9°escatologia em Apocalipse II
9°escatologia em Apocalipse II
9°escatologia em Apocalipse II
ESCATOLOGIA
EM APOCALIPSE II
WWW.UNIVERSIDADEESTUDODABIBLIA.COM.BR
APRESENTAÇÃO DO
MATERIAL
O material aqui presente tem como objetivo introduzir a aprendizagem dos discentes,
anexando conteúdos livres no material, para enriquecimento dos mesmos.
O conteúdo aqui apresentado possui dados legais, não dispondo, assim, de autor ou
autores próprios.
WWW.UNIVERSIDADEESTUDODABIBLIA.COM.BR
INTRODUÇÃO
A escatologia apocalíptica anuncia o apocalipse (palavra grega que significa “revelação”)
da intervenção divina iminente e cataclísmica, para restaurar a paz e a justiça de um
mundo desordenado. Se depois disso existirá o paraíso na terra ou a terra no paraíso, não
fica muito claro, mas eles, os maus, desaparecerão para sempre e nós, os abençoados,
estaremos no comando sob as ordens de Deus. Exemplos da promessa reveladora divina
da escatologia apocalíptica são, no mundo antigo, João, de Patmos, na Grécia.
WWW.UNIVERSIDADEESTUDODABIBLIA.COM.BR
Sumário
APOCALIPSE CAPÍTULO 8 ..................................................................................................................... 5
APOCALIPSE CAPÍTULO 9 ................................................................................................................... 11
APOCALIPSE CAPÍTULO 10 ................................................................................................................. 19
WWW.UNIVERSIDADEESTUDODABIBLIA.COM.BR
5
CAPÍTULO 1
APOCALIPSE CAPÍTULO 8
Os capítulos 8 e 9 apresentam a
terceira cadeia histórica do livro. O tema
central é a abertura do sétimo selo. Uma
nova corrente profética, composta de
sete trombetas.
Nas profecias, os toques de trombetas são emblemas de guerra; e, nesta
revelação, o teor da profecia já indica isso mesmo. Aliás, trata-se de guerras de conquista
e aniquilamento, movidas por poderes levantados contra o império mais opressor da
história do mundo: o Império Romano.
Apoc. 8:1 – “Quando ele abriu o sétimo selo, fez-se silêncio no céu por cerca de
meia hora.”
Que acontecimento será este que fará com que cessem os coros e as orquestras
celestiais por quase meia hora? Em Sua segunda vinda, Jesus virá acompanhado de todos
os anjos do Céu. Assim sendo, haverá silêncio no Céu, enquanto não regressarem com os
salvos de todos os tempos.
A meia hora de silêncio no Céu não será literal, mas profética, como o resto do
Apocalipse. Para sabermos o tempo exato de quase meia hora profética, temos que dividir
um dia profético por vinte e quatro horas. Um dia profético equivale a um ano, ou melhor,
dito – vinte e quatro horas proféticas. E, mais ainda, o ano profético compreende 360 dias
literais.
Agora, para termos o tempo exato de “quase meia hora” profética, teremos que
em primeiro lugar, dividir 360 dias por 24 horas. E o resultado da operação será 15 dias.
Quer dizer que uma hora profética equivale a 15 dias literais.
Então, meia hora profética equivale a 7 dias e meio. Como a profecia não fala
em meia hora, ou 7 dias e meio, mas em “quase meia hora”, isto é exatamente 7 dias (uma
semana). Eis o tempo que Jesus levará para vir buscar os salvos e regressar ao Céu.
WWW.UNIVERSIDADEESTUDODABIBLIA.COM.BR
6
Apoc. 8:2 – “E vi os sete anjos que estavam em pé diante de Deus, e lhes foram
dadas sete trombetas.”
Profeticamente falando, trombeta é símbolo de guerra ou de graves
acontecimentos políticos. Como as 7 igrejas revelam a condição interna e os 7 selos a
condição externa da igreja cristã, as 7 trombetas demonstram evidentes guerras ou juízos
que desabariam sobre os seus opressores, a começar com os primeiros que foram os
romanos: Roma-Pagã Ocidental e Roma-Cristã Oriental.
Apoc. 8:3 – “Vejo outro anjo, e pôs-se junto ao altar, tendo um incensário de
ouro. Foi-lhe dado muito incenso, para oferecê-lo com as orações de todos os santos sobre
o altar de ouro, que está diante do trono.”
Apoc. 8:4 – “E da mão do anjo subiu diante de Deus a fumaça do incenso com
as orações dos santos.”
Antes dos sete anjos saírem de diante de Deus para cumprirem a sua missão, uma
nova cena é apresentada na visão. Um novo anjo surge, não com trombeta, mas com um
incensário de ouro, pondo-se “junto ao altar”. No Céu, há um único altar, aliás, o do
incenso, que se encontra no primeiro compartimento ou lugar santo do santuário.
Mas quem é o anjo que se apresentou junto do altar para ministrar o incenso?
Um anjo comum não pode exercer funções de sacerdote, pelo fato de um sacerdote ser
um mediador entre o pecador e Deus, e os anjos jamais foram designados como tais.
O Mediador entre o pecador e Deus é um só – Jesus Cristo. Daí o anjo ministrante
da visão ser o próprio Senhor Jesus, não só porque já O vimos noutra visão ministrando
no santuário, mas porque a revelação O apresenta também como um anjo, o “anjo do
concerto”.
Se pudéssemos ser transportados ao santuário de Israel, veríamos ali o sacrifício
contínuo (diário) dos sacerdotes. Todos os dias, um deles tirava fogo do altar e, enchendo
o incensário, queimava o incenso. Enquanto a fragrância permeava o acampamento, ela
servia como um chamado à oração.
Em um dia do ano, o Dia da Expiação, o trabalho era desempenhado apenas pelo
sumo sacerdote. Enquanto ele oferecia o incenso sobre o altar, a congregação, em atitude
solene, do lado de fora do santuário, dedicava-se à oração. Jesus Cristo, nosso Sumo
Sacerdote celestial, ainda faz intercessão por nós no santuário celestial. Nossas orações
sobem até Ele como suave incenso.
Apoc. 8:5 – “Então o anjo tomou o incensário, encheu-o de fogo do altar e o
lançou sobre a terra; e houve trovões, vozes, relâmpagos e terremotos.”
WWW.UNIVERSIDADEESTUDODABIBLIA.COM.BR
7
O mesmo fogo do altar, que produz a nuvem de incenso que sobe para Deus com
as orações dos santos, é lançado na Terra, produzindo efeitos tremendos. A mesma graça
que absolve o pecador, torna-se condenação ao ímpio.
Para os justos, o ato do lançamento do fogo do altar sobre a Terra indica que a
obra da mediação terminou. Não mais será oferecido incenso pelas orações. Por pouco
tempo, os justos terão que viver sem mediação até o aparecimento do seu Senhor para
arrebatá-los da Terra.
E para os ímpios, que desprezaram o amor de Deus, indica o fechamento
definitivo da porta da graça. Por isso, após o lançamento do fogo do altar sobre a Terra,
seguem-se “vozes e trovões, relâmpagos e terremotos”, anunciando a recompensa dos
ímpios. As mesmas cenas são descritas noutras visões do Apocalipse.
Apoc. 8:6 – “Então os sete anjos que tinham sete trombetas prepararam-se para
tocar.”
Nos tempos bíblicos, a trombeta era usada para convocar grandes reuniões do
povo (Lev. 23:4), ou para anunciar a aproximação de uma grande calamidade ou guerra.
As sete trombetas anunciariam guerras ou juízos que desabariam sobre os
opressores de todos os tempos da igreja de Deus na Terra. Segundo as profecias bíblicas
na era cristã, o inimigo do povo de Deus é Roma. Primeiro, a pagã. Depois, a cristã. E,
por último a papal.
Por isso:
As quatro primeiras trombetas se referem ao colapso da Roma-Pagã, no
Ocidente;
As duas seguintes: a derrota da Roma-Cristã, no Oriente;
A sétima: o colapso da Roma-Papal e de todos os persistentes inimigos da igreja
de Deus.
A profecia de Daniel 2 fala acerca da divisão do Império Romano (representado
pelas pernas de ferro) através da divisão da Europa (representada pelos pés e dedos). Cada
trombeta que soou era como uma martelada na estátua de Daniel 2.
Até 1844, data em que a mediação através da apresentação do incenso fora
realizada no lugar santo do santuário, Roma foi, indiscutivelmente, o poder inimigo único
da igreja de Cristo, sendo que, deste ano para cá, outros poderes fizeram-se também
abertos adversários da igreja de Cristo, os quais cairão pelo toque da sétima trombeta,
com o resto de Roma.
WWW.UNIVERSIDADEESTUDODABIBLIA.COM.BR
8
Apoc. 8:7 – “O primeiro anjo tocou a sua trombeta, e houve saraiva e fogo
misturado com sangue, que foram lançados na terra. Foi queimada a terça parte da terra,
e terça parte das árvores, e toda a erva verde.
Naqueles dias, quando João recebeu a revelação, somente três partes da Terra
eram conhecidas:
1) A Europa, tendo Roma por capital;
2) A Ásia, ou Oriente, tendo Constantinopla por sede;
3) A África, tendo Cartago por cidade líder.
Esta era também a tríplice divisão do Império Romano naqueles dias. É por isso
que as primeiras trombetas indicam essas três partes da Terra, quando não eram ainda
conhecidas a América e a Oceania, que completam hoje as cinco partes, ou cinco
continentes do mundo.
Portanto, aqueles três continentes compunham todo o Império Romano.
Sucede que o Império Romano foi dividido em três partes entre os três filhos de
Constantino:
Constâncio ficou com a Ásia;
Constantino II ficou com parte da Europa;
Constante, ficou com a Itália e a África.
Assim, cada uma dessas divisões do Império Romano representava uma terça
parte do mundo então conhecido, como mencionado na profecia.
A primeira trombeta: Alarico e os visigodos
Alarico, com seus visigodos, foi o primeiro terrível inimigo de Roma a atacá-la.
Ele continuou os ataques até que quebrou a espinha do poder romano. Seus constantes
ataques eram como granizo estilhaçando a estátua de Daniel 2. A cidade de Roma foi
cercada no ano 410, d.C.
Alarico costumava atacar pelas montanhas, queimando tudo que encontrava pelo
caminho. Cidades inteiras e vilas foram queimadas, e o sangue escorreu pelas ruas.
Apoc. 8:8 – “O segundo anjo tocou a trombeta, e foi lançado no mar como que
um grande monte ardendo em fogo, e tornou-se em sangue a terça parte do mar.”
Apoc. 8:9 – “E morreu a terça parte das criaturas viventes que havia no mar, e
foi destruída a terça parte dos navios.”
WWW.UNIVERSIDADEESTUDODABIBLIA.COM.BR
9
O primeiro ataque foi por terra; o segundo, pelo mar. Os exércitos germanos de
Genserico, rei dos vândalos, atacaram Roma. A segunda trombeta trata de uma batalha
naval. Eles causaram tanto estrago que até hoje utilizamos a expressão vandalismo.
Genserico caiu sobre Roma como uma montanha em chamas, deixando
destruição desde Gibraltar até a foz do Nilo.
Os vândalos levaram os candelabros dourados que Tito saqueara do templo de
Jerusalém. Os ataques de Genserico, fiéis à profecia, foram quase todos pelo mar. Em
uma noite, ele destruiu metade dos navios que pertenciam a Roma, na batalha de Cartago,
destruindo 1.113 navios e matando mais de 100.000 homens.
Apoc. 8:10 – “O terceiro anjo tocou a sua trombeta, e caiu do céu uma grande
estrela, ardendo como uma tocha, e caiu sobre a terça parte dos rios,e sobre as fontes das
águas;”
Apoc. 8:11 – “o nome da estrela era Absinto. A terça parte das águas tornou-se
em absinto, e muitos homens morreram das águas, que se tornaram amargas.”
WWW.UNIVERSIDADEESTUDODABIBLIA.COM.BR
10
Apoc. 8:12 – “O quarto anjo tocou a sua trombeta, e foi ferida a terça parte do
sol, a terça parte da lua e a terça parte das estrelas, de modo que a terça parte deles se
escureceu. A terça parte do dia não brilhou, e semelhantemente a da noite.”
Apoc. 8:13 – “Enquanto eu olhava, ouvi uma águia que, voando pelo meio do
céu, dizia com grande voz: Ai, ai, ai dos que habitam sobre a terra! Por causa das outras
vozes das trombetas dos três anjos que ainda vão tocar.”
WWW.UNIVERSIDADEESTUDODABIBLIA.COM.BR
11
WWW.UNIVERSIDADEESTUDODABIBLIA.COM.BR
11
CAPÍTULO 2
APOCALIPSE CAPÍTULO 9
WWW.UNIVERSIDADEESTUDODABIBLIA.COM.BR
12
WWW.UNIVERSIDADEESTUDODABIBLIA.COM.BR
13
A Propagação do Islamismo
Apoc. 9:3 – “E da fumaça saíram gafanhotos sobre a terra, e foi-lhes dado poder,
como o que têm os escorpiões da terra.”
As doutrinas do islamismo se espalharam pelo Oriente Médio, que havia sido
anteriormente cristão. Jamais o mundo viu um império e uma religião alcançar em tão
pouco tempo um espaço territorial tão imenso.
Pela rapidez com que agiam, os árabes foram comparados a espessas nuvens de
gafanhotos invadindo o Oriente e o Ocidente, na tentativa de propagar pelo mundo inteiro
a religião muçulmana.
Pelo sofrimento que causa a ferroada do escorpião, ele simboliza o flagelo.
Enquanto os árabes invadiam as nações como enxames de gafanhotos, injetavam, como
escorpiões, a doutrina islâmica. Reduzidos economicamente à condição de miséria,
despojados de seus bens pelos gafanhotos-escorpiões, os povos submetidos eram picados
pela religião.
Apoc. 9:4 – “Foi-lhes dito que não causassem dano à erva da terra, nem a verdura
alguma, nem a árvore alguma, mas somente aos homens que não têm nas suas testas o
selo de Deus.”
As conquistas maometanas duraram até dois séculos depois da queda de
Constantinopla em 1453. Portanto, desde o sétimo até ao décimo sétimo século, havia um
povo que, segundo a revelação, tinha “nas suas testas o sinal de Deus”, ou o “selo de
Deus”.
Na explanação do capítulo sete ficou demonstrado que o selo de Deus é o santo
Sábado do quarto mandamento da lei de Deus. A profecia destaca a proteção de Deus em
WWW.UNIVERSIDADEESTUDODABIBLIA.COM.BR
14
favor dos que tinham o Seu sinal “nas suas testas”, isto é, os que observavam o repouso
do Sábado.
A ênfase desta profecia, contudo, está no fato de que os muçulmanos deveriam
dirigir-se a uma classe de pessoas que não tinham “nas suas testas o selo de Deus”.
Enquanto esses sofreriam com os ataques dos exércitos do Islã, aqueles seriam protegidos
miraculosamente.
Apoc. 9:5 – “Foi-lhes permitido, não que os matassem, mas que por cinco meses
os atormentassem. E o seu tormento era semelhante ao tormento do escorpião, quando
fere o homem.”
Apoc. 9:6 – “Naqueles dias os homens buscarão a morte e não a acharão;
desejarão morrer, mas a morte fugirá deles.”
Ainda que os muçulmanos atacassem constantemente Constantinopla, não
conseguiram tomá-la, que era o seu objetivo principal. Entretanto, as constantes
investidas dos gafanhotos-escorpiões causavam muito dano e tormento, conforme
profetizado.
Apoc. 9:7 – “A aparência dos gafanhotos era semelhante à de cavalos
aparelhados para a guerra. Sobre as suas cabeças havia como que umas coroas
semelhantes ao ouro, e os seus rostos eram como rostos de homem.”
Apoc. 9:8 – “Tinham cabelos como cabelos de mulheres, e os seus dentes eram
como os de leões.”
A Bíblia revela uma descrição precisa do povo que cumpriria a profecia. “Seus
rostos eram como rostos de homens” (os árabes usavam barba). “Tinham os cabelos como
cabelos de mulher” (seus cabelos eram longos).
“Possuíam coroas de ouro” (esses guerreiros usavam turbantes amarelos ou
adereços dourados). “Seus dentes eram como dentes de leão” (eles eram destemidos
lutadores e eram movidos pela força irresistível do fanatismo religioso).
Apoc. 9:9 – “Tinham couraças como couraças de ferro, e o ruído das suas asas
era como o ruído de carros de muitos cavalos que correm ao combate.”
Segundo o Alcorão, um dos dons divinos aos árabes são as couraças. Feitas de
ferro e aço foram difundidas pelos árabes por todo o mundo para propagar a nova religião.
Ao avançarem compactos como as ondas de gafanhotos, usavam as couraças
para imitar o ruído das suas asas, semelhante ao barulho de carros puxados por muitos
cavalos. O detalhe é tão fiel que parece até que os guerreiros árabes tinham conhecimento
da profecia.
WWW.UNIVERSIDADEESTUDODABIBLIA.COM.BR
15
O Domínio Turco
Apoc. 9:12 – “Passado é já um ai; depois disso vêm ainda dos ais.”
A palavra “ai”, quando utilizada na Bíblia, indica sofrimento. Desse modo, “três
ais” significam muito sofrimento.
Apoc. 9:13 – “O sexto anjo tocou a sua trombeta, e ouvi uma voz que vinha das
quatro pontas do altar de ouro, que estava diante de Deus,”
Apoc. 9:14 – “a qual dizia ao sexto anjo, que tinha a trombeta: Solta os quatro
anjos que estão presos junto ao grande rio Eufrates.”
Apoc. 9:15 – “E foram soltos os quatro anjos que estavam preparados para
aquela hora, e dia, e mês, e ano, a fim de matarem a terça parte dos homens.”
WWW.UNIVERSIDADEESTUDODABIBLIA.COM.BR
16
O altar aqui é o mesmo altar do incenso referido em Apoc. 8:3. Esta voz só pode
ser de Quem oficiava junto ao altar de ouro ou do incenso, que é Cristo. Antes do toque
da primeira trombeta, Ele aparece junto ao altar do incenso; e, antes do toque da sexta
trombeta, Ele ali ainda está oficiando em favor das orações do Seu povo.
Ao invadirem a Ásia Ocidental, os turcos fundaram quatro sultanatos nas
imediações do rio Eufrates: (1) Bagdad, em 1055; (2) Icônio, em 1064; (3) Damasco e (4)
Alepo, ambos em 1079. São estes os anjos que deveriam ser soltos no momento do toque
da sexta trombeta.
Com a união destes quatro sultanatos, todo o povo turco estava agora unido numa
só dinastia – a otomana – e posteriormente num só sultanato, o de Constantinopla.
De acordo com o versículo 15, o poder da Turquia, como nação real, iniciou sua
marcha em 27 de Julho de 1449, quando Constantino XII reconheceu a supremacia turco-
otomana ao submeter sua eleição ao consentimento do sultão. Desta data em diante, os
turcos eram senhores do Império do Oriente, embora faltasse derrubar o pouco dele que
ainda restava.
Usando o princípio de que um dia profético equivale a um ano, dá para calcular
o tempo dessa profecia. Analisando de trás para diante, temos o seguinte cálculo:
1 ano = 12 meses x 30 dias = 360 dias = 360 anos
1 mês = 30 dias = 30 anos
1 dia = 1 dia = 1 ano = 1 ano
1 hora = 360 dias divididos por 24 = 15 dias
-------------------
391 anos e 15 dias
Esse é o tempo apontado na profecia, segundo o qual a Turquia exerceria, como
potência política, o seu poder independente numa das mais estratégicas regiões do mundo
civilizado. Acrescentado 391 anos e 15 dias a 27 de Julho de 1449, a profecia apontou
também que o Império Turco cairia em 11 de Agosto de 1840.
A queda de Constantinopla em 29 de Maio de 1453 livrou o Ocidente e o Oriente
para sempre do longo martírio imposto pelos orgulhosos Césares. Visigodos, vândalos,
hunos, hérulos, árabes e turcos, exatamente conforme havia determinado a profecia
bíblica, fizeram ruir em escombros a cruel tirania duma raça que arruinou o mundo por
mais de 16 séculos.
Com a queda de Constantinopla, a Turquia assumiu o comando sobre todo o
território do Império Romano do Oriente formado pelos seguintes países: Toda a Ásia
WWW.UNIVERSIDADEESTUDODABIBLIA.COM.BR
17
Menor, Síria, Mesopotâmia, Pérsia, Iraque Arábia, Palestina, Trácia, Romênia, Bulgária,
Hungria, Grécia, Albânia, Bósnia, Sérvia, ilhas do mar Egeu, Creta, além de ter
incorporado também a seu império o Egito, a Etiópia e a Líbia. Desse modo, a Turquia
matou politicamente a terça parte dos homens ou conquistou todos os seus domínios.
Mas, embora pelo raciocínio lógico humano tudo levasse a crer no contrário, as
conquistas turcas tiveram fim. O outrora invicto poder chegou afinal a ponto de
desmoronar-se frente às influências das nações européias. Através de um documento
histórico datado exatamente de 11 de Agosto de 1840, o sultão Maomé Ali foi deposto,
dando fim ao poderio otomano em Constantinopla, com a incrível exatidão indicada na
profecia.
Apoc. 9:16 – “O número dos exércitos dos cavaleiros era de duzentos milhões
(miríades de miríades). Eu ouvi o número deles.”
Simboliza um número indefinido muito grande. Miríades é empregado na Bíblia
quanto se trata de um número tão grande que não dá para precisar.
Apoc. 9:17 – “E assim vi os cavalos nesta visão: os seus cavaleiros tinham
couraças de fogo, e de jacinto, e de enxofre. As cabeças dos cavalos eram como cabeças
de leões, e de suas bocas saíam fogo, fumaça e enxofre.”
Apoc. 9:18 – “Por estas três pragas foi morta a terça parte dos homens, isto é,
pelo fogo, pela fumaça e pelo enxofre, que saíram das suas bocas.”
Apoc. 9:19 – “O poder dos cavalos está na sua boca e nas suas caudas; pois as
suas caudas eram semelhantes a serpentes, e tinham cabeças, e com elas causavam dano.”
No caso dos turcos, a referência a “couraças” só pode ser simbólica dada a
impossibilidade de fazer-se couraças com mescla de fogo, jacinto e enxofre. Mas é fato
que três eram as cores que compunham as “couraças” dos guerreiros turcos: (1) Fogo, ou
cor vermelha; (2) jacinto, ou cor azul; (3) enxofre, ou cor amarela. Eram exatamente estas
três cores que predominavam no uniforme do exército turco.
Ferozes e astutos como leões, os turcos demonstraram ser mais desumanos do
que os árabes. Os cavalos vomitavam “fogo, fumaça e enxofre”. Sem dúvida, aqui a
profecia faz alusão ao emprego de armas de fogo pelos exércitos turcos.
Precisamente, naquela época é que se iniciara o uso da pólvora e das armas de
fogo nas guerras. O resultado da detonação duma arma de fogo é realmente uma chama
de fogo, uma nuvem de fumaça e um cheiro forte de enxofre.
Fogo, fumaça e enxofre são, portanto, as três pragas que os turcos usariam para
matar a terça parte dos homens.
WWW.UNIVERSIDADEESTUDODABIBLIA.COM.BR
18
Apoc. 9:20 – “Os outros homens, que não foram mortos por estas pragas, não se
arrependeram das obras das suas mãos, para deixarem de adorar aos demônios, e aos
ídolos de ouro, de prata, de bronze, de pedra e de madeira, que não podem ver, nem ouvir,
nem andar.”
Apoc. 9:21 – “ Nem se arrependeram dos seus homicídios, nem das suas
feitiçarias, nem da sua prostituição, nem dos seus furtos.”
“Os outros homens, que não foram mortos por estas pragas”, isto é, pelas armas
de fogo da cavalaria turca, são os demais governantes cristãos europeus e seus súditos,
aos quais a desolação turca não alcançou. Eles não encararam o terrível ataque turco com
um flagelo merecido pelo Império do Oriente, como prêmio por seus pecados e de sua
detestável idolatria, que era odiada com ódio mortal pelos maometanos. “Não se
arrependeram” do culto dos “demônios”, como é considerada a idolatria pelas Sagradas
Escrituras.
Nem tão pouco “se arrependeram” dos seus “homicídios”, de suas “feitiçarias”,
de suas “prostituições” e “de seus furtos”. Eis o quadro do cristianismo apresentado na
profecia! Um cristianismo sem Cristo, odiado de morte pelos conquistadores
muçulmanos.
Deus não se agrada daqueles que não aprendem as lições que Seus juízos lhes
ensinam. Antes da visão das trombetas sobre os árabes e os turcos, a advertência foi clara
– “ai! ai dos que habitam sobre a terra”. Mas o cristianismo nominal daqueles dias do
avanço maometano, nem um caso fez, como hoje também não faz, das advertências do
céu.
Nem antes nem depois dos açoites dos árabes e turcos se arrependeu de sua
idolatria e de seus homicídios e maldades. O castigo, as “pragas” maometanas, não o
induziu a melhorar a conduta e a moralidade.
A lição foi desprezada com grave perda para a vida moral e espiritual. E assim
caíram os dois Impérios, as duas Romãs cristãs – Ocidental e Oriental – a primeira pelas
mãos dos visigodos, vândalos, hunos e hérulos, e a outra, sob o comando muçulmano dos
árabes e turcos.
WWW.UNIVERSIDADEESTUDODABIBLIA.COM.BR
19
CAPÍTULO 3
APOCALIPSE CAPÍTULO 10
WWW.UNIVERSIDADEESTUDODABIBLIA.COM.BR
20
WWW.UNIVERSIDADEESTUDODABIBLIA.COM.BR
21
Daniel, porque estas palavras estão fechadas e seladas até o tempo do fim”(Dan.12:9).
Mas “no tempo do fim”, foi garantido que alguns entenderiam. Disse o anjo: “Nenhum
dos ímpios entenderá, mas os sábios entenderão” (Dan.12:10).
Outra evidência que confirma o início do “tempo do fim” em 1798 é o
desenvolvimento marcante da ciência. A ciência que hoje conhecemos começou a se
“multiplicar” exatamente a partir de 1798, quando, não temos dúvida em afirmar, o selo
do livro de Daniel foi removido, dando início a um grande movimento religioso que se
dedicaria ao estudo aprofundado das profecias relativas ao “tempo do fim”.
Apocalipse 10:3 – “e clamou com grande voz, como quando ruge o leão. Tendo
clamado, os sete trovões fizeram soar as suas vozes”.
Apocalipse 10:4 – “E quando os sete trovões fizeram soar as suas vozes, eu ia
escrevê-las; mas ouvi uma voz do céu, que dizia: Sela o que os sete trovões falaram, e
não o escrevas”.
Apocalipse 10:5 – “Então o anjo que vi em pé sobre o mar e sobre a terra
levantou a sua mão direita ao céu”,
Apocalipse 10:6 – “e jurou por Aquele que vive para todo o sempre, o qual criou
o céu e o que nele há, e a terra e o que nela há, e o mar e o que nele há, que não haveria
mais demora”.
É possível identificar semelhança entre o anjo do capítulo 10 com o primeiro
anjo do capítulo 14. Ambos conduzem uma mensagem de graça e de juízo. Ambos
proferem sua proclamação com poderosa voz. Ambos exaltam a Deus como Criador dos
céus, da terra, do mar e tudo o que neles há. Assim, o anjo do capítulo 10 é o mesmo
primeiro anjo do capítulo 14, onde é apresentada sua obra de extensão mundial e a sua
mensagem da hora do juízo.
Não haveria mais demora, ou em outra versão não haveria mais tempo. Esta
expressão indica que o movimento que este anjo representa está diretamente ligado ao
“tempo do fim”, já que, depois dele, não haveria outro, segundo a profecia.
E não há dúvida de que o movimento predito neste capítulo surgiu depois de
1798, e no final da profecia dos 2.300 dias proféticos de Dan.8:14, concluída em 1844.
Esse movimento, portanto, deve ser identificado como surgido entre 1798 e 1844, porque
não encontramos na Bíblia outra profecia de tempo que se estenda além de 1844.
Apocalipse 10:7 – “mas nos dias da voz do sétimo anjo, quando ele estiver
prestes a tocar a sua trombeta, se cumprirá o mistério de Deus, como anunciou aos
profetas, seus servos.”
WWW.UNIVERSIDADEESTUDODABIBLIA.COM.BR
22
WWW.UNIVERSIDADEESTUDODABIBLIA.COM.BR
23
A profecia revelada em Daniel 8:14 diz: “Até duas mil e trezentas tardes e
manhãs; e o santuário será purificado”. Em Daniel 9:25, a explanação relativa à primeira
parte dos 2300 anos nos diz que este grande período profético iniciar-se-ia com “a saída
da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém”.
E esta ordem, dada aos judeus que eram cativos no Oriente ao tempo da
dominação mundial da Pérsia, foi emitida pelo rei Artaxerxes, na última parte do ano 457,
antes de Cristo. Contando desta data inicial, os 2300 anos alcançaram a última parte do
ano de 1844, quando então a verdade seria restaurada pela pregação e o santuário seria
purificado.
Segundo o ritual do santuário do antigo Israel, a purificação do santuário
significava a remoção simbólica dos pecados do povo de Deus do santuário, através de
um sacrifício especial, oferecido sempre no dia 10, do sétimo mês judaico,
correspondendo a outubro do nosso calendário.
O santuário de Israel, erguido por Moisés conforme o modelo que lhe fora
mostrado por Deus, era uma figura do verdadeiro santuário que existe no céu, onde Cristo
ministra por Sua igreja desde que para lá ascendeu, depois de Sua ressurreição.
Desse modo, a purificação simbólica do santuário de Israel realizada pelo sumo-
sacerdote uma vez ao ano, era emblema da purificação do santuário celeste que Cristo
devia se realizar a partir do final dos 2300 anos, ou seja: Depois de 1844.
Como no santuário terrestre os serviços diários eram efetuados no lugar santo e
a purificação no lugar santíssimo, de modo idêntico, Cristo, desde que ascendeu ao céu,
efetuou Sua obra de intercessão no lugar santo do santuário celestial até 1844.
Nesta data, em outubro, Ele deixou o lugar santo e penetrou no lugar santíssimo
para efetuar a purificação do santuário, ou seja, a remoção dos pecados de Seu povo. Esta
obra de purificação continuará até o fechamento da porta da graça, quando estará
concluída a purificação do santuário celestial e Jesus voltará para executar o juízo.
Como os servos de Deus entenderam a purificação do santuário na profecia de
Daniel? A resposta histórica é esta: Eles entenderam que o santuário a ser purificado no
final dos 2300 anos, em 1844, era a própria terra e que, para que isto pudesse ser realizado,
Jesus deveria voltar naquele ano e atear fogo e enxofre ao mundo para purificá-lo da
maldade humana.
Como chegaram à conclusão de que a terra seria o santuário a ser purificado?
Simplesmente pelo fato de, em 1844, não haver mais santuário na terra e desconhecerem
a doutrina do santuário celestial, do qual o santuário terrestre era uma cópia.
WWW.UNIVERSIDADEESTUDODABIBLIA.COM.BR
24
O fato de conceberem, pelo livro de Daniel, que Jesus voltaria em 1844 para
purificar a terra e salvá-los é que cumpre a profecia de ter o profeta achado o livrinho
doce como o mel ao tomá-lo da mão do anjo e comê-lo. Nada mais doce para eles do que
ter a indicação do ano da volta de Jesus e estarem, como pensavam eles, diante da
concretização de suas tão acalentadas expectativas quanto ao retorno do Senhor Jesus.
WWW.UNIVERSIDADEESTUDODABIBLIA.COM.BR
25
Uma mensagem maior precisava ainda ser dada ao mundo. Alguns, é certo,
renunciaram à sua fé e deixaram a Palavra de Deus; mas, esse próprio desapontamento
conduziu muitos outros a um estudo mais aprofundado da Bíblia.
WWW.UNIVERSIDADEESTUDODABIBLIA.COM.BR
28
CAPÍTULO 4
APOCALIPSE CAPÍTULO 11
WWW.UNIVERSIDADEESTUDODABIBLIA.COM.BR
29
Apocalipse 11:2 – “Mas deixa o átrio que está fora do templo; não o meças,
porque foi dado aos gentios. Estes pisarão a cidade santa por quarenta e dois meses.”
As nações européias (os “gentios”), no período de 42 meses, ou 1260 anos,
coagidas pelo papado, pisariam a Igreja de Cristo no próprio átrio do santuário, onde o
Senhor oficia como seu Sumo-Sacerdote.
O que João estava para testemunhar e o que registrou para nós, era a batalha
entre a Bíblia e o ateísmo. Essa batalha alcançou o clímax na Revolução Francesa. Os
acontecimentos desta terrível revolução têm se repetido nas últimas décadas e vão se
intensificar pouco antes da volta de Jesus.
Apocalipse 11:3 – “E darei poder às minhas duas testemunhas, e profetizarão
por mil duzentos e sessenta dias, vestidas de pano de saco.”
Apocalipse 11:4 – “Estas são as duas oliveiras e os dois castiçais que estão diante
do Senhor da terra”.
Tem havido muita especulação quanto à identidade dessas duas testemunhas.
Alguns procuram vê-las como literais, chegando mesmo a nomeá-las como Moisés e
Elias. Mas toda a linguagem aí é figurativa. O verso 4 diz: “Estas são as duas oliveiras e
os dois castiçais que estão diante do Senhor da terra.”
Em Zacarias 4:11-14, as duas oliveiras representam a Palavra de Deus, e a
Palavra de Deus é sem dúvida uma luz. Diz o Salmo 119:105: “Lâmpada para os meus
pés é a Tua Palavra, e luz para o meu caminho”. Onde não há Bíblia, há escuridão
espiritual.
Analisando conjuntamente os textos de Apocalipse e de Zacarias, os dois
ressaltam que da oliveira verte o azeite, que é símbolo do Espírito Santo, enquanto que
os castiçais são portadores de luz; a luz do evangelho de Cristo.
Mas as Escrituras são mais do que uma luz; elas dão também testemunho da
graça de Deus. Jesus declarou que as Escrituras do Velho Testamento testificavam dEle.
Em Mateus 24:14 lemos: “E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, para
testemunho a todas as nações”.
A explicação mais satisfatória desta profecia é que as testemunhas são o Velho
e o Novo Testamentos. É fora de dúvida que eles testificam de Cristo. “São estas [as
Escrituras] que de Mim testificam”. (João 5:39). Assim, na linguagem simbólica do
Apocalipse, os dois castiçais e as duas testemunhas são referências à Palavra de Deus.
Durante 1260 anos, as duas testemunhas estão vestidas de pano de saco, um
símbolo de obscuridade. Nos tempos bíblicos, o pano de saco era uma referência ao luto.
WWW.UNIVERSIDADEESTUDODABIBLIA.COM.BR
30
Por que a Bíblia estava de luto? A Bíblia ficou escondida sob linguagens desconhecidas.
Quem não lesse o hebraico ou o grego não podia ler a Bíblia.
Antes da imprensa, a Bíblia, que era escrita à mão, custava tão caro que somente
os que eram muito ricos podiam tê-la. Uma Bíblia custava mais do que uma fazenda. Os
mestres eruditos das Universidades tinham acesso à Bíblia, mas não as pessoas comuns.
As vestes de pano de saco durante 1260 anos indicam a humilhação a que as
Escrituras foram submetidas naquele grande período de supremacia temporal do papado,
acertadamente chamado Idade Escura.
Apocalipse 11:5 – “Se alguém lhes quiser causar mal, das suas bocas sairá fogo
e devorará os seus inimigos. Se alguém lhes quiser causar mal, importa que assim seja
morto”.
Apocalipse 11:6 – “Estas têm poder para fechar o céu, para que não chova, nos
dias da sua profecia; e têm poder sobre as águas para convertê-las em sangue, e para ferir
a terra com toda a sorte de pragas, quantas vezes quiserem”.
Estas palavras evidenciam o poder das duas testemunhas – Velho e Novo
Testamentos. Todos os seus inimigos, aqueles que pervertem os seus ensinos, serão
consumidos com o fogo devorador que sairá de suas bocas (Malaquias 4:1). Pela Palavra
de Deus, Elias fechou as janelas do céu de maneira que não choveu por três anos e meio.
Pela Palavra do Senhor, Moisés transformou em sangue as águas do Egito. Assim, opor-
se às duas testemunhas é um verdadeiro suicídio.
WWW.UNIVERSIDADEESTUDODABIBLIA.COM.BR
31
Qualquer pessoa que conheça a história sabe que o novo poder, que se levantou
neste período, foi a França revolucionária. Este poder, indicado na profecia, rejeitaria com
violência as Escrituras Sagradas.
Em 10 de Novembro de 1793, Bíblias foram juntadas em Paris, amarradas à
cauda de um jumento e arrastadas pelas ruas da cidade. Quem fosse encontrado com uma
Bíblia em casa era condenado à morte. As ruas de Paris ficaram inundadas de sangue com
a morte de 50 mil pessoas, na noite de 11 de Setembro de 1793.
Apocalipse 11:8 – “E os seus corpos jazerão na praça da grande cidade que,
espiritualmente, se chama Sodoma e Egito, onde o seu Senhor também foi crucificado”.
As duas testemunhas foram mortas pela França revolucionária “nas ruas da
grande cidade”. Não há dúvida de que a grande cidade aludida é Paris. Nesta profecia,
Paris é apresentada espiritualmente como “Sodoma e Egito”.
Nenhum monarca já se aventurou a rebelião mais aberta e arrogante contra Deus
do que o fez o rei do Egito. Foi no Egito que Faraó mostrou o seu ateísmo, dizendo:
“Quem é o Senhor, para que eu obedeça a Sua voz?” (Êxo.5:2). E a licenciosidade de
Sodoma era outra característica marcante de Paris.
Como é possível que Jesus fosse crucificado em Paris? Literalmente, sabemos
que isso não aconteceu. Mas, quando os seguidores de Cristo são perseguidos e mortos,
Ele toma isto como sendo feito diretamente a Ele mesmo. Jesus mesmo dissera: “Em
verdade vos digo que, quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a Mim o
fizestes”.
Para a França crucificar a Jesus em Paris, devia fazer isto na pessoa de Seus
seguidores. Assim foi Jesus crucificado na “grande cidade” da licenciosidade e do ateísmo
nos tempos modernos.
Podemos encontrar ateus em muitos países do mundo, inclusive nos Estados
Unidos, Canadá, nos países da Europa e da América do Sul. Mas foi somente a França,
como nação, que rejeitou a Palavra de Deus e toda a sua população celebrou o evento.
Apocalipse 11:9 – “Homens de vários povos, tribos, línguas e nações verão os
seus corpos mortos por três dias e meio, e não permitirão que sejam sepultados”.
Muitos cristãos de outras nações, não compartilharam dos ímpios sentimentos
dos revolucionários franceses na guerra ateísta contra a Bíblia. Ao contrário, protegeram
suas nações do contágio da pestilenta atitude daqueles ateus sem escrúpulos.
Eles não permitiram que as duas testemunhas fossem sepultadas, embora
estivessem mortas por três anos e meio. Foi realizado um gigantesco esforço por parte
WWW.UNIVERSIDADEESTUDODABIBLIA.COM.BR
32
dos verdadeiros cristãos para exaltação da Bíblia, tanto na França como em todas as
demais nações da Terra.
Apocalipse 11:10 – “Os que habitam na Terra se regozijarão sobre eles e se
alegrarão, e mandarão presentes uns aos outros, porque estes dois profetas tinham
atormentado os que habitam sobre a Terra”.
Temos aqui a alegria dos que odiavam as duas testemunhas que os atormentara
pela reprovação de seus maus atos. Aqueles que estavam contentes com a escuridão.
Conta a história que certa vez uma ajudante doméstica tinha sido chamada à
atenção, pois não fizera um bom serviço na limpeza e arrumação do quarto. Então, ela
replicou: “Quando eu limpei o quarto, estava escuro e não pude ver a sujeira. Foi o Sol
que entrou pela janela que criou o problema”.
A Bíblia era como o Sol, mostrando a imundície na vida das pessoas. É por isso
que muitos não gostavam da luz.
A Revolução Francesa se notabilizou pelo ódio contra o cristianismo e por sua
violência. Durante esse período, aproximadamente 50 pessoas eram decapitadas por dia,
por meio de um aparelho chamado guilhotina.
Apocalipse 11:11 – “Depois daqueles três dias e meio o espírito da vida, vindo
de Deus, entrou neles, e puseram-se de pé, e caiu grande temor sobre os que os viram”.
Em 11 de Novembro de 1793, a Bíblia foi abolida na França por meio de decreto.
Em Novembro de 1796, foi tomada uma resolução dando tolerância à Bíblia. Esta
resolução não foi promulgada até Junho de 1797, cumprindo à risca o período de três anos
e meio.
Apocalipse 11:12 – “Então ouviram uma grande voz do céu, que lhes dizia: Subi
para aqui. E subiram ao céu em uma nuvem, e os seus inimigos os viram”.
A Bíblia foi exaltada e honrada como nunca. Antes de 1804, a Bíblia havia sido
impressa e distribuída em 15 línguas. Hoje, porém, sua mensagem pode ser lida em mais
de 1280 idiomas diferentes. Verdadeiramente as duas testemunhas “subiram ao céu em
uma nuvem”.
Apocalipse 11:13 – “Naquela mesma hora houve um grande terremoto, e caiu a
décima parte da cidade. No terremoto foram mortos sete mil homens, e os demais ficaram
atemorizados, e deram glória ao Deus do céu”.
Este terremoto não é literal, mas simbólico, pois, desde o versículo sete, a
profecia vem tratando da grande catástrofe que caiu sobre o povo francês com aquela
WWW.UNIVERSIDADEESTUDODABIBLIA.COM.BR
33
revolução. O “terror” imposto pela revolução foi, na verdade, o “grande terremoto” moral
que abalou toda a França.
A França era um dos dez reinos representados pelos dez dedos da imagem de
Nabucodonosor, um dos chifres do animal com dez chifres de Daniel (Daniel 7:24) e o
dragão de dez chifres de João (Apocalipse 12:3).
Com arrogância, a França desafiou todas as posições de autoridade, o que
resultou na mais completa anarquia. Seus atos, os quais desonravam a Deus e desafiavam
o Céu, encheram a França de cenas tão sanguinárias, tanta carnificina e horror, que até
mesmo os próprios incrédulos tremeram e ficaram aterrorizados.
Os “remanescentes” que conseguiram escapar dos horrores daquela hora “deram
glória ao Deus do Céu”, não porque quisessem, mas porque o Deus do Céu fez com que
“até a ira humana” O louvasse. Todo o mundo pode ver que os que fazem guerra contra
Deus, cavam suas próprias sepulturas.
Apocalipse 11:14 – “É passado o segundo ai; eis que o terceiro ai cedo virá”.
WWW.UNIVERSIDADEESTUDODABIBLIA.COM.BR
34
e aos que temem o teu nome, a pequenos e a grandes, e o tempo de destruíres os que
destroem a terra.”
Apocalipse 11:19 – “Abriu-se no céu o templo de Deus, e a arca da sua aliança
foi vista no seu santuário. E houve relâmpagos, vozes e trovões, e terremoto e grande
chuva de pedras”.
A SÉTIMA TROMBETA
WWW.UNIVERSIDADEESTUDODABIBLIA.COM.BR
32
CAPÍTULO 5
APOCALIPSE CAPÍTULO 12
Apocalipse 12 revela por meio de símbolos o grande conflito dos séculos travado
entre as forças do bem e as do mal, entre a luz e as trevas, entre a verdade e o erro.
Seu simbolismo claro lembra, em primeiro lugar, a origem do mal para, depois,
tratar da oposição cerrada à igreja de Cristo. O capítulo deixa muito claro que, na era
cristã, os verdadeiros seguidores de Cristo não pertencem à igreja dominante, aliada aos
poderes políticos da Terra; é um povo perseguido, fiel aos 10 Mandamentos de Deus e ao
Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo.
Segundo a ordem estabelecida na visão, a Igreja é apresentada num glorioso
símbolo, revelando sua pureza, divina justiça e seu fundamento profético. O grande
adversário da igreja segue-a numa guerra aberta contra ela, para, se possível, destruí-la.
Usando os poderes apóstatas da era cristã, procura oprimir a igreja numa guerra
sem tréguas, derramando-lhe rios de sangue, porém, sem conseguir fazê-la desaparecer
do mundo.
No fim do capítulo, são apresentadas as duas principais características que
revelam a verdadeira igreja cristã. São elas: a fidelidade aos 10 Mandamentos de Deus e
ao Testemunho de Jesus Cristo.
Apocalipse 1:1 – “Viu-se um grande sinal no céu: uma mulher vestida do sol,
tendo a lua debaixo dos pés, e uma coroa de doze estrelas sobre a sua cabeça”.
Mulher em profecia representa igreja. A igreja de Deus, pura, verdadeira, é
representada por uma mulher virtuosa. Jer.6:2; Isa.54:5-6; Oséias 2:19-20; João 3:29; II
Cor.11:2; Apoc.19:7-8. A igreja apóstata, corrupta, é representada por uma mulher de má
conduta (prostituta). Apoc.17:5; Jer.3:1, 8; Eze.16:26-29; Isa.50:1.
A verdadeira igreja de Cristo tem estado sempre vestida com o “Sol da Justiça”
(Mal.4:2); Cristo é também “a Luz do mundo” (João 8:12; 9:5).
A Lua não tem luz própria; ela é simples refletora da luz solar. Assim é também
com a igreja. Não temos luz de nós mesmos, mas apenas refletimos a glória de Cristo, “o
WWW.UNIVERSIDADEESTUDODABIBLIA.COM.BR
33
Sol da Justiça”. Isto foi revelado de modo claro no antigo santuário hebreu, cujo
cerimonial era apenas “sombra dos bens futuros” (Heb.10:1).
A igreja é aqui representada como estando em pé sobre a Lua, não como
menosprezo ao Velho Testamento, a Moisés e aos profetas, mas tendo-os como
fundamento. O significado aqui é que a igreja foi estabelecida sobre a Palavra de Deus.
A coroa é símbolo de realeza. A igreja é chamada de “sacerdócio real” (I Pe.2:9).
Doze é o número do reino de Deus. Havia doze tribos na igreja do Velho Testamento e
doze é o número de apóstolos da igreja do Novo Testamento. Há doze fundamentos na
Nova Jerusalém, e são doze as portas de entrada para a cidade. Haverá também doze
tronos na igreja triunfante (Mat.19:27-28; Luc.22:28-30).
Apocalipse 12:2 – “Ela estava grávida e gritava com as dores de parto, sofrendo
tormentos para dar à luz”.
Durante 4000 anos a Igreja desejou ver e ouvir o Messias, que era a ânsia da
mulher por dar à luz. “Bem-aventurados”, disse Jesus, foram os discípulos que O viram
e ouviram. “Mas vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou o Seu Filho” (Gal.4:4).
WWW.UNIVERSIDADEESTUDODABIBLIA.COM.BR
34
WWW.UNIVERSIDADEESTUDODABIBLIA.COM.BR
35
para um esconderijo seguro provido por Deus, para que ela pudesse subsistir, tal a ira de
Satanás.
O deserto nos faz lembrar do Israel do Antigo Testamento, quando ele escapou
do Egito. Os israelitas ficaram no deserto por 40 anos, sendo alimentados fisicamente
com o maná (Êxodo 16) e espiritualmente pelos Dez Mandamentos e os ensinamentos de
Moisés.
A idade escura durou de 538 até 1798. Durante esse período, existiu uma grande
igreja mostrando sua autoridade, representada pelas catedrais. Não foi essa a Igreja que
fugiu para o deserto, escondendo-se em cavernas e montanhas. Escondidos nas cavernas
das montanhas, os verdadeiros crentes podiam adorar a Deus de acordo com os ditames
de sua consciência.
WWW.UNIVERSIDADEESTUDODABIBLIA.COM.BR
36
los sob as rodas de um trem, num dia que determinou para assim dar fim deles? Se Deus
fizesse isso, Ele nunca seria Deus.
Os que O acusam disso, deveriam pensar seriamente na responsabilidade que
estão assumindo nesta decisão. Deus não é o autor do mal. Ele é o autor do bem. Aquele
que deu o Seu próprio Filho para salvar a humanidade de perecer não pode ser
considerado autor do mal. No entanto, é certo que o mal existe e os homens aprenderam
a praticá-lo. E com quem aprenderam?
O caráter do mal prova que ele é instigado. Na pista de aeromodelismo, o avião
sem piloto porventura voa por si só? Não, alguém o comanda por controle remoto. Assim
é o mal. Ele não é natural no homem. O homem não foi criado com ele nem para ele.
Como no exemplo do avião, há alguém que está por trás da maldade, inspirando-
a. Se o homem pode dirigir um avião sem tocá-lo com suas mãos, alguém pode dirigi-lo
na prática do mal sem lhe pôr as mãos. Daí o homem executar o mal por alguém
inteligente que, às ocultas, o induz a agir.
A guerra não começou na Terra, mas no Céu. O pecado é um mistério. Ele não
se originou na Terra, mas começou no Céu, quando Lúcifer instigou a rebelião entre os
anjos. Como dirigente da hoste celestial, ele desafiou a soberania de Deus (Isa.14:12-15).
Ele era “cheio de formosura”, perfeito no caráter, “até que se achou iniqüidade”
nele (Eze.28:12-15). Embora fosse o mais honrado de toda a hoste angélica, ele teve
inveja do Criador e, cobiçando-Lhe o trono, começou a semear a discórdia entre os anjos,
provocando assim rebelião.
Apocalipse 12:10 – “Então ouvi uma grande voz no Céu, que dizia: Agora é
chegada a salvação, e a força, e o reino do nosso Deus, e o poder do seu Cristo. Pois já o
acusador de nossos irmãos foi lançado fora, o qual diante do nosso Deus os acusava de
dia e de noite.”
Apocalipse 12:11 – “Eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do
seu testemunho; não amaram as suas vidas até a morte”.
Apocalipse 12:12 – “Pelo que alegrai-vos, ó céus, e vós que neles habitais. Ai
dos que habitam na terra e no mar, porque o diabo desceu a vós, e tem grande ira, sabendo
que pouco tempo lhe resta.”
Estes versículos cumpriram-se inteiramente na crucificação de Jesus. Quando
Jesus foi morto na cruz, Satanás viu que estava desmascarado. Sua administração foi
exposta perante os anjos não caídos e o universo celestial. Revelara-se um homicida.
Derramando o sangue do Filho de Deus, Satanás perdeu a simpatia dos seres celestiais.
WWW.UNIVERSIDADEESTUDODABIBLIA.COM.BR
37
Até a morte de Cristo, Satanás ainda ia às vezes ao Céu. Como vimos acima, sua
intenção era acusar os filhos de Deus que haviam aceitado a salvação em Jesus. Aos anjos
ali no Céu, Satanás acusou Abraão, Jacó, Jó, Moisés e o povo de Deus em geral. A morte
de Cristo, porém, fechou para ele o Céu e ali não pode mais entrar para acusar os servos
de Deus.
Os que habitavam no Céu se alegraram ao ali não ser mais permitido o acesso de
Satanás. Não veriam mais o indesejável pisar os átrios sagrados, para depor contra aqueles
pelos quais o Filho de Deus dera Sua vida na cruz. A justiça de Deus no trato com o
rebelde tinha sido reconhecida.
Mas, “ai dos que habitam na terra e no mar, porque o diabo desceu a vós, e tem
grande ira”. A ira de Satanás contra os habitantes da Terra é uma vingança contra o Filho
de Deus.
Apocalipse 12:13 – “Quando o dragão se viu lançado na terra, perseguiu a
mulher que dera à luz o filho varão”.
Apocalipse 12:14 – “E foram dadas à mulher as duas asas da grande águia, para
que voasse até o deserto, ao seu lugar, onde é sustentada por um tempo, e tempos, e
metade de um tempo, fora da vista da serpente”.
Desesperado por não poder vencer a Jesus na Terra e também por não ter mais
acesso ao Céu, Satanás procura então se vingar na Igreja. Imediatamente, iniciou uma
terrível perseguição contra a Igreja que estava em Jerusalém, empregando para tanto o
próprio povo judeu e o famigerado rei Herodes Antipas. Depois, os imperadores romanos.
Em seguida, após usar Roma-pagã contra a igreja, Satanás usou Roma-papal.
Durante mais de 12 séculos a mulher permaneceu escondida no deserto.
Apocalipse 12:15 – “Então a serpente lançou da sua boca, atrás da mulher, água
como um rio, a fim de fazer com que ela fosse arrebatada pela corrente”.
Água em profecia representa povo (Apoc.17:15). Durante a supremacia papal,
diferentes povos foram usados no esforço de destruir o fiel e verdadeiro povo de Deus.
As páginas da História estão manchadas com o sangue de amargas perseguições e
impiedosos massacres. Mas tudo foi em vão; ao contrário, “o sangue dos mártires é
semente da igreja”.
WWW.UNIVERSIDADEESTUDODABIBLIA.COM.BR
38
O céu se rejubila na vitória dos santos sobre o poder do dragão. “Eles o venceram
pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho” (Apoc.12:11). Mas o profeta
observa que outra tentativa, e mais sutil, é feita para destruir a igreja. O inimigo lança de
sua boca um dilúvio para arrastar a mulher.
Com efeito, um dilúvio de falsos professores, saturados de evolucionismo e
filosofias humanas, tem-se levantado para opor-se à verdade de Deus. Isto tem sido assim
especialmente desde o fim dos 1260 anos.
A água vinha da boca da serpente. O que ele não logrou por meio de exércitos e
das perseguições, busca alcançar por meio de um exército de falsos educadores.
Propaganda mentirosa e a “falsamente chamada ciência” (I Tim.6:20) alcançará o seu
clímax na batalha final contra a verdade.
Apoc.12:16 – “Mas a terra ajudou a mulher, abrindo a sua boca e engolindo o
rio que o dragão lançara de sua boca.”
A terra socorreu a mulher – Se as águas representam densa população, a terra
seria bem o oposto. Áreas relativamente desabitadas foram descobertas, onde os cristãos
encontravam alívio da perseguição. Eles fugiram para os vales montanhosos dos Alpes e
para a América do Norte.
A terra abriu a sua boca – Foi pela boca da serpente que as mentiras originais
foram pronunciadas e, desde então, uma catarata de doutrinas falsas vem saindo da boca
da serpente. Mas a terra engoliu muitas dessas águas através do estudo de arqueólogos e
geólogos.
Arqueólogos forneceram evidências, vindas da terra, que ajudam a estabelecer a
precisão histórica da Bíblia. A geologia fornece evidências, como a ausência de fósseis-
chaves, a presença de inconformidades e a intensa complexidade mesmo das mais simples
formas de vida, que ajudam a expor a falácia do evolucionismo.
Apoc.12:17 – “Então o dragão irou-se contra a mulher, e foi fazer guerra ao
restante de sua descendência, os que guardam os mandamentos de Deus, e mantêm o
testemunho de Jesus.”
A obediência é o teste. O inimigo está irado com aqueles que ainda obedecem a
Deus. Milhões de cristãos têm sofrido como resultado de sua obediência. Se você obedece
a Deus, Satanás atacará de todos os lados.
WWW.UNIVERSIDADEESTUDODABIBLIA.COM.BR
39
WWW.UNIVERSIDADEESTUDODABIBLIA.COM.BR
45
CAPÍTULO 6
APOCALIPSE CAPÍTULO 13
WWW.UNIVERSIDADEESTUDODABIBLIA.COM.BR
46
WWW.UNIVERSIDADEESTUDODABIBLIA.COM.BR
47
Apocalipse 13:3 – “Então vi uma de suas cabeças como golpeada de morte, mas
a sua chaga mortal foi curada. Toda a terra se maravilhou, seguindo a besta”,
Apocalipse 13:4 – “e adoraram o dragão que deu à besta a sua autoridade, e
adoraram a besta, dizendo: Quem é semelhante à besta? Quem poderá batalhar contra
ela?”.
A cabeça que foi ferida de morte era a cabeça do papado. Em 1798, durante a
Revolução Francesa, sob ordens de Napoleão, o papa Pio VI foi preso pelo general
Alexander Berthier.
Em 1929, Benito Mussolini assinou um tratado devolvendo as terras ao Estado
do Vaticano (Tratado de Latrão). Conforme a profecia, estava restaurado o poder
temporal do papado. A ferida mortal de 1798 já estava cicatrizada.
Embora restaurado ao poder temporal em 1929, o papado jamais se conformou
com apenas os 44 hectares que compreendem o Estado do Vaticano. Mas nem mesmo
com a Europa inteira, seu antigo domínio, se conforma o papado. As pretensões vão muito
além. Reza a profecia que o papado almeja o domínio de “toda a Terra”, a totalidade do
globo, todas as nações.
Sentado no trono de um Estado, o menor do mundo, é o papa um soberano
mundial cujos súditos espirituais se encontram em todas as nações da Terra. Assim, já
podemos dizer, em parte, que “toda a terra se maravilhou seguindo a besta”.
Tempo virá, porém, em que a profecia se cumprirá em toda a sua plenitude, e o
poder temporal do papado será exercido em toda a Europa, como fora exercido no
passado, e estender-se-á aos países católicos da América e de outros continentes.
Não podendo receber Satanás uma adoração direta do mundo, recebe-a
indiretamente por intermédio da besta. Satanás não poderia ter empregado idéia mais
enganosa do que esta de receber homenagens de adoração do mundo, através de um poder
denominado cristão. Este é o perigo da adoração da besta “semelhante ao leopardo”.
Adorar um poder que recebeu autoridade do dragão significa cometer grave
pecado contra Deus e o Céu. No entanto, o papado, na pessoa de seus pontífices, não só
pretende adoração como a tem recebido de milhões de adeptos grandes e pequenos.
Todo mundo sabe que o papado, e também seu clero em toda a Terra, exigem e recebem
a adoração que só a Deus e a Seu Filho Jesus Cristo pertencem de direito.
WWW.UNIVERSIDADEESTUDODABIBLIA.COM.BR
48
O papado não é uma democracia nem mesmo no seu Estado. Numa democracia
o soberano é eleito pelo povo de seu Estado, para se tornar governante. Não se dá isto
com o soberano do Vaticano. O papa, em seu Estado, não é eleito pelo povo católico. Este
não comparece às urnas para elevá-lo ao trono. Nenhum católico do mundo, exceto os
cardeais, elege o seu pontífice.
O que o papa estabelece é executado. Ele domina suas consciências. E, quando
no futuro restaurar completamente o seu domínio temporal, e ainda muito mais ampliado,
veremos coisas e leis espantosas demandarem a Terra procedentes do trono de Roma.
Apocalipse 13:5 – “Foi-lhe dada uma boca para proferir arrogâncias e
blasfêmias, e deu-se-lhe autoridade para continuar por quarenta e dois meses”.
Os 42 meses proféticos da dominação temporal do papado equivalem a 1260
anos, que foram contados da derrota dos ostrogodos em Roma (538), até a ferida mortal
da Revolução Francesa (1798).
WWW.UNIVERSIDADEESTUDODABIBLIA.COM.BR
49
Vemos assim que no ano 538 o catolicismo foi estabelecido por Justiniano como
religião oficial do Estado, sendo proibidas todas as outras religiões. O bispo de Roma foi
declarado a cabeça de todas as igrejas. O paganismo cedeu lugar ao papado. O dragão deu
à besta “o seu poder, o seu trono e a sua autoridade”. E começaram então os 1260 anos
da opressão papal.
Apocalipse 13:6 – “E abriu a sua boca em blasfêmias contra Deus, para
blasfemar do seu nome, e do seu tabernáculo e dos que habitam no céu”.
Se as palavras arrogantes da besta atingissem apenas os seus iguais na Terra e os
seres celestiais comuns, isto ainda não seria tão grave. Porém, suas mais ofensivas
palavras são dirigidas “contra Deus, para blasfemar do Seu nome, e do Seu tabernáculo”.
Na verdade, uma blasfêmia só pode mesmo ser dirigida contra Deus. Em
primeiro lugar, diz a profecia que a besta profere blasfêmias contra o nome de Deus. E
quando é que um ser mortal blasfema do nome de Deus?
Nos evangelhos encontramos uma indicação muita clara do que seja blasfemar
contra o nome de Deus. Num dos debates entre Cristo e os judeus, estes Lhe responderam:
“Não Te apedrejamos por alguma obra boa, mas pela blasfêmia; porque, sendo Tu
homem, Te fazes Deus a Ti mesmo.” (João 10:30-33).
A acusação dos judeus contra Jesus era falsa porque Ele realmente era e é Deus.
Mas, quando um homem se intitula Deus e assume as prerrogativas de Deus e os títulos
relativos à divindade, isto constitui verdadeiramente uma blasfêmia.
Há no direito canônico papal uma proposição que estabelece: “O papa romano
não ocupa o lugar de um mero homem, senão o do verdadeiro Deus neste mundo”. ... “O
papa tem tão grande autoridade e poder que pode mesmo modificar, explicar ou
interpretar as leis divinas”.
Quando a igreja de Roma se arroga perdoar pecados de vivos e mortos, em
desacordo com o ritual do templo celestial onde os pecados são perdoados somente pelo
Filho de Deus, isto também é blasfêmia. Esta atitude desmantela a obra mediadora de
Jesus no santuário e significa blasfemar “do Seu tabernáculo”.
Apocalipse 13:7 – “Também foi-lhe permitido fazer guerra aos santos, e vencê-
los. E deu-se-lhe poder sobre toda tribo, língua e nação.”
Aos que o papado perseguiu taxando-os de hereges, a profecia de Deus chama-
os de santos. Logo que se iniciaram os 1260 anos de supremacia temporal do despotismo
papal, os cristãos foram obrigados a optar entre renunciar sua integridade e aceitar as
WWW.UNIVERSIDADEESTUDODABIBLIA.COM.BR
50
cerimônias e cultos estabelecidos pelo papa, ou passar a vida nas masmorras, sofrer a
morte pelos instrumentos de tortura, ou pela fogueira.
Desencadeou-se a perseguição sobre o povo de Deus com maior fúria e o mundo
se tornou um campo de batalha. Durante séculos a igreja de Cristo encontrou refúgio no
isolamento e obscuridade. Diz a profecia: “A mulher fugiu para o deserto, onde já tinha
lugar preparado por Deus, para que ali fosse alimentada por mil duzentos e sessenta
dias”.(Apoc.12:6).
Os governos europeus, os quais se aliaram ao papado e estiverem sob seus pés
por 1260 anos, consentiram e ajudaram-no a massacrar os seus povos em favor de Roma.
Apocalipse 13:8 – “E todos os que habitam sobre a terra a adorarão, esses cujos
nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do
mundo”.
Apocalipse 13:9 – “Se alguém tem ouvidos, ouça”.
Apocalipse 13:10 – “Se alguém deve ir para o cativeiro, para o cativeiro irá. Se
alguém deve ser morto à espada, necessário é que à espada seja morto. Nisto repousa a
perseverança e a fidelidade dos santos”.
Em outras palavras, quem ainda tem consciência, ouça a advertência e abandone
Roma e ponha-se sem temor ao lado da verdade divina.
Quando o papa foi levado prisioneiro por Berthier, estas palavras foram
cumpridas. O papado tinha feito milhões de cativos e aprisionados, e agora ele mesmo
estava indo para o cativeiro. No futuro, uma outra espada predita cairá sobre o mesmo
poder opressor, então para eliminá-lo para sempre do mundo.
Apocalipse 13:11 – “Então vi subir da terra outra besta, e tinha dois chifres
semelhantes aos de um cordeiro, mas falava como dragão”.
A primeira besta, o papado, surgiu do mar, ou seja, de uma região onde havia
muitas nações e povos. Portanto, a segunda besta que subiu “da terra” e não do mar, surgiu
de um território desocupado e deserto. Uma região da Terra onde ainda não havia povos
e nações.
Que poder surgiu de forma pacífica (longe de povos e nações) ao tempo em que
o papado recebeu o golpe mortal dos revolucionários franceses em 1798?
WWW.UNIVERSIDADEESTUDODABIBLIA.COM.BR
51
A Europa, Ásia e África não só eram continentes habitados como sacudidos por
guerras, não preenchendo os requisitos de territórios desertos e pacíficos de onde deveria
surgir a segunda besta desta profecia. Na continuação do estudo deste capítulo vamos
descobrir quem é este poder.
WWW.UNIVERSIDADEESTUDODABIBLIA.COM.BR
52
REFERÊNCIAS
Graciela Érika Rodrigues
WWW.UNIVERSIDADEESTUDODABIBLIA.COM.BR