TCC Thiago Romeu Antunes
TCC Thiago Romeu Antunes
TCC Thiago Romeu Antunes
Florianópolis
2019
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Florianópolis
2019
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Agradecer
aos meus pais pela vida e por tudo em que sempre me apoiaram, também por
investirem e acreditarem na minha capacidade, serei eternamente grato;
À minha irmã Maria Clara Antunes, pela sua energia, e pelo seu carisma e
inocência de criança, que me lembra do quão a vida é boa e deve ser aproveitada;
Aos meus amigos de “fora” da UFSC, em especial aos que sempre estiveram
comigo nesta caminhada;
Aos meus amigos de “dentro” da UFSC (e agora fora), da turma 2014.2, que
sempre caminharam juntos nestes 5 anos. Não só estes, mas também as diversas
amizades que fiz, na civil e em outros cursos;
Aos amigos do PET/ECV, que me acolheram por dois anos e tive a oportunidade
única de aprender e produzir no que tange à tríade ensino, pesquisa e extensão;
Ao meu orientador, Dr. Rafael Augusto dos Reis Higashi, por ser uma pessoa
tão boa, um professor exemplar que sempre se mostrou disponível e foi muito prestativo
ajudando e questionando minhas ideias nesta reta final;
Ao Eng. Rafael Fabiano Cordeiro, por estar presente desde o primeiro momento,
conseguindo os projetos e trazendo o problema do TCC, também me tirando dúvidas
durante os dois semestres.
À Eng. Miryan Yumi Sakamoto, por me auxiliar na reta final deste trabalho;
Sou grato pela APPE LTDA. e todos os seus membros, pela oportunidade de
aprendizado e troca de experiência;
Sou grato pela UFSC e sociedade pela oportunidade de ter recebido um ensino
público, gratuito e de qualidade, desde os tempos do Colégio de aplicação até o ensino
superior;
RESUMO
ABSTRACT
Santa Catarina presents rugged reliefs and a climate conducive to natural disasters
related to mass movements. Accordingly, there is a tendency in the State to the
disorderly occupation of the territory, occupying among them areas of influence of
natural slopes. In this way it becomes worrisome to the State, since in the future an
extraordinary event could cause material and human damages. Ensuring the stability of
a slope is a way to positively impact and make room for socio-economic growth.
Creche Vila Aparecida, in the Coqueiros neighborhood, received an engineering
solution using cable-stayed curtain to contain a natural slope. With the topographic
survey and the tests carried out, two alternative solutions were proposed, one involving
shifting with soil nail and the other, a mortar stone wall also with soil nail, both with the
purpose of verifying the possibility of application in front of the already implanted one,
comparing cost and safety. Because it was an installed solution, Security Factors of 1.80
were adopted for the shifting and 1.68 for the wall, compared to 1.61 of the curtain
installed. The new solutions were modeled in slope stability software, where there was a
global rupture for the two solutions, as well as sliding, tipping and breaking of the
foundation soil, specifically for the solution surrounding the wall. With the curtain cost
update already built and retroactive of the solutions created, both in 2015 and in 2018,
which were the periods of analysis, all budgets were priced competitively with each
other, so in this regard the solutions were equalized. Among the restraints, wire curtain
stands out as the most guaranteed solution and is justified by the validity of the methods
and reliability of this type of solution. On the other hand, soil nail is a technique that
requires flawless execution and is subject to numerous variables more susceptible than
curtain, which can alter the final result, since, for example, the staples are not tested at
the end of execution. Mortar stone wall is a widely used solution, however against the
specific conditions of the work, the author judged sensible the adoption of the cable-
stayed curtain as was done.
Índice de Figuras
FIGURA 1 - “SINAIS QUE EVIDENCIAM A PRESENÇA DE RASTEJO: (A) BLOCOS DESLOCADOS DE SUA POSIÇÃO
INICIAL; (B) ÁRVORES INCLINADAS OU COM TRONCOS RECURVADOS; (C) ESTRATOS E CAMADAS
ROCHOSAS SOFRENDO VARIAÇÕES BRUSCAS (ENCOSTA ABAIXO) OU XISTOSIDADE; (D)
DESLOCAMENTO DE POSTES E CERCAS; (E) TRINCAS E RUPTURAS EM ELEMENTOS RÍGIDOS, COMO
MURETAS, MUROS,PAREDES (F) EIXOS DE ESTRADAS E FERROVIAS SOFRENDO INFLEXÕES NO
ALINHAMENTO; (G) MATACÕES ARREDONDADOS; (H) LINHAS DE SEIXOS RECOBERTAS POR REGOLITO
EM MOVIMENTAÇÃO DE RASTEJO”. ....................................................................................................... 5
FIGURA 2 - A) ESCORREGAMENTO DE TALUDE; B) ESCORREGAMENTO DE BASE............................................. 6
FIGURA 3 - EXEMPLOS DE RUPTURA POR QUEDA ........................................................................................... 7
FIGURA 4 – ELEMENTOS QUE CARACTERIZAM UMA MASSA ESCORREGADA. ................................................. 7
FIGURA 5 – REPRESENTAÇÃO DE CANALETAS ............................................................................................. 15
FIGURA 6 – DISSIPADOR DE ENERGIA .......................................................................................................... 15
FIGURA 7 – REPRESENTAÇÃO DE DRENO DE PARAMENTO E BARBACÃ......................................................... 16
FIGURA 8 – REPRESENTAÇÃO DE DRENO SUB-HORIZONTAL PROFUNDO ...................................................... 17
FIGURA 9 – REPRESENTAÇÃO DE BERMAS DE ESTABILIZAÇÃO .................................................................... 18
FIGURA 10 – PROTEÇÃO SUPERFICIAL......................................................................................................... 18
FIGURA 11 – INJEÇÕES NO SOLO .................................................................................................................. 20
FIGURA 12 – EXEMPLO DE REFORÇO EM SOLO............................................................................................. 21
FIGURA 13 - RETALUDAMENTO ................................................................................................................... 22
FIGURA 14 – RUPTURA GLOBAL MURO – SOLO. ........................................................................................... 23
FIGURA 15 - SITUAÇÃO DE EQUILÍBRIO ....................................................................................................... 24
FIGURA 16 – CARACTERÍSTICAS DE PROJETO DO ELEMENTO RESISTENTE À TRAÇÃO................................... 26
FIGURA 17 – COMPONENTES DO TIRANTE ................................................................................................... 27
FIGURA 18 – TIPOS DE RUPTURA EM CORTINA ATIRANTADA ....................................................................... 31
FIGURA 19 - COMPONENTES DO TIRANTE .................................................................................................... 33
FIGURA 20 – APLICAÇÃO DE SOLO GRAMPEADO COM EQUIPAMENTOS MANUAIS. ....................................... 34
FIGURA 21 – ESCAVAÇÃO EM BERMAS DE EQUILÍBRIO. ............................................................................... 35
FIGURA 22 – ESTRUTURA DE FIXAÇÃO E CENTRILIZAÇÃO ........................................................................... 36
FIGURA 23 - ATUAÇÃO DO MECANISMO, PREPONDERANDO NO GRAMPO ESFORÇOS CISALHANTES E
FLETORES. .......................................................................................................................................... 37
FIGURA 24 - MODOS DE RUPTURA: A) ARRANCHAMENTO DOS GRAMPOS, B) ESTRUTURAL DO GRAMPO E C)
ESTRUTURAL DA FACE. ....................................................................................................................... 38
FIGURA 25 - MÉTODO SUECO OU DAS LAMELAS .......................................................................................... 46
FIGURA 26 – EQUILÍBRIO DE FORÇAS .......................................................................................................... 49
FIGURA 27 – MÉTODO DE CULMANN: FORÇAS ATUANTES NA CUNHA DE SOLO E POLÍGONO DE FORÇAS ..... 51
FIGURA 28 – DECISÕES AO REALIZAR ENSAIOS ........................................................................................... 53
FIGURA 29 – ENSAIO SPT ........................................................................................................................... 57
FIGURA 30 – FLUXOGRAMA MÉTODO ......................................................................................................... 63
FIGURA 31 – LOCALIZAÇÃO DO TERRENO EM ÉPOCA ANTERIOR À IMPLANTAÇÃO DA CRECHE E LOCAL
APROXIMADO DAS SOLUÇÕES (COR AZUL). ......................................................................................... 69
FIGURA 32 – POSIÇÃO DOS FUROS DE SONDAGEM. ...................................................................................... 70
FIGURA 33 – SONDAGEM SPT 01 ................................................................................................................ 71
FIGURA 34 – SONDAGEM SPT 02 ................................................................................................................ 72
FIGURA 35 – SONDAGEM SPT 03 ................................................................................................................ 73
FIGURA 36 – PERFIL GEOLÓGICO ................................................................................................................ 74
FIGURA 37 – CONDIÇÃO DE ESTABILIDADE DO TALUDE NATURAL .............................................................. 76
FIGURA 38 – FORÇAS ATUANTES NA CUNHA DE SOLO ................................................................................. 77
FIGURA 39 – ANÁLISE DE ESTABILIDADE CORTINA ATIRANTADA. FS = 1,12 COM TIRANTES DE 15TF. ........ 80
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FIGURA 40 - ANÁLISE DE ESTABILIDADE CORTINA ATIRANTADA. FS = 1,61 COM TIRANTES DE 35 TF. ........ 81
FIGURA 41 – ANÁLISE DE ESTABILIDADE PELO MÉTODO DE CULMANN, COM SUPERFÍCIE PLANAR PASSANDO
PELO PÉ DA CORTINA. FATOR DE SEGURANÇA MÍNIMO DE 1,68........................................................... 82
FIGURA 42 – RETALUDAMENTO SEM A TÉCNICA DE SOLO GRAMPEADO. FATOR DE SEGURANÇA 0,759 POR
ANÁLISE DE FELLENIUS. ..................................................................................................................... 85
FIGURA 43 – RETALUDAMENTO SEM TÉCNICA DE SOLO GRAMPEADO. FATOR DE SEGURANÇA ABAIXO DE
0,686 POR ANÁLISE DE BISHOP SIMPLIFICADO. ................................................................................... 86
FIGURA 44 – RETALUDAMENTO COM SOLO GRAMPEADO E VERIFICAÇÃO POR FELLENIUS COM FATOR DE
SEGURANÇA 1.478. ............................................................................................................................. 87
FIGURA 45 – RETALUDAMENTO COM SOLO GRAMPEADO E VERIFICAÇÃO POR BISHOP SIMPLIFICADO COM
FATOR DE SEGURANÇA 1.579. ............................................................................................................. 87
FIGURA 46 – RETALUDAMENTO COM SOLO GRAMPEADO E VERIFICAÇÃO POR FELLENIUS COM FATOR DE
SEGURANÇA 1.629. ............................................................................................................................. 88
FIGURA 47 - RETALUDAMENTO COM SOLO GRAMPEADO E VERIFICAÇÃO POR BISHOP SIMPLIFICADO COM
FATOR DE SEGURANÇA 1.686. ............................................................................................................. 89
FIGURA 48 – RETALUDAMENTO COM SOLO GRAMPEADO E VERIFICAÇÃO POR FELLENIUS COM FATOR DE
SEGURANÇA DE 1.763. ....................................................................................................................... 90
FIGURA 49 – RETALUDAMENTO COM SOLO GRAMPEADO E VERIFICAÇÃO POR BISHOP SIMPLIFICADO COM
FATOR DE SEGURANÇA 1.841. ............................................................................................................. 90
FIGURA 50 - VISTA FRONTAL RETALUDAMENTO COM SOLO GRAMPEADO ................................................. 92
FIGURA 51 - RETALUDAMENTO COM GRAMPOS 3D ..................................................................................... 95
FIGURA 52 – MURO DE PEDRA ARGAMASSADA E TALUDE DE 49º. FATOR DE SEGURANÇA 1,066 PELO
MÉTODO DE FELLENIUS. ..................................................................................................................... 97
FIGURA 53 – MURO DE PEDRA ARGAMASSADA E TALUDE DE 49º. FATOR DE SEGURANÇA 1,045 PELO
MÉTODO DE BISHOP SIMPLIFICADO. ................................................................................................... 97
FIGURA 54 – MURO DE PEDRA ARGAMASSADA E TALUDE DE 49º. FATOR DE SEGURANÇA 1,112 PELO
MÉTODO DE FELLENIUS. ..................................................................................................................... 98
FIGURA 55 – MURO DE PEDRA ARGAMASSADA E TALUDE DE 49º. FATOR DE SEGURANÇA 1,215 PELO
MÉTODO DE BISHOP SIMPLIFICADO. ................................................................................................... 99
FIGURA 56 – MURO DE PEDRA ARGAMASSADA E TALUDE DE 49º. FATOR DE SEGURANÇA 1,506 PELO
MÉTODO DE FELLENIUS. ................................................................................................................... 100
FIGURA 57 – MURO DE PEDRA ARGAMASSADA E TALUDE DE 49º. FATOR DE SEGURANÇA 1,617 PELO
MÉTODO DE BISHOP SIMPLIFICADO. ................................................................................................. 100
FIGURA 58 – MURO DE PEDRA ARGAMASSADA E TALUDE DE 49º. FATOR DE SEGURANÇA 1,630 PELO
MÉTODO DE FELLENIUS. ................................................................................................................... 101
FIGURA 59 – MURO DE PEDRA ARGAMASSADA E TALUDE DE 49º. FATOR DE SEGURANÇA 1,730 PELO
MÉTODO DE BISHOP SIMPLIFICADO. ................................................................................................. 102
FIGURA 60 – VISTA FRONTAL MURO DE PEDRA ARGAMASSADA ................................................................ 105
FIGURA 61 – ILUSTRATIVO RETALUDAMENTO COM GRAMPOS 3D ............................................................ 108
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Índice de Tabelas
TABELA 1 - CLASSIFICAÇÃO QUANTO À VELOCIDADE DO MOVIMENTO DE MASSA ........................................ 8
TABELA 2 - CLASSIFICAÇÃO QUANTO À PROFUNDIDADE DA MASSA DESLOCADA .......................................... 9
TABELA 3 – CODIFICAÇÃO BRASILEIRA – SUBGRUPO MOVIMENTO DE MASSA ........................................... 10
TABELA 4 – CLASSIFICAÇÃO DOS FATORES DEFLAGRADORES DOS MOVIMENTOS DE MASSA....................... 13
TABELA 5 – MORFOLOGIA DO SISTEMA RADICULAR ................................................................................... 19
TABELA 6 – FATORES DE SEGURANÇA PARA MUROS ................................................................................... 23
TABELA 7 – COEFICIENTE DE ANCORAGEM ................................................................................................. 29
TABELA 8 – VALORES DE FS MÍNIMO. ......................................................................................................... 42
TABELA 9 – NÚMERO DE INCÓGNITAS PARA EQUAÇÕES DISPONÍVEIS ......................................................... 46
TABELA 10 – MÉTODOS DE EXTRAÇÃO DE DADOS DA ESTATIGRAFIA DO SUBSOLO ..................................... 54
TABELA 11 - FATOR DE SEGURANÇA DO PROJETO DE INVESTIGAÇÃO ......................................................... 55
TABELA 12 – FATOR DE SEGURANÇA SEGUNDO CARGA MÁXIMA................................................................ 56
TABELA 13 - RESULTADOS DE COESÃO E ÂNGULO DE ATRITO NA CONDIÇÃO NATURAL E INUNDADA
(RAIMUNDO, 2002; BEVILÁQUA, 2004, SANTOS 1997; MEIRELLES E DAVISON DIAS, 2004; DAVISON
DIAS, 1987, BASTOS, 1991 E 1999 ) APUD HIGASHI(2006). ................................................................ 60
TABELA 14 – PARÂMETROS DO SOLO .......................................................................................................... 78
TABELA 15 - FS ATINGIDO DADAS MAIORES CARGAS APLICADAS. .............................................................. 80
TABELA 16 - CARGAS DE TRABALHO........................................................................................................... 81
TABELA 17 - CÁLCULO DO BULBO DE ANCORAGEM ................................................................................... 83
TABELA 18 – QUANTITATIVO E ORÇAMENTO CORTINA ATIRANTADA 01/2015 ........................................... 83
TABELA 19 - QUANTITATIVO E ORÇAMENTO CORTINA ATIRANTADA 10/2018............................................ 84
TABELA 20 - PARÂMETROS DO SOLO ........................................................................................................... 85
TABELA 21 – FATOR DE SEGURANÇA FINAL ................................................................................................ 91
TABELA 22 - QUANTITATIVO E ORÇAMENTO RETALUDAMENTO + SOLO GRAMPEADO 01/20152015 ......... 93
TABELA 23 - QUANTITATIVO E ORÇAMENTO RETALUDAMENTO + SOLO GRAMPEADO 10/2018 ................. 94
TABELA 24 - PARÂMETROS DO SOLO ........................................................................................................... 96
TABELA 25 – FATOR DE SEGURANÇA FINAL .............................................................................................. 102
TABELA 26 - QUANTITATIVO E ORÇAMENTO MURO + SOLO GRAMPEADO 01/2015 .................................. 106
TABELA 27 - QUANTITATIVO E ORÇAMENTO MURO + SOLO GRAMPEADO 10/2018 .................................. 107
TABELA 28 – FS E CUSTO CONTENÇÕES 01/2015 ..................................................................................... 110
TABELA 29 – FS E CUSTO CONTENÇÕES 10/2018 ..................................................................................... 111
xi
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 1
1.1. OBJETIVOS .......................................................................................................................... 2
1.1.1. Objetivo Geral ............................................................................................................. 2
1.1.2. Objetivos Específicos ................................................................................................... 2
2. MOTIVAÇÃO DA PESQUISA ....................................................................................................... 3
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ........................................................................................................... 4
3.1. Movimentos de Massa ....................................................................................................... 4
3.2. Modos de Ruptura de Taludes ......................................................................................... 11
3.3. Obras de Estabilização de Taludes ................................................................................... 13
3.3.1. Sistemas de Drenagem .............................................................................................. 14
3.3.2. Bermas....................................................................................................................... 17
3.3.3. Revestimento do talude ............................................................................................ 18
3.3.4. Injeções ..................................................................................................................... 20
3.3.5. Impermeabilzação superficial ................................................................................... 20
3.3.6. Solos reforçados ........................................................................................................ 21
3.3.7. Mudança na geometria do talude/ Retaludamento ................................................. 21
3.3.8. Muros de arrimo ....................................................................................................... 22
3.3.9. Cortina atirantada ..................................................................................................... 26
3.3.10. Estacas raíz .............................................................................................................. 33
3.3.11. Solo Grampeado ...................................................................................................... 33
3.4. Métodos de Análise de Estabilidade de Taludes .............................................................. 40
3.4.1. Métodos Determinísticos .......................................................................................... 41
3.5. Caracterização de taludes para obras de contenção ....................................................... 52
3.5.1. Sondagem a percussão – SPT .................................................................................... 56
3.6. Caracterização da Área de Estudo sob a luz a Norma NBR 11682/2009 ......................... 59
4. MÉTODO .................................................................................................................................. 62
4.1. Problema: Conter o maciço .............................................................................................. 64
4.2. Levantamento de material ............................................................................................... 64
4.3. Revisão bibliográfica ........................................................................................................ 64
4.4. Lista de contenções .......................................................................................................... 65
4.4.1. Muro Pedra Argamassada ......................................................................................... 65
xii
1. INTRODUÇÃO
1.1. OBJETIVOS
2. MOTIVAÇÃO DA PESQUISA
A Engenharia Civil é uma área dentro das ciências exatas que abrange uma
infinidade de conteúdos que interferem diretamente na sociedade e no meio ambiente.
Área de grande impacto nos mais diversos locais, a Engenharia Civil trabalha com
100% das suas contruções com o elemento solo. Para estudo deste, uma das grandes
áreas desta formação, entre outras como Construção civil, Estruturas, Hidráulica,
Saneamento e Transporte, é a Geotecnia. Esta, aqui mais especificamente a parte da
mecânica dos solos é uma ciência que estuda o comportamento do solo, e se aplica a
este trabalho como estudo das manifestações relacionadas à estabilidade de encostas.
Atualmente, em todo o globo há mudanças acontecendo no que diz respeito ao
meio ambiente. Diariamente, noticiários publicam algo relacionado a algum desastre
natural que afetou a população, sendo em danos materiais ou humanos. Neste cenário,
há uma combinação conhecida: preciptação e instabilidade de encostas.
O Estado de Santa Catarina regularmente passa por momentos precários, pois é
formado por um perfil de relevos variados devido a aspectos geológicos e
geomorfológicos diversificados, com muitas elevações, planíceis e planaltos
(INFOESCOLA, 2018) que se estruturaram durante anos de processos naturais. Devido
a isso, com o aumento populacional no Brasil, que, segundo o IBGE (Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística), de 2001 a 2005, foi de 1,67%, a população
usualmente tende a buscar locais para moradia e acaba se instalando em locais de risco a
ocorrência de movimentos de massa, representando um problema grave às autoridades.
Neste contexto, percebe-se a importante necessidade de previnir a ocorrência de
movimentos de terra e estruturar maneiras de minimizar seus efeitos negativos.
4
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Figura 1 - “Sinais que evidenciam a presença de rastejo: (A) blocos deslocados de sua
posição inicial; (B) árvores inclinadas ou com troncos recurvados; (C) estratos e
camadas rochosas sofrendo variações bruscas (encosta abaixo) ou xistosidade; (D)
deslocamento de postes e cercas; (E) trincas e rupturas em elementos rígidos, como
muretas, muros,paredes (F) eixos de estradas e ferrovias sofrendo inflexões no
alinhamento; (G) matacões arredondados; (H) linhas de seixos recobertas por regolito
em movimentação de rastejo”.
Varnes (1978) apud Gerscovich (2016) apresenta uma tabela (Tabela 1) referente à
velocidade da massa deslocada.
Nomenclatura Profundidade
Superficial < 1,5m
Raso 1,5 m a 5 m
Profundo 5 m a 20 m
Muito Profundo > 20 m
a) Complexo geológico;
b) Complexo morfológico;
c) Complexo climático-hidrológico;
d) Gravidade;
e) Calor solar;
f) Tipo de vegetação original.
• Não realize cortes em encostas sem licença da Prefeitura, pois você poderá contribuir
ainda mais para intensificar o efeito da declividade;
• Descida d’água: drenagem superficial que canaliza a água do topo talude para um
ponto de menor cota. Normalmente sua estrutura tem degraus para diminuir a energia
cinética da água fluindo e causar dano as estruturas subjacentes. No seu deságue, na
maioria das vezes possuem barreiras de dissipação (Figura 6) para evitar a erosão
(TEIXEIRA, 2011);
Figura 6 – Dissipador de energia
• Dreno de paramento: esta estrutura é responsável por direcionar a água que chega ao
paramento do talude, constituída por canaleta de plástico envolvida por Geotêxtil ou
dreno fibroquímico direcionado da crista até o pé do talude. Somada a ela, existe o
dreno tipo barbacã, que constitui a saídas de um tubo de PVC drenante com inclinação
16
• Dreno sub-horizontal profundo (DHP): São drenos que realizam a captação da água
distante da face do talude, evitando que nela aflorem ou façam sobrepeso no talude
contido. Os drenos sub-horizontais profundos são tubos plásticos drenantes de 1¼” a 2”
em perfurações no solo de 2½” a 4”. Estes tubos para captar a água devem ser
perfurados e cobertos por mantas geotêxteis ou telas de nylon, para evitar que se
obstruam. Os drenos são lineares, colocados em angulação descendente e normalmente
seus comprimentos se situam entre 6m a 18m (Figura 8) (ZIRLIS, 1999).
17
3.3.2. Bermas
Gerscovich (2016) coloca que a cobertura vegetal pode causar efeitos favoráveis
e desfavoráveis. Superfícies desmatadas ficam mais vulneráveis a processos erosivos,
além de receberem maior volume de água na superfície do talude. A seguir temos as
características da morfologia das raízes na Tabela 5.
3.3.4. Injeções
e o movimento de partículas que ainda pode ocorrer lentamente, sendo assim deve-se
estudar em qual solo e local é propício para tal solução.
Fonte: adaptado de Vertematti (2004) apud Manual Técnico para Reforço de Muros e Taludes.
Alterar a geometria do talude consiste em reduzir a altura deste, assim como seu
ângulo (LONDE apud GUIDICINI E NIEBLE, 1983). Apesar de ser um método barato,
nem sempre será a melhor opção. Com a redução da altura e ângulo, além de reduzir as
forças solicitantes, também reduz a tensão normal e consequentemente a força de atrito
resistente (Figura 13). Magalhães Freire entende e denominava que processos como
mudança na geometria do talude são atenuantes dos efeitos da gravidade (GUIDICINI e
NIEBLE, 1983).
22
Segundo Massad (2010), uma escavação ou corte feito junto à crista do talude
diminui uma parcela do momento atuante; analogamente, a colocação de um contrapeso
(berma) junto ao pé do talude tem um efeito contrário, estabilizador.
Figura 13 - Retaludamento
• Segurança contra o tombamento (2,0) (Tabela 6): Para que o muro não tombe
em torno da extremidade externa, sendo o momento do peso do muro maior que o
momento de empuxo total, ambos em relação ao mesmo ponto;
1,5.H = V. tg φ´ (2)
sendo φ´o ângulo entre o muro e o solo, tomando-se a ordem de 30º para areia grossa e
25º para areia grossa argilosa ou siltosa; V = Peso do muro e H é a distância entre o
centro de gravidade e a aplicação da força V.
𝜏 = 𝑐 + 𝜎 . 𝑡𝑔 𝜑 (3)
Onde:
τ = Tensão de cisalhamento;
c = Coesão entre os grãos;
σ = Tensão Normal;
φ = Ângulo de atrito entre os grãos.
De acordo com o autor, admitindo valor muito baixo para a coesão, teremos:
𝜏 = 𝜎 . 𝑡𝑔 𝜑 (4)
Para que não haja ruptura, é necessário que 𝜔 < 𝜑, sendo 𝜑 designado como
ângulo de repouso do material ou talude natural ou ângulo de atrito interno do material
(solo). Na situação limite, temos:
25
𝑡𝑔 𝜑 = (5)
𝐸 = . 𝛾. 𝐾. ℎ (6)
Onde:
E = Empuxo;
γ = peso específico;
K = Coeficiente de empuxo;
h = altura do maciço considerado.
𝐸 = . 𝛾. 𝐾. ℎ − 𝑐. ℎ. 𝐾 (7)
Na prática não se considera o valor da coesão, visto que essa geralmente se altera
com o tempo. Só será considerada em obras com controle técnico permanente da
drenagem. A ruptura global deve respeitar um Fator de Segurança mínimo de 1,5.
Segundo a norma NBR 11682/2009, o dimensionamento deve atender à
verificação da estabilidade quanto ao tombamento, deslizamento e capacidade de carga
da fundação.
26
a) Protensão
O ensaio de protensão, por norma, pode ser realizado contra a própria estrutura
de contenção ou diretamente no solo, sendo neste último as cargas descarregadas em
peças de madeira, concreto ou aço. Estes devem respeitar valores de carga (trabalho,
máxima e incorporação) constadas em projeto, assim como respeitar o tempo de cura do
28
concreto, variando de 7 dias (cimento Portland comum), 3 dia (cimento ARI e/ou outros
materiais, seguindo indicação de fabricante).
b) Dimensionamento do tirante
De acordo com a NBR 5629, para cálculo do tirante a ser aplicado, deve-se
seguir as normas NBR 7480, NBR 7482 e NBR 7483. Para dimensionamento dos
tirantes, considera-se o comportamento dos solos de acordo com a ciência mecânica dos
solos, levando em conta não só a natureza dos solos, mas também a deslocabilidade da
estrutura de contenção, número de níveis de tirantes e sequência executiva.
A seção transversal do tirante, seja ele barra, fio ou cordoalha deve ser calculada
a partir do esforço máximo solicitante, sendo a tensão admissível:
𝜎 = ,
. 0,9 (8)
𝜎 = ,
. 0,9 (9)
𝑇 = 𝜎 ´ . 𝑈 . 𝐿 . . 𝑘 (10)
29
𝐿 . = Comprimento do tirante;
Compacidade
Solo
fofa compacta muito compacta
Silte 0,1 0,4 1
Areia Fina 0,2 0,6 1,5
Areia Méida 0,5 1,2 2
Areia grossa e pedregulho 1 2 3
𝑇 = 𝛼 . 𝑈 . 𝐿 . 𝑆 (11)
• Tirante não pode ser executado em solo orgânicos moles, aterros ou solos
coesivos com 𝑁 ≤ 4 do ensaio SPT e aterros sanitários.
30
d) Modos de ruptura
No que diz respeito à ruptura, essa pode ocorrer nos diversos elementos
envolvidos na estrutura. Literalmente pode estar relacionado à falha da estrutura em si,
ou na interface bulbo/solo entre outras.
Segundo Mendes (2010), esta estrutura tem muitas particularidades, começando
por sua execução que é de cima para baixo e espera-se do maciço a ocorrência de
deslocamento para o interior da escavação e o recalque junto à superfície. Ao instalar o
tirante na estrutura, decorre um deslocamento no sentido do maciço, impondo um ponto
de ancoragem na estrutura e restringindo a evolução dos deslocamentos horizontais. No
segundo nível de tirantes, a estrutura vem a sofrer rotação em torno da ancoragem e o
maciço sofre novos deslocamentos horizontais, que, então estes serão restringidos pelo
próximo nível de ancoragens. Portanto, devido aos deslocamentos rotacionais e
translacionais que a estrutura sofre no decorrer da execução, as deformações e diagrama
de tensões são variáveis.
A Figura 18 mostra diversos tipos de ruptura de uma cortina atirantada,
envolvendo elementos e situações de ruptura envolvendo deformações excessivas,
ruptura global e ruptura dos elementos individuais.
31
Ainda de acordo com Teixeira (2011), esta técnica também apresenta algumas
limitações:
a) Método construtivo
O método consiste reforçar o elemento solo seja com cortes ou não, utilizando
grampos galvanizados e de comprimento mediano. As etapas passam por escavação do
talude em questão (caso não seja natural), perfuração e instalação do grampo,
preparação e revestimento da face.
Fonte: Relatório de Intervenções para mitigação dos setores de Risco de Desastre, 2014.
- Blocos pré-moldados;
- Painéis de concreto;
- Bio-mantas e vegetação.
Em casos que o talude se encontra com inclinação vertical (90º), a face deve ser
executada com os grampos fixos por cabeças, placas de centralização e porcas a fim de
garantir o contato solo-concreto projetado adequado. Em inclinações menores que 80º,
os grampos devem ser instalados com dobra de 90º igual indicado na figura anterior
(Figura 22).
A tela metálica funciona como armação para o concreto projetado, atribuindo a
37
b) Modos de Ruptura
c) Vantagens e Limitações
A mecânica dos solos trabalha com duas principais vertentes no que se refere às
análises de estabilidade. A análise determinística e a análise probabilística. A primeira é
a análise quantitativa expressa sob a forma de um coeficiente ou fator de segurança, já a
segunda é baseada em dados anteriores de estatística de dados, quantidade e
espaçamento para se ter uma base aceitável. Duncan e Wright (2005) apud Filho e
Andrade (2015), dizem que apesar de seu potencial, a análise estatística de taludes ainda
não tem uso corrente na rotina geotécnica, pois envolve termos e conceitos não
familiares para muitos engenheiros.
Neste trabalho será utilizada a análise determinística, portanto sua revisão
bibliográfica se restringirá a este método, não abordando o que se refere às análises
probabilísticas.
´ ф´
𝜏= + 𝜎´𝑁. Com F = F1 = F2 (12)
ф´
𝜏= + 𝜎´𝑁. Com F = F3 = F4 (13)
c) Relação entre momentos resistente (MR) e atuante (MA) (para superfície de ruptura
circular):
𝐹𝑆 = 𝑀𝑟/𝑀𝑎 (14)
𝐹𝑆 = (15)
42
ê
𝐹𝑆 = õ
(16)
O foco neste trabalho serão as condições apontada nas respectivas letras “c)” e
“e)”.
Métodos
baseados no Tensão-deformação
Grau de segurança equilíbrio limite
necessário ao local Padrão: fator de
segurança Padrão: deslocamento máximo
mínimo^(A)
3.4.1.2. Tensão-Deformação
A força T mede a resistência mobilizada que, pela expressão (17). É uma fração
da resistência total ao cisalhamento, isto é,
T = τ . l = 1/F . s . l (17)
∑(𝑇 . 𝑅) (20)
Resulta em:
𝑁 + 𝑈 = 𝑃. cos ϴ (23)
Ou
Neste método, segundo Massad (2010), o equilíbrio das forças é feito na direção
vertical, de acordo com a figura 26.
49
Tem-se:
Ou
´. ∆ . ϴ
( . ∆ )
𝑁= ф´ . ϴ (27)
ϴ
Logo:
´. ∆ . ϴ
( . ∆ )
𝐹𝑆 = ∑ c´. 𝑙 + ф´ . ϴ . 𝑡𝑔 ф´ / ∑(𝑃 . 𝑠𝑒𝑛 𝛳) (28)
ϴ
A autora Gerscovich (2016), aponta este método como o mais geral de equilíbrio
limite para uma superfície qualquer. Segundo ela, para tornar o problema estaticamente
determinado, Morgenstern e Price assumem que a inclinação da resultante (𝛳) varia,
segundo uma função ao longo da superfície de ruptura.
• A resultante dos esforços normais dN passa pelo ponto médio da base, onde
atuam os demais esforços;
De acordo com Gerscovich (2016), este método é mais rigoroso, visto que
propõe a atender todas as equações de equilíbrio, além de não desconsiderar as forças
interlamelares.
Gerscovich aponta que:
• Para que haja equilíbrio, a resultante das forças interlamelares (Q) passa pelo
ponto de intersecção das demais forças atuantes na fatia (W, N e S).
T= . (𝑐 . L + N . 𝑡𝑔 ф) (29)
C𝑑 = . L = cd . L (30)
ф
𝑡𝑔 фd = (31)
52
𝑇 = 𝐶𝑑 + 𝑁 . 𝑡𝑑 ф𝑑 (32)
( ( ф )
)=( (ϴ ф )
) (33)
( ϴ)
𝑃 = 𝛾𝑎𝐿 + 𝐻. (34)
( ϴ). (ϴ ф )
= .( ( . ф )
) (35)
Maximizando o segundo termo da equação, visto que cd = c/F, pode-se chegar ao ângulo
crítico associado ao plano de Fmín
ф
ϴ𝑐 = (36)
(ϴ ф )
=( ( . ф )
) (37)
De acordo com Schnaid e Odebrecht (2012), o projeto geotécnico passa por três
etapas principais.
Projeto Básico: Elaborado com base nos estudos técnicos preliminares, o projeto
básico constitui elementos necessários o suficiente, com nível de precisão adequado,
para caracterizar a obra ou serviço, destinados a assegurar a viabilidade técnica do
empreendimento e seu adequado tratamento ambiental, assim como também estimar o
custo, método e prazo da obra.
Categoria Características de categoria Estruturas típicas Exploração do subsolo completaExploração do subsolo limitada
Pontes ferroviárias;
Carga máxima de projeto ocorre
silos; armazéns;
A frequetemente; consequências desastrosas - 3 4
estruturas hidráulicas
colapso
e de arrimo
Pontes rodoviárias;
Carga máxima ocorre osabionalmente;
B edifícios públicos e 2,5 3,5
consequências sérias
industriais
Edifícios de
C Carga máxima de projeto ocorre raramente escritório e 2 3
residenciais
Fonte: Vésic apud Schnaid e Odebrecht (2012).
b) Hastes: São tubos com função mecânica que permitem o prolongamento do teste. Se
ligam umas as outras por meio de luvas. Seguem a NBR 6484/2001.
(38)
1200m² e 2400m², deve-se fazer uma sondagem para cada 400m². Acima de 2400m² o
número de songadens deve ser fixado de acordo com a construção em particular.
- geotecnia;
b) reconhecimento topográfico;
c) reconhecimento geotécnico;
d) prospecção geofísica;
e) sondagens mecânicas;
f) ensaios “in situ”;
g) ensaios de laboratórios.
Neste trabalho, os parâmetros de resistência ao cisalhamento dos solos (coesão e
ângulo de atrito), utilizados nos dimensionamentos e análises de estabilidade das
contenções, foram obtidos por meio de coletas de dados, de ensaios de cisalhamento
direto, realizados no município de Florianópolis, em solos derivados do granito ilha
(Memorial Prosul, 2014) (Tabela 13).
4. MÉTODO
- Planta geral;
- Relatório;
- Ensaios SPT 1, 2 e 3 e localizações em planta;
- Vista frontal da cortina atirantada;
- Seções tipos da cortina Eixo 02 (0.00m, 2.50m, 5.00m, 7.50m, 10.00m,
12.5m);
- Quantitativos cortina atirantada eixo 02;
- Orçamento cortina atirantada eixo 02;
- Respectivos arquivos usados no software de estabilidade;
- Respectivos arquivos usados em microstation, lidos em AutoCAD.
Ao se compreender o problema, observou-se que o local apresentava restrições
para implantação de certas obras de contenção, sendo assim analisou-se
minuciosamente o projeto, e foram selecionadas as soluções possíveis para o local em
estudo.
4.4.2. Retaludamento
Assim como o muro de pedra argamassada, a solução aplicando retaludamento
no maciço viria a ser suficiente para contê-lo. Porém, para tal, haveria limitação
horizontal no talude a ser criado, em função de um terreno vizinho com área
comunitária. Esta alternativa então teve de ser melhorada com a aplicação de outro
método auxiliar.
• Programa SLIDE
• Programa GAWACWIN
• Programa GEO5
4.9. Conclusão
5. RESULTADOS
Norte
Os ensaios SPT 01, 02 e 03 podem ser observados nas Figuras 33, 34, 35 e o
perfil pode ser visto na Figura 36.
71
Onde:
θcr – ângulo de atrito ângulo formado pela horizontal com o plano crítico de
deslizamento (plano de menor coeficiente de segurança ao deslizamento);
78
15,0 61 76
79
Fsmínimo s/ ancoragens
Intercepto Compr. da Peso da Cunha
coesivo c'– superfície de Cos Ø de Ruptura – Sen ( θcr – Ø) Fsmín
(tf/m²) ruptura l (m) (Tf)
0,65 12,83 0,85 32,64 0,48 0,447
conservadores, porém ainda sim foi indicado a adoção do tirante comercial Dywidag
de diâmetro 32mm - carga de trabalho de 35tf. A situação de estabilidade pode ser
verificada na Figura 40 e as cargas de trabalho dos tirantes na Tabela 16.
𝑅 = 9,2. 𝑁 . ф . 𝐿 . 𝐾 (39)
Onde:
Sendo assim, o bulbo de ancoragem mínimo deveria ser 8,0m. Para espaçamento
entre tirantes foi considerada distância vertical de 2,00m e horizontal de 2,50m.
SICRO OUT
407819 Armação em aço CA-50 - fornecimento, preparo e colocação kg 3.570,00 R$ 11,17 R$ 39.881,90 45,51%
2018
SICRO OUT Formas de compensado resinado 12 mm - uso geral - utilização de 2 vezes - confecção, instalação e
3108000 m2 80,00 R$ 87,54 R$ 7.003,15 5,76%
2018 retirada
SICRO OUT
Junta de dilatação – fugenband, forn. e colocação m 10,00 R$ 159,21 R$ 1.592,12 2,06%
2018
- SICRO 2018 Andaime de madeira m3 292,00 R$ 46,80 R$ 13.665,95 11,13%
- SICRO 2018 Escoramento com madeira de OAE m3 292,00 R$ 89,41 R$ 26.107,69 22,68%
Total do item: R$95.055,55 100,00%
SAPATA CORTINA
SICRO OUT
903845 Lastro de brita comercial - espalhamento mecânico m3 3,00 R$ 72,35 R$ 217,06 11,48%
2018
5914344 SICRO OUT Transporte com caminhão basculante de 6 m³ - rodovia pavimentada txkm 83,20 R$ 0,80 R$ 66,54 1,56%
SICRO OUT Formas de compensado resinado 12 mm - uso geral - utilização de 2 vezes - confecção, instalação e
3108000 m2 6,00 R$ 84,93 R$ 509,60 8,65%
2018 retirada
SICRO OUT
1107904 Concreto fck = 35 MPa - confecção em betoneira e lançamento manual - areia e brita comerciais m3 3,00 R$ 451,96 R$ 1.355,89 37,90%
2018
SICRO OUT
2003345 Sarjeta trapezoidal de concreto – SZC 02 AC/BC m 40,00 R$ 42,51 R$ 1.700,22 40,41%
2018
Total do item: R$3.849,32 100,00%
Total: 166.678,31 100,00%
Geometria do Talude
Altura Talude Comprimento Altura talude Inclinação do
Altura Total (m)
(m) do talude (m) talude
O item “PROSUL 2013 – Grampo para solo grampeado aço CA-50 d=20mm,
inclusive pintura anti-corrosiva e injeção de calda de cimento”, não foi encontrado na
planilha vigente na época, “Sicro 2”, tampouco na planilha SINAPI do mesmo período,
portanto com auxílio da empresa projetista, o orçamento de uma obra envolvendo solo
grampeado, em 2013, foi repassado e aplicado aqui com valor tal R$ 72,64 o metro
linear, sem correção para o ano de 2015. Julga-se que não teria muito diferença, sendo
que o valor deste em 2013 era de R$ 72,64 e em 2018 será de R$ 69,87.
Os itens “4413018 Fixação em talude de tela eletrosoldada para lançamento de
argamassa ou concreto projetado” e “91101 Execução de revestimento de concreto
projetado com espessura de 15cm, armado com fibras de aço, inclinação de 90º,
aplicação descontínua, utilizando equipamento de projeção com 3m³/h de capacidade”
94
Não foram encontrados respectivos na planilha 2015, sendo assim optou-se por manter
o valor do período 10/2018.
Geometria do Talude
Nas figuras 52 e 53 pode ser observar o muro, com um talude de 49º sem solo
grampeado, para quesito de verificação para os diferentes métodos de análise de
estabilidade.
97
Figura 53 – Muro de pedra argamassada e talude de 49º. Fator de segurança 1,045 pelo
método de Bishop Simplificado.
Como pode ser observado, somente o muro não foi suficiente para conter o
maciço, uma cunha acima do muro se tornaria instável e poderia vir a ruptura, e demais
cunhas com FS abaixo de 1,5, também foram identificados. Desta maneira, adotou-se a
solução “Soil Nails” (solo grampeado) para o talude de 49º acima do muro de pedra
argamassada.
Inicialmente testaram-se grampos de 5m. Os fatores de segurança com esta
adoção podem ser verificados nas figuras 54 e 55 para os diferentes métodos de análise
de estabilidade.
Com estes valores, e após modelar o maciço com muro de gabião (aproximação
pois o software não reproduz muro de arrimo) com dimensões proporcionais ao muro de
pedra argamassada, verificou-se os critérios de Tombamento, Deslizamento e Ruptura
do Solo de Fundação no software GAWACWIN, da empresa Macaferri. O resultado
pode ser verificado a seguir:
OBRAS DE CONTENÇÃO
Muro de Pedra Argamassada com Solo grampeado
SICRO JAN
3 S 04 000 00 Escavação mat 1a cat. m 156,24 R$ 45,39 R$ 7.091,73 14,93%
2015
SICRO JAN
3 S 04 000 01 Escavação mat 2a cat. m 254,24 R$ 60,53 R$ 15.389,15 32,40%
2015
SICRO JAN
2 S 05 301 50 Alvenaria de pedra argamassada m3 53,2 R$ 308,52 R$ 16.413,26 34,56%
2015
Aprox. SINAPI Tubo de PVC D = 50 mm colocado em dispositivo de drenagem m 30 R$ 20,20 R$ 605,95 1,28%
83665 SINAPI Fornecimento e instalação de manta bidim RT - 14 m² 53,2 R$ 7,11 R$ 378,09 0,80%
SICRO JAN
2 S 04 500 06 Dreno longitudinal profundo para corte em solo - DPS 06 m 14 R$ 66,53 R$ 931,42 1,96%
2015
SICRO JAN
2 S 04 901 02 Sarjeta trapezoidal de concreto - SZC 02 m 28 R$ 30,52 R$ 854,56 1,80%
2015
83671 SINAPI Tubo PVC dn 100mm para drenagem - Fornecimento e instalação m 30 R$ 47,99 R$ 1.439,70 3,03%
SICRO JAN
2 S 04 930 01 Caixa coletora de sarjeta - CCS 01 und. 2 R$ 1.657,42 R$ 3.314,84 6,98%
2015
SICRO JAN
2 S 04 962 01 Caixa de ligação e passagem - CLP 01 - areia e brita comerciai und. 1 R$ 1.074,20 R$ 1.074,20 2,26%
2015
R$47.492,91 100,000%
Exec. Muro de Pedra Argamassada
SICRO JAN
1 A 01 405 01 Andaime de madeira 28 R$ 28,13 R$ 787,64 100,00%
2015
R$787,64 100,00%
Sapata do Muro de Pedra Argamassada
74164/004 SINAPI 2015 Lastro de brita m3 1,5 R$ 141,16 R$ 211,74 7,98%
74138/005 SINAPI 2015 Concreto usinado bombeado FCK = 35MPa, inclusive lançamento e adensamento m3 4,5 R$ 466,10 R$ 2.097,45 79,00%
R$2.654,93 100,00%
SOLO GRAMPEADO
PROSUL Grampo para solo grampeado aço CA-50 d=20mm, inclusive pintura anti-corrosiva
-
2013 e injeção de calda de cimento
m 1.232,00 R$72,64 R$89.492,48 88,05%
SICRO JAN
2 S 04 520 01
2015
Dreno sub-horizontal - DSH 01 m 40,00 R$65,80 R$2.632,00 2,59%
SICRO JAN Boca de saída para dreno sub-horizontal em material de 1ª categoria - BSD 04 -
2 S 04 521 51
2015 areia e brita comerciais
Unid. 4,00 R$16,84 R$67,36 0,07%
SICRO OUT Fixação em talude de tela eletrosoldada para lançamento de argamassa ou
4413018
2018 concreto projetado
Kg 200,00 R$7,72 R$1.544,00 1,52%
Execução de Revestimento de concreto projetado com espessura de 15 cm, m²
91101 SINAPI 2018 as armado com fibras de aço, inclinação de 90º, aplicação descontínua, m³ 25,00 R$305,60 R$7.640,05 7,52%
utilizando equipamento de projeção com 3 m³/h de capacidade
Tubo de PVC d=2 com material drenante para dreno/barbacã - fornecimento e
83679 SINAPI 2015 instalação un 20 R$13,26 R$265,10 0,26%
R$101.640,99 100,00%
Total: 152.576,47 100,00%
OBRAS DE CONTENÇÃO
Muro de Pedra Argamassada com Solo grampeado
SICRO OUT
4805758 Escavação mat 1a cat. m 156,24 R$ 11,24 R$ 1.755,50 4,44%
2018
SICRO OUT
4805763 Escavação mat 2a cat. m 254,24 R$ 14,41 R$ 3.663,42 9,27%
2018
SICRO OUT Muro de arrimo em pedra argamassada - areia e pedra de mão comercial -
1505923 m3 53,2 R$ 344,42 R$ 18.322,99 46,37%
2018 fornecimento e assentamento
SICRO OUT
2003935 Tubo de PVC D = 50 mm colocado em dispositivo de drenagem m 30 R$ 9,46 R$ 283,67 0,72%
2018
SICRO OUT
2003866 Aplicação de geotextil não-tecido agulhado RT m² 53,2 R$ 10,01 R$ 532,55 1,35%
2018
SICRO OUT
2003566 Dreno longitudinal profundo para corte em solo - DPS 06 m3 14 R$ 105,53 R$ 1.477,49 3,74%
2018
SICRO OUT Sarjeta trapezoidal de concreto - SZC 02 moldada no local com extrusora e
2003973 m 28 R$ 44,79 R$ 1.254,09 3,17%
2018 concreto usinado - areia e brita comerciais
SICRO OUT
2007971 Dreno de PVC D = 100 mm - fornecimento e instalação m 30 R$ 87,60 R$ 2.628,12 6,65%
2018
SICRO OUT Caixa coletora de sarjeta - CCS 01 - com grelha de ferro - TCC 02 - areia e brita
2003517 und. 2 R$ 4.030,23 R$ 8.060,46 20,40%
2018 comerciais
SICRO OUT
2003642 Caixa de ligação e passagem - CLP 01 - areia e brita comerciai und. 1 R$ 1.538,62 R$ 1.538,62 3,89%
2018
R$39.516,91 100,00%
Exec. Muro de Pedra Argamassada
- SICRO 2018 Andaime de madeira 28 R$ 46,80 R$ 1.310,40 100,00%
R$1.310,40 100,00%
Sapata do Muro de Pedra Argamassada
SICRO OUT
903845 Lastro de brita comercial - espalhamento mecânico m3 1,5 R$ 74,56 R$ 111,84 4,61%
2018
SICRO OUT Concreto para bombeamento fck = 35 MPa - confecção em central dosadora de
1106281 m3 4,5 R$ 387,62 R$ 1.744,29 71,93%
2018 30 m³/h - areia e brita comerciais
R$2.425,14 100,00%
SOLO GRAMPEADO
SICRO OUT Grampo de aço CA-50 D = 20 mm para solo grampeado com capacidade de 80
5605896
2018 kN - fornecimento, perfuração e instalação
m 1.232,00 R$ 69,87 R$ 86.075,40 76,05%
SICRO OUT
2003614
2018
Dreno sub-horizontal - DSH 01 m 40,00 R$ 113,56 R$ 4.542,35 4,01%
SICRO OUT Boca de saída para dreno sub-horizontal em material de 1ª categoria - BSD 04 -
2003616
2018 areia e brita comerciais
Unid. 4,00 R$ 25,23 R$ 100,93 0,09%
SICRO OUT Fixação em talude de tela eletrosoldada para lançamento de argamassa ou
4413018
2018 concreto projetado
Kg 200,00 R$ 10,27 R$ 2.053,68 1,81%
SICRO OUT Concreto projetado fck = 25 MPa via seca aplicado em superfícies inclinadas de
1207715
2018 60° a 90°
m³ 25,00 R$ 803,33 R$ 20.083,37 17,74%
SICRO OUT Dreno tipo barbacã - DRB 02 - D = 50 mm em estrutura de contenção de encosta
2003821
2018 - excluso o tubo de drenagem
un 20 R$ 16,27 R$ 325,34 0,29%
R$113.181,07 100,00%
Total: 156.433,51 100,00%
Foi considerado que o muro será executado com frentes de serviço abrindo
2 metros (horizontal) por vez, de modo que a berma (talude) restante sirva
109
No que diz respeito aos orçamentos, estes mantiveram sua relação de preço de
01/2015 para 10/2018 sem grande variação, com alteração de 2,5% (Muro) para mais e
4% para menos (Cortina e Retaludamento). Observou-se flutuação de preço na grande
maioria dos itens, logo não houve item que caracterizasse a mudança significativa que
fosse responsável pelo preço final da obra.
Vale apontar que a obra deve respeitar todas as etapas contrutivas e ser detalhada
conforme pede a norma NR 11682/2009. Etapas não retratadas aqui por se tratar de um
trabalho acadêmico sem o propósito para tal. Portanto, o projeto deve possuir etapas,
além de projeto e construção, mas também acompanhamento de obra, manutenção e
monitoramento do talude após conclusão da obra.
Analisando os valores obtidos após a reprodução da modelagem nos softwares, o
autor optaria também pela construção da cortina atirantada. A escolha se justifica pela
confiabilidade que a contenção em cortina atirantada garante frente as outras analisadas,
tendo em vista principalmente que os seus tirantes são postos sob tensão e testados desta
forma, além de ter uma estrutura de concreto armado calculado conforme normas da
mesma. Outro fator que motiva a adoção da cortina atirantada é a sensação de segurança
e o fato de se ter uma situação instalada, com vidas humanas envolvidas (creche e área
comunitária), deve-se ter uma estrutura robusta que atribui plena segurança e
estabilidade sem deformações. As soluções alternativas, ambas envolvem o uso da
técnica de solo grampeado, e, apesar de atingir fator de segurança acima do mínimo
requisitado por norma, o processo executivo deve ser muito detalhado e deve ser
realizado um acompanhamento rigoroso, apesar disso, os grampos ao final da obra não
são testados por atuarem passivamente, diferente dos tirantes da cortina atirantada, que
por sua vez são ativados com protensão de 350kN. O muro por sua vez, nesta situação
em específico, envolvendo um maciço de altura maior que o dobro da altura sua altura,
112
logo a solução foi completada com solo grampeado, pois sozinho não seria suficiente
para conter o maciço, e sendo assim julgou-se que a cortina seria uma solução mais
sensata e garantida para o local.
O ajuste feito na técnica envolvendo os métodos de muro de pedra argamassada
e solo grampeado, pode ser discutido em trabalhos futuros. Calculou-se o percentual de
diferença e aplicou-se sobre os aumentos dos parâmetros, mas não se tem certeza destes
resultados, portanto ainda cabe verificações, por não se ter uma fonte nas bibliografias
buscadas, que valide esta solução.
113
REFERÊNCIAS
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Change 2001: Impacts, Adaptation, and Vulnerability. Contribution of Working
Group II to the Third Assessment Report of the Intergovernmental Panel on Climate
Change. Cambridge, UK: Cambridge University Press.
Centro de Estudos e Pesquisas em Engenharia e Defesa Civil, Atlas Brasileiro de
Desastres Naturais de 1991 a 2012, Volume Brasil, Universidade Federal de Santa
Catarina, Florianópolis, 2013.
FREITAS, M. M. S. de, Relevo de Santa Catarina. Infoescola. Disponível em:
<https://www.infoescola.com/geografia/relevo-de-santa-catarina/>. Acesso em:
10/12/2018.
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