Lei 4724 de 3 de Junho de 2015 - CONTROLE DE DRENAGEM URBANA PDF
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CAPÍTULO I
DA GESTÃO
Art. 1º Sem prejuízo de outros poderes de direção, regulação, controle e fiscalização que
venham a ser outorgados à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitação -
SEMDUH, incluem-se na sua competência, as seguintes atribuições básicas:
CAPÍTULO II
DAS INUNDAÇÕES RIBEIRINHAS
Art. 2º A Zona de Preservação Ambiental 5 (ZP5) compreende, além das regiões atualmente
incluídas:
CAPÍTULO III
DA ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE DAS FAIXAS MARGINAIS
DOS CURSOS D’ÁGUA NATURAIS E DOS RESERVATÓRIOS ARTIFICIAIS
DE ACUMULAÇÃO PARA DRENAGEM URBANA
Art. 6º Para os cursos d’água efêmeros, localizados na Zona Urbana, com área de contribuição
superior a 60ha, a Área de Preservação Permanente é a faixa marginal com largura mínima total de
30,0m, cuja linha média coincide com o eixo do talvegue identificado por meio de levantamento
topográfico.
CAPÍTULO IV
DA QUANTIDADE DE ÁGUA
§ 2o A vazão máxima de saída é calculada multiplicando a vazão específica pela área total do
terreno.
§ 3o A água precipitada sobre o terreno não pode ser drenada diretamente para ruas, sarjetas
e/ou redes de drenagem, excetuando o previsto no § 4o, deste artigo.
§ 4o As áreas de recuo mantidas como áreas verdes poderão ser drenadas diretamente para o
sistema de drenagem.
§ 5° Quando o receptor da drenagem externa à propriedade for o rio Poti ou o rio Parnaíba os
limites do caput deste artigo não se aplicam.
§ 6° Pode ser adotada a recepção em galerias ou canais, desde que suas dimensões sejam
suficientes para receber tais contribuições, conforme análise da SEMDUH.
§ 7° Nos casos de manutenção ou de redução de área ocupada, inclusive com alteração de uso,
não é obrigatória a implantação do sistema para a captação e retenção de águas pluviais.
§ 1º Para parcelamentos e/ou ocupações com área inferior a 100 hectares, a manutenção da
condição de vazão de saída de pré-ocupação pode ser feita por mecanismos ou estruturas que evitem
e/ou retardem a entrada da água na rede pública de drenagem de águas pluviais, que poderão ser:
§ 2º Quando o controle adotado pelo empreendedor for reservatório de detenção e a área for
inferior a 100 hectares, o volume necessário deve ser determinado através de:
v = 5,33 AI
sendo “v” o volume por unidade de área de terreno em m3.ha-1 e “AI” a área impermeável do terreno
em %.
§ 3º A manutenção da vazão de pré-ocupação para áreas superiores a 100 hectares deve ser
determinada através de estudo hidrológico específico, com precipitação de projeto com probabilidade
de 1 (uma) em 10 (dez) vezes, em qualquer ano (Tempo de retorno = 10 anos).
§ 4º Pode ser reduzida a quantidade de área a ser computada no cálculo referido no § 2o, deste
artigo, se for aplicada uma ou mais das seguintes ações:
§ 5º A aplicação das estruturas listadas no § 4o, deste artigo, está sujeita a autorização da
SEMDUH, após a devida avaliação das condições mínimas de infiltração do solo no local de
implantação do empreendimento, a serem declaradas e comprovadas pelo interessado.
Art. 12. A falta de manutenção dos dispositivos de controle do escoamento superficial que
produza o aumento do escoamento para jusante do empreendimento está sujeito à penalidade
correspondente, no mínimo, ao custo dos serviços de manutenção.
Art. 13. Toda construção que cause impactos sobre o fluxo da água pluvial urbana requer
autorização junto à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitação - SEMDUH, sendo
esta aprovação incluída dentro dos requisitos de licenças do empreendimento (prévia instalação e
operação).
Art. 14. Em casos especiais, devidamente justificados por estudo hidrológico específico, a
Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitação - SEMDUH aprovará vazões
específicas superiores ao indicado no art. 10, desta Lei Complementar, desde que seja comprovado
que não será verificado aumento da vazão natural, ou seja, da vazão gerada pela área afetada antes da
ocupação humana.
Art. 15. Nas construções em áreas urbanas já loteadas, anteriores a esta Lei Complementar, o
volume do reservatório pode ser reduzido:
Parágrafo único. Esta redução de volume não pode transferir para jusante impactos de
inundação.
CAPÍTULO V
DOS SISTEMAS DE MICRODRENAGEM URBANA
Art. 16. A folga mínima a ser verificada entre a lâmina de projeto para o sistema sarjeta rua,
correspondente ao regime permanente uniforme, e o topo do meio-fio (bordo da calçada) deve ser de
5,0 (cinco) cm.
§ 2º A lâmina de projeto do sistema sarjeta rua deve ser avaliada considerando os seguintes
Tempos de Retorno (TR), em função da classificação local do uso do solo urbano definida pela Lei
Complementar nº 3.560, de 20.10.2006 (Uso do Solo Urbano do Município de Teresina) e suas
alterações:
CAPÍTULO VI
DOS DISPOSITIVOS FINAIS
Art. 17. Os casos omissos na presente Lei Complementar devem ser objeto de análise técnica
da SEMDUH.
Art. 18. O Manual de Drenagem Urbana para orientação dos projetos deve ser aprovado e
disponibilizado ao público pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitação -
SEMDUH.
Art. 19. Essa Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 20. Revogam-se as disposições em contrário.
Esta Lei Complementar foi sancionada e numerada aos três dias do mês de junho do ano dois
mil e quinze.