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Lição 14. Capítulo 11 - Reis em Guerra

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Bíblia Fácil Daniel - Reis em guerra

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Existe um jogo de tabuleiro chamado War em que os participantes


representam as nações que estão em guerra. Ninguém sabe ao certo quem
vencerá. É um jogo de estratégia e sorte. Diferentemente deste jogo, o
capítulo 11 de Daniel não deixa espaço para sorte. Na descrição de eventos
que ainda deveriam ocorrer, o profeta descreve inúmeros conflitos
envolvendo o povo de Deus e seus perseguidores. De maneira precisa Deus
revela o futuro das nações e o estabelecimento de Seu reino eterno.

Aprendendo juntos

1. Quantos reis ainda se levantariam na Pérsia? Daniel 11:2


Visto que Daniel teve esta visão no terceiro ano de Ciro (ver Daniel 10:1), os
três reis que o sucederam no trono da Pérsia foram Cambises (530-522 a. C.),
um usurpador chamado Falso Smerdis ou Gaumata (522 a. C.), que ficou
poucos meses no trono e Dario I (522-486 a. C.). O quarto rei é Xerxes (486-
465 a. C.), muito mais rico do que todos os outros. Ele é identificado como o
rei Assuero, marido da rainha Ester.

2. De acordo com a visão, o que o quarto reino faria contra a Grécia? Daniel
11:3; 8:7

O verso 2 diz que o quarto rei, identificado como Xerxes, empregaria toda sua
riqueza “contra o reino da Grécia”. A península grega era a única área no
Mediterrâneo oriental que não estava sob o domínio Persa. Em 490 a.C.,
Dario, o Grande, predecessor de Xerxes, fora detido em sua tentativa de
subjugar os gregos. A fim de controlar essa importante área do Mediterrâneo,
Xerxes ajuntou o maior exército da História. Heródoto enumera mais de 40
nações que forneceram tropas para o exército Persa. Assim como descrito na
profecia, Xerxes empreendeu “tudo contra o reino da Grécia”, mas foi
vergonhosamente derrotado.

3. Que rei poderoso é mencionado nesta visão e o que a profecia fala a


respeito de sua queda? Daniel 11:3, 4

O "rei poderoso" é Alexandre o Grande, cujo exército conquistou em tempo


relâmpago o vasto território do império persa. A descrição nos lembra de
Daniel 8:7, onde é dito que o carneiro (Medo-Pérsia) sofreu uma derrota
vergonhosa diante do bode (Grécia). Contudo, no auge do seu poder o reino
de Alexandre foi quebrado e dividido entre seus generais. A profecia
especificava que seu reino não seria para a sua posteridade.

Queda e sucessão do império grego


Alexandre, o Grande, alcançou o auge de sua carreira com a idade de 32 anos,
mas depois de passar dois dias bebendo sem limites, foi acometido por uma
febre e morreu em 323 a. C. Alexandre foi sucedido por seu filho, nascido
logo após sua morte e seu meio-irmão demente Filipe. Ninguém de sua
família imediata era capaz de manter unidos os territórios que ele havia
conquistado. Os generais de Alexandre assassinaram seu filho e o irmão,
dividindo o reino entre si. Conforme Daniel 10:4, o império grego foi dividido
em quatro partes (quatro ventos), sucedido por seus generais e não por um
descendente, pois sua família já tinha sido extinta.

4. Conforme a visão, que generais ou “reis” recebem destaque entre os


demais? Daniel 11:5

O império de Alexandre foi divido entre quatro sucessores, mas não demorou
muito para que esses quatro fossem reduzidos a dois. As expressões "Rei do
Sul" e "Rei do Norte" aparecem com frequência neste capítulo de Daniel e
não há dúvida de que “o reino do sul” é o Egito, governado pelos Ptolomeus,
ao passo que “reino do norte” é a Síria, governada pelos Selêucidas. Qual
seria a razão da profecia dedicar uma atenção especial a essas duas divisões
do império de Alexandre? Pela simples razão de que um e depois o outro
controlaram o território de Israel. Do ponto de vista da História da redenção
os acontecimentos políticos adquirem significado no momento em que têm
relação com o povo de Deus.
5. O que fariam estes dois reinos para promoverem a paz entre si? Daniel
11:6

O Rei do Egito, Ptolomeu II, e o rei Antíoco II, da Síria, tentaram estabelecer
paz entre seus respectivos países, através de um casamento. Antíoco II
deveria se casar com Berenice, filha de Ptolomeu II, mas teve que divorciar-se
de sua esposa Laodice. Esta tentativa de cimentar as relações entre o Egito e
a Síria não teve êxito. Depois que seu sogro (o rei Ptolomeu) morreu, ele se
divorciou de Berenice e retomou Laodice como sua esposa. Ela conseguiu
fazer envenenar Berenice e seu filho, garantindo deste modo que seu próprio
filho Seleuco II, subisse ao trono da Síria. Há algo extraordinário nisso tudo: a
Bíblia predisse esses acontecimentos com detalhes, 300 anos antes de
ocorrerem! Isso nos diz algo sobre Deus. Ele conhece todas as coisas e conduz
o rumo da história em direção ao evento mais esperado – Seu retorno
glorioso.

Vimos até aqui que a profecia do capítulo 11 começa com a descrição dos reis
persas e continua com Alexandre, o Grande. Em seguida o esboço profético
muda para os selêucidas e ptolomeus, generais de Alexandre, que se
desenvolvem a partir da desintegração do seu império. Daniel 10, 11 e 12
apresentam um alargamento progressivo dos temas tratados nas profecias
anteriores, não mais a partir de Babilônia, mas passa rapidamente pelo
declínio e queda do império Medo-Persa, ascensão e queda do império
grego. Em seguida focaliza sua atenção sobre Roma pagã e papal,
representados pelas pernas e pés da estátua do capítulo 2, pelo “animal
terrível e espantoso” do capítulo 7 e “chifre pequeno” dos capítulos 7 e 8.

6. Como podemos ter certeza de que os versos 21 em diante se referem à


Roma Pagã e Papal? Daniel 11:21, 22, 28, 31, 33, 36

As mesmas ações do chifre pequeno registradas nos capítulos 7 e 8 são


reproduzidas com maiores detalhes neste capítulo. Segundo Daniel 11:22 “o
rei do norte” deveria quebrantar “o príncipe da aliança”. O termo hebraico
usado para “príncipe” nesse versículo é Nagid e esta mesma palavra ocorre
apenas mais uma vez no livro de Daniel (9:25-27). Como já estudado, esta
passagem de Daniel 9, que explica a visão do capítulo 8, menciona um nagid-
príncipe que faria uma firme aliança com muitos. Este nagid-príncipe seria
morto. Portanto o nagid que seria “quebrantado” no capítulo 11 deve ser
identificado com o mesmo nagid-príncipe do capítulo 9, ou seja, Jesus. Tanto
a morte de Cristo como a destruição de Jerusalém ocorreu durante o domínio
do império Romano na fase pagã. Assim, podemos interpretar com segurança
que o “poder” referido nos versos 21 em diante se refere tanto a Roma Pagã
como a Papal.

7. Que faria este “homem vil” contra o santuário? Daniel 11:31 {Mateus
24:15}

Conforme já estudamos, o “chifre pequeno” profanaria o santuário, retirando


o tamid ou “o diário, contínuo” (ver lição 10). Os serviços diários e o serviço
anual do santuário tipificavam, correspondentemente, o sacrifício todo
suficiente de Jesus Cristo e Seu ministério Sumo Sacerdotal no Santuário
Celestial. O “chifre pequeno” estabeleceu um sistema sacerdotal paralelo ao
de Cristo como a confissão auricular e o sacrifício da missa em lugar da obra
mediadora de Cristo como nosso Sumo-Sacerdote nas cortes celestiais.
{Lembrando que Comparando Daniel 11:31 com Mateus 24:15 Jesus fala sobre a
abominação desoladora que tiraria o sacrifício diário. Nesta questão, percebe-se
que está se referindo a forma como Roma perverteu o Santuário, onde se fazia o
Sacrifício simbolizando Cristo, e agora não se confessa mais o pecado e mata o
cordeiro como derramamento de sangue pelo pecado, porém como confissão de
pecados a um sacerdote terrestre e humano como a confissão auricular. Fazendo
assim, Satanás, tira a atenção do Santuário que imita a Cristo, e após Sua morte,
não nos leva a Cristo, mas usurpa o Seu lugar com práticas pagãs e abomináveis. -
Obs de Queile. Vide próxima questão}

8. O que mais este poder faria contra os santos do Altíssimo? Daniel 11:33;
12:7; 7:25
O profeta viu que o verdadeiro povo de Deus, que sempre esteve
determinado a contar aos outros sobre a gloriosa verdade do evangelho,
enfrentaria perseguições e dificuldades impostas por Roma. Esta igreja
apóstata utilizaria a força, a tortura e a inquisição para eliminar qualquer um
que ensinasse de maneira diferente o que ela ensinava.

9. Que fim sucederia a este poder perseguidor do povo de Deus? Daniel


11:45

Finalmente o povo de Deus será liberto e triunfará com Cristo. Deus é justo.
Ele conhece todas as coisas, vê o futuro e sabe o que você está sentindo. Ele
conhece a sua dor quando tem que se despedir de um ente querido ao lado
de sua sepultura. Ele conhece a sua solidão quando você se sente rejeitado
ou abandonado. Mas se você permitir, Ele lhe confortará e lhe dará a certeza
de que tudo culminará para o grande e mais esperado de todos os
acontecimentos – a volta gloriosa de nosso Senhor Jesus Cristo.

Avaliação: Responda as perguntas abaixo:

01 - Quantos reis ainda se levantariam na Pérsia? Daniel 11:2

2
6
R.: 3
4

02 - De acordo com a visão, o que o quarto reino faria contra a Grécia?


Daniel 11:2,3; 8:7

Faria aliança com a Grécia.


R.: Empregaria toda a sua riqueza contra o reino da Grécia.
Enviaria tropas aliadas para ajudar a Grécia em suas batalhas.
Nenhuma das alternativas.

03 - Que rei poderoso é mencionado nesta visão e o que a profecia fala a


respeito de sua queda? Daniel 11:3, 4

Xerxes.
R.: O rei grego Alexandre, o Grande.
Artaxerxes.
Nabucodonosor.

04 - Conforme a visão, que generais ou “reis” recebem destaque entre os


demais? Daniel 11:5

R.: Rei do Norte (Síria – Selêucidas) e rei do Sul (Egito - Ptolomeus).


Reis da Grécia.
Reis europeus.
Nenhuma das alternativas.

05 - O que fariam estes dois reinos para promoverem a paz entre si? Daniel
11:6

Tratados econômicos.
Unificação monetária.
R.: Aliança mediante casamento.
Nenhuma das alternativas.

06 - Como podemos ter certeza de que os versos 21 em diante se referem à


Roma pagã e papal? Daniel 11:21, 22, 28, 31, 33, 36

Não podemos afirmar isso.


Os versos referem-se ao poder dos Estados Unidos, não a Roma.
Os versos não se referem a Roma, mas sim, à Grécia.
R.: Porque as mesmas ações do chifre pequeno registradas nos
capítulos 7 e 8 aparecem no capítulo 11, agora com mais detalhes.

07 - Que faria este “homem vil” contra o santuário? Daniel 11:31

Manteria o sacrifício diário no santuário.


Exaltaria o ministério de Cristo.
R.: Profanaria o santuário e tiraria o sacrifício diário.
Nenhuma das alternativas.

08 - O que mais este poder faria contra os santos do Altíssimo? Daniel


11:33; 12:7; 7:25

Usaria a espada contra os santos do Altíssimo.


Perseguiria os filhos de Deus.
Levaria cativos os fiéis cristãos.
R.: Todas as repostas estão corretas.

09 - Que fim sucederia a este poder perseguidor do povo de Deus? Daniel


11:45

R.: Chegará o seu fim, e não haverá quem o socorra.


Sairia vencedor diante de todos os desafios.
Não seria desamparado.
Nenhuma das alternativas.

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