Ambev
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EBITDA, margem bruta e margem EBITDA: no 4T20, o EBITDA alcançou R$ 8.937,2 milhões, uma queda
orgânica de 0,1% com margem bruta de 55,8% (-280 pontos-base) e margem EBITDA de 48,2% (-500 pontos-
base). Nosso resultado nominal de EBITDA inclui benefícios de créditos tributários no Brasil reconhecidos no 4T20
(página 2). No acumulado do ano, o EBITDA foi de R$ 21.591,5 milhões (-11,1%) com margem bruta e margem
EBITDA de 53,6% (-480 pontos-base) e 37,0% (-590 pontos-base), respectivamente.
Lucro líquido ajustado e LPA: o lucro líquido ajustado foi de R$ 7.008,0 milhões no 4T20, 51,2% maior do que
no 4T19, devido ao maior EBITDA e aos créditos tributários no Brasil. O lucro por ação ajustado no trimestre foi de
R$ 0,44 (52,9%). No acumulado do ano, o lucro líquido ajustado diminuiu 3,6%, atingindo R$ 12.104,3 milhões,
com lucro por ação ajustado de R$ 0,75 (-3,3%).
1
Os impactos nos números reportados e nos crescimentos orgânicos resultantes da aplicação da norma de Contabilidade e Evidenciação em
Economia Altamente Inflacionária (IAS 29/CPC 42) estão detalhados na seção “Norma de Contabilidade e Evidenciação em Economia
Altamente Inflacionária - Argentina” (página 26).
Impacto dos créditos tributários: nossos resultados do 4T20 foram positivamente impactados por R$ 4,3 bilhões
de créditos tributários de litígios no Brasil referentes à inconstitucionalidade da inclusão do ICMS estadual na base
de cálculo do PIS e da COFINS. Para obter mais detalhes, consulte a sessão abaixo.
Fluxo de caixa operacional e CAPEX: o fluxo de caixa das atividades operacionais no 4T20 foi de R$ 8.393,6
milhões (-12,9%) e os investimentos em CAPEX alcançaram R$ 1.394,4 milhões (-30,4%). No acumulado do ano,
o fluxo de caixa das atividades operacionais totalizou R$ 18.855,8 milhões (+2,6%), enquanto o CAPEX diminuiu
7,4% para R$ 4.692,7 milhões.
Nota: O cálculo do lucro por ação é baseado em ações em circulação (total de ações existentes excluindo ações em tesouraria).
CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS
Nossos resultados do 4T20 foram impactados positivamente por R$ 4,3 bilhões de créditos tributários
extemporâneos decorrentes da decisão do Supremo Tribunal Federal de 2017 pela inconstitucionalidade da
inclusão do ICMS na base de cálculo do PIS e da COFINS.
Conforme divulgado nas notas das Demonstrações Financeiras, em dezembro de 2020, com a assessoria de
consultores externos, concluímos a estimativa com confiabilidade suficiente dos valores aos quais temos direito.
Desta forma, a Companhia registrou um crédito tributário no valor R$ 2,5 bilhões em Outras receitas operacionais,
conforme descrito em nossas Demonstrações Financeiras na Nota Explicativa 22 - Outras Receitas (Despesas)
Operacionais, e R$1,8 bilhão em Receitas financeiras, conforme descrito na Nota Explicativa 25 - Despesas e
Receitas Financeiras.
Dado que os valores dos créditos extemporâneos de tributos são expressivamente superiores aos que
reconhecemos de mesma natureza em períodos anteriores, e para garantir maior transparência do desempenho
de nosso negócio, decidimos que era apropriado o seguinte: (i) realizar a mudança da política contábil para
contabilização de créditos e pagamentos extemporâneos de impostos na rubrica de Outras receitas/(despesas)
operacionais, não mais seguindo a conta contábil de origem; e (ii) desconsiderar valores dessa natureza para fins
de cálculo de nosso desempenho orgânico do EBITDA ajustado.
É importante ressaltar que tais ajustes não alteram o resultado do exercício. Para obter mais detalhes, consulte a
página 16.
COMENTÁRIOS DA ADMINISTRAÇÃO
No quarto trimestre, a Ambev conseguiu manter o momentum com uma recuperação consistente da receita
impulsionada pela estratégia comercial da Companhia, à medida em que inovação, flexibilidade e excelência
operacional continuaram a entregar fortes resultados.
A maioria dos países apresentou recuperação sustentada de volume desde o segundo trimestre, à medida que as
restrições impostas para o controle da pandemia da COVID-19 começaram a ser gradualmente flexibilizadas nos
mercados onde atuamos, com sete dos nossos dez principais mercados apresentando crescimento de volume no
ano.
Nos gráficos abaixo, separamos os países em que atuamos de acordo com o peso do canal off-trade em cada
mercado de cerveja e o índice2 de gastos com consumo per capita das famílias para ilustrar o status da dinâmica
dos canais em nossos principais mercados. Também classificamos os países com base no desempenho dos
volumes de cerveja no quarto trimestre e no acumulado do ano:
12M19 4T20 Performance volume cerveja
Consumo familiar per Capita (Índice) Consumo familiar per Capita (Índice)
0 20 40 60 80 100 0 20 40 60 80 100
4T20 12M20
0% 0%
CHL CHL
Peso do off-trade
GUA GUA
40% BOL 40% 10%
ARG BRA
Em uma visão consolidada, nossos volumes apresentaram crescimento orgânico de 7,6% no trimestre e 1,4% no
acumulado do ano, impulsionados pelo forte desempenho de Cerveja Brasil e pela recuperação consistente da
LAS. No trimestre:
• Em Cerveja Brasil, de acordo com as nossas estimativas, superamos o desempenho da indústria mais
uma vez. O desempenho do volume no trimestre foi impulsionado por resultados da consistente
implementação da nossa estratégia comercial: nossa capacidade de adaptação às mudanças no
mercado, excelência operacional, resiliência de nossas marcas core, inovações bem sucedidas e
crescimento do nosso portfólio premium.
• Em NAB Brasil, os volumes cresceram no trimestre à medida em que as ocasiões de consumo foram
gradativamente retomadas.
• Na LAS, os volumes positivos foram impulsionados pelo forte desempenho de Paraguai, Chile e
Argentina, com o último impactado pelos controles de preços na região. Na Bolívia, embora o ano
tenha se mostrado desafiador, vimos uma melhora sequencial impulsionada por uma suspensão
gradual das restrições de mobilidade impostas pelos governos locais.
2
O índice de consumo per capita das famílias de cada país está indexado ao valor do consumo per capita das famílias dos Estados Unidos,
que foi definido como 100.
• Na CAC, os volumes continuaram a ser os mais impactados pelas restrições relacionadas à COVID-
19, especialmente no Panamá, que teve seu ritmo de recuperação desacelerado. A República
Dominicana voltou a crescer volumes no trimestre, liderado pela performance de cerveja, e a
Guatemala manteve um forte desempenho de volume devido aos ganhos de participação de mercado.
• No Canadá, superamos o desempenho da indústria de cerveja ganhando participação de mercado.
Entretanto, nossos volumes negativos no trimestre são explicados pela retração da indústria, devido
ao aumento das restrições impostas pelos governos locais em resposta ao aumento do número de
casos da COVID-19 no país, e pelo clima frio que impactou as ocasiões de consumo.
O impacto contínuo da pandemia da COVID-19 em nossos resultados futuros permanece incerto, uma vez que o
cenário continua fluido. Estamos confiantes de que estamos tomando as decisões certas no mercado e de que
temos a estratégia correta para enfrentar os desafios que teremos à frente.
As restrições continuaram a ser gradualmente flexibilizadas na maioria dos países onde atuamos. Todas as nossas
cervejarias e centros de distribuição estavam em operação ao final do trimestre. Produzimos e comercializamos
nossos produtos de acordo com as regulamentações impostas por cada um dos governos locais.
• No Brasil, ao longo do trimestre, a flexibilização gradual das restrições em todo o país continuou com
a reabertura gradual do comércio em relação ao 3T20.
• Na LAS, os países continuaram com a reabertura gradual, no entanto, a Bolívia continuou a ser o país
mais impactado pelas restrições à circulação de pessoas impostas pelo governo local.
• NA CAC, a República Dominicana impôs um toque de recolher entre 19h e 5h da manhã durante a
maior parte do trimestre. No Panamá, alguns municípios mantiveram a proibição à venda de bebidas
alcoólicas e também implementaram um toque de recolher entre 19h e 5h durante todo o trimestre.
• No Canadá, à medida em que o trimestre avançava e o número de casos da COVID-19 atingiu o pico,
as restrições foram reforçadas, impactando principalmente a região central do país, com as províncias
de Ontário e Quebec sendo mais afetadas pelo fechamento do canal on-trade.
O ano de 2020 foi marcado pelos grandes desafios gerados pela pandemia da COVID-19. No entanto, a pandemia
serviu como um momento de redefinição que nos permitiu reformular nosso propósito e repactuar com nosso
ecossistema, nos reconectando com nossos consumidores e ajudando nossa comunidade. Por meio de ações
tangíveis, temos trabalhado para contribuir com nosso ecossistema para impactar positivamente a sociedade, ao
mesmo tempo em que notamos a mudança de percepção dos consumidores em relação à nossa companhia:
• Na LAS, a Quilmes - nossa subsidiária na Argentina – foi reconhecida pela opinião e líderes públicos
como a empresa que está realizando os maiores esforços em ações de solidariedade nas áreas em
que nossa produção está localizada. No país, doamos 150 mil higienizantes para as mãos, 700 leitos
hospitalares, equipamentos de proteção e kits de alimentação, água e higiene para os bairros mais
vulneráveis.
Como reconhecimento ao papel que desempenhamos desde o início da pandemia da COVID-19, a Ambev teve o
orgulho em receber o Prêmio de Solidariedade das Nações Unidas, que reconhece o trabalho impactante que
indivíduos e organizações vêm realizando para apoiar as comunidades em meio à pandemia.
A inovação e a transformação do nosso negócio são pilares e elementos centrais da nossa estratégia comercial.
A pandemia da COVID-19 desempenhou um papel relevante acelerando tendências de consumo nas quais já
vínhamos investindo, reforçando a necessidade de um mindset inovador e focado no consumidor. Mantemos nossa
estrutura com cinco drivers de crescimento envolvendo inovação e soluções digitais integradas que impulsionam
a resolução de problemas de nossos clientes e consumidores:
• Em Cerveja Brasil, a Brahma Duplo Malte foi o destaque do ano, assumindo a liderança e
impulsionando o crescimento do segmento core plus. Ela foi produto da escuta ativa das demandas
dos consumidores. Expandimos nosso portfólio com três marcas core plus internacionais em
localidades selecionadas e esperamos lançá-las nacionalmente em breve. Em dezembro, no estado
de Goiás, lançamos a Esmera, nossa quinta marca regional produzida com mandioca cultivada pelas
comunidades locais, para continuar capturando oportunidades inteligentes de acessibilidade.
• Na LAS, o trimestre foi marcado pela aceleração das propostas de acessibilidade. Na Bolívia,
continuamos a expandir a Chicha Taquiña, produzida com grãos locais, e expandimos as garrafas
retornáveis de 235ml. No Paraguai, as garrafas de vidro retornáveis de 1 litro mantiveram desempenho
positivo, sustentando o crescimento dos volumes no país. Na Argentina, focamos na expansão das
latas de 269ml, uma embalagem menor para o portfólio. Além disso, lançamos na Argentina a Andes
Origen Honey para diversificar o portfólio da nossa marca que mais cresce no segmento core plus, e
Patagonia Solcitra, que atingiu o maior volume da história das edições limitadas da Patagonia.
• No CAC, a Presidente Golden Light continuou sendo nossa aposta para a recuperação de volume na
República Dominicana.
Com intuito de aumentar a conveniência para nossos consumidores, estamos explorando soluções para entregar
bebidas geladas a preços acessíveis diretamente aos consumidores. Nossa intenção é solucionar as dores
identificadas na jornada de compra do consumidor: (i) disponibilidade fora dos horários comerciais, (ii) serviço
rápido e prático que economiza tempo dos consumidores, (iii) preços acessíveis, e (iv) bebidas geladas prontas
para serem consumidas.
• No Brasil, nossa plataforma de entrega direta ao consumidor (D2C), Zé Delivery, continuou crescendo
exponencialmente no trimestre, estando presente em mais de 200 cidades em todos os 27 estados
brasileiros e atingindo quase 50% da população total do país. O Zé entregou mais de 27 milhões de
pedidos em 2020.
Nosso marketplace B2B, BEES, centraliza diferentes soluções em uma única plataforma 24/7 (24 horas por dia, 7
dias por semana). Através dessa plataforma, criamos um ponto de contato constante e personalizado com nossos
clientes, melhorando nosso nível de serviço por: (i) fornecer de sugestões de portfólio com base no perfil dos
clientes e relevância do produto, (ii) melhorias no rastreamento de pedidos e de um suporte em tempo real através
do aplicativo, (iii) permitir que nossos representantes de negócio se concentrem em ajudar clientes a melhorar seu
desempenho de vendas (sell out) e, (iv) do aumento do tempo total de interação com nossos clientes, colaborando
diretamente com nossa estratégia de inovação e maior complexidade de portfólio.
Saúde e bem-estar
• Em Cerveja Brasil, lançamos a Michelob Ultra para complementar nosso portfólio premium e oferecer
uma proposta aos consumidores que até então era inexplorada no mercado brasileiro.
• Em NAB Brasil, continuamos expandindo a linha de shots funcionais For Me e o Natu, nossa versão
do Guaraná feita com ingredientes 100% naturais.
• Na CAC, a Michelob Ultra continuou ganhando participação de mercado e, no Canadá, foi a marca de
cerveja que mais cresceu pelo segundo ano consecutivo.
Bebidas do futuro
• No Brasil, a Beats lançou, em parceria com Anitta, quatro novas variantes inspiradas nos elementos
do Zodíaco com 12 edições colecionáveis. O lançamento foi realizado em novembro e contribuiu para
o crescimento acima de 50% da marca Beats em 2020. Também lançamos a Isla 269ml, uma bebida
mista de gin pronta para consumo e disponível em dois sabores diferentes.
• Na LAS, na Argentina, a Dante Robino cresceu consistentemente à frente do nosso plano de negócio
com o volume de vendas no ano dobrando em relação ao ano passado, continuando a explorar novas
oportunidades dentro do segmento de vinho.
• No Canadá, nosso parceiro Goodridge & Williams (G&W), que produz nossas bebidas alcóolicas
prontas para consumo mais vendidas, incluindo a Nutrl, continuou seu rápido crescimento,
contribuindo para a expansão da categoria.
Destaques comerciais
Premium
No quarto trimestre, nossas marcas premium cresceram acima da indústria na maioria dos nossos mercados:
• No Brasil, o volume das nossas marcas globais cresceu dois dígitos, impulsionado por Stella Artois e
Corona. A introdução da lata da Original no off-trade foi fundamental para o desempenho da marca.
Outras marcas domésticas, tais como Serramalte e Chopp Brahma, predominantemente
comercializadas no on-trade, mantiveram uma recuperação gradual, embora afetadas pelas restrições
adotadas para controle da pandemia que permaneceram em vigor. No acumulado do ano, nosso
portfólio premium apresentou crescimento superior ao da indústria de cerveja. Continuamos
construindo nossas marcas, com nossas marcas fortalecidas em relação a 2019.
• Na LAS, na Argentina, a Corona cresceu dois dígitos novamente, contribuindo para o crescimento e
mix do nosso portfólio premium.
• Na CAC, o segmento premium cresceu dois dígitos, contribuindo positivamente para todo o mix do
portfólio. A Corona cresceu dois dígitos na Guatemala e na República Dominicana, enquanto em Porto
Rico, o destaque foi a Michelob Ultra, que cresceu dois dígitos e ganhou participação de mercado. No
acumulado do ano, o segmento premium cresceu um dígito médio.
• No Canadá, nossa estratégia de expansão do premium entregou novamente um trimestre de sólido
crescimento, impulsionado principalmente pela Corona crescendo dois dígitos e mantendo a posição
de marca de cerveja mais forte do país.
O segmento core plus continua a emergir como uma oportunidade de crescimento relevante:
• No Brasil, a Brahma Duplo Malte continua liderando o crescimento do segmento core plus. A Bohemia
cresceu dois dígitos no trimestre, mantendo seu forte momentum. O trimestre também foi marcado
pela resiliência das marcas core, com a família Skol crescendo no trimestre e também no acumulado
do ano.
• Na LAS, na Argentina, a Budweiser mostrou uma forte recuperação crescendo dois dígitos apoiada
por uma campanha com Lionel Messi. A Andes Origen superou a indústria por mais um trimestre,
crescendo dois dígitos. A Quilmes lançou a Quilmes 130, garrafas de edição especial com preços
promocionais para comemorar seus 130 anos e agradecer aos consumidores por confiarem na marca
ao longo de sua história. No Chile, a Cusqueña e a Budweiser continuam apresentando resultados
expressivos, crescendo dois dígitos altos e contribuindo com o mix acima do core. No Paraguai,
lançamos a Skol para desenvolver o segmento core plus no país.
• No Canadá, nosso portfólio core plus novamente cresceu acima da indústria, com a Michelob Ultra
crescendo dois dígitos altos. Continuamos a ganhar participação de mercado com nossas principais
marcas Budweiser, Bud Light e Busch crescendo dentro do segmento core.
SUSTENTABILIDADE
Desde a criação da Ambev, a sustentabilidade está inserida em nossa estratégia de negócio. Nas últimas décadas,
estabelecemos metas ambiciosas de sustentabilidade, que foram 100% alcançadas.
Ao longo de 2020, mantivemos nosso importante compromisso com nossas metas de sustentabilidade para 2025,
voltadas para o acesso à água, clima e energia, embalagens retornáveis, agricultura sustentável e
empreendedorismo, mantendo também nossa dedicação em promover o consumo responsável de nossos
produtos.
Abaixo, o acompanhamento de indicadores dos nossos objetivos de sustentabilidade em dezembro de 2020:
Meta Status
BRASIL LAS CAC CANADA AMBEV
2025 2020
GESTÃO
ÁGUA
Energia sustentável
65,0% 66,7% 0,0% 42,3% 38,8% 100,0% Melhor
(% da energia elétrica total contratada)
CLIMÁTICA
Alumínio
75,0% 75,0% 47,1% 71,0% 73,8% ≥ 50,1% Melhor
(% de alumínio reciclado utilizado na lata)
Plástico (PET)
45,0% 5,7% 1,2% 0,0% 32,7% ≥ 50,1% Melhor
(% de PET reciclado utilizado na embalagem plástica)
Água
• No Brasil, o Projeto Bacias e Florestas completou 10 anos. Desde seu lançamento, mais de 1,8 milhão de
árvores já foram plantadas e mais de 10 mil hectares de vegetação foram recuperadas. O projeto conta
com a parceria da WWF e da The Nature Conservancy Brazil (TNC). Esse projeto resulta não somente na
preservação das bacias hidrográficas, mas também na sua recuperação, impactando positivamente a
sociedade através do envolvimento dos agricultores e comunidades locais com as práticas de
conservação.
• Em termos de consumo de água, reduzimos nossa utilização em 54% nos últimos 20 anos no Brasil,
chegando a 2,43 litros de água para cada litro de cerveja produzida.
3
Plano de 7 etapas consiste em: (1) engajamento; (2) identificação do problema/priorização; (3) soluções acordadas; (4) implementação do
plano; (5) governança; (6) comunicação; (7) monitoramento.
4
O produtor deve ter (i) acesso às variedades de culturas aprovadas pela Ambev para produção, (ii) receber e seguir protocolo técnico para
produção, (iii) receber pelo menos duas visitas técnicas durante o ciclo
5
O produtor deve estar registrado na plataforma SmartBarley ou em outra plataforma semelhante (por exemplo, Maneje Bem etc.)
6
O produtor tem acesso às ferramentas para reduzir os riscos de produção (por exemplo, seguro agrícola, financiamento específico etc.)
Embalagem Circular
Nossa meta de embalagem circular para 2025 é alcançar 100% dos nossos produtos em embalagens retornáveis
ou feitas majoritariamente com materiais reciclados.
• Em 2020, no Brasil, evoluímos de 45,9% para 47,7% em termos de conteúdo reciclado nas garrafas de
vidro, de 37% para 45% nas garrafas PET e mantivemos o índice elevado de 75% nas latas. Estamos
confiantes de que atingiremos nossa meta de conteúdo reciclado muito antes de 2025.
• Especificamente para o Guaraná, em junho de 2011, anunciamos nossa primeira garrafa PET feita com
conteúdo 100% reciclado e, para comemorar o centenário do Guaraná, em 2021, iremos produzir todas as
garrafas PET de Guaraná com conteúdo 100% reciclado.
• Reconhecendo que um dos nossos maiores desafios ambientais são os resíduos plásticos, em janeiro de
2020, definimos o compromisso de acabar com a poluição plástica das nossas embalagens até 2025. Ao
final de 2020, já havíamos reduzido 35% do plástico utilizado em nossas embalagens.
Clima e energia
• Cervejarias: desde 2003, quando iniciamos a jornada de mudança da matriz energética para diminuir a
emissão de gases agravantes do efeito estufa, já reduzimos em mais de 60% a emissão de carbono em
nossas cervejarias no Brasil. Esse resultado deve-se à implementação das seguintes melhorias: (i) uso de
biomassa e óleo vegetal para gerar calor; (ii) uso de microturbinas de biogás para cogeração de energia
em nossas operações; (iii) uso de BTS para recuperação de biogás para geração de calor e eletricidade;
e (iv) uso de plantas de extração de CO2 para recuperar CO2 de gás combustível das caldeiras. No Brasil,
já contratamos a construção de parques solares e eólicos para que adicionem capacidade no grid para
alimentar as nossas cervejarias. A partir de 2023, teremos mais de 90% de nossas operações abastecidas
por energia renovável. No Chile e na Argentina, 100% das nossas cervejarias já operam com energia
renovável. Até o fim de 2021, todas as cervejarias da República Dominicana e do Panamá serão
abastecidas por energia solar.
• Centros de distribuição: por meio de parcerias fechadas recentemente, esperamos ter 100% de nossos
centros de distribuição abastecidos por energia solar até junho de 2021 no Brasil. Ademais, na República
Dominicana e no Panamá, os principais centros de distribuição terão seus próprios painéis solares para
operar 100% com energia renovável. Essas migrações para energia solar fecharão, somada à migração
de nossa frota para veículos elétricos, fecharão o ciclo, uma vez que os veículos serão recarregados com
energia renovável nos nossos centros de distribuição.
• Clientes: em parceria com as startups Lemon Energia e Stella GD, a Ambev está fornecendo aos PDVs
acesso à créditos de energia solar que ajudam a reduzir suas faturas de energia, normalmente a maior
das despesas desses pequenos negócios, enquanto também reduzem as suas respectivas pegadas de
carbono. Até o final de 2020, mais de 500 PDVs já estavam utilizando as soluções fornecidas e nossos
planos buscam continuar ampliando o alcance da iniciativa em todo o Brasil.
• Veículos elétricos: anunciamos a aquisição de mais 1.000 veículos elétricos da FNM, uma das startups
que aceleramos, os quais serão entregues até 2023 e que evitarão a emissão de mais de 128 mil toneladas
de carbono anualmente. Até 2023, junto aos 1.600 caminhões elétricos adquiridos da Volkswagen, a
Ambev terá metade de sua frota dedicada composta por veículos elétricos no Brasil. No Panamá, fechamos
parceria com a Truckslogic para a produção da primeira van elétrica do país. Na República Dominicana,
também adquirimos uma van elétrica que operará em Santo Domingo.
Em janeiro de 2021, fomos selecionados para compor a carteira do Índice Carbono Eficiente (ICO2 B3) de 2021.
A carteira anunciada no dia 4 de janeiro de 2021 é composta por 62 ações, de 58 companhias, e terá vigência
entre 4 de janeiro e 30 de abril de 2021, sendo rebalanceada a cada quatro meses, seguindo as atualizações do
IBrX 100.
Empreendedorismo
Nossa plataforma de empreendedorismo consiste em quatro pilares principais: (i) relacionamento e parcerias (ii)
inclusão e expansão, (iii) inovação e (iv) desenvolvimento, todos suportados por governança e tecnologia,
• Relacionamento e parcerias: em 2020, em parceria com o Pacto Global da ONU, a Ambev promoveu o
"Conectando por um Mundo Melhor", um evento com 23 fornecedores que inscreveram mais de 40
iniciativas voltadas à sustentabilidade com o objetivo de compartilhar as melhores práticas para criar valor
à nossa cadeia de suprimentos, ao mesmo tempo em que conecta o ecossistema. Além disso, em parceria
com o SEBRAE e a Fundação Falconi, a Ambev promoveu o webinar Connecting Partners, transmitido no
YouTube, onde executivos discutiram temas relacionados à gestão empresarial durante a crise causada
pela pandemia da COVID-19.
• Inclusão e expansão: desde a criação da nossa plataforma, temos a iniciativa “Compre Local”, que já
adicionou mais de 1.900 novos parceiros integrados à nossa rede, além de prover o desenvolvimento das
comunidades locais do nosso entorno. Ainda, em setembro de 2020, anunciamos nosso compromisso de
aumentar o número de fornecedores liderados por negros para 200. Para isso, estabelecemos parcerias
para nos ajudar a nos conectar com fornecedores que atendam a esses critérios, com objetivos que vão
além das nossas parcerias comerciais, mas também os inserir ao ecossistema de nossos fornecedores.
• Inovação: selecionamos 18 novas startups para serem aceleradas em nosso programa Aceleradora 100+
Classe de 2020, incluindo startups da Argentina e do Uruguai. No Chile, lançamos uma classe da
Aceleradora 100+ em parceria com o SociaLab. Depois de 2 anos do lançamento da primeira classe,
estamos fazendo negócios e escalando 23 do total de 39 startups aceleradas pelo nosso programa.
PERSPECTIVAS 2021
Nossa estratégia para 2021 continuará a ser construída em torno de inovação, tecnologia, e colaboração com
nosso ecossistema. Dado que os desafios trazidos pela pandemia da COVID-19 continuam a ser uma realidade,
acreditamos que nossa excelência operacional e disciplina financeira farão mais uma vez a diferença à medida em
que trabalhamos para uma recuperação consistente do desempenho da receita e do resultado. Assim como em
2020, esperamos que nossa receita se recupere de forma mais rápida que nosso resultado.
Em 2021, enfrentaremos impactos significativos de câmbio, assim como de commodities, que irão pressionar nossa
margem EBITDA. Nossa taxa média de hedge BRL/USD para 2021 é de 5,29 (+31,9%). Como resultado,
esperamos que nosso CPV excluindo depreciação e amortização por hectolitro aumente entre 20% e 23% em
Cerveja Brasil.
Por outro lado, iniciamos o ano com o forte momentum em termos de receita, liderado por um crescimento maior
que 10% no volume de Cerveja Brasil, mesmo sem as habituais festividades de carnaval. O crescimento do volume,
juntamente com o melhor desempenho da ROL/hl, graças à implementação de nossa estratégia comercial e melhor
mix, serão dois dos principais drivers para compensarmos parcialmente as pressões sobre o custo.
Em relação à nossa operação na LAS, nosso foco será voltado às iniciativas de acessibilidade inteligente e no
desenvolvimento de nossas plataformas de tecnologia para melhor servir nossos clientes e consumidores. Na
CAC, continuamos vendo oportunidades para impulsionar o consumo per capita por meio da inovação, assim como
o crescimento de nossas principais marcas core plus e premium nesses mercados. Por fim, no Canadá, queremos
manter o forte momentum comercial de nossas principais marcas core plus e premium, ao mesmo tempo em que
continuamos aproveitando diferentes ocasiões de consumo com nosso portfólio de bebidas do futuro com base em
nossa estratégia de expansão da categoria.
As perspectivas para o ano de 2021 refletem nossa avaliação atual da escala e magnitude da pandemia da COVID-
19, e está sujeita a alterações à medida em que continuamos a monitorar os desenvolvimentos em andamento.
EBITDA ajustado 6.924,7 2.106,0 312,9 (20,4) (3,8) 8.937,2 29,1% -0,1%
40
30
20
10
0
4T17 4T18 4T19 4T20
250
120 105,2
100
200
80
150
60
100 40
50 20
0 0
4Q17 4Q18 4Q19 4Q20 4Q17 4Q18 4Q19 4Q20
AMBEV CONSOLIDADO 8
Ambev 4T19 Conversão IAS 29 Crescimento % %
R$ milhões 4T19 Escopo 2019 Escopado Escopo 2020 de Moeda Impacto de 9M Orgânico 4T20 Reportado Orgânico
Volume ('000 hl) 47.295,7 - 47.295,7 31,6 - - 3.614,7 50.942,0 7,7% 7,6%
Receita líquida 15.474,7 - 15.474,7 36,3 999,1 (3,5) 2.049,9 18.556,6 19,9% 13,4%
ROL/hl (R$) 327,2 - 327,2 0,5 19,6 (0,4) 17,4 364,3 11,3% 5,3%
CPV (6.379,4) - (6.379,4) (21,3) (441,4) (15,6) (1.340,3) (8.197,9) 28,5% 21,1%
CPV/hl (R$) (134,9) - (134,9) (0,4) (8,7) (0,1) (16,9) (160,9) 19,3% 12,5%
CPV excl. deprec.& amort. (5.675,1) - (5.675,1) (21,3) (425,1) (17,0) (1.268,0) (7.406,6) 30,5% 22,5%
CPV/hl excl. deprec.& amort. (R$) (120,0) - (120,0) (0,4) (8,3) (0,2) (16,5) (145,4) 21,2% 13,8%
Lucro bruto 9.095,3 - 9.095,3 15,1 557,7 (19,0) 709,7 10.358,7 13,9% 7,9%
% Margem bruta 58,8% 0,0% 58,8% 55,8% -300 bps -280 bps
SG&A excl. deprec. & amort. (3.575,3) - (3.575,3) (30,3) (258,2) 0,3 (624,4) (4.487,9) 25,5% 17,6%
SG&A deprec. & amort. (559,5) - (559,5) (0,1) (20,0) 0,6 6,1 (572,9) 2,4% -1,1%
SG&A total (4.134,8) - (4.134,8) (30,3) (278,3) 1,0 (618,4) (5.060,8) 22,4% 15,1%
Outras receitas/(despesas) operacionais 700,4 382,1 318,3 2.121,2 (2,8) (0,3) (161,3) 2.275,2 ns -50,4%
EBIT ajustado 5.660,9 382,1 5.278,8 2.106,0 276,6 (18,3) (70,0) 7.573,0 33,8% -1,3%
% Margem EBIT ajustado 36,6% 0,0% 34,1% 40,8% 420 bps -440 bps
EBITDA ajustado 6.924,7 382,1 6.542,6 2.106,0 312,9 (20,4) (3,8) 8.937,2 29,1% -0,1%
% Margem EBITDA ajustado 44,7% 0,0% 42,3% 48,2% 350 bps -500 bps
Receita líquida 52.005,1 - 52.005,1 180,1 3.765,1 2.428,7 58.379,0 12,3% 4,7%
ROL/hl (R$) 318,6 - 318,6 0,7 22,7 10,1 352,1 10,5% 3,2%
CPV (21.678,2) - (21.678,2) (93,3) (1.675,7) (3.618,9) (27.066,1) 24,9% 16,7%
CPV/hl (R$) (132,8) - (132,8) (0,4) (10,1) (19,9) (163,2) 22,9% 15,0%
CPV excl. deprec.& amort. (19.005,8) - (19.005,8) (93,3) (1.526,2) (3.463,8) (24.089,1) 26,7% 18,2%
CPV/hl excl. deprec.& amort. (R$) (116,4) - (116,4) (0,4) (9,2) (19,2) (145,3) 24,8% 16,5%
Lucro bruto 30.327,0 - 30.327,0 86,8 2.089,4 (1.190,3) 31.312,9 3,3% -3,9%
% Margem bruta 58,3% 0,0% 58,3% 53,6% -470 bps -480 bps
SG&A excl. deprec. & amort. (13.324,9) - (13.324,9) (74,2) (1.033,9) (944,9) (15.377,8) 15,4% 7,1%
SG&A deprec. & amort. (2.002,6) - (2.002,6) (0,8) (99,1) (87,7) (2.190,3) 9,4% 4,4%
SG&A total (15.327,5) - (15.327,5) (75,0) (1.133,0) (1.032,6) (17.568,1) 14,6% 6,7%
Outras receitas/(despesas) operacionais 1.472,7 594,6 878,1 2.121,2 (16,2) (303,8) 2.679,4 81,9% -34,6%
EBIT ajustado 16.472,1 594,6 15.877,5 2.133,1 940,2 (2.526,7) 16.424,2 -0,3% -15,9%
% Margem EBIT ajustado 31,7% 0,0% 30,5% 28,1% -360 bps -600 bps
EBITDA ajustado 21.147,1 594,6 20.552,5 2.133,9 1.188,9 (2.283,8) 21.591,5 2,1% -11,1%
% Margem EBITDA ajustado 40,7% 0,0% 39,5% 37,0% -370 bps -590 bps
8
O valor reconhecido no resultado da Ambev no período de 2019 foi de R$ 212,5 milhões no 3T19 e de R$ 382,1 milhões no 4T19. No período
de 2020, o valor reconhecido no resultado consolidado do Brasil foi de R$ 2.121,2 milhões no 4T20 e no acumulado do ano. Para obter detalhes,
consulte a página 16.
BRASIL 9
Brasil 4T19 Conversão Crescimento % %
R$ milhões 4T19 Escopo 2019 Escopado Escopo 2020 de Moeda Orgânico 4T20 Reportado Orgânico
Volume ('000 hl) 31.391,8 - 31.391,8 - 3.329,4 34.721,2 10,6% 10,6%
Em março de 2017, o Supremo Tribunal Federal (“STF”) decidiu, no julgamento do RE 574.706/PR, com
repercussão geral reconhecida, pela inconstitucionalidade da inclusão do ICMS na base de cálculo do PIS e da
COFINS, Atualmente, estão pendentes de julgamento Embargos de Declaração opostos pela Procuradoria-Geral
da Fazenda Nacional requerendo o saneamento de suposta obscuridade quanto ao critério de cálculo da parcela
do ICMS passível de ser excluída das bases de cálculo das referidas contribuições (ICMS “a pagar” versus ICMS
“destacado”) e a modulação da decisão proferida pelo STF para que esta produza efeitos somente a partir da data
do julgamento dos aclaratórios.
A Companhia e suas controladas possuem diversas ações judiciais discutindo o tema, algumas com decisões
favoráveis já transitadas em julgado, Em virtude de o regime tributário federal aplicável ao setor de bebidas ter
sofrido mudanças ao longo do tempo, a Companhia possui ações judiciais que se referem a três períodos distintos,
a saber: (i) 1990 a 2009, (ii) 2009 a 2015 (quando estava em vigor o chamado “REFRI” – Regime Especial de
Bebidas Frias, de acordo com o artigo 58-J da Lei nº 10.833, de 2003) e (iii) de 2015 até o presente momento
(também conhecido como “Novo Modelo de Tributação”).
Em 2018, 2019 e 2020, a Companhia e suas controladas reconheceram, em conformidade com o IAS 37/CPC 25,
créditos extemporâneos de tributos a recuperar no valor de R$ 5,4 bilhões, dos quais R$ 1,1 bilhão está relacionado
aos períodos de 1990 a 2009 e pós-março de 2017 (“Novo Modelo”) até a respectiva decisão e R$ 4,3 bilhões
relacionados ao período de 2009 a 2015 (conforme explicado abaixo), de acordo com (i) a realização do ganho ser
9
O impacto líquido reconhecido no resultado do Brasil no período de 2019 foi de R$ 212,5 milhões no 3T19 e de R$ 382,1 milhões no 4T19.
No período de 2020, o valor reconhecido no resultado consolidado do Brasil foi de R$ 2.121,2 milhões no 4T20 e no acumulado do ano. Para
obter mais detalhes, consulte a página 16.
praticamente certa de acordo com as circunstâncias específicas de cada caso concreto; e (ii) o valor poder ser
estimado com razoável segurança, mediante o levantamento dos respectivos documentos e quantificação do
indébito.
Conforme mencionado acima a Companhia registrou um crédito tributário no valor de R$ 4,3 bilhões (antes dos
efeitos fiscais), sendo R$ 2,5 bilhões em Outras receitas operacionais, (conforme descrito na Nota Explicativa 22
- Outras Receitas (Despesas) Operacionais), e R$1,8 bilhão em Receitas financeiras (conforme descrito na Nota
Explicativa 25 - Despesas e Receitas Financeiras), relativamente a ação judicial com decisão transitada em julgado
que reconheceu o direito da Companhia (e suas controladas) de restituir os valores pagos a maior enquanto vigente
o REFRI, Além de se tratar de ganho praticamente certo diante das circunstâncias do caso concreto, o referido
valor pôde ser estimado com razoável segurança após a realização de um conjunto de análises (com a assessoria
de consultores externos), que permitiram: (i) mensurar o ICMS total contido nos preços de venda a varejo que
foram pesquisados pelo Governo Federal à época e que impactaram os preços de referência utilizados como base
de cálculo do PIS e da COFINS; e (ii) calcular a exclusão desse ICMS total das bases de cálculo do PIS e da
COFINS nas operações praticadas pela Companhia.
Além disso, com relação às operações realizadas após a decisão do STF, a Companhia e suas controladas
possuem decisões judiciais vigentes (em ações judiciais ajuizadas anteriormente à decisão do Supremo Tribunal
Federal) que asseguram a exclusão do ICMS “destacado” das bases de cálculo do PIS e da COFINS, o que
correspondeu ao total de R$ 2,7 bilhões líquidos dos valores mencionados acima, Esse valor representa uma
redução na despesa de PIS e COFINS, uma vez que, não se refere a créditos extemporâneos de tributos,
Para períodos do Novo Modelo anteriores à decisão do Supremo, a Companhia estima que o ativo contingente
corresponda a aproximadamente R$ 1,9 bilhão, o qual será reconhecido na medida em que a realização do ganho
for praticamente certa diante das circunstâncias específicas pertinentes ao caso concreto e mediante a
confirmação da estimativa dos valores com razoável segurança.
CERVEJA BRASIL 10
O desempenho do volume no trimestre foi impulsionado por resultados consistentes da implementação da nossa
estratégia comercial: nossa capacidade de adaptação às mudanças no mercado, excelência operacional,
resiliência de nossas marcas core, inovações bem sucedidas e crescimento do nosso portfólio premium. De acordo
com nossas estimativas, superamos novamente o desempenho da indústria.
O aumento do CPV/hl excluindo depreciação e amortização é explicado principalmente pelo câmbio e pelo mix de
embalagens desfavorável, na medida em que o peso das latas de alumínio no portfólio ainda é maior em relação
ao ano anterior.
O SG&A excluindo depreciação e amortização aumentou, impactado pelo faseamento de despesas de marketing
para suportar nosso crescimento e performance do volume no trimestre, pelo aumento dos custos de distribuição
devido ao aumento da transferência de produtos e despesas logísticas last mile relacionadas à expansão da nossa
plataforma de entrega direta ao consumidor.
10
O impacto líquido reconhecido no resultado de Cerveja Brasil no período de 2019 foi de R$ 192,5 milhões no 3T19 e de R$ 346,2 milhões
no 4T19. No período de 2020, o montante reconhecido no resultado consolidado Brasil foi de R$ 1.824,3 milhões no 4T20 e no acumulado do
ano. Para obter mais detalhes, consulte a página 16.
NAB BRASIL 11
O volume continuou acelerando o crescimento no trimestre, impactado positivamente pela retomada das ocasiões
de consumo à medida em que as restrições continuaram a ser gradualmente flexibilizadas.
Apesar do mix desfavorável de canais, marcas e embalagens, na medida em que as restrições impostas ao canal
on-trade levaram à mudança para o canal off-trade, bem como à um aumento no peso de embalagens multi-serve
em comparação às single-serve, nossa ROL/hl cresceu impulsionada pelas nossas iniciativas de gerenciamento
de receita, como um gerenciamento de descontos mais inteligente.
O desempenho do CPV/hl excluindo depreciação e amortização foi impulsionado sobretudo pela comparação
desfavorável com o ano anterior dado o faseamento de créditos fiscais.
O SG&A excluindo depreciação e amortização aumentou, impactado pelo faseamento de despesas de marketing
relacionadas ao crescimento de volume e investimentos em nossas marcas no trimestre.
11
O impacto líquido reconhecido no resultado de NAB Brasil no período de 2019 foi de R$ 19,9 milhões no 3T19 e de R$ 35,9 milhões no 4T19.
Para o período de 2020, o valor reconhecido no resultado consolidado Brasil foi de R$ 297,0 milhões no 4T20 e no acumulado do ano. Para
obter mais detalhes, consulte a página 16.
12
Os números reportados são apresentados aplicando a norma de Contabilidade e Evidenciação em Economia Altamente Inflacionária para
nossas operações na Argentina, assim como explicado na página 26.
CANADÁ 13
No Canadá, os volumes diminuíram devido a uma indústria enfraquecida. Durante o trimestre, o país voltou a ter
um forte aumento no número de casos da COVID-19 e as restrições foram reforçadas. Durante a temporada de
inverno, as ocasiões de consumo em casa diminuíram se comparadas aos trimestres anteriores. No entanto,
estimamos mais um trimestre de ganho de participação de mercado decorrente do forte desempenho de nosso
portfólio premium e de Bebidas do Futuro.
A queda da ROL/hl no Canadá resultou de um mix de canal e embalagem desfavorável, parcialmente compensado
pelo mix de marca.
O CPV/hl excluindo depreciação e amortização aumentou, impactado negativamente pelo mix de canal e
embalagem.
13
A mudança de escopo no Canadá refere-se à aquisição, em janeiro de 2020, da G&W Distilling Inc, uma empresa que produz um portfólio
de bebidas prontas para consumo.
A partir do primeiro trimestre de 2021, a Companhia irá alterar a nomenclatura de “itens não recorrentes” para
“itens não usuais”.
• Receita de juros de R$ 1.875,3 milhões, impactada pelo ganho de R$ 1.753 milhões relacionado aos
créditos extemporâneos de tributos (página 16). Em uma base recorrente, o resultado foi impulsionado
principalmente por nossa receita de juros sobre aplicações financeiras no Brasil de R$ 44,3 milhões e
atualização da taxa SELIC sobre imposto de renda a recolher/outros processos judiciais de R$ 9,9
milhões;
• As despesas com juros foram de R$ 388,7 milhões, impactadas principalmente por: (i) ajustes de valor
justo do contas a pagar conforme IFRS 13 (CPC 46) de R$ 138 milhões, (ii) despesas com juros sobre
dívidas, sobregiro na Argentina de R$ 70,4 milhões, (iii) despesa de juros sobre arrendamento de R$
63,2 milhões (iv) provisão de juros relacionadas à incentivos fiscais de R$ 46,8 milhões;
• Perdas com instrumentos derivativos de R$ 208,6 milhões, explicadas por: (i) custo de carrego de
hedges cambiais vinculados à nossa exposição do CPV e CAPEX na Argentina, onde o custo de
carrego foi de aproximadamente 55% ao ano sobre principal de aproximadamente US$ 550 milhões,
(ii) custo de carrego de hedges cambiais vinculados à nossa exposição do CPV e CAPEX no Brasil,
onde o custo de carrego foi de aproximadamente 1,5% ao ano sobre um principal de aproximadamente
US$ 1,5 bilhões, e (iii) perdas relativas à marcação a mercado de equity swaps de R$ 227,4 milhões
(57 milhões de ações);
• Perdas com instrumentos não derivativos de R$ 54,5 milhões, principalmente explicadas por (i) ganho
de R$ 75,9 milhões de ajuste ao valor justo relacionado à renegociação da estrutura da opção de
venda da CND e (ii) perdas relacionadas à exposição do balanço patrimonial (intercompany e contas
a pagar), majoritariamente ligadas à depreciação do peso argentino e do real de R$ 130,4 milhões;
• Impostos sobre transações financeiras de R$ 155 milhões impactados principalmente por R$ 81,7
milhões sobre receitas de juros de ganhos não recorrentes referentes aos créditos extemporâneos de
tributos (página 16);
• Outras despesas financeiras de R$ 212,1 milhões, explicadas principalmente por provisões de
contingências legais e despesas com plano de pensão, despesas com cartas de crédito e taxas de
emissão de dívidas;
• Receitas financeiras sem efeito de caixa de R$ 188,8 milhões de resultante da adoção da norma de
Contabilidade e Evidenciação em Economia Altamente Inflacionária, conforme detalhado na página
26.
DETALHAMENTO DA DÍVIDA
Detalhamento da dívida 31 de dezembro de 2019 31 de dezembro de 2020
Não Não
R$ milhões Circulante circulante Total Circulante circulante Total
Lucro antes do imposto de renda e contribuição social 3.755,0 8.464,3 12.943,0 13.494,4
COMPOSIÇÃO ACIONÁRIA
A tabela abaixo resume a composição acionária da Ambev S.A. em 31 de dezembro de 2020.
Impacto da Norma de Contabilidade e Evidenciação em Economia Altamente Inflacionária (IAS 29/CPC 42)
Receita Líquida
R$ milhões 4T19 4T20 12M19 12M20
Indexação(1) 437.7 366.2 850.5 760.0
Conversão de Moeda(2) (270.3) (899.8) (952.2) (951.6)
Impacto Total 167.4 (533.6) (101.7) (191.7)
EBITDA Ajustado
R$ milhões 4T19 4T20 12M19 12M20
Indexação(1) 185.7 94.5 357.1 221.2
Conversão de Moeda(2) (125.8) (259.1) (426.5) (275.2)
Impacto Total 60.0 (164.6) (69.3) (53.9)
Taxa de conversão média BRLARS 11.9757 13.5962
Taxa de conversão de fechamento BRLARS 14.8583 16.1919 14.8583 16.1919
Além disso, a IAS 29 exige que ativos e passivos não monetários no balanço patrimonial das operações localizadas
em economias altamente inflacionárias sejam atualizados pela inflação acumulada. O efeito resultante da
atualização até 31 de dezembro de 2017 foi reportado no Patrimônio Líquido e o efeito da atualização a partir
dessa data em uma conta dedicada no resultado financeiro, reconhecendo-se os impostos diferidos sobre tais
ajustes, quando aplicável.
No 4T20, a utilização da norma de Contabilidade e Evidenciação em Economia Altamente Inflacionária de acordo
com as regras do IFRS, resultou (i) em um ajuste positivo de R$ 188,8 milhões no resultado financeiro; (ii) em um
impacto positivo no Lucro Líquido de R$ 143,8 milhões; (iii) em um impacto positivo no Lucro Líquido ajustado de
R$ 137,4 milhões; e (iv) impacto positivo de R$ 0,01 no LPA, assim como no LPA ajustado.
No 12M20, as consequências foram (i) um ajuste positivo de R$ 447,4 milhões no resultado financeiro; (ii) um
impacto positivo no Lucro Líquido de R$ 70,2 milhões; (iii) um impacto positivo no Lucro Líquido ajustado de
R$ 65,6 milhões; e (iv) nenhum impacto material no LPA e LPA ajustado.
Os resultados do 4T foram calculados deduzindo dos resultados do 12M os resultados do 9M conforme publicado,
Como uma consequência, os resultados da LAS e da Ambev consolidado para 4T20 e 4T19 são impactados pelos
ajustes dos resultados de 9M pela inflação acumulada entre 30 de setembro e 31 de dezembro, assim como pela
conversão dos resultados de 9M pela taxa de câmbio de fechamento do período, de 31 de dezembro, conforme
abaixo:
Conversão Crescimento
LAS - 9M Reportado 9M19 Escopo de Moeda Orgânico 9M20 % Orgânico
Receita líquida 10.028,7 - 492,8 1.039,3 11.560,8 10,4%
CPV (3.998,0) - (301,2) (1.638,2) (5.937,4) 41,0%
CPV excl. deprec. & amort. (3.356,4) - (280,8) (1.527,9) (5.165,2) 45,5%
Lucro bruto 6.030,7 - 191,6 (599,0) 5.623,3 -9,9%
SG&A excl. deprec. & amort. (2.264,5) - (92,6) (550,2) (2.907,4) 24,3%
SG&A deprec. & amort. (276,0) - (5,6) (44,2) (325,9) 16,0%
SG&A total (2.540,5) - (98,3) (594,5) (3.233,3) 23,4%
Outras receitas/(despesas) operacionais (18,0) - (7,0) (134,9) (159,9) nm
EBIT ajustado 3.472,2 - 86,2 (1.328,3) 2.230,2 -38,3%
EBITDA ajustado 4.389,8 - 112,3 (1.173,8) 3.328,3 -26,7%
Conversão Crescimento
LAS - 9M Recalculado com Taxa de Câmbio do 12M 9M19 Escopo de Moeda Orgânico 9M20 % Orgânico
Receita líquida 10.152,7 - 36,1 1.035,8 11.224,6 10,2%
CPV (4.039,9) - (83,4) (1.653,8) (5.777,1) 40,9%
CPV excl. deprec. & amort. (3.387,7) - (97,5) (1.545,0) (5.030,2) 45,6%
Lucro bruto 6.112,8 - (47,3) (618,0) 5.447,5 -10,1%
SG&A excl. deprec. & amort. (2.296,7) - 28,1 (549,9) (2.818,5) 23,9%
SG&A deprec. & amort. (281,0) - 10,9 (43,6) (313,7) 15,5%
SG&A total (2.577,7) - 39,0 (593,5) (3.132,3) 23,0%
Outras receitas/(despesas) operacionais (19,4) - (0,5) (135,1) (155,1) nm
EBIT ajustado 3.515,6 - (8,8) (1.346,6) 2.160,2 -38,3%
EBITDA ajustado 4.448,8 - (33,9) (1.194,2) 3.220,7 -26,8%
Conversão Crescimento
LAS - Impacto de Recalcular o 9M no 4T 9M19 Escopo de Moeda Orgânico 9M20 % Orgânico
Receita líquida 124,0 - (456,7) (3,5) (336,2)
CPV (41,9) - 217,9 (15,6) 160,4
CPV excl. deprec. & amort. (31,3) - 183,3 (17,0) 134,9
Lucro bruto 82,0 - (238,9) (19,0) (175,8)
SG&A excl. deprec. & amort. (32,2) - 120,7 0,3 88,9
SG&A deprec. & amort. (5,0) - 16,5 0,6 12,2
SG&A total (37,2) - 137,2 1,0 101,0
Outras receitas/(despesas) operacionais (1,5) - 6,5 (0,3) 4,8
EBIT ajustado 43,4 - (95,1) (18,3) (70,0)
EBITDA ajustado 59,0 - (146,2) (20,4) (107,6)
Nas seções correspondentes, os impactos apresentados acima foram excluídos do cálculo orgânico e são
identificados separadamente nas colunas nomeadas “IAS 29 Impacto de 9M”. Os percentuais de crescimento
orgânico para 4T20 são calculados considerando o “Crescimento Orgânico” reportado nas tabelas nas seções
aplicáveis, sobre “4T19” ajustado para o efeito de recalcular o 9M19.
ID da Conferência: Ambev
Webcast: A teleconferência também será transmitida ao vivo pela Internet. Acesse os seguintes links:
Inglês: https://webcastlite,mziq,com/cover,html?webcastId=625073e9-4e62-4482-8ba8-5a886f6d9760
Português: https://webcastlite,mziq,com/cover,html?webcastId=ff936618-8ec2-4894-9e23-856c7b5db2c9
Para obter informações adicionais, entre em contato com a equipe de Relações com Investidores:
ri.ambev.com.br
Notas
Segregamos neste relatório o impacto do resultado orgânico das mudanças de escopo e diferenças de câmbio. As
mudanças de escopo representam o impacto de aquisições e vendas de ativos, o início ou término de atividades
ou a transferência de atividades entre segmentos, mudanças de estimativas contábeis ano contra ano e outras
premissas que os administradores não consideram parte do desempenho de negócio. Crescimentos orgânicos e
valores normalizados são apresentados aplicando-se taxas de câmbio constantes ano contra ano para excluir o
efeito da variação cambial.
Exceto quando especificado em contrário, variações percentuais no documento são orgânicas e ajustadas por
natureza. Sempre que utilizado neste relatório, o termo “ajustado” se refere às medidas de desempenho (EBITDA,
EBIT, Lucro Líquido, LPA) antes de itens não recorrentes. Itens não recorrentes são receitas ou despesas que não
ocorrem no curso normal das atividades da Companhia. Estas são apresentadas de forma separada dada a
importância delas para o entendimento do desempenho da Companhia devido à sua natureza ou magnitude.
Medidas ajustadas são medidas adicionais utilizadas pela Administração, e não devem substituir as medidas
calculadas em conformidade com as IFRS como indicadores do desempenho da Companhia. Comparações,
exceto quando especificado em contrário, referem-se ao quarto trimestre de 2018 (4T18). Os somatórios podem
não conferir devido a arredondamentos.
Informações contidas neste documento podem incluir considerações futuras e refletem a percepção atual e
perspectivas da diretoria sobre a evolução do ambiente macroeconômico, condições da indústria, desempenho da
Companhia e resultados financeiros. Quaisquer declarações, expectativas, capacidades, planos e conjecturas
contidos neste documento, que não descrevam fatos históricos, tais como informações a respeito da declaração
de pagamento de dividendos, a direção futura das operações, a implementação de estratégias operacionais e
financeiras relevantes, o programa de investimento, e os fatores ou tendências que afetem a condição financeira,
liquidez ou resultados das operações, são considerações futuras de significado previsto no “U.S. Private Securities
Litigation Reform Act” de 1995 e contemplam diversos riscos e incertezas. Não há garantias de que tais resultados
venham a ocorrer. As declarações são baseadas em diversos fatores e expectativas, incluindo condições
econômicas e mercadológicas, competitividade da indústria e fatores operacionais. Quaisquer mudanças em tais
expectativas e fatores podem implicar que o resultado real seja materialmente diferente das expectativas correntes.
R$ milhões
Receita líquida 7.214,8 8.719,3 20,9% 1.296,5 1.412,9 9,0% 8.511,3 10.132,2 19,0% 1.953,2 2.442,6 0,2% 3.247,2 3.620,5 16,3% 1.763,1 2.361,3 -4,7% 15.474,7 18.556,6 13,4%
% do total 46,6% 47,0% 8,4% 7,6% 55,0% 54,6% 12,6% 13,2% 21,0% 19,5% 11,4% 12,7% 100,0% 100,0%
CPV (3.047,7) (3.671,1) 20,5% (557,6) (687,7) 23,3% (3.605,3) (4.358,8) 20,9% (843,7) (1.067,8) 1,2% (1.260,6) (1.833,3) 47,9% (669,8) (938,0) -1,2% (6.379,4) (8.197,9) 21,1%
% do total 47,8% 44,8% 8,7% 8,4% 56,5% 53,2% 13,2% 13,0% 19,8% 22,4% 10,5% 11,4% 100,0% 100,0%
Lucro bruto 4.167,1 5.048,2 21,1% 738,9 725,2 -1,9% 4.905,9 5.773,4 17,7% 1.109,5 1.374,8 -0,5% 1.986,6 1.787,2 -4,0% 1.093,3 1.423,3 -6,9% 9.095,3 10.358,7 7,9%
% do total 45,8% 48,7% 8,1% 7,0% 53,9% 55,7% 12,2% 13,3% 21,8% 17,3% 12,0% 13,7% 100,0% 100,0%
SG&A (1.941,4) (2.347,8) 20,9% (362,7) (410,1) 13,1% (2.304,0) (2.757,9) 19,7% (415,2) (467,6) -11,7% (731,4) (885,1) 32,8% (684,2) (950,2) -2,2% (4.134,8) (5.060,8) 15,1%
% do total 47,0% 46,4% 8,8% 8,1% 55,7% 54,5% 10,0% 9,2% 17,7% 17,5% 16,5% 18,8% 100,0% 100,0%
Outras receitas/(despesas) operacionais 519,8 1.972,6 -14,6% 123,2 382,8 -1,7% 642,9 2.355,4 -10,2% 32,9 (4,6) -110,7% 14,6 (94,3) ns 9,9 18,7 54,6% 700,4 2.275,2 -50,4%
% do total 74,2% 86,7% 17,6% 16,8% 91,8% 103,5% 4,7% -0,2% 2,1% -4,1% 1,4% 0,8% 100,0% 100,0%
EBIT ajustado 2.745,5 4.673,0 18,7% 499,4 697,8 -13,5% 3.244,9 5.370,8 13,5% 727,2 902,6 0,9% 1.269,8 807,8 -33,2% 419,0 491,8 -13,2% 5.660,9 7.573,0 -1,3%
% do total 48,5% 61,7% 8,8% 9,2% 57,3% 70,9% 12,8% 11,9% 22,4% 10,7% 7,4% 6,5% 100,0% 100,0%
EBITDA ajustado 3.395,3 5.338,9 15,3% 603,0 798,1 -11,6% 3.998,3 6.137,0 11,0% 884,6 1.091,7 -0,2% 1.524,3 1.079,1 -23,8% 517,4 629,4 -10,3% 6.924,7 8.937,2 -0,1%
% do total 49,0% 59,7% 8,7% 8,9% 57,7% 68,7% 12,8% 12,2% 22,0% 12,1% 7,5% 7,0% 100,0% 100,0%
% da receita líquida
Receita líquida 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%
CPV -42,2% -42,1% -43,0% -48,7% -42,4% -43,0% -43,2% -43,7% -38,8% -50,6% -38,0% -39,7% -41,2% -44,2%
Lucro bruto 57,8% 57,9% 57,0% 51,3% 57,6% 57,0% 56,8% 56,3% 61,2% 49,4% 62,0% 60,3% 58,8% 55,8%
SG&A -26,9% -26,9% -28,0% -29,0% -27,1% -27,2% -21,3% -19,1% -22,5% -24,4% -38,8% -40,2% -26,7% -27,3%
Outras receitas/(despesas) operacionais 7,2% 22,6% 9,5% 27,1% 7,6% 23,2% 1,7% -0,2% 0,4% -2,6% 0,6% 0,8% 4,5% 12,3%
EBIT ajustado 38,1% 53,6% 38,5% 49,4% 38,1% 53,0% 37,2% 37,0% 39,1% 22,3% 23,8% 20,8% 36,6% 40,8%
EBITDA ajustado 47,1% 61,2% 46,5% 56,5% 47,0% 60,6% 45,3% 44,7% 46,9% 29,8% 29,3% 26,7% 44,7% 48,2%
R$ milhões
Receita líquida 23.765,5 25.953,0 9,2% 4.364,4 4.243,5 -2,8% 28.129,9 30.196,5 7,3% 6.757,9 7.319,3 -10,1% 10.028,7 11.560,8 10,4% 7.088,6 9.302,4 0,1% 52.005,1 58.379,0 4,7%
% do total 45,7% 44,5% 8,4% 7,3% 54,1% 51,7% 13,0% 12,5% 19,3% 19,8% 13,6% 15,9% 100,0% 100,0%
CPV (10.037,9) (11.941,7) 19,0% (2.058,4) (2.171,2) 5,5% (12.096,3) (14.112,9) 16,7% (2.934,1) (3.307,5) -6,7% (3.998,0) (5.937,4) 41,0% (2.649,8) (3.708,3) 6,1% (21.678,2) (27.066,1) 16,7%
% do total 46,3% 44,1% 9,5% 8,0% 55,8% 52,1% 13,5% 12,2% 18,4% 21,9% 12,2% 13,7% 100,0% 100,0%
Lucro bruto 13.727,5 14.011,4 2,1% 2.306,0 2.072,2 -10,1% 16.033,6 16.083,6 0,3% 3.823,9 4.011,8 -12,7% 6.030,7 5.623,3 -9,9% 4.438,8 5.594,2 -3,5% 30.327,0 31.312,9 -3,9%
% do total 45,3% 44,7% 7,6% 6,6% 52,9% 51,4% 12,6% 12,8% 19,9% 18,0% 14,6% 17,9% 100,0% 100,0%
SG&A (7.252,5) (7.933,2) 9,4% (1.333,2) (1.382,3) 3,7% (8.585,7) (9.315,5) 8,5% (1.494,0) (1.598,9) -12,5% (2.540,5) (3.233,3) 23,4% (2.707,3) (3.420,4) -3,9% (15.327,5) (17.568,1) 6,7%
% do total 47,3% 45,2% 8,7% 7,9% 56,0% 53,0% 9,7% 9,1% 16,6% 18,4% 17,7% 19,5% 100,0% 100,0%
Outras receitas/(despesas) operacionais 1.110,3 2.380,3 -2,7% 310,7 506,8 -17,6% 1.421,0 2.887,2 -7,3% 85,8 (23,5) -123,1% (18,0) (159,9) ns (16,1) (24,4) 18,0% 1.472,7 2.679,4 -34,6%
% do total 75,4% 88,8% 21,1% 18,9% 96,5% 107,8% 5,8% -0,9% -1,2% -6,0% -1,1% -0,9% 100,0% 100,0%
EBIT ajustado 7.585,4 8.458,5 -5,9% 1.283,5 1.196,8 -26,7% 8.868,9 9.655,3 -8,9% 2.415,6 2.389,4 -16,8% 3.472,2 2.230,2 -38,3% 1.715,4 2.149,4 -3,1% 16.472,1 16.424,2 -15,9%
% do total 46,0% 51,5% 7,8% 7,3% 53,8% 58,8% 14,7% 14,5% 21,1% 13,6% 10,4% 13,1% 100,0% 100,0%
EBITDA ajustado 10.100,8 11.011,9 -3,9% 1.637,1 1.557,8 -20,3% 11.737,9 12.569,7 -6,2% 2.962,0 3.070,4 -13,1% 4.389,8 3.328,3 -26,7% 2.057,4 2.623,0 -1,3% 21.147,1 21.591,5 -11,1%
% do total 47,8% 51,0% 7,7% 7,2% 55,5% 58,2% 14,0% 14,2% 20,8% 15,4% 9,7% 12,1% 100,0% 100,0%
% da receita líquida
Receita líquida 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%
CPV -42,2% -46,0% -47,2% -51,2% -43,0% -46,7% -43,4% -45,2% -39,9% -51,4% -37,4% -39,9% -41,7% -46,4%
Lucro bruto 57,8% 54,0% 52,8% 48,8% 57,0% 53,3% 56,6% 54,8% 60,1% 48,6% 62,6% 60,1% 58,3% 53,6%
SG&A -30,5% -30,6% -30,5% -32,6% -30,5% -30,8% -22,1% -21,8% -25,3% -28,0% -38,2% -36,8% -29,5% -30,1%
Outras receitas/(despesas) operacionais 4,7% 9,2% 7,1% 11,9% 5,1% 9,6% 1,3% -0,3% -0,2% -1,4% -0,2% -0,3% 2,8% 4,6%
EBIT ajustado 31,9% 32,6% 29,4% 28,2% 31,5% 32,0% 35,7% 32,6% 34,6% 19,3% 24,2% 23,1% 31,7% 28,1%
EBITDA ajustado 42,5% 42,4% 37,5% 36,7% 41,7% 41,6% 43,8% 41,9% 43,8% 28,8% 29,0% 28,2% 40,7% 37,0%
Ativo
Ativo circulante
Caixa e equivalentes de caixa 11.900,7 17.090,3
Aplicações financeiras 14,6 1.700,0
Instrumentos financeiros derivativos 172,1 505,9
Contas a receber 4.495,5 4.303,1
Estoques 5.978,6 7.605,9
Imposto de renda e contribuição social a recuperar 1.831,4 1.759,2
Impostos a recuperar 2.242,7 1.527,9
Outros ativos 985,6 850,1
27.621,1 35.342,6
Patrimônio líquido
Capital social 57.866,8 57.899,1
Reservas 75.685,7 80.905,6
Ajuste de avaliação patrimonial (72.274,5) (64.989,0)
Patrimônio líquido de controladores 61.278,0 73.815,6
Participação de não controladores 1.278,0 1.335,5
Total do patrimônio líquido 62.556,0 75.151,1
Lucro antes do imposto de renda e contribuição social 3.755,0 8.464,3 12.943,0 13.494,4
Despesa com imposto de renda e contribuição social 463,9 (1.573,9) (754,7) (1.762,5)
Lucro por ação básico ajustado (R$) 0,29 0,44 0,77 0,75
Lucro por ação diluído ajustado (R$) 0,28 0,43 0,76 0,74
nº de ações em circulação - básico (em milhões de ações) 15.730,2 15.734,4 15.727,5 15.733,1
nº de ações em circulação - diluído (em milhões de ações) 15.871,7 15.868,9 15.869,0 15.867,6