Controlo de Velocidade para Motores de Corrente Alternada
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htm
Figura 1 - Variando o ângulo de condução de um triac, consegue-se modificar a potência aplicada à carga.
Ao utilizar motores eléctricos que funcionam com tensão alternada, não é raro deparar-se com
a necessidade de regular a sua velocidade, especialmente em determinadas aplicações como
no caso de bombas para líquidos, aparelhos para testes mecânicos, secadores de cabelo, ou
berbequins.
Se, por exemplo possuir um berbequim de velocidade fixa, pode ser necessário variar a sua
velocidade, para usar diversas brocas.
Na realidade, uma de 10 mm não deve girar à mesma velocidade que uma de 2 mm, porque
cada uma requer uma velocidade específica. Uma ponta muito fina, por exemplo, de 2 mm de
diâmetro, deve girar a um regime elevado, como 4000 rpm, que uma broca de 10 mm
suportaria durante muito pouco tempo.
Existem muitas aplicações nas quais pode ser necessário variar a velocidade dum motor
eléctrico de corrente alternada. Para resolver este problema, pode-se recorrer normalmente a
duas soluções: ou se varia a amplitude da tensão alternada com a qual se alimenta o motor, ou
se controla o motor com impulsos de tensão, de comprimento variável.
Neste último caso pode dizer-se que se varia o valor médio da tensão de alimentação. Variar a
amplitude da tensão de alimentação é, indubitavelmente, um método válido, mas para tal seria
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Descrição do circuito
O circuito que apresentamos neste artigo, e cujo esquema se mostra na figura 2, realiza a
função descrita. Consiste num interruptor electrónico que usa um triac como elemento de
comutação, e que permite alimentar o motor com meias ondas mais ou menos estreitas.
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Para decidir do valor médio da tensão de alimentação do motor, ou seja, o comprimento dos
impulsos com os quais se controlará, o nosso circuito prevê que o triac seja excitado com um
certo retardo em relação a todas as passagens pelo zero da tensão sinusoidal.
Esta missão é desempenhada por uma malha R-C, que permite excitar a porta do triac TH2
com mais ou menor retardo em relação ao início de cada meia onda. Mais claramente, R1, R2,
R3 e C2 constituem a malha de retardo. O potenciómetro permite mudar a constante de tempo
da referida malha, de forma a variar o retardo.
Quanto maior for a constante de tempo, mais elevado será o tempo necessário para que a
tensão aplicada à porta do triac possa alcançar e ultrapassar o valor de excitação. Portanto
também será maior o retardo com o qual o triac fechará a alimentação do motor, a cada meia
onda.
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Realização prática
A figura 3 reproduz o desenho do circuito impresso, em tamanho natural, enquanto que na
figura 4 está representada a implantação dos componentes.
Os primeiros componentes a montar são R1, R3 e o diac. Este pode aplicar-se como se se
tratasse de uma resistência, uma vez que carece de polaridade: é bidireccional.
A seguir montam-se os condensadores, o triac e o potenciómetro. A bobine L1 é construída
enrolando duas camadas sobrepostas, cada uma delas constituída por 20 espiras de condutor
de cobre esmaltado, de 0.8mm ou de 1mm de diâmetro.
O diâmetro interno da camada interna deverá ser de 5 ou 6mm, ficando o enrolamento no ar
(ou seja, que não se deverá realizar sobre um núcleo de material ferromagnético [ferro, aço,
ferrite, etc.]).
As principais características do variador de velocidade para motores de corrente alternada, a
corrente e a potência controláveis dependem do triac que se utilizar. Para elevar a potência
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Utilização do variador
Ligar um motor eléctrico (de corrente alternada) aos pontos SAL, deslocando a seguir o cursor
do potenciómetro para R3 (no sentido dos ponteiros do relógio) e fornecendo uma tensão de
230V.
A seguir, girar lentamente o potenciómetro no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio,
pelo que num determinado ponto o veio do motor girará cada vez mais rapidamente.
Verifica-se, assim, que girando o eixo do potenciómetro muda a velocidade de rotação do veio.
Podem efectuar-se ensaios com um berbequim eléctrico, um ventilador, etc., e comprovar o
efeito do circuito.
Para finalizar, duas recomendações, a primeira das quais referente ao triac; escolhe-se um
modelo muito sensível, isto é, com baixa corrente de disparo. O circuito foi concebido para um
triac como o TIC206 ou TAG8414.
A segunda recomendação consiste em chamar a atenção para o facto de o circuito estar
directamente sob a tensão da rede, pelo que se deve ter muito cuidado ao mexer nele.
Lista de material
Resistências 1/2W ±5%
R1 = 39KΩ
R2 = potenciómetro linear de 470KΩ
R3 = 8.2KΩ
Condensadores
Semicondutores
Diversos
L1 = ver texto
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