de castor, ficando com a
mais saliente, e
pcr isso apresentará a dama de paus.
Então o magico, tocando algum instrumento, tal
como rabeca, e a fim de impedir que sejam ouvi-
«dos os sopros do folle, mandará que venha a dama
de paus de dentro da garrafa ; o ajudante por baixo
do soalho fará soprar o folle, a cada sopro d'este
a pelle de castor subirá um pouco na
garrafa, e
por
conseguinte subirá tambem tudo o que estiver so-
A espada de Satanaz
pessoas que a
quizerem ver, emquanto vou buscar
a espada de Satanaz.
Agora metta-a no baralho d'onde a tirou... póde
mesmo baralhar as cartas... Em logar de me dar
o baralho, atire-o ao ar na direcção da minha ca-
Principio: um,
dois, tres...
Bravo!... á
primeira esto-
cada espetei o
sete de espadas
no meio d'este
chuveiro de car-
tas.
É estaa carta
TRA.
O ramalhete de cartas
verem as cartas e de
estarem bem conheci
das, cada pessoa põe
a cárta que tirou do
baralho n'um prato,
onde se
queimam em
no
logar d'estas apparecem as seis que faltavam.
É necessario saber, primeiro, que o prestidigita-
dor faz tirar aos
espectadores cartas forçadas.
Expliquemos o
segredo. Levantando-se um
pouco
o vaso, vê-se que está collocado sobre tres mólas.
A primeira serve para elevar até á altura de dois
as outras? É agora
que trabalha a ter-
ceira móla. No
meio de cada um
gonzo um leque
abre da direita
que se para a esquerda, como
o fa-
ria a folha de um grande livro aberto. Ora, na
pri-
meira e
scgunda pagina d'esta folha, estão duas
metades de cartas, e as outras duas corresponden-
tes acham-se sobre a chapa onde está a folha, de
É
MANUAL DO PRESTIDIGITADOR 35
bre a
primeira carta, e abre-se um
segundo que
-deixa ver a outra carta. Tal é o emprego .
da ter-
-«ceira móla.
padas.
Sobre o de espadas applicar-se-ha um ponto de
«copas e sobre o de copas um
ponto de espadas, o
fregar-se-hão depois os
pontos ligeiramente por de-
“baixo, com um
pouco de sabão ou de pomada bem
“branca, e
pôr-se-ha a copa sobre o az de espadas
e a espada sobre o az de copas, tendo o cuidado
-de as cobrir inteiramente e fazer todos estes pre-
-parativos antes de começar as experiencias.
Prepara-se o baralho em dois montes, pondo de-
“baixo de cada um d'elles os azes preparados; em
municar-se.
Todo o segredo consiste pois, em fazer um mo-
Achar com a
ponta d'uma espada e os olhos ven-
pede que se
vejam as cartas, attendendo a
que a vista
Egualmente se
podem dar a tirar duas ou tres
que se escolheram.
A carta dancanie
O magico pede a um dos espectadores que tire
uma carta de um baralho que lhe apresenta : de-
pois de tirada e baralhada, manda-se que appareça
na
parede, o que ella executa saindo como se re-
seu
logar. Devem-se cobrir os
relógios com um
Consta este
prodigio em achar no baralho e atra-
Põe-se
A taberneira
secretamente
e
um
os
dos
beberrões
valetes
E mas
quatro em
lhor na
taberna, mas
que não teem um real: ma-
lado.»
Póe-se então um dos valetes por cima do bara-
terceiro
“lho,
taberneira
o
segundo
não
por
vendo
baixo e o no
meio. «A
os
quando volta, quer correr
A cabeça do diabo
A do todas
cabeça diabo responde a as
pergun-
tas
que se lhe dirijam, não vocalmente, porque po-
dia intimidar os
espectadores, mas com os olhos e
com a boc-
ca. Quando
mexe os
olhos e si-
gnal affir-
mativo, e
quando a-
e
die
=
bre Hotel
é
negativo.
Faz mais
ainda: apresenta-se um baralho de cartas a qual-
quer pessoa, para tirar uma; depois de estar vista,
junta-se com as outras, mette-se o baralho na bocca
do ordena-se-lhe
diabo, e
que deite fóra sómente
a
carta que se tirou, e immediatamente expulsa, en-
tre tantas que tem na bocca, sómente a
exigida.
Quem lhe dá este poder ? Vejamos. A cabeça do
MANUAL DO PRESTIDIGITADOR 41
quarta pessoa se se
quizer, notando apenas que as
tas cartas
quantas se mandaram tirar, havendo o
ma carta varia ao
gosto ou capricho do prestidigi-
tador, e não imaginam que todas ellas tiraram a
mesma carta.
Se a
primeira pessoa não toma a carta larga que
se lhe apresenta, é necessario então fazer tirar a
que se mette na
algibeira, occultando-a debaixo da
MANUAL DO PRESTIDIGITADOR 43
mão, e
pegando baralho,
no põe-se por cima; corta-
se tirando em
seguida a carta do meio do jogo, e
apresentando-a ao
que tirou o tres de copas (occul-
tando com o dedo index o
ponto que está apagado
afim de dito de
que se
imagine ver o tres copas),
pergunta-se-lhe :
Sim, senhor.
Torna-se então a escolher com os dois dedos da
mão esquerda, e occultando o
ponto opposto, isto
é, o que não se
apagou, mostra-se á pessoa que ti-
de
rou o az
copas dizendo
lhe :
E esta é a de v.
ex.?, minha senhora? Ao que
responderá :
É a —
minha.
—
que
—
nhora
:
—
—
Então v. ex.ºquer enganar-me a mim, para
que eu engane as mais pessoas, responde-se ; e ba-
tendo com o dedo sobre a carta mostra-se a um
Cada vez
que se
queira fazer mudar a carta, deve
esta tomar-se com os dedos da outra mão.
44 MANUAL DO PRESTIDIGITADOR
to
Adivinhar ma carta pensada
fl
Um dos espectadores antes de pensar uma carta”
escreve um numero
qualquer. Todo o
apparato
d'esta sorte consiste em uma combinação mathe-
matica eis
: aqui como deve executar se.
rias pessoas e
propõe-se depois a
qualquer para se-
é o valete de copas, e
suppondo tambem que o nu-
mero
que se marcou antes é o
24, entrar-se-ha no
nariz
pousará o como
para cheiral-o.
Depois, pondo as mãos atraz das costas com o
*
Baralho francez de 32 cartas. A pag. 76 do nosso Manual
do
dos jogos encontra-se o tratado Piquet.
MANUAL DO PRESTIDIGITADOR 4>
24, e
por conseguinte vigesima quarta carta
a
que
vae voltar será o valete de copas, o que effectiva-
mente succederá.
A carta estan
ali vinheta de
gabinete.Temos já disposta uma co-
alguma.
nem orla
canto .
meio
: forçamos um espectador a tomar essa carta
As cartas magneticas
bondade de novamente a
pôr no baralho.
Sobre a mesa colloco
garrafa cheia de agua esta
ralho. -
MANUAL DO PRESTIDIGITADOR 47
«Valete de copas»
—
Eil-o! —
«Nove de ouros»
ao
longo da qual se faz descer o fio, depois collo-
ca-se ahi a ultima que deve ser chamada. Conduz-se
então o fio até ao alto d'esta.
Vem em
seguida carta tomada
uma ainda ao
bre com a
penultima que deve apparecer: e assim
CERAAAAEASA PASS
SESSDI
SARPSSEPSS
DSPSP
EPP
RESP
PPERIES O
tirar até
as
que seguem chegar ao numero
pedido.
As cartas viajantes
pas, e ou-
tro, a dama
de espadas.
Levamos as
duas cartas,
e pômos ca-
7 da uma
dres, e
participamos aos
espectadores que as car-
manho.
Uma d'estas duas pedras dispõe-se de maneira
d'onde está só a
pedra; toma-se em
seguida com
siado o
copo, faz-se com um braço um movimento
como se se deixasse o
copo e se
quizesse apanhar
-no ar; deixa-se então cair nos joelhos ou no
guar-
faz-se
danapo : com a mesma mão um movimento
d'arremesso para o tecto e atiram-se vivamente ao ar
dedos. O
espectador, ligando toda a attenção a
-dispostas a quatro e
quatro, e então se encontra-
rão juntos os quatro azes, os quatro reis, e o mes-
baco.
Manda-se tirar do baralho a carta
igual á
que está
na caixa e
pede-se para a
resgarem em dois boca-
Quodlibet magico
consiste
a uma especie
advinhar
de
recreação ari-
thmetica, que em numeros, pa-
lavras,
sentados
naipes, figuras
divisões d'um
ou
outros-desenhos
embora
repre-
nas
quadrado, este
1 7 |13)19/25]31
2 8 14/20 | 26
| 32
31|32 [33
25
[26| 27 |
[19| 20 [21º
13[14 [15]
7 |8 fo]
Perfeitamente, mostra-se
a um
espectador o car-
o Quodtibet
Incluimos magico na
parte 1 do nosso.
de 36 cada
Manualporque dois com baralhos cartas
querda o baralho.
Pede-se um chapeu que se colloca com a mão
MANUAL DO PRESTIDIGITADOR 55
Dando em
seguida com a varinha
magica na copa
do chapeu, levanta-se este e
apparecem os quatro
reis; levantam-se as
quatro cartas superiores do
baralho, e apparecem os quatro azes verdadeiros,
que é aonde estavam desde o principio collocados.
Os espectadores creem
que, effectivamente, se
ope-
rou uma
mudança entre os azes do chapeu e os
reis do baralho. .
Annuncia-se em
seguida que vae operar-se nova
tres cartas.
Supponhamos que é a cabeça d'um rei
de ouros e que se colloca por cima d'um rei de es-
padas.
Tendo na mão esquerda o baralho, e
apoiando
com os dedos da direita para que não fuja a meia
cobrem, as
quaes se vão tirando com muito pala-
vreado para que as veja e as note. Ao chegar ao
rei de ouros, que o espectador já está a olhar des-
confiado depois de ter visto tirar e
pôr sobre a
volta-se
mesa as cartas anteriores, o
baralho,guar-
da-se na
palma da mão direita a meia carta, e diz-
se-lhe que tire elle mesmo o rei de ouros.
de espadas e vice-versa
Preparam se
antecipadamente dois reis de copas,
desenhando nas costas d'elles com tinta bem preta
o az de espadas. É evidente que estas duas cartas
ma mesa
para demonstrar que as mãos não se
ap-
proximam uma da outra, pedindo a um sujeito
que as cubra com dois chapeus, ficando por con-
Logo que os
chapeus estejam sobre as mãos, vol-
tam-sc as cartas afim de que o rei de copas pareça
o uz de espadas e vice-versa, deixando-as sobre a
a um
espectador uma
ensinado.
Uma vez que se obrigou o espectador a escolher
uma carta egual á que se tem preparada para a ma-
BESSA!
GRRSEERE
SAIO RICESATO Ã)
PARTE II ]
Dad
Subtilezas, «trucs» de sala,
transmissão do pensamento, problemas engraçados,
A dama obediente -
cima de uma
mesa) uma
pilha de damas. Póde fa-
cilmente tirar-se d'esta pilha qualquer dama sem
Mandamos retirar o
sujet sôb vigilancia de
a al-
»
pidamente.
Explicação O segredo —
binado com o
compadre, que o volume collocado
em cima da mesa
representa a casa onde nos acha-
mos. O logar pozermos onde o dedo indicador so-
n'um
«E disse.
effectivamenteexecutou o
que Emquanto
de longe o operador atirava em
direcção ao copo
grandes fumaças, o vidro ia-se enchendo como por
encanto d'um fumo esbranquiçado, leve e abun-
dante.»
A realisação d'este phenomeno é dos mais sim-
conclue illustre homem de
ples, o
sciencia
—
—.
chlorydrico, e humedecer o
pires, no fundo que
deve assentar sobre o copo, com algumas gottas de
ammoniaco, que facilmente adherem á superficie
por capillaridade.
Os dois liquidos, vasados no
copo e no
pires an-
tes do operador os
apresentar em
publico, formam
uma camada tão tenue que passam desapercebidos ;
mas
logo que são postos em presença um do ou-
peso.
Precisa-se de uma sala de dança... Servir-nos-
hemos de um copo. N'este salão de chrystal, per-
manecerá visivel a todos os olhos. Eil-a... eu bato
o
compasso com a minha varinha... A moeda co-
baile promettido.
Pa
A moeda invisiver
£
O dinheiro é um
corpo visivel ou invisivel? Sin-
gular pergunta ! respondeis vós; sim, o dinheiro é
um corpo visivel.
Muitos pobres diabos, todavia, affirmam o con-
seu
logar. Agora pego eu no
lenço pelo lado op-
posto, puxo-o para mim, desdobrando-o em todo o
MANUAL DO PRESTIDIGITADOR 63
Sã
seu
comprimento; depois volto-o, sacudo-o, atiro
com elle -ao ar, afim de os convencer que os cinco
tostões não estão ali.
O facto é evidente, mas viram por ventura para
onde foi a moeda? Certamente que não ! Já se vê,
pois, que o dinheiro póde tornar-se
algumas vezes
corpo invisivel.
um
-
E podereis,
oque caro leitor, demonstrar da ma-
de executar.
Convida-se a
pessoa mais pesada a deitar-se ao
mos
pontos do lado opposto.
A um
signal convencionado, as quatro creanças
e o
paciente aspirarão simultaneamente o ara
pul-
mões largos, as creanças levantarão os dedos e o
mantenham
mesa o
corpo
durar
do paciente e o
assim o
tempo que a
aspiração.
A moeda derretida
Para a executar
procede-se
da seguinte fórma :
É Sentamo- -nos
primeiramente
.
mão
Esfregamos
e...
ligeiramente
Já lá não
a
mgeda,
está, a
levantamos
moeda derre-
a
passou.
ES
teu-se.
MANUAL DO PRESTIDIGITADOR 65
Explicação da sorte —
Ao sentarmo-nos, teremos
O lenço magico
mãos unidas, e as
aparta vivamente, fazendo-as
carregar ao
longo
lenço com a do
moeda, quer seja
a da
direita, quer esquerda. N'esta a da
posição
poderá sacudir e voltar
o lenço magico com grande
admiração dos espectadores, que terão bastante
embaraço em dizer para onde emigraram os cinco
tostões.
O éscriptor electrico
creve-se na
segunda linha alguma resposta ambi-
gua, tal como —
assim
escreve-se na
quarta outra resposta e
; por
diante até ao
fimda pagina. Estas respostas devem
ser escriptas com penna de ave molhada em uma
mesa
pequena (criado mudo) que esteja á vista dos
espectadores.
Disposto tudo d'esta maneira, o
magico levará
MANUAL DO PRESTIDIGYTADOR 67
O
-aos espectadores papelde que já fallámos, acom-
ver a
pergunta que quizer na primeira linha d'aquelle
papel, para ver uma
prompta resposta ;
—
isto feito
irá a uma outra pessoa, pedindo para escrever na
o
que contém as perguntas e respostas, deixará
muitos conjecturando como, de tanta distancia, pou-
de o
magico escrever no
papel que se conscrvava de-
baixo do vidro.
Ocordão e a faca
mento de pas ra
primeira extremidade de cor-
dão sebre a
segunda.
Modo de razer passar um ovo por um annel
estende a
ponto de o fazer passar pelo apertado
diametro d'um dos mais
annel, mesmo pequenos ;
tendo a particularidade de que não sendo compri-
mido, retoma
novamente a sua fórma natural.
Do mesmo
póde introduzir modo se um ovo em
mostrando
uma
garrafa branca, operador, e o um
troquem o liquido
MANUAL DP PRESTIDIGITADOR
o
logar que aquella occupava. Esta mesma
expe-
riencia se
póde fazer, mergulhando o gargalo de
uma garrafa cheia d'agua no batoque d'uma pipa,
bem attestada de vinho, e vereis em poucos segun-
«dos operada a troca dos liquidos.
Lapis sympathico
Formae um
lapis, composto de cré de Hespa-
mha, ou de vitriolo de Chypre, ou
capa-rosa, do
vidro com um
panno de linho. Quando quizerdes
“que appareça o
que está escripto, não tendes mais
O ovo urde: e
=
Espada incendiaria
phosphoros, vac
empregar uma
espada que possue,
a
qual á capaz de incendiar o mundo. —
Na sala
aquecer bem a
ponta de uma espada longa pon- e
A mão incombustivel
ns Bo
muito
oleo
bem
de petroleo e terebentina,
obtem-se dis-
Tentem
Cal.
lima
freio
viva, misturado,
tilando esta mistura, uma
agua que póde arder na
mão sem causar o menor mal.
Cj tt
Dissolve-se uma pitada de sal commum em uma
tantes e inconstantes.
O nó obediente, -
o epois
vê
de ter
principiado o nó n'um lenço, como
se na
gravura, aperta-se um
pouco, puxando
sem força as duas pontas su-
instante em
que o nó se embrulha no resto do
lenço. Este nó illude completamente, e de repente
MANUAL DO PRESTIDIGITADOR 73
Esta é muito
gico.
depende da
sorte
ligeireza com
simples,
que é feitas
e a sua
perfeição
z
TT
O nomem sem camisa
guem sem se
despir. Esta sorte não exige senão
destreza, e comtudo, quando algum prestidigitador
a executa, toda a gente se persuade que a pessoa
a
quem se tira a camisa está de combinação com
accendendo
das outras ; a torcida, a
platina se porá
em braza; tirae depois a torcida, a platina ficará
em braza emquanto tiver espirito de vinho, e
ape-
sar de não produzir chamma, dará boa luz.
erro
A cruz buliçosa
cretamente a
parte de baixo antes de se annunciar
desfaz dá
se e
parece que a cruz
voltas, sem com-
A cara incendiada
primitiva.
Advinkhar os pontos de tres dados lançad
muma mesa
Sejam os
pontos 4,6, 2, dos tres da
76 4 MANUAL DO PAESTIDIGITADOR
|
19 y ,
E
aura
nat
dos á pessoa que
ORDEM
faz
DOS
a sorte.
PONTOS DADOS
Eis o
processo :
háe o 462
Dobro do 8
primeiro dado..............
0.0.
po
puros
e,
1
Numero
:
acerescentado.
Somma
«severe
...
«sera
reis acermare
“8
5
+65
5
Somma .
“a
A qual multiplicada por............ . Io
.
Ds o qua
as segs =...
TIO
À qual ajuntando os pontos do terceiro dado 2
Somma “712
DiminúAdo: Es ses
npaisada nas selar
nbs 250
Restam ........... cs
4062
Estes tres algarismos 4, 6 designam os
e 2 pon-
tos de cada um dos dados lançados na mesa, e à
O relogio obediente
mm ovo em pé sobre
a parte aguda
78 MANUAL DO PRESTIDIGITADOR
vez da maçã, a
qual se divide puxando as duas
debaixo
pontas do fio que a atravessa por da pelle
;
depois, fazendo o mesmo pelo lado contrario afim
de dividil-a em quatro partes, encontrar-se-ha per-
envolvida
iamente cortada, embora na
suapelle.
O frasco magico
frasco a
qualquer pessoa,mandando que tape, lhe o e
Tomae cal
viva, salitre e tutia de Alexandria,
de cada coisa 30
storax, calamine, grammas,enxo-
fre e
camphora, Go grammas de cada uma, redu-
de
zireis tudo a
pó passal-o-heis por peneira
e seda
;
embrulhae n'um pedaço de panno bem tapado, e
Pondo
de dois
um
pedaço de vidro em
equilibrio em
ci-
ma livros, e pondo-lhe por baixo um pu-
nhado de sêmeas, esfregae a superficie do vidro
bocado de de lá de flanella ;
as
com um ou
panno
semeas dançarão com uma
rapidez incrivel.
AE E
Subtracção su rehendente
periencia. da
Consiste este
pequeno c facil truc em mostrar sem-
pre ao
espectador a mesma face da lamina, appa-
rentando todavia mostrar-lhe as duas faces. Por
este meio, julga-se vêr dois pedaços de papel de
cada lado, quando realmente ha dois n'uma das
faces da lamina e tres na outra.
E pedaço
Enchei
de
um
potassa;
prato de
logo
agua,
que
e lançae-lhe
esta tocar
dentro
na
agua,
um
fogo; se a
potassa fôr deitada em neve ou
gelo,
.
. tambem arderá.
O poeta á força /
5
eo Aa
Não consisté em
esfregar bem a testa com a mão
como fazia o
grande Horacio, mas dando grandes
cabeçadas contra
parede. Sim, minhas
uma senho-
ras, dão-se tres ou quatro pancadas com a cabeça
contra uma porta, e leva-se em
seguida a mão á
testa como
para apaziguar a dôr occasionada pela
violencia da pancada, e cis que sae um dos mais
bellos poemas.
Mas não se
precisa sequer tocar na porta com a
vimentos da
cabeça com o ruido occasionado pelos
murros, produz uma illusão completa. Depois do
que: Prompto, começa o
improviso : =
collega Camões !
Carrega
HE à uma
espingarda, pondo se em vez de
bala um côto de vela; apontando-se para qualquer
taboa, o côto de vela furará a taboa como se fosse
uma bala de chumbo.
A colher magica
O magico
f papel
ir Gazometro portatil E
x
PO sa
quando estiver
secco, ponde o cachimbo em cima
das brazas, e
aquecei-o gradualmente. Ao cabo de
de o
aguçar nas
pontas para que fure Escondei-o
na mão esquerda, c
apresentando uma meia nova
:
/
pedi a uma
pessoa ama moeda de cinco tostões, que
poreis egualmente na mão esquerda, e ao metter o Í
dinheiro na meia o substituireis pelo arame redon- [
do, fareis descer até ao pé da meia. Fareis
que atar
do
[
a meia, mostrando a todos o
signal redondo Í
dinheiro... esconde
arame, e
que julgarão ser o
|
reiso pé da meia n'um lenço, deixando à parte atada í
vista do desenrolãe subitamente
espectador,
)
ú o
é moeda
fingindo esforço, para fazeracreditarque a
de tinheis
prata, que já na mão, e que depoismos-
trareis, assim como a meia já sem nada e sem ru-
ptura-alguma
A cera magncetica
tapar e
poderá repetir-se de novo esta operação
vinte vezes de seguida.
Vegetação
s
os maravilhosa
“o a
Collocae um ramo de alecrim, ou d'outra qual-
quer planta que seja muito ramificada, debaixo d'um
bre uma
chapa de ferro, em cima
da qual espalha-
reis benjoim em pó; aquecei a chapa, immediata-
mente o benjoim se pegará nas folhas e troncos de-
arbusto, que se trasformará em brilhantes crystaes.
A chapa de ferro póde ser construida em fórma
de tempe (com pés) afim de se poder aquecercom
aleool acceso pelo lado inferior, o que se torna-fâcil.
Subtracção comi
tar desde a
que segue à que sae da fila) afinal o
fila.
=
cabra cabra
lobo
nuncase encontrará com a
do
nem a
tra um
pedaço de phosphoro, que terá sido ante-
pre uma
espera, que muitas vezes
parece longa ou
porque a
conversação geral está pouco animada,
ou
porque os colloquios de visinho para visinho;
apenas se sustentam com semsaboronas trivialida-
des, e já se não sabe o
que se hade fazer á mesa-
bremesa,
horizontalmente
o bastante
fóra
para
da mesa.
quepossa ficar suspensa
N'essa occasião todos os olhares se
dirigem para
nós como outros tantos pontos de interrogação.
Os nossos simples preparativos deram vida ao
O passaro e à gniola
de faz-se
dissolução pedra-hume e deixa-se seccar ;
isto duas ou tres vezes: pode-se chegar o papel á
chamma da véla que não se
queimará.
Aí penitencia divertida
A moeda duplicada
tra.
Para isso se
conseguir enche-se um copo de agua
clara e mette-se dentro d'elle uma moeda de dois
debaixo
tostões, por exemplo : põe-se uma mão por
do prato e outra no
copo ce volta-se tudo rapida-
mente afim de que, não tendo o ar
tempo de en-
.
tural um
pouco mais acima da primeira, o
que fará
crêr aos
que não conhecem os
singulares efféitos
da refracção, que ha effectivamente debaixo do copo
uma moeda de cinco tostões e outra de dois. De-
pois de nos
assegurarmos de que assim o
imagi-
naram levantar-se-ha o copo e cessará a illusão.
E direis a
qualquer pessoa que tire a do meio.
sem lhe tocar.
quencia já a
segunda não está no meio.
Phantasmagoria occulta
espectador.
Combina-se particularmente com um espectador,
que quando estiver fechado em um quarto proximo
e ouvir bater uma
pancada, essa
pancada designar-
lhe-ha a letra 4; que se ouvir duas seráa letra B;
e assim successivamente segundo a ordem das vinte
e
quatro letras do alphabeto; proponha-se em se-
cendendo-se uma
lampada que esparge uma clari-
“dade lugubre, entrega-se-lhe dizendo-lhe que a
po-
nha ao meio do e não sc assuste com
quarto que
o que vir.
depois de
escripto toma-se o
para papel queimar
a uma luz, e lançam-se as suas cinzas dentro d'um
almofariz, sobre o
qual se deita um
pó a que se
attribue muita virtude; lê-se o
que se tinha escripto,
suppomos aqui ser um gallo, então tomando um
notando-lhe |7 7
adega pela seguinte ordem,
haviam de ficar de EA,
que nove
garrafas
cada lado.
O creado tirou doze. isto é, quatro de cada vez
*
5
|
54
[3 8
3
É»
1 1
25
2] 333 É a
pensou
Depois de
pedirmos a uma pessoa que ponha um
numero qualquer no seu pensamento, diz-se-lhe
que o duplique, e
que lhe accrescente 4, e que mul-
tiplique o todo por 5; manda-se-lhe depois accres-
EXEMPLO
7
Duplicado ........
14
Juntando-lhe 4... ER 18
Multiplicando 18 por 5 dá o
producto....., go
Ao qual juntando 12, somma...... ..... 102
“Tirando-lhe .
ro
—.7
—
que é o numero
pensado.
A virgula
disparate.
Telas o dirão. E no emtanto esse
disparate, que
se lê como tal á primeira vista, tem no fundo todo
o senso commum
depois de applicada uma zir-
Em resumo:
para ficar uma ideia concisa, a vir-
toda
milia
: da vacca e do boi, paes do bezerro.
A guardadora de patos
cu
pata que os poz teria cem ao todo. Pergunta-
se
qual é o numero de patos que ella guardava ?
. soLução
Supponhamos que ella tinha. ........ ema és
36
.
Porque tendo ainda outro tanto........ sitio 36
Mais, a metade d'outro tanto que faz....... 18
Mais, o
quarto d'outro tanto que faz...... 9
E a
pata que os
poz que faz EA pato I
-
O total é............... (100
O relampago magico
sorução .
“Tinha 60 carneiros.
PROVA
4 6o carneiros
O terço de Go.são............ 20
4 cus
anasanEn snes 5.
100
da carnavalesca
im umã reunião
pelo entrudo, póde qualquer fa-
zer uma
engraçadissima partida. Trata-se nada me-
serval-o for-
tementeaper
tado entre o
pollegar e o
indicador.
Convém
fazer a
ope-
ração rapida-
mente, já para a tornar desapercebida dos olhares
curiosos, já para mostrar que não se usa de qual-
quer materia pegajosa para levar a effeito a sorte.
037€e0%)3
É tal a
propriedade do numero 37, que multipli-
cado por cada um da progressão arithmetica, 3, 0,
9, 12,15, 18, 21, 24.€ 27, todos os productos que
resultam se compoem de tres cifras eguaes e a som-
3 do 37 Sm 37 37 3 37
9 12 15 18 21 24 27
ma 333 444 555 666 777 888 999
a
7
98 MANUAL DO PRESTIDIGITADOR
O 73, multiplicado
numero
por cada um dos da
esta
progressão.
Advinhar quantas tem em cada mão
moedas
A uma pessoa que tem tantas moedas em uma
quantas eram ao
todo. *
mão dobro de
esquerda, que
ella.E
é o 7 que se ordenou
que passasse para perguntando-se em
seguida
qual é o excedente de mocdas da mão esquerda á
-da direita, responder-nos hão que são 4 as que ha
mais n'aquella do que
a n'esta.
Assim,pois, tirando
4 de 14, ficarão 10, que accrescentaremos ás 14, re-
O dividendo egual
Apresentam-se espectadores
aos tres
quantidades
-escriptas em um papel e
propõe-se que, sem as al-
terar, se encontre uma combinação para as distri-
buir'a tres pessoas diversas, mas por egual a todas
ares, apesar da cifra differente que cada uma d'ellas
representa.
Com effeíto, as tres quantidades propostas são :
SuTBA TD
61,254
7:218
Como podem distribuir-se por egual ?
todas ellas.
As tres prendas
dos.
Diz-se a tres pessoas prendas que escolham tres
differentes, exemplo:
por relogio, um annel e um
annel
quantos tem na mão ;
que a
que guardou o (segunda prenda) tome
dobro do de dos
o numero tentos que tem
; e
que
MANUAL DO PRESTIDIGITADOR 101T
a
gue escolhe o estojo (terceira prenda) tome qua-
tro vezes mais do que os seus,
ceira prenda.
E os numeros que estão debaixo das ditas pa-
lavras, designam a
palavra que convém consultar,
conforme fôr o numero de tentos que tiver ficado
sobre a mesa,
pessoa numero 1
(primeira syllaba) escolheu a se-
chido um
copo de agua, e
depois de o haver col-
locado sobre a mesa, não o
póde mudar de sitio
sem entornar toda a agua que elle contém.
—
Essa é melhor! Não se me dava de ver isso.
Então enche-se d'agua um copo, e
applicando por
cima um
pedaço de papel que cubra a agua e as
mente o
papel: a
agua que o
copo contém ficará
n'elle suspensa, attendendo a que o ar não poderá
penetrar ali. Por conseguinte, de qualquer maneira
que lhe pegue a pessoa com quem se
apostou, não.
n'elle e se entorne a
agua.
O collegio de meninas
siste dispor um
em
quadrado dividido em nove com-
ASAS
confia de nada
eretira-se contente com as suas dis-
trocas
que narra a historieta.
1. 2. 3. as
33 252
3
3]
3)
414
da
1: 5 5
1
7º?
7a
3 3 3.
f la rd 252 1 7a
Pede-se a
qualquer pessoa que nos amarre es-
treitamente os dedos
pollegares com uma fi-
ta,e depois que nos tape
as mãos com um cha-
peu. Isto feito, e com
querda e
pede para be-
ber um copo de vinho
á saude de quem tão
Fig.
a solidamente o amarrou.
dedos
e, poucos momentos
depois, a apresentar os
Fig.
2 Fig. 3
dedos e se dissimulava ao
publico escondendo a mão
direita na
esquerda. (Fig. I, IL, HI.)
Uma vez desligada, torna facilmente a collocar-
se amão direita na
primitiva posição.
106 MANUAL DO PRESTIDIGITADOR
da moeda ?
—
Está tratada a
aposta.
—
Então principio...
—
que
preguemos um meio mais economico do que o seu.
qualquer outra.
questão é 6.
Dobrando 6, a somma é 12.
mero se
que procura.
Cremos que depois d'esta sorte é inutil referir
108 MANUAL DO PRESTIDIGITADOR
Eis uma
experiencia pódem curiosa, e
que todos
fazer. Toma-se papel, aquece-se
uma ao folha de
lume ou ao sol e depois esfrega-se immediatamente
no joelho (se tivermos calças de panno de lã) depois
toma-se pelas extremidades, e
põe-se a 6 ou a 8
centimetros da cabeça do espectador. Ver-se-ha os
O dominó ao contrario
—
V. ex.º joga o dominó?
—
Bem vê que não; estou observando como o
V. ex.* não me
comprehendeu; perguntava
]
se conhece o
jogo do dominó.
—
um trapaceiro e
quem ganhou fui eu.
—
Quer conceder-me a
mesma honra ?
—
Mãos á obra.
—
—
Já da ontra vez fui eu
que pi... Não sei
como isto é, mas
quer-me parecer que não tenho
TRANSMISSÃO DO PENSAMENTO
(imiração DE ONoFROFr)
tulo.
E egualmente sabido que muitos enthusiastas
destes mysterios procuraram imital-o e
alguns che-
garam a obter das suas
experiencias um
lisongeiro
resultado. z
RARA
RARA
ARA
“dados, canta
discretamente as arias pedidas pelos
espectadores que e se nomearam
ope- ao ouvido do
rador postado a distancia.
As combinações para chegar a este resultado são
multiplas ; mas a
que é mais vezes
empregada con-
siste em formar um
catalogo numerado das arias
que o
sujet conhece e
que poderá cantar; o
sujet
deve saber de memoria os titulos e os numeros
logo.
O operador e o
sujet combinam entre si dez si-
gnaes representando cada um d'elles um
algarismo»
signal que o
sujet poderá ver a distancia apezar da
venda que é feita de panno grosso, é verdade, mas
a aria pedida. i
Se o espectador pede correspondente
uma aria
“ao numero 35 do catalogo, operador fará
o primeiro
a
telegraphia do numero 3, depois recomeçando o
XA bolsa maravilhosa
peu e tira d'ella, uma por uma, as peças que faz ti-
lintar na mesa.
.
costuras.
fórma.
-
Desde que
a arithmetica
existe, e já ha
bastante tem-
boas de som
prestado, as
quatro moedas occultas, e
que por um
A marmita milagrosa
Mette-se n'um
esconderijo, n'um tacho de folha,
“uma gallinha viva; tapa-se em
seguida o animal
com uma tampa movediça collocada a meia altura
«jo tacho e por cima põe-se outra gallinha morta,
«depennada e com todos os
temperos, taes como
Colloca-se em
seguida o tacho ao lume. Logo que
o calor se desenvolve, o animal prisioneiro trata de
obter
!
Devemos prevenir os leitores, que para a
que impede a
agua de se lançar no
copo.
Os pilares maravilhosos
esquerda, e
d'esta para
“A
aquella, para
I mostrar que
bem
|
|
passa
meio das
pelo
bo-
las. Depois pe-
ga n'uma the-
soura, e diz
mesmo
tempo o torno, que imprime um movimento.
circular ao
quadrado e á roldana do outro, a
qual
envolve o
segundo cordão, cuja extremidade op-
posta diminue tanto de um lado, quanto pelo outro-
se puxa, e
produz assim uma verdadeira illusão.
Se, pelo contrario, fizer movimento da direita para
a
esquerda, e
depois vice-versa, pequena machina a
sultado.
Corta-se a
cabeça a um peru (vivo), torna a col.
locar-se-lhe na posição normal, e o
peru fica como-
lados, toda a
gente suppõe que é impossivel cortar
camoteia.
O avo dançante
Mostra-se aos
espectadores tres ovos, dois dos
quaes poem-se em cima de uma mesa, eo terceiro
dentro de qualquer chapeu; pede-se a algum dos
senhores presentes que empreste a sua
bengala,
a
qual se faz ver
geralmente a todos para mostrar
gico move a
bengala da direita para a esquerda, e
120 MANUAL DO PRESTIDIGITADOR
perficie.
N. B. Para fazer acreditar com mais efficacia aos
Já que nos
propuzemos ensinar ao leitor os ins-
trumentos e machinas que se
empregam para ad-
copos empalmado-
res, instrumentos de
nassuasexperiencias.
São maiores do que,
qualquer copo usualmas teem a mesma fórma.São
munidos por dentro por uma
especie de colhér de
ponche sem
cabo, ou então d'uma concha bastante
MANUAL DO PRESTIDIGITADOR 121
Cnixa milagrosa
poucos de cor-
reios a toda a
leva bico!
ta, o no
?
Examinemos a caixa milagrosa: por dentro é
preta, e nada apresenta de notavel: diremos, po-
rém, que tem dois fundos, um
apparente, e outro
real; o
apparente é aquelle em
que o
leitor deposi-
tou o bilhete, e semelhante em tudo ao verdadeiro;
entre estes dois fundos ha o espaço sufficiente para
poder estar um ou mais passaros. O fundo appa-
rente está preso a um gancho que o faz girar, e
+
O magico pega em um certo numero de anneis,
que alguns dos espectadores lhe emprestam, en-
nhecida de col-
por todos
os politiqueiros pelo nome
MANUAL DO PRESTIDIGITADOR 123
dever-se-ha fazer
trem ; esta mesma
operação tam-
estão
ganados, estando ambos
na ideia que pegando
nas duas fitas, quando cada um d'elles não se-
levantar o
pé do copo... Apesar de me dizerem
que é impossivel, vou eu fazel-o para lhes ensinar.
Começo... exgotei o copo sem entornar uma só
tovelo.
A caixa e o relogio
volta ao
palacio, soubéra que o barão tinha pro-
curado a caixa com muito
empenho, pois que para
elle tâimbem era lembrança,
uma e como tal a ti-
nha em grande estimação. Que não tendo a cora-
buscal-a.
comprometter pessoa alguma, e mandou-o
No dia seguinte, M.D... convidou todas as
pes-
soas
que no palacio para
estavam assistirem a uma
sessão de
magia.
Concluia-a, mostrando uma caixa que, segundo di-
zia, tinha a singular propriedade de fazer com
que
apparecesse um objecto em vez d'outro, até o su-
bstituir por um
objecto perdido. Abriu a caixa, pe-
diu a uma das pessoas que se achavam presentes
que collocasse ali o relogio. Tapou depois a caixa,
e
perguntou ao barão X se tinha perdido alguma
coisa que dese-
jusse achar. O
barão respondeu
que perdera uma
caixa de rapé a
e com elle
primeiro repartimento.
vae O segundo
o
quando se ordena
O
magico pega em uma caixa que tem uma pe-
quena figura de Mafoma, n'esta caixa e corpo d'ella
ha uma mola feita de fio de arame torcido em fórma
espiral.
Por este meio a
pequena figura, ainda que mais
alta do que a caixa póde pela commodidade da mola
conter-se dentro d'ella quando se fecha, e então a
Apresentemos, sem
garrafa de que
preambulos, a
da.
O leitor não descobriu já, |] |
)
que fingindo apertar a bola de
partimentos não
poderá escapar-se. Nos quatro pri-
meiros deitaram-se quatro qualidades, que se des-
confia serem as mais pedidas, e o quinto enche-se
de agua com assucar. Resta um certo
espaço no
meio da
garrafa, que se enche de vinho e
que se
da ha mais facil,
pois que presti- o
digitador agarra na
garrafa de maneira
com os
que tape
cinco dedos os bu-
racos de que fallá-
mos,
que elle
estão dispostos paraisto, e
que, por pre-
caução, classificou na memoria por ordem al-
phabetica, com relação á primeira lettra do nome
9
130 MANUAL DO PRESTIDIGITADOR
ter feito um
signal nas suas moedas.
Eil-as todas marcadas. Acceito-as, e volto para
o
palco afim de estar tão longe quanto possivel do
elle
melhante, seja que ponha
as sobre a
mesa, onde
um
alçapão realisa a substituição
rapidamente, e na
tambem lado;
uma de
vamos cada
suspendel-o por
meio d'estes dois cordões com
ganchos. Assim nin--
“guem o perderá de vista um só instante, e como é
-de crystal, verá tudo o que dentro d'elle se pássa.
Damos-lhe mesmo um movimento de balanço,
para que elle mostre os seus
quatro lados. Volto
para o meu
logar. Sabeis que eu
represento Lis-
boa, vós sois Porto
cofre, que se balanceia,
o e o
é a vossa caixa
depositus, na de
qual tenho a dei-
tar quatro mil réis; pego na pilha das meias co-
marca
que ahi havia feito, não temos mais do que
-aconselhar-vos de empregar este meio, se
quereis
fazer viajar o dinheiro promptamente, à vista de
todos e ao abrigo dos ladrões de estrada.
Dissemos o que se deixa ver aos espectadores,
«digamos agora o que se lhes occulta.
As duas argolas dotecto, ás quaes se
suspende
o cofre, teem um canal facilmente dissimulado, e
ganchos inferiores.
Estes representam então, com as
argolas do co-
um vacuo, onde o
ajudante colloca as moedas mar-
fam no momento em
que dizeis: Aqui lhe metto as
moedas.
A salva do prestidigitador
salva, no meio da
posto.
Cabeça endiabrada.
» corre e dança em um copo, e responde
a diferentes perguntas
Para persuadir os
espectadores de que esta ca-
outro copo a
pouca distancia, como se fosse por
sympathia, executa o mesmo movimento. Em lo-
em
que se faz a operação. Esta ultima cabeça está
fio ter da
“chegada a um
que vac ao tecto casa, e
fez no
copo, deverá aquelle que executa a sorte fa-
zer
passar O fio por um
pequeno canudo bem po-
lido para escorregar com mais facilidade.
N. B. As moedas que se mettem no fundo do
copo debaixo do pretexto de impedir a communi-
As rosas enfeiticadas
virá n'este
tremo, procural-as aposento,porque sabe
que d'ali só poderiam ser roubadas por arte ma-
€
gica; porém eu quero divertir-me á sua custa,
enfeitiçarei os ramalhetes de tal modo, que elle pe-
gará n'elles sem os conhecer. Collocará os ra- —
outras sortes.
MANUAL DO PRESTIDIGITADOR 135
á custa de
um esturdio cioso é que se
póde fazer presentes
de rosas enfeitiçadas.
O dado viajante
quasi magico, e
por isso não se deixa enganar fa-
cilmente.
O leitor advinhou que deixei cair no chapeu o
um outro dado
ôco que conti-
nha emssi o
pri-
meiro, e
que fi-
nalmente, aper-
tando-os entre
dizendo
os dedos, retive n elle o dado, e mostrando
a todos desappareceu,e vae
que que reapparecer no
chapeu. Veremos, porém, na experiencia seguinte
quem será mais feliz, se o leitor a adivinhar on eu
a
enganal-o.
As sementes electrisadas
com
que rapidez se
póde, em todas as estações, fa-
zer com
que nasçam as flores mais variadas e
agr a-
camada deter-
ra
(a que eu
semeei) qual
a
entra
—justa-
mente na tam-
tendido n'um AS
O cofre encantado
D'aqui a
pouco apparecerá; antes d'isso, porém,
cumpre-nos orientar a leitora no
segredo. N'um dos
cantos do cofre, onde se metteu o annel, ha uma es-
primeiro cofre
no
segundo.Es-
tá explicado tu-
do. Em quanto
ao barulho que
se ouve
quando
se
agitam os
cofres, é devido
ao movimento de um pedaço de cobre, que sae da
tampa do cofre
maior, todas as vezes que se fe-
cha e
desapparece quando seabre.
Esta especie de lingueta bate n'um escudo d'ar-
mas, que guarnece a
tampa do cofre pelo lado de
Os legumes intel
gentes a
trazer.
café
e a ultima de ervilhas seccas
: colloquemos o
tampas, e
por meio da nossa varinha, ordenamos ao
para esquerda.
a
o café tomou o
logar do arroz; e este d'aquelle.
Cubramos outra vez as caixas e ordenemos-lhes
que tomem o seu
logar.
Vejamos... Eil-os nos seus
respectivos aposen-
tos |
E verdade, leitor, em troca do que me
empres-
tou, offerecemos-lhe o contheudo da nossa caixinha
do meio a que está cheia de ervilhas. Eu não
acho outro meio de me desempenhar para com o
substituidas peloseu
relogio, que está tão
brilhante como se
saisse do relojoeiro.
Vamos á explicação.
Cinco ou seis ve- eee
a
tampa que entra até á quarta parte.
As caixas são compostas de dois
repartimentos.
O a sufficiente
primeiro tem profundidade para con-
d'esta caixa
mo no
segundo rapartimento ; no pri-
meiro deite-se café, e no
segundo arroz, fazendo o
Pede-se a dois
espectadores dos
que queiram
chegar-se pé do ao magico, entrega-se um lenço, o
qual segurarão pelas quatro pontas, em
seguida pe-
dem-se differentes lenços, e
depois de recebidos
mettem-se todos no
primeiro em fórma de embru-
lho: depois de se ter junto uma porção d'elles, o
Reconhecem os
espectadorgs o lenço inteiro con-
fidente da
do magico, que
está escondido fazer
chão
atraz sce-
elle
na, eatira como outro ao
para se n
.
a sorte,
rará o
primeiro lenço. A parte da mesa sobre que.
se põe o vidro, debaixo do qual fica o lenço, é um
alçapão que abrindo se, deixa cair o lenço em uma
gaveta ; o confidente escondido atraz da scena,in-
da
troduz a mão por
do
mesa
baixo e substitue
fecha-se
o se-
gundo lenço no
logar primeiro ; o
alça-
pão que deve unir perfeitamente as
suasjuntaspara
poder enganar a vista do mais perspicaz e incre-
dulo espectador.
O relogio no almofariz
E o :
mesma
que lhe demos
se
finge pisar o relogio emprestado; quando se
objecto que se
quer esconder e contém duas ga-
MANUAL DO PRESTIDIGITADOR
La
tra. A frente
da gaveta,onde 15
está collocado
1
TES,
é
º
igual eia em am- Vo
o
objecto contido
primeira gaveta. na
Quando se abre
carrega-se no sitio já descripto, para não apparecer
a
primeira, mas sim a
segunda, e cômo não foi
n'ella que se deitou o objecto, apparece completa-
mente vazia, sem se saber onde estará o objecto
deposto, sendo a ilusão pasmosa.
bre o mesmo
plano, ao lado uns dos outros, abrin-
do-se cada um d'elles por cima. D'estes tres repar-
dois direita
timentos, os
primeiros, a contar
da para
a esquerda, ou d'esta para aquella, são moveis, as-
sentam sobre nma
corrediça que faz girar à vontade
um mantenedor, collocado debaixo da caixa.
Sup
MANUAL DO PR TIDIGITADOR 14>
xa nada continha.
“Vomando a
ultimo
ter collo-
passaro
dos
dois repartimen-
tos contiguos e
O pennacho magico
guardado o
pennacho, apesar de estar pouco aper-
tado. Aproveito a occasião que se apresenta para
o mostrar.
Eil.o! éum
verdadeiro
E
pennacho de
granadeiro, e
o estojo é um
pouco peque-
no
para elle...
Entra a custo, e o estojo amarrota-o por força...
Desastrado !-deixei cair o estojo no chão... Antes
Io
146 MANUAL DO PRESTIDIGITADOR
saem do estojo ? E o
pennacho O pennacho
desappareceu; sem duvida está no conserveiro,
d'onde nos mandou esta lembrança.
Ora estojo
o é dividido em dois repartimentos por
uma
separação diagonal; de um lado está o
pen-
nacho e do outro os* bolos. Deixei-o cair para, ao
a uma
estalagem onde não ha nada que comer,pe-
de-se á gallinha invisivel para pôr duas ou tres du-
zias de ovos e pouco depois come-se omeletta, ovos
beber uma
garrafa de vinho tinto que era verde,
(sempre é mekbhor beber vinho verde que não be-
bel-o de nenhuma côr), comemos juntos dois fran-
dois de
occultos entre os
compartimentos panno ;
fazem-se apparecer á vontade, tirando-os por uma
Como seria?
agarrava.
Outro qualquer pediriaa varinha para examinar;
o leitor, porêm, prefere que lhe mostre o
estojo ;
de boa vontade!
A tampa e
o
estojo pro-
priamente di-
to, são pouco
mais ou menos
do mesmo ta-
manho, cepara
fechar a caixa
entram exacta-
mente um no
que o
peso do dinheiro faz abrir, e a moeda cae na
satisfação e prazer !
A mão milagrosa
Ms
=
é uma
simples caixa que póde voltar
se de todos.
os lados, e o mesmo fazer, querendo, ao nosso co-
compor a
gaveta á sua vista. Agora metti-a na cai-
xa... não a feche porora... Deixo-lhe a caixa em
seu
poder, na
qual não toco mais.
1
Fig.
Fig. 2
operação, o
prestidigitador conserva, estendido em
mesmo véo
sobre a da-
ma, e
quan-
do esta ulti-
ma tiver des-
apparecido,
os especta-
dores terão a
illusão de
a vcem
que
aindano pal-
aos
co,graças
fios de arame
Fig. 3
beça e os
hombros.
parece em
seguida pelos alçapões.
Immediatamente, um ajudante do operador,pelo
alçapão aberto no palco, colla no jornal o pedaço
do papel cortado, de maneira a dissimular os mais
pequenos vestígios de qualquer rasgão, e fecha logo
o
alçapão. A cadeira, livre do peso, volta á posição
véo
natural. O operador escamoteia
o graças aum
e faz
delgado fio que passa pela manga do casaco,
cahir da cadeira
novamente para as costas
o appa-
relho de fio de arame.
“Tira em
seguida a cadeira, pega no jornal e faz
ver ao
publico que está intacto.
N'esta sorte, o mais difficil é tornar aos olhos dos
O retrato do diabo
manho de dois
palmos quadrados, grande e uma
fim
gico entregará o retrato ás pessoas presentes, a
de examinarem,
o e dirá que tem dado principio
áquella cabeça, porém que não a tendo podido aca-
bar por falta de tempo, vae agora acabal-a á vista
circumstantes.
dos Depois irá collocar o
papel so-
bre a
chapa, ficando assim o verso d'este unido á
viverá pouco a
pouco as côres dos olhos, da
bocca,
das orelhas, dos chavelhos, dos dentes e do
nariz,
apparecendo estão o retrato do Diabo. Emquanto
á
a chapa tiver calor sufficiente, o retrato estará
côres sympathicas.
Os peixes d'ouro
Apresenta-se um
grande lenço aos espectadores.
Faz-se ver
que não soffreu nenhuma preparação,
que é um lenço vulgar. Põe-se sobre o braço es-
querdo, mette-se a mão baixo e tira-se uma taça
por
de crystal cheia de agua e de peixes.
Retoma-se o lenço que se
põe sobre o braço di-
reito. Mette-se de novo a mão por baixo e tira-se
uma
segunda taça egualmente cheia.
camoteada.
Explicação e preparação da sorte —
Arranjam-se
dez taças de crystal, das guaes só duas são obje-
cto de preparações espe-
ciaes. A primeira d'estas
tendo
panno de
caoutchouc,
é destinada
a fórma d'um gorro.
é
A outra — que
d'uma
a
maneira
a
desapparecer —
construida par-
ticular, a
parte de cima d'essa tampa é um circulo de
crystal! um
pouco abobadado, formando tampa e
o collete, sobre o
peito do lado direito e a coberta
de crystal, do lado esquerdo.
As outras oito estão escondidas cada uma em
sua mesinha; a
parte de cima de cada uma das
mesas compõe-se de duas rodas de madeira sobre-
postas, deixando entre ellas o
espaço necessario
para conter um bocal. A franja que cae em volta
da mesa, occulta esta espessura, havendo o cuidado
de deixar um
espaço onde não ha franja —
espaço
sufficiente para metter e tirar as taças á vontade
na mesa que representará assim o
papel d'uma ga-
veta constantemente aberta.
MANUAL DO PRESTIDIGITADOR 157
lenço.
Pega-se então no
Pe
contem a roda de car-
se
pratica: colloca-se sobre a mão esquerda o bo-
cal coberto de crystal e
tapa-se com o lenço que
contem a roda de cartão. depois Mette-se a mão
direita debaixo do
lenço e segura-se o bocal com
bre a
cabeça uma
cornucopia.
Prometteis uma sessão de magia aos vossos ami-
gos, rogaes aos mais incredulos da sociedade de vos
espectadores.
Tendes então o cuidado de segurar o chapeu (um
momento, com as duas mãos, se
julgardes que assim
é preciso) de maneira que as abas não estejam nem
mais altas, nem mais baixas do que superficie da a
depois no momento em
que fingis querer, com a
examinaes
contrardes uma
resistencia inesperada, e
o
chapeu para conhecerdes a causa ; no mesmo ins-
READ
SEE
IE Dam
de projécteis.
gredo e
guardemol o só para nós.
O jogo de Satanaz
grande dado, e
como vê ficou
vazia; apreser-
to-lhe tambem
uma urna chi-
neza, debaixo
da qual nada
ha. Na caixa
metto uma laranja que a enche completamente, e
TI
162 MANUAL DO PRESTIDIGITADOR
vezes
que adivinhar onde se acha a laranja ou o
tido contrario, os
ganchos agarram navamente a
não vê.
VERDE
cobalto
Põe-se em um frasco uma parte de
e qua-
tro partes de acido-nitro hydro-chlorico; expõe-se
o frasco com esta mistura a calor moderado até
que o acido não dissolva mais; ajunta-se então sal
<ommum em
quantidade egual ao cobalto emprega-
do, e
quatro vezes mais de agua do que se
empre-
gou de acido; por ultimo fiftra-se esta mistura.
AMARELLA
O chapeu pastelleiro
espectadores,
eligeiramente
fazemos cair
no
chapeu
À
uma
especie
de fôrma, feita de folha de Flandres, na
qual está
o verdadeiro pastel que deve apparecer.
Depois d'isto, quebram-se uns
poucos de ovos
esquerda e
empurro-a com à varinha que tenho na
espheras ôcas, e
que juntas formam uma bola
na caixa, carreguei
n'uma mola no alto
d'ella que- impelliu
a meia esphera sobre
a metade inferior, e
melhante em tudo á
TERERRARO
bala na
ponta da vareta da mesma arma. O espe-
ctador carregará com muito grosso cuidado o cano
sem importar
se com o cano fino. O magico irá
“postar-se alguns passos distante do possuidor da
espingarda, levando comsigo a vareta, sendo esta
e o
magico enfiando agilmente na vareta uma bala
de chumbo furada, mostral-a-ha aos
espectadores
admirados.
Café magico
prato em
que assenta o vaso; e momentos depois,
tirando a campanula que deve trazer comsigo, com
o auxilio de uma mola, o
segundo fundo, vê-se com
mão introduzido no
primeiro fundo.
As fitas na garrafa
poucas de rolda-
nas, onde estão
enroladas fitas
de diversas co-
res. As extremi-
dades chegam ao
gargalo da gar-
rafa, entrando
uma
por argo-
la, e sustentando-se por uns nós que as não dei-
xam ir para baixo. Já se vê que se
puxa pelo nó
da mesma côr que se
pediu, e sae immediatamente
afita. Falta só dizer que segunda
a
garrafa tem
mos indicar.
Fechaes uma dama no interior d'um armario iso-
lado de todos os lados. Fechaes as portas do ar-
Explicação da sorte —
trucção do armario.,
Como se vê, está
collocada uma
prancha
a li E, no
tinada
interior
como
a
se
receber
do
fosse
arma-
vesti-
des-
sa
pessoa aos olhos dos es-
pectadores.
Para operar a substitui-
ção, a pessoa que estava
O vinho de rosas
os
quaes se encontra um
que tenha o fundo falso,
e us
paredes ôcas, contendo um
liquido corado em
A fritada no chapea
Pede-se um
chapeu emprestado e n'elle se intro-
duz uma fritada de ovos já preparada, porém com
serva-se
limpo. Apresenta-se a caixa aberta no fun-
do limpo, á pessoa a quem se quer fazer a surpreza,
e
pede-se-lhe que deite na caixa algumas sementes
A mocda vinjante
moeda ou um annel; o
magico põe-se a
alguma dis-
tancia e pede á mesma pessoa que sacuda a caixa,
e onve-se a moeda mover-se
dentro; pede-se nova-
mente
que caixa, sacuda a e não se ouve o movi-
mento da
moeda, á terceira vez torna-se a ouvir,
á quarta vez
desapparete a moeda e vae achar-se
no sapato de um dos espectadores.
A caixa deve ser feita de proposito, julgo que não
é necessario descrever a sua construcção, porque
todos os
pelotiqueiros as tem para vender.
Esta que causou tanta surpreza em Londres e
caixa
deve sacudir, «eposto que a esteja fechada,
172 MANUAL DO PRESTIDIGITADOR
e
pela mesma abertura introduz outra moeda, e
torna a
entregar a caixa á mesma pessoa, e segundo
A pasta de mudança
on 3: ll
Agora
Colloco
ninguem; mas
sobre
d'aqui a pouco
abro-ae
todos
odirão.
a
pasta uma mesa, começo
a tirar ao acaso o
que ella contém; prime'ro uma
mancira
o dinheiro dentro do limão
? Da seguinte
:
Substitue-se immediatamente o dinheiro empres-
tado por outro igual; emquanto se conversa um
creado
pouco com o
publico, o mette no limão, por
uma abertura que lhe fez, o dinheiro de que se apo-
derou. Depois, põe o limão no fundo de um vaso
Os pós de periimpimpim
em
que recebo as moedas, troco-as por outras, para
que o meu creado possa vir buscar as
que me em-
prestaram (as
« moedas substi-
tuidas) para
não
ghe
«am
as
de
per-
vista.
Vou procurar
d'entreos meus
copos o mais
elegante no feitio e... eilo... Agora deito so-
mesmo varinha
! (Carrega-se um
pouco com a na
MANUAL DO PRESTIDIGITADOR 175
s
carrega ou se
puxa pelas fitas.
dá na sua sombra
pombo
são
a duas
dois
fitas bem tezas,
Cortar-se-ha
cujas extregidades
do
prezas a
pilares. a cabeça
pombo sem a tocar, no mesmo
tempoque o
magico
fura com um espadim a figura de um pombo pintado
sobre um bocado de papel. Para fazer esta sorte
o gallo morto-vivo
pescoço e apresentou-o
Ao
aos circumstantes,
viu-se
como
animal
se
vê na nossa
gravura. principio, o
Eis a
explicação :
Os miolos do gallo ou da gallinha estão colloca-
dos na cabeça pelo lado de cima, junto ao pesco-
ço; existe, portanto, entre os miolos e o bico, uma
da furada
parte cabeça que póde ser por uma faca,
sido fu-
sem matar o animal, e se a cabeça tiver já
rada, puder-se-ha suspender na faca que não tenha
muito corte, tantas quantas vezes
quizer, o ani-
se
A cacurola infernal
suscitar. ,
cozidas. Agora
a influencia da
magia as fará
—
voar sãs e sal-
e vas. Admirae.
DR
Visteso pro-
digio; agora aprendei o
segredo da feiticeira ma-
tavam escondidas na
tampa que apesar de pare-
cer não poder contel-as tem todavia uma pequena
camara onde cabem perfeitamente. Um prato serve
na
tampa, fazendo-se assim cair o
prato, o
que tem
mortas.
A tampada do diabo
do
pé sobre a mesa prestidigitador ; este lança mão
d'uma peca cylindrica, especie de barrica enfeitada,
onde caiba o individuo, e envolve-o n'ella vertical-
mente. No momento em
que faz isto, abre-se um
alçapão feito na
tampa da mesa, e o
desapparecido
fica deitado n'uma- excellente caixa, formada pelo
corpo da mesa, a qual é feita de panno para que
se não ouça motim na queda. E maravilhosa a
MANUAL DO PRESTIDIGITADOR 179
surpreza quando o
prestidigitador levanta o
cylin-
«dro e não se vê sobre a mesa o individuo.
O cofre magico
que se
assopra por baixo; a estas hastes dever-se-
hão juntar raminhos feitos de fio de arame; e tudo.
deverá ser ornado de folhas feitas de pergaminhos
imitando o mais possivel a natureza. A uma das
extremidades de cada uma das hastes deverá in-
troduzir-se pequenos bocadinhos-de seda, prepara-
dos com gomma, ou de folha de batedores de ouro,
estes bocadinhos devem formar a flor, ou a fructa
so fim.
de é, bem.
A Italia, patria tantos homens illustres,
como a Hespanha, a terra dos Bartholos, das Ro-
MANUAL DO PRESTIDIGITADOR 181
,odiosb, uma
pupilla opprimida e
enganada, e um
di-
“amante moço e
emprehendedor, essa comedia,
zemos, representava-se em Florença, tendo
aliás o
theatro n'ella il
: tomavam parte signor Lambino,
a linda Flaminia e o guapo marquez Renaud Lam-
berri. Lambino, o tutor que, segundo parece, es-
de Como
quez tomasse a resolução a
desprezar. o
amor do nobre fidalgo era, por assim dizer, o es-
dadeiro. Não se
julgando conscienciosamente cul-
A sessão teve
logar no dia para isso fixado. De-
lher; Flaminia
apressadamente deitou um bilhete
dizendo: «Senhor, peço-lhe que faça a
experiencia
com este papel!» O olhar da menina ecra tão sup-
plicante, que o
magico arredou-se immediatamente
sentiria em
poder
seu !» «Socegue, meu caro, res-
pondeu tranquilamente à
o
prestidigitador, graças
magia, posso-o satisfazer completamente e á sua
á Quando
contro capa. o
papel, em
que se escre-
O bouquet eclipsado
mo para a
desapparição da gaiola.
MANUAL DO PRESTIDIGITADOR 185
20 centimetros de comprimen-
to, 10 centimetros de largura
e 15 centimetros de altura. Com
um bocado de paciencia e ser-
das as
argolas para construir a
gaiola conforme in-
dica a presente figura.
Depois da gaiola construida, cobrem-se exterior-
mente as arestas com uma fita de seda encarnada
e interiormente com uma fita de seda verde mais
vellos contra o
corpo (á altura da cintura), e esten-
gulos da
gaiola. Estendendo se bruscamente os bra-
ços para a frente, o desenvolvimento produzido pela
mudança da posição dos braços, fará entrar viva-
mente a
gaiola que se sujeitará por si na manga di-
reita.
Está percebido
se mette um
que
passaro vivo na
bem construida,
com um
pouco
de habito, o
pas-
não durante execução da
saro corre
perigo algum a
experiencia.
Tem acontecido executar-se esta sorte centenas
bre a mesa e em
poucos minutos resuscita o
passa-
ro que vôa.
Para sair
esta sorte bem feita, devem estar
ambos
os ovos
que ficaram depois que o
magico quebrou
terceiro, da fórma seguinte: tendo
o
preparados
extrahido o que elles contém dentro, tomam-se
e
de deve-o
prime-o e mata-o; depois morto
pôr de-
baixo de um
copo ou vazo
que cobre o
alcapão, e
o confidente substitue o
passaro morto por um vivo.
A caldeira diabolica
Confiados na
complacencia do leitor, tomamos a
pensa por um
gancho a este pau, que assenta
189
EXPLICAÇÃO
a da gravura supra.
Quando o braço está collocado entre as duas me-
O sJenço mysteriosa
da casaca.
meza e
que o
apresentamos em
seguida aos
espe-
ctadores temos na mão direita um alfinete preto.
Imquanto mostramos o lenço, prendemos um
canhares, mas
por fim é agarrado. Eis que os dois
campeões se
empurram e luctam com
forças eguaes;
um instante depois arleguim
o
parece levar a me-
lhor e tratando de
fugir arrasta o
magico para o
bastidor ; em seguida o magico arrastao arleguim
para a
scena, o
qual para resistir melhor abraça-se
a uma columna e conserva-se firme a esse
ponto
de apoio. O prestidigitador não conseguindo ar-
responde o criado —
é
de já não
poder fazer mão baixa, mas assim tam-
Não façam
caso, meus senhores, o que elle queria fazer. era
A sovela feiticeira
Quando a
ponta
se encosta contra a
cabo.
O
espectador não
conhecendo este machinismo, imagina que profun
dou; logo que se diminue a
pressão, a elasticidade
do arame faz-lhe tomar a sua
primeira fórma, em-
purrando a
ponta para fóra.
A poncl a
estava
quente, que
no
segundo fundo.
Entre este ea
parte
*
interna do vaso, ha
um vacuo se
que
enche de ponche,
qual do do o nivel
liquido excede o do
ponche contido no
13
194 MANUAL DO PRESTIDIGITADOR
ARARAS
meió, e eu
fiquei envergonhadissimo de me ver
estado em
que se acha... A não consentir que eu
o corte em
bocadinhos,
para o semear
n'esta laran-
geira que acabam de trazer. me A dona do lenço
consente, bem!...
Antes de effeito
vermos o
que. produzirão estas
sementes de novo
genero, examinemos a
esphera.
Seria inutil dizer ás leitoras que, antes da esphera
apparecer, o prestidigitador trocou por outro o lenço
O augmento de moedas
sÍtlvi
Eus à
ER í “ds
O
Co dedo pollegar e o index
direita, pergun-da mão
DS
34% respondem-nos. xando cair 6 que
Está
—
à
as se
guardavam na mão, juntan-
8 do-as 18, todas juntas se introduzem
iba! AX 4
com as e na
Elio
Sa12 y $ mão da pessoa, resultando d'este modo ficar com 24.
—
m
“ef+ o.
tas
a mão
6 moedas
esquerda, que
fazendo
mas
ademanes
deixamos
de as
na
passar
direita
para
fe-
idas ou, 8
chando-a, e
apparentando que as mandamos junta-
de $i mente com as
17, abrindo a mão esquerda, dire-
So: a :
v
as as
guardavamos
que e
Es
4 is SL todas juntas na bolsa, a qual lhe deixamos na mão,
=
2
réue
Àmesmo
foneAT a Stro
pedindo-lhe
desde
tempo
23
que
a
a feche
quantas
29. Se-diz
bem, perguntando-lhe
quer
por
ao
que
exemplo
se encontrem
26, pe-
den-
a
que
s se-lhe 3, visto de 23 a 26 vão 3;
das que estas
pudurma
ra=ei
pramat fingimos fazel-as passar a reunir-se com as
“outras
É
*
deco
abs
anil
male
da
a verifique ql a q
$
cámos
e como
anteriormente;
antes
se estão as
juntamos
rogamos-lhe
26 que
a ellas, ao
que as
pediu. Recolhemol-as,
verificar,
conte
as
e
3
HM do 6h
-s
h
Cesta
arida
Ê
4%
que
Como
temos
ha
na mão
pessoas
e
guardamol-as.
que
todas
poderiam perturbar-se
juntas.
se
MANUAL DO PRESTIDIGITADOR 197
A garrafa mysteriosa
—-
Da melhor vontade.
Pego n'um copo, enxugo-o interiormente e exte-
Vinho branco ?
—
Prompto.
—
Tinta d'escrever ?
198 MANUAL DO PRESTIDIGITADOR
—
Fila.
—
Leite ?
—
Aqui está.
—
Ponche ?
O mesmo resultado.
E para lhes provar que os licores não são ficti-
cios, pego em um phosphoro, accendo-o e inflammo
o ponche.
Se approximar o phosphoro do copo de leite está
bem claro que não o incendeio.
tos e
que não se
enxugam senão na parte superior,
sem levar a mão até ao fundo.
Basta, pois, deitar nos
copos o alcool contido na
quanto que no
copo do leite não pega o
fogo.
Escusado será accrescentar que, sendo a anilina
uma substancia venenosa, é
preciso ter o cuidado
em não deixar beber os
liquidos.
A mala mysteriosa
Fig 1
rig.5
Fig. 4
mala, e
vagarosamente a desamarra até apresentar
ao
publico o
mysterioso viajante.
O novello de 1ã
rá de colorir a
estampa com tintas ordinarias, e
O retrato
sinámos pura do Diabo) tendo
o cuidado as
de servir-se de uma tinta mais fraca para pintar
folhas das arvores que estão ao longe. Depois de
pintadas as folhas com esta tinta deixa-se seccar,
põe-se a estampa em
quadro guarnecido de um vi-
elle o
quadro, irá postar-se a distancia. Lentamen-
te o calor da chapa, transmittindo-se ao
papel do
desenho, fará apparecer gradualmente as arvores
inverno em estio.
A pistola do feiticeiro
ERSAASAA
DO
annel.
Para executar
a sorte—Na sorte, o passaro na es-
mo
por encanto.
O dinheiro aerco
Sou um
grande massador a pedir dinheiro; co-
meio onde
pendo esta tripode por de dois
cordões,
ha coisa Visto
como vem, não alguma. meu
o crea-
tões, em
que todas as vistas estão fixadas, espero
que ninguem me accusará de as empalmar, como
O passaro fiel
quanto esta se
carrega, vae-se buscar á gaiola um
dos passaros e ao mesmo
tempo ata-se o annel ao
pescoço
xinha
do outro, mettêndo-odepois em uma cai-
aonde possa respirar; torna-se a entrar e
car.
Apresenta-se ao
publico um
copo grande cheio de
tinta, que se colloca sobre uma mesa.
tinta, mette-se no
liquido uma carta de jogar e reti-
ra-se ennegrecida. Com uma colher ordinaria, to-
a
208 MANUAL DO PRESTIDIGITADOR
prato, e
depois um annel que vae
mergulhar-se no
fausto acontecimento e as
providencias que vão to-
mar-se
para remediar o mal.
Como tirar o annel?
Com a mão?
Impossivel. Ficaria
negra.
Mas, n'esse caso, que
fazer ?
Ah!... —lembra de
repente o
operador; —
guardanapo branco, ou
tapa-se o vidro.
Em
seguida executam-se uns
artisticos, e
passes
retira-se o
guardanâpo.
Apparece então copo, cheio de
o
agua limpida
e
transparente; onde nadam peixes vermelhos.
O operador, mettendo a mão na agua, retira o
annel.
Esta sorte é bonita, delicada, e extremamente fa-
cil.
Expliquemo:Pa.
Escolhe-se um
copo grande, que se enche de
agua, e onde se mertem
alguns pequenos peixes
vermelhos,
MANUAL DO PRESTIDIGITADOR 200)
Contra as
paredes interiores do vidro adapta-se
tira de téla de caoutchouc
uma preto, á qual se
prende
um fio, tambem preto, que se deixa ficar pendente
alguns centimetros fóra do copo, e á extremidade
fica de fóra, ata-se uma rôlha de
cortiça.
que
E claro que esta rolha ficará pendente do copo
pelo lado opposto ao
.espectador.
Colloca-se o
com o
copo
guardanapo. Ao
tirá-lo, agarra-
se a rôlha, de
maneira a oc
cultá-la e a ti-
rar o caoul-
chouc do copo.
Quanto á
carta, tem-se o
cuidado de col-
lar duas seme-
lhantes costas
com costas a
ennegrecer a
face da que se
mostra ao
pu
blico dois de altura. Ao mergulhar-se
até terços a
a colher e lançando-lhe em
liquido o
pó. Logo que
a
agua tocar no
pó, transformar-se-ha logo em tinta
que se vasará no
prato.
modo
d'uma mesa, executa-se do seguinte :
A moeda que ha-de servir para executal-a, tem
som
correspondente; parecendo assim que, depois
de tocar no
pires, atravessou a mesa
para ir parar
MANUAL DO PRESTIDIGITADOR Z11
Os aros soltos e
entrelaçados
tempos em
qualquer praça publica se vê um char.
latão causando prodigios de maravilha com tal sor.
te. Vamos dar a
descripção d'ella, certos de que
não haverá um só amador, que não a conheça, que
deixe de ensaial-a.
de combater um
segundo leão de Nemêa; trata-se
MANUAL DO PRESTIDIGITADOR 213
de levantar cofre
apenas o pequeno que eu sustento
effeito, uma
singular propriedade: é de ser umas ve-
veu a
grossura d'uma linha, do logar onde está.O
seu visinho, apesar de todas as
diligencias que faz,
e de todaa energia que desenvolve, não é mais fe-
liz. Não qqero ter
segredos para vós, dir-vos-hei
já: que basta assoprar no meu cofre, para lhe dar
toda a flexibilidade. Já assoprasteis? muito bem,
agora podeis levantal-o se quizerdes, até com uma
linha.
Alguns espectadores não acreditarão, por certo,
no poder herculeo do nosso assopro; mas como
sua maça.
A cabeça fallante
tiva.
Não ha ninguem que não tenha visto esta expe-
riencia em
quasi todos os theatros e feiras.
O especta
dor chega à
entrada d'uma
pequena sala,
onde não pe-
netra, mas vê
uma mesa de
+
tres
pés. Em
cima d'ella es-
tá uma cabeca
humana, col-
locada sobre
um en-
panno
sanguentado, e no centro de um
grande.
prato Esta
cabeça meche os olhos e falla,
respondendo a to
das as
perguntas que se lhe dirigem.
O corpo do homem que desempenha o papel de
cobre a figura.
Uma balaustrada conserva o publico a distancia
e uma luz alvacenta torna a illusão mais comple-
ta.
,
A bella Galainéa
flectores luz é
cuja dirigida para os
espectadores ;
a claridade da sala será sufficiente para illuminar
a scena que não recebe nenhuma luz directa. Ao
meio pende um trapezio e sobre esse
trapezio um
Explicação ——-
essa
SIRI
sESDASDÇES:
s
78)SERSATER 18 EE 1280)
PARTE 1V
Magnetismo
o melhor exito.
O grande successo de Onoffrof consistia justa-
mente na maneira facil de hypnotisar qualquer in-
dividuo que se
apresentasse.
Estes trabalhos deram motivo a que em
quasito-
218 MANUAL DO PRESTIDIGITADOR
tisfatorios.
Julgava toda a
gente que hypnotisar um indivi-
duo era uma arte, facil de aprender-se como a ma-
gia ou
qualquer outra, e corriam ás livrarias em
periencias.
Bem ao contrario, e como dizia Onoffrof, o
hy-
pnotismo não se
aprende, é natural da pessoa que
O executa, cujo temperamento mais ou menos se
que nos
regenerassem completamente; ao contrario,
apenas vêmos que os individuos que executam e
propagam maravilhas,
essas precisam andar pelos
theatros angariando alguns tostões.
Deixemos porém estas considerações, e entre-
mos no
assumpto a
que nos dedicamos, começando
pelos differentes modos de magnetisar uma
pessoa,
para adivinhar durante o tempo do somnambulis-
mo, tudo o
que se
passa no universo!
As pessoas proprias para mais ser magnetisadas
são as
pouco gordas, um tanto nervosas e de al-
zentos cavallos. -
hypnose.
Com a força magnertica de que dispunha, tocando
os sitios mais sensiveis do individuo, em
poucos
seufim. o olhar
momentos alcançava o Depois, com
contraremos.
duas
exemplo : colloca-se o
corpo do
sujet entre cadeiras, das quaes uma o sus-
do sujet,
peito
É no
periodo das altitudes apaixonadas que o
MANUAL DO PRESTIDIGITADOR 221
gnetisador.
Se lhe abrem os olhos volta á catalepsia, es-
seguinte :
membros superiores.
Fazem-se en-
tão mo-
passes:
vimentos uni-
formes e lentos
executados de
alto a baixo
com as mãos
estendidas a
dis-
pequena |
tancia dos
olhos, da fron-
te, do corpo do sujet.
Ordena-se-lhe que durma, fazendo-lhe ouvir o
quanto possivel.
O pespertrar —
Desperte, man-
do eu... Deve-se sempre perguntar ao
sujet 'se
siste influencia
na
—de perto ou a distancia —
da
vontade d'um magnetisador (certos auctores dão ao
Produz os mes-
Essas
relações seriam devidas a uma força par-
ticular, imponderavel, invisivel (fuido dos magne-
tisadores, od, força universal, etc.)
*
* *
pêtriere, se a
experiencia fosse feita por meio da
corrente electrica d'uma pilha, d'um iman, etc., o
magnetisador. O sujet, em um
grande estado de
periencia, o
sujet, cahido em estado de lucidez, po-
deria ser
posto communicação
em outras pes- com
mas se o
picar na cantada sensivel, o
sujet sente a
O espiritismo é um
corpo de doutrinas que
tenta explicar uns phenomenos ainda mysteriosos :
os
espiritos que veem a manifestação do espirito
do
homem(a sua parte immortal) que persiste de-
pois da morte e
que póde communicar
com os vi-
vos. Reconhece-se em
geral, a acção d'uma força
material e inintelligente (força psychica, ver mais
longe).
Nas experiencias de
espiritismo chama-se medium
um individuo dotado, segundo se diz, d'uma força
especial, que lhe permitte obter certos phenome-
nos.
dem em
que ellas foram dictadas.
Os mediums escreventes tem um
lapis na mão, o
somno
particular (medianico) e durante esse
tempo
desdobram-se ou
prestam a sua força vital aos es-
o gallo hypnotisado
côr escura,
Applica-se-lhe o bico n'um determinado
ponto A da mesa e mantem-se o animal nesta po-
A immobilidade será
estado de perfeita catalepsia.
olhar conservar-se-ha durante um mi-
rigorosa e o
nuto parado, como obedecendo a uma força estra-
nha e
superior.
A experiencia produz os mesmos resultados tra-
seg
annnnnanano ansnanon! JNODNDENSPONNDO POIS
NARA
NRO
NE
NNDa
DO
LO
peNA
Fissorsssesadsore:
PARTE V
x
Sombrinhas chinezas
curioso
Um dos
e
divertimentos
faz
mais
a
antigos
o vê
massempre-
um bocado.
que passar quem
de noite delicioso, é por certo o das sombrinhas chi-
nezas, outr'ora muito em voga nos melhores thea-
tros e salões do mundo.
A recente exhibição de Theo no
Colyseu de
Lisboa, veio despertar entre nós o
gosto por este
craticos de Paris, o
perfil de Luiz XVI, ou o de
Robespierre, conforme a côr politica, rubramente
piegamente realista dos espectadores
jacobina, ou
perante os
quaes se exhibia.
As figuras mais faceis de representar teem sido
innumeras vezes publicadas em livros e em jor-
ã
naes.
toda a
parte emfim onde pretende chamar
se pelo
reclame a atenção do publico. Ultimamente, em
um rancho de
peti-
zada e a mãe e o
pae, este ultimo quasi agonisan-
te n'um esfarrapado catre. A mulher chora e ar-
alegria.
Quem fez o milagre ? —
pergunta em grandes
lettras negras uma comprida tira que de subito ap-
parece'no quadro.
Dijlo a nova mutação: um
grande cartaz onde
se annuncia o remedio, o seu custo, os locaes da
venda, etc.
brinhás chinezas.
“8 *
Para dar um
pequeno -de espectaculo de sombri-
nhas a diminuto numero espectadores, bastará
dispor de uma
parede branca e d'uma vela ; no cen-
rosa a assistencia.
Os espectadores estão n'esse caso collocados
n'uma sala ás escuras, tendo em frente uma por-
ta aberta, diante da qual está estendido um
peda-
MANUAL DO PRESTIDIGITADOR 231
TR
co de
panno que se póde tornar mais transparente
molhando-o ou dando-lhe com um pincel uma ea-
reguas em
que está pregado guisa á de mappa
geographico, é necessario prepará-lo da maneira
seguinte :
Dissolvem-se em banho-maria, a calôr brando,
20
grammas de cêra branca em 100 grammas de
essencia de terebentina: corre-se depois uma. ca-
dem receber um
pequeno quadro movel que se
mette de lado, e
que se
compõe de um
panno liso,
envernizado e bem estendido, ou de decorações
especiaes que sirvam para o
espectaculo que se
pretende dar.
232 MANUAL DO PRESTIDIGITADOR
EEE RA EEE A
IPPAR SEIOS
lado da scena.
forme tiver de
o
que representar-se no panno : um
boi ou
esquilo, um
pombo elephante, um ou um
etc. O
pulpito deverá ser maior do que o
prega-
dor, “a cabeça do advogado maior do que a sua
mão gesticulante.
As mangas do casaco do operador devem ser
Seria um erro
suppôr que um
espectaculo de som-
de papel recortado.
pequeno
feito
um
234 MANUAL DO PRESTIDIGITADOR
Passemos ao numero 2 : um
advogado; os seus
causidico toma a
peito os interesses do seu cliente;
deve fallar muito e gritar ainda mais, pois que a
va-se um
pouco mais affastada.
Á nossa figura podemos 3 encarregar de an-
munciar ao
respeitavel publico o
programma do
vir para a
representação de uma scena comica»
“alternando com as duas figuras seguintes.
O numero 4 é um commissario de policia que
vem bater á porta da casa, formada pela sombra
da cabeça do operador, cujo ouvido é a porta, eo
MANUAL DO PRESTIDIGITADOR 235
Emfim, o numero 10 é um
pretinho da Guiné,
a quem riada falta para ser um
negro mais verídico
do que os celebres africanos que figuraram no cor-
palma da mão.
Faça-se seguidamente executar movimento egual
ao dedo minimo.
Deixando por um lado reunidos os dedos indi-
cador e médio, e, por outro lado, o annular ec o
minimo, affastem-se e
approximem-se successiva-
mente os primeiros dos segundos.
Conservando dobrados interiormente todos os
per si.
Emfim, conservando a mão estendida no sentido
vertical, faça-se executar um movimento de balan-
co, de diante para traz, a cada dedo, deixando os
APPENDICE
Sortes diversas
O chapeu enfeiticado
prestidigitador —
panno da mesa e o
chapeu.
Quando todos teem sufficientemente examinado,
torna-se a levar a mesa
para onde estava.
E inutil encarecer o
partido que se
póde tirar
da situação.
MANUAL DO: PRESTIDIGITADOR 239
Como facilmente se
comprehende, a cabeça do
Espirito é um
simples fio de seda preta' que atra-
vessa a scena
largura;em toda está
a d'um lado
fixo na parede, pega-lhe umdo criado
outro oc-
pectadores a
approximaren-se do chapeu, se não
tiverem medo, para constatarem que não está prezo
a coisa nenhuma.
Aqui, o criado que faz mover o fio deve estar o
mento em
que qualquerespectadorcurioso se
ap-
proxime da mesa.
Logo que note haver perigo de
ser visto o fio, puxa-o força, parte-o
com e retira-se
cauteloso, sem ser presentido.
N'uma sala pequena o ruido produzido por um
240 MANUAL DO PRESTIDIGITADOR
fio que se
parte poderá ser ouvido; n'este caso, é
prestidigitador — o
ravilhoso. -
O prato quebrado
Mas que medonho azar!
Ora imaginem que, sem saber como, parti este
"S
Va E riem-se ?
Pois o caso
por desgraça não tem graça ne-
nhuma.
Ah! e se eu tentasse concertál-o
?
Quem sabe! Estou d'aqui a vêr que V. Ex.“
duvidam.
Pois experimentemos.
Carrego, com os restos que me restam do pre-
cioso prato, em
guisa de projectis,
pequeni esta
de vê espectador
pistola algibeira, (o em seu
logar
dos do seculo passado) feito
um enorme
pistólão e,
isto muito a
preceito, aponto para o
peito de V.
?
Ex. !... não Então para o
chapeu d'aquella se-
e
que fará sobresair a brancura do meu
prato:
este panno preto que o meu criado deixou aqui, na
cadeira.
Apontar... fogo!
O tiro partiu, e o prato concertado está na ca-
deira !
Mas que vejo !? Falta-lhe um bocado...
Pudéra! Ora vejam onde eu tinha a cabeça.
Como podia o
prato apparecer inteiro, se cu me
?
esqueci d'este pedaço que deixei cair no sobrado
Mas não importa; tudo se arranja n'este mun-
do.
Carrego segunda vez pistola com
a o negregado
pedaço que ha pouco esqueci, aponto novamente e
desta vez ao
prato, e...
fogo!
Eis o
prato inteiro, sem lhe faltar o mais pe-
quenino pedaço.
Mostro-o triumphantemente aos
espectadôres :
—
Mas o prato que o senhor nos apresenta,
—
protesto um
pou-
co desconcertado por ser o meu concerto tido por
pouco certo. V. Ex.º com toda a certeza se en-
gana...
—
Tem
graça! Faça favor de vêr...
contigua.
Corte-se finalmente um bocado de panno preto
quadrado, sufficientemente grande para occultar o
cadeira.
Ê
ravilhosa.
Aó segundo tiro de pistola, o criado puxa o fio
preso ao
triangulo de papel preto, que fazia acre-
vilhosas.
MANUAL DO PRESTIDIGITADOR 245
branco, um azul.
Agora amarroto-os nas mãos, formo com elles
uma bola que comprimo, que arredondo c fabrico
d'este modo uma
pequena bandeira.
Bem feito! dirão maravilha-
os
espectadores,
—
bandeiras.
Para tanto, uso o
procésso seguinte :
246 MANUAL DO PRESTIDIGITADOR
Corto compridas
em tiras de dois centimetros
de largura folhas de papel proprio para flôres, ver-
gado
pouco
arame,
sobre
do compri-
um del-
timetros e minimo de 8.
Assim obterei em pouco
tempo cnorme
quantidade
de bandeirolas como as
figura A.
Reunindo vinte d'estas
Ç 2
bandeiras, enrolo-as con-
junctamente,apertando-as i
o mais possivel, para as-
sim
mólho
obter
B atado
um massete
por 2
ou
fios
|
|“al
| 3
de sêda delgadissimos.
Faço uma duzia d'estes dA
massetes e metto-os nas
mangas do casaco, no
pei-
to, por baixo do collete, e nos bolsos da minha so-
brecasaca, onde os
prendo com alfinetes.
tras.
pedir a
adherencia,enrola-se, apertando-as bem,
folhas“de papel grosso, sobre as
quaes se estende
uma leve camada de colla forte. Logo que se obtem
MANUAL DO PRESTIDIGITADOR
uma
espessura de tres millimetros pára-se e
põe-se
a seccar o
pequeno tubo, a
que chamaremos n.º 1,
e que servirá
para substituirmos o
lapis na cons-
feitio de
annel, interiormente no alto, exteriormente
em baixo, uma pequena tira de papel Bristol, da
largura de um meio centimetro, para formar uma
lado ao
comprimento haste; da fica simplesmente
presa nas duas extremidades, a
superior e a infe-
rior, por duas pequeninas argolas de arame, fixas
nas extremidades dos tubos 1 e 3 (figura €).
Quando está convenientemente enrolada, esta
depois na
palma da mão. Feito
isto, separando su-