Integral de Funções Vetoriais

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Integral de funções vetoriais.

Assim como ocorre com os limites e as derivadas de funções vetoriais, as integrais também são
calculadas de forma similar às integrais de funções escalares.
A integral indefinida da função vetorial 𝑟⃗(𝑡) é dada por:

⃗⃗(𝒕) 𝒅𝒕 = ⃗𝑹
∫𝒓 ⃗⃗(𝒕) + 𝑪

em que 𝑅⃗⃗(𝑡) é uma primitiva de 𝑟⃗(𝑡) e C é a constante de integração.


Podemos, portanto, concluir que a integral indefinida da função vetorial

⃗⃗(𝒕) 𝒅𝒕 = ∫ 𝒙(𝒕) 𝒅𝒕 𝒊⃗ + ∫ 𝒚(𝒕) 𝒅𝒕 𝒋⃗ + ∫ 𝒛(𝒕) 𝒅𝒕 ⃗𝒌⃗


∫𝒓

Isso mostra que podemos calcular a integral da função vetorial integrando cada uma de suas
componentes.
Podemos estender o Teorema Fundamental do Cálculo para as funções vetoriais contínuas como
segue:

⃗⃗(𝒕) 𝒅𝒕 = 𝑹(𝒕)|𝒃𝒂 = 𝑹(𝒃) − 𝑹(𝒂)


∫𝒓

onde R é uma primitiva de r, ou seja, 𝑅′ (𝑡) = 𝑟⃗(𝑡) . Usaremos a notação para as integrais indefinidas
(primitivas).
Como as regras elementares de integração serão necessárias para determinar as integrais de
funções vetoriais (e mais adiante de funções de mais que uma variável), elas serão apresentadas a
seguir.

Regras elementares de integração (revisão)


Considere a, n, k e C constantes, com a > 0.
i. ∫ 𝑘 𝑑𝑥 = 𝑘𝑥 + 𝐶
𝑥 𝑛+1
ii. ∫ 𝑥 𝑛 𝑑𝑥 = 𝑛+1
+ 𝐶, ∀𝑛 ∈ ℝ, 𝑛 ≠ −1
iii. ∫ 𝑠𝑒𝑛 𝑥 𝑑𝑥 = − cos 𝑥 + 𝐶
iv. ∫ 𝑐𝑜𝑠 𝑥 𝑑𝑥 = 𝑠𝑒𝑛 𝑥 + 𝐶
v. ∫ 𝑠𝑒𝑐² 𝑥 𝑑𝑥 = 𝑡𝑔 𝑥
vi. ∫ 𝑐𝑜𝑠𝑠𝑒𝑐 2 𝑥 𝑑𝑥 = −𝑐𝑜𝑡𝑔 𝑥 + 𝐶
vii. ∫ 𝑐𝑜𝑠𝑠𝑒𝑐 𝑥 . 𝑐𝑜𝑡𝑔 𝑥 𝑑𝑥 = −𝑐𝑜𝑠𝑠𝑒𝑐 𝑥 + 𝐶
viii. ∫ 𝑠𝑒𝑐 𝑥 . 𝑡𝑔 𝑥 𝑑𝑥 = sec 𝑥 + 𝐶
1
ix. ∫ 1+𝑥 2 𝑑𝑥 = −𝑐𝑜𝑡𝑔 𝑥 + 𝐶
1
x. ∫ √1−𝑥 2 𝑑𝑥 = 𝑎𝑟𝑐 𝑠𝑒𝑛 𝑥 + 𝐶 = −𝑎𝑟𝑐 cos 𝑥 + 𝐶
1
xi. ∫ 1+𝑥 2 𝑑𝑥 = −𝑎𝑟𝑐 𝑐𝑜𝑠 𝑥 + 𝐶
1
xii. ∫ |𝑥|√1−𝑥 2 𝑑𝑥 = 𝑎𝑟𝑐 𝑠𝑒𝑐 𝑥 + 𝐶 = −𝑎𝑟𝑐 𝑐𝑜𝑠𝑠𝑒𝑐 𝑥 + 𝐶
1
xiii. ∫ 𝑥.ln 𝑎 𝑑𝑥 = log 𝑎 |𝑥| + 𝐶
xiv. ∫ 𝑎 𝑥 . ln 𝑎 𝑑𝑥 = 𝑎 𝑥 + 𝐶
xv. ∫ 𝑒 𝑥 𝑑𝑥 = 𝑒 𝑥 + 𝐶
xvi. ∫ 𝑎 𝑥 . ln 𝑎 𝑑𝑥 = 𝑎 𝑥 + 𝐶
1
xvii. ∫ 𝑥 𝑑𝑥 = ln |𝑥| + 𝐶
Exemplos:

1) Determine a integral indefinida da função 𝑟⃗(𝑡) = (𝑡 2 − 1)𝑖⃗ + (2𝑡 + 1)𝑗⃗ + (cos 𝑡)𝑘⃗⃗:

∫ 𝑟⃗(𝑡) 𝑑𝑡 = (∫(𝑡 2 − 1) 𝑑𝑡) 𝑖⃗ + (∫(2𝑡 + 1) 𝑑𝑡) 𝑗⃗ + (∫ cos 𝑡 𝑑𝑡) 𝑘⃗⃗

𝑡³
=( − 𝑡 + 𝐶1 ) 𝑖⃗ + (𝑡 2 + 𝑡 + 𝐶2 )𝑗⃗ + (𝑠𝑒𝑛 𝑡 + 𝐶3 )𝑘⃗⃗
3

Tomando 𝐶 = 𝐶1 𝑖⃗ + 𝐶2 𝑗⃗ + 𝐶3 𝑘⃗⃗ , podemos, então, concluir que:


𝑡³
∫ 𝑟⃗(𝑡) 𝑑𝑡 = ( − 𝑡) 𝑖⃗ + (𝑡 2 + 𝑡)𝑗⃗ + (𝑠𝑒𝑛 𝑡)𝑘⃗⃗ + 𝐶
3
onde C é o vetor constante de integração. Agora, vamos calcular o valor de sua integral definida de
𝑡 = 0 a 𝑡 = 𝜋:
Temos:
𝜋 𝜋 𝑓 𝜋
∫ 𝑟⃗(𝑡) 𝑑𝑡 = (∫ (𝑡 2 − 1) 𝑑𝑡) 𝑖⃗ + (∫ (2𝑡 + 1) 𝑑𝑡) 𝑗⃗ + (∫ cos 𝑡 𝑑𝑡) 𝑘⃗⃗
0 0 0 0
𝜋
𝑡3
= [ − 𝑡] 𝑖⃗ + [𝑡 2 + 𝑡]𝜋0 𝑗⃗ + [𝑠𝑒𝑛 𝑡]𝜋0 𝑘⃗⃗
3 0

𝜋 3 − 3𝜋
[ ] 𝑖⃗ + (𝜋 2 + 𝜋)𝑗⃗ + 0𝑘⃗⃗
3

2) Se 𝑟⃗(𝑡) = 2 cos 𝑡 𝑖⃗ + 𝑠𝑒𝑛 𝑡 𝑗⃗ + 2𝑡 𝑘⃗⃗ , então:

∫ 𝑟⃗(𝑡) 𝑑𝑡 = (∫ 2𝑐𝑜𝑠 𝑡 𝑑𝑡) 𝑖⃗ + (∫ 𝑠𝑒𝑛 𝑡 𝑑𝑡) 𝑗⃗ + (∫ 2𝑡 𝑑𝑡) 𝑘⃗⃗

= 2 𝑠𝑒𝑛 𝑡 𝑖⃗ − cos 𝑡⃗⃗𝑗 + 𝑡 2 𝑘⃗⃗ + 𝐶


onde C é o vetor constante de integração. Agora, vamos calcular o valor de sua integral definida de
𝜋
𝑡=0a𝑡=
2
𝜋⁄ 𝜋⁄
2 2 𝜋²
∫ 𝑟⃗(𝑡) 𝑑𝑡 = [2 𝑠𝑒𝑛 𝑡 𝑖⃗ − cos 𝑡⃗⃗𝑗 + 𝑡 2 𝑘⃗⃗]0 = 2𝑖⃗ + 𝑗⃗ + 𝑘⃗⃗
𝑜 4
EXERCÍCIOS
Calcule as integrais indicadas a seguir:
2
a) ∫0 (𝑡𝑖⃗ − 𝑡 3 𝑗⃗ + 3𝑡 5 𝑘⃗⃗)𝑑𝑡
1 4 2𝑡
b) ∫0 ( 𝑗⃗ + 𝑘⃗⃗)
1+𝑖² 1+𝑡²
⁄𝜋
c) ∫0 2(3𝑠𝑒𝑛2 𝑡 . 𝑐𝑜𝑠 𝑡𝑖⃗ + 3𝑠𝑒𝑛 𝑡 . 𝑐𝑜𝑠 2 𝑡𝑗⃗ + 2𝑠𝑒𝑛 𝑡 . cos 𝑡 𝑘⃗⃗)𝑑𝑡
2
d) ∫1 (𝑡²𝑖⃗ − 𝑡. √𝑡 − 1𝑗⃗ + 𝑡. 𝑠𝑒𝑛 𝜋𝑡 𝑘⃗⃗)𝑑𝑡
e) ∫(𝑒 𝑡 𝑖⃗ + 2𝑡𝑗⃗ + ln 𝑡𝑘⃗⃗)𝑑𝑡
f) ∫ (cos 𝜋 𝑡 𝑖⃗ + 𝑠𝑒𝑛 𝜋 𝑡 𝑗⃗ + t 𝑘⃗⃗)𝑑𝑡

REFERÊNCIAS:
1. Brochi, André. Cálculo Diferencial e Integral II. Rio de Janeiro; SESES, 2015. Estácio.
2. Guidorizzi, Luiz Hamilton. Um curso de Cálculo. 5ª ed. São Paulo. LTC.
3. Stewart, James. Cálculo, volume 2 / James Stewart ; tradução. EZ2 Translate. - São Paulo :
Cengage Learning, 2013.

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