Uma Crítica A Skinnerianismo Materialismo Sem Dialitica Jerry Ulman Tradução Revisada
Uma Crítica A Skinnerianismo Materialismo Sem Dialitica Jerry Ulman Tradução Revisada
Uma Crítica A Skinnerianismo Materialismo Sem Dialitica Jerry Ulman Tradução Revisada
Jerry Ulman
Resumo
Ainda outros, professando serem marxistas críticos, têm lançado um ataque mais
sofisticado nesse campo de discursão, atacando os paradigmas filosóficos que subjaz o
Behaviorismo, como sendo eles, originalmente, opostos aos do marxismo. Portanto,
uma defesa adequada do Behaviorismo requer uma refutação nesse mesmo nível de
abstração filosófica, sendo esse, o objetivo da minha formulação que se segue nesse
texto.
Dialética
O revisionismo de Mishler
Habermas
Com exceção a referência negativa ao Marxismo Soviético, Jurgen Habermas
raramente considera a doutrina de Marx e Engels. Sua orientação anti-materialista, anti-
Leninista, se torna transparente em certos pronunciamentos como: “O naturalismo de
Marx é agudamente. diferente do materialismo metafísico dos epígonos: Engels ... e
Lenin " ” (Habermas 1973; P.200). Além disso, Habermas parece alheio à luta de classe
e à Revolução Proletária. Therborn (1971) nota que Habermas é quase exclusivamente
preocupado com epistemologia e reduz Marx a um mero crítico á ideologia. Ele usurpa
o potencial revolucionário do Marxismo. Em seu lugar ele nos dá uma mistura entre
George Hegel, Talcott Parsons e Sigmund Freud: uma indigesta xaropada de
humanismo e obscurantismo glutinoso. Nas palavras de Therbon (1971): “a redução do
marxismo, feita por Habermas, à uma mera crítica a Ideologia, conduz diretamente a
ideia de que (a luta de classes) vai ser harmoniosa, resolvida através do criticismo da
opinião pública, através dos iluminados esforços de crítica dos estudantes e
acadêmicos.”(p83).
Mishler submete o skinerianismo à prova com cinco problemas que ele supõe
mostrar a incompatibilidade dele com o Marxismo. Pretendo avaliar cada ponto nos
termos, tanto do Behaviorismo Radical, quanto do Marxismo Revolucionário.
(A seguinte enumeração dos tópicos foi feita por Mishler).
1.Praxis vs Behavior
Hoffman (1975) tem escrito uma extensa crítica à Teoria da Práxis a partir da
posição de Marxista ortodoxo. Ele explica como a Teoria da Práxis, na realidade,
representa um ataque ao Marxismo e observa que o Karl Marx maduro se distancia
completamente do uso do termo. Os elegantes teóricos da Práxis, assim com Habermas,
brilhantemente imaginam que eles têm transcendido os aspectos positivistas do
Marxismo, quando na realidade, eles transformaram o marxismo no oposto. Eles tem
reproduzindo um tipo de idealismo mais sofisticado, além de mais mistificado e
reacionário. Ironicamente, o próprio revisionismo dos teóricos da Práxis, em si serve de
ilustração curiosa das contradições internas da lógica dialética.
De maneira similar, Skinner pontua que “propósito está nas pessoas enquanto as
contigências de reforçamento estão no ambiente, mas proposito é o melhor dos efeitos
de reforçamento” (p 56). Nós dizemos que “damos a uma pessoa um propósito”
reforçando tal pessoa de determinada forma. Pessoas que agem porque elas têm sido
reforçadas pela resposta podem sentir tal condição em seus corpos e nomearem essa
sensação como “objetivo cumprido”. O que Behaviorismo Radical rejeita é a ideia que
o sentimento de propósito das pessoas causam seus atos. Isso é, o Behaviorismo Radical
não negam a existência de eventos internos, mas rejeitam a noção de que certas coisas
como “propósito” são as causas do comportamentos. Deve-se perguntar as causas do
“propósito”, uma vez descobrindo estas, deve-se investigar as variáveis de controle do
comportamento em questão.
" A falta de uma análise política explícita é particularmente séria neste assunto.
A formulação de Skinner de que 'todo controle é recíproco' é oferecida para tranquilizar
os críticos que persistem em perguntar: 'Quem controlará os guardiões?' A pergunta em
si é muito limitada e permite a resposta que ele dá. A questão crítica não é que haja um
problema abstrato de controle e custódia, mas a existência de assimetrias de poder
político, práticas sistemáticas de discriminação, interesses opostos de classes sociais e, é
claro, a brutalidade da opressão coercitiva. Todos esses fatos sócio-políticos são
obscurecidos pela tela de um vocabulário técnico mal aplicado. " (p.35)
Mishler (1976) insiste que os behavioristas podem operar apenas nas bases da
racionalidade formal:
Nessa seção, Mishler diz que "skinnerianismo" não é uma pratica revolucionária,
e daí ele repete, essencialmente, os mesmos argumentos como na seção anterior. Em um
tom apoético, Mishler (1976) reafirma: "Habermas está propondo que a dominação da
tecnologia pode ser combatida apenas pela via da discussão livre entre aqueles que
serão afetados por ela [...] de modo que uma decisão racional possa ser tomada."
Uma lida rápida nos escritos de Habermas como "Teoria e prática" (1973)- seria
mais adequado se o título fosse "Teoria sem Prática"- se faz óbvio ao leitor que seu
estilo sensacionalista serve mais para obliterar do que para esclarecer questões, e que
suas preocupações idealistas estão longe da luta concreta do trabalho de massas.
A questão permanece, o que é a prática revolucionária? Não tenho ideia da
concepção de Mishler sore prática revolucionária. A saber:
Epílogo
(1976,p 45)
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Notas de Rodapé:
Notas do tradutor: No corpo do texto, as obras nominalmente citadas pelo autor estão
em tradução livre.