9°escatologia em Apocalipse II

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DISCIPLINA

ESCATOLOGIA
EM APOCALIPSE II

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APRESENTAÇÃO DO
MATERIAL
O material aqui presente tem como objetivo introduzir a aprendizagem dos discentes,
anexando conteúdos livres no material, para enriquecimento dos mesmos.

O conteúdo aqui apresentado possui dados legais, não dispondo, assim, de autor ou
autores próprios.

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INTRODUÇÃO
A escatologia apocalíptica anuncia o apocalipse (palavra grega que significa “revelação”)
da intervenção divina iminente e cataclísmica, para restaurar a paz e a justiça de um
mundo desordenado. Se depois disso existirá o paraíso na terra ou a terra no paraíso, não
fica muito claro, mas eles, os maus, desaparecerão para sempre e nós, os abençoados,
estaremos no comando sob as ordens de Deus. Exemplos da promessa reveladora divina
da escatologia apocalíptica são, no mundo antigo, João, de Patmos, na Grécia.

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Sumário
APOCALIPSE CAPÍTULO 8 ..................................................................................................................... 5
APOCALIPSE CAPÍTULO 9 ................................................................................................................... 11
APOCALIPSE CAPÍTULO 10 ................................................................................................................. 19

APOCALIPSE CAPÍTULO 11 ................................................................................................................. 28


APOCALIPSE CAPÍTULO 12 ................................................................................................................. 32
APOCALIPSE CAPÍTULO 13 ................................................................................................................. 45

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CAPÍTULO 1
APOCALIPSE CAPÍTULO 8

Os capítulos 8 e 9 apresentam a
terceira cadeia histórica do livro. O tema
central é a abertura do sétimo selo. Uma
nova corrente profética, composta de
sete trombetas.
Nas profecias, os toques de trombetas são emblemas de guerra; e, nesta
revelação, o teor da profecia já indica isso mesmo. Aliás, trata-se de guerras de conquista
e aniquilamento, movidas por poderes levantados contra o império mais opressor da
história do mundo: o Império Romano.
Apoc. 8:1 – “Quando ele abriu o sétimo selo, fez-se silêncio no céu por cerca de
meia hora.”
Que acontecimento será este que fará com que cessem os coros e as orquestras
celestiais por quase meia hora? Em Sua segunda vinda, Jesus virá acompanhado de todos
os anjos do Céu. Assim sendo, haverá silêncio no Céu, enquanto não regressarem com os
salvos de todos os tempos.
A meia hora de silêncio no Céu não será literal, mas profética, como o resto do
Apocalipse. Para sabermos o tempo exato de quase meia hora profética, temos que dividir
um dia profético por vinte e quatro horas. Um dia profético equivale a um ano, ou melhor,
dito – vinte e quatro horas proféticas. E, mais ainda, o ano profético compreende 360 dias
literais.
Agora, para termos o tempo exato de “quase meia hora” profética, teremos que
em primeiro lugar, dividir 360 dias por 24 horas. E o resultado da operação será 15 dias.
Quer dizer que uma hora profética equivale a 15 dias literais.
Então, meia hora profética equivale a 7 dias e meio. Como a profecia não fala
em meia hora, ou 7 dias e meio, mas em “quase meia hora”, isto é exatamente 7 dias (uma
semana). Eis o tempo que Jesus levará para vir buscar os salvos e regressar ao Céu.

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Apoc. 8:2 – “E vi os sete anjos que estavam em pé diante de Deus, e lhes foram
dadas sete trombetas.”
Profeticamente falando, trombeta é símbolo de guerra ou de graves
acontecimentos políticos. Como as 7 igrejas revelam a condição interna e os 7 selos a
condição externa da igreja cristã, as 7 trombetas demonstram evidentes guerras ou juízos
que desabariam sobre os seus opressores, a começar com os primeiros que foram os
romanos: Roma-Pagã Ocidental e Roma-Cristã Oriental.
Apoc. 8:3 – “Vejo outro anjo, e pôs-se junto ao altar, tendo um incensário de
ouro. Foi-lhe dado muito incenso, para oferecê-lo com as orações de todos os santos sobre
o altar de ouro, que está diante do trono.”
Apoc. 8:4 – “E da mão do anjo subiu diante de Deus a fumaça do incenso com
as orações dos santos.”
Antes dos sete anjos saírem de diante de Deus para cumprirem a sua missão, uma
nova cena é apresentada na visão. Um novo anjo surge, não com trombeta, mas com um
incensário de ouro, pondo-se “junto ao altar”. No Céu, há um único altar, aliás, o do
incenso, que se encontra no primeiro compartimento ou lugar santo do santuário.
Mas quem é o anjo que se apresentou junto do altar para ministrar o incenso?
Um anjo comum não pode exercer funções de sacerdote, pelo fato de um sacerdote ser
um mediador entre o pecador e Deus, e os anjos jamais foram designados como tais.
O Mediador entre o pecador e Deus é um só – Jesus Cristo. Daí o anjo ministrante
da visão ser o próprio Senhor Jesus, não só porque já O vimos noutra visão ministrando
no santuário, mas porque a revelação O apresenta também como um anjo, o “anjo do
concerto”.
Se pudéssemos ser transportados ao santuário de Israel, veríamos ali o sacrifício
contínuo (diário) dos sacerdotes. Todos os dias, um deles tirava fogo do altar e, enchendo
o incensário, queimava o incenso. Enquanto a fragrância permeava o acampamento, ela
servia como um chamado à oração.
Em um dia do ano, o Dia da Expiação, o trabalho era desempenhado apenas pelo
sumo sacerdote. Enquanto ele oferecia o incenso sobre o altar, a congregação, em atitude
solene, do lado de fora do santuário, dedicava-se à oração. Jesus Cristo, nosso Sumo
Sacerdote celestial, ainda faz intercessão por nós no santuário celestial. Nossas orações
sobem até Ele como suave incenso.
Apoc. 8:5 – “Então o anjo tomou o incensário, encheu-o de fogo do altar e o
lançou sobre a terra; e houve trovões, vozes, relâmpagos e terremotos.”

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O mesmo fogo do altar, que produz a nuvem de incenso que sobe para Deus com
as orações dos santos, é lançado na Terra, produzindo efeitos tremendos. A mesma graça
que absolve o pecador, torna-se condenação ao ímpio.
Para os justos, o ato do lançamento do fogo do altar sobre a Terra indica que a
obra da mediação terminou. Não mais será oferecido incenso pelas orações. Por pouco
tempo, os justos terão que viver sem mediação até o aparecimento do seu Senhor para
arrebatá-los da Terra.
E para os ímpios, que desprezaram o amor de Deus, indica o fechamento
definitivo da porta da graça. Por isso, após o lançamento do fogo do altar sobre a Terra,
seguem-se “vozes e trovões, relâmpagos e terremotos”, anunciando a recompensa dos
ímpios. As mesmas cenas são descritas noutras visões do Apocalipse.
Apoc. 8:6 – “Então os sete anjos que tinham sete trombetas prepararam-se para
tocar.”
Nos tempos bíblicos, a trombeta era usada para convocar grandes reuniões do
povo (Lev. 23:4), ou para anunciar a aproximação de uma grande calamidade ou guerra.
As sete trombetas anunciariam guerras ou juízos que desabariam sobre os
opressores de todos os tempos da igreja de Deus na Terra. Segundo as profecias bíblicas
na era cristã, o inimigo do povo de Deus é Roma. Primeiro, a pagã. Depois, a cristã. E,
por último a papal.

Por isso:
As quatro primeiras trombetas se referem ao colapso da Roma-Pagã, no
Ocidente;
As duas seguintes: a derrota da Roma-Cristã, no Oriente;
A sétima: o colapso da Roma-Papal e de todos os persistentes inimigos da igreja
de Deus.
A profecia de Daniel 2 fala acerca da divisão do Império Romano (representado
pelas pernas de ferro) através da divisão da Europa (representada pelos pés e dedos). Cada
trombeta que soou era como uma martelada na estátua de Daniel 2.
Até 1844, data em que a mediação através da apresentação do incenso fora
realizada no lugar santo do santuário, Roma foi, indiscutivelmente, o poder inimigo único
da igreja de Cristo, sendo que, deste ano para cá, outros poderes fizeram-se também
abertos adversários da igreja de Cristo, os quais cairão pelo toque da sétima trombeta,
com o resto de Roma.

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Apoc. 8:7 – “O primeiro anjo tocou a sua trombeta, e houve saraiva e fogo
misturado com sangue, que foram lançados na terra. Foi queimada a terça parte da terra,
e terça parte das árvores, e toda a erva verde.
Naqueles dias, quando João recebeu a revelação, somente três partes da Terra
eram conhecidas:
1) A Europa, tendo Roma por capital;
2) A Ásia, ou Oriente, tendo Constantinopla por sede;
3) A África, tendo Cartago por cidade líder.
Esta era também a tríplice divisão do Império Romano naqueles dias. É por isso
que as primeiras trombetas indicam essas três partes da Terra, quando não eram ainda
conhecidas a América e a Oceania, que completam hoje as cinco partes, ou cinco
continentes do mundo.
Portanto, aqueles três continentes compunham todo o Império Romano.
Sucede que o Império Romano foi dividido em três partes entre os três filhos de
Constantino:
Constâncio ficou com a Ásia;
Constantino II ficou com parte da Europa;
Constante, ficou com a Itália e a África.
Assim, cada uma dessas divisões do Império Romano representava uma terça
parte do mundo então conhecido, como mencionado na profecia.
A primeira trombeta: Alarico e os visigodos
Alarico, com seus visigodos, foi o primeiro terrível inimigo de Roma a atacá-la.
Ele continuou os ataques até que quebrou a espinha do poder romano. Seus constantes
ataques eram como granizo estilhaçando a estátua de Daniel 2. A cidade de Roma foi
cercada no ano 410, d.C.
Alarico costumava atacar pelas montanhas, queimando tudo que encontrava pelo
caminho. Cidades inteiras e vilas foram queimadas, e o sangue escorreu pelas ruas.
Apoc. 8:8 – “O segundo anjo tocou a trombeta, e foi lançado no mar como que
um grande monte ardendo em fogo, e tornou-se em sangue a terça parte do mar.”
Apoc. 8:9 – “E morreu a terça parte das criaturas viventes que havia no mar, e
foi destruída a terça parte dos navios.”

A segunda trombeta: Genserico e os vândalos

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O primeiro ataque foi por terra; o segundo, pelo mar. Os exércitos germanos de
Genserico, rei dos vândalos, atacaram Roma. A segunda trombeta trata de uma batalha
naval. Eles causaram tanto estrago que até hoje utilizamos a expressão vandalismo.
Genserico caiu sobre Roma como uma montanha em chamas, deixando
destruição desde Gibraltar até a foz do Nilo.
Os vândalos levaram os candelabros dourados que Tito saqueara do templo de
Jerusalém. Os ataques de Genserico, fiéis à profecia, foram quase todos pelo mar. Em
uma noite, ele destruiu metade dos navios que pertenciam a Roma, na batalha de Cartago,
destruindo 1.113 navios e matando mais de 100.000 homens.
Apoc. 8:10 – “O terceiro anjo tocou a sua trombeta, e caiu do céu uma grande
estrela, ardendo como uma tocha, e caiu sobre a terça parte dos rios,e sobre as fontes das
águas;”
Apoc. 8:11 – “o nome da estrela era Absinto. A terça parte das águas tornou-se
em absinto, e muitos homens morreram das águas, que se tornaram amargas.”

A terceira trombeta: Átila e os hunos (os bárbaros)


O primeiro ataque ao Império Romano foi feito por terra, o segundo pelo mar e
o terceiro pelo rio. Na expressão “a terça parte dos rios” está claro que a “grande estrela”
iria cair sobre os rios Danúbio e Reno que abastecem os principais rios do continente.
O terceiro ataque foi feito pelos hunos sob o comando de Átila, cujo apelido era
“O Flagelo de Deus”. Enquanto Genserico e os vândalos atacavam pelo mar, a invasão
dos bárbaros, chefiados por Átila, começou pelo rio Danúbio destruindo tudo o que
encontravam pelo caminho.
Átila se gabava de que onde ele pisava a grama não crescia mais. Ele veio pelos
grandes rios: o Reno (na França e na Itália), o Pó e o Danúbio. A batalha mais importante
foi na França, ou Gália, como era chamada, no ano 451 d.C. No total, 300.000 homens
morreram nessa batalha, e ali a Europa foi separada da Ásia.
Tão subitamente como apareceu, Átila desapareceu. Esse mistério foi
comparado a um meteoro que aparece de repente como uma grande estrela cadente e então
desaparece. Muitas pessoas morreriam nos rios e riachos daquela parte da terra, como se
uma estrela sinistra caísse nas águas e elas se tornassem amargas como o absinto.
O absinto é uma planta muito amarga e que exala um cheiro forte e penetrante,
como amargas foram as conseqüências da queda da “grande estrela” na região prevista
pela profecia.

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Apoc. 8:12 – “O quarto anjo tocou a sua trombeta, e foi ferida a terça parte do
sol, a terça parte da lua e a terça parte das estrelas, de modo que a terça parte deles se
escureceu. A terça parte do dia não brilhou, e semelhantemente a da noite.”
Apoc. 8:13 – “Enquanto eu olhava, ouvi uma águia que, voando pelo meio do
céu, dizia com grande voz: Ai, ai, ai dos que habitam sobre a terra! Por causa das outras
vozes das trombetas dos três anjos que ainda vão tocar.”

A quarta trombeta: Odoacro e os hérulos


Soa a quarta trombeta, e finalmente a Roma Ocidental desaba por inteiro. Outro
exército da Alemanha, chamada de Germânia, vai para a Itália. As tribos dos hérulos,
lideradas por Odoacro, um dos generais de Átila, começaram o ataque.
Esses lenhadores da Germânia penetraram bem no coração do Império Romano,
tiraram o rei do trono e Odoacro colocou a coroa em sua própria cabeça. As “luzes” de
Roma começavam a se apagar. O imperador era referido como o sol, e os senadores e
cônsules como as estrelas.
Em primeiro lugar, o imperador foi destronado, de acordo com a profecia de que
o sol se apagaria. Os senadores e cônsules continuaram a brilhar por mais um tempo, e
então a escuridão cobriu totalmente a rainha das nações – Roma.
A queda do Império Romano do Ocidente, no ano 476, sob a espada de Odoacro,
deu por encerrada a história do que foi o cruel império de ferro. Roma perdeu a glória que
desfrutou por mais de doze séculos, de 753 a.C a 476, d.C, de ser a metrópole do mundo.
Então, segundo a profecia, se fez noite completa no Ocidente romano.
A ideia parece ser que os astros seriam feridos durante a terça parte do tempo
em que brilhavam, e não que a terça parte deles seria ferida de maneira que brilhariam
com dois terços do seu brilho.
Portanto, uma terça parte do dia e uma terça parte da noite se escureceriam. Esta
figura, aplicada às divisões do governo romano, pode descrever a extinção sucessiva dos
imperadores, senadores e cônsules.
A queda total da supremacia de Roma no Ocidente, determinada pelos sucessos
das quatro primeiras trombetas, ocasionou uma completa nova ordem de coisas na Europa
ou no Ocidente. Surgiram novas formas de governo, novos países, novos líderes políticos,
novas leis, novas línguas e novos costumes. Foi, por assim dizer, fundado um novo
continente que constituiu a Europa Moderna de nossos dias.

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É anunciado que as últimas três trombetas seriam mais severas do que as


primeiras que já tinham soado. Acontecimentos ainda de conseqüências mais terríveis e
maior alcance tomariam lugar. A quinta e a sexta trombetas deram fim ao Império
Romano do Oriente, e a sétima trombeta, que ainda não aconteceu, marcará o fim do
império mundial dos reinos da força.

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CAPÍTULO 2
APOCALIPSE CAPÍTULO 9

Árabes e Turcos cumprem as profecias

No capítulo anterior acompanhamos a queda de Roma-Ocidental pelos


acontecimentos ligados às quatro primeiras trombetas. Agora, no nono, apreciaremos a
queda de Roma-Oriental ou do que ainda restava daquela dominação. Há muitas
informações históricas neste contexto e é preciso seguir a linha do tempo para
compreender as revelações que virão nos próximos capítulos.
Vamos entender que as profecias da quinta e sexta trombetas são
comprovadamente cumpridas pelos Árabes e Turcos. Três principais fatores comprovam,
sem contestação, que estes povos cumpriram, sem saber, os juízos de Deus descritos nas
duas trombetas.
São eles:
1) Os símbolos nelas contidos que somente a estes povos podem ser aplicados;
2) o testemunho histórico que não deixa quaisquer dúvidas de que o islamismo,
através destas duas nações, cumpriu precisamente a profecia;
3) a apresentação profético-matemática referente ao tempo de supremacia destes
dois poderes maometanos.
Os árabes enfraqueceriam o império romano, causando dano a todos quantos
recusassem reconhecer o profeta da Arábia e seus ensinos. Os turcos, porém,
atormentariam e matariam “a terça parte dos homens” numa investida de conquista do
poder dos bizantinos infiéis ao Islã.
Mas, a parte mais gloriosa desta profecia, reside no fato de que, ao tempo dos
terríveis sucessos destas duas trombetas, haveria um povo com o “sinal de Deus” “nas
suas testas”, pelo que, segundo a revelação, seria protegido pela providência.
Apoc. 9:1 – “O quinto anjo tocou a sua trombeta, e vi uma estrela que do céu
caiu na terra. Foi-lhe dada a chave do poço do abismo.”

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Na seqüência das sete trombetas encontramos duas estrelas que caem. A


primeira, Átila, como vimos no toque da terceira trombeta, caiu sobre a região dos rios e
fontes do império do Ocidente. Mas, esta outra estrela que nos é apresentada na quinta
trombeta, caiu na “terra”, o que indica que as conseqüências de sua queda teriam uma
extensão mundial.
A quinta e a sexta trombetas apontam para o poder maometano. Por isso,
indubitavelmente essa estrela representa o fundador do islamismo ou maometismo:
Maomé.
Este líder nasceu no ano 570. Casou-se 15 vezes e teve 11 concubinas. O
fundador islamita afirmava ter recebido a visita do anjo Gabriel, para lhe comunicar a
elevada missão para a qual fora escolhido como profeta. Maomé tornou-se chefe político
e espiritual da Arábia.
O “poço do abismo” é a descrição do Deserto da Arábia, um lugar de morte.
Maomé recebera de seus concidadãos a “chave” da autoridade para exercer o seu poder
num caos, ou num ambiente caótico que era a Arábia dos seus dias.
O estado em que se encontrava o seu país, ao impor-se como profeta, era
realmente lamentável. Não havia governo central. Numerosas tribos com governos
próprios, independentes, formavam a nação.
A Arábia com a sua corrupção religiosa oriunda de vários cultos, principalmente,
a idolatria, era, sem dúvida alguma, “o poço do abismo”, cuja “chave” autoridade foi
entregue a Maomé, nos dias em que ele se ergueu ali como pretenso profeta de Allah.
Apoc. 9:2 – “E abriu o poço do abismo, e subiu fumaça do poço, como a fumaça
de uma grande fornalha, e com a fumaça do poço escureceram-se o sol e o ar.”
Maomé se tornou ditador político e religioso, seguido e adorado por um país
inteiro, levando seus súditos ao fanatismo a ponto de matar ou morrer. Este “fumo”
mortífero é a religião maometana que emanou da Arábia. Um “fumo” que escureceu o
“sol” da justiça de Cristo e o “ar” do evangelho, pois o ar é um elemento vital para
manutenção da vida.

Os principais ensinos do Alcorão


Nega a divindade do Filho de Deus e coloca Maomé acima dEle;
Nega a morte expiatória de Cristo e a obra regeneradora do Espírito Santo;
Não encara o pecado como tal e a necessidade de perdão como indispensável;
Nega, enfim, todo o plano da salvação como revelado no Evangelho de Cristo.

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Além de ser constituído de preceitos religiosos que contrariam as Sagradas


Escrituras, o livro contém “evocações e promessas do mais requintado sensualismo”, “e
da poligamia”.
Na verdade a Arábia foi o “poço” que Maomé abriu e donde emanou sobre o
mundo cristão o “fumo” de uma doutrina imoral inventada, como se fora uma revelação
destinada a substituir todos os credos, inclusive o cristianismo.
Maomé morreu em 8 de Junho de 632, aos 63 anos de idade. Quando morreu,
quase todos na Arábia eram seguidores de sua religião. Visitar o sepulcro de Maomé é
um dos deveres capitais do islamismo. Através dos séculos, seus seguidores o
reverenciam e o adoram no seu túmulo como se fora em realidade profeta de Allah.

A Propagação do Islamismo
Apoc. 9:3 – “E da fumaça saíram gafanhotos sobre a terra, e foi-lhes dado poder,
como o que têm os escorpiões da terra.”
As doutrinas do islamismo se espalharam pelo Oriente Médio, que havia sido
anteriormente cristão. Jamais o mundo viu um império e uma religião alcançar em tão
pouco tempo um espaço territorial tão imenso.
Pela rapidez com que agiam, os árabes foram comparados a espessas nuvens de
gafanhotos invadindo o Oriente e o Ocidente, na tentativa de propagar pelo mundo inteiro
a religião muçulmana.
Pelo sofrimento que causa a ferroada do escorpião, ele simboliza o flagelo.
Enquanto os árabes invadiam as nações como enxames de gafanhotos, injetavam, como
escorpiões, a doutrina islâmica. Reduzidos economicamente à condição de miséria,
despojados de seus bens pelos gafanhotos-escorpiões, os povos submetidos eram picados
pela religião.
Apoc. 9:4 – “Foi-lhes dito que não causassem dano à erva da terra, nem a verdura
alguma, nem a árvore alguma, mas somente aos homens que não têm nas suas testas o
selo de Deus.”
As conquistas maometanas duraram até dois séculos depois da queda de
Constantinopla em 1453. Portanto, desde o sétimo até ao décimo sétimo século, havia um
povo que, segundo a revelação, tinha “nas suas testas o sinal de Deus”, ou o “selo de
Deus”.
Na explanação do capítulo sete ficou demonstrado que o selo de Deus é o santo
Sábado do quarto mandamento da lei de Deus. A profecia destaca a proteção de Deus em

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favor dos que tinham o Seu sinal “nas suas testas”, isto é, os que observavam o repouso
do Sábado.
A ênfase desta profecia, contudo, está no fato de que os muçulmanos deveriam
dirigir-se a uma classe de pessoas que não tinham “nas suas testas o selo de Deus”.
Enquanto esses sofreriam com os ataques dos exércitos do Islã, aqueles seriam protegidos
miraculosamente.
Apoc. 9:5 – “Foi-lhes permitido, não que os matassem, mas que por cinco meses
os atormentassem. E o seu tormento era semelhante ao tormento do escorpião, quando
fere o homem.”
Apoc. 9:6 – “Naqueles dias os homens buscarão a morte e não a acharão;
desejarão morrer, mas a morte fugirá deles.”
Ainda que os muçulmanos atacassem constantemente Constantinopla, não
conseguiram tomá-la, que era o seu objetivo principal. Entretanto, as constantes
investidas dos gafanhotos-escorpiões causavam muito dano e tormento, conforme
profetizado.
Apoc. 9:7 – “A aparência dos gafanhotos era semelhante à de cavalos
aparelhados para a guerra. Sobre as suas cabeças havia como que umas coroas
semelhantes ao ouro, e os seus rostos eram como rostos de homem.”
Apoc. 9:8 – “Tinham cabelos como cabelos de mulheres, e os seus dentes eram
como os de leões.”
A Bíblia revela uma descrição precisa do povo que cumpriria a profecia. “Seus
rostos eram como rostos de homens” (os árabes usavam barba). “Tinham os cabelos como
cabelos de mulher” (seus cabelos eram longos).
“Possuíam coroas de ouro” (esses guerreiros usavam turbantes amarelos ou
adereços dourados). “Seus dentes eram como dentes de leão” (eles eram destemidos
lutadores e eram movidos pela força irresistível do fanatismo religioso).
Apoc. 9:9 – “Tinham couraças como couraças de ferro, e o ruído das suas asas
era como o ruído de carros de muitos cavalos que correm ao combate.”
Segundo o Alcorão, um dos dons divinos aos árabes são as couraças. Feitas de
ferro e aço foram difundidas pelos árabes por todo o mundo para propagar a nova religião.
Ao avançarem compactos como as ondas de gafanhotos, usavam as couraças
para imitar o ruído das suas asas, semelhante ao barulho de carros puxados por muitos
cavalos. O detalhe é tão fiel que parece até que os guerreiros árabes tinham conhecimento
da profecia.

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Apoc. 9:10 – “Tinham caudas e aguilhões semelhantes às dos escorpiões,e nas


suas caudas tinham poder para danificar os homens por cinco meses.”
Cinco meses – 5 meses x 30 dias = 150 dias proféticos = 150 anos
Nesta parte da História foram os turcos otomanos, que se tornaram adeptos do
islamismo. cumpriram essa parte da profecia, relativa ao período de tormento de 150 anos
imposto ao governo civil do Império do Oriente. Os turcos arrebentaram a supremacia
árabe ao aportarem na Ásia Ocidental.
Início: 27 de Julho de 1299 – Na Batalha de Bafeu, os otomanos invadiram o
território do Império do Oriente.
Término: 27 de Julho de 1449 – O último imperador grego, Constantino XII,
tomou o trono com a permissão do sultão do Império Otomano.
Apoc. 9:11 – “Tinham sobre si como rei o anjo do abismo, cujo nome em
hebraico é Abadom, e em grego, Apoliom.”
O termo “anjo”, do grego “aggelos”, é a aplicação não só para designar um anjo
real, como também a pessoa com missão religiosa especial. Deste modo, o “anjo do poço
do abismo”, chamado também de “rei” do maometismo, é, sem nenhuma dúvida, o
próprio Maomet, fundador do islamismo.
“Abadon” e “Apoliom”, do hebraico e grego, cujo significado é “destruidor”, é
aplicado aqui a Maomé. Embora tenha inspirado a chamada “guerra santa”, cuja
característica principal era a destruição, na verdade, o maior poder destrutivo deste anjo
dos maometanos, são os seus ensinos contidos no Alcorão, que encobrem o evangelho de
Cristo aos povos árabes e aos demais povos que aceitaram o islamismo.

O Domínio Turco
Apoc. 9:12 – “Passado é já um ai; depois disso vêm ainda dos ais.”
A palavra “ai”, quando utilizada na Bíblia, indica sofrimento. Desse modo, “três
ais” significam muito sofrimento.
Apoc. 9:13 – “O sexto anjo tocou a sua trombeta, e ouvi uma voz que vinha das
quatro pontas do altar de ouro, que estava diante de Deus,”
Apoc. 9:14 – “a qual dizia ao sexto anjo, que tinha a trombeta: Solta os quatro
anjos que estão presos junto ao grande rio Eufrates.”
Apoc. 9:15 – “E foram soltos os quatro anjos que estavam preparados para
aquela hora, e dia, e mês, e ano, a fim de matarem a terça parte dos homens.”

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O altar aqui é o mesmo altar do incenso referido em Apoc. 8:3. Esta voz só pode
ser de Quem oficiava junto ao altar de ouro ou do incenso, que é Cristo. Antes do toque
da primeira trombeta, Ele aparece junto ao altar do incenso; e, antes do toque da sexta
trombeta, Ele ali ainda está oficiando em favor das orações do Seu povo.
Ao invadirem a Ásia Ocidental, os turcos fundaram quatro sultanatos nas
imediações do rio Eufrates: (1) Bagdad, em 1055; (2) Icônio, em 1064; (3) Damasco e (4)
Alepo, ambos em 1079. São estes os anjos que deveriam ser soltos no momento do toque
da sexta trombeta.
Com a união destes quatro sultanatos, todo o povo turco estava agora unido numa
só dinastia – a otomana – e posteriormente num só sultanato, o de Constantinopla.
De acordo com o versículo 15, o poder da Turquia, como nação real, iniciou sua
marcha em 27 de Julho de 1449, quando Constantino XII reconheceu a supremacia turco-
otomana ao submeter sua eleição ao consentimento do sultão. Desta data em diante, os
turcos eram senhores do Império do Oriente, embora faltasse derrubar o pouco dele que
ainda restava.
Usando o princípio de que um dia profético equivale a um ano, dá para calcular
o tempo dessa profecia. Analisando de trás para diante, temos o seguinte cálculo:
1 ano = 12 meses x 30 dias = 360 dias = 360 anos
1 mês = 30 dias = 30 anos
1 dia = 1 dia = 1 ano = 1 ano
1 hora = 360 dias divididos por 24 = 15 dias
-------------------
391 anos e 15 dias
Esse é o tempo apontado na profecia, segundo o qual a Turquia exerceria, como
potência política, o seu poder independente numa das mais estratégicas regiões do mundo
civilizado. Acrescentado 391 anos e 15 dias a 27 de Julho de 1449, a profecia apontou
também que o Império Turco cairia em 11 de Agosto de 1840.
A queda de Constantinopla em 29 de Maio de 1453 livrou o Ocidente e o Oriente
para sempre do longo martírio imposto pelos orgulhosos Césares. Visigodos, vândalos,
hunos, hérulos, árabes e turcos, exatamente conforme havia determinado a profecia
bíblica, fizeram ruir em escombros a cruel tirania duma raça que arruinou o mundo por
mais de 16 séculos.
Com a queda de Constantinopla, a Turquia assumiu o comando sobre todo o
território do Império Romano do Oriente formado pelos seguintes países: Toda a Ásia

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Menor, Síria, Mesopotâmia, Pérsia, Iraque Arábia, Palestina, Trácia, Romênia, Bulgária,
Hungria, Grécia, Albânia, Bósnia, Sérvia, ilhas do mar Egeu, Creta, além de ter
incorporado também a seu império o Egito, a Etiópia e a Líbia. Desse modo, a Turquia
matou politicamente a terça parte dos homens ou conquistou todos os seus domínios.
Mas, embora pelo raciocínio lógico humano tudo levasse a crer no contrário, as
conquistas turcas tiveram fim. O outrora invicto poder chegou afinal a ponto de
desmoronar-se frente às influências das nações européias. Através de um documento
histórico datado exatamente de 11 de Agosto de 1840, o sultão Maomé Ali foi deposto,
dando fim ao poderio otomano em Constantinopla, com a incrível exatidão indicada na
profecia.
Apoc. 9:16 – “O número dos exércitos dos cavaleiros era de duzentos milhões
(miríades de miríades). Eu ouvi o número deles.”
Simboliza um número indefinido muito grande. Miríades é empregado na Bíblia
quanto se trata de um número tão grande que não dá para precisar.
Apoc. 9:17 – “E assim vi os cavalos nesta visão: os seus cavaleiros tinham
couraças de fogo, e de jacinto, e de enxofre. As cabeças dos cavalos eram como cabeças
de leões, e de suas bocas saíam fogo, fumaça e enxofre.”
Apoc. 9:18 – “Por estas três pragas foi morta a terça parte dos homens, isto é,
pelo fogo, pela fumaça e pelo enxofre, que saíram das suas bocas.”
Apoc. 9:19 – “O poder dos cavalos está na sua boca e nas suas caudas; pois as
suas caudas eram semelhantes a serpentes, e tinham cabeças, e com elas causavam dano.”
No caso dos turcos, a referência a “couraças” só pode ser simbólica dada a
impossibilidade de fazer-se couraças com mescla de fogo, jacinto e enxofre. Mas é fato
que três eram as cores que compunham as “couraças” dos guerreiros turcos: (1) Fogo, ou
cor vermelha; (2) jacinto, ou cor azul; (3) enxofre, ou cor amarela. Eram exatamente estas
três cores que predominavam no uniforme do exército turco.
Ferozes e astutos como leões, os turcos demonstraram ser mais desumanos do
que os árabes. Os cavalos vomitavam “fogo, fumaça e enxofre”. Sem dúvida, aqui a
profecia faz alusão ao emprego de armas de fogo pelos exércitos turcos.
Precisamente, naquela época é que se iniciara o uso da pólvora e das armas de
fogo nas guerras. O resultado da detonação duma arma de fogo é realmente uma chama
de fogo, uma nuvem de fumaça e um cheiro forte de enxofre.
Fogo, fumaça e enxofre são, portanto, as três pragas que os turcos usariam para
matar a terça parte dos homens.

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Uma advertência rejeitada

Apoc. 9:20 – “Os outros homens, que não foram mortos por estas pragas, não se
arrependeram das obras das suas mãos, para deixarem de adorar aos demônios, e aos
ídolos de ouro, de prata, de bronze, de pedra e de madeira, que não podem ver, nem ouvir,
nem andar.”
Apoc. 9:21 – “ Nem se arrependeram dos seus homicídios, nem das suas
feitiçarias, nem da sua prostituição, nem dos seus furtos.”
“Os outros homens, que não foram mortos por estas pragas”, isto é, pelas armas
de fogo da cavalaria turca, são os demais governantes cristãos europeus e seus súditos,
aos quais a desolação turca não alcançou. Eles não encararam o terrível ataque turco com
um flagelo merecido pelo Império do Oriente, como prêmio por seus pecados e de sua
detestável idolatria, que era odiada com ódio mortal pelos maometanos. “Não se
arrependeram” do culto dos “demônios”, como é considerada a idolatria pelas Sagradas
Escrituras.
Nem tão pouco “se arrependeram” dos seus “homicídios”, de suas “feitiçarias”,
de suas “prostituições” e “de seus furtos”. Eis o quadro do cristianismo apresentado na
profecia! Um cristianismo sem Cristo, odiado de morte pelos conquistadores
muçulmanos.
Deus não se agrada daqueles que não aprendem as lições que Seus juízos lhes
ensinam. Antes da visão das trombetas sobre os árabes e os turcos, a advertência foi clara
– “ai! ai dos que habitam sobre a terra”. Mas o cristianismo nominal daqueles dias do
avanço maometano, nem um caso fez, como hoje também não faz, das advertências do
céu.
Nem antes nem depois dos açoites dos árabes e turcos se arrependeu de sua
idolatria e de seus homicídios e maldades. O castigo, as “pragas” maometanas, não o
induziu a melhorar a conduta e a moralidade.
A lição foi desprezada com grave perda para a vida moral e espiritual. E assim
caíram os dois Impérios, as duas Romãs cristãs – Ocidental e Oriental – a primeira pelas
mãos dos visigodos, vândalos, hunos e hérulos, e a outra, sob o comando muçulmano dos
árabes e turcos.

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CAPÍTULO 3
APOCALIPSE CAPÍTULO 10

O capítulo dez revela um grande despertamento religioso. A verdadeira igreja de


Cristo, por longos séculos foi perseguida pela igreja romana, sendo dizimada pelos
tribunais da inquisição, por cruzadas e por inúmeras chacinas.
Porém, a queda do poder do papado em 1798, trouxe uma nova era para o
cristianismo, e o mundo foi sacudido por uma mensagem poderosa, exatamente como
anunciado nesta profecia.
Está inserida como um parêntesis entre a sexta e a sétima trombetas, devendo,
portanto, cumprir-se antes do toque inicial da sétima trombeta, isto é, antes de 1844.
Apocalipse 10:1 – “Vi outro anjo forte descendo do céu, vestido de uma nuvem.
Por cima da sua cabeça estava o arco-íris; o seu rosto era como o sol, e os seus pés como
colunas de fogo”.
Seis vezes, no Apocalipse, a mensagem enviada do Céu é simbolizada por um
anjo. Mas a descrição deste anjo é mais gloriosa do que a dos outros: “O seu rosto era
como o Sol”.
A semelhança da descrição com a de Cristo em Apoc.1:13-16, indica que este
anjo seja Cristo. Quando transfigurado diante dos discípulos, o rosto de Cristo “brilhava
como o Sol” (Mat. 17:2). Ele é chamado “o Mensageiro do concerto” (Mal.3:1), e “o Anjo
que me redimiu” (Gên. 48:16).
Em Daniel 12:1 e 7, Jesus é apresentado como Miguel. Mas se Miguel é
identificado como o Arcanjo, seria Cristo, então, um anjo? O Arcanjo não é um anjo. Ele
é o chefe dos anjos. O presidente dos Estados Unidos é o comandante-em-chefe do
exército, mas não é um soldado.
Cristo é um mensageiro. Ele não é um ser criado, como um anjo.
Outra evidência de que o Anjo forte é Jesus está em I Tess.4:16. Ali nos é dito
que é a voz do Arcanjo que despertará os mortos, por ocasião da primeira ressurreição.
Em João 5:25, nos é dito que é a voz do Filho de Deus que despertará os mortos.

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O arco celeste é símbolo do concerto e a “nuvem” é também sinal da divindade,


pois uma nuvem sobre o acampamento de Israel era evidência da presença de Deus como
guia de Seu povo.
Um Movimento Mundial de Pregação
Apocalipse 10:2 – “e tinha na mão um livrinho aberto. Pôs o seu pé direito sobre
o mar, e o esquerdo sobre a terra”.
A expressão um pé na terra e o outro no mar indica que a mensagem deste Anjo
é de âmbito mundial, o que significa o início de um movimento religioso de extensão
mundial.
Que livro aberto pode ser este? Parece haver apenas uma resposta, pois, até onde
se saiba, a única parte das Escrituras que foi fechada ou selada foi uma porção do livro
de Daniel. Ao profeta foi ordenado: “Fecha estas palavras e sela este livro até o tempo do
fim. Muitos correrão de uma parte para outra, e o conhecimento se
multiplicará”.(Dan.12:4). Uma vez que esta parte do livro de Daniel foi fechada somente
até o tempo do fim, segue-se naturalmente que nesse tempo do fim ele seria aberto.
Dois acontecimentos asseguram a época em que o livrinho de Daniel deveria ser
aberto:
1) O advento do “tempo do fim”;
2) a era da multiplicação da ciência.
Quando chegou o “tempo do fim” predito por Daniel? No próprio livro deste
profeta encontramos a resposta. Em Daniel 11:30-35, temos a introdução da potência
papal como poder perseguidor do povo de Deus.
O versículo 35 declara que o povo de Deus seria perseguido, por dito poder, “até
o tempo do fim”, o que quer referir-se até ao fim da supremacia temporal do papado
ocorrido em 1798, quando a França revolucionária lhe tirou o poder e aprisionou o papa
reinante, Pio VI.
Prova mais incontestável de que o “tempo do fim” chegou com o fim da
supremacia temporal do papado em 1798, temos ainda em Daniel 12:7, onde é esclarecido
que o povo de Deus seria perseguido até completar-se o período de “um tempo, dois
tempos e metade de um tempo”, ou sejam 1260 anos de supremacia temporal de Roma
papal, em realidade findos em 1798.
Isso pareceu estranho a Daniel, e ele diz: “Eu ouvi, mas não entendi”(Dan.12:8).
Não era possível que Daniel entendesse quando escreveu, porque certos acontecimentos
tinham de ocorrer primeiro. Por isso, pediu explicação ao anjo, e este lhe disse: “Vai,

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Daniel, porque estas palavras estão fechadas e seladas até o tempo do fim”(Dan.12:9).
Mas “no tempo do fim”, foi garantido que alguns entenderiam. Disse o anjo: “Nenhum
dos ímpios entenderá, mas os sábios entenderão” (Dan.12:10).
Outra evidência que confirma o início do “tempo do fim” em 1798 é o
desenvolvimento marcante da ciência. A ciência que hoje conhecemos começou a se
“multiplicar” exatamente a partir de 1798, quando, não temos dúvida em afirmar, o selo
do livro de Daniel foi removido, dando início a um grande movimento religioso que se
dedicaria ao estudo aprofundado das profecias relativas ao “tempo do fim”.
Apocalipse 10:3 – “e clamou com grande voz, como quando ruge o leão. Tendo
clamado, os sete trovões fizeram soar as suas vozes”.
Apocalipse 10:4 – “E quando os sete trovões fizeram soar as suas vozes, eu ia
escrevê-las; mas ouvi uma voz do céu, que dizia: Sela o que os sete trovões falaram, e
não o escrevas”.
Apocalipse 10:5 – “Então o anjo que vi em pé sobre o mar e sobre a terra
levantou a sua mão direita ao céu”,
Apocalipse 10:6 – “e jurou por Aquele que vive para todo o sempre, o qual criou
o céu e o que nele há, e a terra e o que nela há, e o mar e o que nele há, que não haveria
mais demora”.
É possível identificar semelhança entre o anjo do capítulo 10 com o primeiro
anjo do capítulo 14. Ambos conduzem uma mensagem de graça e de juízo. Ambos
proferem sua proclamação com poderosa voz. Ambos exaltam a Deus como Criador dos
céus, da terra, do mar e tudo o que neles há. Assim, o anjo do capítulo 10 é o mesmo
primeiro anjo do capítulo 14, onde é apresentada sua obra de extensão mundial e a sua
mensagem da hora do juízo.
Não haveria mais demora, ou em outra versão não haveria mais tempo. Esta
expressão indica que o movimento que este anjo representa está diretamente ligado ao
“tempo do fim”, já que, depois dele, não haveria outro, segundo a profecia.
E não há dúvida de que o movimento predito neste capítulo surgiu depois de
1798, e no final da profecia dos 2.300 dias proféticos de Dan.8:14, concluída em 1844.
Esse movimento, portanto, deve ser identificado como surgido entre 1798 e 1844, porque
não encontramos na Bíblia outra profecia de tempo que se estenda além de 1844.
Apocalipse 10:7 – “mas nos dias da voz do sétimo anjo, quando ele estiver
prestes a tocar a sua trombeta, se cumprirá o mistério de Deus, como anunciou aos
profetas, seus servos.”

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O “mistério de Deus”, ou o “segredo de Deus”, como também é chamado nas


Escrituras, é o grande plano da salvação em Jesus Cristo (Efés. 3:3-6). Jesus Cristo é o
único meio de salvação, não apenas para os gentios, mas também para os judeus. “E este
evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações.
Então virá o fim” (Mat. 24:14).
O anjo do Apocalipse 10, em seu juramento, proclama que “nos dias da voz do
sétimo anjo”, se cumpriria “o mistério ou segredo de Deus”. Quer dizer isto que, de 1844
até o final, seria consumada a obra de pregação do evangelho a todo o mundo. Essa obra
não foi consumada na Velha Dispensação chamada Mosáica, por incredulidade do antigo
povo de Deus que por isso mesmo foi rejeitado como Seu povo.
Também não foi consumada na era cristã até antes de 1844, porque o
cristianismo deixou de cumprir a sua missão, apostatando. Mas seria consumada de 1844
ao final, na voz do sétimo anjo, o que implica em dizer que um movimento mundial
tomaria lugar desta data em diante, proclamando o “mistério de Deus” e consumando a
obra da redenção entre as nações, através da pureza do evangelho isento de erros e
tradições humanas.
E este movimento predito surgiu em 1844, exatamente depois do primeiro
movimento que findou nesta data, ter abrangido todo o mundo, e logo terminará a sua
tarefa.

Fim do Mais Longo Período Profético


Apocalipse 10:8 – “Então a voz que eu do céu tinha ouvido tornou a falar
comigo, e disse: Vai, e toma o livrinho aberto da mão do anjo que está em pé sobre o mar
e sobre a terra”.
O livro que é aberto na visão de João é o mesmo que foi selado nas visões de
Daniel. Por quanto tempo deveria ele ficar selado? Daniel 12:7 diz que deveria ser por
1260 anos. O livro de Daniel está sendo aberto nos últimos dias. Profecias que antes não
eram entendidas, agora o são. Nem tudo no livro de Daniel foi selado, Nabucodonosor
sabia quem era a cabeça de ouro na imagem de Daniel. Havia muitas coisas que foram
entendidas.
O que realmente confundiu Daniel naquelas visões foram as profecias de longo
tempo. Sobre elas, ele disse: “Espantei-me acerca da visão”.As profecias que o deixaram
confuso foram as 70 semanas, os 1260 dias e os 2300 dias, proféticos, ou seja, um dia
equivalente a um ano.

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A profecia revelada em Daniel 8:14 diz: “Até duas mil e trezentas tardes e
manhãs; e o santuário será purificado”. Em Daniel 9:25, a explanação relativa à primeira
parte dos 2300 anos nos diz que este grande período profético iniciar-se-ia com “a saída
da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém”.
E esta ordem, dada aos judeus que eram cativos no Oriente ao tempo da
dominação mundial da Pérsia, foi emitida pelo rei Artaxerxes, na última parte do ano 457,
antes de Cristo. Contando desta data inicial, os 2300 anos alcançaram a última parte do
ano de 1844, quando então a verdade seria restaurada pela pregação e o santuário seria
purificado.
Segundo o ritual do santuário do antigo Israel, a purificação do santuário
significava a remoção simbólica dos pecados do povo de Deus do santuário, através de
um sacrifício especial, oferecido sempre no dia 10, do sétimo mês judaico,
correspondendo a outubro do nosso calendário.
O santuário de Israel, erguido por Moisés conforme o modelo que lhe fora
mostrado por Deus, era uma figura do verdadeiro santuário que existe no céu, onde Cristo
ministra por Sua igreja desde que para lá ascendeu, depois de Sua ressurreição.
Desse modo, a purificação simbólica do santuário de Israel realizada pelo sumo-
sacerdote uma vez ao ano, era emblema da purificação do santuário celeste que Cristo
devia se realizar a partir do final dos 2300 anos, ou seja: Depois de 1844.
Como no santuário terrestre os serviços diários eram efetuados no lugar santo e
a purificação no lugar santíssimo, de modo idêntico, Cristo, desde que ascendeu ao céu,
efetuou Sua obra de intercessão no lugar santo do santuário celestial até 1844.
Nesta data, em outubro, Ele deixou o lugar santo e penetrou no lugar santíssimo
para efetuar a purificação do santuário, ou seja, a remoção dos pecados de Seu povo. Esta
obra de purificação continuará até o fechamento da porta da graça, quando estará
concluída a purificação do santuário celestial e Jesus voltará para executar o juízo.
Como os servos de Deus entenderam a purificação do santuário na profecia de
Daniel? A resposta histórica é esta: Eles entenderam que o santuário a ser purificado no
final dos 2300 anos, em 1844, era a própria terra e que, para que isto pudesse ser realizado,
Jesus deveria voltar naquele ano e atear fogo e enxofre ao mundo para purificá-lo da
maldade humana.
Como chegaram à conclusão de que a terra seria o santuário a ser purificado?
Simplesmente pelo fato de, em 1844, não haver mais santuário na terra e desconhecerem
a doutrina do santuário celestial, do qual o santuário terrestre era uma cópia.

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O fato de conceberem, pelo livro de Daniel, que Jesus voltaria em 1844 para
purificar a terra e salvá-los é que cumpre a profecia de ter o profeta achado o livrinho
doce como o mel ao tomá-lo da mão do anjo e comê-lo. Nada mais doce para eles do que
ter a indicação do ano da volta de Jesus e estarem, como pensavam eles, diante da
concretização de suas tão acalentadas expectativas quanto ao retorno do Senhor Jesus.

O Desapontamento Previsto Na Profecia


Inicialmente, Guilherme Miller, pastor da igreja batista de Nova York, começou
a pregar que a volta de Jesus ocorreria no dia 22 de Outubro de 1844. O grande erro do
movimento consistiu em não compreenderem seus dirigentes a natureza do acontecimento
que tomaria lugar no fim do período profético dos 2300 anos, isto é, em Outubro de 1844.
Apocalipse 10:9 – “Fui, pois, ao anjo, e lhe pedi que me desse o livrinho. Disse-
me ele: Toma-o, e come-o. Ele fará amargo o teu ventre, mas na tua boca será doce como
mel”.
Apocalipse 10:10 – “Tomei o livrinho da mão do anjo, e o comi. Na minha boca
era doce como mel, mas tendo-o comido, o meu ventre ficou amargo”.
A expressão “toma-o e come-o” significa que a mensagem seria devorada:
Plenamente assimilada, recebida. “Achadas as tuas palavras, logo as comi” (Jer.15:16).
O anúncio da breve volta de Jesus foi recebido com grande entusiasmo. A alegria
enchia o coração dos cristãos. Mas eles estavam condenados ao desapontamento. Quando
a hora chegou e Jesus não apareceu, a fé dos crentes sofreu um golpe terrível. O que tinha
sido doce como mel, agora se tornara amargo como fel, tal como dissera o anjo.
Os discípulos de Cristo passaram por idêntica experiência. Poderia haver coisa
mais trágica do que a morte de Jesus, para homens que haviam abandonado tudo, crendo
que Ele era o Cristo? Quando eles desceram da cruz o corpo do seu Senhor, e o
sepultaram, também sepultaram as suas esperanças.
Sua obra, porém, não estava terminada. Na verdade, ela mal havia começado.
Foi depois do seu grande desapontamento que os apóstolos realizaram sua maior obra.
Na tarde após a ressurreição, lemos que o Senhor “abriu-lhes o entendimento para
compreenderem as Escrituras” (Luc. 24:45).
Desapontamentos humanos são, às vezes, desígnios divinos, e como os
apóstolos, dezoito séculos antes, este grande desapontamento de 1844 provou-se ser uma
bênção disfarçada.

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Uma mensagem maior precisava ainda ser dada ao mundo. Alguns, é certo,
renunciaram à sua fé e deixaram a Palavra de Deus; mas, esse próprio desapontamento
conduziu muitos outros a um estudo mais aprofundado da Bíblia.

O Despertar de Um Novo Movimento Mundial


Apocalipse 10:11 – “Então foi-me dito: Importa que profetizes outra vez acerca
de muitos povos, nações, línguas e reis.”
É notável como a profecia indica neste texto um novo movimento mundial
constituído de crentes que participaram do grande desapontamento de 1844. Outra vez
deviam levantar o clamor mundial da segunda vinda de Cristo, sem, no entanto,
assinalarem uma nova data para o Seu aparecimento.
Nova luz deveria incidir sobre o caminho dos pesquisadores da Palavra de Deus.
Uma maior mensagem, abarcando profecias ainda não imaginadas, devia vir à luz como
resultado daquele estudo. Aquela mensagem pregada até 1844, não era a mensagem final
de Deus.

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CAPÍTULO 4
APOCALIPSE CAPÍTULO 11

Em primeiro lugar, este capítulo nos apresenta um panorama do santuário de


Deus e Seus adoradores. Em seguida, trata das perseguições contra a igreja de Cristo pelo
papado, na Idade Média, e da humilhação das Escrituras Sagradas por este poder no
mesmo período.
A revolução francesa vem, a seguir, com seus tremendos horrores e sua decidida
ação ateísta contra o santo livro de Deus, que por fim triunfa sobre seus inimigos.
A sétima trombeta, com seus acontecimentos que porão fim ao império da
maldade na Terra, é a grande visão deste capítulo. Porém, encontramos ainda a ira das
nações modernas a despeito do anseio pela paz; o tempo do juízo e do merecido galardão
aos santos; e o tempo da destruição dos que destroem a Terra.
Por fim, descreve o profeta sua visão da “arca do concerto” de Deus, contendo
o original da lei do Decálogo, visto no templo de Deus, cuja violação pelo mundo é
apresentada como causa de sua próxima destruição.
Apocalipse 11:1 – “Foi-me dada uma cana semelhante a uma vara, e foi-me dito:
Levanta-te e mede o templo de Deus e o altar, e os que nele adoram”.
O ato de medir algum objeto requer que seja dada atenção especial a ele. A ordem
de medir o templo de Deus implica em dizer que a igreja deveria dar uma atenção especial
ao santuário.
O povo que constituiria o novo movimento mundial surgido do desapontamento
de 1844 deveria estudar com mais cuidado a questão do santuário. E o santuário, no caso,
só poderia ser o celestial, porque o templo de Jerusalém já havia sido destruído por Tito
no ano 70 e João recebera a visão no ano 96.
O verdadeiro povo de Deus é medido não de acordo com a sua estatura física,
mas por um padrão do que é certo: Uma lei, o referencial da santidade: “Falai de tal
maneira e de tal maneira procedei como aqueles que hão de ser julgados pela lei da
liberdade”(Tiago 2:12).

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Apocalipse 11:2 – “Mas deixa o átrio que está fora do templo; não o meças,
porque foi dado aos gentios. Estes pisarão a cidade santa por quarenta e dois meses.”
As nações européias (os “gentios”), no período de 42 meses, ou 1260 anos,
coagidas pelo papado, pisariam a Igreja de Cristo no próprio átrio do santuário, onde o
Senhor oficia como seu Sumo-Sacerdote.
O que João estava para testemunhar e o que registrou para nós, era a batalha
entre a Bíblia e o ateísmo. Essa batalha alcançou o clímax na Revolução Francesa. Os
acontecimentos desta terrível revolução têm se repetido nas últimas décadas e vão se
intensificar pouco antes da volta de Jesus.
Apocalipse 11:3 – “E darei poder às minhas duas testemunhas, e profetizarão
por mil duzentos e sessenta dias, vestidas de pano de saco.”
Apocalipse 11:4 – “Estas são as duas oliveiras e os dois castiçais que estão diante
do Senhor da terra”.
Tem havido muita especulação quanto à identidade dessas duas testemunhas.
Alguns procuram vê-las como literais, chegando mesmo a nomeá-las como Moisés e
Elias. Mas toda a linguagem aí é figurativa. O verso 4 diz: “Estas são as duas oliveiras e
os dois castiçais que estão diante do Senhor da terra.”
Em Zacarias 4:11-14, as duas oliveiras representam a Palavra de Deus, e a
Palavra de Deus é sem dúvida uma luz. Diz o Salmo 119:105: “Lâmpada para os meus
pés é a Tua Palavra, e luz para o meu caminho”. Onde não há Bíblia, há escuridão
espiritual.
Analisando conjuntamente os textos de Apocalipse e de Zacarias, os dois
ressaltam que da oliveira verte o azeite, que é símbolo do Espírito Santo, enquanto que
os castiçais são portadores de luz; a luz do evangelho de Cristo.
Mas as Escrituras são mais do que uma luz; elas dão também testemunho da
graça de Deus. Jesus declarou que as Escrituras do Velho Testamento testificavam dEle.
Em Mateus 24:14 lemos: “E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, para
testemunho a todas as nações”.
A explicação mais satisfatória desta profecia é que as testemunhas são o Velho
e o Novo Testamentos. É fora de dúvida que eles testificam de Cristo. “São estas [as
Escrituras] que de Mim testificam”. (João 5:39). Assim, na linguagem simbólica do
Apocalipse, os dois castiçais e as duas testemunhas são referências à Palavra de Deus.
Durante 1260 anos, as duas testemunhas estão vestidas de pano de saco, um
símbolo de obscuridade. Nos tempos bíblicos, o pano de saco era uma referência ao luto.

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Por que a Bíblia estava de luto? A Bíblia ficou escondida sob linguagens desconhecidas.
Quem não lesse o hebraico ou o grego não podia ler a Bíblia.
Antes da imprensa, a Bíblia, que era escrita à mão, custava tão caro que somente
os que eram muito ricos podiam tê-la. Uma Bíblia custava mais do que uma fazenda. Os
mestres eruditos das Universidades tinham acesso à Bíblia, mas não as pessoas comuns.
As vestes de pano de saco durante 1260 anos indicam a humilhação a que as
Escrituras foram submetidas naquele grande período de supremacia temporal do papado,
acertadamente chamado Idade Escura.
Apocalipse 11:5 – “Se alguém lhes quiser causar mal, das suas bocas sairá fogo
e devorará os seus inimigos. Se alguém lhes quiser causar mal, importa que assim seja
morto”.
Apocalipse 11:6 – “Estas têm poder para fechar o céu, para que não chova, nos
dias da sua profecia; e têm poder sobre as águas para convertê-las em sangue, e para ferir
a terra com toda a sorte de pragas, quantas vezes quiserem”.
Estas palavras evidenciam o poder das duas testemunhas – Velho e Novo
Testamentos. Todos os seus inimigos, aqueles que pervertem os seus ensinos, serão
consumidos com o fogo devorador que sairá de suas bocas (Malaquias 4:1). Pela Palavra
de Deus, Elias fechou as janelas do céu de maneira que não choveu por três anos e meio.
Pela Palavra do Senhor, Moisés transformou em sangue as águas do Egito. Assim, opor-
se às duas testemunhas é um verdadeiro suicídio.

A Revolução Francesa Na Profecia

Apocalipse 11:7 – “Quando acabarem o seu testemunho, a besta que sobe do


abismo lhes fará guerra e os vencerá e matará”.
Depois do papado humilhar por 1260 anos as duas testemunhas, ou seja, a Bíblia,
um outro poder surge para fazer-lhe guerra. Na profecia, “besta” significa um reino ou
um poder (Dan.7:17 e 23). Subir “do abismo” indica um poder ateu que surge da anarquia,
do caos.
Qual foi o poder anárquico que surgiu em torno do fim dos 1260 anos da
supremacia papal, que terminou em 1798, e que guerrearia com as “duas testemunhas”
ou as Sagradas Escrituras?

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Qualquer pessoa que conheça a história sabe que o novo poder, que se levantou
neste período, foi a França revolucionária. Este poder, indicado na profecia, rejeitaria com
violência as Escrituras Sagradas.
Em 10 de Novembro de 1793, Bíblias foram juntadas em Paris, amarradas à
cauda de um jumento e arrastadas pelas ruas da cidade. Quem fosse encontrado com uma
Bíblia em casa era condenado à morte. As ruas de Paris ficaram inundadas de sangue com
a morte de 50 mil pessoas, na noite de 11 de Setembro de 1793.
Apocalipse 11:8 – “E os seus corpos jazerão na praça da grande cidade que,
espiritualmente, se chama Sodoma e Egito, onde o seu Senhor também foi crucificado”.
As duas testemunhas foram mortas pela França revolucionária “nas ruas da
grande cidade”. Não há dúvida de que a grande cidade aludida é Paris. Nesta profecia,
Paris é apresentada espiritualmente como “Sodoma e Egito”.
Nenhum monarca já se aventurou a rebelião mais aberta e arrogante contra Deus
do que o fez o rei do Egito. Foi no Egito que Faraó mostrou o seu ateísmo, dizendo:
“Quem é o Senhor, para que eu obedeça a Sua voz?” (Êxo.5:2). E a licenciosidade de
Sodoma era outra característica marcante de Paris.
Como é possível que Jesus fosse crucificado em Paris? Literalmente, sabemos
que isso não aconteceu. Mas, quando os seguidores de Cristo são perseguidos e mortos,
Ele toma isto como sendo feito diretamente a Ele mesmo. Jesus mesmo dissera: “Em
verdade vos digo que, quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a Mim o
fizestes”.
Para a França crucificar a Jesus em Paris, devia fazer isto na pessoa de Seus
seguidores. Assim foi Jesus crucificado na “grande cidade” da licenciosidade e do ateísmo
nos tempos modernos.
Podemos encontrar ateus em muitos países do mundo, inclusive nos Estados
Unidos, Canadá, nos países da Europa e da América do Sul. Mas foi somente a França,
como nação, que rejeitou a Palavra de Deus e toda a sua população celebrou o evento.
Apocalipse 11:9 – “Homens de vários povos, tribos, línguas e nações verão os
seus corpos mortos por três dias e meio, e não permitirão que sejam sepultados”.
Muitos cristãos de outras nações, não compartilharam dos ímpios sentimentos
dos revolucionários franceses na guerra ateísta contra a Bíblia. Ao contrário, protegeram
suas nações do contágio da pestilenta atitude daqueles ateus sem escrúpulos.
Eles não permitiram que as duas testemunhas fossem sepultadas, embora
estivessem mortas por três anos e meio. Foi realizado um gigantesco esforço por parte

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dos verdadeiros cristãos para exaltação da Bíblia, tanto na França como em todas as
demais nações da Terra.
Apocalipse 11:10 – “Os que habitam na Terra se regozijarão sobre eles e se
alegrarão, e mandarão presentes uns aos outros, porque estes dois profetas tinham
atormentado os que habitam sobre a Terra”.
Temos aqui a alegria dos que odiavam as duas testemunhas que os atormentara
pela reprovação de seus maus atos. Aqueles que estavam contentes com a escuridão.
Conta a história que certa vez uma ajudante doméstica tinha sido chamada à
atenção, pois não fizera um bom serviço na limpeza e arrumação do quarto. Então, ela
replicou: “Quando eu limpei o quarto, estava escuro e não pude ver a sujeira. Foi o Sol
que entrou pela janela que criou o problema”.
A Bíblia era como o Sol, mostrando a imundície na vida das pessoas. É por isso
que muitos não gostavam da luz.
A Revolução Francesa se notabilizou pelo ódio contra o cristianismo e por sua
violência. Durante esse período, aproximadamente 50 pessoas eram decapitadas por dia,
por meio de um aparelho chamado guilhotina.
Apocalipse 11:11 – “Depois daqueles três dias e meio o espírito da vida, vindo
de Deus, entrou neles, e puseram-se de pé, e caiu grande temor sobre os que os viram”.
Em 11 de Novembro de 1793, a Bíblia foi abolida na França por meio de decreto.
Em Novembro de 1796, foi tomada uma resolução dando tolerância à Bíblia. Esta
resolução não foi promulgada até Junho de 1797, cumprindo à risca o período de três anos
e meio.
Apocalipse 11:12 – “Então ouviram uma grande voz do céu, que lhes dizia: Subi
para aqui. E subiram ao céu em uma nuvem, e os seus inimigos os viram”.
A Bíblia foi exaltada e honrada como nunca. Antes de 1804, a Bíblia havia sido
impressa e distribuída em 15 línguas. Hoje, porém, sua mensagem pode ser lida em mais
de 1280 idiomas diferentes. Verdadeiramente as duas testemunhas “subiram ao céu em
uma nuvem”.
Apocalipse 11:13 – “Naquela mesma hora houve um grande terremoto, e caiu a
décima parte da cidade. No terremoto foram mortos sete mil homens, e os demais ficaram
atemorizados, e deram glória ao Deus do céu”.
Este terremoto não é literal, mas simbólico, pois, desde o versículo sete, a
profecia vem tratando da grande catástrofe que caiu sobre o povo francês com aquela

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revolução. O “terror” imposto pela revolução foi, na verdade, o “grande terremoto” moral
que abalou toda a França.
A França era um dos dez reinos representados pelos dez dedos da imagem de
Nabucodonosor, um dos chifres do animal com dez chifres de Daniel (Daniel 7:24) e o
dragão de dez chifres de João (Apocalipse 12:3).
Com arrogância, a França desafiou todas as posições de autoridade, o que
resultou na mais completa anarquia. Seus atos, os quais desonravam a Deus e desafiavam
o Céu, encheram a França de cenas tão sanguinárias, tanta carnificina e horror, que até
mesmo os próprios incrédulos tremeram e ficaram aterrorizados.
Os “remanescentes” que conseguiram escapar dos horrores daquela hora “deram
glória ao Deus do Céu”, não porque quisessem, mas porque o Deus do Céu fez com que
“até a ira humana” O louvasse. Todo o mundo pode ver que os que fazem guerra contra
Deus, cavam suas próprias sepulturas.

Apocalipse 11:14 – “É passado o segundo ai; eis que o terceiro ai cedo virá”.

Findou em 11 de Agosto de 1840, com a queda do Império Turco-Otomano, o


segundo ai, referente a sexta trombeta. É, porém, surpreendente que o profeta colocasse
o fim do segundo “ai” imediatamente depois de descrever as cenas proféticas da revolução
francesa e não em seguida da queda do império turco, na sexta trombeta. Possivelmente,
dada a importância da revolução francesa em suas relações com Deus e o cristianismo, é
que ela figura como um parêntesis dentro da sexta trombeta.
Conjuntamente, acompanha a advertência de que o terceiro “ai”, ou seja, a sétima
trombeta, que começou a soar em 1844, logo haveria de vir.
Apocalipse 11:15 – “O sétimo anjo tocou a sua trombeta, e houve no céu grandes
vozes, que diziam: Os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e
ele reinará para todo o sempre”.
Apocalipse 11:16 – “E os vinte e quatro anciãos, que estão assentados em seus
tronos diante de Deus, prostraram-se sobre seus rostos, e adoraram a Deus,”
Apocalipse 11:17 – “dizendo: Graças te damos, Senhor Deus Todo-poderoso,
que és, e que eras, porque tomaste o teu grande poder, e reinaste”.
Apocalipse 11:18 – “Iraram-se as nações; então veio a tua ira, e o tempo de serem
julgados os mortos, e o tempo de dares recompensa aos profetas; teus servos, e aos santos,

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e aos que temem o teu nome, a pequenos e a grandes, e o tempo de destruíres os que
destroem a terra.”
Apocalipse 11:19 – “Abriu-se no céu o templo de Deus, e a arca da sua aliança
foi vista no seu santuário. E houve relâmpagos, vozes e trovões, e terremoto e grande
chuva de pedras”.

A SÉTIMA TROMBETA

Ao soar a sétima trombeta, grandes vozes no Céu anunciam o maior


acontecimento da história do mundo: a intervenção de Cristo na Terra. As primeiras seis
trombetas anunciaram e realizaram a queda de Roma Ocidental e Oriental, pelos
visigodos, vândalos, hunos, hérulos, árabes e turcos.
A sétima trombeta anuncia a queda total das nações e do poderio do homem no
mundo, pela intervenção de Cristo.
Uma vez mais, vemos o templo no Céu. A arca do Testamento é vista no lugar
santíssimo. Os trovões, terremotos e grande saraivada representam o poder e a glória de
Deus no Seu trono.

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CAPÍTULO 5
APOCALIPSE CAPÍTULO 12

Apocalipse 12 revela por meio de símbolos o grande conflito dos séculos travado
entre as forças do bem e as do mal, entre a luz e as trevas, entre a verdade e o erro.
Seu simbolismo claro lembra, em primeiro lugar, a origem do mal para, depois,
tratar da oposição cerrada à igreja de Cristo. O capítulo deixa muito claro que, na era
cristã, os verdadeiros seguidores de Cristo não pertencem à igreja dominante, aliada aos
poderes políticos da Terra; é um povo perseguido, fiel aos 10 Mandamentos de Deus e ao
Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo.
Segundo a ordem estabelecida na visão, a Igreja é apresentada num glorioso
símbolo, revelando sua pureza, divina justiça e seu fundamento profético. O grande
adversário da igreja segue-a numa guerra aberta contra ela, para, se possível, destruí-la.
Usando os poderes apóstatas da era cristã, procura oprimir a igreja numa guerra
sem tréguas, derramando-lhe rios de sangue, porém, sem conseguir fazê-la desaparecer
do mundo.
No fim do capítulo, são apresentadas as duas principais características que
revelam a verdadeira igreja cristã. São elas: a fidelidade aos 10 Mandamentos de Deus e
ao Testemunho de Jesus Cristo.
Apocalipse 1:1 – “Viu-se um grande sinal no céu: uma mulher vestida do sol,
tendo a lua debaixo dos pés, e uma coroa de doze estrelas sobre a sua cabeça”.
Mulher em profecia representa igreja. A igreja de Deus, pura, verdadeira, é
representada por uma mulher virtuosa. Jer.6:2; Isa.54:5-6; Oséias 2:19-20; João 3:29; II
Cor.11:2; Apoc.19:7-8. A igreja apóstata, corrupta, é representada por uma mulher de má
conduta (prostituta). Apoc.17:5; Jer.3:1, 8; Eze.16:26-29; Isa.50:1.
A verdadeira igreja de Cristo tem estado sempre vestida com o “Sol da Justiça”
(Mal.4:2); Cristo é também “a Luz do mundo” (João 8:12; 9:5).
A Lua não tem luz própria; ela é simples refletora da luz solar. Assim é também
com a igreja. Não temos luz de nós mesmos, mas apenas refletimos a glória de Cristo, “o

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Sol da Justiça”. Isto foi revelado de modo claro no antigo santuário hebreu, cujo
cerimonial era apenas “sombra dos bens futuros” (Heb.10:1).
A igreja é aqui representada como estando em pé sobre a Lua, não como
menosprezo ao Velho Testamento, a Moisés e aos profetas, mas tendo-os como
fundamento. O significado aqui é que a igreja foi estabelecida sobre a Palavra de Deus.
A coroa é símbolo de realeza. A igreja é chamada de “sacerdócio real” (I Pe.2:9).
Doze é o número do reino de Deus. Havia doze tribos na igreja do Velho Testamento e
doze é o número de apóstolos da igreja do Novo Testamento. Há doze fundamentos na
Nova Jerusalém, e são doze as portas de entrada para a cidade. Haverá também doze
tronos na igreja triunfante (Mat.19:27-28; Luc.22:28-30).
Apocalipse 12:2 – “Ela estava grávida e gritava com as dores de parto, sofrendo
tormentos para dar à luz”.
Durante 4000 anos a Igreja desejou ver e ouvir o Messias, que era a ânsia da
mulher por dar à luz. “Bem-aventurados”, disse Jesus, foram os discípulos que O viram
e ouviram. “Mas vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou o Seu Filho” (Gal.4:4).

O Inimigo de Deus é Desmascarado

Apocalipse 12:3 – “Viu-se também outro sinal no céu: um grande dragão


vermelho, que tinha sete cabeças e dez chifres, e sobre as suas cabeças sete diademas.”
Apocalipse 12:4 – “A sua cauda levou após si a terça parte das estrelas do céu, e
lançou-as sobre a terra. O dragão parou diante da mulher que estava prestes a dar à luz,
para que, dando ela à luz, lhe devorasse o filho.”
O dragão é o diabo, Satanás (Apoc.12:9). Mas, em seus ataques ao povo de Deus,
ele tem sempre operado por intermédio de perseguidores terrenos, como o antigo Egito e
Roma pagã, ambos representados nas Escrituras por este mesmo símbolo (Eze.29:2-4).
Entre o dragão de Apocalipse 12 e o quarto animal de Daniel 7, há perfeita
identificação. Ambos são terríveis e espantosos; ambos possuem 10 chifres, ambos estão
ligados à história da igreja cristã.
O quarto animal, segundo a profecia, é o quarto reino da Terra que, sem dúvida,
é Roma pagã. Consequentemente, o dragão vermelho é Roma Pagã. O quarto animal,
assim como o dragão vermelho representam o mesmo poder: Satanás com a “toga
romana”.

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As sete cabeças representam o Império Romano e os dez chifres indicam a


divisão nos reinos que constituiriam a Europa moderna. Vemos os dez chifres do quarto
animal nas sete cabeças do dragão vermelho, o que comprova que o dragão e o quarto
animal simbolizam o Império Romano que se dividiria em dez partes.
Parte da força do dragão está em sua cauda, que representa a astuta maneira com
que enganou a terça parte dos anjos, ou seja, a cauda do dragão representa a mentira e os
enganos de Satanás.
Conhecedor profundo das profecias messiânicas, Satanás vigiou o tempo do
nascimento de Jesus, na esperança de tragá-Lo ao nascer. Que o Filho da mulher é Cristo
não há dúvida já que Ele foi arrebatado para Deus e Seu trono (Apoc.12:5).
Servindo-se de Herodes, como agente humano, Satanás intentou matar todos os
meninos de dois anos para baixo, nascidos em Belém, para eliminar a Jesus entre eles. Os
soldados batiam nas portas, invadiam as casas, arrancavam bebês dos braços de suas mães
e os matavam a sangue frio diante dos olhos de seus pais.
Cerca de seiscentos anos antes, o profeta Jeremias havia profetizado: “Ouviu-se
um clamor em Ramá, pranto e grande lamento: era Raquel chorando por seus filhos e
inconsolável por causa deles, porque já não existem” (Jer.31:15). Mas Deus não havia
esquecido o Seu Filho unigênito. Homens sábios do Oriente levaram-Lhe presentes e,
com o dinheiro, José viajou para o Egito com o menino Jesus.
Apocalipse 12:5 – “Ela deu à luz um filho, um varão que há de reger todas as
nações com vara de ferro. E o seu filho foi arrebatado para Deus e para o seu trono”.
Ele Se levantou para nossa justificação e, como Rei da justiça, ministra agora
por nós diante do trono da graça (Heb.4:14; 8:1; 10:12). Quem ousa qualquer acusação
contra os eleitos de Deus? Sendo justificados em Cristo, nada pode agora separar-nos do
amor de Deus que está em Cristo Jesus (Rom.8:33-34).
Apocalipse12:6 – “A mulher fugiu para o deserto, onde já tinha lugar preparado
por Deus para que ali fosse alimentada durante mil duzentos e sessenta dias.”
Frustrado ao tentar matar o Filho, o grande dragão vermelho volta o seu ódio
contra a mãe. Ao ver-se vencido mais uma vez por Cristo e compreendendo que a morte
do Filho de Deus assegurara a sua futura destruição no tempo certo, Satanás enfureceu-
se sobremaneira e procurou vingar-se na mulher, a igreja.
Mas a mulher escapa para o deserto, um lugar preparado por Deus, onde seria
alimentada por 1260 dias (anos). A mulher teve que fugir das vistas dos agentes do dragão

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para um esconderijo seguro provido por Deus, para que ela pudesse subsistir, tal a ira de
Satanás.
O deserto nos faz lembrar do Israel do Antigo Testamento, quando ele escapou
do Egito. Os israelitas ficaram no deserto por 40 anos, sendo alimentados fisicamente
com o maná (Êxodo 16) e espiritualmente pelos Dez Mandamentos e os ensinamentos de
Moisés.
A idade escura durou de 538 até 1798. Durante esse período, existiu uma grande
igreja mostrando sua autoridade, representada pelas catedrais. Não foi essa a Igreja que
fugiu para o deserto, escondendo-se em cavernas e montanhas. Escondidos nas cavernas
das montanhas, os verdadeiros crentes podiam adorar a Deus de acordo com os ditames
de sua consciência.

Vislumbres da Origem do Mal

Apocalipse 12:7 – “E houve guerra no céu: Miguel e os seus anjos batalhavam


contra o dragão. E o dragão e os seus anjos batalhavam”,
Apocalipse 12:8 – “mas não prevaleceram, nem mais o seu lugar se achou nos
céus”.
Apocalipse 12:9 – “E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, que se
chama diabo e Satanás, que engana a todo o mundo. Ele foi precipitado na terra, e os seus
anjos foram lançados com ele”.
A guerra no céu não começou no fim dos 1260 dias, ou no tempo em que Jesus
ascendeu ao Céu. Temos um parêntese aqui. O Antigo Testamento mostra que uma guerra
começou há muito tempo (Eze.18:12-17; Isa.14:12-14). Jesus mesmo disse: “Eu via
Satanás caindo do céu como um relâmpago” (Luc.10:18).
Há entre os homens algumas hipóteses incorretas sobre a origem do mal. Alguns
dizem que os homens criaram o mal. Mas, embora seja certo que eles praticam o mal, é
também certo que eles não nasceram maus. Eles aprenderam com alguém a praticar o mal
mesmo antes de terem consciência dele. Outros, mais ousados, dizem que foi Deus quem
criou o mal.
Outros afirmam que todos trazem a sua sina e o seu destino traçado por Deus e
até mesmo a hora da morte. A isto perguntamos: Criou Deus homens para serem ladrões,
assassinos, orgulhosos, imorais, etc.? Criou Deus Seus filhos para sofrer e depois matá-

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los sob as rodas de um trem, num dia que determinou para assim dar fim deles? Se Deus
fizesse isso, Ele nunca seria Deus.
Os que O acusam disso, deveriam pensar seriamente na responsabilidade que
estão assumindo nesta decisão. Deus não é o autor do mal. Ele é o autor do bem. Aquele
que deu o Seu próprio Filho para salvar a humanidade de perecer não pode ser
considerado autor do mal. No entanto, é certo que o mal existe e os homens aprenderam
a praticá-lo. E com quem aprenderam?
O caráter do mal prova que ele é instigado. Na pista de aeromodelismo, o avião
sem piloto porventura voa por si só? Não, alguém o comanda por controle remoto. Assim
é o mal. Ele não é natural no homem. O homem não foi criado com ele nem para ele.
Como no exemplo do avião, há alguém que está por trás da maldade, inspirando-
a. Se o homem pode dirigir um avião sem tocá-lo com suas mãos, alguém pode dirigi-lo
na prática do mal sem lhe pôr as mãos. Daí o homem executar o mal por alguém
inteligente que, às ocultas, o induz a agir.
A guerra não começou na Terra, mas no Céu. O pecado é um mistério. Ele não
se originou na Terra, mas começou no Céu, quando Lúcifer instigou a rebelião entre os
anjos. Como dirigente da hoste celestial, ele desafiou a soberania de Deus (Isa.14:12-15).
Ele era “cheio de formosura”, perfeito no caráter, “até que se achou iniqüidade”
nele (Eze.28:12-15). Embora fosse o mais honrado de toda a hoste angélica, ele teve
inveja do Criador e, cobiçando-Lhe o trono, começou a semear a discórdia entre os anjos,
provocando assim rebelião.
Apocalipse 12:10 – “Então ouvi uma grande voz no Céu, que dizia: Agora é
chegada a salvação, e a força, e o reino do nosso Deus, e o poder do seu Cristo. Pois já o
acusador de nossos irmãos foi lançado fora, o qual diante do nosso Deus os acusava de
dia e de noite.”
Apocalipse 12:11 – “Eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do
seu testemunho; não amaram as suas vidas até a morte”.
Apocalipse 12:12 – “Pelo que alegrai-vos, ó céus, e vós que neles habitais. Ai
dos que habitam na terra e no mar, porque o diabo desceu a vós, e tem grande ira, sabendo
que pouco tempo lhe resta.”
Estes versículos cumpriram-se inteiramente na crucificação de Jesus. Quando
Jesus foi morto na cruz, Satanás viu que estava desmascarado. Sua administração foi
exposta perante os anjos não caídos e o universo celestial. Revelara-se um homicida.
Derramando o sangue do Filho de Deus, Satanás perdeu a simpatia dos seres celestiais.

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Até a morte de Cristo, Satanás ainda ia às vezes ao Céu. Como vimos acima, sua
intenção era acusar os filhos de Deus que haviam aceitado a salvação em Jesus. Aos anjos
ali no Céu, Satanás acusou Abraão, Jacó, Jó, Moisés e o povo de Deus em geral. A morte
de Cristo, porém, fechou para ele o Céu e ali não pode mais entrar para acusar os servos
de Deus.
Os que habitavam no Céu se alegraram ao ali não ser mais permitido o acesso de
Satanás. Não veriam mais o indesejável pisar os átrios sagrados, para depor contra aqueles
pelos quais o Filho de Deus dera Sua vida na cruz. A justiça de Deus no trato com o
rebelde tinha sido reconhecida.
Mas, “ai dos que habitam na terra e no mar, porque o diabo desceu a vós, e tem
grande ira”. A ira de Satanás contra os habitantes da Terra é uma vingança contra o Filho
de Deus.
Apocalipse 12:13 – “Quando o dragão se viu lançado na terra, perseguiu a
mulher que dera à luz o filho varão”.
Apocalipse 12:14 – “E foram dadas à mulher as duas asas da grande águia, para
que voasse até o deserto, ao seu lugar, onde é sustentada por um tempo, e tempos, e
metade de um tempo, fora da vista da serpente”.

Satanás Persegue o Remanescente Fiel

Desesperado por não poder vencer a Jesus na Terra e também por não ter mais
acesso ao Céu, Satanás procura então se vingar na Igreja. Imediatamente, iniciou uma
terrível perseguição contra a Igreja que estava em Jerusalém, empregando para tanto o
próprio povo judeu e o famigerado rei Herodes Antipas. Depois, os imperadores romanos.
Em seguida, após usar Roma-pagã contra a igreja, Satanás usou Roma-papal.
Durante mais de 12 séculos a mulher permaneceu escondida no deserto.
Apocalipse 12:15 – “Então a serpente lançou da sua boca, atrás da mulher, água
como um rio, a fim de fazer com que ela fosse arrebatada pela corrente”.
Água em profecia representa povo (Apoc.17:15). Durante a supremacia papal,
diferentes povos foram usados no esforço de destruir o fiel e verdadeiro povo de Deus.
As páginas da História estão manchadas com o sangue de amargas perseguições e
impiedosos massacres. Mas tudo foi em vão; ao contrário, “o sangue dos mártires é
semente da igreja”.

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O céu se rejubila na vitória dos santos sobre o poder do dragão. “Eles o venceram
pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho” (Apoc.12:11). Mas o profeta
observa que outra tentativa, e mais sutil, é feita para destruir a igreja. O inimigo lança de
sua boca um dilúvio para arrastar a mulher.
Com efeito, um dilúvio de falsos professores, saturados de evolucionismo e
filosofias humanas, tem-se levantado para opor-se à verdade de Deus. Isto tem sido assim
especialmente desde o fim dos 1260 anos.
A água vinha da boca da serpente. O que ele não logrou por meio de exércitos e
das perseguições, busca alcançar por meio de um exército de falsos educadores.
Propaganda mentirosa e a “falsamente chamada ciência” (I Tim.6:20) alcançará o seu
clímax na batalha final contra a verdade.
Apoc.12:16 – “Mas a terra ajudou a mulher, abrindo a sua boca e engolindo o
rio que o dragão lançara de sua boca.”
A terra socorreu a mulher – Se as águas representam densa população, a terra
seria bem o oposto. Áreas relativamente desabitadas foram descobertas, onde os cristãos
encontravam alívio da perseguição. Eles fugiram para os vales montanhosos dos Alpes e
para a América do Norte.
A terra abriu a sua boca – Foi pela boca da serpente que as mentiras originais
foram pronunciadas e, desde então, uma catarata de doutrinas falsas vem saindo da boca
da serpente. Mas a terra engoliu muitas dessas águas através do estudo de arqueólogos e
geólogos.
Arqueólogos forneceram evidências, vindas da terra, que ajudam a estabelecer a
precisão histórica da Bíblia. A geologia fornece evidências, como a ausência de fósseis-
chaves, a presença de inconformidades e a intensa complexidade mesmo das mais simples
formas de vida, que ajudam a expor a falácia do evolucionismo.
Apoc.12:17 – “Então o dragão irou-se contra a mulher, e foi fazer guerra ao
restante de sua descendência, os que guardam os mandamentos de Deus, e mantêm o
testemunho de Jesus.”

Apoc.12:18 – “E o dragão parou sobre a areia do mar.”

A obediência é o teste. O inimigo está irado com aqueles que ainda obedecem a
Deus. Milhões de cristãos têm sofrido como resultado de sua obediência. Se você obedece
a Deus, Satanás atacará de todos os lados.

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Há uma semelhança de linguagem entre este verso e o de Gênesis 3:15: “Porei


inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá
a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar”. A promessa de Deus implicava hostilidade entre a
mulher e Satanás, entre a semente da mulher e a semente de Satanás.
A descendência da serpente significa que Satanás teria “filhos” que agiriam
como ele. A mulher teria filhos também e Deus prometeu ajudar àqueles que desejassem
resistir aos filhos do diabo.
A igreja de Cristo do tempo do fim é considerada um “resto”, evidência de que
não seria uma grande corporação, mas seria constituída de poucos membros em relação
ao número de adeptos de igrejas anticristãs.
Aqueles “que guardam os mandamentos de Deus e mantêm o testemunho de
Jesus” sentirão a ira do dragão. Observando estas duas características há um povo que se
manterá fiel até o fim dos tempos. A Lei de Deus e o Testemunho de Jesus não podem
divorciar-se. A verdadeira Igreja de Deus deve apresentar essas duas características
apontadas na profecia.
Deus está chamando pessoas que queiram mostrar de que lado estão. Nossa
decisão determinará se somos parte da descendência da mulher ou da descendência da
serpente.

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CAPÍTULO 6
APOCALIPSE CAPÍTULO 13

Apocalipse 13 é um capítulo extenso e repleto de nomes e figuras simbólicas.


São muitos detalhes e dados históricos, por isso este estudo será dividido em duas partes.
Nesta primeira, vamos tratar até o versículo 11 e na posterior até o final.
A palavra “besta” é muito utilizada neste capítulo e, para não dar margem a
especulações, sua identidade está revelada em Daniel 7:17. Besta dizer que é um poder
dominante – civil ou eclesiástico. Todos os detalhes, como veremos, enquadram-se
perfeitamente na história de dois poderes.
Apocalipse 12:18 – “E o dragão parou sobre a areia do mar.”
É ali que a terra e o mar se encontram. Este capítulo descreve duas bestas, uma
que vem do mar e outra que vem da terra.
Apocalipse 13:1 – “Eu vi subir do mar uma besta que tinha dez chifres e sete
cabeças, e sobre os seus chifres dez diademas, e sobre as suas cabeças um nome de
blasfêmia”.
Apocalipse 13:2 – “A besta que vi era semelhante ao leopardo e os seus pés como
os de urso, e a sua boca como a de leão. O dragão deu-lhe o seu poder, o seu trono e
grande autoridade”.
Em profecia as águas do mar simbolizam “povos e multidões” (Apoc.17:15) e
uma besta é símbolo de poder dominante – civil ou eclesiástico (Dan.7:17). O profeta viu
levantar-se dentre as nações um poder que sobre elas exerceria o seu domínio.
Tudo, em cada detalhe desta revelação, demonstra que essa besta não é um poder
civil e sim eclesiástico. E certos pormenores não deixam dúvida de que se trata de Roma-
papal, como sucessora de Roma-pagã.
Leopardo, urso e leão são imagens que já vimos em Daniel 7, quando o profeta
descreveu a história política do mundo, ainda por vir. Primeiro o leão (Babilônia), depois
o urso (Pérsia), a seguir o leopardo (Grécia) e finalmente a besta de dez chifres (Roma).

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Todas estas características estão incorporadas nesta besta de Apocalipse 13,


demonstrando que a Roma-papal possuía características do paganismo dos três reinos
anteriores que a precederam. Nestes reinos o paganismo era a religião oficial.
Os quatro reinos: Babilônia, Pérsia, Grécia e Roma – no conjunto, possuíam sete
cabeças e dez chifres (O leopardo possuía quatro cabeças, cada um dos outros três animais
possuíam uma cabeça, e a quarta besta apresentava dez chifres: Ver Daniel 7).
Dentre os dez chifres da quarta besta (Roma) surgiu um décimo primeiro
elemento, o qual a princípio era um “chifre pequeno”, mas que veio a tornar-se um poder
perseguidor poderoso e blasfemo.
O dragão dá à besta o seu poder – “A vinda desse iníquo é segundo a eficácia de
Satanás, com todo poder, e sinais e prodígios da mentira”, (II Tess.2:9).
Aqui ocorre a transferência do poder do dragão de Roma-pagã para a Roma-
papal. O dragão – o diabo e Satanás (Apoc.12:9) – sempre opera por meio de reinos e
instituições terrestres.
O antigo Egito, por exemplo, foi comparado ao dragão (Eze.29:3). Quer dizer
que o poder humano utilizado pelo dragão continuou o mesmo – o Império Romano –
havendo tão somente sofrido uma metamorfose do paganismo declarado para o
paganismo cristianizado.
Roma-papal foi empossada pelo dragão no trono de Roma-pagã, na sede do
Império Romano na cidade de Roma. Isso prova ter o dragão dado à besta o seu trono, ou
o espaço físico de seu domínio; seu poder representado nas sete cabeças romanas e seu
grande poderio ou domínio representado nos dez chifres, ou a Europa.
Realmente, Constantino deu o seu trono para o papa. O trono dos Césares foi
deixado vago. Foi nessa vaga que o papado se assentou. Aqui estão as palavras de um
escritor católico: “E piedosamente subindo ao trono de César, o vicário de Cristo tomou
o cetro diante do qual imperadores e reis da Europa se curvariam em reverência por muitas
eras”.(American Catholic Quarterly Review, abril de 1911).
Outros imperadores também outorgaram poder ao papado. Passo a passo, o
Império Romano (o grande dragão vermelho) deu grande autoridade à igreja (a besta com
corpo de leopardo), com o clímax ocorrendo em 538, quando os exércitos do império
expulsaram os ostrogodos de Roma, o que iniciou o período de 1260 anos.
Deste modo, o símbolo da besta representa o papado, que se sucedeu no poder,
trono e poderio mantidos pelo antigo Império Romano.

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O Golpe Mortal e a Cura

Apocalipse 13:3 – “Então vi uma de suas cabeças como golpeada de morte, mas
a sua chaga mortal foi curada. Toda a terra se maravilhou, seguindo a besta”,
Apocalipse 13:4 – “e adoraram o dragão que deu à besta a sua autoridade, e
adoraram a besta, dizendo: Quem é semelhante à besta? Quem poderá batalhar contra
ela?”.
A cabeça que foi ferida de morte era a cabeça do papado. Em 1798, durante a
Revolução Francesa, sob ordens de Napoleão, o papa Pio VI foi preso pelo general
Alexander Berthier.
Em 1929, Benito Mussolini assinou um tratado devolvendo as terras ao Estado
do Vaticano (Tratado de Latrão). Conforme a profecia, estava restaurado o poder
temporal do papado. A ferida mortal de 1798 já estava cicatrizada.
Embora restaurado ao poder temporal em 1929, o papado jamais se conformou
com apenas os 44 hectares que compreendem o Estado do Vaticano. Mas nem mesmo
com a Europa inteira, seu antigo domínio, se conforma o papado. As pretensões vão muito
além. Reza a profecia que o papado almeja o domínio de “toda a Terra”, a totalidade do
globo, todas as nações.
Sentado no trono de um Estado, o menor do mundo, é o papa um soberano
mundial cujos súditos espirituais se encontram em todas as nações da Terra. Assim, já
podemos dizer, em parte, que “toda a terra se maravilhou seguindo a besta”.
Tempo virá, porém, em que a profecia se cumprirá em toda a sua plenitude, e o
poder temporal do papado será exercido em toda a Europa, como fora exercido no
passado, e estender-se-á aos países católicos da América e de outros continentes.
Não podendo receber Satanás uma adoração direta do mundo, recebe-a
indiretamente por intermédio da besta. Satanás não poderia ter empregado idéia mais
enganosa do que esta de receber homenagens de adoração do mundo, através de um poder
denominado cristão. Este é o perigo da adoração da besta “semelhante ao leopardo”.
Adorar um poder que recebeu autoridade do dragão significa cometer grave
pecado contra Deus e o Céu. No entanto, o papado, na pessoa de seus pontífices, não só
pretende adoração como a tem recebido de milhões de adeptos grandes e pequenos.
Todo mundo sabe que o papado, e também seu clero em toda a Terra, exigem e recebem
a adoração que só a Deus e a Seu Filho Jesus Cristo pertencem de direito.

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De outro lado, multidões adoram Roma-papal, obedecendo a suas leis e dogmas.


A um decreto seu, os expedientes governamentais, em toda a Terra, fecham suas portas,
como também o comércio e a indústria detêm suas transações. As instituições de ensino,
mesmo as protestantes, cerram suas portas. Sim, respeitando seus dias santificados, a
Terra, em grande parte, está homenageando e curvando-se aos pés da besta.
“Quem é semelhante à besta?” – Este é o desafio dos adoradores da besta.
Jamais existiu outro poder comparável ao do papado, nem o dos soberanos das nações. O
poder do papado é tão maior do que o das nações que exerce sua influência sobre elas.
Os súditos do Vaticano são os próprios súditos das nações do mundo. Centenas
de milhões de habitantes da Terra são mais fiéis a Roma do que às suas próprias nações.
Por isso os seus adoradores orgulham-se em dizer: “Quem é semelhante à besta?”.
“Quem poderá batalhar contra ela?” Esta pergunta é um desafio dos adoradores
da besta a seus adversários. Nenhum poder terreno destruirá jamais o poder papal.
Esse poder não cairá jamais pelo braço do homem. Porém, sua queda irreversível
é apenas uma questão de tempo. Sua derrocada virá de cima, inesperada e segura. Deus
logo ajustará contas com o poder que usurpou o Seu nome. O mundo vai se ver livre da
intolerância do poder da besta “semelhante ao leopardo”.

O Ataque Final da Besta aos Fiéis

O papado não é uma democracia nem mesmo no seu Estado. Numa democracia
o soberano é eleito pelo povo de seu Estado, para se tornar governante. Não se dá isto
com o soberano do Vaticano. O papa, em seu Estado, não é eleito pelo povo católico. Este
não comparece às urnas para elevá-lo ao trono. Nenhum católico do mundo, exceto os
cardeais, elege o seu pontífice.
O que o papa estabelece é executado. Ele domina suas consciências. E, quando
no futuro restaurar completamente o seu domínio temporal, e ainda muito mais ampliado,
veremos coisas e leis espantosas demandarem a Terra procedentes do trono de Roma.
Apocalipse 13:5 – “Foi-lhe dada uma boca para proferir arrogâncias e
blasfêmias, e deu-se-lhe autoridade para continuar por quarenta e dois meses”.
Os 42 meses proféticos da dominação temporal do papado equivalem a 1260
anos, que foram contados da derrota dos ostrogodos em Roma (538), até a ferida mortal
da Revolução Francesa (1798).

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Vemos assim que no ano 538 o catolicismo foi estabelecido por Justiniano como
religião oficial do Estado, sendo proibidas todas as outras religiões. O bispo de Roma foi
declarado a cabeça de todas as igrejas. O paganismo cedeu lugar ao papado. O dragão deu
à besta “o seu poder, o seu trono e a sua autoridade”. E começaram então os 1260 anos
da opressão papal.
Apocalipse 13:6 – “E abriu a sua boca em blasfêmias contra Deus, para
blasfemar do seu nome, e do seu tabernáculo e dos que habitam no céu”.
Se as palavras arrogantes da besta atingissem apenas os seus iguais na Terra e os
seres celestiais comuns, isto ainda não seria tão grave. Porém, suas mais ofensivas
palavras são dirigidas “contra Deus, para blasfemar do Seu nome, e do Seu tabernáculo”.
Na verdade, uma blasfêmia só pode mesmo ser dirigida contra Deus. Em
primeiro lugar, diz a profecia que a besta profere blasfêmias contra o nome de Deus. E
quando é que um ser mortal blasfema do nome de Deus?
Nos evangelhos encontramos uma indicação muita clara do que seja blasfemar
contra o nome de Deus. Num dos debates entre Cristo e os judeus, estes Lhe responderam:
“Não Te apedrejamos por alguma obra boa, mas pela blasfêmia; porque, sendo Tu
homem, Te fazes Deus a Ti mesmo.” (João 10:30-33).
A acusação dos judeus contra Jesus era falsa porque Ele realmente era e é Deus.
Mas, quando um homem se intitula Deus e assume as prerrogativas de Deus e os títulos
relativos à divindade, isto constitui verdadeiramente uma blasfêmia.
Há no direito canônico papal uma proposição que estabelece: “O papa romano
não ocupa o lugar de um mero homem, senão o do verdadeiro Deus neste mundo”. ... “O
papa tem tão grande autoridade e poder que pode mesmo modificar, explicar ou
interpretar as leis divinas”.
Quando a igreja de Roma se arroga perdoar pecados de vivos e mortos, em
desacordo com o ritual do templo celestial onde os pecados são perdoados somente pelo
Filho de Deus, isto também é blasfêmia. Esta atitude desmantela a obra mediadora de
Jesus no santuário e significa blasfemar “do Seu tabernáculo”.
Apocalipse 13:7 – “Também foi-lhe permitido fazer guerra aos santos, e vencê-
los. E deu-se-lhe poder sobre toda tribo, língua e nação.”
Aos que o papado perseguiu taxando-os de hereges, a profecia de Deus chama-
os de santos. Logo que se iniciaram os 1260 anos de supremacia temporal do despotismo
papal, os cristãos foram obrigados a optar entre renunciar sua integridade e aceitar as

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cerimônias e cultos estabelecidos pelo papa, ou passar a vida nas masmorras, sofrer a
morte pelos instrumentos de tortura, ou pela fogueira.
Desencadeou-se a perseguição sobre o povo de Deus com maior fúria e o mundo
se tornou um campo de batalha. Durante séculos a igreja de Cristo encontrou refúgio no
isolamento e obscuridade. Diz a profecia: “A mulher fugiu para o deserto, onde já tinha
lugar preparado por Deus, para que ali fosse alimentada por mil duzentos e sessenta
dias”.(Apoc.12:6).
Os governos europeus, os quais se aliaram ao papado e estiverem sob seus pés
por 1260 anos, consentiram e ajudaram-no a massacrar os seus povos em favor de Roma.

A Besta Exige Adoração

Apocalipse 13:8 – “E todos os que habitam sobre a terra a adorarão, esses cujos
nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do
mundo”.
Apocalipse 13:9 – “Se alguém tem ouvidos, ouça”.
Apocalipse 13:10 – “Se alguém deve ir para o cativeiro, para o cativeiro irá. Se
alguém deve ser morto à espada, necessário é que à espada seja morto. Nisto repousa a
perseverança e a fidelidade dos santos”.
Em outras palavras, quem ainda tem consciência, ouça a advertência e abandone
Roma e ponha-se sem temor ao lado da verdade divina.
Quando o papa foi levado prisioneiro por Berthier, estas palavras foram
cumpridas. O papado tinha feito milhões de cativos e aprisionados, e agora ele mesmo
estava indo para o cativeiro. No futuro, uma outra espada predita cairá sobre o mesmo
poder opressor, então para eliminá-lo para sempre do mundo.
Apocalipse 13:11 – “Então vi subir da terra outra besta, e tinha dois chifres
semelhantes aos de um cordeiro, mas falava como dragão”.
A primeira besta, o papado, surgiu do mar, ou seja, de uma região onde havia
muitas nações e povos. Portanto, a segunda besta que subiu “da terra” e não do mar, surgiu
de um território desocupado e deserto. Uma região da Terra onde ainda não havia povos
e nações.
Que poder surgiu de forma pacífica (longe de povos e nações) ao tempo em que
o papado recebeu o golpe mortal dos revolucionários franceses em 1798?

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A Europa, Ásia e África não só eram continentes habitados como sacudidos por
guerras, não preenchendo os requisitos de territórios desertos e pacíficos de onde deveria
surgir a segunda besta desta profecia. Na continuação do estudo deste capítulo vamos
descobrir quem é este poder.

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REFERÊNCIAS
Graciela Érika Rodrigues

Dr. Mauro Braga

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