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“PATRIMONIALIZAÇÃO DO PATRIMÔNIO”:
ENSAIO SOBRE A RELAÇÃO ENTRE TURISMO, “PATRIMÔNIO
CULTURAL” E PRODUÇÃO DO ESPAÇO
Resumo
Este artigo objetiva construir uma análise crítica acerca da relação entre turismo, patrimônio e produção
do espaço. Para tanto, parte de uma conceituação de cultura e de patrimônio cultural para, a partir daí,
discutir o que se chamou aqui de “patrimonialização do patrimônio”, ou seja, a institucionalização de
mecanismos de proteção do patrimônio cultural, material e imaterial. Essa reflexão é norteada por uma
premissa fundamental, ou seja, pelo reconhecimento de que os processos em tela são parte do processo
conflituoso e contraditório de produção do espaço, abrigando, por isso, no seu interior, um sem número
de contradições. Tais contradições são discutidas, uma a uma, ao longo da exposição.
Palavras-chave: patrimônio cultural, patrimonialização, turismo, produção do espaço, contradição.
Abstract
This text aims to build a critical analysis of the relationship between tourism, heritage and production of
space. For this purpose, we start discussing the concept of culture and cultural heritage and, from there,
we argue about what we called here "patrimonialization of heritage", namely the institutionalization of
mechanisms for protection of cultural material and immaterial heritage. This reflection is guided by a
fundamental premise: the recognition that these processes are part of the conflicting and contradictory
space production, housing, therefore, within it a multitude of contradictions. These contradictions are
discussed one by one, throughout the our argumentation.
Key-words: cultural heritage; heritage protection, tourism; space production; contradiction
exposta no parágrafo anterior relaciona-se, ligação entre cultura e meio, entre cultura e espaço,
especificamente, ao chamado ‘patrimônio cultural entre cultura e território, entre cultura e geografia.
imaterial’, cuja característica definidora reside,
no nosso entendimento, em sua espontaneidade. A “patrimonialização do patrimônio”
Danças, músicas, festas, reuniões, rituais, “artes
de fazer”, uma infinidade de práticas culturais, A durabilidade de um bem tangível
são heranças que as sociedades inventam, re- ou intangível sempre esteve diretamente
inventam e destituem ao sabor de seus interesses relacionada à sua valorização cultural, simbólica
mais íntimos, simples e espontaneamente; ou econômica pela sociedade envolvente. O que
espontaneidade contraditoriamente ameaçada estamos chamando aqui de “patrimonialização do
pelos mecanismos sociais inventados para protegê- patrimônio” é a institucionalização de mecanismos
las. de proteção do chamado patrimônio cultural,
Quanto ao patrimônio material, as material e imaterial.
contradições não são menores. O que está por Por que a Torre de Pisa, cujo início da
trás de um objeto, seja ele uma gravura, uma construção se deu no século XII, nunca foi
escultura, um instrumento musical ou um edifício derrubada, embora já tivesse nascido com
são manifestações culturais, dotadas de uma problemas técnicos, ou seja, inclinada, e mesmo
temporalidade e de uma espacialidade que lhes não havendo durante os séculos que seguiram ao
são próprias. Compreender por que determinados seu surgimento uma legislação de proteção do
bens e objetos merecem ser preservados e outros patrimônio tal como dispomos hoje?
não é algo passível de profundas discussões. A resposta é simples e vale para a
Imagine se fôssemos capazes de decidir Acrópole grega, para as pirâmides do Egito, para
que tudo o que produzimos mereceria ser incontáveis castelos medievais espalhados pelo
preservado: minha casa, sua casa, nossa mobília, interior da Europa bem como para o quadro da
todos os postes, todas as ruas, todos os edifícios, Monalisa, as pinturas de Michelângelo, o Carnaval,
todos os bens de consumo duráveis, ou seja, todos o samba e assim por diante, ou seja, muitos
os testemunhos materiais de nossa passagem “produtos” da cultura sobreviveram ao tempo
pelo planeta. Isso parece nunca ter estado porque suas sociedades envolventes, pelas razões
em cogitação, possivelmente porque uma das mais diversas, incluindo-se o próprio desprezo,
características da cultura, em sentido amplo, é permitiram sua permanência.
abrigar a transformação. A permanência de alguns O que estamos chamando de
objetos ao longo dos tempos resulta, portanto, de “patrimonialização do patrimônio” é, portanto,
um complexo conjunto de motivações. um movimento datado historicamente, cujo início
Por outro lado, faz-se, ainda, oportuno remonta à Revolução Francesa e à tomada de
ressaltar que, num mundo assentado no consumo decisão, pelo então novo governo francês, da
e regido pelo capitalismo, os produtos tangíveis e necessidade de intervenção do Estado com vistas
intangíveis da cultura são tratados pelo mercado à proteção de seu patrimônio material, incluindo-se
como bens necessariamente descartáveis. edifícios e obras de arte.
Outra premissa importante dessa análise Em terras brasileiras, tais medidas
diz respeito ao reconhecimento da dimensão remontam ao início do século XX e, embora
espacial de todo “patrimônio cultural”. Todo apareçam já nos primeiros anos do século passado,
“patrimônio cultural” é gestado no processo é no contexto do movimento modernista que
conflituoso e contraditório de produção do espaço ganham força política. Uma espécie de receio
e se a cultura é uma condição de produção e institucionalizado de que tudo fosse literalmente
reprodução da sociedade, o meio também o é. Não tombado para dar lugar ao novo, ao moderno,
há sociedade a-espacial; portanto, também não há parece ter sido uma das molas propulsoras do
cultura a-espacial. O desafio que se impõe, todavia, movimento de “patrimonialização do patrimônio”,
é identificar e compreender a natureza dos elos de no qual destaca-se a figura de Mário de Andrade,
“Patrimonialização do patrimônio”: Ensaio sobre a
relação entre turismo, “patrimônio cultural” e produção do espaço. pp. 95 - 104. 97
autor do primeiro anteprojeto de lei de proteção “Patrimônio cultural” – entre valor de uso e
do patrimônio cultural, datado de 1936. valor de troca
Mas as razões deflagradoras desse
movimento são muito mais amplas e vão muito Parece ser um consenso entre estudiosos
além desse suposto receio coletivo de assistir à de temáticas relativas ao patrimônio de que
substituição de um dado patrimônio por outro. O interesses econômicos têm sobrepujado interesses
contexto histórico e político da primeira metade do culturais, no que diz respeito à proteção de objetos
século XX ambienta um nacionalismo diretamente considerados representativos da cultura material
responsável pelo nascimento das primeiras e imaterial.
iniciativas, oficiais e oficiosas, de proteção do A historiadora francesa, Françoise Choay,
patrimônio. Tal como na França pós Revolução por exemplo, uma especialista em patrimônio,
Francesa, no Brasil pós Revolução de 30 urge o internacionalmente conhecida, aponta para
reconhecimento de uma identidade nacional, como a existência de uma tendência mundial de
uma espécie de élan de uma sociedade que busca transformar o patrimônio em produto econômico.
reconstruir-se sobre novas bases. Eleger parte Tal pressuposto é confirmado por Luchiari:
da herança histórica material e imaterial desses
Estados e protegê-la como representante de uma A revalorização das paisagens
suposta identidade nacional é uma faceta dessa constituídas por elementos históricos,
racionalidade hegemônica. c o m o o p a t r i m ô n i o a r q u i t e t ô n i c o,
Assim, a “patrimonialização do patrimônio” tem atribuído às paisagens urbanas
vai se consolidando como prática no Brasil, com contemporâneas um novo sentido no
a criação da Inspetoria de Monumentos Nacionais campo do consumo cultural. O patrimônio
(1933), a partir da qual surge o Serviço do arquitetônico tornou-se, hoje, cenário
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – SPHAN revestido de valores mercadológicos,
(1937), mais tarde transformado em Instituto do descompromissados com o passado e com
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional –IPHAN e o lugar – tendência global que reflete a
por meio do conjunto normativo criado por esses mundialização das relações, dos valores
organismos visando à proteção e à preservação do e das manifestações culturais. (2005, pp.
patrimônio cultural brasileiro, sendo o tombamento 95-105)
(instituído nos auspícios do Estado Novo, em 1937),
o principal recurso por meio do qual o Estado busca
assegurar a proteção de determinados “bens O mesmo se passa naquilo que diz respeito
culturais” tangíveis. ao patrimônio imaterial. Conforme Anselmo
Objetos fixos criados pelas mais diversas Alfredo, ao discutir uma festa popular nordestina,
razões, vão sendo, a partir desse sistema de ações, antes realizada apenas em ocasiões especiais,
pinçados individual ou coletivamente para formar denominada “dança da formiga”:
uma nova “família” de objetos, a família dos objetos
tombados pelo sistema normativo de proteção do A graciosidade da dança, por chamar
“patrimônio cultural” material. a atenção dos turistas, passa a ser
A conversão de bens intangíveis em repetida de modo frenético todos os
“patrimônio cultural” é mais recente e regida por dias, ou seja, os próprios moradores
normas específicas. Todavia, a mola propulsora de realizam sua realidade como cenário,
sua proteção é a mesma: proteger manifestações ou ainda, tendencialmente, o cenário
da cultura consideradas representativas de um passa a ser a realidade, vivida por tais
dado tempo e de um dado grupo social de ações moradores, o que já implica contradições,
vorazes e incompassíveis de destruição da memória pois é a determinação do quantitativo,
coletiva. do equivalente geral, do representante,
quem subjuga a sociabilidade como um
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diz respeito aos bens tangíveis. No Brasil, tais seja, sua natureza espontânea? Não contribuíriam
bens passam a ser tutelados pelo Estado, com tais atos para a consumação do valor de troca
base na Constituição Federal de 1988, a partir do dessas manifestações espontâneas da cultura
Decreto 3551, de 2000, por meio de seu registro popular em detrimento de seu valor de uso?
em livro próprio junto ao IPHAN. O país antecipa- A “patrimonialização do patrimônio
se, nesse caso, à “Convenção para a Salvaguarda imaterial” parece-nos, portanto, ainda mais
do Patrimônio Cultural Imaterial”, documento da contraditória que a “patrimonialização do patrimônio
UNESCO, que entra em vigor em 2006. material”. Ao “jogar luz” sobre determinadas
Entre os dezesseis bens do patrimônio práticas culturais, os atos normativos em questão
cultural imaterial já registrados 2 , em terras contribuem, de forma contraditória, não apenas
brasileiras, estão o Samba de Roda do Recôncavo para a sua apropriação mercantil, mas, principal
Baiano, o Círio de Nossa Senhora de Nazaré, o e conseqüentemente, para a destituição de sua
frevo, o tambor de crioula, o toque dos sinos em essência, de sua razão de ser.
Minas Gerais, a roda de capoeira e o ofício dos O pouco tempo em que essa sistemática foi
mestres de capoeira. adotada pelo Estado brasileiro não permite, ainda,
A capoeira, como se sabe, tem suas todavia, avaliar-se a profundidade ou extensão
raízes na matriz africana escrava, resultante da desses possíveis desdobramentos.
história colonial brasileira. Praticada inclusive nas
senzalas e representante das tradições culturais O “patrimônio cultural” no contexto da
e da religiosidade negra, a capoeira atravessou produção do espaço.
os séculos, mas não imune a transformações. Ao
final do século XX, surge, no Rio de Janeiro, por Em certa passagem do livro Técnica,
exemplo, um novo estilo de capoeira, comumente espaço, tempo: globalização e meio técnico-
denominado de “contemporâneo”. científico-informacional, Milton Santos (1994)
Outra manifestação da cultura popular, a diz: “aqui mesmo onde moro freqüentemente
festa do Círio de Nazaré acontece, pela primeira não sei onde estou”. Tal afirmativa refere-se à
vez, no final do século XVIII, em 1790, como velocidade das transformações espaciais em curso
manifestação espontânea da religiosidade cristã na metrópole, por meio das quais a paisagem
do povo paraense. Durante décadas, a procissão urbana é diariamente reelaborada.
realizou-se no período da tarde até que, em função Nessa mesma direção, Ana Fani Alessandri
de fortes chuvas, ocorridas em 1853, transfere-se Carlos (1996: 62) reproduz em seu livro O lugar
a festividade para o período da manhã. no/do mundo, uma fala do filme Avalon (de Barry
Dois anos mais tarde, atolada em um Levinson):
lamaçal, a berlinda que carregava a santa teve
de ser puxada, pelos fiéis, com uma corda, Há alguns anos fui ver a casa em Avalon.
espontaneamente incorporada ao simbolismo da Não estava mais lá. Não só a casa, mas
festividade religiosa a partir de então. toda vizinhança. Fui ver o salão onde
Tais exemplos concretos nos fazem eu e meus irmãos costumávamos tocar,
reconhecer que as cidades crescem e o traçado das também não existia mais. Não só ele
procissões são alterados. As sociedades mudam mas o mercado onde fazíamos nossas
e suas manifestações religiosas ou pagãs idem. compras também. Tudo desapareceu. Fui
Isso é cultura. Isso é patrimônio cultural. Nesse ver o lugar onde Eva morava. Não existe
sentido, questionamos o fundamento e os objetivos mais. Nem a rua existe mais, nem mesmo
da “patrimonialização de bens imateriais”. Não a rua. Então, fui ver o clube noturno do
implicaria tal procedimento exatamente no seu qual fui dono e, graças a Deus, estava
reverso, ou seja, não operariam tais medidas como lá. Por um minuto achei que eu nunca
uma forma de estímulo à amputação daquilo que as tivesse existido.
manifestações culturais têm de mais legítimo, ou
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que um e outro movimento se retroalimentam nova estética, pensada para atrair o olhar do turista
esquizofrenicamente. (Urry, 1996; Cruz, 2007).
A pergunta que não quer calar é feita Mas aqui se pode aludir a mais uma e
pelo professor Ulpiano Bezerra de Meneses: derradeira contradição. O movimento que busca
“Como evitar que o turismo crie alucinações auferir, com a “patrimonialização do patrimônio”,
culturais, zumbis que voltam ao mundo dos vivos a renda de monopólio, é o mesmo que impede o
apenas para atender a solicitações externas de alcance deste objetivo, posto que, ao estetizar
consumo?”(1996. p. 98) as formas, banaliza-as pelo repetitivo e pelo
homogêneo.
Reflexões à guisa de conclusão As manifestações culturais imateriais dos
mais diversos tipos, expressão de saberes e modos
As muralhas da China e de Alexandrino, de fazer histórica e socialmente gestados, tendem
o Santuário Histórico de Machu Pichu, o Taj a ser igualmente formatadas, ‘embaladas’, re-
Mahal, o tango, a ópera Tibetana, o candomblé inventadas ao sabor de interesses alienados, de
uruguaio etc., exemplos de patrimônio cultural agentes alienígenas. Não raras vezes, o cenário
mundial, registrados ou em processo de registro, passa a ser a realidade vivida pelos sujeitos
ilustram a reificação de elementos da cultura sociais criadores de tais práticas (Alfredo, 2001:
via patrimonialização. São objetos e ações 53), revelando a determinação do quantitativo, do
que resistiram ao tempo não sem, entretanto, equivalente geral, do representante, que subjuga
mudarem de sentido. a sociabilidade como um todo.
Enquanto para os grupos sociais que os Se o turista não é, todavia, um ser trazido
conceberam e permitiram sua permanência ao de outra dimensão para consumir o “patrimônio
longo do tempo, os objetos – enquanto formas- cultural” que alguns tão arduamente têm lutado
conteúdo - são “espaço”, a sua cooptação pelo para proteger, então, a crítica ao turismo é, em
mercado com vistas ao desenvolvimento do turismo essência, uma auto-crítica, tal como sabiamente
os reduz à “mera paisagem”4. Representativos de registrado, por um pichador, em um muro qualquer
condições técnicas, políticas, culturais, econômicas de São Paulo: “a sociedade que nos critica é a
de um dado tempo e de um dado grupo social, são mesma que nos educa”.
igualmente signos, impregnados de uma dimensão Ao contrário do que querem fazer crer as
simbólica, desprezada pelo olhar voyeurístico leituras supostamente ingênuas desses processos,
de observadores desatentos, por um lado, e a resposta àquela questão formulada por Meneses
capitalizada, por outro lado, pela ação estratégica (1996) e sugerida pelo próprio autor (op cit) não
de agentes de mercado. Em suma, impõe-se uma está no turismo, mas “no modelo de sociedade
pelo qual optarmos”.
Notas.
1. Aqui já se manifesta a primeira das contradições
objeto dessa análise 2. Conforme listagem exposta no site oficial
do IPHAN. Consultado em 01/02/2010.
2. Fixos produtivos são, para Milton Santos,
objetos técnicos que participam, de forma 3. A família Matarazzo detinha uma casa na
decisiva, do processo de produção em sentido Av. Paulista, coração financeiro de São Paulo,
amplo, tais como os sistemas de engenharia considerada, por alguns, representativa de parte da
destinados à circulação de mercadorias sem os história social da cidade. Tal residência foi construída
quais o capital não se realiza completamente. entre final do século XIX e primeiras décadas do
Neste caso, estamos, portanto, assumidamente século XX. Depois de um árduo e público litígio entre
corrompendo a definição miltoniana deste conceito. herdeira e organismos de tombamento, a referida
Com isso, queremos ressaltar a exploração mansão foi derrubada no final dos anos 1990 para
econômica de bens patrimoniais tombados. dar lugar a um estacionamento.( Informações
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