Participação Social Da Infância
Participação Social Da Infância
Participação Social Da Infância
Doutoranda de Doutoramento em
Intervenção Psicossocial, Universidade de
Barcelona
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A Convenção dos Direitos da Criança tem quatro pilares: a não
discriminação, a salvaguarda do interesse superior da criança, o acesso a
serviços básicos e à igualdade de oportunidades e o respeito pela opinião da
criança. No seu primeiro artigo (Definição de Criança) entende-se por criança
“todo o ser humano menor de 18 anos, salvo se, nos termos da lei que lhe for
aplicável, atingir a maioridade mais cedo”.
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seus direitos o compromisso que adquire para ajudar à sua consecução e
manutenção, para que se acostumem a uma experiência democrática que gera
uma concepção do seu espaço como algo que se constrói entre todos e não só
os representantes políticos.
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crianças (Convenção, etc), costumam incluir algumas cláusulas de divulgação.
Em segundo lugar, aprender a conhecer também deve referir-se à possibilidade
de o fazer com toda a informação necessária para participar, em cada caso,
com conhecimento de causa. Informação e participação são conceitos
intimamente relacionados. Portanto, aprender a participar é também aprender a
informar-se, aprender a procurar, seleccionar e elaborar o conhecimento
pertinente. De forma muito especial, nesta vertente cognitiva a participação
supõe, assim mesmo, desenvolvimento da capacidade crítica, ou seja, a
capacidade para gerar um conhecimento valorativo da realidade; um
conhecimento que surge do contraste entre o que existe e o que deveria existir.
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infantis são um exemplo dos espaços específicos existentes para possibilitar a
participação das crianças no seu micro-ambiente.
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fundamental em situações de “participação projectiva” e de “meta
participação”. Cria um espaço de reflexão guiada sobre a própria participação,
preparando as crianças para outras iniciativas nas quais poderão ter um maior
grau de autonomia e domínio sobre o processo, de maneira que cada
experiência participativa traga um conjunto de referências valiosas para
posteriores situações.
Isto quer dizer que devem ser espaços adaptados às condições sociais e
psicológicas da infância. Diversas experiências mostraram que a simples cópia
de formatos adultos resulta geralmente inapropriada. Não se trata de imitar,
sem mais, determinadas estruturas politicas existentes (parlamentos de
crianças, Presidentes infantis, etc.), mas procurar aquelas formas de
instituições nas quais as crianças possam sentir-se cómodas, sem necessidade
de adoptar determinados papéis que não correspondam à sua idiossincrasia.
Em certas ocasiões, estas formas copiadas da organização política vigente o
que conseguem é, por um lado infantilizar tais formas, e, por outro, “adultizar”
superficialmente as crianças. Com tudo isto, a participação converte-se numa
espécie de simulacro ou de “representação”, talvez muito atractiva e como
forma “ornamental”, mas com uma projecção participativa muito escassa. Não
se trata de que as crianças brinquem a ser adultos ou de que brinquem a
participar como se o fossem, mas de que se impliquem como aquilo que são.
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efectiva, entendendo-a como um processo contínuo no qual eles e elas, além
de opinar, se devem implicar de maneira activa na tomada de decisões.
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Como já foi referido, o Congresso tinha um grande Objectivo que era
a participação efectiva das crianças que elaborariam o que é agora
conhecido como a Declaração de Barcelona que podem encontrar nas
vossas pastas de documentos. Apoiados na ideia de que a participação social
infantil deve ser um espaço participativo em que é necessário assumir todas as
suas implicações e estar disposto a acolher sugestões e observações que
façam as crianças, as delegações infantis elaboraram também um documento
que é agora conhecido como o Manifesto Final, que também consta das
pastas, onde expõem sugestões para um futuro congresso e formas de que
determinados erros não se repitam e determinados espaços de participação se
abram.