Apostila Met Da Lingua Portuguesa Aula
Apostila Met Da Lingua Portuguesa Aula
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Pensando nisso, montamos este curso não para ensinar a você o português, mas para
mostrar alguns mecanismos de funcionamento do idioma para que você melhore a sua
comunicação e alcance a necessária competência linguística para se expressar nessa
língua fantástica em suas diversas modalidades. Em outras palavras, saber usar a
língua com propriedade nas mais diversas situações da vida diária e nos mais diversos
níveis de formalidade ou informalidade.
Sucesso!
A língua pode transformar-se através do tempo por conta de fatores provenientes
da sociedade. Sendo assim, a língua não é controlada por normas imutáveis. Essas
mudanças são perceptíveis quando fazemos uma comparação entre textos antigos e
novos, tornando-se notório que estilos e expressões se modificam com o passar do
tempo.
Você já percebeu que dentro do nosso país a Língua Portuguesa é falada de várias
maneiras? Sim, é verdade, pois existem várias maneiras de se falar uma mesma lín-
gua. Dentre os fatores que influenciam para que as pessoas se comuniquem de forma
diferente, podemos considerar como principais fatores a época, a região geográfica,
a idade, o ambiente e o status sociocultural dos falantes. Nós costumamos adequar
o nosso modo de falar ao ambiente e ao nosso interlocutor e não falamos da mesma
forma que escrevemos.
Guia de estudos
Embora se pareçam, língua e linguagem têm significados distintos. Usando uma lin-
guagem matemática, podemos dizer que a língua está contida na linguagem ou a lin-
guagem contém a língua.
Da prisão
Da mansão
Da nobreza
Da fraqueza
Da regência
Da descrença
Há muitas línguas
A língua de Raul
De queixas
De Seixas
De Camarões
De Camões
Há língua de “palmo”,
De “trapo”
De “badalo”
De Saramago!!!
Há línguas no museu
Há língua de Abreu
De formação
De Catalão
De Libra
De fibra
De Louis Braille!
Há línguas no baile
Há muitas línguas
A língua indiferente do indiferente
A língua oposta do oposto
A língua nacional do irracional
A língua do jornal
Do sinal
Do santo
Do Esperanto
Do Romeno
Do tormento
Do Chico Bento!
A língua de Castro
A língua do astro
Do roqueiro
Do grafiteiro
Do “jeitinho brasileiro”!
A espanhola…
Há língua portuguesa!
Filha do Latim
Falada por Jobim
Em Portugal,
Angola,
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Guiné-Bissau… Cresceu;
Do mineiro…
Português brasileiro
Também é Português verdadeiro!
Há línguas e línguas
Há muitas línguas
A língua Viperina
A Neolatina
A analfabética
A poética
A Materna
A “eterna”…
A língua da “guerra”,
A língua Viva,
E viva todas as línguas da Terra!
A verbal
A musical
A gestual
A obscena
A da cena…
A língua da Lei
Da Canção
Da Boa Razão
Do Destino
Dos Meios
De Afonso Arinos…!
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Com a língua se descobre novos lugares
Outras terras
Outras Serras
Outros saberes!
Assim a quis
Machado de Assis
Com a língua Machado criava
E no jardim da infância
Um pouco de lembrança
Das cores,
Das flores…
Há muitas línguas
A língua que forma
Que informa
Que inclui
Que exclui…
Línguas que se destroem
Línguas que se constroem
Línguas no trem…
Língua é poder
É força
E domina quem a tem!
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Há muitas línguas
Há muitas línguas
Há sempre novidades,
Diferentes em toda e qualquer cidade;
E do mau uso da língua
Ficam-se as marcas na sociedade
E do Casimiriano as saudades!
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Fonte: http://professoredmundo.com.br/?p=1097
1.1. LÍNGUA
A língua, do ponto de vista teórico, segundo Antunes (2005), não está restrita às regras
gramaticais, nem é uma questão de certo e errado, mas é uma atividade social que
cria condições de interação e comunicação em geral. Ela não é um sistema de signos
isolado do resto do mundo. Tudo o que acontece, tudo o que é pensado, que é previsto,
que é concebido aparece refletido na língua.
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1.2. LINGUAGEM
É a capacidade mental que diferencia os humanos das outras espécies animais, pos-
sibilitando a comunicação de ideias ou sentimentos. É composta de todo e qualquer
sistema de signos convencionais, sejam sonoros, gráficos, gestuais, dentre outros,
podendo ser percebida pelos órgãos dos sentidos, daí a sua distinção em várias espé-
cies ou tipos, quais sejam: linguagem visual, corporal, gestual, ou ainda, outras mais
complexas, constituídas de elementos diversos. Dito isso, podemos listar alguns ele-
mentos constitutivos da linguagem como os gestos, os sinais, os sons, os símbolos ou
as palavras (signo verbal oral ou escrito), usados para representar conceitos, ideias,
significados e pensamentos.
A figura acima, embora não possua palavra alguma é um signo não linguístico, porque
através dele podemos entender o seu significado.
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Vídeo
https://www.youtube.com/watch?v=2LNopxcBVms&t=213s
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A linguagem não-verbal pode ser percebida também nos animais, como por exemplo,
quando um cachorro balança a cauda é sinal de que está feliz ou quando coloca a cau-
da entre as pernas demonstra medo, tristeza.
Dentro dum contexto social, temos a simbologia que é uma forma de comunicação
não-verbal, como por exemplo, sinalização de trânsito, semáforo, logotipos, bandeiras,
uso de cores para chamar a atenção ou exprimir uma mensagem.
Fonte:http://www.pensamentoverde.com.br/wpcontent/uploads/2014/08/img-300x199.jpg
É importante salientar que para manter uma comunicação não é preciso necessaria-
mente usar a fala, mas sim utilizar uma linguagem, seja, verbal ou não-verbal.
Dica de leitura
Se você quiser compreender e saber analisar com mais detalhes a linguagem cor-
poral, não deixe de ler o livro O Corpo Fala, autoria de Pierre Weil & Roland Tom-
pakow, que pode ser encontrado facilmente através da internet.
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LEITURA COMPLEMENTAR
IDIOMATERNO
Não existe humanidade sem língua, é ela que dá sentido e significado ao que
somos, pensamos e fazemos. A língua é como a espinha dorsal que põe de pé
as sociedades, organizando crenças e costumes, valores e comportamen-
tos. Não se sabe ao certo como surgiram as milhares de línguas que existem,
o que se sabe é que elas foram se formando nos mais variados cantos da ter-
ra, línguas diferentes entre si, cada qual com a sua sonoridade, com seus
modos de organizar as palavras, com seus timbres.
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Os encontros e desencontros entre essas culturas e falares, criaram uma
língua única, original e que continua a se reinventar todos os dias, pelas ruas
e praças do país nos seus ritos e ritmos, nos poemas e nas canções.
Aqui vive a grande maioria dos seus falantes. Gente que ajuda a conduzir
pelo planeta o destino desse nosso antigo e belo IDIOMA TERNO.
ATIVIDADE:
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2. Ler os textos:
II - Desenvolvitfento
5 ANÁLISE LINGUÍSTICA.
Guia de estudos
Biografia
Antonio Gramsci (Ales, 22 de janeiro de 1891 — Roma, 27 de abril de 1937) foi um filósofo
marxista, jornalista, crítico literário e político italiano. Escreveu sobre teoria política, so-
ciologia, antropologia e linguística. Foi membro-fundador e secretário-geral do Partido
Comunista da Itália, e deputado pelo distrito do Vêneto, sendo preso pelo regime fascista
de Benito Mussolini. Gramsci é reconhecido, principalmente, pela sua teoria da hegemo-
nia cultural que descreve como o Estado usa, nas sociedades ocidentais, as instituições
culturais para conservar o poder.
Uma das importantes contribuições da Linguística tem sido no sentido de mostrar que
gramática pode ter mais de um significado. Kirst (1992), no Livro ―Linguística Aplicada
ao Ensino de Português‖ (p. 11-4) lista três definições de gramática: 1) Conjunto de
regras a serem seguidas para que se possa falar e escrever corretamente; 2) Conjunto
de regras que são seguidas; e 3) Conjunto de regras internalizadas.
2.1 GRAMÁTICA NORMATIVA
Saiba mais
! Importante
31
As mesmas palavras, arranjadas sintaticamente do mesmo modo, ganham,
em cada uma das duas gramáticas, a portuguesa e a brasileira, interpreta-
ções diferentes, provocando muitos mal-entendidos, contrassensos e con-
fusões. (Que País? Que Língua? Que Povo? - III Semana de Letras e Artes
– Universidade Estadual de Feira de Santana-BA - 14 a 18 de junho de 1999)
Por fim, a terceira definição refere-se à Gramática Gerativa proposta por Noam
Chomsky. Segundo esta concepção, o falante tem à sua disposição um conjunto de re-
gras internalizadas (uma gramática), dando-lhe condições de produzir um sem-núme-
ro de expressões linguísticas necessárias à sua comunicação, em outras palavras, esta
gramática é adquirida pelo falante no convívio com a sua comunidade, independente de
o mesmo ter frequentado uma sala de aula, fornecendo-lhe uma ―competência linguís-
tica‖ em todas as suas interações verbais no âmbito social.
1
Exemplo dessa linha de estudo do português brasileiro é o Projeto de Estudo da Norma Linguística Urbana
Culta do Brasil, denominado Projeto NURC, iniciado em 1970, coordenado pelo Prof. Ataliba T. Castilho, cujo
objetivo era documentar e descrever o português culto falado por brasileiros nascidos em Porto Alegre, São
Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Recife. Posteriormente, em 1998, surgiu o Projeto de Gramática do Portu-
guês Falado.
Fonte: https://www.google.de/search?q=saussure%3Ftrackid%3Dsp-006&source=lnms&tbm=isch&-
sa=X&ved=0ahUKEwjd8YeMpeDNAhUHIpAKHblZBzUQ_AUICCgB&biw=1280&bih=675#tbm=isch&q=no-
am+chomsky
Caro aluno, a partir das definições apresentadas acima, podemos eliminar a ilusão de
que a gramática tem apenas um único significado e o conhecimento e a compreensão
da abrangência do termo, além de munir os falantes de português com uma maior
flexibilidade e um senso crítico para lidar com os conteúdos programáticos sugeridos
pela escola, também permitirá que possamos fugir do equívoco de chamar a Gramáti-
ca Normativa de Língua Portuguesa.
Assim, é preciso despertar para que você aluno adote uma atitude crítica com relação
aos conteúdos programáticos baseados na Gramática Normativa. Concordamos com
Bagno (2006, p. 148) de que no ensino de Língua Portuguesa é necessário se fazer tam-
bém uma ―abordagem crítica dos saberes do passado‖, assim como se faz no ensino de
outras disciplinas, como por exemplo, Biologia, Química e Física.
Acesse
Guia de estudos
TÓPICO 1 – ACENTUAÇÃO
1.1 ACENTUAÇÃO
1.1.1 Regras gerais
1.1.2 Hiatos e ditongos abertos
AUTOATIVIDADE
1.2 PONTUAÇÃO
AUTOATIVIDADE
1.3 O USO DOS PORQUÊS
1.3.1 Por que
1.3.2 Por quê
1.3.3 Porque
1.3.4 Porquê
AUTOATIVIDADE
1.4 COLOCAÇÃO PRONOMINAL
1.5 PRONOMES DEMONSTRATIVOS
1.6 USO DA CRASE
AUTOATIVIDADE
TÓPICO 1 - REVISÃO GRAMATICAL
Prezado acadêmico, os assuntos dessa unidade são muito importantes para deixá-lo
alerta para algumas regras da nossa Língua Portuguesa. Então, fique atento ao escre-
ver o seu texto para adequá-lo às regras da norma padrão aceita socialmente.
1.1 ACENTUAÇÃO
Nesse ponto, chamamos a sua atenção para as regras da acentuação, porque a nossa
Língua Portuguesa exige a colocação de determinados acentos, diferente de outras
línguas, como a inglesa.
Na fala, não nos preocupamos, porque a entonação fará o papel dos sinais gráficos da
acentuação, porém na escrita, eles são fundamentais para a correta compreensão do
texto.
Deus é bom; e
Deus e bom.
Ambas são idênticas, com exceção do sinal gráfico ―agudo‖ acima do ―é‖ que marca a
primeira frase. Esse sinal tem o papel de diferenciar as orações, isto é, o significado,
por causa dele, também é diferente. Então fique atento e não deixe de sinalizar as pa-
lavras quando necessário.
Por isso é importante estudar algumas regras gerais de acentuação. Vamos lá?
Outro ponto a se observar é que as palavras são classificadas de duas maneiras: quanto
ao número de sílabas e quanto à sílaba tônica (a sílaba em que recai o som mais forte).
Fonte: https://www.gestaoeducacional.com.br/silaba-abertas-e-fechadas/ Acesso em 01.12.2019.
i) Número de sílabas
ii) Tonicidade
Notem que todas as palavras proparoxítonas são acentuadas, mas tanto as paroxítonas
quanto às oxítonas, algumas são acentuadas e outras não, dessa forma, para identifi-
cá-las necessitamos recorrer a algumas regras de acentuação.
PAROXÍTONAS
Acentuam-se:
OXÍTONAS
Acentuam-se:
1. As terminadas em a(s), e(s), o(s): cajá, vatapá, carajás, você, café, pontapés, cipó, jiló,
avôs, carijós, após;
OBSERVAÇÕES
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1.1.2 Hiatos e ditongos abertos
Acentua-se o ―i‖ ou o ―u‖ quando for a segunda vogal do hiato, tônica, sozinha na sílaba
ou formando sílaba com s.
Já-ú A -ça-í
Sa-í-da Ba-la-ús-tre
Sa-ú-de Fa-ís-ca
Ca-ís-te Ba-ú
3) Permanecem acentuadas as suas ocorrências que formam vocábulos oxí-
OO, EE
Para defini-los, dizemos que os sinais de pontuação são recursos gráficos próprios da
linguagem escrita e contribuem para a coerência e a coesão de textos. Embora não
consigam reproduzir toda a riqueza melódica da linguagem oral, eles estruturam os
textos e procuram estabelecer as pausas e as entonações da fala. Sua finalidade prin-
cipal é:
São eles: o ponto (.), a vírgula (,), o ponto e vírgula (;), os dois pontos (:), o ponto de
exclamação (!), o ponto de interrogação (?), as reticências (...), as aspas (―‖), os parên-
teses ( ( ) ) e o travessão (—).
Embora todos os sinais sejam importantes, nos deteremos mais naquele que costuma
causar mais dúvidas no momento de escrever: a vírgula.
i) Vírgula ( , )
Por Exemplo:
Por Exemplo:
•―Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; Não, não; (...)‖ Mateus 5:37
Exemplos:
Com amor,
Atenciosamente,
- Para separar termos de uma mesma função sintática, isto é, nas enumerações.
Por Exemplo:
a) uma conjunção
Por Exemplo:
b) um adjunto adverbial
Por Exemplo:
Obs.: a rigor, não é necessário separar por vírgula o advérbio e a locução adverbial,
principalmente quando de pequeno corpo, a não ser que a ênfase o exija.
51
c) um vocativo
Por Exemplo:
d) um aposto
Por Exemplo:
Por Exemplo:
O amor, isto é, o mais forte e sublime dos sentimentos humanos, tem seu princípio em
Deus.
Por Exemplo:
Por Exemplo:
Por Exemplo:
Por Exemplo:
Exemplos:
Por Exemplo:
Por Exemplo:
O tempo não para no porto, não apita na curva, não espera ninguém.
Exemplos:
Embora a conjunção ―e‖ seja aditiva, há três casos em que se usa a vírgula antes de sua
ocorrência:
2) Quando a conjunção ―e‖ vier repetida com a finalidade de dar ênfase (polissíndeto).
Por Exemplo:
3) Quando a conjunção ―e‖ assumir valores distintos que não seja da adição (adversidade,
consequência, por exemplo)
Por Exemplo:
Por Exemplo:
O quê? não acredito que você tenha feito isso! (atitude de indignação)
Não esperava que fosse receber tantos elogios! Será que mereço tudo isso? (surpresa)
Qual será a minha colocação no resultado do concurso? Será a mesma que imagino?
(expectativa)
iv) Ponto de Exclamação (!)
a) Depois de frases que expressem sentimentos distintos, tais como: entusiasmo, sur-
presa, súplica, ordem, horror, espanto:
OBSERVAÇÕES
v) Ponto e vírgula (;)
É usado para:
- geometria;
- álgebra;
- trigonometria;
- financeira.
b) separar um período que já se encontra dividido por vírgulas: Ele não disse nada,
apenas olhou ao longe, sentou por cima da grama; queria ficar sozinho com seu cão.
vi ) Dois-pontos (:)
É usado quando:
Quero lhe dizer algumas coisas: não converse com pessoas estranhas, não brigue com
seus colegas e não responda à professora.
vi ) Dois-pontos (:)
É usado quando:
Quero lhe dizer algumas coisas: não converse com pessoas estranhas, não brigue com
seus colegas e não responda à professora.
São usadas para indicar supressão de um trecho, interrupção ou dar ideia de continui-
dade ao que se estava falando:
ix) Parênteses ( )
São usados quando se quer explicar melhor algo que foi dito ou para fazer simples
indicações.
Ele comeu, e almoçou, e dormiu, e depois saiu. (o e aparece repetido e, por isso, há o
predomínio de vírgulas).
x) Travessão (–)
- Não importa, o fato é que assim você estará contribuindo para a elaboração deste
projeto.
Precisamos acreditar sempre – disse o aluno confiante – que tudo irá dar certo.
Não aja dessa forma – falou a mãe irritada – pois pode ser arriscado.
O prêmio foi destinado ao melhor aluno da classe – uma pessoa bastante esforçada.
a) I
b) III
c) I e II
d) II e IV
e) III e IV
2. (CESGRANRIO – 2011 – FINEP – Técnico – Apoio
Adtf e SECRETARIADO) A VÍRGULA pode ser RETIRADA
setf prejuízo PARA o SIGNIFICADO e TFANTENDO A nor-
TFA-PADRÃO NA seguinte SENTENÇA:
Na hora de escrever o ―por que‖, às vezes, nos causam dúvidas. Vamos ver neste tópico
quando usar cada uma das suas modalidades.
• Então disse o SENHOR a Moisés: Por que clamas a mim? Dize aos filhos de Israel
que marchem. Êxodo 14:15
• E por que farias os homens como os peixes do mar, como os répteis, que não têm
quem os governe? Habacuque 1:14-15
• Por que você não veio à aula terça?
• Este é o ideal por que (pelo qual) luto.
• Por que razão vivem os ímpios, envelhecem, e ainda se robustecem em poder? Jó
21:7
• Por quê? Por que não vos amo? Deus o sabe. 2 Coríntios 11:11
• Ele foi detido por quê?
• O pregador faltou ao culto, não sabemos por quê.
1.3.3 Porque
• Porque eis que suscito os caldeus, nação amarga e impetuosa, que marcha sobre a
largura da terra, para apoderar-se de moradas que não são suas. Habacuque 1:6-7
• Porque dirão os gentios: Onde está o seu Deus? Salmos 115:2
1.3.4 Porquê
http://rived.mec.gov.br/atividades/concurso2006/porquedometro/por1_ativ1.swf
1. Cotfplete AS LACUNAS UTILIZANDO por que, por quê,
porque, porquê.
Netf eu sei o ?
b – porque – porque
Sobre os pronomes:
PRONOMES PESSOAIS
2ª pessoa conosco
Pronome oblíquo tônico: Joana perguntou para mim o que eu estava fazendo.
ÊNCLISE
E, tomando o cálice, e havendo dado graças, disse: Tomai-o, e reparti-o entre vós; Lu-
cas 22:17
Porém ele sabe o meu caminho; provando-me ele, sairei como o ouro. Jó 23:10
não, nunca, ninguém, nem, nenhum, em hipótese alguma, de modo algum, etc.
Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. João 14:1
Jamais te exponhas ao perigo
• Pronomes indefinidos:
alguém, quem, algum, diversos, qualquer, cada qual, algum outro e quem quer que,
todos, etc.
Quem me disse isso?
Todos se comoveram durante o discurso de despedida.
• Conjunções:
quando, se, como, porque, que, enquanto, embora, logo que, conforme, etc.
Vamos estabelecer critérios, conforme lhe avisaram.
• Advérbios:
talvez, ontem, aqui, ali, agora, pouco a pouco, de vez em quando, etc.
Nesta casa se fala alemão.
Naquele dia me falaram que a professora não veio.
MESÓCLISE
CASOS ESPECIAIS
Colocação Pronominal - Locução Verbal
Vejamos:
a) O pronome oblíquo virá depois do verbo auxiliar, se não houver possibilidade de pró-
clise:
a) Se não houver palavra atrativa, o pronome oblíquo virá após o auxiliar ou após o
principal.
b) Se houver palavra atrativa, o pronome poderá ser colocado antes do auxiliar ou após
o verbo principal.
2)
3)
81
1.5 PRONOMES DEMONSTRATIVOS
ESTE, ESTA, ISTO
1ª Pessoa (sing./plural).
Usados para se referir a algo que está próximo de quem fala. Relaciona-se com o ad-
vérbio AQUI e possessivos MEU(S), MINHA(S), NOSSO(S), NOSSA(S).
Ainda me soam aos ouvidos ESTAS palavras do Divino Mestre: ―Amai ao próximo com
a vós mesmos‖.
Em início de cartas também escreve-se: ―Espero que ESTAS linhas o encontrem go-
zando de paz e saúde...‖
2ª Pessoa (sing./plural).
Usados para se referir a algo que está próximo a quem você fala. Relaciona-se com o
advérbio AÍ e possessivos TEU(S), TUA(S), VOSSO(S), VOSSA(S), SEU(S), SUA(S)
Isso aí é perigoso! Essa papelada aí sobre sua escrivaninha, para que serve?
―Despeço-me, desejando que ESSAS palavras encontrem acolhida por parte de V. Sa.‖
Usados para se referir a algo que está próximo de quem você fala (dele). Relaciona-se
com o advérbio LÁ e possessivos SEU(S) (=DELE), SUA(S)(=DELA)
Numa enumeração, quando você faz referência a duas coisas ou pessoas, usa ESTE
para o mais próximo e AQUELE para o mais distante:
Escrevi um romance e uma gramática: esta, há pouco tempo; aquele, em minha ju-
ventude.
1. PREENCHA AS LACUNAS e depois APONTE A ALTERNATIVA etf
que NÃO se etfpregou A ênclise:
ADIANTADATFENTE. (lhe)
DAÍ
9. ―Senhor, disse o pritfeiro ESTATUÁRIO,
ouro.‖ (tfe) (Coelho Neto)
3. ASSINALE A FRASE cotf erro de COLOCAÇÃO PRONOTFINAL:
a) I, APENAS.
b) II, APENAS.
c) III, APENAS.
d) I e II, APENAS.
e) I, II e III.
7. Cotfplete ESTAS cotf os pronotfes
FRASES
DETFONSTRATIVOS ADEQUADOS; se NECESSÁRIO, use-os
COTFBINADOS cotf preposições.
(AQUELE, ESTA).
5 – tfês etf que ESTATFOS ESTÁ PASSANDO
RÁPIDO. (este, esse).
A palavra crase tem origem grega e significa fusão. É resultado da contração da prepo-
sição a com o artigo definido feminino a. Pinçamos sete exemplos de uso incorreto da
crase — ou da ausência dela — com as respectivas explicações.
1) Passeio à cavalo.
2) Salário à combinar.
4) Entregar à elas.
5) Virar a esquerda.
• ACENTUAÇÃO;
• PONTUAÇÃO;
• Uso dos Porquês;
• COLOCAÇÃO PRONOTFINAL;
• Pronotfes DETFONSTRATIVOS;
• Uso DA CRASE.
Mudança e variação
linguística
• Diferenciar mudança e variação linguística
• Conhecer plano diacrônico e plano sincrônico
• Enumerar os tipos de variação linguística
• Descobrir como se estabelece uma variedade padrão
Guia de estudos
Agora que já compreendemos um pouco sobre os tipos de gramáticas, vamos nos de-
bruçar então sobre a mudança e a variação da língua, assunto que causa bastante
confusão entre os falantes, podendo, muitas vezes, gerar preconceitos linguísticos.
1.1. SOCIOLINGUÍSTICA
Biografia
Programa de História da Língua Portuguesa compilado pelo professor João Costa – Universi-
2
E ainda, trecho da carta de Pero Vaz de Caminha (2003), datado de 1º de maio de 1500:
Snõr
Posto queo capitam moor desta vossa frota e asy os outros capitaães scre-
puam avossa alteza anoua do achamento desta vossa terra noua que se ora
neesta naue gaçam achou. Nom leixarey tam bem de dar disso minha com-
ta avossa alteza asy como eu milhor poder ajmda que perao bem contar e
falar o saiba pior que todos fazer. (...)
Da análise dos dois textos, percebe-se que, quanto mais antigo for o texto, maior é a
dificuldade de entendimento encontrada pelos falantes do século XXI.
3
Entende-se por substrato uma língua preexistente em uma determinada região onde vem se
instalar outra língua que acaba por se sobrepor àquela. Como exemplo, podemos citar o caso
do Brasil onde quando da chegada do português se falavam diversas línguas indígenas. Tais
línguas serviram de substrato para a variedade do português brasileiro.
Ainda quanto à mudança da língua, vale ressaltar que no Brasil, embora também se
fale o português, há uma distância enorme entre este e o português de Portugal, tanto
geográfica quanto de formação, pois o português trazido para a colônia a partir do sé-
culo XVI encontrou nessas terras línguas indígenas e, posteriormente, diversas línguas
ou dialetos africanos, com os quais se juntou para formar este português hoje falado
pela comunidade linguística brasileira.
Por outro lado, no plano sincrônico, além dos fatores linguísticos estruturais como
diferenças gramaticais, há também diversos outros fatores extralinguísticos desen-
cadeadores de variação linguística, quais sejam: origem geográfica, idade, sexo, posição
social, grau de formalidade, escolarização, mercado de trabalho e rede social. Exemplifi-
cando, podemos perceber diferenças linguísticas estruturais no português de Portugal
e no português brasileiro, como por exemplo:
Diferenças fonéticas (no modo de pronunciar os sons da língua): o brasileiro diz eu sei,
o português diz eu sâi;
4.2.1.1 Diferenças lexicais: a palavra designada ―bala‖ (guloseima) em São Paulo é cha-
mada de ―confeito‖ em Pernambuco e ―bombom‖ no Amazonas. Neste mesmo estado
o que os falantes costumam chamar de ―taperebá‖, os falantes nordestinos chamam
de ―cajá‖.
4.2.1.2 Diferenças semânticas: quando se fala de café ―aguado‖ em Sergipe é porque ele
está fraco, isto é, com muita água; em Pernambuco, café ―aguado‖ significa que ele
está sem ou com pouco açúcar;
4.2.1.4 Oposição entre linguagem rural e linguagem urbana: é um tipo de variação facil-
mente identificável e muito presente em todas as regiões do Brasil, inclusive, há na li-
teratura infantil (gibis) um personagem muito representativo da linguagem rural que é
o Chico Bento, criado por Maurício de Sousa. Falando dessa oposição entre linguagem
rural e urbana, Bortoni-Ricardo (2004) introduz um conceito que julgamos apropriado
destacar por ser pertinente na identificação da variação linguística. Ela fala de ―traços
graduais‖ e ―traços descontínuos‖, onde descontínuos são itens típicos de falares ru-
rais ou de comunidades de fala isolada que não se encontram em outras comunidades;
já os traços graduais são aquelas variações presentes na fala de todos os brasileiros,
independente de origem geográfica. Assim, palavras como ―inté‖ (arcaísmo de até) e
―paiaço‖ e ―veio‖ (onde ocorre a vocalização do /lh/) são traços descontínuos por es-
tarem presentes em apenas algumas comunidades de fala, inclusive estigmatizadas.
Já em palavras como ―mulher‖, ―colher‖, ―cantar‖, onde ocorre a perda do /r/ final
(geralmente alguns substantivos e infinitivos), sendo pronunciadas como ―mulhé‖, ―co-
lhé‖, ―cantá‖, ou ainda palavras como ―caixa‖, ―ouro‖, ―couro‖, ―limoeiro‖ e ―beijo‖,
onde os ditongos‖ ai‖, ―ou‖ e ―ei‖ tendem a desaparecer, tornando-se vogais simples
(caxa, ôro, côro, limoero, bejo, etc.) são traços graduais, por estarem presentes na fala
de praticamente todos os brasileiros, inclusive escolarizados4 .
De acordo com o nível socioeconômico do falante, incluindo aqui idade, gênero, ocupa-
ção e escolarização.
4.2.2.1 Idade: a utilização de gírias como ―valeu cara‖, ―sacou?‖, ―tá ligado‖ ―e aí‖, de-
notam idade jovem;
Fenômenos circunscritos à fala e não à escrita que é tanto mais conservadora que a fala.
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O fator escolarização está estritamente relacionado com classe social, pois os fenô-
menos de apagamento dos plurais e a redução das formas verbais são características
mais marcantes de falantes das classes menos privilegiadas, é claro, não se excluindo
a possibilidade de falantes das classes privilegiadas também se expressarem desta
forma.
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estilo quando da apresentação do referido seminário. No ambiente social ou escolar,
o indivíduo utilizará o estilo de linguagem de acordo com o papel social representado;
por exemplo, na família temos os papéis de pai, mãe, filho, cada qual utiliza uma forma
de linguagem; na escola temos diretor, supervisor, professor que exercem funções
de autoridade e, portanto, refletem na utilização da linguagem para o desempenho de
suas funções.
Os exemplos dos itens acima evocam e expõem dois conceitos em relação à língua de-
fendidos pela Linguística: Homogeneidade e Heterogeneidade, isto é, o conceito de que
uma língua é homogênea ou apresenta uma unidade perfeita, em contraposição a uma
concepção de língua heterogênea que apresenta um sem-número de variações entre
seus falantes.
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Papéis sociais são um conjunto de direitos e deveres definidos por regras socioculturais.
Qualquer língua, falada por qualquer comunidade, exibe sempre variações.
Isso significa dizer que qualquer língua é representada por um conjunto de
variedades. Concretamente: o que chamamos de “língua portuguesa” en-
globa os diferentes modos de falar utilizado pelo conjunto de seus falantes
do Brasil, em Portugal, em Angola, Moçambique, Cabo Verde, Timor, etc.
(in BENTES e MUSSALIM [org], 2001, p. 33)
Esses diferentes modos de falar não estão circunscritos apenas a línguas diferentes,
mas também a uma mesma língua. No Brasil, por exemplo, podemos afirmar existir
variedades baiana, sergipana, carioca, paulistana, pernambucana, cearense, etc. Des-
se modo, afirmar a existência de uma homogeneidade linguística é, na verdade, um
mito.
Ao longo destas reflexões sobre a língua materna, muitas vezes utilizamos alternada-
mente termos como norma padrão, norma culta, português-padrão, português ―cor-
reto‖, língua-padrão, ou dialeto de prestígio, aos quais pretendemos agrupar sob o
rótulo de variedade padrão. Diga-se de passagem, que essa é a variedade ensinada
nas escolas.
Diferentemente do que muitos pensam, a variedade padrão não foi alçada a este status
pelo fato de ser ―superior‖, ―melhor‖, ―mais bonita‖, ―mais correta‖ ou ―mais rica‖ que
as outras variedades, pois ―toda língua é adequada à comunidade que a utiliza, é um
sistema completo que permite a um povo exprimir o mundo físico e simbólico em que
vive‖ (ALKMIM, 2001, p. 41).
No caso do Brasil colonial, até metade do século XVIII o português era uma língua
minoritária, sendo as línguas mais faladas o tupi, na capital de São Vicente (atual São
Paulo) e o tupinambá, em toda a costa brasileira. Somente a partir de 1757 é que a
língua portuguesa começa a se tornar majoritária, porque o então primeiro-ministro
português, Marquês de Pombal, dando cabo a uma política linguística, estabeleceu a
língua portuguesa como oficial, proibindo o ensino de qualquer outra língua em todo o
território brasileiro.
Uma vez que a colonização iniciou pelo nordeste, as regiões compreendidas entre Re-
cife, Olinda e Salvador foram durante algum tempo centro político, econômico e cul-
tural do Brasil, no entanto, em virtude da descoberta de ouro em Minas Gerais, que
posteriormente seria uma importante cidade, a capital da colônia foi transferida para o
Rio de Janeiro, em 1763, tendo essa cidade, a partir de então, assumido a primazia eco-
nômica, política e cultural. Entretanto, a partir do século XX, essa importância passou
a ser compartilhada por São Paulo, devido o seu desenvolvimento industrial. Assim,
em decorrência desse processo histórico, as variedades utilizadas pelo triângulo São
Paulo, Rio de Janeiro e Belo horizonte, são, atualmente, consideradas como a varieda-
de padrão, inclusive, tendo os meios de comunicação de massa como seus principais
representantes.
Sendo a escola uma instituição social, e como tal, reproduz os valores da sociedade
onde está inserida, de certa forma, ela acaba por legitimar essa variedade padrão im-
posta pelas classes dominantes. Nesse contexto, de acordo com a Sociolinguística,
cumpre ao professor de língua materna ensinar sim a variedade padrão, por ser um
elemento de unificação política e social do país e também por ser um instrumento
de inserção social, cujo ensino integrado à realidade linguística brasileira, municiará
o aluno com competências comunicativas necessárias às diversas situações de fala,
dando-lhes vez e voz, mas jamais esse professor deverá reproduzir a atitude precon-
ceituosa existente na sociedade referente às diferenças linguísticas. Em se tratando
da atitude a ser adotada pelo professor frente à variação linguística, Bortoni-Ricardo
(2004, p. 42) propõe que, baseado numa ―pedagogia culturalmente sensível aos sabe-
res do educando‖, o professor identifique e conscientize o aluno da diferença. Assim,
conscientes das diferenças, o falante terá a liberdade de escolher que variedade usar,
quando e como usar.
Portanto, segundo a Sociolinguística, todas as variedades estão num mesmo nível hie-
rárquico, pois apresentam um sistema de regras organizado e coerente, sendo a dis-
tinção ou estigmatização consequências de fatores socioeconômicos e não linguísticos.
1. Cotfplete AS LACUNAS ABAIXO cotf AS PALAVRAS
A seguir.
BECHARA, Evanildo. Moderna gramática portuguesa. 37. ed. Rio de Janeiro: Nova
Fronteira, 2009.
ANDRADE, Maria Margarida de. Língua Portuguesa: noções básicas para cursos su-
periores. 9 . ed. São Paulo: Atlas, 2010.
PERINI, Mário A. Gramática descritiva do português. 4. ed. São Paulo: Ática, 2002.
ANTUNES, Irandé. Lutar com palavras: coesão e coerência. São Paulo: Parábola Edi-
torial, 2005. (Na ponta da língua; v. 13)