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PHP e MySQL

Este documento fornece uma introdução sobre PHP e MySQL, incluindo como enviar dados para o servidor HTTP, criar formulários HTML, instalar e configurar o ambiente PHP e MySQL no Windows, sintaxe básica de PHP, tipos de dados, operadores e controle de fluxo.

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PHP

com MySQL

Prof. Marcelo C P Santos


Versão 2003
Baseada no trabalho de Maurício Vivas
1. INTRODUÇÃO..............................................................................................................................................................5
1.1. CLIENT-SIDE SCRIPTS X SERVER-SIDE SCRIPTS.......................................................................5
1.2. O QUE É PHP?...........................................................................................................................6
1.3. O QUE PODE SER FEITO COM PHP?............................................................................................7
2. ENVIANDO DADOS PARA O SERVIDOR HTTP...................................................................................................8
2.1. O MÉTODO GET........................................................................................................................8
2.2. HEADERS...................................................................................................................................9
2.3. O MÉTODO POST......................................................................................................................9
2.4. UTILIZANDO GET E POST......................................................................................................10
3. FORMULÁRIOS HTML............................................................................................................................................11
3.1. DEFININDO UM FORMULÁRIO..................................................................................................11
3.2. A TAG <INPUT>.......................................................................................................................12
3.3. CAMPO DE TEXTO....................................................................................................................12
Parâmetros:....................................................................................................................................12
3.4. CAMPO DE TEXTO COM MÁSCARA..........................................................................................12
Parâmetros:Os mesmos do campo de texto....................................................................................12
3.5. CHECKBOX...............................................................................................................................13
Parâmetros:....................................................................................................................................13
3.6. RADIO BUTTON........................................................................................................................13
Parâmetros:....................................................................................................................................13
3.7. SUBMIT BUTTON......................................................................................................................13
Parâmetros:....................................................................................................................................14
3.8. RESET BUTTON........................................................................................................................14
Parâmetros:....................................................................................................................................14
3.9. TEXTAREA...............................................................................................................................14
Parâmetros:....................................................................................................................................14
3.10. SELECT.....................................................................................................................................15
Parâmetros:....................................................................................................................................15
3.11. UPLOAD DE ARQUIVOS............................................................................................................15
Parâmetros:....................................................................................................................................15
4. INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO EM AMBIENTE WINDOWS...................................................................16
4.1. INTRODUÇÃO...........................................................................................................................16
4.2. SERVIDOR APACHE (VERSÃO 2.0.47)......................................................................................16
4.3. PHP (VERSÃO 4.3.2)................................................................................................................17
4.4. MYSQL (4.0.13)......................................................................................................................18
4.5. PHPTRIAD...............................................................................................................................19
5. SINTAXE BÁSICA......................................................................................................................................................20
5.1. DELIMITANDO O CÓDIGO PHP.................................................................................................20
5.2. SEPARADOR DE INSTRUÇÕES...................................................................................................21
5.3. NOMES DE VARIÁVEIS.............................................................................................................21
5.4. COMENTÁRIOS.........................................................................................................................21
Comentários de uma linha:............................................................................................................21
Comentários de mais de uma linha:...............................................................................................21
5.5. IMPRIMINDO CÓDIGO HTML.....................................................................................................22
6. TIPOS............................................................................................................................................................................23
6.1. TIPOS SUPORTADOS.................................................................................................................23

1
Inteiros (integer ou long)................................................................................................................23
Números em Ponto Flutuante (double ou float).............................................................................24
Strings.............................................................................................................................................24
Arrays.............................................................................................................................................25
Objetos............................................................................................................................................26
Booleanos.......................................................................................................................................27
6.2. TRANSFORMAÇÃO DE TIPOS....................................................................................................27
Coerções.........................................................................................................................................27
Transformação explícita de tipo:....................................................................................................28
Com a função settype......................................................................................................................29
7. OPERADORES............................................................................................................................................................30
7.1. ARITMÉTICOS...........................................................................................................................30
7.2. PARA STRINGS.........................................................................................................................30
7.3. ATRIBUIÇÃO............................................................................................................................30
7.4. BIT A BIT..................................................................................................................................31
7.5. LÓGICOS..................................................................................................................................31
7.6. COMPARAÇÃO..........................................................................................................................31
7.7. EXPRESSÃO CONDICIONAL.......................................................................................................32
7.8. INCREMENTO E DECREMENTO.................................................................................................32
8. ESTRUTURAS DE CONTROLE...............................................................................................................................33
8.1. BLOCOS....................................................................................................................................33
8.2. CONDICIONAL (IF, SWITCH).....................................................................................................33
if......................................................................................................................................................33
switch..............................................................................................................................................35
8.3. COMANDOS DE REPETIÇÃO (WHILE, FOR)...............................................................................37
while................................................................................................................................................37
do... while........................................................................................................................................38
for....................................................................................................................................................38
8.4. QUEBRA DE FLUXO (BREAK, CONTINUE).................................................................................39
Break...............................................................................................................................................39
Continue..........................................................................................................................................40
9. FUNÇÕES.....................................................................................................................................................................41
9.1. DEFININDO FUNÇÕES...............................................................................................................41
9.2. VALOR DE RETORNO................................................................................................................41
9.3. ARGUMENTOS..........................................................................................................................42
Passagem de parâmetros por referência........................................................................................42
Argumentos com valores pré-definidos (default)...........................................................................43
9.4. CONTEXTO...............................................................................................................................44
9.5. ESCOPO....................................................................................................................................44
10. VARIÁVEIS E CONSTANTES.............................................................................................................................46
10.1. DECLARAÇÃO DE UMA VARIÁVEL...........................................................................................46
10.2. O MODIFICADOR STATIC..........................................................................................................46
10.3. VARIÁVEIS VARIÁVEIS............................................................................................................47
10.4. VARIÁVEIS ENVIADAS PELO NAVEGADOR...............................................................................47
URLencode.....................................................................................................................................48
10.5. UTILIZANDO ARRAYS...............................................................................................................49
10.6. VARIÁVEIS DE AMBIENTE........................................................................................................49
10.7. VERIFICANDO O TIPO DE UMA VARIÁVEL................................................................................50
Função que retorna o tipo da variável...........................................................................................50
Funções que testam o tipo da variável...........................................................................................50

2
10.8. DESTRUINDO UMA VARIÁVEL..................................................................................................50
10.9. VERIFICANDO SE UMA VARIÁVEL POSSUI UM VALOR..............................................................51
A função isset..................................................................................................................................51
A função empty...............................................................................................................................51
10.10. CONSTANTES PRÉ-DEFINIDAS..............................................................................................51
10.11. DEFININDO CONSTANTES.....................................................................................................51
11. CLASSES E OBJETOS..........................................................................................................................................53
11.1. CLASSE....................................................................................................................................53
11.2. OBJETO....................................................................................................................................53
11.3. A VARIÁVEL $THIS..................................................................................................................53
11.4. SUBCLASSES............................................................................................................................54
11.5. CONSTRUTORES.......................................................................................................................55
12. NOÇÕES DE SQL...................................................................................................................................................56
12.1. INTRODUÇÃO...........................................................................................................................56
12.2. ESTRUTURA DAS TABELAS (CREATE, DROP, ALTER)...............................................................57
Comando Drop...............................................................................................................................57
Comando Alter................................................................................................................................57
12.3. MANIPULANDO DADOS DAS TABELAS.....................................................................................58
Comando SELECT..........................................................................................................................58
Comando INSERT...........................................................................................................................58
Comando UPDATE........................................................................................................................59
Comando DELETE.........................................................................................................................59
13. ACESSANDO O MYSQL VIA PHP......................................................................................................................61
13.1. ESTABELECENDO CONEXÕES...................................................................................................61
13.2. SELECIONANDO A BASE DE DADOS..........................................................................................61
13.3. REALIZANDO CONSULTAS........................................................................................................62
Apagando o resultado.....................................................................................................................62
Número de linhas............................................................................................................................62
Utilizando os resultados.................................................................................................................62
Alterando o ponteiro de um resultado............................................................................................63
13.4. TIPOS SUPORTADOS PELO MYSQL...........................................................................................63
Numéricos.......................................................................................................................................63
Data e Hora....................................................................................................................................64
Strings.............................................................................................................................................64
13.5. UM EXEMPLO SIMPLES............................................................................................................65
Consulta ao Banco de Dados (index.php)......................................................................................65
Inserindo Registros (insere.php)....................................................................................................67
Alterando Registros (Altera.php)....................................................................................................68
Excluindo Registros (exclui.php)....................................................................................................70
14. UTILIZANDO COOKIES......................................................................................................................................72
14.1. O QUE SÃO...............................................................................................................................72
14.2. GRAVANDO COOKIES...............................................................................................................72
14.3. LENDO COOKIES GRAVADOS....................................................................................................73
15. MANIPULANDO ARQUIVOS..............................................................................................................................74
15.1. COPIANDO ARQUIVOS..............................................................................................................74
15.2. VERIFICANDO O TAMANHO DE UM ARQUIVO...........................................................................74
15.3. VERIFICANDO SE UM ARQUIVO EXISTE....................................................................................74
15.4. LIMPANDO O CACHE................................................................................................................74
15.5. ABRINDO ARQUIVOS PARA LEITURA E/OU ESCRITA.................................................................75

3
15.6. LENDO DE UM ARQUIVO..........................................................................................................76
15.7. ESCREVENDO EM UM ARQUIVO...............................................................................................77
15.8. EXEMPLO.................................................................................................................................77
15.9. UPLOADS COM FORMULÁRIOS HTML.....................................................................................78
16. Bibliografia e Referências.......................................................................................................................................80

4
1. Introdução

1.1. Client-Side Scripts X Server-Side Scripts


As aplicações client-side são aquelas em que o código é interpretado no cliente, no caso do HTTP,
pelo navegador (Internet Explorer, Netscape Navigator, Opera,...) no computador da pessoa que está
navegando pelas páginas que você criar. Atualmente o principal exemplo de scripts client-side é o
javascript, suportado pelos principais navegadores do mercado. Veja ilustração da figura 1.1.

Figura 1.1) Funcionamento de scripts client-side

Nos scripts server-side, o código é interpretado na máquina servidora, e não é passado ao navegador
nenhum código a interpretar, conforme o esquema ilustrado pela figura 1.2. Os principais exemplos de
linguagens tipo server-side da atualidade são o ASP (Microsoft), PHP (Código livre – Linux) e PERL.

Figura 2.2) Funcionamento de scripts Server-side


No caso do PHP (e na maioria das linguagens), o passo 4 da figura 1.2 pode incluir consultas a bancos
de dados, o que dá grande poder as aplicações desenvolvidas desta forma.
As aplicações client-side possuem a grande vantagem de não concentrar o processamento em uma
única máquina, o servidor, evitando assim um perigoso “gargalo” que, se não dimensionado

5
corretamente, pode comprometer em muito o desempenho do sistema. Por outro lado, estes scripts
necessitam que a máquina do cliente, a qual você normalmente não tem acesso, possua o interpretador
correto na versão correta, para que sua página funcione a contento. Isto limita o desenvolvimento ‘as
versões mais comuns dos interpretadores, dificultando upgrades e eventuais trocas de plataformas.
As aplicações server-side ainda trazem vantagens quanto a segurança, já que seu programa não é
enviado para a execução no cliente e, portanto, fica mais difícil de ser analisado (ou copiado) por
qualquer pessoa. Além disto a execução é feita em um ambiente sobre o qual o programador tem mais
controle (o servidor).

1.2. O que é PHP?


PHP é uma linguagem interpretada no servidor, cujo código fica embutido no HTML, ou seja, no meio
de uma página HTML convencional podemos incluir código PHP por meio de um marcador especial
<?PHP ...Código php... ?>
A linguagem PHP foi concebida durante o outono de 1994 por Rasmus Lerdorf. As primeiras versões
não foram disponibilizadas, tendo sido utilizadas em sua home-page apenas para que ele pudesse ter
informações sobre as visitas que estavam sendo feitas. A primeira versão utilizada por outras pessoas
foi disponibilizada em 1995, e ficou conhecida como “Personal Home Page Tools” (ferramentas para
página pessoal). Era composta por um sistema bastante simples que interpretava algumas macros e
alguns utilitários que rodavam “por trás” das home-pages: um livro de visitas, um contador e algumas
outras coisas.
Em meados de 1995 o interpretador foi reescrito, e ganhou o nome de PHP/FI, o “FI” veio de um
outro pacote escrito por Rasmus que interpretava dados de formulários HTML (Form Interpreter). Ele
combinou os scripts do pacote Personal Home Page Tools com o FI e adicionou suporte a mSQL,
nascendo assim o PHP/FI, que cresceu bastante, e as pessoas passaram a contribuir com o projeto.
Estima-se que em 1996 PHP/FI estava sendo usado por cerca de 15.000 sites pelo mundo, e em
meados de 1997 esse número subiu para mais de 50.000. Nessa época houve uma mudança no
desenvolvimento do PHP. Ele deixou de ser um projeto de Rasmus com contribuições de outras
pessoas para ter uma equipe de desenvolvimento mais organizada. O interpretador foi reescrito por
Zeev Suraski e Andi Gutmans, e esse novo interpretador foi a base para a versão 3.
O lançamento do PHP4, ocorrido em 22/05/2000, trouxe muitas novidades aos programadores de PHP.
Uma das principais foi o suporte a sessões, bastante útil pra identificar o cliente que solicitou
determinada informação. Além das mudanças referentes a sintaxe e novos recursos de programação, o
PHP4 trouxe como novidade um otimizador chamado Zend, que permite a execução muito mais rápida
de scripts PHP. A empresa que produz o Zend promete o lançamento de um compilador de PHP.
Códigos compilados serão executados mais rapidamente, além de proteger o fonte da aplicação.

6
1.3. O que pode ser feito com PHP?
Basicamente, qualquer coisa que pode ser feita por algum programa CGI pode ser feita também com
PHP, como coletar dados de um formulário, gerar páginas dinamicamente ou enviar e receber cookies.
PHP também tem como uma das características mais importantes o suporte a um grande número de
bancos de dados, como dBase, Interbase, mSQL, mySQL, Oracle, Sybase, PostgreSQL e vários outros.
Construir uma página baseada em um banco de dados torna-se uma tarefa extremamente simples com
PHP.
Além disso, PHP tem suporte a outros serviços através de protocolos como IMAP, SNMP, NNTP,
POP3 e, logicamente, HTTP. Ainda é possível abrir sockets e interagir com outros protocolos.

7
2. Enviando Dados para o Servidor HTTP
Programar para a web pode ser considerado como um jogo que consiste em receber os dados do
usuário, processá-los e enviar a resposta dinâmica. Uma vez enviada a resposta, é encerrado o contato
entre o servidor e o cliente. Portanto a primeira coisa a aprender é como fazer para receber os dados
enviados pelo navegador no servidor.
O protocolo HTTP provê dois principais métodos para enviar informações para o servidor web: POST
e GET.
O protocolo HTTP/1.0 também especifica o método HEAD, utilizado apenas para transmitir
informações do header (cabeçalho), além dos métodos PUT e DELETE, que não serão abordados neste
curso.

2.1. O método GET


A especificação do protocolo HTTP/0.9 (a primeira implementação do HTTP) possuía a definição do
método GET, utilizado pelo navegador para solicitar um documento específico.
Por exemplo: a seguinte requisição HTTP retornaria o documento "index.html", localizado no diretório
do servidor chamado “teste”:

GET /teste/index.html CRLF


A requisição GET inicia com a palavra GET, inclui uma referência ao documento solicitado e encerra
com a combinação dos caracteres carriage return e line feed.

GET /index.php?id=0024horas&tipo=Taxi
No exemplo são passados dois parâmetros: id e tipo. Esses parâmetros estão no formato conhecido por
URLencode, que é detalhado no capítulo 09.
Apesar de ser possível passar parâmetros utilizando o método GET, e com isso gerar páginas
dinamicamente, este método tem pelo menos dois problemas que em determinadas circunstâncias
podem ser considerados sérios:
O primeiro é que o GET limita a quantidade de dados passados a 1024 caracteres, o que pode gerar
perda de informações em certos casos.
O segundo é que pelo fato de que as informações fazem parte da URL, todos os dados podem ser
vistos pelo usuário. Isso pode ser extremamente perigoso quando informações sigilosas estão
envolvidas (senha, por exemplo).

2.2. Headers
A versão 1.0 do protocolo HTTP trouxe boas inovações ao mesmo. Uma delas foi a criação de headers
nas mensagens de requisição e de resposta. Os headers são informações trocadas entre o navegador e o
servidor de maneira transparente ao usuário, e podem conter dados sobre o tipo e a versão do

8
navegador, a página de onde partiu a requisição (link), os tipos de arquivos aceitos como resposta, e
uma série de outras informações.
Assim foi possível definir um outro método de requisição de arquivos, que resolveu os principais
problemas do método GET.

2.3. O método POST


Através da utilização de headers é possível enviar os parâmetros da URL solicitada sem expor esses
dados ao usuário, e também sem haver um limite de tamanho.
Uma conexão ao servidor HTTP utilizando o método POST seria algo semelhante ao que segue:

POST /index.php
Accept */*
Content-type: application/x-www-form-urlencoded
Content-length:22

id=0024horas&tipo=Taxi

Os headers enviados ao servidor: a linha “Accept” informa os tipos de dados que podem ser enviados
como resposta (no caso, todos). A linha “Content-type” informa o tipo de dado que está sendo enviado
(urlencoded). O terceiro header é o mais importante, pois informa o tamanho do corpo da mensagem,
que contém os parâmetros. Após todos os headers, há um salto de linha e então é iniciado o corpo da
mensagem, no formato urlencoded.
Obviamente o usuário não deve se preocupar com os headers, em codificar os dados ou em calcular o
tamanho do corpo da mensagem. O navegador faz isso de maneira transparente.

2.4. Utilizando GET e POST


O método GET pode ser utilizado através da digitação de um endereço no local apropriado do
navegador ou através de um hiperlink, ou seja, uma referência de uma página a outra. Nesses casos é
preciso converter os dados para o formato urlencode. A terceira maneira de utilizar o GET é através de
formulários HTML, e neste caso o usuário não precisa se preocupar com a codificação dos dados. A
utilização de formulários HTML é a única maneira possível de submeter dados pelo método POST.

9
3. Formulários HTML

3.1. Definindo um formulário


Por ser uma linguagem de marcação, a sintaxe do HTML na maioria dos casos exige uma “tag” de
início e uma de final daquele bloco. É Exatamente isso que ocorre com a definição de um formulário:
uma tag no início e outra no final, sendo que todos os elementos do formulário devem estar entre as
duas tags. Isto torna possível a inclusão de mais de um formulário num mesmo HTML. As tags citadas
são:

<form name=”” action=”” method=”” enctype=””>


Aqui entra o formulário propriamente dito
</form>
Onde temos:
 name: o identificador do formulário. Utilizado principalmente em Scripts client-side (JavaScript)
Este parâmetro é normalmente omitido se não forem utilizados scripts client-side.
 action: nome do script que receberá os dados do formulário ao ser submetido (no nosso caso, um
script em PHP). Mais à frente será abordado a maneira de tratar esses dados recebidos;
 method: método de envio dos dados: GET ou POST (usualmente utiliza-se o POST);

 enctype: formato em que os dados serão enviados. O default é urlencoded. Se for utilizado um
elemento do tipo upload de arquivo (file) é preciso utilizar o tipo multipart/form-data (este
parâmetro é usualmente omitido).

Exemplo:
<form action="exemplo.php" method="post">

(textos e elementos do form)

</form>
Cada elemento do formulário deve possuir um nome que irá identificá-lo no momento em que o script
indicado no ACTION for tratar os dados.

3.2. A tag <input>


Muitos elementos de um formulário html são definidos pela tag <input>. Cada tipo de elemento
possui parâmetros próprios, mas todos possuem pelo menos dois parâmetros em comum: type, que
define o tipo de elemento, e name, que como já foi dito define o nome daquele elemento.

10
3.3. Campo de Texto

<input type="text" name="" value="" size="" maxlength="">


O campo mais comum em formulários. Exibe na tela um campo para entrada de texto com apenas uma
linha.

Parâmetros:

 Value – o valor pré-definido do elemento, que aparecerá quando a página for carregada;
 Size – O tamanho do elemento na tela, em caracteres;
 Maxlength – O tamanho máximo do texto contido no elemento, em caracteres;

3.4. Campo de Texto com Máscara

<input type="password" name="" value="" size="" maxlength="">

Tipo de campo semelhante ao anterior, com a diferença que neste caso os dados digitados são
substituídos por asteriscos, e por isso são os mais recomendados para campos que devam conter
senhas. É importante salientar que nenhuma criptografia é utilizada. Apenas não aparece na tela o que
está sendo digitado.

Parâmetros:Os mesmos do campo de texto

3.5. Checkbox

<input type="checkbox" name="" value="" checked>

Utilizado para campos de múltipla escolha, onde o usuário pode marcar mais de uma opção.

Parâmetros:

 Value – o valor que será enviado ao servidor quando o formulário for submetido, no caso do
campo estar marcado
 Checked – O estado inicial do elemento. Quando presente, o elemento já aparece marcado;

3.6. Radio Button

<input type="radio" name="" value="" checked>

11
Utilizado para campos de múltipla escolha, onde o usuário pode marcar apenas uma opção. Para
agrupar vários elementos deste tipo, fazendo com que eles sejam exclusivos, basta atribuir o mesmo
nome a todos do grupo.

Parâmetros:

 Value – o valor que será enviado ao servidor quando o formulário for submetido, no caso do
campo estar marcado
 Checked – O estado inicial do elemento. Quando presente, o elemento já aparece marcado;

3.7. Submit Button

<input type="submit" name="" value="">

Utilizado para enviar os dados do formulário para o script descrito na seção “action” da definição do
formulário

Parâmetros:

 Value – o texto que aparecerá no corpo do botão.

3.8. Reset Button

<input type="reset" name="" value="">

Utilizado para fazer todos os campos do formulário retornem ao valor original, quando a página foi
carregada. Bastante utilizado como botão “limpar”, mas na realidade só limpa os campos se todos eles
têm como valor uma string vazia.

Parâmetros:

 Value – o texto que aparecerá no corpo do botão.

3.9. TextArea
<textarea cols="" rows="" name="" wrap="">texto</textarea>

Exibe na tela uma caixa de texto, com o tamanho definido pelos parâmetros “cols” e “rows”.

Parâmetros:

 Cols – número de colunas do campo, em caracteres;


 Rows– número de linhas do campo, em caracteres;

12
 Wrap – Maneira como são tratadas as quebras de linha automáticas. O valor soft faz com que o
texto “quebre” somente na tela, sendo enviado para o servidor o texto da maneira como foi
digitado; O valor “hard” faz com que seja enviado para o servidor da maneira como o texto
aparece na tela, com todas as quebras de linhas inseridas automaticamente; o valor “off” faz
com que o texto não quebre na tela e nem quando enviado ao servidor.
 Value – O elemento do tipo textarea não possui o parâmetro “value”. O valor pré-definido do
campo é o texto que fica entre as tags <textarea> e </textarea>.

3.10. Select
<select name="" size="" multiple>
<option value="">texto</option>
</select>

Se o parâmetro “size” tiver o valor 1 e não houver o parâmetro “multiple”, exibe na tela uma “combo
box”. Caso contrário, exibe na tela uma “select list”.

Parâmetros:

 Size – número de linhas exibidas. Default: 1;


 Multiple – parâmetro que, se presente, permite que sejam selecionadas duas ou mais linhas,
através das teclas Control ou Shift;
 option – Cada item do tipo “option” acrescenta uma linha ao select;
 value – Valor a ser enviado ao servidor se aquele elemento for selecionado. Default: o texto do
item;
 text – valor a ser exibido para aquele item. Não é definido por um parâmetro, mas pelo texto
que fica entre as tags <option> e </option>

3.11. Upload de arquivos


<input type="file" name="" size="">
Exibe na tela do navegador um campo de texto e um botão, que ao clicado abre uma janela para
localizar um arquivo no disco. Para utilizar este tipo de componente, o formulário deverá utilizar o
método “POST” e ter o parâmetro “enctype” com o valor "multipart/form-data".

Parâmetros:

 Size – O tamanho do campo de texto exibido.

13
4. Instalação e configuração em ambiente windows

4.1. Introdução
Apesar de desenvolvido originalmente para o ambiente LINUX, atualmente podemos encontrar
versões para o Windows do PHP, que pode ser utilizado com os servidores de HTTP da Microsoft (IIS
ou PWS) ou com a versão para o Windows do Apache.
Mesmo sendo as versões destes softwares adaptadas para o Windows, muitas de suas características
são herdadas do mundo LINUX como, por exemplo, possuir arquivos de configuração do tipo texto no
lugar de uma opção de menu com uma tela gráfica (normalmente utilizada no Windows).
Este documento foi escrito em julho de 2003, quando as últimas versões dos softwares citados eram as
indicadas abaixo. Tenha em mente que novas versões podem necessitar de alterações nos
procedimentos.

4.2. Servidor Apache (versão 2.0.47)


O servidor HTTP que será utilizado neste curso é o Apache, que está disponível para download em

http://www.apache.org
A instalação do Apache é bastante simples, similar a qualquer aplicação windows. A única restrição é
que o winsock2 deve estar instalado no sistema. Se não estiver, o download pode ser feito em:
http://www.microsoft.com/windows95/downloads/contents/wuadmintools/s_wunet
workingtools/w95sockets2/
Depois de instalado, é necessário fazer a configuração do servidor, através do arquivo httpd.conf.
Todas as configurações estão comentadas. O mínimo que deve ser configurado é o diretório onde os
documentos estarão, através da opção DocumentRoot. Basta procurar a opção e escrever o nome do
diretório em seguida, como no exemplo:

DocumentRoot "C:\site\"
Se você não alterar o diretório dos documentos, conforme sugerido acima, eles deverão ser postos no
E:\Arquivos de programas\Apache Group\Apache2\htdocs
Uma outra configuração básica é a DirectoryIndex, que informa ao servidor quais os arquivos
serão exibidos automaticamente como índice do diretório. É isso que faz com que ao digitar, por
exemplo, “www.guia-aju.com.br”, o servidor saiba qual dos arquivos do diretório deve ser exibido.
Abaixo temos um exemplo da utilização do DirectoryIndex:

DirectoryIndex index.html index.htm index.php


Feito isso, crie um arquivo com um dos nomes definidos como índice e coloque no diretório definido
como root. Execute o servidor Apache e tente acessar o endereço “http://localhost” pelo navegador. Se
a página for exibida, é porque o servidor foi instalado corretamente.

14
4.3. PHP (versão 4.3.2)
O PHP pode ser conseguido em “www.php.net”, e sua instalação também é simples. Basta
descompactar os arquivos para o diretório “c:\php” e editar o arquivo de configuração. O arquivo
“php.ini-dist” deve ser copiado para o diretório do windows (geralmente c:\windows ou c:\winnt) com
o nome php.ini. Depois de copiado, o arquivo pode ser editado, bastando modificar a linha
extension_dir, que deve conter o diretório onde estão os módulos (c:\php). Veja o exemplo:

extension_dir = c:\php
Além disso é necessário descomentar a linha referente o módulo mysql, já que iremos utilizá-lo basta
tirar o “;” (ponto-e-vírgula) do início da linha:

;extension=php_mysql.dll
Feito isso, podemos partir para a configuração do servidor Apache, necessária para que este reconheça
o PHP. Editando novamente o arquivo httpd.conf, as linhas a seguir devem ser adicionadas no final do
arquivo:
LoadModule php4_module c:/php/sapi/php4apache2.dll
AddType application/x-httpd-php .php
A dll “php4apache2.dll” será então chamada, pelo apache, a interpretar páginas que contenham código
php. Apnas um último ajuste é necessário pois “php4apache2.dll” utiliza uma outra dll chamada
“php4ts”. Localize e copie este arquivo para o mesma pasta de “php4apache2.dll”. (estas informações
constam, em maiores detalhes no arquivo “install.txt” fornecido com o php)

Depois de salvar o arquivo, podemos testar se a instalação do PHP foi bem sucedida. A melhor
maneira é criar um arquivo chamado teste.php e salvar no diretório raiz do servidor Apache. O arquivo
deve conter a seguinte informação:

<?
phpinfo();
?>

Acessando a página através do servidor (http://localhost/teste.php), devemos ter como resultado uma
listagem de todas as configurações do PHP, incluindo o módulo mysql, que foi definido como ativo no
arquivo php.ini.

4.4. mySQL (4.0.13)


O banco de dados mySQL pode ser conseguido em “http://www.mysql.com”. Sua instalação também é
bastante simples, também no modelo de instalação de qualquer aplicativo para Windows.

15
As configurações necessárias são relativas a segurança, e exigem um conhecimento mais avançado de
administração de servidores. Como essa instalação destina-se apenas a praticar o PHP, não é
necessário fazer muitas alterações na segurança, bastando apenas saber como adicionar usuários.
Para isto, basta utilizar o comando GRANT, que tem a seguinte sintaxe:

GRANT privilegio [(lista_colunas)]


[, privilegio [(colunas)] ...]
ON {tabela | * | *.* | db.*}
TO usuario [IDENTIFIED BY ’senha']
[, usuario [IDENTIFIED BY ’senha'] ...]
[WITH GRANT OPTION]

Onde privilégio é uma das palavras reservadas listadas a seguir:

ALL PRIVILEGES INDEX SHUTDOWN DROP


FILE SELECT DELETE REFERENCES
RELOAD CREATE PROCESS USAGE
ALTER INSERT UPDATE

Cada palavra representa um tipo de acesso à(s) coluna(s), tabela(s) ou base(s) de dados listadas logo
depois da cláusula ON.
Usuário deve conter o nome do usuário (login) e o host permitido (ex.: teste@localhost).
Abaixo temos um exemplo da utilização do comando grant:

GRANT SELECT, INSERT, UPDATE ON *


TO vivas@localhost IDENTIFIED BY “senhateste”;

O exemplo cria o usuário “vivas”, com a senha “senhateste”, que só pode acessar da mesma máquina
onde está o servidor (localhost), e só pode utilizar os comandos select, insert e update.
Também é possível adicionar usuários utilizando o comando INSERT, pra alterar diretamente na
tabela de privilégios, que é a tabela “user” da base de dados “mysql”, que possui os campos para
definir nome de usuário, host, senha, e permissões específicas.

4.5. PHPTriad
Pode ser encontrado ainda, com bastante facilidade, em vários sites para download, o PHPTriad. Um
pacote que instala de uma só vez as versões para Windows do Apache, PHP, MySQL e PERL. O
pacote cabe em aproximadamente 11 Mbytes.

16
O PHPTriad era originalmente distribuído livre de custos porém, atualmente, a empresa que produz o
pacote trocou o nome do produto para SOKKIT (www.sokkit.net) e cobra uma pequena taxa (aprox
US$20,00) para sua utilização.
Aconselhamos firmemente que o leitor utilize os pacotes gratuitos, instalando cada software
independentemente, no entanto, para efeito de testes rápidos, quando não for possível a primeira
opção, ainda existem muitas versões do PHPTriad na Web, gratuita, desatualizada , mas que pode ser
útil para um “quebra-galho”.

17
5. Sintaxe Básica

5.1. Delimitando o código PHP

O código PHP fica embutido no próprio HTML. O interpretador identifica quando um código é PHP
pelas seguintes tags:

<?php
comandos
?>

<script language=”php”>
comandos
</script>

<?
comandos
?>

<%
comandos
%>

O tipo de tags mais utilizado é o terceiro, que consiste em uma “abreviação” do primeiro. Para utilizá-
lo, é necessário habilitar a opção short-tags na configuração do PHP. O último tipo serve para facilitar
o uso por programadores acostumados à sintaxe de ASP. Para utilizá-lo também é necessário habilitá-
lo no PHP, através do arquivo de configuração php.ini.

5.2. Separador de instruções


Entre cada instrução em PHP é preciso utilizar o ponto-e-vírgula, assim como em C, Perl e outras
linguagens mais conhecidas. Na última instrução do bloco de script não é necessário o uso do ponto-e-
vírgula, mas por questões estéticas recomenda-se o uso sempre.

5.3. Nomes de variáveis


Toda variável em PHP tem seu nome composto pelo caracter $ e uma string, que deve iniciar por uma
letra ou o caracter “_”. PHP é case sensitive, ou seja, as variáveis $vivas e $VIVAS são diferentes.
Por isso é preciso ter muito cuidado ao definir os nomes das variáveis. É bom evitar os nomes em

18
maiúsculas, pois como veremos mais adiante, o PHP já possui alguma variáveis pré-definidas cujos
nomes são formados por letras maiúsculas.

5.4. Comentários
Há dois tipos de comentários em código PHP:

Comentários de uma linha:


Marca como comentário até o final da linha ou até o final do bloco de código PHP – o que vier antes.
Pode ser delimitado pelo caracter “#” ou por duas barras ( // ).

Exemplo:
<? echo “teste”; #isto é um teste ?>
<? echo “teste”; //este teste é similar ao anterior ?>

Comentários de mais de uma linha:


Tem como delimitadores os caracteres “/*” para o início do bloco e “*/” para o final do comentário.
Se o delimitador de final de código PHP ( ?> ) estiver dentro de um comentário, não será
reconhecido pelo interpretador.

Exemplos:
<?
echo “teste”; /* Isto é um comentário com mais
de uma linha, mas não funciona corretamente ?>
*/
<?
echo “teste”; /* Isto é um comentário com mais
de uma linha que funciona corretamente
*/
?>

5.5. Imprimindo código html


Um script php geralmente tem como resultado uma página html, ou algum outro texto. Para gerar esse
resultado, deve ser utilizada uma das funções de impressão, echo e print. Para utilizá-las deve-se
utilizar um dos seguintes formatos:

print(argumento);
echo (argumento1, argumento2, ... );
echo argumento;

19
6. Tipos

6.1. Tipos Suportados


PHP suporta os seguintes tipos de dados:

Inteiro
Ponto flutuante
String
Array
Objeto
PHP utiliza checagem de tipos dinâmica, ou seja, uma variável pode conter valores de diferentes tipos
em diferentes momentos da execução do script. Por este motivo não é necessário declarar o tipo de
uma variável para usá-la. O interpretador PHP decidirá qual o tipo daquela variável, verificando o
conteúdo em tempo de execução.
Ainda assim, é permitido converter os valores de um tipo para outro desejado, utilizando o typecasting
ou a função settype (ver adiante).

Inteiros (integer ou long)


Uma variável pode conter um valor inteiro com atribuições que sigam as seguintes sintaxes:

$vivas = 1234; # inteiro positivo na base decimal


$vivas = -234; # inteiro negativo na base decimal
$vivas = 0234; # inteiro na base octal-simbolizado pelo 0
# equivale a 156 decimal
$vivas = 0x34; # inteiro na base hexadecimal(simbolizado
# pelo 0x) – equivale a 52 decimal.
A diferença entre inteiros simples e long está no número de bytes utilizados para armazenar a
variável. Como a escolha é feita pelo interpretador PHP de maneira transparente para o usuário,
podemos afirmar que os tipos são iguais.

Números em Ponto Flutuante (double ou float)


Uma variável pode ter um valor em ponto flutuante com atribuições que sigam as seguintes sintaxes:

$vivas = 1.234;
$vivas = 23e4; # equivale a 230.000

Strings
Strings podem ser atribuídas de duas maneiras:

20
 utilizando aspas simples ( ' ) – Desta maneira, o valor da variável será exatamente o texto
contido entre as aspas (com exceção de \\ e \' – ver tabela abaixo)
 utilizando aspas duplas ( " ) – Desta maneira, qualquer variável ou caracter de escape será
expandido antes de ser atribuído.
Exemplo:

<?
$teste = "Mauricio";
$vivas = '---$teste--\n';
echo "$vivas";
?>
A saída desse script será "---$teste--\n".

<?
$teste = "Mauricio";
$vivas = "---$teste---\n";
echo "$vivas";
?>
A saída desse script será "---Mauricio--" (com uma quebra de linha no final).
A tabela seguinte lista os caracteres de escape:

Sintaxe Significado
\n Nova linha
\r Retorno de carro (semelhante a \n)
\t Tabulação horizontal
\\ A própria barra ( \ )
\$ O símbolo $
\’ Aspa simples
\” Aspa dupla

Arrays
Arrays em PHP podem ser observados como mapeamentos ou como vetores indexados. Mais
precisamente, um valor do tipo array é um dicionário onde os índices são as chaves de acesso. Vale
ressaltar que os índices podem ser valores de qualquer tipo e não somente inteiros. Inclusive, se os
índices forem todos inteiros, estes não precisam formar um intervalo contínuo
Como a checagem de tipos em PHP é dinâmica, valores de tipos diferentes podem ser usados como
índices de array, assim como os valores mapeados também podem ser de diversos tipos.

Exemplo:
<?
$cor[1] = “vermelho”;

21
$cor[2] = “verde”;
$cor[3] = “azul”;
$cor[“teste”] = 1;
?>

Equivalentemente, pode-se escrever:

<?
$cor = array(1 => “vermelho, 2 => “verde, 3 => “azul”, “teste => 1);
?>

Listas
As listas são utilizadas em PHP para realizar atribuições múltiplas. Através de listas é possível atribuir
valores que estão num array para variáveis. Vejamos o exemplo:

Exemplo:
list($a, $b, $c) = array(“a”, “b”, “c”);
O comando acima atribui valores às três variáveis simultaneamente. É bom notar que só são atribuídos
às variáveis da lista os elementos do array que possuem índices inteiros e não negativos. No exemplo
acima as três atribuições foram bem sucedidas porque ao inicializar um array sem especificar os
índices eles passam a ser inteiros, a partir do zero. Um fator importante é que cada variável da lista
possui um índice inteiro e ordinal, iniciando com zero, que serve para determinar qual valor será
atribuído. No exemplo anterior temos $a com índice 0, $b com índice 1 e $c com índice 2. Vejamos
um outro exemplo:

$arr = array(1=>”um”,3=>”tres”,”a”=>”letraA”,2=>”dois);
list($a,$b,$c,$d) = $arr;
Após a execução do código acima temos os seguintes valores:

$a == null
$b == “um”
$c == “dois”
$d == “tres”
Devemos observar que à variável $a não foi atribuído valor, pois no array não existe elemento com
índice 0 (zero). Outro detalhe importante é que o valor “tres” foi atribuído à variável $d, e não a $b,
pois seu índice é 3, o mesmo que $d na lista. Por fim, vemos que o valor “letraA” não foi atribuído a
elemento algum da lista pois seu índice não é inteiro.
Os índices da lista servem apenas como referência ao interpretador PHP para realizar as atribuições,
não podendo ser acessados de maneira alguma pelo programador. De maneira diferente do array, uma

22
lista não pode ser atribuída a uma variável, servindo apenas para fazer múltiplas atribuições através de
um array.
No apêndice 02 está disponível uma lista das funções mais comuns para o tratamento de arrays.

Objetos
Um objeto pode ser inicializado utilizando o comando new para instanciar uma classe para uma
variável.

Exemplo:
class teste {
function nada() {
echo “nada”;
}
}

$vivas = new teste;


$vivas -> nada();
A utilização de objetos será mais detalhada mais à frente.

Booleanos
PHP não possui um tipo booleano, mas é capaz de avaliar expressões e retornar true ou false, através
do tipo integer: é usado o valor 0 (zero) para representar o estado false, e qualquer valor diferente de
zero (geralmente 1) para representar o estado true.

6.2. Transformação de tipos


A transformação de tipos em PHP pode ser feita das seguintes maneiras:

Coerções
Quando ocorrem determinadas operações (“+”, por exemplo) entre dois valores de tipos diferentes, o
PHP converte o valor de um deles automaticamente (coerção). É interessante notar que se o operando
for uma variável, seu valor não será alterado.
O tipo para o qual os valores dos operandos serão convertidos é determinado da seguinte forma: Se um
dos operandos for float, o outro será convertido para float, senão, se um deles for integer, o
outro será convertido para integer.

Exemplo:
$vivas = “1”; // $vivas é a string “1”
$vivas = $vivas + 1; // $vivas é o integer 2
$vivas = $vivas + 3.7;// $vivas é o double 5.7

23
$vivas = 1 + 1.5 // $vivas é o double 2.5
Como podemos notar, o PHP converte string para integer ou double mantendo o valor. O
sistema utilizado pelo PHP para converter de strings para números é o seguinte:
É analisado o início da string. Se contiver um número, ele será avaliado. Senão, o valor será 0
(zero);
O número pode conter um sinal no início (“+” ou “-“);
Se a string contiver um ponto em sua parte numérica a ser analisada, ele será considerado, e o valor
obtido será double;
Se a string contiver um “e” ou “E” em sua parte numérica a ser analisada, o valor seguinte será
considerado como expoente da base 10, e o valor obtido será double;

Exemplos:
$vivas = 1 + “10.5”; // $vivas == 11.5
$vivas = 1 + “-1.3e3”; // $vivas == -1299
$vivas = 1 + “teste10.5”; // $vivas == 1
$vivas = 1 + “10testes”; // $vivas == 11
$vivas = 1 + " 10testes"; // $vivas == 11
$vivas = 1 + "+ 10testes"; // $vivas == 1

Transformação explícita de tipo:


A sintaxe do typecast de PHP é semelhante ao C: basta escrever o tipo entre parenteses antes do valor

Exemplo:
$vivas = 15; // $vivas é integer (15)
$vivas = (double) $vivas // $vivas é double (15.0)
$vivas = 3.9 // $vivas é double (3.9)
$vivas = (int) $vivas // $vivas é integer (3)
// o valor decimal é truncado
Os tipos de cast permitidos são:
(int), (integer) Þ muda para integer;
(real), (double), (float) Þ muda para float;
(string) Þ muda para string;
(array) Þ muda para array;
(object) Þ muda para objeto.

Com a função settype


A função settype converte uma variável para o tipo especificado, que pode ser “integer”, “double”,
“string”, “array” ou “object”.

24
Exemplo:
$vivas = 15; // $vivas é integer
settype($vivas,double) // $vivas é double

25
7. Operadores

7.1. Aritméticos
Só podem ser utilizados quando os operandos são números (integer ou float). Se forem de outro tipo,
terão seus valores convertidos antes da realização da operação.
+ Adição
- Subtração
* Multiplicação
/ Divisão
% Módulo

7.2. Para strings


Só há um operador exclusivo para strings:

. (ponto) concatenação

7.3. Atribuição
Existe um operador básico de atribuição e diversos derivados. Sempre retornam o valor atribuído. No
caso dos operadores derivados de atribuição, a operação é feita entre os dois operandos, sendo
atribuído o resultado para o primeiro. A atribuição é sempre por valor, e não por referência.

= atribuição simples
+= atribuição com adição
-= atribuição com subtração
*= atribuição com multiplicação
/= atribuição com divisão
%= atribuição com módulo
.= atribuição com concatenação
Exemplo:
$a = 7;
$a += 2; // $a passa a conter o valor 9

7.4. bit a bit


Comparam dois números bit a bit.
& “e” lógico
| “ou” lógico
^ ou exclusivo

26
~ não (inversão)
<< shift left
>> shift right

7.5. Lógicos
Utilizados para inteiros representando valores booleanos

and “e” lógico


or “ou” lógico
xor ou exclusivo
! não (inversão)
&& “e” lógico
|| “ou” lógico

Existem dois operadores para “e” e para “ou porque eles têm diferentes posições na ordem de
precedência.

7.6. Comparação
As comparações são feitas entre os valores contidos nas variáveis, e não as referências. Sempre
retornam um valor booleano.

== igual a
!= diferente de
< menor que
> maior que
<= menor ou igual a
>= maior ou igual a

7.7. Expressão condicional


Existe um operador de seleção que é ternário. Funciona assim:

(expressao1)?(expressao2):( expressao3)
o interpretador PHP avalia a primeira expressão. Se ela for verdadeira, a expressão retorna o valor de
expressão2. Senão, retorna o valor de expressão3.

7.8. Incremento e Decremento

++ Incremento
-- Decremento

27
Podem ser utilizados de duas formas: antes ou depois da variável. Quando utilizado antes, retorna o
valor da variável antes de incrementá-la ou decrementá-la. Quando utilizado depois, retorna o valor da
variável já incrementado ou decrementado.

Exemplos:
$a = $b = 10; // $a e $b recebem o valor 10
$c = $a++; // $c recebe 10 e $a passa a ter 11
$d = ++$b; // $d recebe 11, valor de $b já incrementado

28
8. Estruturas de Controle
As estruturas que veremos a seguir são comuns para as linguagens de programação imperativas,
bastando, portanto, descrever a sintaxe de cada uma delas, resumindo o funcionamento.

8.1. Blocos
Um bloco consiste de vários comandos agrupados com o objetivo de relacioná-los com determinado
comando ou função. Em comandos como if, for, while, switch e em declarações de funções
blocos podem ser utilizados para permitir que um comando faça parte do contexto desejado. Blocos em
PHP são delimitados pelos caracteres “{” e “}”. A utilização dos delimitadores de bloco em uma parte
qualquer do código não relacionada com os comandos citados ou funções não produzirá efeito algum,
e será tratada normalmente pelo interpretador.

Exemplo:
if ($x == $y)
comando1;
comando2;
Para que comando2 esteja relacionado ao if é preciso utilizar um bloco:

if ($x == $y){
comando1;
comando2;
}

8.2. Condicional (if, switch)


Permite executar comandos ou blocos de comandos com base em testes feitos durante a execução.

if
O mais trivial dos comandos condicionais é o if. Ele testa a condição e executa o comando indicado
se o resultado for true (valor diferente de zero). Ele possui duas sintaxes:

if (expressão)
comando ou bloco de colamdos;

O else é um complemento opcional para o if. Se utilizado, o comando será executado se a expressão
retornar o valor false (zero). Suas duas sintaxes são:

if (expressão)
comando ou bloco;
else

29
comando ou bloco;
A seguir, temos um exemplo do comando if utilizado com else:

if ($a > $b)


$maior = $a;
else
$maior = $b;

O exemplo acima coloca em $maior o maior valor entre $a e $b

Em determinadas situações é necessário fazer mais de um teste, e executar condicionalmente diversos


comandos ou blocos de comandos. Para facilitar o entendimento de uma estrutura do tipo:

if (expressao1)
comando1;
else
if (expressao2)
comando2;
else
if (expressao3)
comando3;
else
comando4;

foi criado o comando, também opcional elseif. Ele tem a mesma função de um else e um if
usados sequencialmente, como no exemplo acima. Num mesmo if podem ser utilizados diversos
elseif’s, ficando essa utilização a critério do programador, que deve zelar pela legibilidade de seu
script.
O comando elseif também pode ser utilizado com dois tipos de sintaxe. Em resumo, a sintaxe geral
do comando if fica das seguintes maneiras:

if (expressao1)
comando;
[ elseif (expressao2)
comando; ]
[ else
comando; ]
if (expressao1) :
comando;

30
. . .
comando;
[ elseif (expressao2)
comando;
. . .
comando; ]
[ else
comando;
. . .
comando; ]
endif;

switch
O comando switch atua de maneira semelhante a uma série de comandos if na mesma expressão.
Freqüentemente o programador pode querer comparar uma variável com diversos valores, e executar
um código diferente a depender de qual valor é igual ao da variável. Quando isso for necessário, deve-
se usar o comando switch. O exemplo seguinte mostra dois trechos de código que fazem a mesma
coisa, sendo que o primeiro utiliza uma série de if’s e o segundo utiliza switch:

if ($i == 0)
print “i é igual a zero”;
elseif ($i == 1)
print “i é igual a um”;
elseif ($i == 2)
print “i é igual a dois”;

switch ($i) {
case 0:
print “i é igual a zero”;
break;
case 1:
print “i é igual a um”;
break;
case 2:
print “i é igual a dois”;
break;
}

É importante compreender o funcionamento do switch para não cometer enganos. O comando


switch testa linha a linha os cases encontrados, e a partir do momento que encontra um valor igual ao

31
da variável testada, passa a executar todos os comandos seguintes, mesmo os que fazem parte de outro
teste, até o fim do bloco. por isso usa-se o comando break, quebrando o fluxo e fazendo com que o
código seja executado da maneira desejada. Veremos mais sobre o break mais adiante. Veja o
exemplo:

switch ($i) {
case 0:
print “i é igual a zero”;
case 1:
print “i é igual a um”;
case 2:
print “i é igual a dois”;
}

No exemplo acima, se $i for igual a zero, os três comandos “print” serão executados. Se $i for igual a
1, os dois últimos “print” serão executados. O comando só funcionará da maneira desejada se $i for
igual a 2.
Em outras linguagens que implementam o comando switch, ou similar, os valores a serem testados só
podem ser do tipo inteiro. Em PHP é permitido usar valores do tipo string como elementos de teste do
comando switch. O exemplo abaixo funciona perfeitamente:

switch ($s) {
case “casa”:
print “A casa é amarela”;
case “arvore”:
print “a árvore é bonita”;
case “lampada”:
print “joao apagou a lampada”;
}

8.3. Comandos de Repetição (while, for)

while
O while é o comando de repetição (laço) mais simples. Ele testa uma condição e executa um
comando, ou um bloco de comandos, até que a condição testada seja falsa. Assim como o if, o while
também possui duas sintaxes alternativas:

32
while (<expressao>)
<comando ou bloco>;

A expressão só é testada a cada vez que o bloco de instruções termina, além do teste inicial. Se o valor
da expressão passar a ser false no meio do bloco de instruções, a execução segue até o final do
bloco. Se no teste inicial a condição for avaliada como false, o bloco de comandos não será
executado.
O exemplo a seguir mostra o uso do while para imprimir os números de 1 a 10:

$i = 1;
while ($i <=10)
print $i++;

do... while
O laço do..while funciona de maneira bastante semelhante ao while, com a simples diferença que a
expressão é testada ao final do bloco de comandos. O laço do..while possui apenas uma sintaxe, que
é a seguinte:

do {
<comando>
. . .
<comando>
} while (<expressao>);

O exemplo utilizado para ilustrar o uso do while pode ser feito da seguinte maneira utilizando o do..
while:

$i = 0;
do {
print ++$i;
} while ($i < 10);

for
O tipo de laço mais complexo é o for. Para os que programam em C, C++ ou Java, a assimilação do
funcionamento do for é natural. Mas para aqueles que estão acostumados a linguagens como Pascal, há
uma grande mudança para o uso do for. As duas sintaxes permitidas são:

for (<inicializacao>;<condicao>;<incremento>)
<comando ou bloco>;

As três expressões que ficam entre parênteses têm as seguintes finalidades:

33
Inicialização: comando ou sequencia de comandos a serem realizados antes do inicio do laço. Serve
para inicializar variáveis.
Condição: Expressão booleana que define se os comandos que estão dentro do laço serão executados
ou não. Enquanto a expressão for verdadeira (valor diferente de zero) os comandos serão executados.
Incremento: Comando executado ao final de cada execução do laço.
Um comando for funciona de maneira semelhante a um while escrito da seguinte forma:

<inicializacao>
while (<condicao>) {
comandos
...
<incremento>
}

8.4. Quebra de fluxo (break, continue)

Break
O comando break pode ser utilizado em laços de do, for e while, além do uso já visto no comando
switch. Ao encontrar um break dentro de um desses laços, o interpretador PHP para imediatamente
a execução do laço, seguindo normalmente o fluxo do script.

while ($x > 0) {


...
if ($x == 20) {
echo “erro! x = 20”;
break;
...
}

No trecho de código acima, o laço while tem uma condição para seu término normal ($x <= 0), mas
foi utilizado o break para o caso de um término não previsto no início do laço. Assim o interpretador
seguirá para o comando seguinte ao laço.

Continue
O comando continue também deve ser utilizado no interior de laços, e funciona de maneira
semelhante ao break, com a diferença que o fluxo ao invés de sair do laço volta para o início dele.
Vejamos o exemplo:

34
for ($i = 0; $i < 100; $i++) {
if ($i % 2) continue;
echo “ $i “;
}

O exemplo acima é uma maneira ineficiente de imprimir os números pares entre 0 e 99. O que o laço
faz é testar se o resto da divisão entre o número e 2 é 0. Se for diferente de zero (valor lógico true) o
interpretador encontrará um continue, que faz com que os comandos seguintes do interior do laço
sejam ignorados, seguindo para a próxima iteração.

35
9. Funções

9.1. Definindo funções


A sintaxe básica para definir uma função é:

function nome_da_função([arg1, arg2, arg3]) {


Comandos;
... ;
[return <valor de retorno>];
}
Qualquer código PHP válido pode estar contido no interior de uma função. Como a checagem de tipos
em PHP é dinâmica, o tipo de retorno não deve ser declarado, sendo necessário que o programador
esteja atento para que a função retorne o tipo desejado. É recomendável que esteja tudo bem
documentado para facilitar a leitura e compreensão do código. Para efeito de documentação, utiliza-se
o seguinte formato de declaração de função:

tipo function nome_da_funcao(tipo arg1, tipo arg2, ...);


Este formato só deve ser utilizado na documentação do script, pois o PHP não aceita a declaração de
tipos. Isso significa que em muitos casos o programador deve estar atento ao tipos dos valores
passados como parâmetros, pois se não for passado o tipo esperado não é emitido nenhum alerta pelo
interpretador PHP, já que este não testa os tipos.

9.2. Valor de retorno


Toda função pode opcionalmente retornar um valor, ou simplesmente executar os comandos e não
retornar valor algum.
Não é possível que uma função retorne mais de um valor, mas é permitido fazer com que uma função
retorne um valor composto, como listas ou arrays.

9.3. Argumentos
É possível passar argumentos para uma função. Eles devem ser declarados logo após o nome da
função, entre parênteses, e tornam-se variáveis pertencentes ao escopo local da função. A declaração
do tipo de cada argumento também é utilizada apenas para efeito de documentação.

Exemplo:
function imprime($texto){
echo $texto;
}
imprime(“teste de funções”);

36
Passagem de parâmetros por referência
Normalmente, a passagem de parâmetros em PHP é feita por valor, ou seja, se o conteúdo da variável
for alterado, essa alteração não afeta a variável original.

Exemplo:
function mais5($numero) {
$numero += 5;
}

$a = 3;
mais5($a); //$a continua valendo 3
No exemplo acima, como a passagem de parâmetros é por valor, a função mais5 é inútil, já que após a
execução sair da função o valor anterior da variável é recuperado. Se a passagem de valor fosse feita
por referência, a variável $a teria 8 como valor. O que ocorre normalmente é que ao ser chamada uma
função, o interpretador salva todo o escopo atual, ou seja, os conteúdos das variáveis. Se uma dessas
variáveis for passada como parâmetro, seu conteúdo fica preservado, pois a função irá trabalhar na
verdade com uma cópia da variável. Porém, se a passagem de parâmetros for feita por referência, toda
alteração que a função realizar no valor passado como parâmetro afetará a variável que o contém.
Há duas maneiras de fazer com que uma função tenha parâmetros passados por referência: indicando
isso na declaração da função, o que faz com que a pasagem de parâmetros sempre seja assim; e
também na própria chamada da função. Nos dois casos utiliza-se o modificador “&”. Vejamos um
exemplo que ilustra os dois casos:

function mais5(&$num1, $num2) {


$num1 += 5;
$num2 += 5;
}

$a = $b = 1;
mais5($a, $b); /* Neste caso, só $num1 terá seu valor alterado, pois
a passagem por referência está definida na declaração da função. */
mais5($a, &$b); /* Aqui as duas variáveis terão seus valores
alterados. */

Argumentos com valores pré-definidos (default)


Em PHP é possível ter valores default para argumentos de funções, ou seja, valores que serão
assumidos em caso de nada ser passado no lugar do argumento. Quando algum parâmetro é declarado
desta maneira, a passagem do mesmo na chamada da função torna-se opcional.

37
function teste($vivas = “testando”) {
echo $vivas;
}

teste(); // imprime “testando”


teste(“outro teste”); // imprime “outro teste”

É bom lembrar que quando a função tem mais de um parâmetro, o que tem valor default deve ser
declarado por último:

function teste($figura = circulo, $cor) {


echo “a figura é um “, $figura, “ de cor “ $cor;
}

teste(azul);
/* A função não vai funcionar da maneira esperada, ocorrendo um erro
no interpretador. A declaração correta é: */

function teste2($cor, $figura = circulo) {


echo “a figura é um “, $figura, “ de cor “ $cor;
}

teste2(azul);

/* Aqui a funcao funciona da maneira esperada, ou seja, imprime o


texto: “a figura é um círculo de cor azul” */

9.4. Contexto
O contexto é o conjunto de variáveis e seus respectivos valores num determinado ponto do programa.
Na chamada de uma função, ao iniciar a execução do bloco que contém a implementação da mesma é
criado um novo contexto, contendo as variáveis declaradas dentro do bloco, ou seja, todas as variáveis
utilizadas dentro daquele bloco serão eliminadas ao término da execução da função.

9.5. Escopo
O escopo de uma variável em PHP define a porção do programa onde ela pode ser utilizada. Na
maioria dos casos todas as variáveis têm escopo global. Entretanto, em funções definidas pelo usuário
um escopo local é criado. Uma variável de escopo global não pode ser utilizada no interior de uma
função sem que haja uma declaração.

38
Exemplo:
$vivas = “Testando”;
function Teste() {
echo $vivas;
}
Teste();
O trecho acima não produzirá saída alguma, pois a variável $vivas é de escopo global, e não pode ser
referida num escopo local, mesmo que não haja outra com nome igual que cubra a sua visibilidade.
Para que o script funcione da forma desejada, a variável global a ser utilizada deve ser declarada.

Exemplo:
$vivas = “Testando”;
function Teste() {
global $vivas;
echo $vivas;
}
Teste();
Uma declaração “global” pode conter várias variáveis, separadas por vírgulas. Uma outra maneira de
acessar variáveis de escopo global dentro de uma função é utilizando um array pré-definido pelo PHP
cujo nome é $GLOBALS. O índice para a variável referida é o proprio nome da variável, sem o
caracter $. O exemplo acima e o abaixo produzem o mesmo resultado:

Exemplo:
$vivas = "Testando";
function Teste() {
echo $GLOBALS["vivas"]; // imprime $vivas
echo $vivas; // não imprime nada
}
Teste();

39
10. Variáveis e Constantes

10.1. Declaração de uma variável


Como a tipagem em PHP é dinâmica, as variáveis não precisam ser declaradas. Uma variável é
inicializada no momento em que é feita a primeira atribuição. O tipo da variável será definido de
acordo com o valor atribuído.

10.2. O modificador static


Uma variável estática é visível num escopo local, mas ela é inicializada apenas uma vez e seu valor
não é perdido quando a execução do script deixa esse escopo. Veja o seguinte exemplo:

function Teste() {
$a = 0;
echo $a;
$a++;
}

O último comando da função é inútil, pois assim que for encerrada a execução da função a variável $a
perde seu valor. Já no exemplo seguinte, a cada chamada da função a variável $a terá seu valor
impresso e será incrementada:

function Teste() {
static $a = 0;
echo $a;
$a++;
}
O modificador static é muito utilizado em funções recursivas, já que o valor de algumas variáveis
precisa ser mantido. Ele funciona da seguinte forma: O valor das variáveis declaradas como estáticas é
mantido ao terminar a execução da função. Na próxima execução da função, ao encontrar novamente a
declaração com static, o valor da variável é recuperado.
Em outras palavras, uma variável declarada como static tem o mesmo “tempo de vida” que uma
variável global, porém sua visibilidade é restrita ao escopo local em que foi declarada e só é
recuperada após a declaração.
Exemplo:

function Teste() {
echo "$a";
static $a = 0;
$a++;

40
}
O exemplo acima não produzirá saída alguma. Na primeira execução da função, a impressão ocorre
antes da atribuição de um valor à função, e portanto o conteúdo de $a é nulo (string vazia). Nas
execuções seguintes da função Teste() a impressão ocorre antes da recuperação do valor de $a, e
portanto nesse momento seu valor ainda é nulo. Para que a função retorne algum valor o modificador
static deve ser utilizado.

10.3. Variáveis Variáveis


O PHP tem um recurso conhecido como variáveis variáveis, que consiste em variáveis cujos nomes
também são variáveis. Sua utilização é feita através do duplo cifrão ($$).

$a = “teste”;
$$a = “Mauricio Vivas”;

O exemplo acima e equivalente ao seguinte:

$a = “teste”;
$teste = “Mauricio Vivas”;

10.4. Variáveis enviadas pelo navegador


Para interagir com a navegação feita pelo usuário, é necessário que o PHP possa enviar e receber
informações para o software de navegação. A maneira de enviar informações, como já foi visto
anteriormente, geralmente é através de um comando de impressão, como o echo. Para receber
informações vindas do navegador através de um link ou um formulário html o PHP utiliza as
informações enviadas através da URL. Por exemplo: se seu script php está localizado em
“http://localhost/teste.php” e você o chama com a url
“http://localhost/teste.php?vivas=teste”, automaticamente o PHP criará uma variável
com o nome $vivas contendo a string “teste”. O único problema é que a variável criada deverá ser
incluída no contexto de seu script com uma chamada ‘a função

import_request_variables("gp")
O parâmetro “gp” indica que devem ser importadas as variáveis recebidas via “get” e via “post”. Se
seus formulários utilizarem apenas um método para envio de variáveis, você pode passar apenas a letra
correspondente.
Note que o conteúdo da variável recebida do navegador pode estár no formato urlencode. Os
formulários HTML já enviam informações automaticamente nesse formato, e o PHP decodifica sem
necessitar de tratamento pelo programador.

41
URLencode
O formato urlencode é obtido substituindo os espaços pelo caracter “+” e todos os outros caracteres
não alfa-numéricos (com exceção de “_”) pelo caracter “%” seguido do código ASCII em
hexadecimal.

Por exemplo: o texto “Testando 1 2 3 !!” em urlencode fica “Testando+1+2+3+%21%21”

O PHP possui duas funções para tratar com texto em urlencode. Seguem suas sintaxes:

string urlencode(string texto);


string urldecode(string texto);
Essas funções servem respectivamente para codificar ou decodificar um texto passado como
argumento. Para entender melhor o que é um argumento e como funciona uma função, leia o tópico
“funções”.

10.5. Utilizando arrays


Cada elemento de um formulário HTML submetido a um script PHP cria no ambiente do mesmo uma
variável cujo nome é o mesmo nome do elemento. Por exemplo: um campo definido como:

<input type=”text” name=”endereco”>


ao ser submetido a um script PHP fará com que seja criada uma variável com o nome $endereco.
Isto acontece de forma semelhante para cookies, como veremos mais adiante.

Uma boa técnica de programação é utilizar a notação de arrays para nomes de cookies ou itens de um
formulário html. Para um conjunto de checkboxes, por exemplo, podemos utilizar a seguinte notação:

<input type="checkbox" name="teste[]" value="valor1">opcao1


<input type="checkbox" name="teste[]" value="valor2">opcao2
<input type="checkbox" name="teste[]" value="valor3">opcao3
<input type="checkbox" name="teste[]" value="valor4">opcao4
<input type="checkbox" name="teste[]" value="valor5">opcao5

Ao submeter o formulário, o script que recebe os valores submetidos terá uma variável chamada
$teste contendo os valores marcados num array, com índices a partir de zero. Assim, se forem
marcadas as opçoes 2, 3 e 5, poderemos fazer as seguintes afirmações:

42
$teste == array(“valor2”, “valor3”, valor5”);
$teste[0] == “valor2;
$teste[1] == “valor3;
$teste[2] == “valor5;

O mesmo artifício pode ser utilizado com outros elementos de formulários e até com cookies.

10.6. Variáveis de ambiente


O PHP possui diversas variáveis de ambiente, como a $PHP_SELF, por exemplo, que contém o nome e
o path do próprio arquivo. Algumas outras contém informações sobre o navegador do usuário, o
servidor http, a versão do PHP e diversas informações. Para ter uma listagem de todas as variáveis e
constantes de ambiente e seus respectivos conteúdos, deve-se utilizar a função phpinfo().

10.7. Verificando o tipo de uma variável


Por causa da tipagem dinâmica utilizada pelo PHP, nem sempre é possível saber qual o tipo de uma
variável em determinado instantese não contar com a ajuda de algumas funções que ajudam a verificar
isso. A verificação pode ser feita de duas maneiras:

Função que retorna o tipo da variável


Esta função é a gettype. Sua assinatura é a seguinte:

string gettype(mixed var);


A palavra “mixed” indica que a variável var pode ser de diversos tipos.
A função gettype pode retornar as seguintes strings: “integer”, “double”, “string”, “array”, “object” e
“unknown type”.

Funções que testam o tipo da variável


São as funções is_int, is_integer, is_real, is_long, is_float, is_string,
is_array e is_object. Todas têm o mesmo formato, seguindo modelo da assinatura a seguir:

int is_integer(mixed var);


Todas essas funções retornam true se a variável for daquele tipo, e false em caso contrário.

10.8. Destruindo uma variável


É possível desalocar uma variável se ela não for usada posteriormente através da função unset, que
tem a seguinte assinatura:

int unset(mixed var);

43
A função destrói a variável, ou seja, libera a memória ocupada por ela, fazendo com que ela deixe de
existir. Se mais na frente for feita uma chamada á variável, será criada uma nova variável de mesmo
nome e de conteúdo vazio, a não ser que a chamada seja pela função isset. Se a operação for bem
sucedida, retorna true.

10.9. Verificando se uma variável possui um valor


Existem dois tipos de teste que podem ser feitos para verificar se uma variável está setada: com a
função isset e com a função empty.

A função isset
Possui o seguinte protótipo:

int isset(mixed var);


E retorna true se a variável estiver setada (ainda que com uma string vazia ou o valor zero), e false
em caso contrário.

A função empty
Possui a seguinte assinatura:

int empty(mixed var);

E retorna true se a variável não contiver um valor (não estiver setada) ou possuir valor 0 (zero) ou
uma string vazia. Caso contrário, retorna false.

10.10. Constantes pré-definidas

O PHP possui algumas constantes pré-definidas, indicando a versão do PHP, o Sistema Operacional do
servidor, o arquivo em execução, e diversas outras informações. Para ter acesso a todas as constantes
pré-definidas, pode-se utilizar a função phpinfo(), que exibe uma tabela contendo todas as
constantes pré-definidas, assim como configurações da máquina, sistema operacional, servidor http e
versão do PHP instalada.

10.11. Definindo constantes


Para definir constantes utiliza-se a função define. Uma vez definido, o valor de uma constante não
poderá mais ser alterado. Uma constante só pode conter valores escalares, ou seja, não pode conter
nem um array nem um objeto. A assinatura da função define é a seguinte:

int define(string nome_da_constante, mixed valor);


A função retorna true se for bem-sucedida. Veja um exemplo de sua utilização a seguir:

44
define ("pi", 3.1415926536)
$circunf = 2*pi*$raio;

45
11. Classes e Objetos

11.1. Classe
Uma classe é um conjunto de variáveis e funções relacionadas a essas variáveis. Uma vantagem da
utilização de programação orientada a objetos é poder usufruir do recurso de encapsulamento de
informação. Com o encapsulamento o usuário de uma classe não precisa saber como ela é
implementada, bastando para a utilização conhecer a interface, ou seja, as funções disponíveis. Uma
classe é um tipo, e portanto não pode ser atribuída a uma variável. Para definir uma classe, deve-se
utilizar a seguinte sintaxe:

class Nome_da_classe {
var $variavel1;
var $variavel2;
function funcao1 ($parametro) {
/* === corpo da função === */
}
}

11.2. Objeto
Como foi dito anteriormente, classes são tipos, e não podem ser atribuídas a variáveis. Variáveis do
tipo de uma classe são chamadas de objetos, e devem ser criadas utilizando o operador new, seguindo
o exemplo abaixo:

$variavel = new $nome_da_classe;


Para utilizar as funções definidas na classe, deve ser utilizado o operador “->”, como no exemplo:

$variavel->funcao1(

11.3. A variável $this


Na definição de uma classe, pode-se utilizar a variável $this, que é o próprio objeto. Assim, quando
uma classe é instanciada em um objeto, e uma função desse objeto na definição da classe utiliza a
variável $this, essa variável significa o objeto que estamos utilizando.

Como exemplo da utilização de classes e objetos, podemos utilizar a classe conta, que define uma
conta bancária bastante simples, com funções para ver saldo e fazer um crédito.

46
class conta {
var $saldo;
function saldo() {
return $this->saldo;
}
function credito($valor) {
$this->saldo += $valor;
}
}

$minhaconta = new conta;


$minhaconta->saldo(); // a variavel interna não foi
// inicializada, e não contém
// valor algum
$minhaconta->credito(50);
$minhaconta->saldo(); // retorna 50

11.4. SubClasses
Uma classe pode ser uma extensão de outra. Isso significa que ela herdará todas as variáveis e funções
da outra classe, e ainda terá as que forem adicionadas pelo programador. Em PHP não é permitido
utilizar herança múltipla, ou seja, uma classe pode ser extensão de apenas uma outra.Para criar uma
classe extendida, ou derivada de outra, deve ser utilizada a palavra reservada extends, como pode ser
visto no exemplo seguinte:

class novaconta extends conta {


var $num;
function numero() {
return $this->num;
}
}

A classe acima é derivada da classe conta, tendo as mesmas funções e variáveis, com a adição da
variável $numero e a função numero().

11.5. Construtores
Um construtor é uma função definida na classe que é automaticamente chamada no momento em que a
classe é instanciada (através do operador new). O construtor deve ter o mesmo nome que a classe a que
pertence. Veja o exemplo:

47
class conta {
var $saldo;

function conta () {
$this.saldo = 0;
}

function saldo() {
return $this->saldo;
}
function credito($valor) {
$this->saldo += $valor;
}
}

Podemos perceber que a classe conta agora possui um construtor, que inicializa a variável $saldo
com o valor 0.
Um construtor pode conter argumentos, que são opcionais, o que torna esta ferramenta mais poderosa.
No exemplo acima, o construtor da classe conta pode receber como argumento um valor, que seria o
valor inicial da conta.
Vale observar que para classes derivadas, o construtor da classe pai não é automaticamente herdado
quando o construtor da classe derivada é chamado.

48
12. Noções de SQL

12.1. Introdução
Quando os Bancos de Dados Relacionais estavam sendo desenvolvidos, foram criadas linguagens
destinadas à sua manipulação. O Departamento de Pesquisas da IBM, desenvolveu a SQL como forma
de interface para o sistema de BD relacional denominado SYSTEM R, início dos anos 70. Em 1986 o
American National Standard Institute ( ANSI ), publicou um padrão SQL.
A SQL estabeleceu-se como linguagem padrão de Banco de Dados Relacional.
SQL apresenta uma série de comandos que permitem a definição dos dados, chamada de DDL (Data
Definition Language), composta entre outros pelos comandos Create, que é destinado a criação do
Banco de Dados, das Tabelas que o compõe, além das relações existentes entre as tabelas. Como
exemplo de comandos da classe DDL temos os comandos Create, Alter e Drop.
Os comandos da série DML (Data Manipulation Language), destinados a consultas, inserções,
exclusões e alterações em um ou mais registros de uma ou mais tabelas de maneira simultânea. Como
exemplo de comandos da classe DML temos os comandos Select, Insert, Update e Delete.
Uma subclasse de comandos DML, a DCL (Data Control Language), dispõe de comandos de controle
como Grant e Revoke.
A Linguagem SQL tem como grandes virtudes sua capacidade de gerenciar índices, sem a necessidade
de controle individualizado de índice corrente, algo muito comum nas linguagens de manipulação de
dados do tipo registro a registro. Outra característica muito importante disponível em SQL é sua
capacidade de construção de visões, que são formas de visualizarmos os dados na forma de listagens
independente das tabelas e organização lógica dos dados.
Outra característica interessante na linguagem SQL é a capacidade que dispomos de cancelar uma série
de atualizações ou de as gravarmos, depois de iniciarmos uma seqüência de atualizações. Os comandos
Commit e Rollback são responsáveis por estas facilidades.
Devemos notar que a linguagem SQL consegue implementar estas soluções, somente pelo fato de estar
baseada em Banco de Dados, que garantem por si mesmo a integridade das relações existentes entre as
tabelas e seus índices.

12.2. Estrutura das Tabelas (create, drop, alter)


Este comando permite a criação de bancos de dados e tabelas.
Criação de Bancos de Dados, sintaxe:

CREATE DATABASE <nome_db>;


onde:
 nome_db - indica o nome do Banco de Dados a ser criado.

49
Criação de Tabelas, sintaxe:

CREATE TABLE < nome_tabela > (


nome_atributo1 < tipo > [ NOT NULL ],
nome_atributo2 < tipo > [ NOT NULL ],
......
nome_atributoN < tipo > [ NOT NULL ]
) ;
onde:
 nome_table - indica o nome da tabela a ser criada.
 nome_atributo - indica o nome do campo a ser criado na tabela.
 tipo - indica a definição do tipo de atributo ( integer(n), char(n), ... ).

Comando Drop
Este comando elimina a definição da tabela, seus dados e referências.
Sintaxe:

DROP TABLE < nome_tabela > ;

Comando Alter
Este comando permite inserir/eliminar atributos nas tabelas já existentes.
Comando:

ALTER TABLE < nome_tabela > ADD / DROP (


nome_atributo1 < tipo > [ NOT NULL ],
nome_atributoN < tipo > [ NOT NULL ] ) ;

12.3. Manipulando dados das tabelas

Comando SELECT
Permite recuperar informações existentes nas tabelas.
Sintaxe básica:

SELECT [DISTINCT] expressao [AS nom-atributo]


[FROM from-list]
[WHERE condicao]
[ORDER BY attr_name1 [ASC | DESC ]]

50
onde:
 DISTINCT : Para eliminar linhas duplicadas na saída.
 Expressão: Define os dados que queremos na saída, normalmente uma ou mais colunas de uma
tabela da lista FROM.
 AS nom-atributo : um alias para o nome da coluna, exemplo:
 FROM : lista das tabelas na entrada
 WHERE : critérios da seleção
 ORDER BY : Critério de ordenação das tabelas de saída. ASC ordem ascendente, DESC ordem
descendente
Exemplo:

SELECT cidade, estado from brasil where populacao > 100000;

Comando INSERT
Adiciona um ou vários registros a uma tabela. Isto é referido como consulta anexação.
Sintaxe básica

INSERT INTO destino [(campo1[, campo2[, ...]])]


VALUES (valor1[, valor2[, ...])

A instrução INSERT INTO tem as partes abaixo:


Destino- O nome da tabela ou consulta em que os registros devem ser anexados.
campo1, campo2 - Os nomes dos campos aos quais os dados devem ser anexados
valor1, valor2 - Os valores para inserir em campos específicos do novo registro. Cada valor é inserido
no campo que corresponde à posição do valor na lista: Valor1 é inserido no campo1 do novo registro,
valor2 no campo2 e assim por diante. Você deve separar os valores com uma vírgula e colocar os
campos de textos entre aspas (" ").

Comando UPDATE
Cria uma consulta atualização que altera os valores dos campos em uma tabela especificada com base
em critérios específicos.
Sintaxe:

UPDATE tabela
SET campo1 = valornovo, ...
WHERE critério;

51
Onde:
 Tabela - O nome da tabela cujos os dados você quer modificar.
 Valornovo - Uma expressão que determina o valor a ser inserido em um campo específico nos
registros atualizados.
 critério - Uma expressão que determina quais registros devem ser atualizados. Só os registros
que satisfazem a expressão são atualizados.
UPDATE é especialmente útil quando você quer alterar muitos registros ou quando os registros
que você quer alterar estão em várias tabelas. Você pode alterar vários campos ao mesmo tempo.
UPDATE não gera um conjunto de resultados. Se você quiser saber quais resultados serão
alterados, examine primeiro os resultados da consulta seleção que use os mesmos critérios e então
execute a consulta atualização.

Comando DELETE
Remove registros de uma ou mais tabelas listadas na cláusula FROM que satisfaz a cláusula WHERE.
Sintaxe
DELETE [tabela.*] FROM tabela WHERE critério

onde:
tabela.* - O nome opcional da tabela da qual os registros são excluídos.
 tabela - O nome da tabela da qual os registros são excluídos.
 critério - Uma expressão que determina qual registro deve ser excluído.

DELETE é especialmente útil quando você quer excluir muitos registros. Para eliminar uma
tabela inteira do banco de dados, você pode usar o método Execute com uma instrução DROP.
Entretanto, se você eliminar a tabela, a estrutura é perdida. Por outro lado, quando você usa DELETE,
apenas os dados são excluídos. A estrutura da tabela e todas as propriedades da tabela, como atributos
de campo e índices, permanecem intactos.
Você pode usar DELETE para remover registros de tabelas que estão em uma relação um por vários
com outras tabelas. Operações de exclusão em cascata fazem com que os registros das tabelas que
estão no lado "vários" da relação sejam excluídos quando os registros correspondentes do lado "um" da
relação são excluídos na consulta. Por exemplo, nas relações entre as tabelas Clientes e Pedidos, a
tabela Clientes está do lado "um" e a tabela Pedidos está no lado "vários" da relação. Excluir um
registro em Clientes faz com que os registros correspondentes em Pedidos sejam excluídos se a opção
de exclusão em cascata for especificada.

52
O DELETE exclui registros inteiros e não apenas dados em campos específicos. Se você quiser excluir
valores de um campo específico, crie uma consulta atualização que mude os valores para Null.
Após remover os registros usando uma consulta exclusão, você não poderá desfazer a operação. Se
quiser saber quais arquivos foram excluídos, primeiro examine os resultados de uma consulta seleção
que use o mesmo critério e então, execute a consulta exclusão. Mantenha os backups de seus dados. Se
você excluir os registros errados, poderá recuperá-los a partir dos seus backups.

53
13. Acessando o mySQL via PHP

13.1. Estabelecendo conexões


Para acessar bases de dados num servidor mySQL, é necessário antes estabelecer uma conexão. Para
isso, deve ser utilizado o comando mysql_connect, ou o mysql_pconnect. A diferença entre os
dois comandos é que o mysql_pconnect estabelece uma conexão permanente, ou seja, que não é
encerrada ao final da execução do script. As assinaturas dos dois comandos são semelhantes, como
pode ser verificado a seguir:
int mysql_connect(string [host[:porta]] , string [login] , string [senha] );
int mysql_pconnect(string [host[:porta]] , string [login] , string [senha] );

O valor de retorno é um inteiro que identifica a conexão, ou falso se a conexão falhar. Antes de tentar
estabelecer uma conexão, o interpretador PHP verifica se já existe uma conexão estabelecida com o
mesmo host, o mesmo login e a mesma senha. Se existir, o identificador desta conexão é retornado.
Senão, uma nova conexão é criada.
Uma conexão estabelecida com o comando mysql_connect é encerrada ao final da execução do
script. Para encerrá-la antes disso deve ser utilizado o comando mysql_close, que tem a seguinte
assinatura:

int mysql_close(int [identificador da conexão] );


Se o identificador não for fornecido, a última conexão estabelecida será encerrada.
IMPORTANTE: o comando mysql_close não encerra conexões estabelecidas com o comando
mysql_pconnect.

13.2. Selecionando a base de dados


Depois de estabelecida a conexão, é preciso selecionar a base de dados a ser utilizada, através do
comando mysql_select_db, que segue o seguinte modelo:

int mysql_select_db(string base, int [conexao] );

Novamente, se o identificador da conexão não for fornecido, a última conexão estabelecida será
utilizada.

13.3. Realizando consultas


Para executar consultas SQL no mySQL, utiliza-se o comando mysql_query, que tem a seguinte
assinatura:

int mysql_query(string query, int [conexao] );

54
Onde query é a expressão SQL a ser executada, sem o ponto-e-vírgula no final, e conexao é o
identificador da conexão a ser utilizada. A consulta será executada na base de dados selecionada pelo
comando mysql_select_db.
É bom lembrar que uma consulta não significa apenas um comando SELECT. A consulta pode conter
qualquer comando SQL aceito pelo banco.
O valor de retorno é falso se a expressão SQL for incorreta, e diferente de zero se for correta. No caso
de uma expressão SELECT, as linhas retornadas são armazenadas numa memória de resultados, e o
valor de retorno é o identificador do resultado. Alguns comandos podem ser realizados com esse
resultado:

Apagando o resultado

int mysql_free_result(int result);


O comando mysql_free-result deve ser utilizado para apagar da memória o resultado indicado.

Número de linhas

int mysql_num_rows(int result);


O comando mysql_num_rows retorna o número de linhas contidas num resultado.

Utilizando os resultados
Existem diversas maneiras de ler os resultados de uma query SELECT. As mais comuns serão vistas a
seguir:

int mysql_result(int result, int linha, mixed [campo] );


Retorna o conteúdo de uma célula da tabela de resultados.
result é o identificador do resultado;
linha é o número da linha, iniciado por 0;
campo é uma string com o nome do campo, ou um número correspondente ao número da coluna. Se
foi utilizado um alias na consulta, este deve ser utilizado no comando mysql_result.
Este comando deve ser utilizado apenas para resultados pequenos. Quando o volume de dados for
maior, é recomendado utilizar um dos métodos a seguir:

array mysql_fetch_array(int result);


Lê uma linha do resultado e devolve um array, cujos índices são os nomes dos campos. A execução
seguinte do mesmo comando lerá a próxima linha, até chegar ao final do resultado.

array mysql_fetch_row(int result);


Semelhante ao comando anterior, com a diferença que os índices do array são numéricos, iniciando
pelo 0 (zero).

55
Alterando o ponteiro de um resultado

int mysql_data_seek(int result, int numero);


Cada resultado possui um “ponteiro”, que indica qual será a próxima linha lida com o comando
mysql_fetch_row (ou mysql_fetch_array). Para alterar a posição indicada por esse ponteiro
deve ser utilizada a função mysql_data_seek, sendo que o número da primeira linha de um
resultado é zero.

13.4. Tipos suportados pelo mySQL

Numéricos

Nome do tipo Espaço utilizado


TINYINT 1 byte
SMALLINT 2 bytes
MEDIUMINT 3 bytes
INT 4 bytes
INTEGER 4 bytes
BIGINT 8 bytes
FLOAT(X) 4 if X <= 24 or 8 if 25 <= X <= 53
FLOAT 4 bytes
DOUBLE 8 bytes
DOUBLE PRECISION 8 bytes
REAL 8 bytes
DECIMAL(M,D) M bytes (D+2, if M < D)
NUMERIC(M,D) M bytes (D+2, if M < D)

Data e Hora

Nome do tipo Espaço utilizado


DATE 3 bytes
DATETIME 8 bytes
TIMESTAMP 4 bytes
TIME 3 bytes
YEAR 1 byte

Strings

Nome do tipo Espaço utilizado


CHAR(M) M bytes, 1 <= M <= 255
VARCHAR(M) L+1 bytes, onde L <= M e 1 <= M <= 255
TINYBLOB, TINYTEXT L+1 bytes, onde L < 2^8
BLOB, TEXT L+2 bytes, onde L < 2^16
MEDIUMBLOB,
L+3 bytes, onde L < 2^24
MEDIUMTEXT
LONGBLOB, L+4 bytes, onde L < 2^32

56
LONGTEXT
ENUM('value1','value2',...) 1 ou 2 bytes
SET('value1','value2',...) 1, 2, 3, 4 ou 8 bytes

13.5. Um Exemplo Simples


A seguir veremos uma aplicação simples, com as quatro operações básicas sobre um banco de dados
(inclusão, exclusão, alteração e consulta a registros).
Para que o sistema possa ser testado com sucesso, uma tabela chamada amigos deverá ser criada em
um banco de dados chamado teste no localhost, ou seja, no computador onde a aplicação estiver sendo
executada. Abaixo a consulta SQL para a criação da tabela:
CREATE TABLE amigos
(email varchar(40) NOT NULL,
nome varchar(40),
endereco varchar(60),
telefone varchar(15),
sexo varchar(3),
dtNasc date,
PRIMARY KEY (email), UNIQUE id(email));

Consulta ao Banco de Dados (index.php)


O arquivo index.php, exibido abaixo, deve ser o primeiro a ser solicitado pelo navegador.

1 <html>
<head>
<title> AMIGOS - Exemplo de Banco de dados com PHP e MySQL </title>
</head>
<body><?PHP

2 $db = mysql_connect("localhost", "root", "");


mysql_select_db("teste",$db);
$result = mysql_query("SELECT * FROM amigos;",$db);

3 if ($linha = mysql_fetch_array($result)) {
echo "<table border=1>\n";
echo "<tr><td>DEL</td><td>NOME</td><td>TELEFONE</td></tr>\n";
do {
echo "<tr>";
echo "<td><a href=exclui.php?registro=$linha[email]> X </a>
</td>";
echo "<td> <a href=altera.php?registro=$linha[email]>
$linha[nome] </a> </td>";
echo "<td>$linha[telefone]</td>";

57
echo "</tr>\n";
} while ($linha = mysql_fetch_array($result));
echo "</table>\n";
echo "Clique no 'X' para excluir o registro";
} else {
echo "<h1>Nenhuma mensagem nos bancos de dados!</h1>";
}

4 echo "<p><a href='inclui.php'>Incluir Amigo</a>";


?>
</body>
</html>

No bloco 1, temos as tags html típicas do início de qualquer página, e a


abertura do código PHP (<?PHP);
No bloco 2, temos a conexão ao servidor SQL, a seleção do banco de dados e
o envio da primeira consulta, selecionando todos os registros da tabela
amigos e colocando o resultado em $result.
No bloco 3, a função mysql_fetch_array($result) preenche um array $linha
com o primeiro registro retornado pelo servidor. Na primeira utilização do
sistema, a tabela estará vazia, portanto, $linha será preenchida com um
zero. Então o IF desviará para o else, e a mensagem “Nenhuma mensagem nos
bancos de dados!” será exibida no navegador e o programa passará para o
bloco 4, onde é criado um link para o programa de inclusão de registros e o
html é finalizado.
Se existir algum registro no banco de dados os comandos do if do bloco 3
serão executados. Uma tabela será criada e um laço DO WHILE iniciado.
Na primeira coluna desta tabela sera colocado um “X” como um link para o
programa exclui.php, com uma variável registro sendo passada pelo método
GET, tendo como conteúdo o email do primeiro registro retornado pelo
servidor SQL.
Na segunda coluna um link para o altera.php é criado, no nome do registro
retornado pelo servidor. Também é passado o email via GET, como no link
anterior.
Na terceira coluna da tabela é exibido o telefone do primeiro registro
retornado pelo servidor e a linha da tabela é fechada.
Na cláusula WHILE, uma nova chamada a mysql_fetch_array é feita. Desta vez
o segundo registro do banco de dados (se existir) será colocado no array
$teste, e o loop será repetido, criando uma nova linha na tabela, com os
dados do segundo registro da tabela. Se a tabela possuir apenas um
registro, mysql_fetch_array retornará zero, e o loop terminará, fechando a
tabela. Desta forma, o loop será repetido, colocando todos os registros do
banco de dados na tabela html.

Inserindo Registros (insere.php)

1 <html>
<head>
<title> AMIGOS - Exemplo de Banco de dados com PHP e MySQL </title>

58
</head>
<body><?PHP
import_request_variables("gp");
2 if(empty($digitado)) { // abrir form para digitar dados
echo "<h1> Inclui Registro </h1>";
echo "<form action=inclui.php method=post>";
echo "e-mail: <input type=text name=email><br>\n";
echo "Nome: <input type=text name=nome ><br>\n";
echo "Telefone: <input type=text name=telefone ><br>\n";
echo "Endereço: <input type=text name=endereco ><br>\n";
echo "Sexo: \n";
echo "<input type=radio name=sexo value=Mas> Masculino \n";
echo "<input type=radio name=sexo value=Fem> Feminino <br>\n";
echo "<p><input type=hidden name=digitado value=s>\n";
echo "<p><input type=submit value=Processa Inclusao>";
3 } else {
$db = mysql_connect("localhost", "root", "");
mysql_select_db("teste",$db);
mysql_query("INSERT INTO amigos (email,nome,telefone,endereco,sexo)
VALUES (\"$email\", \"$nome\", \"$telefone\",
\"$endereco\", \"$sexo\" )", $db);
echo "<p>Registro Incluido";
echo "<p><a href=\"index.php\">Voltar </a>";
}
4 ?>
</form>
</body>
</html>
No bloco 1, além das inicializações tradicionais do HTML, um import_request_variables cria
eventuais variáveis passadas por get ou post (“gp”).
No bloco 2, um IF testa a existência de uma variável $digitado, que não foi criada ou passada de outro
programa e, portanto não existe e os comandos do IF serão executados em detrimento dos do ELSE do
bloco 3. Estes comandos criam um formulário HTML para inclusão de um registro, com todos os
campos do banco de dados e um adicional chamado digitado.
Note que o formulário invoca o próprio inclui.php ao ser submetido. Portanto, após digitados os dados
e submetido o formulário, o inclui.php iniciará nova execução, sé que desta vez a variável $digitado
existirá pois foi um campo do formulário, e o bloco 3 será executado no lugar do 2.

59
No bloco 3 uma conexão é estabelecida com o servidor MySQL, e uma consulta insere as informações
digitadas no formulário na tabela Amigos.
Desta forma, um único programa abre um formulário para digitação dos dados a inserir e, quando
chamado novamente após os dados digitados, insere um registro no banco de dados.

Alterando Registros (Altera.php)

1 <html>
<head>
<title> AMIGOS - Exemplo de Banco de dados com PHP e MySQL </title>
</head>
<body><?PHP
import_request_variables("gp");
2 if(empty($confirma)) {
$db = mysql_connect("localhost", "root", "");
mysql_select_db("teste",$db);
$result = mysql_query("SELECT * FROM amigos
WHERE email=\"$registro\"",$db);
$reg = mysql_fetch_array($result);
echo "<h1> Altera Registro </h1>";
echo "<form action=altera.php method=post>";
echo "e-mail: <b> $reg[email] </b><br>";
echo "Nome: <input type=text name=nome value=$reg[nome]><br>\n";
echo "Telefone: <input type=text name=telefone
value=$reg[telefone]><br>\n";
echo "Endereço: <input type=text name=endereco
value=$reg[endereco]><br>\n";
echo "Sexo: \n";
if($reg[sexo]=="Mas") {
echo "<input type=radio name=sexo value=Mas CHECKED>
Masculino \n";
echo "<input type=radio name=sexo value=Fem>
Feminino <br>\n";
} else {
echo "<input type=radio name=sexo value=Mas>
Masculino \n";
echo "<input type=radio name=sexo value=Fem CHECKED>
Feminino <br>\n";
}

60
echo "<p><input type=hidden name=confirma value=s>\n";
echo "<p><input type=hidden name=registro value=$registro>\n";
echo "<p><input type=submit value=Processa Alteração>";
3 } else {
$db = mysql_connect("localhost", "root", "");
mysql_select_db("teste",$db);
mysql_query("UPDATE amigos SET
nome=\"$nome\", telefone=\"$telefone\",
endereco=\"$endereco\", sexo=\"$sexo\"
WHERE email=\"$registro\"",$db);
echo "<p>Alterações Processadas";
echo "<p> <a href=\"index.php\">Voltar </a>";
}
4 ?>
</form>
</body>
Este Programa funciona de forma muito parecida com o inclui.php, exceto pelo formulário do bloco 2
que já vem preenchido com os dados do registro a alterar, e a consulta SQL do bloco 3, UPDATE em
lugar do INSERT.
Para recuperação dos dados atuais do registro a alterar, o link que faz a primeira chamada ao
altera.php passa o email do registro a alterar na variável $registro, esta informação é utilizada em um
SELECT , e as informações resultantes são utilizadas como valores default dos campos do formulário.
Note que para o campo SEXO é construído um botão de rádio e, para que o sexo atual seja exibido, um
IF teve de ser usado para alterar o botão marcado dependendo da informação recebida da tabela.

Excluindo Registros (exclui.php)

<html>
<head>
<title> AMIGOS - Exemplo de Banco de dados com PHP e MySQL </title>
</head>
<body><?PHP
import_request_variables("gp");
if(empty($confirma)) {
$db = mysql_connect("localhost", "root", "");
mysql_select_db("teste",$db);
$result = mysql_query("SELECT * FROM amigos
WHERE email=\"$registro\"",$db);

61
$reg = mysql_fetch_array($result);

echo "<h1> Exclusão de Registro </h1>";


echo "<form action=\"exclui.php\" method=\"post\">";
echo "e-mail: <b> $reg[email] </b><br>\n";
echo "Nome: <b> $reg[nome] </b><br>\n";
echo "Telefone: <b> $reg[telefone] </b><br>\n";
echo "Endereço: <b> $reg[endereco] </b><br>\n";
echo "Sexo: <b> $reg[sexo] </b><br>\n";

echo "<p><input type=hidden name=confirma value=s>\n";


echo "<p><input type=hidden name=registro value=$registro>\n";
echo "<p><input type=submit value=Processa Exclusão>";
} else {
$db = mysql_connect("localhost", "root", "");
mysql_select_db("teste",$db);
mysql_query("DELETE FROM amigos WHERE email=\"$registro\"",$db);
echo "<p>Exclusão Processadas";
echo "<p> <a href=\"index.php\">Voltar </a>";
}
?>
</form>
</body>
</html>
Se o leitor compreendeu os programas anteriores, não deve ter dificuldades para absorver este. Tarefa
deixada como exercício.

62
14. Utilizando cookies

14.1. O que são


Cookies são variáveis gravadas no cliente(navegador) por um determinado site. Somente o site que
gravou o cookie pode ler a informação contida nele. Este recurso é muito útil para que determinadas
informações sejam fornecidas pelo usuário apenas uma vez. Exemplos de utilização de cookies são
sites que informam a quantidade de vezes que você já visitou, ou alguma informação fornecida numa
visita anterior.
Existem cookies persistentes e cookies de sessão. Os persistentes são aqueles gravados em arquivo, e
que permanecem após o navegador ser fechado, e possuem data e hora de expiração. Os cookies de
sessão não são armazenados em disco e permanecem ativos apenas enquanto a sessão do navegador
não for encerrada.
Por definição, existem algumas limitações para o uso de cookies, listadas a seguir:
 300 cookies no total
 4 kilobytes por cookie.
 20 cookies por servidor ou domínio.

14.2. Gravando cookies


Para gravar cookies no cliente, deve ser utilizada a função setcookie, que possui a seguinte assinatura:

int setcookie(string nome, string valor, int exp, string path, string
dominio, int secure);
onde:
 nome: nome do cookie;
 valor: valor armazenado no cookie;
 exp: data de expiração do cookie (opcional), no formato Unix. Se não for definida, o cookie
será de sessão;
 path: path do script que gravou o cookie;
 dominio: domínio responsável pelo cookie;
 secure: se tiver valor 1, indica que o cookie só pode ser transmitido por uma conexão segura
(https).

Observações:
Um cookie não pode ser recuperado na mesma página que o gravou, a menos que esta seja recarregada
pelo navegador.

63
Múltiplas chamadas à função setcookie serão executadas em ordem inversa;
Cookies só podem ser gravados antes do envio de qualquer informação para o cliente. Portanto todas
as chamadas à função setcookie devem ser feitas antes do envio de qualquer header ou texto.

14.3. Lendo cookies gravados


Os cookies lidos por um script PHP ficam armazenados em duas variáveis. no array
$HTTP_COOKIE_VARS[], tendo como índice a string do nome do cookie, e numa variável cujo nome
é o mesmo do cookie, precedido pelo símbolo $.
Exemplo:

Um cookie que foi gravado numa página anterior pelo seguinte


comando:
setcookie(“teste”, “meu cookie”);
Pode ser lida pela variável

$HTTP_COOKIE_VARS[“teste”]

ou pela variável

$teste

64
15. Manipulando arquivos
Através do PHP é possível ter acesso aos arquivos do sistema, e até arquivos remotos. A seguir
veremos alguns dos comandos utilizados para manipular arquivos no PHP.

15.1. Copiando Arquivos


Para fazer uma cópia de arquivo utilizando PHP basta utilizar a função copy, desde que o usuário tenha
as permissões necessárias para isso. A assinatura da função copy é a seguinte:

int copy(string origem string destino);


Lembrando que as strings contendo origem e destino devem conter os caminhos completos. Retorna
false caso a cópia não seja realizada.

15.2. Verificando o tamanho de um arquivo


A função filesize pode ser bastante útil na criação de um script que liste o conteúdo de um diretório,
mas também é utilizada em casos como a função fread, que será vista mais adiante.

int filesize(string arquivo);


Esta função retorna um inteiro com o tamanho do arquivo, em bytes, ou false em caso de erro

15.3. Verificando se um arquivo existe


Para evitar erros em tratamento de arquivos, em certos casos é aconselhável verificar se determinado
arquivo existe. para isso deve ser utilizada a função file_exists:

int file_exists(string arquivo);


Esta função tem um comportamento booleano: retorna apenas true ou false, não informando mais
nada sobre o arquivo.

15.4. Limpando o cache


Por terem execução lenta, algumas funções que verificam o estado de arquivos utilizam um cache, ou
seja, chamadas sucessivas da mesma função com relação ao mesmo arquivo não verificam se houve
mudança no mesmo, retornando sempre o mesmo valor. Para eliminar esse cache, obrigando o PHP a
reavaliar o valor de retorno de uma função, deve ser utilizada a seguinte função:

void clearstatcache();
A palavra “void” indica que a função não retorna valor algum.
As funções filesize e file_exists utilizam cache.

65
15.5. Abrindo arquivos para leitura e/ou escrita
Para ler ou escrever num arquivo é preciso antes de qualquer coisa abri-lo. Para isso deve ser utilizada
a função fopen, como visto a seguir:

int fopen(string arquivo, string modo, int [use_include_path]);


A função fopen retorna false em caso de erro, e um identificador do arquivo em caso de sucesso.
Esse identificador será utilizado em outras funções que manipulam o conteúdo do arquivo. O primeiro
argumento é uma string contendo o nome do arquivo; o segundo, o modo como o arquivo será aberto,
que pode ser um dos seguintes:

r Abre o arquivo com permissão apenas para leitura.


r+ Abre o arquivo com permissão para escrita e leitura, posicionando o
ponteiro no início do mesmo.
w Abre o arquivo com permissão apenas para escrita. Se o arquivo existir,
todo o conteúdo é apagado. Se não existir, o PHP tenta criá-lo. O ponteiro
é posicionado no início do arquivo
w+ Abre o arquivo com permissão para escrita e leitura. Se o arquivo existir,
todo o conteúdo é apagado. Se não existir, o PHP tenta criá-lo. O ponteiro
é posicionado no início do arquivo
a Abre o arquivo com permissão apenas para escrita. Se o arquivo não
existir, o PHP tenta criá-lo. O ponteiro é posicionado no final do arquivo
a+ Abre o arquivo com permissão para escrita e leitura. Se o arquivo não
existir, o PHP tenta criá-lo. O ponteiro é posicionado no final do arquivo.

O ponteiro citado na tabela dos modos de abrir um arquivo refere-se à posição a partir de onde os
dados serão lidos e/ou gravados. Para alterar a posição desse ponteiro, pode-se utilizar a função fseek:

int fseek(int fp, int posição);


Onde fp é um identificador de arquivo, retornado da função fopen.
O terceiro parâmetro da função fopen, que pode ter valor “0” ou “1” indica se o include_path
deverá ser utilizado para localizar o arquivo. O include_path é um parâmetro determinado no php.ini
que indica exatamente em quais diretórios determinados arquivos serão procurados.
Além de abrir arquivos localmente, utilizando o sistema de arquivos, a função fopen também permite
abrir arquivos remotos, utilizando os protocolos http ou ftp, da seguinte maneira:
Se a string como o nome do arquivo iniciar por “http://” (maiúsculas e minúsculas são iguais), uma
conexão é aberta com o servidor e o arquivo contendo o texto de retorno será aberto. ATENÇÃO:
qualquer alteração feita no arquivo afetará apenas o arquivo temporário local. O original será mantido.

66
Se a string como o nome do arquivo iniciar por “ftp://” (maiúsculas e minúsculas são iguais), uma
conexão é aberta com o servidor e o arquivo será aberto. utilizando ftp o arquivo poderá ser aberto
para leitura ou escrita, mas não simultaneamente.
Para encerrar a manipulação de um arquivo deve-se utilizar a função fclose, que tem o seguinte
formato:

int fclose(int fp);

Onde fp é o identificador do arquivo, retornado pela função fopen.

15.6. Lendo de um arquivo

string fread(int fp, int tamanho);


Esta função retorna uma string com o conteúdo do arquivo. O segundo parâmetro determina até onde o
arquivo será lido. Se o tamanho determinado for maior que o arquivo, não ocorre erro, tendo como
retorno apenas o arquivo. Na maioria dos casos a função filesize é bastante útil, como no exemplo
abaixo:

$meuarquivo = “c:/autoexec.bat”;
$id = fopen($meuarquivo, “r”);
$conteudo = fread($id,filesize($meuarquivo));

A função fread é “binary-safe”, ou seja, pode ser usada para ler o conteúdo de um arquivo binário.
Obviamente nesse caso é preciso saber exatamente onde utilizar o valor lido, para não obter resultados
indesejados.

15.7. Escrevendo em um arquivo

int fwrite(int fp, string conteudo, int [tamanho]);

Esta função grava num arquivo o conteúdo do segundo parâmetro. Se o tamanho é fornecido e for
menor que o tamanho da string, será feita a gravação apenas de uma parte da mesma, determinada pelo
terceiro parâmetro.

15.8. Exemplo
Para demonstrar a leitura de um arquivo, utilizaremos um exemplo que necessita apenas de uma
imagem do tipo GIF, que deve estar no mesmo diretório que nosso script de exemplo.

<?
$arquivo = “teste.gif”; /* este nome deve ser alterado para o nome do
arquivo a ser utilizado */
$id = fopen($arquivo, “r”); /* abre o arquivo para leitura */

67
$conteudo = fread($id,filesize($arquivo)); /* le o conteudo do arquivo e
grava na variavel $conteudo */
fclose($id); /* fecha o arquivo */

header(“Content-type: image/gif”); /* esta linha envia um header ao


navegador informando que o tipo de arquivo que está sendo enviado é uma
imagem no formato gif */
echo $conteudo; /* esta última linha envia ao navegador o conteúdo do
arquivo */
?>
Para que o exemplo funcione corretamente é preciso que o script seja apenas o que está listado, não
podendo haver texto algum (nem mesmo espaço ou linha em branco) antes e depois do script.
Visualisando o script pelo navegador, teremos a imagem selecionada.

15.9. Uploads com formulários HTML


Vimos no capítulo 03 que os formulários HTML têm um tipo de componente utilizado em upload de
arquivos. Vimos também que todos os elementos de formulários quando submetidos a scripts PHP
criam variáveis com os mesmos nomes. No caso do elemento “file”, o tratamento é diferente. Ao ser
submetido o formulário, o arquivo transferido é gravado num arquivo temporário do disco, que será
apagado ao final da execução do script. Além disso, quatro variáveis são criadas no contexto do script
PHP.
$meuarquivo – nome do arquivo temporario criado;
$meuarquivo_name – nome original do arquivo selecionado pelo usuário;
$meuarquivo_size – tamanho do arquivo enviado;
$meuarquivo_type – tipo do arquivo, se esta informação for fornecida pelo navegador;
Neste exemplo, “meu arquivo” é o nome do elemento do formulário.
Para armazenar o conteúdo de um arquivo numa tabela da base de dados ou até num arquivo definitivo
(neste segundo caso é mais simples utilizar a função copy) podemos utilizar o seguinte script, supondo
que o campo do formulário tenha o nome “teste”:

<?
$id = fopen($teste, “r”); /* abre o arquivo para leitura */
$teste_conteudo = fread($id,filesize($teste)); /* le o conteudo do arquivo
e grava na variavel $conteudo */
fclose($id); /* fecha o arquivo */
?>
Com o exemplo acima, teremos o conteudo do arquivo enviado armazenado na string
$teste_conteudo, podendo assim ser armazenado onde for mais adequado.

68
Enviando e-mail
Para enviar e-mail através de um script PHP é bastante simples. Basta utilizar a função mail:

mail(string to, string subject, string message, string [headers]);

onde:
 to – string contendo o e-mail do destinatário;
 subject – assunto da mensagem;
 message – o corpo da mensagem.
 headers – outras informações de cabeçalho, como por exemplo “from”, “reply-to”, “bcc”, etc.
Para facilitar a compreensão dos scripts, os argumentos (como geralmente são strings grandes) devem
ser atribuídos a variáveis antes da chamada da função mail.

69
16. Bibliografia e Referências

A pesquisa foi baseada no manual de PHP, disponível em www.php.net, e em diversos tutoriais


disponíveis no site www.phpbuilder.com. Esses dois endereços contém uma vasta documentação sobre
a linguagem, além de endereços para listas de discussão, onde pode-se solicitar ajuda de
programadores mais experientes.
Uma boa referência em português é a lista “PHP para quem fala Português”, que pode ser assinada no
endereço www.egroups.com/group/php-pt/.
Em inglês, além dos endereços citados acima, uma boa fonte é o site PHPWizard, que pode ser
encontrado em www.phpwizard.net.
Também em inglês, uma documentação mais completa sobre cookies pode ser encontrada em
www.netscape.com/newsref/std/cookie_spec.html.

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