Cartilha Posturais

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 64

Cartilha de Orientações Ergonômicas Posturais Preventivas

e Ginástica Laboral para Mauricéa Alimentos


(Fabrica de Rações, Manejo e Produção de Frango de Corte)

Rita Viviane Branco Barbosa


Fisioterapeuta - Ed Física- P- Médica

Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho


Fisioterapia: Promoção da Saúde doTrabalhador
Mauricéa Alimentos
Luís Eduardo Magalhães, Bahia,
1ª Edição
Maio, 2019

1
Autora

BARBOSA, Rita V B. Cartilha de Orientações Ergonômicas Posturais Preventivas e


Ginástica Laboral para Trabalhadores da Mauricéa Alimentos. 1 Ed, Luís Eduardo
Magalhães, Bahia, 2019.

Promoção:

Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho – SESMT


da Mauricéa Alimentos

2
Sumário

Pág.

3. Sumário

4. Editorial

6. Agradecimentos

7. Cap. I Legislação. Norma Regulamentadora NR17: Ergonomia

10. Cap.II Orientações Ergonômicas Posturais Preventivas no Trabalho: Ergonomia no


levantamento e transporte manual de pesos, na postura em pé, sentado, ao dirigir, uso do
computador, ao girar o corpo, ao retirar objetos altos, ao dormir, ao subir escadas, ao usar
vassouras e rodos, na coleta de ovos, posturas incorretas na produção de ovos, orientações,
ninho ergonômico, ergonomia no transporte manual de cargas, no incubatório, no transporte de
ovos, no serviço de lavanderia, na fábrica de rações, no empilhamento, no almoxarifado, na
oficina, no laboratório, na cozinha, no abatedouro.

42. Cap. III Lesões por Esforços Repetitivos – L E R

44. Lista de doenças do Sistema Osteomuscular e do Tecido


Conjuntivo Relacionadas ao Trabalho, de acordo Portaria\MS n 1.339\1999
Lista de Doenças do Sistema Nervoso Relacionadas ao Trabalho, de acordo
Portaria\MS n 1.339\1999
Fatores de Risco para Doenças Relacionadas ao Trabalho – DORT´s

44. Cap. IV Ginástica Laboral

45. Orientações Antes de Praticar Exercícios Físicos


46. Prevenções Posturais nas Atividades Diárias
Pausas durante a Jornada de Trabalho
47. Material e Métodos
48. Sugestões de Exercícios de Aquecimento,
Fortalecimento e Relaxamento Muscular
54. Ginástica Laboral Prática
56. Protocolos de Exercícios para Ginástica Laboral

60. Referências

64. Termo de Recebimento da Cartilha

3
Editorial

Ergonomia, atualmente, se tornou uma preocupação constante das empresas. A sua ausência é
identificada em pesquisas como uma das maiores causas de absenteísmo, além da geração de
elevados custos diretos e indiretos, contribuindo para a queda da qualidade de vida dos
trabalhadores lesionados. Essa falta de Ergonomia nos postos de Trabalho e processos
produtivos geram Doenças Ocupacionais físicas e psicológicas, impõem ritmos repetitivos,
acidentes e posturas inadequadas. São considerados fatores de risco ocupacionais ambientes
de trabalho e estressores físicos que possam levar os trabalhadores a sofrer lesões ou doenças
no sistema músculo-esquelético (Barbosa, 2007). Dentre estes fatores podemos citar:
movimentos Repetitivos, rápidos e fortes; carga muscular estática; tensão mecânica; vibração;
extremos de temperatura; trabalho sedentário; posturas inadequadas decorrentes de
equipamentos, ferramentas ou estações de trabalho projetadas de forma inadequada;
organizacionais: taxas excessivas de trabalho, jornada, velocidade imposta por agentes
externos (ex. filas de clientes em um serviço de atendimento bancário), número de pausas
insuficientes e de curto período, trabalho monótono, sem variação de tarefas, pressão produtiva
(YASSI, 1997 apud NEVES 2003), dupla jornada de trabalho, excesso de horas extras PRATI et
al apud NEVES 2003) e relações opressivas, embora sutis, de subordinação. Graças ao
aperfeiçoamento da legislação que trata da questão, através de instrumentos legais
complementares, do avanço em qualidade dos sindicatos, em defesa de melhores condições de
trabalho e da ação do Ministério Público, que atua como marco avançado na defesa da
cidadania, não é de se estranhar que nos tribunais avolumem-se processos contra empresas,
que insistem em não se adequarem às realidades socioeconômicas dos nossos dias. Por outro
lado, há muitos empresários sequiosos de informações para se ajustarem ao novo momento.

Atualmente, a postura é considerada como sendo uma interação dinâmica entre o objetivo da
tarefa e o meio, assim aquela concepção de que postura é um estado estático está sendo
deixado de lado (KORAK e MACPHERSON, 1996 apud EVANGELISTA 2011). No ambiente de
trabalho, manter uma postura ereta e estável é algo complexo, pois existem diversas forças
externas que tendem a desestabilizar o corpo do trabalhador. O posicionamento das partes do
corpo, como a cabeça, tronco e membros é a base para o estudo da análise postural. A boa
postura é essencial para que o trabalho desenvolvido seja visto como confortável e prazeroso
(IIDA, 2005). As posturas inadequadas surgem a partir de um posto de trabalho ou máquinas
projetados de forma errônea. De acordo com Lida (1997), as principais posturas inadequadas
surgem quando o trabalhador está exposto a algum dos tipos de trabalhos, tais como: Trabalhos
estáticos que envolvem uma postura parada por longos períodos; trabalhos que exigem muita
força; trabalhos que exigem posturas desfavoráveis, como o tronco inclinado e torcido.

Essas posturas erradas assumidas pelos trabalhadores podem causar distúrbios psicológicos e
danos ao sistema músculo-esquelético. A Ergonomia é extremamente importante para as
empresas, uma vez que auxilia na elaboração de postos de trabalho e equipamentos garantindo
uma postura neutra. As posturas neutras reduzem a fadiga dos trabalhadores, pois garantem a
menor carga possível sobre as articulações e segmentos músculos-esqueléticos. A empresa
também deve conscientizar seus funcionários estimulando-os a terem um controle postural,
orientando e estabilizando seu corpo. A orientação é a habilidade de estabelecer uma boa
sincronia entre os segmentos corporais e o ambiente na qual está realizando a atividade, e a
estabilização visa manter dentro dos limites da base do corpo, seu centro de gravidade
(FREITAS, 2003 apud Evangelista 2011).

Conforme Art. 3º da LEI Nº. 9.696, DE 1º DE SETEMBRO DE 1998, compete ao Profissional de


Educação Física coordenar, planejar, programar, supervisionar, dinamizar, dirigir, organizar,
4
avaliar e executar trabalhos, programas, planos e projetos, bem como prestar serviços de
auditoria, consultoria e assessoria, realizar treinamentos especializados, participar de equipes
multidisciplinares e interdisciplinares e elaborar informes técnicos, científicos e pedagógicos,
todos nas áreas de atividades físicas e do desporto. O termo ginástica laboral refere-se a uma
atividade que se originou para prevenção de doenças e promoção do bem-estar do trabalhador
(BARBOSA,2007). O viés do tratamento de doença instalada (LER/DORT) cabe a outro
profissional, em destaque os Fisioterapeutas, que também atuam com medidas Preventivas
através de Orientações Ergonômicas Posturais e Prescrição de Exercícios Preventivos. É
necessária a discussão sobre a prática dos “multiplicadores” que colocam em risco a qualidade
do programa bem como a saúde dos trabalhadores envolvidos. A reflexão sobre a questão do
profissional de educação física ceder o seu lugar ao próprio funcionário da empresa, que não
possui conhecimento científico e prático que lhe permita avaliar e interferir nas variáveis da
prescrição da ginástica laboral enquanto exercício físico, deve ser questionada pelas empresas
e profissionais inseridos neste processo. A atividade física pode ser uma “arma de dois gumes”,
dependendo do profissional que a oriente, pode ser um instrumento de alto valor educativo
promovendo a saúde ou, se cair em mãos inabilitadas poderá produzir lesões.

Baseado no conhecimento da Fisioterapia, Anatomia Humana, Fisiologia Humana,


Fisiopatologia Ortopédica, Fisiologia do Exercício, Ergonomia Física, Norma Regulatória 17,
Norma Regulatória 31, essa cartilha tem como Objetivos principal a Prevenção de Lesões nos
Trabalhadores ocasionadas por esforços repetitivos no Ambiente de Trabalho. Possui
Orientações Posturais e Incentivo à prática de Ginástica Laboral visando melhorar a Qualidade
de Vida do Trabalhador. Porém, este Manual não tem a pretensão de ser a palavra final ou
conclusiva sobre o tema, mas revela a preocupação da Mauricéa com os seus trabalhadores e
representa um passo adiante das dificuldades referidas e observadas no dia-a-dia durante
análise ergonômica do trabalho.

Para tanto, fora utilizada pesquisa Bibliográfica, posteriormente diagnóstico ergonômico a partir
da observação direta através do Sistema OWAS (Ovako Working Posture Analysing System)
para avaliação das posturas assumidas pelos trabalhadores na Mauricéa durante
desenvolvimento de suas atividades. As posturas foram analisadas a partir de registros
fotográficos do indivíduo em situação real de trabalho, obitidos pela observação direta. As fotos
utilizadas para ilustrar cada atividade são representativas para determinada condição de postura
.Foram consideradas as posturas analisadas pela combinação da posição do dorso, das pernas,
dos braços e da quantidade de carga que está sendo transportada, identificando o efeito dessa
combinação sobre o sistema músculo-esquelético. A combinação das posições das costas,
braços, pernas e o uso de força no método OWAS receberam uma pontuação que foi incluída o
sistema de análise WinOWAS, com o que foi possível categorizar níveis de ação para medidas
corretivas (LIGERO, 2010). O método então classifica as posturas em 4 categorias: 1°: postura
normal que dispensa cuidados. 2°: postura deverá ser verificada durante a próxima rotina de
trabalho. 3°: postura que deve merecer atenção a curto prazo. 4°: postura que deve merecer
atenção imediata. Após análise, pode-se concluir a elaboração desse instrumento baseado na
realidade dos trabalhadores da Mauricéa. Possibilitada a sua impressão, este exemplar é
entregue para os responsáveis de Segurança do Trabalho para que possam obter respostas
imediatas às mais frequentes e importantes indagações no que diz respeito às situações
ergonômicas.

Viviane Branco
Docente em Ciências da Saúde
Fisioterapeuta -ED.Física-P- Médica

5
Agradecimentos

À DEUS, por permitir esse Trabalho


À minha Filha, pela Inspiração
Ao Serviço Especial de Segurança
e Medicina do Trabalho, da Mauricéa Alimentos,
em especial Danilo Negrini, pela Confiança
Aos Técnicos de Segurança do Trabalho das Unidades G3 – MF1(Granja de Frango de
Corte) , MF2, G2(granja matrizes –incubatório), Fábrica de Rações e Abatedouro
Aos Colaboradores pela Parceria.

6
Capítulo I

1. Legislação. NORMA REGULAMENTADORA NR-17 : ERGONOMIA

17.1. Esta Norma Regulamentadora visa a estabelecer parâmetros que permitam a adaptação
das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a
proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente.
17.1.1. As condições de trabalho incluem aspectos relacionados ao levantamento, transporte e
descarga de materiais, ao mobiliário, aos equipamentos e às condições ambientais do posto de
trabalho e à própria organização do trabalho.
17.1.2. Para avaliar a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas
dos trabalhadores, cabe ao empregador realizar a análise ergonômica do trabalho, devendo a
mesma abordar, no mínimo, as condições de trabalho conforme estabelecido nesta Norma
Regulamentadora.
17.2. Levantamento, transporte e descarga individual de materiais.
17.2.1. Para efeito desta Norma Regulamentadora:
17.2.1.1. Transporte manual de cargas designa todo transporte no qual o peso da carga é
suportado inteiramente por um só trabalhador, compreendendo o levantamento e a deposição
da carga.
17.2.1.2. Transporte manual regular de cargas designa toda atividade realizada de maneira
contínua ou que inclua, mesmo de forma descontínua, o transporte manual de cargas.
17.2.1.3. Trabalhador jovem designa todo trabalhador com idade inferior a 18 (dezoito) anos e
maior de 14 (quatorze) anos.
17.2.2. Não deverá ser exigido nem admitido o transporte manual de cargas, por um trabalhador
cujo peso seja suscetível de comprometer sua saúde ou sua segurança.
17.2.3. Todo trabalhador designado para o transporte manual regular de cargas, que não as
leves, deve receber treinamento ou instruções satisfatórias quanto aos 12 métodos de trabalho
que deverá utilizar com vistas a salvaguardar sua saúde e prevenir acidentes.
17.2.4. Com vistas a limitar ou facilitar o transporte manual de cargas, deverão ser usados meios
técnicos apropriados.
17.2.5. Quando mulheres e trabalhadores jovens foram designados para o transporte manual de
cargas, o peso máximo destas cargas deverá ser nitidamente inferior àquele admitido para os
homens, para não comprometer a sua saúde ou sua segurança.
17.2.6. O transporte e a descarga de materiais feitos por impulsão ou tração de vagonetes sobre
trilhos, carros de mão ou qualquer outro aparelho mecânico deverão ser executados de forma
que o esforço físico realizado pelo trabalhador seja compatível com sua capacidade de força e
não comprometa a sua saúde ou sua segurança
17.2.7. O trabalho de levantamento de material feito com equipamento mecânico de ação
manual deverá ser executado de forma que o esforço físico realizado pelo trabalhador seja
compatível com sua capacidade de força e não comprometa a sua saúde ou sua segurança.
17.3. Mobiliário dos postos de trabalho.
17.3.1. Sempre que o trabalho puder ser executado na posição sentada, o posto de trabalho
deve ser planejado ou adaptado para esta posição.
17.3.2. Para trabalho manual sentado ou que tenha de ser feito em pé, as bancadas, mesas,
escrivaninhas e os painéis devem proporcionar ao trabalhador condições de boa postura,
visualização e operação e devem atender aos seguintes requisitos mínimos: a) ter altura e
características da superfície de trabalho compatíveis com o tipo de atividade, com a distância
requerida dos olhos ao campo de trabalho e com a altura do assento; b) ter área de trabalho de
fácil alcance e visualização pelo trabalhador; c) ter características dimensionais que possibilitem
posicionamento e movimentação adequados dos segmentos corporais.
17.3.2.1. Para trabalho que necessite também da utilização dos pés, além dos requisitos
estabelecidos no subitem

7
17.3.2 os pedais e demais comandos para acionamento pelos pés devem ter posicionamento e
dimensões que possibilitem fácil alcance, bem como ângulos adequados entre as diversas
partes do corpo do trabalhador em função das características e peculiaridades do trabalho a ser
executado.
17.3.3. Os assentos utilizados nos postos de trabalho devem atender aos seguintes requisitos
mínimos de conforto: a) altura ajustável à estatura do trabalhador e à natureza da função
exercida; b) características de pouca ou nenhuma conformação na base do assento; c) borda
frontal arredondada; d) encosto com forma levemente adaptada ao corpo para proteção da
região lombar.
17.3.4. Para as atividades em que os trabalhos devam ser realizados sentados, a partir da
análise ergonômica do trabalho, poderá ser exigido suporte para os pés que se adapte ao
comprimento da perna do trabalhador.
17.3.5. Para as atividades em que os trabalhos devam ser realizados de pé, devem ser
colocados assentos para descanso em locais em que possam ser utilizados por todos os
trabalhadores durante as pausas.
17.4. Equipamentos dos postos de trabalho.
17.4.1. Todos os equipamentos que compõem um posto de trabalho devem estar adequados às
características psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado.
17.4.2. Nas atividades que envolvam leitura de documentos para digitação, datilografia ou
mecanografia deve: a) ser fornecido suporte adequado para documentos que possa ser ajustado
proporcionando boa postura, visualização e operação,evitando movimentação freqüente do
pescoço e fadiga visual; b) ser utilizado documento de fácil legibilidade sempre que possível,
sendo vedada a utilização do papel brilhante, ou de qualquer outro tipo que provoque
ofuscamento.
17.4.3. Os equipamentos utilizados no processamento eletrônico de dados com terminais de
vídeo devem observar o seguinte: a) condições de mobilidade suficientes para permitir o ajuste
da tela do equipamento à iluminação do ambiente, protegendo-a contra reflexos, e proporcionar
corretos ângulos de visibilidade ao trabalhador; b) o teclado deve ser independente e ter
mobilidade, permitindo ao trabalhador ajustá-lo de acordo com as tarefas a serem executadas;
c) a tela, o teclado e o suporte para documentos devem ser colocados de maneira que as
distâncias olho-tela, olho-teclado e olho-documento sejam aproximadamente iguais; d) serem
posicionados em superfícies de trabalho com altura ajustável.
17.4.3.1. Quando os equipamentos de processamento eletrônico de dados com terminais de
vídeo forem utilizados eventualmente poderão ser dispensadas as exigências previstas no
subitem
17.4.3, observada a natureza das tarefas executadas e levando-se em conta a análise
ergonômica do trabalho.
17.5. Condições ambientais de trabalho.
17.5.1. As condições ambientais de trabalho devem estar adequadas às características
psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado.
17.5.2. Nos locais de trabalho onde são executadas atividades que exijam solicitação intelectual
e atenção constantes, tais como: salas de controle, laboratórios, escritórios, salas de
desenvolvimento ou análise de projetos, dentre outros, são recomendadas as seguintes
condições de conforto: a) níveis de ruído de acordo com o estabelecido na NBR 10152, norma
brasileira registrada no INMETRO; b) índice de temperatura efetiva entre 20ºC (vinte) e 23ºC
(vinte e três graus centígrados); c) velocidade do ar não-superior a 0,75m/s; d) umidade relativa
do ar não inferior a 40% (quarenta por cento).
17.5.2.1. Para as atividades que possuam as características definidas no subitem 17.5.2, mas
não apresentam equivalência ou correlação com aquelas relacionadas na NBR 10152, o nível de
ruído aceitável para efeito de conforto será de até 65 dB (A) e a curva de avaliação de ruído
(NC) de valor não-superior a 60 dB.
17.5.2.2. Os parâmetros previstos no subitem
17.5.2 devem ser medidos nos postos de trabalho, sendo os níveis de ruído determinados
próximos à zona auditiva e as demais variáveis na altura do tórax do trabalhador.
8
17.5.3. Em todos os locais de trabalho deve haver iluminação adequada, natural ou artificial,
geral ou suplementar, apropriada à natureza da atividade.
17.5.3.1. A iluminação geral deve ser uniformemente distribuída e difusa.
17.5.3.2. A iluminação geral ou suplementar deve ser projetada e instalada de forma a evitar
ofuscamento, reflexos incômodos, sombras e contrastes excessivos.
17.5.3.3. Os níveis mínimos de iluminamento a serem observados nos locais de trabalho são os
valores de iluminâncias estabelecidos na NBR 5413, norma brasileira registrada no INMETRO.
17.5.3.4. A medição dos níveis de iluminamento previstos no subitem
17.5.3.3 deve ser feita no campo de trabalho onde se realiza a tarefa visual, utilizando-se de
luxímetro com fotocélula corrigida para a sensibilidade do olho humano e em função do ângulo
de incidência.
17.5.3.5. Quando não puder ser definido o campo de trabalho previsto no subitem 17.5.3.4, este
será um plano horizontal a 0,75m (setenta e cinco centímetros) do piso.
17.6. Organização do trabalho.
17.6.1. A organização do trabalho deve ser adequada às características psicofisiológicas dos
trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado.
17.6.2. A organização do trabalho, para efeito desta NR, deve levar em consideração, no
mínimo: a) as normas de produção; b) o modo operatório; c) a exigência de tempo; d) a
determinação do conteúdo de tempo; e) o ritmo de trabalho; f) o conteúdo das tarefas.
17.6.3. Nas atividades que exijam sobrecarga muscular estática ou dinâmica do pescoço,
ombros, dorso e membros superiores e inferiores, e a partir da análise ergonômica do trabalho,
deve ser observado o seguinte: a) todo e qualquer sistema de avaliação de desempenho para
efeito de remuneração e vantagens de qualquer espécie deve levar em consideração as
repercussões sobre a saúde dos trabalhadores; b) devem ser incluídas pausas para descanso;
c) quando do retorno do trabalho, após qualquer tipo de afastamento igual ou superior a 15
(quinze ) dias, a exigência de produção deverá permitir um retorno gradativo aos níveis de
produção vigente na época anterior ao afastamento.
17.6.4. Nas atividades de processamento eletrônico de dados, deve-se, salvo o disposto em
convenções e acordos coletivos de trabalho, observar o seguinte: a) o empregador não deve
promover qualquer sistema de avaliação dos trabalhadores envolvidos nas atividades de
digitação, baseado no número individual de toques sobre o teclado, inclusive o automatizado,
para efeito de remuneração e vantagens de qualquer espécie; b) o número máximo de toques
reais exigidos pelo empregador não deve ser superior a 8.000 por hora trabalhada, sendo
considerado toque real, para efeito desta NR, cada movimento de pressão sobre o teclado; c) o
tempo efetivo de trabalho de entrada de dados não deve exceder o limite máximo de 5 (cinco)
horas, sendo que, no período de tempo restante da jornada, o trabalhador poderá exercer outras
atividades, observado o disposto no art. 468 da Consolidação das Leis do Trabalho, desde que
não exijam movimentos repetitivos, nem esforço visual; d) nas atividades de entrada de dados
deve haver, no mínimo, uma pausa de 10 (dez) minutos para cada 50 (cinqüenta) minutos
trabalhados, não deduzidos da jornada normal de trabalho; e) quando do retorno ao trabalho,
após qualquer tipo de afastamento igual ou superior a 15 (quinze) dias, a exigência de produção
em relação ao número de toques deverá ser iniciado em níveis inferiores do máximo
estabelecido na alínea "b" e ser ampliada progressivamente. Nota: De acordo com a CLT, Artº
468, no Capítulo III de Alteração, “nos contratos individuais de trabalho, só é lícita a alteração
das respectivas condições por mútuo consentimento e, ainda assim, desde que não resultem,
direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente
desta garantia. § Único. Não se considera alteração unilateral a determinação do empregador
para que o respectivo empregado reverta ao cargo efetivo, anteriormente ocupado, deixa ndo o
exercício de função de confiança. (Vide Enunciado nº 209 do TST e Artº 2º, § 3º, da Lei nº 4923,
de 23/12/65, e Artº 7º, VI, XXVII, 37, XV e 17 das Disposições Transitórias da Constituição
Federal, de 1988).

9
CAPÍTULO II

Orientações Ergonômicas Posturais Preventivas no Trabalho:


Fábrica de Rações, Produção e Manejo de Frango de Corte.
Mauricéa Alimentos, Luís Eduardo Magalhães, Bahia

As lesões do sistema músculo- esquelético, particularmente as algias vertebrais, são


reconhecidas como um risco ocupacional entre os trabalhadores da área agroindustrial.
Atualmente, sabe-se que grande parte das agressões à coluna vertebral em trabalhadores
estão relacionadas a condições ergonômicas inadequadas de mobiliários, posto de trabalho e
equipamentos utilizados nas atividades cotidianas. As dores nas costas causadas por traumas
crônicos repetitivos, também envolvem muitos outros fatores, além da manipulação de
equipamentos. Dessa forma, a recomendação é a PREVENÇÃO, numa abordagem ergonômica.
Dentro desse contexto, sugiro os seguintes tópicos:

2. Ergonomia no Levantamento e Transporte Manual de Pesos

2.1 Cuidados Antes de carregar Peso

Eliminar todos os obstáculos de seu caminho; verificar com cuidado o peso e o volume que for
conduzir, para se certificar do equilíbrio do carregamento.

F
Registro Fotográfico das Posturas no Metódo Owas considerando diferentes
Etapas na produção de Raçoes
Fonte: Elaborado por Barbosa, 2019

Posturas: braços abaixo dos ombros, flexão de coluna, semiflexão de joelhos, peso maior que
20kg

Método Owas Categoria de Ação 3: Postura com efeitos danosos ao sistema músculo-
esquelético, requer Ação corretiva o quanto antes.

10
Registro Fotográfico das Posturas no Metódo Owas considerando diferentes
Etapas na produção de Raçoes
Fonte: Elaborado por Barbosa, 2019

Posturas: braços abaixo dos ombros, flexão de coluna, de joelhos extendidos, peso entre 10 e
20kg

Método Owas Categoria de Ação 2. Postura com possibilidade de causar efeitos danosos ao
sistemamúsculo-esquelético, requer Ação corretiva num futuro próximo.

2. 2 Orientações. Como elevar peso: Posicionar-se junto ao objeto, mantendo os pés


afastados, com um pé mais à frente que o outro, para aumentar sua base de sustentação;
Abaixar-se, dobrando os joelhos e mantendo a cabeça e as costas em linha reta; segurar
firmemente o objeto, usando a palma das mãos e todos os dedos; levantar-se, usando somente
o esforço das pernas e mantendo os braços estendidos; aproximar bem o objeto do corpo;
manter o objeto centralizado em relação às pernas durante o percurso; abaixar-se, dobrando os
joelhos e mantendo a cabeça e as costas em linha reta; evitar levantar pesos maiores que 20
kg.

Fonte: integralita.com Fonte: famastilferramentas.com

Fonte: hong.com.br

Seguindo essas recomendações, ocorrerá uma pressão uniforme no disco intervertebral do


indivíduo, não causando problemas à sua coluna. Para se evitar os graves danos
desencadeados por um levantamento de peso mal executado é necessário: Não flexionar a
coluna (dobrar as costas);

11
Fonte: pt.depositphotos.com

 Não ficar muito longe do objeto a ser carregado;


 Não virar o corpo com a carga sem manter as pernas fixas no chão;
 Não escorar a carga na perna ou no joelho;
 Não levantar objetos pesados acima de sua cabeça;
 Prevenir a fadiga ao executar atividades pesadas e por períodos prolongados

2.2.1 Como conduzir e abaixar objetos pesados

Ao conduzir um objeto, faça-o com firmeza, mantendo-o o mais próximo do seu corpo possível:

Fonte: clinicadacolunadf.com.br

Mantenha suas costas eretas; contraia seu abdômen; ao abaixar-se, dobre apenas os joelhos;
sempre que possível, coloque os volumes mais pesados em um nível mais alto que o piso.
Deve-se evitar o transporte de cargas com apenas uma das mãos, procurando distribuir o peso
entre as duas mãos.

Fonte: ergotriade.com.br

2.3 Procedimentos alternativos

Quando conduzir grandes volumes tenha sempre em mente o seguinte: Solicite a ajuda de um
companheiro de mesma altura para se evitar o desnível do objeto .

12
;
Fonte: guiame.com

2.4 Rotinas e Responsabilidades para Manejo do Aviário

Manejo Sanitário. Devido à grande densidade e às exigências do frango de corte numa criação
intensiva, é essencial evitar qualquer possibilidade de doenças. Para tanto, certos cuidados
básicos devem ser seguidos, tais como: As instalações do aviário devem estar situadas em local
tranquilo e distante de outras criações, rodeadas por árvores (não frutíferas, evitando a
permanência de pássaros que podem transmitir doenças). A vegetação servirá como "filtro
natural", diminuindo O risco de contaminações e estresse para os frangos. Adquirir pintos de
incubatórios idôneos, livres de Micoplasmas, Aspergilose e Salmonelas. As matrizes devem
possuir altos níveis de anticorpos contra as Quando se fizer necessário, os visitantes deverão
usar roupas e calçados limpos e desinfetados, bem como proceder uma desinfecção prévia dos
veículos e utensílios que entrarem na granja. O uso de pedilúvios e rodolúvios, que devem
conter produtos comerciais à base de amônia quaternária, cresóis ou fenóis nas diluições
prescritas pelo fabricante, auxilia na prevenção de possíveis contaminações. O pedilúvio
consiste em uma caixa de metal ou de concreto onde é colocada a solução desinfetante. Devem
estar localizadas em todas as entradas e saídas das instalações e onde todas as pessoas que
transitarem na granja devem obrigatoriamente passar para desinfetarem seus calçados. A
solução desinfetante deve ser trocada diariamente. O rodolúvio, por sua vez, é uma construção
maior por onde devem passar todos os carros antes de entrarem na granja. Deve estar
protegido da chuva e a solução desinfetante deve ser trocada semanalmente. Criar os frangos
no sistema "todos dentro, todos fora", ou seja, alojar num mesmo galpão somente frangos de
mesma idade. Fazer o vazio sanitário (descanso do galpão) de pelo menos 10 dias, entre um
lote e outro.

É imprescindível a limpeza completa do galpão e dos equipamentos seguida de cuidadosa


desinfecção entre um lote e outro. O manejo ideal seria a retirada de toda a cama e os
equipamentos após a saída do lote, porém, devido ao elevado custo do material de cama, esta
poderá ser reutilizada, desde que observados os cuidados de reutilização. É necessário varrer e
lavar todas as instalações com água sob pressão, bem como os equipamentos e cortinas.
Proceder à desinfecção utilizando produtos à base de amônia quaternária, iodo, cresol, formol,
cloro ou soda cáustica, seguindo a recomendação do fabricante quanto à concentração e modo
de aplicação. Caiar o galpão e, após a desinfecção, deixá-lo fechado por 48 horas. Só distribuir
a cama nova quando o galpão estiver completamente seco. - Manter completa higiene do galpão
e das suas imediações, evitando a concentração de moscas, mosquitos, ratos e pássaros, como
também a presença de aves "caipiras", pois estes atuarão como transmissores de doenças para
a criação de frangos.

O fornecimento de água deve ser reestabelecido imediatamente após o término da vacinação.


Toda a vacinação causa um estresse nas aves, podendo aparecer reações respiratórias e
digestivas, além da queda na velocidade de crescimento. Se necessário, utilizar medicamento
anti-estressante na água durante 24 horas após a vacina.

13
O rápido ganho de peso e a alta taxa de crescimento do frango de corte atual, predispõem a
manifestação de alterações metabólicas, tais como a Síndrome Ascítica ("Barriga d'água") e a
Síndrome da Morte Súbita ("Ataque"). Para minimizar tais problemas sugere-se: - evitar excesso
de cloreto de sódio na ração e na água de beber; manter urna boa qualidade do ar, controlando
a ventilação do galpão através do manejo adequado das cortinas, evitando a concentração de
gases tóxicos (amônia, monóxido de carbono) e poeira excessiva; - manter a temperatura dentro
do galpão sempre na zona de conforto dos frangos, criar os lotes com separação por sexos (os
machos são mais suceptíveis). A coccidiose deve ser controlada através da adição regular de
medicamentos específicos fornecidos na ração. Sob orientação de um veterinário, um rigoroso
esquema de manejo e de higiene são imprescindíveis para manter o plantei saudável.
OBSERVAÇÃO: Medidas inadequadas podem acarretar grandes prejuízos, por isso, sempre
que necessário, consulte um técnico especializado.

.2.5 Aquecimento do Aviário

Registro Fotográfico das Posturas no Metódo Owas considerando diferentes


Etapas do Manejo e Criação de Frangos
Fonte: Elaborado por Barbosa, 2019

2.5.1 Rotinas do Aquecimento: aquecer o aviário com sistema de fornalha até os 21 dias,
quando necessário. Durante a noite reabastecer o forno com lenha de 2 em 2 horas.
Diariamente, durante o período de utilização da fornalha, alguns procedimentos são obrigatórios:
Mexer a brasa reabastecida, não deixar acumular sobre a grelha; Limpar o cinzeiro e retirar a
fuligem; A porta da fornalha e a porta do cinzeiro NUNCA devem ficar abertas ou semi-abertas.

Postura: braços abaixo dos ombros, tronco neutro, joelhos estendidos, carga menor 10kg
Método Owas Categoria de Ação 1: Postura Normal, sem efeitos ao sistema músculo
esquelético. Não requer ações.

2.5.2 Orientações: Usar máscara facial para limpar o cinzeiro, cortar as lenhas em menores
tamanhos utilizar carrinho de mão para levar até o forno

14
Registro Fotográfico das Posturas no Metódo Owas considerando diferentes
Etapas da Produção de Rações
Fonte: Elaborado por Barbosa, 2019

Postura: braços abaixo dos ombros, tronco flexionado, rotação de tronco, inclinação lateral ,
joelhos um flexionado e outro estendido.

Método Owas Categoria de Ação 4. A carga usada por esta postura tem efeitos extremamente
danosos sobre o sistema musculo-esquelético. Requer ações corretivas imediatamente

2.6 Orientações. O uso da Pá: O mesmo posicionamento e os mesmos cuidados, com objetos
pesados, devem ser aplicados também ao se trabalhar com uma pá. Fique em pé de FRENTE
para o material, de maneira firme, colocando o pé tão próximo da pá quanto possível. Desloque
o peso do corpo para o pé que estiver mais perto da pá. Introduza a pá no material a ser
removido. Levante, transferindo o peso do corpo para o outro p. Mantenha o cabo da pá
próximo ao seu corpo. Desloque a perna na direção do arremesso. Não dobre nem gire o corpo
simultaneamente. Para materiais mais pesados, como cascalho e pedra, a pá deve ser
introduzida com o auxílio da perna

Fonte:123rf.com Fonte: fotolia.com

2.7 Ergonomia no Transporte de Cargas

Registro Fotográfico das Posturas no Metódo Owas considerando diferentes


Etapas do Manejo e Criação de Frangos
Fonte: Elaborado por Barbosa, 2019

Postura : braços abaixo do ombro, Coluna extremamente flexionada , rotação de tronco, peso
além de 20kg.

15
Método Owas Categoria de Ação 4. A carga usada por esta postura tem efeitos extremamente
danosos sobre o sistema musculo-esquelético. Requer ações corretivas imediatamente

2.7.1 Orientações: Evitar flexão da coluna, mantenha reta enquanto flexiona os joelhos, se
aproxime da carga e desça usando as pernas.Levante a carga com a coluna reta. Utilize
carrinhos próprios ou qualquer outro veículo projetado para o transporte de materiais.

Fonte: br.depositphotos.com

Deslocar volumes, fazendo uso de um carrinho, é mais fácil e menos danoso às suas costas do
que conduzi-los nos braços. Ao empurrar a carga : Mantenha-se próximo dela, não se incline
sobre ela

Fonte: ufrrj.br

Use a força dos dois braços para deslocá-la.

Fonte: ufrrj.br

Mantenha os músculos do abdômen contraídos, dorso plano com leve flexão.Se, ao contrário,
você tiver de puxá-lo: Mantenha-se atrás do carrinho e posicione um pé diante do outro, pelo
menos, 30 cm entre eles; Mantenha suas costas eretas; Curve ligeiramente as pernas. Recue
com passos uniformes. No transporte de objetos, deve-se, sempre, manter a cabeça e as costas
em linha reta. Evite um esforço dos músculos do antebraço, utilizando um sistema de puxador,
que permita boa firmeza dos cinco dedos e da palma da mão.

16
Fonte: abrepo.org.br

Não carregue, em nenhuma hipótese, peso na cabeça. Essa prática é extremamente prejudicial,
pois pressiona os discos da coluna cervical, levando-os à degeneração

Fonte: prosafe.com.br

2.8 Ergonomia no uso de Equipamentos Auxiliares

Registro Fotográfico das Posturas no Metódo Owas considerando diferentes


Etapas da Produção de Ração
Fonte: Elaborado por Barbosa, 2019

Postura: Dorso retificado e os joelhos hieperextendidos (retos); ombro flexionado além de 90


graus, carga entre 10 e 20kg
Método Owas Categoria de Ação 1: Postura Normal, sem efeitos ao sistema músculo
esquelético. Não requer ações.

2.8.1 Orientações: Evitar movimentos de torção em torno de eixo vertical do corpo; manter o
ombro em 90 graus de flexão, flexionar os joelhos. Utilizar, sempre que possível, elementos e
equipamentos auxiliares. Vantagem Mecânica: A roldana móvel reduz a ação da força peso
pela metade, de forma que o esforço necessário para elevar um determinado objeto seja
menor. Participar periodicamente de programas de treinamento.

17
2.9 Ergonomia no Levantamento e transporte de cilindros

Fique agachado próximo ao cilindro, com uma das pernas um passo à frente do corpo; Segure o
cilindro pelo lado da válvula; Levante o cilindro, mantendo as costas retas; Ao transportar, rode o
cilindro até o lugar designado, mantendo sempre a posição ereta; Para grandes distâncias, é
aconselhável o uso de carrinhos de mão.

Fonte: abrepo.org.br

Registro Fotográfico das Posturas no Metódo Owas considerando diferentes


Etapas do Manejo e Criação de Frangos
Fonte: Elaborado por Barbosa, 2019

Postura: coluna reta, braço direito acima dos ombros, carga menor que 10kg
Método Owas Categoria de Ação 1: Postura Normal, sem efeitos ao sistema músculo
esquelético. Não requer ações.

2.9.1 Orientação: melhor usar carrinhos de mão ou levar um por vez para evitar acidentes.

2.10 Ergonomia na postura Em pé

18
Registro Fotográfico das Posturas no Metódo Owas considerando diferentes
Etapas do Manejo e Criação de Frangos
Fonte: Elaborado por Barbosa, 2019

Postura: coluna flexionada, rotação de tronco, joelhos: esquerdo flexionado, direito extendido

Método Owas Categoria de Ação 2. Postura com possibilidade de causar efeitos danosos ao
sistemamúsculo-esquelético, requer Ação corretiva num futuro próximo.

2.10.1 Orientações:. Evite girar o tronco, trabalhe de frente para o maquinário, evite curvar as
costas, mas também não fique ereto, de maneira forçada; mantenha o abdômen contraído;
Mantenha seus ombros levemente para trás e sua cabeça erguida; ao ficar de pé por tempo
prolongado, procure usar, um suporte qualquer para alternar a posição dos pés, sobre ele.
Assim, você não concentrará todo o peso, do seu corpo sobre as duas pernas simultaneamente.

Fonte: techmed.blogspot.com

2.11 Ergonomia Sentado

19
Registro Fotográfico das Posturas no Metódo Owas considerando diferentes
Etapas do Manejo e Produção de Frangos
Fonte: Elaborado por Barbosa, 2019

Postura: coluna cervical inclinada, Sentado sobre o sacro, braços abaixo dos ombros, sem
carga, utilização errada da mesa
Método Owas Categoria de Ação 2. Postura com possibilidade de causar efeitos danosos ao
sistemamúsculo-esquelético, requer Ação corretiva num futuro próximo.

2.11.1 Orientações: Ideal que o encosto da Cadeira seja ajustável e deve suportar a parte
inferior das costas, garantindo apoio e descanso para a coluna, evitando tensões. Os apoios
dos braços são necessários, quando em tarefas que exigem que os braços permaneçam
afastados do corpo. A utilização inadequada de mesa e cadeiras, gera compensações
mioarticulares. Há uma distancia do braço até a mesa gerando uma de flexão de ombro
deixando os membros superiores tensos, podendo levar a desconfortos em ombros, cotovelos,
punhos e coluna. A posição correta ao sentar utiliza os ísquios, ossos do quadril, como base.
Ao sentar-se curvado utiliza-se o final da coluna, sacro, gerando dores e processos
inflamatórios. Postura correta e pausas Se você trabalha muitas horas sentado, procure
alternar, ficando alguns minutos por dia em pé. Sentar-se em cadeira muito baixa ocasiona
dores nas costas. Sentar-se em cadeira muito alta faz com que você trabalhe com os pés
suspensos, o que ocasiona dor nos músculos. Melhor postura para sentar-se: Ao sentar-se,
procure não curvar a coluna nem deixar os pés paralelos. O correto é sentar-se, mantendo
sempre a coluna reta em um ângulo de 90 graus, colocando um pé para frente e outro para trás.
É admissível, que você possa forçar mais sua coluna estando sentado do que em pé. O uso de
um apoio, colocado entre o encosto do assento e suas costas, proporciona a você uma posição
confortável. A cadeira com encosto reto ajuda a manter a coluna reta, evitando assim dores nas
costas.

20
Fonte: fernandessparurbano.blogspot.com Fonte: safemed.pt

Fonte: shaefershop-industrie.pt

Aumentando a curvatura da coluna, os discos são expostos podendo levar a hérniações.

2.12 Ergonomia ao dirigir:

Apoio na Coluna Lombar: colocar uma almofada ou uma pequena toalha enrolada entre suas
costas e o assento, na altura de seus rins como apoio;
Distância do assento: Ajuste-o para que não dificulte o acesso aos pedais e instrumentos;
Distâncias: Sempre que percorrer longas distâncias, faça uma parada de vez em quando, para
descansar. Ombros: Quando estiver sentado, procure não ficar com os ombros caídos para
frente.

Fonte: thinkstockphotos.com.pt
21
Cadeira: com encosto reto ajuda a manter a coluna reta, evitando assim dores nas costas.

2.13 Ergonomia no uso do Computador

Registro Fotográfico das Posturas no Metódo Owas considerando diferentes


Etapas do Manejo e Produção de Frangos
Fonte: Elaborado por Barbosa, 2019

Método Owas Categoria de Ação 1: Postura Normal, sem efeitos ao sistema músculo
esquelético. Não requer ações.

Postura: Sentado sobre os ísquios, Coluna Lombar apoiada no encosto, ombros neutros,
cotovelos juntos ao corpo apoiados na mesa, joelhos em flexão além de 90 graus e em rotação
interna, pés lateralizados

Registro Fotográfico das Posturas no Metódo Owas considerando diferentes


Etapas do Manejo e Criação de Frangos
Fonte: Elaborado por Barbosa, 2019

Postura: Sentado sobre o sacro, Coluna Lombar não apoiada no encosto, rotação de coluna
torácica, flexão coluna cervical, joelhos em flexão além de 90 graus, pés em dorsiflexão.

Método Owas Categoria de Ação 2. Postura com possibilidade de causar efeitos danosos ao
sistema músculo-esquelético, requer Ação corretiva num futuro próximo.

2.13.1 Orientações: Em atividades como estudar, digitar, assistir à televisão, etc,; deve-se
manter a coluna ereta, com as costas apoiadas na cadeira, os pés apoiados totalmente no chão,
22
joelhos em 90 graus ou apoiados em descansos à frente. No caso do uso de escrivaninhas e
mesas, deve-se adaptá-las à altura dos cotovelos, ou adaptar a altura da cadeira à da mesa. A
altura da mesa de trabalho deve ser de 65 cm a 75 cm. Os pés devem estar totalmente apoiados
no piso. Se necessário, use suporte (descanso) para os pés. Ideal que o encosto da Cadeira
seja ajustável e deve suportar a parte inferior das costas, garantindo apoio e descanso para a
coluna, evitando tensões. Os apoios dos braços são necessários, quando em tarefas que
exigem que os braços permaneçam afastados do corpo. Monitor: certifique-se, que a tela do
monitor esteja limpa. A posição do monitor deve minimizar ofuscamentos e reflexos. Ajuste o
brilho e o contraste da tela do monitor. Ângulos e medidas importantes: A distância olho-tela
deve ser de 50 cm a 65cm. O topo da tela do monitor deve estar na direção ou abaixo do nível
horizontal dos olhos do usuário. O ângulo de visão da tela deve ser de 40°. A tela do monitor
deve estar inclinada para trás de 10° a 20°. Os ombros devem estar relaxados e a parte superior
do corpo não deve estar inclinada para frente. Os cotovelos do usuário devem estar paralelos ao
teclado. O pescoço não deve estar excessivamente dobrado para a frente ou para trás.
Mantenha os pulsos em posição reta. Se possível, conserve a posição do monitor em ângulos
retos (de 90º) em relação às janelas. Reorganize o microcomputador e mantenha os itens mais
freqüentemente utilizados dentro de fácil alcance, não se torcendo nem se esticando para
apanhá-los. Postura correta e pausas Se você trabalha muitas horas sentado, procure alternar,
ficando alguns minutos por dia em pé. Sentar-se em cadeira muito baixa ocasiona dores nas
costas. Sentar-se em cadeira muito alta faz com que você trabalhe com os pés suspensos, o
que ocasiona dor nos músculo.

Fonte: dsc.ufcg.edu.br Fonte: centralsuports.com.br

Fonte: orientaçõesmedicas.com.br

23
2.14 Ergonomia Girando o corpo

Girar o corpo é um considerável risco para as costas, principalmente, quando você está
carregando um objeto pesado. Ao invés de girar somente o tronco, dê um giro com o corpo
inteiro, movimentando os pés com pequenos passos.

2.15 Retirando objetos em lugares altos

2.15.1 Orientações: Ao retirar algum objeto do armário, mantenha a coluna reta. Armazenar
objetos pesados dentro de uma amplitude de alturas próximas à cintura e os objetos leves em
qualquer altura situada entre o joelho e o ombro. Colocar materiais em um nível que nunca
ultrapasse a altura da cabeça; utilizar uma escada pequena ao retirar objetos de partes altas de
estantes já construídas.

Fonte: bvsms.saude.gov.br

2.16 Ergonomia para Dormir

Fonte: depositphotos.com

Escola um colchão em que sua coluna se mantenha alinda em todas a posições. Evite colchoes
moles. O travesseiro: evite travesseiros muito altos, abaixo da cabeça. Ele deve deixá-la em
posição alinhada com a coluna para evitar torcicolos, travesseiro abaixo do Braço alivia as
tensões musculares ocasionadas pelo Trabalho, na articulação do ombro; entre as pernas ajuda
24
a diminuir a pressão entre os membros e estabiliza a coluna lombar, evitando dores; abaixo das
pernas, com a coluna apoiado no colchão, favorece a circulação sanguínea e retorno venoso.

Fonte: carolinaruggiero.blogpost.com

2.17 Melhor postura para subir escada.

Nunca suba escadas com a coluna inclinada para frente. Apoie-se nos corre-mãos, não salte
degraus, apoie todo o pé no chão.

2.18 Ergonomia para uso de Vassouras e Rodos

Registro Fotográfico das Posturas no Metódo Owas considerando diferentes


Etapas do Manejo e Criação de Frangos
Fonte: Elaborado por Barbosa, 2019

Postura: Flexão excessiva da coluna, joelhos semiflexionados, braços abaixo dosa ombros.

Método Owas Categoria de Ação 2. Postura com possibilidade de causar efeitos danosos ao
sistemamúsculo-esquelético, requer Ação corretiva num futuro próximo.

25
Registro Fotográfico das Posturas no Metódo Owas considerando diferentes
Etapas do Manejo e Produção de Frangos
Fonte: Elaborado por Barbosa, 2019

Postura: flexão e Rotação excessiva da coluna, braços abaixo dos ombros, abdução excessiva
de ombros, vassoura posicionada longe do corpo, joelhos retos, cabo da vassoura pequeno

Método Owas Categoria de Ação 2. Postura com possibilidade de causar efeitos danosos ao
sistemamúsculo-esquelético, requer Ação corretiva num futuro próximo.

Registro Fotográfico das Posturas no Metódo Owas considerando diferentes


Etapas do Manejo e de Produção de Frangos
Fonte: Elaborado por Barbosa, 2019

Postura: Coluna torácica ereta, cervical flexionada, punho esquerdo flexionado, joelhos
extendidos braços acima dos ombros, abdução de ombro esquerdo.

Método Owas Categoria de Ação 1: Postura Normal, sem efeitos ao sistema músculo
esquelético. Não requer ações.

2.18. 1 Orientações. Posição para varrer: Mantenha-a coluna ereta e joelhos semiflexionados
ao manusear a Vassoura ou Rodos. Ao varrer, deve-se adaptar o cabo da vassoura a uma
altura que possibilite o indivíduo executar a tarefa com seu corpo o mais ereto possível, sempre
procurando manter abdômen e glúteos contraídos, evitar flexões excessivas da coluna cervical e
punhos. Segurar o cabo com punhos neutros. Mantenha ombros neutros, segure no cabo na
altura do seu quadril. Mantenha cotovelos em adução, próximos a sua cintura. Ao varrer
embaixo de móveis, manter a coluna ereta, dobrar os joelhos, ou então, ajoelhar-se.

26
Fonte: docplayer.com.br Fonte: herniadedisco.com

2.19 Ergonomia na Coleta de Ovos

O manejo com os ovos deve ser realizado de forma muito cuidadosa e criteriosa, com a
finalidade de evitar ovos sujos, marcados ou quebrados. A maneira mais indicada é manter as
gaiolas e ninhos limpos e fazer coleta de ovos, ao menos, quatro vezes ao dia (o ideal é que se
faça o maior número de coletas ao dia). Transporte: os ovos devem ser transportados em
veículos sem atritos para que não haja quebra. Acondicionamento: os ovos devem ser
acondicionados na casa de ovos e identificados. Se existem muitas aves e o espaço é pequeno,
por exemplo, é grande o risco de que as galinhas fiquem estressadas o que pode comprometer
a produção. Ideal que os Ninhos tenham ao menos 61 cm do chão, uso do troler na coleta para
evitar excesso de peso para o coletador , durante o transporte para as caixas

2.19.1 Descrição de Posturas Incorretas Observada, Exemplificadas por outras fontes, já


que o local não pode ser fotografado. Produção de Ovos:

Fonte: bigsal.com.br

Postura Incorreta: flexão de tronco com caixas apoiadas nos braços

Fonte:musicjinni.com.br

27
Postura Incorreta: carregar caixas enquanto coleta há sobrecarga de peso em ombros

Fonte: kringacoletandoovos.mov

Postura Incorreta: Flexão da Coluna e joelhos extendidos

Fonte: criaçãogalinhas.blogpost.com

2.19.2 Orientações Posturais

Fonte:ads.am.gov.br

Flexão do ombro À sua altura, flexão mínima da Coluna

28
Fonte: portalagropecuário.com.br

Uso do Troler para transportar. O Coletador faz agachamento e mantêm a coluna reta

Fonte:infoteca.cnpatia.embrapa.br

Uso do Troler auxilia o trabalho manual e diminue os risos de lesões osteomioarticulares.

Fonte: javali.fcav.unesp.br

2.20 Ninho Ergonômico

Altura do chão até o ninho mínimo de 61 cm do solo ; cada ninho mínimo 31 cm x 31 cm para
cada quatro a cinco galinhas. Um artifício eficiente é fazer ninhos que permitam que os ovos
possam rolar até uma bandeja assim que as aves se levantam. Dessa forma, evita-se que a
produção seja pisoteada ou bicada. Se existem muitas aves e o espaço é pequeno, por
exemplo, é grande o risco de que as galinhas fiquem estressadas, o que pode comprometer a
produção.

29
Fonte:cpt.com.br
Fonte:pinterest.cl

Fonte: scielo.br

Fonte: globoplay.com.br Fonte: idam.am.gov.br

Fonte: avimazon.ufam.edu.br

Postura correta: Agachamento e coluna Ereta. Porém os pentes de ovos deveriam esta
apoiados em um troler.

30
2.21 Ergonomia no transporte Manual de Cargas

Saco de Ração

Fonte researchgate:.net

Postura : Tronco ereto, com os braços no nível dos ombros, em


movimento e peso superior a 20 kg

Método Owas Categoria de Ação 2. Postura com possibilidade de causar efeitos danosos ao
sistemamúsculo-esquelético, requer Ação corretiva num futuro próximo.

Registro Fotográfico das Posturas no Metódo Owas considerando diferentes setores do Abatedouro de Frango
Fonte: Elaborado por Barbosa, 2019

Postura : Tronco ereto, com os braços no nível dos ombros, em movimento e carga menor que
10kg.

Método Owas Categoria de Ação 1: Postura Normal, sem efeitos ao sistema músculo
esquelético. Não requer ações.

Registro Fotográfico das Posturas no Metódo Owas considerando diferentes setores do Abatedouro de Frango
Fonte: Elaborado por Barbosa, 2019

Postura: Coluna flexionada, Joelhos flexionados, peso superior a 20kg, longe do corpo
31
Método Owas Categoria de Ação 3: Postura com efeitos danosos ao sistema músculo-
esquelético, requer Ação corretiva o quanto antes.

2.21.1 Orientações. Como elevar o peso: Diminuir a carga, sempre que possível.
Posicionar-se junto ao objeto, mantendo os pés afastados, com um pé mais à frente que o outro,
para aumentar sua base de sustentação (afastar os pés). Abaixar-se, dobrando os joelhos e
mantendo a cabeça e as costas em linha reta; Segurar firmemente o objeto, usando a palma
das mãos e todos os dedos; Levantar-se, usando somente o esforço das pernas e mantendo os
braços estendidos. Aproximar bem o objeto do corpo; Manter o objeto centralizado em relação
às pernas durante o percurso. Evitar levantar pesos maiores que 20 kg, diminua a carga.
Distancias maiores de 2 metros utilizar carrinhos de mão.

2.21.2 Como descarregar o peso: Mantenha suas costas eretas; Contraia seu abdômen; Ao
abaixar-se, dobre apenas os joelhos; Deve-se evitar o transporte de cargas com apenas uma
das mãos, procurando distribuir o peso entre as duas mãos. Mantenha-se de frente para o
comedouro e descarregue a ração, evite rotação de tronco.

2.22 Incubatório

Fonte:fornariindustria.com.br

Neste Setor, as pessoas acabam adquirindo certas características, como habilidade motora,
acuidade visual, além de uma boa dose de controle psicológico, pois existe a pressão do volume
de produção a ser atingido e a necessidade de obter uma margem mínima de erro na tarefa.
Outro fator importante a ser destacado, refere-se à higiene pessoal e ao estado de saúde. Ao
incubatório, o qual possui sua área rigorosamente delimitada e controlada, principalmente no
que diz respeito ao fluxo de pessoas, não é permitido o ingresso sem que haja uma investigação
sobre procedência, local de visitas anteriores (como frigoríficos, granjas ou outros locais onde a
pessoa pode ter sido contaminada, podendo ser considerada como agente transmissor de certas
doenças deletérias às aves). Destes locais exige-se o isolamento por, no mínimo, 72 horas
destes cuidados, é exigido que se tome um banho ao entrar e sair da área, sendo que, junto aos
chuveiros existem as recomendações de como deve ser feita a limpeza do corpo, além de serem
fornecidas roupas e calçados devidamente higienizados e apropriados para a permanência no
local. Em virtude destas particularidades, o empregado acaba tendo um perfil com
características bem singulares.

Em se tratando de postos de trabalho como o da sexagem de pintos, problemas posturais


caminham normalmente ao lado do trabalho, pois as tarefas exigem liberdade de movimentos
para os membros superiores, repetitividade, uma certa parcela de habilidade manual, acuidade
visual, além de características psicológicas especiais com relação ao empregado (por trabalhar
com seres vivos). É necessário ressaltar que o trabalhador que executa a tarefa de sexagem de
pintinhos, tem seu espaço físico limitado, está sujeito a pressões referentes à produtividade e à
qualidade de seu trabalho.

A tarefa prescrita sobre a sexagem consiste basicamente em separar pintos de até um dia de
vida conforme seu sexo. Esta tarefa é feita examinando-se as asas e sua configuração com
32
relação às camadas de penas. Para que seja feita esta análise, o operador apanha pela asa a
ave que circula pelo carrossel, utilizando ambas as mãos, alternadamente, e verifica
rapidamente a configuração. Tendo identificado o sexo, a ave é lançada em um dos cones
coaxiais situados ao centro do carrossel, sendo um para cada sexo. A divisão da tarefa de cada
indivíduo é independente na realização desta tarefa. O ritmo é determinado por suas
características e habilidades individuais. Não existe a dependência direta da tarefa executada
pelo colega. Todavia, por se tratar de trabalho em equipe, a baixa produção de um membro terá
de ser compensada pelo resto do grupo, o que gera insatisfação. Além disso, é estabelecida
uma meta quanto a erros de interpretação de sexo e esta é cobrada pela supervisão, também
sendo fator estressante.

Através da análise postural é possível diagnosticar uma anomalia na estrutura dimensional de


um posto de trabalho. Quando o trabalhador ao desempenhar sua tarefa, apresenta alguma
atitude, que possa indicar certa dificuldade ou desconforto na realização da mesma, pode
significar que o posto de trabalho apresenta alguma falha de projeto ou construção. Tais falhas
nem sempre significam que as máquinas, ferramentas ou equipamentos não estejam
corretamente projetados para desempenhar sua função, contudo isto não se traduz
obrigatoriamente numa boa adaptação da máquina ao homem.

2.22.1 Ergonomia no Transporte de Ovos

Fonte: javali.fcav.unesp.br

Postura: Inclinação da coluna, braços abaixo dos ombros, ombros abduzidos e


flexionados,joelhos flexionados
Método Owas Categoria de Ação 3: Postura com efeitos danosos ao sistema músculo-
esquelético, requer Ação corretiva o quanto antes.

2.22.2 Orientações: Na movimentação de carrinhos, prefira empurrar ao invés de puxar.


Mantenha-se atrás do carrinho e posicione um pé diante do outro, pelo menos, 30 cm entre eles;
mantenha suas costas eretas; curve ligeiramente as pernas; recue com passos uniformes. No
transporte de objetos, deve-se, sempre, manter a cabeça e as costas em linha reta. Evite um
esforço dos músculos do antebraço, utilizando um sistema de puxador, que permita boa firmeza
dos cinco dedos e da palma da mão.

33
Fonte: javali.fcav.unesp.br Fonte: abrepo.org.br

2.23 Ergonomia organizando os pentes de Ovos na Caixa

Fonte: researchgate.net

Postura: Tronco inclinado com ambos os braços abaixo dos ombros, de pé com ambos joelhos
dobrados e peso inferior a 20kg

Método Owas Categoria de Ação 3: Postura com efeitos danosos ao sistema músculo-
esquelético, requer Ação corretiva o quanto antes.

2.23.1 Orientações: Evitar flexão da coluna, elevar as caixas sobre uma mesa ou bancada na
altura do quadril em média. Evitar girar o tronco com as caixas, vire-se em bloco com os joelhos
semiflexionados, contraia o abdome. De frente à caixa, agachar-se para descer o objeto.

2.24 Transporte de Caixa com ovos com mais de 20 Kg de peso

Fonte:conversassobreocorpo.blogspost.com.br Fonte:periódicos.utfpr.edu.br

2.24.1 Orientações. Caixas maiores, Sempre que for levantar uma carga cujo peso seja maior
que 20 kg, peça ajuda a um colega. Respeite pausas entre um levantamento e outro, o ideal é
34
manter a frequência de 1 levantamento a cada 5 minutos. Pegue a carga o mais próximo do
corpo.

Fonte: dana.com.br

Sempre que for levantar ou movimentar uma carga, mantenha uma postura de base: pernas
afastadas umas das outras, joelhos semi flexionados, coluna ereta, braços próximos ao corpo
(braços na vertical).

Fonte: ortopediasp.wordpress,com

A coluna vertebral é adaptada para uma postura vertical e quando o trabalhador se curva, ela
tem de suportar não apenas o peso do corpo, mas também o da carga, o que pode vir a causar
danos irreparáveis. O levantamento e transporte de cargas pesadas devem ser evitados e
sempre que possível com equipamentos mecânicos. Na maioria dos casos e situações, várias
pessoas devem trabalhar em conjunto, sendo que, todos devem utilizar meios corretos de
levantamento. Esse tipo de transporte, quase sempre é pesado, mesmo a carga não sendo
pesada ou volumosa, o fato de haver a necessidade de elevar ou subir escadas já é um fator
preocupante para a coluna. A nossa coluna é naturalmente adaptada a uma postura ereta. No
momento em que se inclina o tronco a flexão se dá, basicamente, na região lombar.: O mais
adequado para o manuseio de cargas sempre que possível fazer o uso de carrinhos, rodízios ou
dispositivos de levantamento mecânico (dependendo do tipo de serviço).No decorrer das tarefas
pesadas realizadas, a postura é a causa principal de problemas de coluna, mais
especificamente na hora de levantar, transportar e depositar as cargas.

35
Fonte: institutosc.com.br
Transporte Manual de caixas com risco de
lesões em coluna, ombro e punhos Transporte com Empilhadeira, melhor ergonomia.

2.25 Orientações Gerais

Procurar não se curvar, a coluna não pode servir de suporte; agachar-se para pegar o peso.
Evite rir, espirrar ou tossir quando estiver carregando peso; evite manipular cargas não
adequadas ao biotipo (tamanho, forma, posição); evite ao máximo, torção do corpo; tente manter
a carga o mais próximo do corpo (frente ao peito); Tentar distribuir a carga; fazer o transporte na
posição ereta; usar o peso do corpo, sempre que possível, de maneira a ser favorável ao
manejo da carga; transportar cargas por rolamento, sempre que possível; posicionar os braços
junto ao corpo. A maioria das lesões é provocada pelo esforço intenso de grupos musculares e
tendões, que são utilizados quando são transportadas cargas pesadas.

Fonte:abrepo.org.br

2.26 Ergonomia no serviço Lavanderia

Registro Fotográfico das Posturas no Metódo Owas considerando diferentes Etapas do Manejo e Produção
Frangos
Fonte: Elaborado por Barbosa, 2019
36
Postura: Coluna leve flexão, em movimento flexão e extensão de joelhos, carga maior que 20kg

Método Owas Categoria de Ação 3: Postura com efeitos danosos ao sistema músculo-
esquelético, requer Ação corretiva o quanto antes

2.26. 1 Orientações: Sempre que for movimentar uma carga a distâncias maiores que 2 metros,
utilize um carrinho ou empilhadeira. Carrinhos Coletores devem esta a altura do quadril do
funcionário, dando preferência aos ajustáveis. Posicionar os braços juntos ao corpo, na hora de
empurrar, Preferir empurrar a puxar. Varal Ideal que seja na media de altura 1,80 m.

2.27 Fábrica de Ração Ensacamento e Empilhamento

Registro Fotográfico das Posturas no Metódo Owas considerando diferentes Etapas do Manejo e Produção de
Rações
Fonte: Elaborado por Barbosa, 2019

Tarefa: Cada palete comporta 60 sacos, que são transportados Manualmente, cada saco pesa
25kg

2.27. 1 Orientações: No setor de ensaque, trabalham com 4-5 pessoas, sendo uma na
ensacadeira e o restante selando o saco e paletizando as embalagens. Procurar não se curvar,
a coluna não pode servir de suporte; Evite rir, espirrar ou tossir quando estiver carregando peso;
Evite manipular cargas não adequadas ao biotipo (tamanho, forma, posição); Evite ao máximo,
torção do corpo; Tente manter a carga o mais próximo do corpo (frente ao peito); Tentar
distribuir a carga; Fazer o transporte na posição ereta; Usar o peso do corpo, sempre que
possível, de maneira a ser favorável ao manejo da carga; Transportar cargas por rolamento,
sempre que possível; Posicionar os braços junto ao corpo; Utilizar carrinhos empilhadeiras. A
maioria das lesões é provocada pelo esforço intenso de grupos musculares e tendões, que são
utilizados quando são transportadas cargas pesadas.

2.28 Almoxarifado

Na movimentação de carrinhos, prefira empurrar ao invés de puxar. Sempre que for levantar
uma carga cujo peso seja maior que 20 kg, peça ajuda a um colega.

37
Registro Fotográfico das Posturas no Metódo Owas considerando diferentes Etapas do Manejo e Produção de
Rações
Fonte: Elaborado por Barbosa, 2019

Postura: Em pé, coluna ereta, uso do carrinho para deslocamento da carga, puxar: extenção do
ambro, braços abaixo do ombro.

Método Owas Categoria de Ação 1: Postura Normal, sem efeitos ao sistema músculo
esquelético. Não requer ações.

2.28.1 Orientações: Na movimentação de carrinhos, prefira empurrar ao invés de puxar.


Mantenda-se atrás do carrinho e posicione um pé diante do outro, pelo menos, 30 cm entre eles;
Mantenha suas costas eretas; Curve ligeiramente as pernas; Recue com passos uniformes. No
transporte de objetos, deve-se, sempre, manter a cabeça e as costas em linha reta. Evite um
esforço dos músculos do antebraço, utilizando um sistema de puxador, que permita boa firmeza
dos cinco dedos e da palma da mão. Uso de técnica adequada em função do tipo de carga.
Procurar não se curvar, a coluna não pode servir de suporte; Evite rir, espirrar ou tossir quando
estiver carregando peso. Evite manipular cargas não adequadas ao biotipo (tamanho, forma,
posição). Evite ao máximo, torção do corpo; tente manter a carga o mais próximo do corpo
(frente ao peito); tentar distribuir a carga; fazer o transporte na posição ereta. Usar o peso do
corpo, sempre que possível, de maneira a ser favorável ao manejo da carga; transportar cargas
por rolamento, sempre que possível; posicionar os braços junto ao corpo. A maioria das lesões
é provocada pelo esforço intenso de grupos musculares e tendões, que são utilizados quando
são transportadas cargas pesadas.

2.28 Ergonomia na Oficina

Registro Fotográfico das Posturas no Metódo Owas considerando diferentes Etapas do Manejo e Produção de
Rações
Fonte: Elaborado por Barbosa, 2019
38
Postura: Em pé ,leve flexão de coluna, extensão de ombro esquerdo, bancada na altura do
quadril, joelhos estendidos

Método Owas Categoria de Ação 2. Postura com possibilidade de causar efeitos danosos ao
sistemamúsculo-esquelético, requer Ação corretiva num futuro próximo.

2.28.1 Orientações: Proporcionar variação de posições e atividades; Observar a altura da


bancada de trabalho, manter altura de bancada ajustável na altura do quadril, quando utilizada
por diferentes pessoas, manter espaço suficiente para membros inferiores; Colocar os pés
alternadamente em um banquinho quando trabalhar em pé por tempo prolongado; Evitar a
inclinação do tronco, posicionar mais próximo do objeto a ser trabalhado
Evite ficar muito tempo em pé na mesma posição, a cada 1 hora variar as posições, evite
debruçar sobre o balcão. Use as ferramentas adequadas para o tipo de trabalho a ser feito. A
improvisação de ferramentas gera riscos de acidentes graves e, costumeiramente, danos às
mãos e braços, principalmente em razão do excesso de força exigido. As instalações da oficina
devem estar bem iluminadas, com iluminação fixa. Além disso, é necessário dispor de luzes
móveis para a verificação de detalhes na arquitetura dos veículos. Tenha banquetas
ergonômicas. O trabalho dos mecânicos em uma oficina dificilmente os mantém em uma única
posição. Mas sempre que for executar uma tarefa que requeira que o trabalhador esteja
sentado, que o faça na posição mais ergonomicamente adequada possível.

2. 29 Ergonomia no Laboratório

Registro Fotográfico das Posturas no Metódo Owas considerando diferentes Etapas do Manejo e Produção de
Rações
Fonte: Elaborado por Barbosa, 2019

Postura : Em pé, coluna ereta, bancada acima do quadril, ombro esquerdo em abdução,joelhos
extendidos.

Método Owas Categoria de Ação 1: Postura Normal, sem efeitos ao sistema músculo
esquelético. Não requer ações.

2. 29. 1 Orientações: a cada 1 hora Proporcionar variação de posições, de pé para sentado;


manter espaço suficiente para membros inferiores; colocar os pés alternadamente em um
banquinho quando trabalhar em pé por tempo prolongado; evitar alcances excessivos; evitar o
alongamento excessivo da coluna vertebral; colocar materiais em um nível que nunca ultrapasse
a altura da cabeça; utilizar uma escada ao retirar objetos de partes altas de estantes já
39
construídas. Evite ficar muito tempo em pé na mesma posição ou debruçado sobre o balcão. Se
tiver que pegar algum item na parte inferior do balcão, abaixe corretamente e evite ficar em
posição desconfortável por longo tempo. Use escadas para alcançar um item que esteja nas
prateleiras mais altas e nunca improvise ou fique se esticando nas pontas dos pés para alcançar
estes itens.

Fonte:dana.com.br

2.30 Ergonomia na Cozinha da Fábrica de Rações.

Duas funcionárias preparam duas refeições para todos Funcionários da Fábrica de


Rações. Café e Almoço

Registro Fotográfico das Posturas no Metódo Owas considerando diferentes Etapas do Manejo e Produção de
Rações
Fonte: Elaborado por Barbosa, 2019

Postura: Em pé, flexão de cotovelo, abdução de ombro, pronação de cotovelo.

Método Owas Categoria de Ação 1: Postura Normal, sem efeitos ao sistema músculo
esquelético. Não requer ações.

2.30.1 Orientações: A cada 1hora, proporcionar variação de posições de pé para sentado e


atividades; evitar flexão extensão de punhos, manter em posição neutra, manter espaço
suficiente para membros inferiores; colocar os pés alternadamente em um banquinho quando
trabalhar em pé por tempo prolongado; evitar alcances excessivos; evitar a flexão excessiva da
coluna vertebral; colocar materiais em um nível que nunca ultrapasse a altura da cabeça; Utilizar
uma escada ao retirar objetos de partes altas de estantes já construídas.

2.31 Ergonomia no Abatedouro

40
Registro Fotográfico das Posturas no Metódo Owas considerando diferentes setores do
Abatedouro de Frango
Fonte: Elaborado por Barbosa, 2019

Postura: Coluna Ereta, braços abaixo dos ombros, carga entre 10 a 20kg

Método Owas Categoria de Ação 1: Postura Normal, sem efeitos ao sistema músculo
esquelético. Não requer ações.

Registro Fotográfico das Posturas no Metódo Owas considerando diferentes


setores do Abatedouro de Frango
Fonte: Elaborado por Barbosa, 2019

Postura: flexão da coluna, rotação, joelhos flexionados, em movimento.

Método Owas Categoria de Ação 2. Postura com possibilidade de causar efeitos danosos ao
sistemamúsculo-esquelético, requer Ação corretiva num futuro próximo.

Registro Fotográfico das Posturas no Metódo Owas considerando diferentes setores do Abatedouro de Frango
Fonte: Elaborado por Barbosa, 2019

Postura: Flexão de coluna com rotação, pernas extendidas, carga superior a 20kg
41
Método Owas Categoria de Ação 4. A carga usada por esta postura tem efeitos extremamente
danosos sobre o sistema musculo-esquelético. Requer ações corretivas imediatamente

2.31.1 Orientações: Pegar a carga o mais próximo do corpo. Não flexionar o tronco (dobrar a
coluna) quando abaixar para pegar uma carga. Sempre que for levantar ou movimentar uma
carga, mantenha uma postura de base: pernas afastadas umas das outras, joelhos semi
flexionados, coluna ereta, braços próximos ao corpo (braços na vertical). Sempre que for
levantar uma carga cujo peso seja maior que 15 kg, peça ajuda a um colega. Evite levantar
cargas torcendo o tronco para os lados. Evite ao máximo, torção do corpo; Tente manter a carga
o mais próximo do corpo (frente ao peito); Respeite pausas entre um levantamento e outro, o
ideal é manter a frequência de 1 levantamento a cada 5 minutos . Rotação de atividades

Registro Fotográfico das Posturas no Metódo Owas considerando diferentes setores do Abatedouro de Frango
Fonte: Elaborado por Barbosa, 2019

Postura: sentado, flexão de coluna com rotação, joelho semiflexionado, braços nível de
ombros, carga menor que 10kg

Método Owas Categoria de Ação 3: Postura com efeitos danosos ao sistema músculo-
esquelético, requer Ação corretiva o quanto antes

2.31.2 Orientações: A cada 1 hora proporcionar variação de posições, de sentado para em


pé; manter espaço suficiente para membros inferiores; colocar os pés alternadamente em um
banquinho quando trabalhar em pé por tempo prolongado; evitar alcances excessivos; evitar o
alongamento excessivo da coluna vertebral. Evite ao máximo, torção do corpo; Tente manter a
carga o mais próximo do corpo (frente ao peito).

Capítulo III

3. Lesões por Esforços Repetitivos (LER)

As LER´s não são um diagnóstico, mas um termo que engloba uma série de distúrbios
relacionados ao trabalho que geralmente atingem várias partes do corpo isolada ou
associadamente: tendões, cápsulas tendinosas, músculos, articulações, nervos e vasos
42
sangüíneos (GUTIÉRREZ, APUD e NEVES 2003), fáscias, ligamentos e sinóvias, com ou sem
degeneração de tecidos são o resultado de fatores de risco como movimentos repetitivos,
postura inadequada, força, entre outros. Elas podem incidir sobre As Lesões por Esforços
Repetitivos de trabalhadores em início de carreira ou entre aqueles com muitos anos de
trabalho no mesmo posto, na mesma função. Apesar de nem todas as lesões estarem
classificadas no Código Internacional de Doenças (CID), os médicos utilizam cerca de 165 delas
para classificar as doenças definidas como LER (YASSI, apud NEVES 2003). Como se trata de
um grande número de patologias, é difícil estabelecer o tempo necessário para que uma
determinada patologia possa começar a apresentar os sintomas que a identificam. O uso
contínuo e ininterrupto dos membros, sem o tempo necessário para o descanso, leva à fadiga
crônica, com diminuição da elasticidade e enrijecimento muscular. Os tendões sentem a
sobrecarga de demanda da contração e extensão por tempo prolongado, com movimentos
rápidos e sem o necessário intervalo de repouso para a sua recomposição. O uso excessivo
pode provocar reações de sintomas e sinais locais ou irradiados (RIBEIRO, APUDE NEVES
2003). Conceitualmente, as lesões são a decorrência do acúmulo de fatores de risco que
ultrapassam a capacidade adaptativa de um tecido, ainda que o seu funcionamento seja mantido
parcialmente . As situações de constante demanda de trabalho, sem períodos de descanso nem
relaxamento, obrigam a manter constantes os níveis hormonais de adaptação (cortisol,
epinefrina, norepinefrina), o qual rompe os ritmos circadianos. As conseqüências da manutenção
de um alto nível noturno de cortisol são, em primeiro lugar, uma alteração das fases do sono e
da profundidade do descanso noturno. Como conseqüência, existe a sensação de cansaço
matutino como se não houvesse servido para nada o descanso noturno, alterações no ritmo das
evacuações, do ritmo cardíaco, com presença de taquicardias e arritimias, e, ocasionalmente,
incremento da sensação de ansiedade e angústia.

Existe também um aumento da contratura muscular, com aumento da dor nas zonas cervical,
dorsal e lombar. Entre os principais sintomas e sinais destacam-se: Dor espontânea ou após a
movimentação da região afetada; sensação de fraqueza, cansaço, peso, dormência, perda da
sensibilidade, “choques”, “agulhadas” e cãibras; dificuldade ou perda da força dos membros;
sofrimento, desconforto uni ou bilateral, sentido nos dedos, mãos, pulsos, antebraços, cotovelos,
por período igual ou superior a sete dias (FRANSSON-HALL, BYSTRÖM e KILBOM, 1995
APUD NEVES 2003); calor, frio (mais especificamente nas mãos e dedos); repercussões
psicossociais; enrijecimento muscular; edemas (SETTIMI e SILVESTRE, 1995 APUD NEVES
2003); queimação e entorpecimento (MESERVY, SURUDA, BLOSWICK, LEE e DUMAS, 1997
APUD NEVES 2003).

Por ser a dor um sintoma e não apresentar sinais, é pouco valorizada. Só é dada a devida
atenção pelas demais pessoas envolvidas com o trabalhador geralmente quando o caso se
encontra num grau mais avançado. A dor, As Lesões por Esforços Repetitivos quando no seu
início, é de difícil precisão quanto ao ponto de irradiação, variando conforme a estrutura
comprometida. Quando o trabalhador pode precisar a sua localização, o médico pode reproduzi-
la e localizar os músculos, nervos e tendões comprometidos. A intensidade e a duração da dor
tendem a ser progressivas conforme vão se agravando as lesões (DELIBERATO,2002). O
diagnóstico é predominantemente clínico, construído a partir do exame médico, o histórico
profissional e a história clínica. Deve-se atentar para os sinais e os sintomas, a sua localização,
duração e intensidade, excluindo hipóteses não profissionais (YASSI, 1997 APUD NEVES
2003). Para confirmar um caso das LER é necessário a correlação entre a tarefa repetitiva
freqüentemente anatômica e fisiologicamente inadequada para a constituição física dos
pacientes e a localização no corpo dos sintomas descritos. São raros os casos em que exames
complementares apóiam os diagnósticos clínicos, geralmente quando acontece a. O nexo causal
faz parte do diagnóstico fundamentado na anamnese ocupacional e em relatórios de observação
das condições de trabalho, permitindo a correlação entre o quadro clínico de afecção na unidade
motora e a atividade causadora desenvolvida pelo trabalhador (BARBOSA, 2005). O exame
médico deve levantar o história da doença, a freqüência, intensidade, fatores de agravamento e
43
melhora dos sintomas. Detalhes do começo dos sintomas em relação às tarefas de trabalho ou
mudanças em tarefas são especialmente importantes.

4. Lista de Doenças do Sistema Osteomuscular e do Tecido Conjuntivo Relacionadas


aoTrabalho, de acordo com a Portaria/MS n.º 1.339/1999

Gota Induzida pelo Chumbo, Outras Artroses, Síndrome Cervicobraquial, Dorsalgia: Cervicalgia,
Ciática , Lumbago com Ciática , Sinovites e Tenossinovite, Dedo em Gatilho. Tenossinovite do
Estilóide Radial (De Quervain) , Outras Sinovites e Tenossinovite, Sinovites e Tenossinovites
Não-Especificadas , Transtornos dos Tecidos Moles Relacionados com o Uso, o Uso Excessivo
e a Pressão, de Origem Ocupacional: Sinovite Crepitante Crônica da Mão e do Punho , Bursite
da Mão Bursite do Olécrano,) Outras Bursites do Cotovelo. Outras Bursites Pré-Rotulianas ,
Outras Bursites do Joelho . Outros Transtornos dos Tecidos Moles Relacionados com o Uso, o
Uso Excessivo e a Pressão .Transtorno Não-Especificado dos Tecidos Moles Relacionado com
o Uso, o Uso Excessivo e a Pressão, Fibromatose da Fáscia Palmar: Contratura ou Moléstia de
Dupuytren, Lesões do Ombro: Capsulite Adesiva do Ombro (Ombro Congelado, Periartrite do
Ombro, Manguito Rotatório ou Síndrome do supra-espinhoso. Tendinite Bicipital, Tendinite
Calcificante do Ombro Bursite do Ombro. Outras Lesões do Ombro, Lesões do Ombro Não-
Especificada (BRASIL, 2008)

5. Lista de Doenças do Sistema Nervoso Relacionadas ao Trabalho, de acordo com a


Portaria/MS n.º 1.339/1999

Ataxia Cerebelosa , Parkinsonismo Secundário devido a outros Agentes Externos , Outras


Formas Especificadas de Tremor , Transtorno Extrapiramidal do Movimento Não-Especificado
Distúrbios do Ciclo Vigília-Sono, Transtornos do Nervo Trigêmeo´Transtornos do Nervo Olfatório
(inclui Anosmia) , Transtornos do Plexo Braquial (Síndrome da Saída do Tórax, Síndrome do
Desfiladeiro Torácico) , Mononeuropatias dos Membros Superiores: Síndrome do Túnel do
Carpo , Outras Lesões do Nervo Mediano: Síndrome do Pronador Redondo , Síndrome do
Canal de Guyon , Lesão do Nervo Cubital (Ulnar): Síndrome do Túnel Cubital .Outras
Mononeuropatias dos Membros Superiores: Compressão do Nervo Supra-Escapular .
Mononeuropatias do Membro Inferior: Lesão do Nervo Poplíteo Lateral. Outras Polineuropatias:
Polineuropatia devida a outros Agentes Tóxicos , Polineuropatia Induzida pela Radiação
Encefalopatia Tóxica Aguda. (BRASIL,2008)

6. Fatores de Risco para Dort´s

Falta de equipamentos para o manuseio das cargas; trabalhadores não capacitados fisicamente,
limites de peso exigidos maiores que os suportáveis ou ritmo e duração de trabalhos intensos;
meios não adequados de manusear as cargas; falta de trabalho em grupo, deixando para
poucos todo o peso. Falta de equipamentos de proteção, falta de instrução dos trabalhadores,
falta de cuidado com o próprio corpo, falta de atenção com o movimento a ser executado, leva a
problemas posturais. Por isso a educação postural tem como função possibilitar à Pessoa
capacidade de se proteger e livrar seus segmentos móveis de lesões, dentro das condições de
vida diária e profissional. Então, é de extrema importância a conscientização corporal.

Capítulo IV

4. Ginástica Laboral
44
A Ginástica Laboral constitui uma seqüência de exercícios específicos aplicados a cada
atividade, sendo realizadas no próprio local de trabalho, objetivando a prevenção, a terapêutica
e o bem estar do ser humano, devendo estar acompanhada de orientações sobre as posturas
mais adequadas nos postos de trabalho e avaliações ergonômicas para promover as condições
adequadas aos seus funcionários. Utiliza técnicas de alongamento, de respiração, de
reeducação da postura, de controle e percepção física e de compensação muscular. Com
poucos minutos de prática diária, é possível prevenir e aliviar dores e incômodos decorrentes
das atividades repetitivas, podendo ser considerada como um investimento na qualidade de vida
de cada colaborador, reduzindo a ocorrência de doenças e aumentando a motivação e o
entrosamento entre os integrantes da equipe ( BARBOSA, 2005).

Pode ser oferecida de três maneiras: a preparatória, quando praticada antes do início das
atividades, realizada através de alongamentos para aumentar a circulação sanguínea e a
lubrificação das articulações e tendões, a compensatória, quando praticada durante a jornada de
trabalho, numa pausa para reduzir a fadiga e prevenir possíveis doenças ocupacionais e a
relaxatória, proporcionada no final do expediente (BARBOSA, 2005).

Como todas as outras atividades físicas, a Ginástica Laboral, não deve ser executada sem um
acompanhamento de um profissional da área de saúde, pois, para trazer reais benefícios, é
necessário que seja executada corretamente e se identifique com os limites de cada um a fim de
se trabalhar esses limites. Desta maneira, melhorando as condições físicas e mentais. Se
houver algum problema físico ou de saúde, consultar um médico antes de iniciar alguma nova
atividade física.

4.1 Orientações ANTES de praticar Exercícios Físicos

Sempre antes de iniciar as atividades físicas, fazer uma avaliação com um profissional da área
de saúde. Faça os exercícios no seu ritmo. Respire naturalmente. Relaxar e prestar atenção ao
corpo. Concentrar-se nos músculos e articulações sendo alongados. Praticar exercícios sem
dor; sempre faça alongamento dentro do seu limite de conforto, jamais a ponto de sentir dor.
Caso tenha problema de saúde relacionado a músculos, ossos, tendões, articulações consulte
um médico antes de executar os exercícios. Não se compare com as outras pessoas, somos
diferentes. As comparações podem fazê- lo alongar-se excessivamente. Não prenda o fôlego
enquanto faz os exercícios. Não faça balanceio. Não é necessário nenhuma roupa especial
para executar os exercícios, apenas retirar sapatos de saltos se os tiver.

Nos últimos anos a pesquisa médica demonstrou que uma boa parte do sedentarismo é
causado diretamente pela falta da atividade física. A tomada de consciência deste fato,
acompanhada de um conhecimento mais completo a respeito de cuidados para com a saúde,
estão modificando o estilo de vida. O entusiasmo atual pelo movimento não é modismo.
Sabemos agora que um dos meios de prevenir os males da inatividade é permanecer ativo, não
durante um mês, nem um ano, mas a vida toda.

4.2 Benefícios da Ginástica Laboral

Redução de tensões musculares pois torna o corpo mais relaxado; trabalha a coordenação pois
os movimentos tornam-se mais soltos e fáceis. Minimiza e previne lesões tais como: distensões,
tendinites, dores nas costas, etc. Desenvolve a consciência corporal: conforme alonga as várias
partes do seu corpo, as focaliza, desenvolvendo maior controle dos movimentos. Ajuda a liberar
os movimentos bloqueados por tensão emocional, de modo que isto aconteça de forma

45
espontânea. Humanização do ambiente de trabalho; melhora o relacionamento em equipe.
Ativa a circulação sanguínea. Aumenta a produtividade. Reduz gastos Médicos e Abstenções

5. Prevenções Posturais nas Atividades Diárias

Não faça torções excessivas de tronco; procure não fazer movimentos repetitivos durante a
jornada de trabalho. Não coloque objetos pesados ou documentos em gavetas muito baixas, que
estejam muito próximas ao piso. Prefira sapatos de salto baixo para andar e trabalhar. Respire
fundo e prenda a respiração antes de levantar qualquer Peso ao levantar solte devagar
contraindo o abdome. Contraia o Abdome. O aumento adicional de pressão no abdome diminui
a pressão nos discos da coluna. Pratique, pelo menos, três vezes por semana alguma atividade
física. Faça, sempre que possível, exercícios de aquecimento ou com movimentos contrários
àqueles que realiza comumente no seu trabalho. Ao vestir a calça, sente-se antes em uma
cadeira. Vestir-la em pé gera uma grande sobrecarga sobre a coluna. Tire alguns minutos por
dia, durante a rotina de trabalho, para alongar o seu corpo. Evitar a obesidade e o tabagismo;
Utilizar posições, colchões e travesseiros adequados para dormir; Realizar terapias de
relaxamento muscular;

6. Pausas Durante a Jornada de Trabalho

Mude de posição, respire profundamente, relaxe, estique as pernas, mexa o pescoço, introduza
pausas e micropausas durante o expediente, quando e onde for cabível. As micropausas são
pequenas pausas que podem durar segundos. Já as pausas, duram cerca de 5 a 10 minutos.
Ambas são importantes para recuperar a fadiga acumulada durante a execução das atividades
de trabalho. Durante o trabalho com o uso do computador, as artérias que fornecem oxigênio
aos nervos do pescoço e dos ombros, correm por um espaço exíguo entre a clavícula e a
primeira costela. A tensão muscular de olhar para o monitor comprime esta área causando
cansaço muscular e irritações em nervos e tendões. A execução das pausas e micropausas de
forma regular auxiliam no alívio dessas tensões.

Cada um pode definir as pausas que quiser, conforme se sentir melhor. No entanto, não se
devem acumular as pausas. As atividades que exijam sobrecarga muscular estática ou
dinâmica do pescoço, ombros, dorso e membros superiores e inferiores, e a partir da análise
ergonômica do trabalho, deve ser observado o seguinte: Todo e qualquer sistema de avaliação
de desempenho para efeito de remuneração e vantagens de qualquer espécie deve levar em
consideração as repercussões sobre a saúde dos trabalhadores; Devem ser incluídas pausas
para descanso; Pequenas pausas fazem muito bem para o rendimento. Alongar punhos e
antebraços algumas vezes durante o dia. Pequenos exercícios não atrapalham o expediente e
garantem uma boa saúde.

Durante o expediente, procurar realizar exercícios de alongamento. E isso não significa que terá
que trocar o horário de almoço por uma hora de academia. Os exercícios podem ser feitos com
pequenas pausas, que duram de 30 segundos a um minuto, sem atrapalhar o seu rendimento.
Não se deve acumular pausas. Nos serviços permanentes de mecanografia (digitação,
escrituração ou cálculo), a cada período de 90 minutos de trabalho consecutivo corresponderá
um repouso de 10 minutos não deduzidos da duração normal do trabalho. Em qualquer trabalho
contínuo, cuja duração exceda de 6 horas, é obrigatória a concessão de um intervalo para
repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 hora e, salvo acordo escrito ou convenção
coletiva em contrário, não poderá exceder de 2 horas. Não excedendo de 6 horas o trabalho,
será, entretanto, obrigatório um intervalo de 15 minutos quando a duração ultrapassar 4
horas. Mais importante que as pausas e todas essas orientações, é a conscientização por parte
dos funcionários, de que nosso principal instrumento de trabalho, é o nosso próprio corpo.

46
7. Ginástica Laboral : Material e Métodos

Fonte:scielo.conycit.cl

7.1 Atenção

Certificar que o funcionário tem liberação médica para realizar exercícios físicos. Exercícios
devem ser aplicados por um profissional da área (Educador Físico ou Fisioterapeuta).

7.2 Sugestões de Aquecimentos: trotes leves e ou marcha rápida no local, sem


deslocamento.

Fonte: ipc.fex.ed.mil.br

47
7.3 Sugestões de Exercícios de Fortalecimento Muscular pra quem trabalha muito tempo
sentado

Atenção: coluna reta, alinhada com a cabeça, joelhos semiflexionados sempre que esteja
realizando exercícios na posição ereta, respirar da forma correta durante os exercícios para não
provocar dores. Deve-se evitar prender a respiração.

Exercício Indica- Prescri- Ilustração Frequência Duração


ções ção
Fortalecimento Escritório: 15 repeti- 2 a 3 X NA
da musculatura Fábrica e ções SEMANA 15
Adutora de Demais segundos
ombros unidades

Fonte:carolkhon.wordpress.com
15 repeti-
Fortalecimento ções em
da Musculatura cda perna 30
flexora de segundos
Joelho
Fonte:pinterest.com
Fostalecimento 15
da Musculatura repeti- 15
flexora do ções segundos
Tornozelo

Fonte:pinterest.com

15 repeti-
Fostalecimento ções em
do quadríceps cada 30
Pode ser feito perna segundos
em pé apoiado
na parede

Fonte: lar-natural.com.br

Fortalecimento 10 repe-
de PEITORAL e tições
paravertebrais

10
Fonte:carolkhon.wordpress.com segun-
dos

48
Fortalecimento de 10
da Musculatura repeti-
extensora de ções
quadril e
cotovelo

Fortalecimento 8 repeti- 10
da Musculatura çoes segun-
extensora de dos
quadril

Fonte:pinterest.com

Fonte: pinterest.com
Fortalecimento de 10 10
da musculatura repeti- segun-
abdominal, ções dos
Estabilizadora
do Tronco

Fonte:mundoboaforma.com
Fortalecimento
da Musculatura
Paravertebral e 2 Séries
Glúteos de 8
segundos
Fonte:pinteret.com

49
7.4 Sugestões de Exercícios de RELAXAMENTO Preventivos pra quem trabalha muito
tempo em Pé

Exercício Indica- Pres- Ilustração Fre- Duração


ção crição quên-
cia
Relaxamento Todos 2a3x 5 minutos
Da musculatura núcleos por
De membros sema-
Superiores e Pausas na
inferiores

Fonte:colagenoeflexibilidade.com.br
Relaxamento da Todos 15 2a3x 30
Musculatura núcleos segundos por segundos
Flexora do em cada semana
Tornozelo membro
inferior

Fonte:clinicadekers.com.br
Relaxamento da Todos 15 30
Musculatura núcleos segundo segundos
extensora de em cada
Joelho membro
inferior

30
Relaxamento da Todos 15 segundos
musculatura Núcleos segundos cada lado
LomboSacral para cada
lado

Fonte:mundoboaforma.com

50
1 série de 30
Relaxamento da 15 segundos
Musculatura segundos
adutora de cada
Quadril,Glúteos membro
e paravertebral
lombar

Fonte:mundoboaforma.com

30 segun-
Relaxamento da 15 dos
musculatura da Todos segundos
Coluna Lombar núcleos em cada
perna

Fonte: osegredo.com

Relaxamento da 15 30
Musculatura segundos segundos
posterior de em cada
coxa membro

Fonte: pinterest.com

Relaxamento da 15
Cadeia muscular segundos
posterior para cada
membro
Fonte:pinterest.com

51
Relaxamento 10 segun-
Da Musculatura dos em 20 segun-
e Facia Plantar cada pé dos

Fonte:incrivel.clube

Fonte: pinterest.com

15 segun-
Relaxamento da 15 segun- dos
musculatura dos
paravertebral

Fonte: pinterest.com

Relaxamento de
Musculatura
extensora de
quadril
15 segun- 30
dos cada segundos
perna

Fonte: pinterest.com

7.5 Sugestões de Relaxamento Estático e Dinâmico

Duração: 15 min
Materiais utilizados: som, corda ou cordão, cronometro, bola, papel.

Alongamento sentado:

 Mobilizar pescoço: Lateralmente – 15 seg cada lado


 Mobilizar pescoço: Frente e trás – 15 seg cada extremidade

52
 Mobilizar pescoço: Rotação 360º - 10 repetições cada sentido

 Alongamento dos membros superiores: segura a corda com no máximo um palmo de


distância entre as mãos e realiza o movimento de elevação e relaxamento dos braços – 10
repetições.
 Alongamento dos membros superiores: segura a corda com no máximo um palmo de
distância entre as mãos e realiza o movimento de elevação e na decida tenta topar nos pés – 10
repetições.
 Alongamento dos membros superiores: segura a corda com no máximo um palmo de
distância entre as mãos e realiza o movimento de elevação e relaxamento dos braços, agora
com os braços para trás – 10 repetições.
 Alongamento dos membros superiores: segura a corda com no máximo um palmo de
distância entre as mãos e realiza o movimento de rotação do quadril – 10 repetições cada lado.
 Alongamento dos membros superiores: segura a corda com uns três palmos de distância
entre as mãos, levanta os braços e um braço puxa o outro – 15 seg segurando na esquerda, no
meio e na direita.
 Alongamento dos membros superiores: segura a corda com uns três palmos de distância
entre as mãos que estarão em direção aos ombros e realiza o movimento lateral– 10 seg
segurando na esquerda, no meio e na direita.

 Alongamento dos membros inferiores. Sentado: abraçar uma perna de cada vez, sendo
que a perna que não estará sendo abraçada ficará estendida – 15 seg cada perna.
 Alongamento Sentadoi os membros inferiores: abraçar as duas pernas -10 seg sentado,
depois deita – 10 seg.
 Alongamento dos membros inferiores. Deitado: com ajuda da corda o funcionário irá
puxar um pé de cada vez, sem dobrar os joelhos – 10 repetições cada perna.
 Alongamento dos membros inferiores Deitado: com ajuda da corda o funcionário agora irá
puxar os dois de vez, sem dobrar os joelhos – 5 repetições e segura 10 seg em cima.
 Os funcionários deitarão e esticarão o corpo, pernas e braços esticados – 30 seg de
relaxamento.
 Dinâmica: Terão alguns papéis ao lado de cada funcionário e eles irão escolher um
elogio, entregar para um colega de trabalho e falar porque deu aquele elogio para ele.

As pausas ativas serão realizadas à cada 1 hora de expediente, ou seja, se o funcionário


tem 6 horas corridas de trabalho, ele irá realizar 4 pausas ativas de 10 minutos, obedecendo o
fato de que a pausa não pode ser acumulativa e nem pode ser utilizada para outros fins, e sim
para realizar alongamentos e relaxamento das articulações, e assim compensar os efeitos
negativos que a atividade laborativa pode causar, auxiliando na melhora da saúde do
trabalhador, colaborando preventivamente para a diminuição de acidentes e aumentando os
níveis de motivação e satisfação no ambiente de trabalho.

53
7. 6 Ginástica Laboral Prática

Fonte: corporacao.com.br Fonte: pescarnavegantes.blogspot.com.br Fonte: globoplay.com.br

Fonte:unifesp.br

Fonte: dsc.ufcg.edu.br Fonte: metodista.br

54
7.7.1 Programa de Ginástica Laboral na Unidade G3, MF1 E MF2, Mauricéa Alimentos

Fonte: A própria autora

7.7.2 Programa de Ginástica Laboral na Unidade Fábrica de Rações, G2- Incubatório e Abatedouro,
Mauricéa Alimentos

Fonte: A própria autora

55
7.8 Protocolos de Exercícios

Fonte: POLLETO, 2002

56
Fonte : POLLETO, 2002

57
Fonte: POLLETO, 2002

58
Fonte: diadaeducacao.pr.gov.br

l.l..lç.l,.Alongamentos Básicos de cadeia Muscular Anterior e Posterior

Fonte: pinterest.com

Fonte: marfilinea.com.br

59
Referências

AVILA,V.S. de; JAENISCH, F.R.F.et al. Produção e manejo de frangos de corte. Concórdia:
EMBRAPA-CNPSA, 1992. 43p.(EMBRAPA-CNPSA. documentos, 28).
Disponível em:https://core.ac.uk/download/pdf/15441423.pdf. Acesso 06 de Abril de 2019.

AUGUSTO, V. G; SAMPAIO, R. F; TIRADO, M. G. A; MANCINI, M. C; PARREIRA, V. F. Um


olhar sobre as LER/DORT no contexto clínico do fisioterapeuta. Revista Brasileira de
Fisioterapia, v.12, n. 1, p. 8-12, 2008.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ERGONOMIA – ABERGO. Ergonomia. Disponível em:


http://www.abergo.org.br/internas.php?pg=o_que_e_ergonomia. Acesso em: 19 de dezembro de
2018.

BARBOSA, R.V.B.; JÓIA, L. C. Mexa-se: Ginástica Laboral! Abordagem Ergonômica:


Sedentarismo entre Funcionários da Faculdade São Francisco de Barreiras- BA.
Disponível em: http://revista.fmb.edu.br/index.php/fmb/article/download/104/100. Acesso em 16
de dezembro de 2018

BARRETO, S. J; NUNES. Ergomotricidade: uma Proposta para a Humanização do


Trabalhador. Blumenal: FURB, Dynamis –RevistaTecno-Científica. v. 7, n. 26, Jan/Mar, 1999. p.
67-71

BRASIL, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Manual de aplicação da Norma


Regulamentadora nº 17. – 2 ed. 101 p. : il. Inclui bibliografia. A Portaria nº 3.751, de
23.11.1990, estabelece os princípios da Ergonomia da NR – 17. 1. Ergonomia, Normas, Brasil.
2. Saúde ocupacional, Brasil. 3. Inspeção do trabalho, Brasil. I. Brasil. Ministério do Trabalho e
Emprego (MTE). II. Brasil. Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT). Brasília : MTE, SIT, 2002.
Disponível em: . http://www.ergonomia.ufpr.br/MANUAL_NR_17.pdf . Acesso 14 abril de 2019

BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações


Programáticas e Estratégicas. Lista de doenças relacionadas ao trabalho : Portaria n.º
1.339/GM, de 18 de novembro de 1999 / Ministério da Saúde, Departamento de Ações
Programáticas e Estratégicas. – 2. ed. – Brasília: do da Editora Ministério Saúde, 2008. 140 p. –
(Série F. Comunicação e Educação em Saúde) 1. 2. Transtornos traumáticos cumulativos.
I.Título. II. Série. Disponível em
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/doencas_relacionadas_trabalho_2ed_p1.pdf.
Acesso 13 de maio de 2019.

CAÑETE, Ingrid. Humanização – Desafio da Empresa Moderna – a ginástica laboral como


um caminho. Porto Alegre: Artes e Ofícios Editora, 1996.

CAÑETE.Ingrid. Humanizacão Desafio da Empresa Moderna. Ed. Foco,1998.

CARVALHO C. da C. S. et al. SAÚDE E SEGURANÇA DE TRABALHADORES EM GALPÕES


DE MATRIZES DE FRANGOS DE CORTE. Pesquisas Agrárias e Ambientais. Nativa, Sinop,
v. 6, n. 4, p. 380-388, jul./ago. 2018. Disponível em:
https://www.researchgate.net/publication/327361637. Acesso em 17 de Abril de 2019.

CARLSON, R. Não Faça Tempestade em Copo D’água no Trabalho. Tradução de Pedro


Ribeiro. 4.ed. Rio de Janeiro: Rocco, 1999

60
CELAFISCS-Centro Coordenador do Ipaq no Brasil: informações análise, classificação e
comparação de resultados no Brasil. Manual para Avaliação da Atividade Física . Disponível
em: https://www.celafiscs.org.br/index.php/artigos-cientificos. Acesso 15 de dezembro de 2018

COUTO, H. de A, NICOLETTI, S. J. ; LECH. Como gerenciar as questões da LER/DORT:


lesões por esforços repetitivos, distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho.
Belo Horizonte: ERGO Editora,1998

DELIBERATO P. C. P. Fisioterapia Preventiva: Fundamentos e Aplicações. Editora: Manole,


edição 1º ano 2002.

DEFANI, Junior Clacindo; XAVIER, Antônio Augusto. Manutenção do programa de ginástica


laboral: estudo de caso em um abatedouro e Frigorífico de carnes. Disponível em:.
https://cientifica.facem.com.br/index.php/revista/article/download/20/20/ Acesso em: 15 de
Dezembro de 2018.

EVANGELISTA, Luis W.BORGES, José A. Análise postural do setor de embalagens


secundárias e expedição de um frigorífico típico da indústria suinícola do brasil. IFMG –
Campus Bambuí. Revista Brasileira de Ergonomia. Disponível em
file:///C:/Users/USUARIO/Desktop/analisepostural.pdf .Acesso em 07 de Abril de 2009

FERREIRA, L. ; MAULER, F. et al. Manual Sobre Ergonomia.Universsidade Saudável. DGRH


/ SESMT da UNICAMP UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, São Paulo, 2001
Disponível em : http://www.dgrh.unicamp.br/documentos/manuais/man_dsso_ergonomia.pdf
Acesso em 24 de fevereiro 2019.

HORAK, F.; MACPHERSON, J. Postural orientation and equilibrium. In: Handbook of


Physiology. New York: Oxford, 1996. p. 255-269.

IPAQ. Classificação do Nível de Atividade Física. Disponível em :


https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4223655/mod_resource/content/0/Classificacaoo-
NivelAF-IPAQ2007.pdf Acesso 17 de dezembro de 2018
IIDA, I. Ergonomia: projeto e produção. 3ª Ed. São Paulo: Edgard Blücher, 2016. 850 p

LESME, P.Alberto et al. Análise metodológica sobre a importância da ergonomia e da


ginástica laboral e as influências na qualidade de vida do trabalhador rural. Anais
Eletrônico VII EPCC – Encontro Internacional de Produção Científica Cesumar . CESUMAR –
Centro Universitário de Maringá Editora CESUMAR Maringá, Paraná, Brasil. Disponível em:
http://www.cesumar.br/prppge/pesquisa/epcc2011/anais/pedro_alberto_vilamaior_lesme.pdf .
Acesso em: 12 de dezembro de 2018

LIBSS. Guia Prático de Postura: Comissão de Estudo da Coluna Vertebral. 1. ed. Sociedade
Brasileira de Reumatologia, 19__. 16p.

LIPP, M. E. N. et al. Relaxamento para Todos-Controle seu Stress. 3. ed. Ed. Papirus, 2000.

LIGEIRO, J. Ferramentas de avaliação ergonômica em atividades multifuncionais: a


contribuição da ergonomia para o design de ambientes de trabalho. Dissertação
apresentada ao Programa de Pós Graduação em Design da Universidade Estadual Paulista
Julio de Mesquita Filho, linha de pesquisa em Ergonomia, como requisito para obtenção do título
de Mestre em Design,2010. Disponível em: https://www.faac.unesp.br/Home/Pos-
61
Graduacao/MestradoeDoutorado/Design/Dissertacoes/joellen-ligeiro.pdf. Acesso em 19 de Abril
de 2019

MANUAL WinOWAS: A computerized system for the analysis of work postures. Disponível
em: http://topergonomia.com.br/produto/ergolandia/. Acesso em abril de 2019

MONTICUCO, D., KOPELOWICZ, M. Levantamento e Transporte Manual de Pesos. São


Paulo:Fundacentro Fundação Jorge Duprat de Figueiredo de Segurança e Medicina do
Trabalho, 1991. 22p.

MONTEIRO, L. A. S.; GONÇALVES, W. J. Aspectos metodológicos para identificar


qualidade de vida no trabalho e na dignidade humana no setor do agronegócio brasileiro.
48º Congresso SOBER – Sociedade Brasileira de economia, administração e sociologia rural.
Campo Grande, MS, Brasil, 2010

MARTINS, M. C. Prevenção de Lesões por Esforços Repetitivos: A Norma


Regulamentadora 17 de Ergonomia. Trabalho apresentado no I Seminário Interinstitucional.
Belo Horizonte, 26 a 29 de junho de 1995.

MONTEIRO, L. A. S.; GONÇALVES, W. J. Aspectos metodológicos para identificar


qualidade de vida no trabalho e na dignidade humana no setor do agronegócio brasileiro.
48º Congresso SOBER – Sociedade Brasileira de economia, administração e sociologia rural.
Campo Grande, MS, Brasil, 2010.

NR-17 ERGONOMIA. Coordenadoria de Gestão Normativa e Jurisprudencial. Disponível


em: http://www.trt02.gov.br/geral/tribunal2/LEGIS/CLT/NRs/NR_17.html acesso em 24 de
fevereiro de 2019.

NEVES, L. R. Trajetória de mulheres portadoras das lesões por esforços repetitivos.


Dissertação de Mestrado em Saúde Coletiva. UNICAMP , Campinas, São Paulo, 2003.
Disponível em:
http://repositorio.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/308424/1/Neves_IlidioRoda_M.pdf. Acesso em
07 de Abril de 2019.

OLIVEIRA, R. G. J et al . Avaliação do programa de ginástica laboral em um frigorífico de


peixe de Sorriso – MT. Científica- FACEM. Disponível em
http://www.cientifica.facem.com.br/index.php/revista/article/download/20/20/ Acesso 16 de
dezembro 2018.

POLETTO, S.S Avaliação e Implantação dos programas de Ginástica Laboral, implicações


metodológicas. Dissertação para obtenção do Título de Mestre em Engenharia de Produção.
Porto Alegre , 2002. Disponível em
http://www.producao.ufrgs.br/arquivos/publicacoes/Sandra%20Salete%20Poletto.pdf. Acesso em
fevereiro de 2019.

SMITH, L. K; WEISS, E. L; LEHMKUHL, L. D. Cinesiologia Clínica São Paulo: Brunnstrom. 5ª


edição, 1995.

ZANKOSKI, S. M, SIGNORELLI, M. C. Ginástica laboral e a promoção da saúde docente.


Os desafios da escola pública paranaense na perspectiva do professor pde.Artigos. Versão
On-line ISBN 978-85-8015-076-6.Cadernos PDE, Secretaria de Educação do Paraná,
2013.Disponível em:

62
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2013/2013
_ufpr_edfis_artigo_sonia_maria_zankoski.pdf Acesso em 16 de Abril de 2019.

63
TERMO DE RECEBIMENTO DA CARTILHA

Aos ____ do mês de ______________ do ano de 20___, acuso o recebimento de um exemplar


da Cartilha de Orientações Ergonômicas e Ginástica Laboral, documento interno da Mauricéa
Alimentos, Luís Eduardo Magalhães, Bahia, comprometendo-me a observar e colocar em prática
as recomendações nela contidas.

___________________________
Assinatura do Servidor

Nome:
Nº Funcional:
Unidade de Lotação:

1ª Edição de Maio de 2019.

64

Você também pode gostar