Monsenhor Silveira: o Fundador Da Imprensa de Sergipe (Sebrão Sobrinho, 1947)
Monsenhor Silveira: o Fundador Da Imprensa de Sergipe (Sebrão Sobrinho, 1947)
Monsenhor Silveira: o Fundador Da Imprensa de Sergipe (Sebrão Sobrinho, 1947)
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ARACAJU
1947
I - ---J
SEIRÃO, SOBRINHO
MONSENHOR SILVEIRA
O FUNDADOR DA IMPRENSA
DE SERGIPE
(Conferência pronunciada em à noite �
31 da agôsto da 1946, dia do aniversário
da fundação da Associação Sel"gipana de
Imprênsa, pelo orador da mesma, em ses
são do Instituto Histórico e Geográfico de
Sergipe, por ocasião do oferecimento do
retrato do notável sergipano a essa en-
tidade Por aquela instituição).
(a) Eliéser Leopoldino
v J
•
O
BIBUTECA
�
Ao I!ust:-e Con::-ade
o AUTOR
\
PREÂMBULO
Z6zimo Lima
'
Exmo. Sr. Representante de Sua Excelência o Sr. Interventor
Federal no Estado,
Exmo Sr Presidente do Instituto da Ordem dos Advogados
do Estado;
E-xmo C:.r Pre::identc. do Instituto Histórico e Geográfico de
...,erg1pe;
.t:.:xmc �r Pre�idente eventual da Associação Sergipana de
Imprcn:::,<1,
Exmo -r. R t'. pt t:..,tntante <.k Sua Excelência o �r. Secn::Lário
Geral �t Eqado:
Exm<. 1 Pre�idente da Liga Sergipana Contra o Analfabe-
tismo.
Exma� ""-enhôras e Senhorinhas;
Ilustre!: Cunfradr:s do Instituto Histórico e da Imprensa:
'
Eliéser Leopoldino vencerá seu sonho. que é o de todo� nó,.
Dia de nosso genetlíaco, parabenizamo-nos à sombra da figura
nobre, simpática. atraente, bondosa, ingênua, bairrística, patriótica.
humana, de nosso patrono, como fundador da Imprensa em Sergipe,
o l\.1onsenhor Antônio Fernandes da Silveira, cuja verônica, num
tributo de veneração e respeito, nossa modesta sociedade oferece.
-agora, ao Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, cativa de
sua hospitalidade, para que o amure em suas galerias, passando a
figurar entre os dos super-homens nossos maiores, aos quais ren
demos profundo tributo de eterna gratidão pelo que fizeram para o
bem estar que desfrutamos.
*
• •
Permiti, seleto auditório, que meu coração, já sol que se cre
puscula a occidar-se, estertorante, por trás da montanha de minha
inútil vitalidade, insatisfeita por sua inadaptação à Ordem, - har
monia universal - , e pelo, pois, insensato suicídio por sua incon
veniente altivez, com a fatalidade determinista de un1 �ieneceu
a matar-se em sacrifício heroico; consenti-o, senhores, se genuflexe
no esteiro negro da própria sombra, em seu claro-escuro espiritual.
lusco-fusco de sabenças ilunes, resultantes de educação autodidata,
para, convosco, comungar na cívica evocação aos manes augustos
de nossos avoengos, neste templo de J ano, onde a experiência do
Passado se alia à conveniência do Futuro, onde se consorciam a
Histórja e o Pensamento.
15
•
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·- 39 -
200. foi extinto a 28 de abril de 1855, durando, só, oito anos in
completos, muito menos que o 1. 0, que só desapareceu em conse
quências das lutas de Santo Amaro, resulta de sua invenção, -
do ilustre Cônego Silveira, a terrivel Fraude eleitoral! ...
Senhores, nesta terra de errados Centenários, tenhamos todos,
os que reahnente investigamos o passado, a coragem de afirmar
de uma vez, já que a História, entre nós, é motivo de tombeirices,
de adulações!
O segundo Liceu de Sergipe só foi criado, oficialmente, a 31
de julho de 1847, pois que só nesse dia é que, por vontade do poder
legislativo. teve tal finalidade e a Lei, que o instituiu, não deixa
a menor dúvida a ninguêm, pois que, só nesse dia, José Francisco
de 1feneses Sobral, Cônego Honorário com assento na Capela
Imperial, Vigário Geral, Oficial da Ordem da Rosa, Cavaleiro da
de Cristo, Deputado à assemblea Legislativa Provincial e Vice-Pre
sidente, em exercício, da Província, sancionou a Lei núm. 200, de
cretada pela aludida Assemblea, que dizia expressamente:
"Haverá nesta Capital um Liceu", etc. e o Dr. Cândido Au
gusto Pereira Franco: em sua Compilação das Leis de Sergipe de
1835 e 1880, bacharel de verdade, por sua ilustração jurídica, disse,
ao anotar essa Lei, abaixo da epigrafe "Liceu,,:
"Autorisa a organizar um Liceu" ...
Se não havia organização, claro é que êle, oficialmente, não
existia.
1fandado organizar pela Lei número 165, de 21 de março de
1846, o Presidente da ProYíncia, que a sancionou, Comendador
Bacharel Antônio Joaquim Alves do Amaral, não quis faze-lo. Po
rém, sendo êle substituido pelo Presidente Bacharel José Ferreira
Souto, que tomou posse a 30 de oitubro (1846), êsse, valendo-se da
Lei citada, alugou, por 16$000, as antigas salas do 1 .0 Liceu, no Con
vento do Carmo, e, absurdamente, sem aprovação legal nem au
torização para faze-lo, elaborou um programa, juntou algumas
c;ideiras e. a 15 de março, inaugurou o 2° . Liceu da Província, dan
do a Diretoria do mesmo ao lente de Latim padre José Roberto
-
-40-
de Oliveira, e a secretaria ao de Filosofia, padre José Gonçahres
Barroso.
O lente de Retórica, Olímpio Fiuza Munis Barreto, deitou
discurso e o Correio Sergipense, ano X, número 21, de 17, deu
breve notícia da abertura do Liceu, isto é, da segunda fracassada
centralização do Ensino Secundário em Sergipe, que era antiga,
velha !
Verdadeiramente, só depois é que o Presidente Souto enviou
o Programa impresso ao diretor do 2.0 Liceu e êsse acusou o
recebimento de seis exemplares, a 30 de março.
Entretanto, a Assemblea Provincial não se conformou com
essa arbitrariedade, com essa expressão de fôrça do Dr. Souto e
tanto que êsse tendo deixado a administração a 3 de julho ( 1847),
assumindo-a o vice-presidente Cônego Sobral: ela, a mesma As
semblea, procurou normalizar a situação ilegal do Liceu e assim
é que êsse, oficialmente, foi instituído a 31 de julho (1847), ins
tituição da tentativa, pela 2.ª vez, da fracassada centralização do
Ensino Secundário em Sergipe, pois que tais Aulas Maiores já
existiam antes do 1. 0 Liceu, quanto mais em 1847, que não é crivel
.
seja levado a sério para festejar-se um centenário de instituição de
Curso Secundário em nossa terra, o que, em 1847, seria muito
triste para a memória de nossos ilustres e dignos antepassados,
merecedores de outro juízo, de outro conceito cultural, se inocente
e para exibições pirotécnicas não fosse a inventiva diminuidora a
nosso lustre intelectual. Digamos os rebuscadores de uma vez :
O 2.0 Liceu, carunchoso, caiu de podre, não merecia crédito muito
antes de 1855.
Matou-o a superioridade de Estância e de Laranjeiras e só
em 1862 se falou na econômica centralização do Ensino Secundário
com Liceu Gratuito ...
E os colégios privados, como, então, se deno1ninavan1 ao�
particulares, de Curso Secundário, principalmente em San-Cristo
vam, Laranjeiras e Estância?
Porque não esteja, aqui, a fazer a História do Ensino em Ser-
- 41 -
pêndulo, em ida=> e
seus antepassados, distrair os ócios como um
debruado no or
venidas, sem residência certa, fechado em copas,
ºO'ulho concro ênito de seu subconscient e esperto em letargias, inte -
.
mentos,
ressantes, merecedoras do estudo de um psicanalista de
A.S.I.
impossivel a um leigo e obscuro, como o presente orador da
a,
Mais uma vez, meus senhores, desculpai a divagação ... latin
de
própria da ênfase de nós, latinos, diria, com graça, nosso José
Patrocínio.
Eis outra dele
Em 1838, pela Lei núm. 10, de 7 de março, foi criado para os
meninos órfãos, só, o "Collegio de Artes Mecânicas", que também
funcionava no Carmo, em salão vizinho aos das "Escolas de Hu
manidades", - eufemismo com que a lei substituiu o nome Liceu.
Sendo êle extinto no ano seguinte, conseguiu Silveira restau
ra-lo em 1840, pela Lei núm. 10, de 7 de março, dando-lhe maior
amplitude, escolhendo-lhe para sede o prédio colateral do templo
da Misericórdia.
Aumentou tanto as obrigações do Colégio que êsse se akan
forou ! ...
Nesse mesmo ano de 1838, obteve o Cônego Silveira assassi
I nar a primeira Escola Normal que teve Sergipe, a qual foi criada
pela Lei núm. 15, de 20 de março dêsse ano.
Se não teve efeito prático, devemo-lo a êle, Cônego Silveira, o
qual era levado por seu bom coração, quando protegia em nome do
Estado e nunca de sua fazenda particular ... Para tanto. teve a
complacência um pouco desinteressada de seu chefe, primo e ami
go, o Comendador Bôto.
Ao contrário do que pensou o benemérito Dr · CaA n d'd
.
. .
s
Pere1ra Franco, compilador apressado das Leis de erg1pe d e ·
1 o A ugust o
1 83 5
• •
a 1 880 (....? ), teve vigor, sim! Se assim na-0 f"ora. nao- estaria
.
adedentro figurando na Coleção respectiva !
O pistolão tem sido a desgraça do Brasil · É a sau• va
matreira
que degrada os departamentos administrativos, cim
entando, dia
'
-43-
Padre Bastos, agora "por conta dos vinte contos de reí5. que por
Ordem do Thcsouro tem essa Província de fornecer-no� pêlo .:.U
primento que a Assemblea Geral se dignou dar a esta Pro\TÍncia n .
Recebido dos cobres, voou a ave de arribação para o Rio e em 1841,
dois anos depois, findo o prazo estipulado de seu Curso de Aper-
, feiçoamento - o Curso de Aperfeiçoamento de Sergipe, no Dis
trito Federal, é, com honrosas excessões, u'a manicaca secular!-,
ao invés de retornar para fazer funcionar a Escola Normal, se dei
xou ficar, deslumbrado com as festas da Maioridade e, depois, com
as da Coroação e, após gozar tanto, faleceu um ano depois, em
1842, indigestado, de-certo, do entusiasmo cívico da Côrte.
Desprestigiado pelo primo Bôto, que estava outra Yez na ad
ministração e, dessa, como presidente, resolveu o Monsenhor Sil
Yeira voltar a Sergipe e juntando os parcos bens do protegido de
funto.um escravo e três baús de roupas velhas1 foi para Estância.
de onde fez saber ao parente o que tinha em seu poder para indeni
zar a ProYÍncia, da qual, entretanto, aliás haver sido o protetor e fia
dor do finado, cobrava a despêsa do transporte do miserá\'el e
irrisório espólio, cuja conta enviara com toda minudênciosidade
de um contador de Sacristia.
Era um batuta o Monsenhor Silveira ! ...
E Bôto, que lhe dera espáduas, despercebido do gesto burguez
e azinhavrado do primo, oficiou, como resposta, a 14 de julho de
1842, ao Juiz dos Feitos da Fazenda Pública, Dr. Francisco Alves
de Brito, Primo afim de ambos:
"Havendo fallecido o Pe. Pedro Ant0 • de Bastos, devedor
a Fazenda Publica da qtia. de um conto e dusentos mil rs., e tendo
apenas deixado um Escravo e tres Baús com facto ja usado, que
hoje se achão na Estância em mão do Senhor Monsenhor Antonio
Fz. da Silveira, que dignou-se traser do Rio de Janeiro, como
consta tudo dos Documentos juntos, cumpre q. Vmcc. faça em
bargar o dito escr0 . e baús, pª . pios. tramites legais indcmnisar-se
a Fasda., bem como ao mmo. Monsenhor de 50$800 que despen
deo com o transporte d'estes objetos".
-46-
•
- 50 --
•
- 51 -
"Quem se julgar livre de culpa, atire-lh
. e a primeira pedra",
repito as palavras con1pree11sivas de extrema ben
emerência do DiYi
no Mestre contra os fariseus, que queriam apedrejar Adú
a ltera e me
lembro da freira Joana de la Cruz, grande poetisa mex
icana do
Século XVII, que se tinha razão em· reprochar aos que
compra
vam um a1nor para vício, nada disse, porém, quanto aos que, como
nosso ho1nenageado, amam porque são feitos de carne e não de ferro
,
co1no se defendia o Bossu@t brasileiro, o mimoso poeta franciscano
Frei Santa Rita Bastos.
Perguntava a angelical Espôsa de Jesus:
- 52-
..
- 53
*
* •
Seleto auditório
Humano, caketa de Deus, nosso homenageado, sejam quais
fossem seus erros, se êrro se pode chamar àquilo que se nos afi
gure como tal. aliás compensados pelo contrário, que chamamos
acêrtos, isto é, virtudes, foi um sergipano de demarcado valor, um
brasileiro notável que honrou. sobremodo, a Sergipe e, afnda hoje,
como fundador da Imprensa na Província, principalmente, iverece
nossa entusiástica homenagem.
O Destino, - reza o Corão, a biblia maometana -, é unt pás
pro invizível, preso a nosso pescoço ...
•
-63-
Avé, EJtância!
arr
1a a e pr 1e 1d I t
arquitetou templo crtdio.
mar o de t\ 1hza o,
aum ,,bado fchz, dczcno" e de ,unho,
mil 1eiacento1 e trinta e dois, - 4a H I i o ,�-�.i.U:iü
cloaado-a l No11a Senhora, a pátria, Sanu 1mad:a
edrou, 1oberbamcntc, o mágico roul.
IIU tolo erudiu o primeiro Jornal. -
- celeiro de talentos
e, cm todos o intentos,
ela Cultura, atravéa, da Indústria e do Com&cio,
releva, alto, a Sergipe e o faz sem petulioaa,
num trabalho eficaz, de intehgcncs.a c.irrcc:o.
pr6prio do povo bom da rutilant� � tin aa
-69-
Vila Constitucional,
espírito liberal,
sacerdotisa da Lei, impassível, fria,
foste, entre nós, fanai da Democracia ·1119
e ultrapassaste além das peugadas patriotas,
nas lindes triunfais de Santo Amaro das Brotas ! ...
Cidade, na Província, eras extraordinária
aos beijos com Atenea, a Palas Laranjeiras ! .. .
Castelã sergipense, és progna literária,
portaJiras são os mananciais das càchoeiras ! ...
És agrícola tambêm, tens açúcar demais:
enfrentas 1Iaruím, a rainha dos canaviais! ...
Do tessido. industrial, contemplas, a olho nu,
o progresso solaz do rico Aracaju! ...
Yoluntários da Pátria! ... És redivivia Esparta,
áureo ninho de herois. de laureis és refarta! ...
Ensinastes a pensar ao rútilo Tobias,
eleYaste a Lagarto, honrando a Simão Dias;
<la familia de Sílvio, o crítico genial,
teu solo fecundou e a Sergipe imortal!...
Faceira. sorridente, extremamente bela,
º" taboÍeiro� teu� são como os de Capela ! ...
De tua natureza, em bairrismo, és ufana:
. a ....
se tentas ser rival da maga Ita ba1an 1
,. Tada
te excede, Estância ! �s portentosa, és linda,
teu passado é lustral, de ampla esbelteza infinita!
- ,O-
ô efeméride homérica,
Descoberta da América!
Dia consagrado aos bravos lobos do Mar.
De Cristóvam Colombo a Pedro Homem da Costa,
da "Semana da Criança" - a alegria do Lar,
da gente do A1nanhã, a que os idos arrosta,
tesoireira augustal dos fastos dest\ terra,
belezas varonis, que o cQração encerra,
resumindo na fé, que se consagra à infância,
assistindo-a, com ardor, nestes patriciozinhos,
carecentes de amor, de auxílio, de carinhos,.
oriundos dos atuais responsáveis de Estància l
- 71 - •
VELHA GAMELEIRA
(Estância)
•
• •
VERBETE : - Resguarda, em si, todo Orbe Infinito, eterna
interrogação. Palpita, em todas as coisas, a base racional da Filoso-
-73-
gre), tem que retornar. Far-lo-ci de coração, pois que gosto muito
e muito de Estância, talvez, quase, como de Cedro.
A margem do Piauitinga, no belo Poço das Pedras, há uma
velha gameleira, mais que centenária, desgalhada, carunchosa, fe
rida a seiva por grandes pregos, que servem de guarda-roupa. Sem
sombra, fogem-lhe os banhistas para a misteriosa Panela e ainda
para além, numa espécie de lago, regularmente profundo.
Ante isso. dei-me a imaginar no viço antigo da macróbia ár
vore e saiu a campo minha débil gnoseologia, isto é, minha aptidão
de investigar o real, que retroagiu aos tempos lendários, evadindo
se meu espírito para a época íncola, a concretizar o abstrato,
•
• •
Noite de esplêndido luar. Boiava Jaci na esplendidês do Ceu
e seus raios se filtravam entre a copa da gameleira e iam alumiar a
cristalina ninfa dos piaus, o doce Piauitinga, em o Poço das Pedras,
o Pirambué, que Tupã mandou construir para o banho das virgens
abaís. Nessa noite, enquanto da taba repercutia os sons da inúbia,
dando o sinal de silêncio, a memura (filha) do cacique deixou a
quiçaba (rêde) em que se embalava e, como em todos plenilúnios,
foi banhar-se no pequeno poço construido para si. E o rio cantava o
hino da volúpia ao receber o corpo da cabocla virgem, que se espre
guiçava ardente antes de dar-lhe a caliplastia. Recebia-lhe, con
tente, o Poço das Pedras, sorvendo-lhe a samatiá cheirosa, a femi
nilidade deslumbrante. Porém antes, :Marãú, narcisando-se na água,
oaa, completamente nua, se deixava proteger pela alfotQbra mater
nal da gameleira gigantesca.
Transcorreram os anos. Em certo dia, o iurupari (o diabo) ten
tou a éuabã puranga (mulher bonita) e ela foi para o cariua (ho
mem branco), que a levou ao mocerocaçaua (batistério), trocando
lhe o nome de Marãú pelo de Estância, a qual logo mudou de poço
ee&18 banhos. Por isso, andrajou a ve nu,ta pmeleira, adoeceu e
-75-
m,..11<,r (',Jmpa.ixlo <la ftrida\, que lhe vém matand,>, atA p<,ucrA,
st:m lhe dar antidoto ao mal.
Só e tri-stt, tão melancóJíc<J quão aquela abandonada gamelei
ra, depoi� de meu banho matinal, a 14 de mtubrú (J937J e,,.. reYi 'JS
ver1os acima e os li, mais tarde, no "Gumersindo Busa''. onde
prec,1d1a, como inspetor de Ensino, a Semana da Criança.
SensibHidade demasiada de impenitente curioso t. ..
S., s.
•
• *
( Scrgipe-Jornal de 5-4-938.}
ECOS DA CONFERêNCIA DO ORADOR DA ASSOCIA
ÇÃO SERGIPANA DE IMPRENSA, PROFESSOR SE
BRÃO SOBRINHO, SôBRE O MONSENHOR ANTONIO
FERNANDES DA SILVEIRA, O FUNDADOR DA IM-
PRÊNSA EM· SERGIPE:
A SESSÃO CONJUNTA DA A. S. I.
E DO INSTITUTO HISTóRICO
•
_.,_
nali1ta1t puderem ter indcpendlncia econhmíc• Falou «u,aa rena,
cença que •e procea&a cm Strripe, com aociedadu q.u K orpni..
zarn, jornais que se fundem - tu,fo itto intpírad<J n0t acon
mtntos da hora que vivemo,.
Logo apó21 o sr. Eliéser Leopoldino patlOU a preaidêncía da
aesslo ao pre1idente do In1tituto Histórico profeA6'>r Jo,,,é Cala·
zan, que concedeu a palavra ao profe11o r Sebrlo, ,obrínho, que ftt
u'a importante e documentada confcr�ncia M)bre o fundador da
Jmprênaa Sergipana, Monsenhor Antônio Fcrnandc1 da Sih•eira,
r.
cujo retrato a A. S. oferecia naquele momento ao Instituto.
O conferencista lembrou fatos e pessou que a.e prendiam ao
lloaaenhor Silveira, discorrendo com muita segurança sóbrc a per
aoaalidade do ilustre sergipano, fazendo-lhe a biografia. dizendo
doe sucessos, fraquezas e patriotismo do seu retratado, cm torno
do qual giravam diversos acontecimentos e até se travaram lutas,
como, por exemplo a chamada guerra de Santo Amaro, que T"C
aultou de uma fráude eleitoral posta cm prática cm Lagarto, pelo
fundador do Recopilador Sergipano.
Um dos pontos versados pelo conferencista que mais 001
chamaram a atenção foi quando ele se referindo ao ano de 1847.
disse que essa data foi sómente a da centralização, pela segunda
vez, do ensino secundário em Sergipe, na velha Capital. São Cris
tóvão, com a criação do segundo Liceu, que teve a Provinda, desse
ano a 1855, enquanto que o primeiro, que o orador disse onde hm
cionava (no Convento do Carmo), fôra instituido cm 1830 e te,·e
maior durabilidade que o outro, pois só foi extinto realmente. em
1839, durando, uaim, nove anos. O professor Sebrio, sobrinho,
no 1eu amor pela História de Sergipe, citou até o nome de um len
te de filosofia deaae primeiro Liceu, que foi o Sr. Manuel Ladi �
lau Aranha Dantas, professor na Faculdade de edicina da Bahia
e Coálelheiro de S. M. Imperial.
O conf«encitta, proueplndo, di e nlo ser _po1ai el a funda
çlo do enthto aeeundirlo em � t6. aa 1141, q-.ndo o ti
ttde de "Terra de Lattniltu" Ji ltiê era e16aaito, poil com o �
- 81 -
- 1· • -_.,: :: ...
-�� � '\-;tr'.;.::- 2I::112, & --....:-<i :=;oc:xni.au�.
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� �� p...�:.....�ü> e ó•.•nüo jur.s.ü:en:o. <:v:i =vr'i!:e o -;.�e·.
Cordialmente,
Págs
- previa
Expr1caçao
·
' . ................................... 3
Cliché do orador da A. S. I. ............................ 5
Dedicatória . .......................................... 7
No Ádito - Prefácio de Zózimo Lima .................. 9
Cliché do �1onsenhor Silveira .......................... . 11
Conferência 13
Bibliografia . ...... . . . . . . . . . . . . ... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65
Ecos da Conferência . ................................... 79
e a a •' a_,.
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