Navegação Resumão

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RESUMO

NAVEGAÇÃO
AÉREA

Daniel Thobe
 
Introdução
Esse é um material que foi preparado com o objetivo
de reunir os principais pontos relacionados a
matéria de Navegação e principalmente aqueles
pontos que são facilmente confundidos, ou
problemas complexos para desenvolvimento, que
causam certas dúvidas!

Para o estudo desse material é OBRIGATÓRIO que


você tenha assistido às aulas de Navegação, feito os
exercícios ao final de cada aula com índice
satisfatório, tenha, de preferência, feito as suas
próprias anotações e resumos e já tenha realizado
alguns simulados na nossa plataforma!

Isso porque na aviação não existem atalhos, é


necessário desenvolver o conhecimento,
compreender os conceitos para então revisar. A sua
segurança depende do seu estudo. Como dizem, na
vida quando mais se vive mais se aprende; e na
aviação, quando mais se aprende, mais se vive!

Se você não aprendeu de verdade antes de chegar


aqui, pouco ou quase nenhum valor terá esse
material, pois você irá ficar perdido (muito
provavelmente) ou então irá apenas decorar
conceitos, o que será altamente prejudicial no seu
futuro.

Portanto, esse material visa facilitar a sua revisão


para a prova da ANAC, de forma a direcionar o seu
estudo para pontos relevantes, trata-se de umas
matérias “pré-banca” para aqueles que já se
sentem preparados para realizá-la, combinado?

Eu espero que você goste de tudo que preparamos,


porque colocamos no nosso melhor

Conte sempre conosco.


Lembre de compartilhar a sua aprovação conosco!
Sua felicidade também é a nossa!

Um grande abraço e bons estudos!


Daniel

@tremdepouso_
www.tremdepouso.com.br
Tópicos

1) Conceitos básicos Navegação 1

2) A terra e Seu Gradeado 1

3) Operações Angulares 2

4) Posições, Distâncias, Direção; 4

5) Calcular distâncias a partir de arcos; 4

6) Escalas 4

7) Rotas e Projeções 5

8) Proa, Rumo, Rota e Magnetismo Terrestre 6

9) Pé-de-galinha 7

10) Estudos do Tempo 7

11) Altímetro e Altitudes 8

12) Velocidades 9

13) Perfis 9

14) Computador de Voo 10

Resumo Navegação- Trem de Pouso


Círculos máximos: dividem a esfera em duas partes
1 ) Navegação Aérea : iguais. Desta forma, o plano passa pelo centro da
esfera, fazendo com que o raio e o centro do círculo
“É a ciência que possibilita um navegador conduzir sejam os mesmos da própria esfera. A figura abaixo
uma aeronave no ar, levando-a de um ponto a outro”. mostra esferas divididas por círculos máximos.

1.1)Tipos: também pode ser chamada de processos


de navegação

-Navegação Visual ou por contato


É a maneira de conduzir uma aeronave através do
espaço com a observação de pontos significativos que
sirvam como referência.
Ex: Cartas aeronáuticas , utilizando referência no solo
Círculos menores: dividem a esfera em duas partes
-Navegação estimada desiguais. Logo o plano não passa pelo centro da
É a maneira de conduzir uma aeronave seguindo o esfera como no círculo máximo. Observa a figura
resultado de cálculos pré-determinados para a abaixo, na qual esferas são cortadas por círculos
seqüência da viagem, ou seja, a partir do último menores.
ponto conhecido, obter novos dados para o próximo
ponto ou posição.
Ex: Relojio

-Navegação Rádio
É a maneira de orientação e de poder determinar, na
superfície da Terra, o ponto onde se encontra, por
meio da utilização das ondas de rádio. Os
equipamentos mais utilizados para esse fim são o
VOR e o NDB.
Ex: VOR e ADF

-Navegação Eletrônica Existem Círculos e Semi Círculos que cortam nosso


É a forma de navegar, atraves de equipamentos com planeta de forma imaginaria no plano Horizontal e
banco de dados. Vertical, as linhas horizontais são conhecidas como
Ex: Sistema inercial paralelos e as linhas verticais são conhecidas como
Meridianos . O marco Zero para os paralelos é o
-Navegação Astronômica ou celestial Equador enquanto para os Meridianos é o Meridiano
É a forma de navegar, com dados obtidos por meio de de Greenwich.
observações de corpos celestes.
Ex: Sextante Linha do Equador: é um círculo máximo, formado por
um eixo perpendicular ao eixo da Polar, que divide a
-Navegação por satélite Terra em dois hemisférios: Norte (N=North)acima da
É o sistema mundial de determinação de posição de linha do Equador e Sul (S=South) abaixo da linha do
naves e aeronaves pela utilização de satélites Equador.
artificiais que giram em torno da Terra em vários
sentidos e em altitude determinada. Paralelos de latitude ou paralelos: são círculos
Ex: GPS menores paralelos ao equador. Observe na figura
abaixo a diferença entre a linha do Equador e
2) A terra e seu Gradeado paralelos:
Meridianos de longitude ou meridianos: são
De forma simples e clara sabemos que a terra é uma semicírculos máximos unidos pelos polos.
esfera irregular, porem para navegação aérea é
necessária considerá-la uma esfera perfeita. Para que Meridiano de Greenwich: é o meridiano que passa
fosse possível nos localizar no plano terrestre foram pelo Laboratório Naval de Greenwich na Inglaterra.
empregadas linhas imaginarias que cortam nosso Meridiano de 180º: é o meridiano que está 180º
planeta que chamamos de Círculos e Semi-Círculos. oposto ao meridiano de Greenwich. Lembramos que a
Existem Círculos que cortam nosso planeta em duas junção do meridiano de Greenwich e o Meridiano 180º
metades iguais chamados de Círculos Máximos. forma um círculo máximo que divide a Terra em
outros dois hemisférios: Oeste (W= West) e Leste ou
Este (E=East). Para seu melhor entendimento,
observe as figuras abaixo.
01 Resumo Navegação- Trem de Pouso
Observação:

Tabela de conversões

As operações que vamos utilizar são :

Obs.: Meridiano 180º é o Meridiano oposto ao


Meridiano de Greenwich Adição

DICA: Dado os ângulos de 6º 25’ 36” e 4º 40’ 30”, a soma


entre eles é:

“ Um ponto medido sobre um paralelo distante do


meridiano de Greenwich = Longitude “

“Um ponto medido sobre um meridiano distante


do Equador = Latitude”
O resultado da soma é 10º 65’ 66”, porém podemos
apresentar o resultado de uma outra forma.
Acompanhe a demonstração:
3) Operações Angulares
No ângulo de medida 10º 65’ 66”, temos que 65’ = 60’
Para dar continuidade primeiro teremos que
+ 5’ = 1º + 5’ e 66” = 60” + 6” = 1’ + 6”. Dessa forma, 10º
relembrar algumas definições angulares como :
65’ 66” = 11º 6’ 6”.
A unidade usual de ângulo é o grau (representado por
Subtração
º), por exemplo:
Dados os ângulos 54º 16’ 32” e 27º 18’ 40”, a
25º: lê-se vinte e cinco graus.
subtração entre eles é:
32º: lê-se trinta e dois graus.
120º: lê-se cento e vinte graus.
90º: lê-se noventa graus.

O grau possui dois submúltiplos: o minuto


(representado por ’) e o segundo (representado por ”).
Observe:
Observe que existem valores no minuendo que são
menores dos que os valores do subtraendo, quando
32’: lê-se trinta e dois minutos.
isso acontece na subtração temos que tirar do valor
81’: lê-se oitenta e um minutos.
da esquerda completando o que está menor.
15”: lê-se quinze segundos.
Ao retirarmos 1’ de 16’ ficaremos com 15’, sendo que
45”: lê-se quarenta e cinco segundos.
1’ = 60” o qual deve ser somado a 32” resultando em
92”.
Temos que 1º (um grau) corresponde a 60’ (sessenta
minutos) e 1’ (um minuto) corresponde a 60”
(sessenta segundos). Por exemplo, observe as
transformações a seguir:

2º em minutos: 2 * 60 = 120’
12’ em segundos: 12 * 60 = 720”
Agora devemos retirar 1º de 54º que será igual à 53º,
3600’’ em minutos: 3600 : 60 = 60’
considerando que 1º = 60’, temos 60’ + 15’ = 75’.
90000” em graus: 90000 : 60 = 1500’ e 1500 : 60 = 25º
Portanto:

02 Resumo Navegação- Trem de Pouso


Exemplo 2:
Longitude¹ = 027ºW
Longitude² = 060ºE
DLO = Long¹ + Long²
DLO = 87º

O resultado da subtração é igual a 26º 57’ 52”. Exemplo 3:


Longitude¹ = 120ºE
MULTIPLICAÇÃO DE ÂNGULOS
Longitude² = 160º W
DLO = long¹ + long²
Exemplo 17°15´ x 2 = 17°15´ x2 -------- 34°30´ DLO = 280º
2°) Exemplo 24° 20´ x 3 = 24°20´ X 3 ------- 72°60´
(simplificando) 73° Porém a DLO é o MENOR arco, ou seja:
DLO = 360º - 280º = 080º
Divisão
Observe os exemplos: Dica:
(40º20'):2
Hemisférios iguais subtrai
Hemisférios diferentes Soma
Diferença de Latitude:
É o ângulo definido pelo arco de meridiano que une os
Latitude Média:
paralelos dos pontos dados. É o ponto médio entre duas latitudes.
Como resolver: Em latitudes de hemisférios iguais, basta somar as
Latitudes em Hemisférios iguais subtraem-se. Em latitudes e dividir por 2:
Hemisférios diferentes, somam-se.
Ex: Exemplo1:
Latitude¹ = 30° 20’N Lat¹ = 30ºN
Latitude² = 10° 10’N Lat² = 50ºN
DLA = 20° 10’ LAM = (30º + 50º): 2 = 40ºN

Exemplo 2: Em latitudes de hemisférios diferentes, basta subtrair


Latitude¹ = 22º 15’ 30”N as latitudes e dividir por 2, mantendo-se o hemisfério
Latitude² = 40º 20’ 15”S da maior latitude:
Lembrem-se, hemisférios diferentes, SOMAM-SE as
latitudes para obter-se a DLA. Exemplo2:
DLA = 62° 35’ 45” Lat1 = 20ºS
Lat2 = 60ºN
LAM = (60º – 20º): 2 = 20ºN
Dica:
LONGITUDE MÉDIA (LOM)
Hemisférios iguais subtrai É o ponto médio entre duas longitudes. Calculamos do
mesmo modo como na LAM:
Hemisférios diferentes Soma
Exemplo 1:
Long¹ = 016ºE
Diferença de Longitude: Long² = 030ºE
É o ângulo entre dois meridianos, obtido pelo MENOR LOM = (016º + 030º):dois
arco de Equador que os liga. LOM= 046°: 2 = 023ºE
Como resolver:
Assim como na DLA, se forem ponto em hemisférios Exemplo 2:
iguais basta subtrair. Em hemisférios diferentes soma- Long¹ = 015ºE
se um ao outro. Long² = 027ºW
LOM = (027° - 015°):2
Exemplo 1: LOM = 012°: 2 = 6ºW
Longitude um: 027ºW
Longitude dois: 060ºW
Exemplo 3:
DLO = Long² - Long Longitude¹ = 100ºW
DLO = 33º Longitude² = 130ºE
DLO = 230º (esse resultado é maior que 180º)
DLO = 360º - 230º = 130º

03 Resumo Navegação- Trem de Pouso


Nesse tipo de exercício devemos dividir a DLO por 2 e *Pontos Cardeais + Colaterais
somar o resultado à menor longitude:
DLO / 2 = 130º / 2 = 65º
LOM = 100º + 65º
LOM = 165ºW

CO-LATITUDE
É o valor angular que complementa uma dada
latitude, ou seja, o valor que falta para que juntas,
somem 90º. *Pontos Cardeais + Colaterais + Sub-colaterais
Como resolver:
Basta diminuir 90º da latitude considerada.
EX: latitude¹ = 25ºS
Colat¹ = 90º - 25º
Colat¹ = 65º

Longitude do Antemeridiano:
É a longitude do meridiano oposto. Para encontrá-la,
basta subtrair 180º da longitude considerada e
inverter o lado (W por E e vice-versa).

EX: long¹ = 40ºE


Long Antimer. = 180º - 40º 5) Calcular distâncias a partir de arcos:
LongAntimer. = 140ºW
Em alguns casos, será necessário converterdistâncias
angulares em distâncias reais e vice-versa . Para isso
4) Posições, Distâncias, Direção; devemos saber que:
1’ = 1NM, ou seja, se 1º = 60’, então:
Posição 1º = 60NM
Situação espacial de uma localidade, definida em Ex: Converter 78º15’ em NM:
relação a um ou vários pontos de referência. Neste 1º = 60NM, então: 78º = 78 x 60 = 4680NM
caso usaremos como referência as Latitudes e 15’ = 15 NM
Longitudes vistas anteriormente. 15NM + 4680NM= 4695 NM

Direção Convertendo distâncias em arcos:


A direção a ser seguida para nosso destino será nosso Ex: Uma distância de 255NM corresponde a um arco
RUMO a ser seguido, usaremos como ferramenta de:
nosso transferidor. Solução:
-dividimos o valor por 60.
255 / 60 = 4 (sobra 15)
Distâncias
- o valor encontrado (4) será o correspondente aos
A distância é de suma importância para que saibamos
graus e o resto (15) será o dos minutos.
quanto tempo estimado levaremos para alcançar
255NM = 04º15’
nosso destino.
Após traçar a rota, é só “jogá-la” na escala
correspondente à carta. Que é encontrada na nossa 6) Escalas:
carta WAC.
Podemos encontrar 2 tipos de escalas:
Rosa dos ventos
*Pontos Cardeais - Escala Gráfica
É representada por uma linha graduada em unidades
de distância (KM, ST, NM ...)
1 Milha Náutica (NM) 1852m ou 1,852Km
1 Milha Terrestre (ST) 1609m ou 1,609Km
1 Milha Náutica (NM) 1’ de arco de um
círculo máximo

04 Resumo Navegação- Trem de Pouso


Escala Geométrica Projeções:
Representada sob forma de fração.
Lembre-se que : Consiste no método utilizado para representar a
1km: 100.000cm superfície terrestre numa superfície plana (carta).
1m: 100cm As projeções podem ser classificadas quanto ao ponto
de origem (local onde será posto a lâmpada para
Como calcular: poder projetar a superfície terrestre em uma aérea
plana). São classificadas em três:
Ex: Em uma carta a escala é de 1:100000 e obteve-se a) Gnomônica: ponto de origem é o centro da
com uma régua 7,5 cm. Qual a distância em Km? esfera.

1 cm na carta = 1 km b) Estereográfica: ponto oposto ao ponto de


7,5 cm na carta = 7,5 km tangência
Ex2:Em uma carta a escala é de 1:50000 e obteve-se c) Ortográfica: origem no infinito.
com uma régua 5 cm. Qual a distância em Km?
1cm na carta = 0,5 km
5 cm na carta = 2,5 km

7) Rotas e Projeções

Rota é um caminho, uma direção ou um rumo que Dica:


liga um lugar a outro; um itinerário que define o
caminho percorrido para chegar a algum lugar. A
expressão "traçar uma rota" é utilizada quando se
pretende definir um caminho ou direção para se
chegar ao destino desejado. As rotas, parte do nosso
planejamento, são traçadas em um mapa quando
fazemos uma navegação. Poderão ser de dois tipos,
ortodrômica e loxodrômica.
Carta Mercator:
Rota Loxodrômica (loxo = direção constante; dromos
= caminho):
É a rota que cruza os meridianos em ângulos iguais. É
a mais usada devido à facilidade de planejamento
(basta traçar uma reta). Porém, a trajetória real é uma
curva.
Assimilação desenhe conforme a aula como os
ângulos das Rotas Loxodrômica cortam os
meridianos.

Rota Ortodrômica (ortho = reto; dromos =caminho):


É o menor segmento de círculo que passa por dois
pontos. É a menor distância para se voar entre dois
pontos. A rota ortodrômica corta os meridianos em Características da Carta Mercator:
ângulos diferentes. Não é muito utilizada pela aviação
de pequeno porte devido à dificuldade nos cálculos Paralelos Linhas retas e não equidistantes
de planejamento.
Assimilação desenhe conforme a aula como os Meridianos Linhas retas e equidistantes
ângulos das Rotas Ortodrômica cortam os
Loxodrômica Linha reta
meridianos.
Ortodrômica Curva

Vantagens Fácil construção, fácil plotagem de coordenadas,


loxodrômica reta.

Desvantagens Ortodrômica ser uma linha curva e a escala é variável


com a latitude

05 Resumo Navegação- Trem de Pouso


Cartas Lambert: Magnetismo Terrestre:
A terra é um grande ímã e seu norte verdadeiro (NV) é
diferente do norte magnético (NM). A diferença entre
o NV e o NM chama-se Declinação Magnética (DMG).
Este dado é de suma importância para a navegação,
tendo em vista que as informações obtidas nos
equipamentos de bordo são baseadas no NM.

A DMG pode ser E (leste) ou W(oeste). Se for W(oeste)


o NM está defasado à esquerda em relação ao norte
verdadeiro. Se for E (leste) o NM está defasado à
direita em relação ao norte verdadeiro.

Características da Carta Lambert: Inclinação Magnética:


Ocorre devido à direção das linhas de força do campo
Paralelos Círculos concêntricos ao pólo. magnético terrestre. Pode ser entendida como a
Meridianos Linhas retas convergentes inclinação do ponteiro da bússola.

Loxodrômica Rota determinada por uma linha curva. A componente vertical é máxima (90º) nos polos e
mínima (0º) no equador. A componente horizontal é
Ortodrômica Rota determinada por uma linha reta. máxima no equador e mínima nos polos.
Vantagens Áreas e formas perfeitas, ortodrômica ser reta,
escala quase constante.

Desvantagens Loxodrômica ser uma linha curva (exceto


meridianos)

8) Proa, Rumo, Rota e Magnetismo


Terrestre

Proa – é a direção do eixo longitudinal da aeronave


Rumo – é a direção do deslocamento da aeronave
Rota – é a projeção na superfície terrestre da
trajetória da aeronave
Deriva (DR) – é o ângulo formado entre a proa da
aeronave e o rumo (é o desvio na rota causado pelo
vento)
Correção de deriva (CD ou ACD) – é o ângulo entre o Sobre a Declinação Magnética.
rumo e a proa (correção do desvio causado pelo Podem existir diferentes Declinações que são
vento) chamadas :

Linhas Isogônicas: são linhas que unem pontos de


mesma DMG.

Linhas Agônicas: são linhas que unem pontos com


DMG zero.(onde o norte verdadeiro e magnético estão
alinhados

Linhas Isoclínicas: são linhas que unem pontos de


mesma inclinação magnética.

Linhas Isopóricas: são linhas que unem pontos de


mesma variação de DMG. Não virao representadas nas
cartas de navegação em virtude de só interessarem a
quem executa serviços de atualização das cartas
aeronáuticas. Na prática não consideramos estas linhas
para atualizar uma carta pois ela tem inserida uma
variação média anual.

06 Resumo Navegação- Trem de Pouso


9) Pé-de-galinha

9.1)Formulas que podem ser utilizadas para


desenvolvimento dos cálculos :
RM= RV+- DMG
PM= PV +- DMG
PB= PM +- DB
DR = RUMO – PROA
ACD= PROA - RUMO

9.2)Tabela :

Método da Tabela:
Utilizando esta tabela conseguimos ressorver todos
Fusos:
os problemas de forma rápida, basta memorizar a
Pode-se dividir o planeta em 24 faixas de fusos, sendo
montagem correta da tabela.
que a faixa central é onde se encontra o meridiano de
Greenwich. Cada faixa possui 15 graus de longitude,
sendo que esta faixa se estende a 7º30’ da faixa
central para E e W do meridiano de referência ou
central, como mostra a figura abaixo:

Obs. : Na flecha acima da tabela os Valores de W ficará


menos (-) e quando E ficará positivo(+).

Dica:
Colocando os valores referentes ao que esta sendo
solicitado no problema pode-se resolver qualquer
problema do pé-de-galinha com esta tabela;

10) Estudos do tempo :

A Terra deve efetuar uma volta completa durante 24


horas, é o mesmo que dizer que a Terra “girará” 360º
em 24 horas, resultando no quadro abaixo, que
relaciona longitude e tempo:
Arco Tempo
360 1 dia (24h)
15º 1 hora São 24 fusos diferentes.
1º 4 minutos
15’ 1 minuto Hora Universal Coordenada (UTC): a hora no
15” 1 segundo Meridiano de Greenwich (UTC, ZULU, GMT), Utilizada
na aviação, sempre que passamos estimados de voo
passamos com base no horário UTC
Obs.: importante memorizar esta tabela.
Se a terra executa um movimento de rotação de 360° Hora da Zona (HZ): Computada no meridiano central
em 24 horas, podemos concluir que, a cada hora, o de uma determinada zona, que possui uma faixa de
movimento executado é de 15°. 15°, ou seja, 7°30’ para E ou para W.

Hora Local (HLO): É o horário no meridiano em que


se encontra o observador, ou seja, a hora exatamente
considerada na longitude do observador. Horário do
nascer e por do sol.

07 Resumo Navegação- Trem de Pouso


Hora Legal: o horário estabelecida pelas leis do Ex3:
estado. Isso significa que dentro de uma mesma faixa Calculo de Mudança de Data
de fuso (15º) são adotados uma mesma faixa de Ex.3) Quando a hora local (HLO) na posição 46° 00’N –
horários. 008° 30’W é 23:00 do dia 16 de agosto, qual será a HLO
na posição 46°00’N – 39°30’E?
Mudança de data: A Linha Internacional de Mudança
de Data (DatumLine) é o marco imaginário que indica
onde um dia acaba e onde começa o seguinte

Cálculos de HLO / HLE:


Ex.1) Na longitude 060°E a hora local (HLO) é 18:30,
portanto qual será a HLO na longitude 075° 30’°W?

Nesse caso devemos dividir a DLO por 15. O


resultado é a diferença horária, e o resto deve ser
convertido em minutos (de tempo).
DLO = 48º, dividindo-se por 15 = 3h e resto 3º, ou
seja 3h:12min.
Como o horário aumenta para leste e nesse ponto
já são 23h, ao deslocarmos 15º a hora aumenta
para 24h e a data também muda. Daí pra frente já
estamos no dia 17 de agosto.
Então no ponto considerado são 02h 12min do dia
Passo 1 :Descobrir a DLO dos pontos dados . Nesse caso
17.
devemos dividir a DLO por 15. O resultado é a diferença
horária, e o resto deve ser convertido em minutos (de
tempo). 11) Altímetro e Altitudes
Passo 2 : DLO =060°+ 075° 30’°= 135° 30’, dividindo por
15 = 9h e sobram 30’, ou seja, 2 min de tempo. O Instrumento de bordo destinado a fornecer
Passo 3: Como as horas aumentam para leste, para medidas de altitude da aeronave ‘e o altímetro. Antes de
acharmos o horário do ponto a oeste, diminuímos essas estudarmos o instrumento, passemos a definir algumas
9 horas e 2 minutos. altitudes:
1. Altitude Pressão:Altitude lida no altímetro, referida
Ex.2) Em um lugar de longitude 25º W são 13:30 HLE. ao nível de pressão padrão de 1013.2 HPA ou 29.92
Consequentemente a hora UTC é: Polegadas de Mercúrio. Quando inseridano
Nesse caso, devemos dividir a longitude por 15, o equipamentos , este informa o Nível de Voo voado
resultado também corresponde ao número de horas.
pela aeronave. Definida como altitude sem
Se o resto da divisão for maior do que 7º30’, devemos
correção ou Altitude QNE.
adicionar mais 1 hora.
2. Altitude Indicada: Altitude obtida quando o
Passo 1 :Para facilitar devemos montar o problema altímetro tem como referencia de ajuste a pressão
para mais fácil desenvolvimento do problema: do local sobrevoado, reduzida ao Nível Médio do
Mar. Definida também como Altitude Pressão
corrigida para os erros de pressão ou Altitude
QNH.

3. Altitude Densidade: Altitude pressão corrigida para


os erros de temperatura e pode ser calculado no
Computador de Voo seu valor aproximado.
Passo 2 : Demos identificar a Longitude do nosso 4. Altitude Verdadeira: Altitude Pressão corrigida
problema e entender que estamos falando de HLE . para os erros de pressão e temperatura e pode ser
calculada no computador de voo
Passo 3: Dividindo 25º por 15, temos 1 hora e resto de
10º. Como esse resto é maior do que 7º30’, 5. Altitude Absoluta ou Altura:distância vertical de
acrescentamos 1 hora ao resultado, ou seja, a diferença uma aeronave em relação ao terreno sobrevoado ,
horária é de 2 horas. O ponto considerado está a W, ajuste QFE.
então tem 2 horas a menos que esta em Greenwich:
Isto significa que o Horário UTC é duas horas mais 6. Altitude Calibrada: Corrigida para erros de
tarde, ou seja 15:30. instrumentos.

08 Resumo Navegação- Trem de Pouso


Transformações de unidades:
1 NM = 1,852 Km
1 ST = 1,609 km
1 kg = 2,2 libras
1 libra = 0,45 kg
1 metro = 3,28 pés

13) Perfis

Perfil de Subida
Logo após a decolagem de uma aeronave de um
aeródromo, sabemos que a mesma executa uma
subida para o nível de cruzeiro. Durante esta subida ,
ela percorre uma certa distância em relação ao
aeródromo de partida e também gasta um
determinado tempo de voo, elementos estes que o
piloto necessita calcular no seu planejamento. Este
Dica:
regime de voo é conhecido como perfil de subida, que
veremos a seguir.
Para efeito prático podemos considerar que:
- A pressão diminui de 1 hectoPascal (HPA) a
Cruzeiro
cada 30ft que subimos.
Após o Top Off Climb(TOC) a aeronave voa no que se
-A temperatura decresce 2 graus Celsius a cada
chama regime de cruzeiro. Uma trajetória nivelada
1000ft que subimos.
onde o ponto onde a aeronave nivelou é a referência
inicial e o ponto onde a aeronave inicia a descida
Altitude de Transição : Mudança de QNH para QNE
(TOD) top off decending. É a referencia final. Sendo
assim, percebe-se que inicialmente os perfis de
Nível de Transição : Mudança de QNE para QNH
subida e o de descida já devem ter sido calculados,
para sabermos de que ponto a que ponto
consideramos regime de cruzeiro.
12) VELOCIDADES
Perfil de Descida
VI - Velocidade Indicada (IAS) - A Velocidade É na aproximação para pouso em um aeródromo que
Indicada (VI) é a velocidade que lemos diretamente se inicia nosso perfil de descida, em virtude da
no velocímetro, sem correções de erros. É utilizada mesma estar voando em regime de cruzeiro nem
nos manuais de performance da aeronave, determinado nível, é de se aceitar que a mesma inicie
informando velocidades de decolagem, aproximação, uma trajetória de descida, da altitude que vinha
pouso, Stol, limites estruturais e etc., além de ser voando para chegar ao aeródromo de destino na
passada aos controladores de tráfego aéreo, quando altitude de pouso. Esta trajetória, chamada de perfil
estes solicitarem informação de velocidade do avião de descida, inicia num ponto batizado de TOD(TOP OF
em voo; DESCENT) , que está a uma certa distancia do
aeródromo no qual se pretende pousar, e termina na
VS – Velocidade no solo (GS) – é a velocidade da pista de pouso.
sombra da aeronave no solo. Varia com o vento.

VA - Velocidade Aerodinâmica (TAS) - É a velocidade


em relação ao ar. Também conhecida como
Velocidade Verdadeira. Utilizada nos cálculos de
navegação. Quanto mais quente for a temperatura da
atmosfera esta apresentará uma densidade menor e a
aeronave voará mais rápido pois teremos menos
resistência ao avanço. Por outro lado, à medida que o
ar atmosférico fica mais frio, a densidade aumenta
oferecendo assim maior resistência ao avanço da
aeronave e, portanto, menor velocidade. Utilizada no
plano de voo.
A VA NÃO se altera com o vento. Se altera com a
temperatura e pressão.

09 Resumo Navegação- Trem de Pouso


14) Computador de Voo

Computador de Voo fase A:


Janela da Direita :
-Calculo da VA
-Calculo da VI
Janela da Esquerda
-Altitude Verdadeira

Seta Horária
Janela Central
-Altitude Densidade

Conversor de Temperatura
Celsius – Fahrenheit

Cálculos Possíveis de Fazer na fase A:

O Computador de voo é uma ferramenta que auxilia o piloto


em diversos cálculos entre eles:

- VA
-Temperatura
- Consumo de Combustível
- Transformação de galões para litros
- Conversão de Milhas terrestres para Milhas Náuticas e
Kilometros
- Altitude Verdadeira
-Altitude Densidade
Gromet
- Calculo de estimados
- Conversos de libras para Kilos True Index
- Calculo de Numero Mach

Face B
Rosa dos Ventos

Linhas Horizontais
VELOCIDADE

Régua

Linhas Verticais Indicam:


ACD
DR

10 Resumo Navegação- Trem de Pouso


Quando Se pede a PV e VS: Quando Se pede a RV e VS:

Será necessário ter algumas informações como: Passo 1: Ajustar a direção do vento abaixo do true
direção do vento , intensidade do vento, rumo index.
verdadeiro, e velocidade aerodinâmica, somente com Passo 2: ajustar Grommet abaixo de uma velocidade
estes 4 itens será possível realizar este calculo, por qualquer.
exemplo: Passo 3: Ajustar a intensidade do vento para baixo do
grommet.
Passo a passo: Passo 4 : Ajustar abaixo do true index a PV
Passo 1: Ajustar o Grommet em uma linha de Passo 5 : Ajustar o ponto feito na linha de velocidade
velocidade qualquer. aerodinâmica .
Passo 2: Ajustar a direção do vento abaixo do True
index
Passo 3 : Fazer um ponto para cima do True Index , no Pede-se a Direção do Vento e Velocidade do Vento
valor da intensidade do vento. Passo 1: Ajustar abaixo do True Index o RV
Passo 4: Girar a rosa dos ventos ate o Rumo Passo 2 : Ajustar o Grommet acima da VS
Verdadeiro ficar abaixo do true index. Passo 3: Fazer um ponto na intersecção da VA com a
Passo 5: Ajustar o ponto feito ate a linha de Diferença angular entre RV e PV, neste caso a Proa
velocidade aerodinâmica. esta maior que o Rumo, devemos fazer o ponto para
direita.
Passo 4: Girar a rosa dos ventos ate o ponto ficar
alinhado para cima no centro do Computador.

NOTA DO PROFESSOR:

Querido aluno, é bem provável que você esteja chegando ao final de uma etapa
importante, e nesse momento eu gostaria primeiramente de lhe parabenizar por
ter chegado até aqui!

Estamos muito felizes com os resultados alcançados pelos nossos alunos e eu


tenho certeza que com o seu esforço e dedicação, você será mais um no hall de
aprovados do #TremdePouso.

Foi muito bom dividir esse espaço com você, conte comigo sempre que precisar. Te
encontro por aí! Um grande abraço e mantenha o norte!

Daniel Thobe

11 Resumo Navegação- Trem de Pouso

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