Teatro - 1° Ano - Caderno Prof
Teatro - 1° Ano - Caderno Prof
Teatro - 1° Ano - Caderno Prof
Prezado Professor,
Este material é o resultado do trabalho colaborativo entre os técnicos da Equipe
Curricular de Arte da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo e de Professores
Coordenadores de Arte de Núcleos Pedagógicos de diferentes regiões do Estado de São
Paulo. O documento é constituído por Situações de Aprendizagem com atividades a serem
livremente analisadas pelos docentes e postas em prática em sala de aula, na perspectiva de
uma abordagem investigativa, visando possibilitar diferentes processos cognitivos
relacionados aos objetos de conhecimento (conteúdos, conceitos e processos). O foco
principal das atividades é o desenvolvimento de habilidades, ou seja, aquilo que se espera que
o estudante aprenda nesta etapa de ensino, iniciando a implementação do Currículo Paulista.
Este volume conta com as linguagens do Teatro e das Artes Visuais. Inicialmente,
apresentamos algumas considerações sobre Teatro.
A Linguagem Teatral
Enquanto linguagem artística, o teatro pode se valer de variados elementos de
significação para comunicar algo aos espectadores, utilizando-se principalmente de signos
visuais (os gestos do ator, os adereços de cena, os figurinos, o cenário, a iluminação) e
sonoros (o texto, as canções, as músicas, os efeitos sonoros). Há encenações teatrais que
utilizam signos olfativos (aromas de perfumes ou essências, cheiro de defumador, odor de
alimentos conhecidos etc.), ou signos táteis (em que a realização cênica - através dos atores
ou de objetos cenográficos - estabelece algum tipo de contato corporal com os espectadores).
As situações de aprendizagem aqui organizadas, por meio de atividades específicas,
propõem aos estudantes, fundamentalmente, que apreciem, analisem, identifiquem,
reconheçam, investiguem, relacionem e experimentem objetos de conhecimento que se
articulam na linguagem teatral, convidando-os a conhecer e se apropriar de suas
possibilidades comunicacionais, de forma individual, coletiva e colaborativa.
Os diversos objetos de conhecimento que constituem a arte teatral tornam-se
materiais a serem explorados nos processos de investigação da comunicação que se
estabelece entre palco e plateia, entre os que agem em cena e os que observam da sala. Os
objetos cenográficos, a sonoplastia, a iluminação, os gestos, as construções corporais e
vocais, entre outros, são tratados enquanto elementos que participam da constituição de
um discurso cênico, e que, como a palavra, tem algo a dizer.
Propõe-se, gradativamente, aos estudantes a percepção de que a linguagem não é só
verbal, trabalhando o apuro em mostrar teatralmente uma situação, utilizando elementos de
significação para se elaborar uma escrita cênica.
As situações de aprendizagem são, geralmente, programadas com claro
encadeamento entre uma atividade e outra, organizando um processo em que um
determinado aspecto da linguagem (a palavra, as sonoridades, os objetos, o espaço cênico, a
iluminação, as diferentes funções e gêneros teatrais, a construção de personagens etc.), ou
um material, ou um tema, ou uma obra de arte será especificamente explorado naquele
encontro, fazendo com que esse aspecto específico seja o fio condutor entre as diversas
atividades propostas. Assim, o planejamento das atividades pode estimular o estudante a se
voltar para um aspecto da linguagem que será especificamente explorado naquele dia, e
estabelecer um rastro perceptível na investigação empreendida, possibilitando que o grupo
tenha noção e se aproprie do processo de aprendizagem.
A troca do ambiente de estudo traz novas perspectivas para as aprendizagens. Sendo
assim, para o teatro acontecer é preciso espaço para que os corpos se movimentem, portanto,
verifique as possibilidades, junto à gestão da escola, do uso do pátio, de uma sala ou da
quadra.
Nas avaliações, os estudantes, seguindo as diretrizes do professor, podem conversar
tanto sobre questões relativas às dimensões da vida, problematizando as situações do dia a
dia, quanto sobre as resoluções artísticas apresentadas em aula, com o intuito de aprimorar a
aptidão do grupo para compreensão dos discursos cênicos, de forma mais ampla. Assim, dar
a palavra aos estudantes torna-se tão indispensável quanto as próprias atividades, já que eles,
com seus comentários e sugestões, colaboram para a produção de conhecimentos. A
avaliação vai propiciando aos estudante, aos poucos, apropriação da linguagem teatral,
efetivando análises mais criteriosas e refinando a qualidade da sua comunicação com o
mundo.
A partir das sondagens e apreciações, o professor pode elencar questionamentos
relacionados com os momentos de aprendizagem, e, gradualmente, no decorrer do processo,
torná-los mais complexos. Aos poucos, os estudantes se sentirão estimulados a conduzir os
debates, apropriando-se do processo de aprendizagem.
Nas aulas, deve vigorar um espírito aberto para as ideias dos estudantes. Para isso, o
professor precisa reforçar a importância do respeito aos diferentes pontos de vista e à
diversidade criativa, contudo, não significa que o professor não possa intervir e sugerir outro
rumo quando considerar necessário.
A experiência teatral desafia o estudante a analisar e compreender diversos signos
presentes em uma encenação. Esse mergulho na linguagem teatral provoca a percepção, a
criatividade e mobiliza a capacidade de simbolizar. Podemos conceber, assim, que a tomada
de consciência se efetiva como leitura de mundo. Apropriar-se da linguagem é ganhar
condições para essa leitura.
Arte como experiência da arte.
A percepção sensível do indivíduo, desde a instauração dos ditames da vida moderna,
está premida por uma vivência urbana marcada pelos choques do cotidiano, pela
padronização gestual, pelo consciente assoberbado, e pelo desestímulo à atuação de outras
formações da psique. Resta-lhe o empobrecimento da experiência e da linguagem.
As alterações na percepção solicitam, procedimentos artísticos modificados para
provocar a irrupção da memória involuntária. Somente uma recepção livre dos
condicionamentos, em que o consciente seja surpreendido poderia se deixar atingir pelo
instante significativo em que, na relação com o objeto artístico, o olhar nos é retribuído, nos
toca o íntimo, e faz surgir o inadvertido, trazendo à tona experiências cruciais, ou, quem sabe,
vislumbres de um futuro proveitoso. O encontro com a arte pode ser pensado, desde então,
como intrinsecamente relacionado com a proposição e a produção de experiências.
A seguir, apresentamos um aporte sobre a Educação Inclusiva, Avaliação e
Recuperação.
Educação Inclusiva - Estudantes com Necessidades Especiais
Todos os estudantes são capazes de aprender. Esse processo é individual e o
professor deve estar atento às necessidades individuais e coletivas. Estudantes com
deficiência visual e auditiva desenvolvem a linguagem e pensamento conceitual. Os
estudantes com deficiência intelectual podem enfrentar mais dificuldade no processo de
alfabetização teatral, mas são capazes de desenvolver oralidade, reconhecer sinais gráficos,
trabalhar sua gestualidade e a sonoridade dependendo do grau de dificuldade das atividades.
É importante valorizar a diversidade e estimular o desempenho sem fazer uso de um
único nivelador. A avaliação deve ser feita em relação ao avanço do próprio estudante sem
usar critérios comparativos. O princípio de inclusão parte dos direitos de todos à educação,
independentemente das diferenças e necessidades individuais, inspirado nos princípios da
Declaração de Salamanca (Unesco, 1994) e presente na Política Nacional de Educação
Especial na Perspectiva de Educação Inclusiva, de 2008.
Todos devem saber o que diz a Constituição, mas principalmente conhecer a meta 4
do Plano Nacional de Educação (PNE): “Universalizar, para a população de 4 (quatro) a 17
(dezessete) anos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades
ou superdotação, o acesso à educação básica e ao atendimento educacional especializado,
preferencialmente na rede regular de ensino, com a garantia de sistema educacional inclusivo,
de salas de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou
conveniados”.
A Lei nº 7.853 estipula a obrigatoriedade de todas as escolas em aceitar matrículas
de estudantes com necessidades especiais – e transforma em crime a recusa a esse direito.
Aprovada em 1989 e regulamentada em 1999, a lei é clara: todas as crianças têm o mesmo
direito à educação. Neste contexto, o professor(a) precisa realizar uma adaptação curricular
para atender à diversidade em sala de aula.
Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva -
Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=16690-
politica-nacional-de-educacao-especial-na-perspectiva-da-educacao-
inclusiva05122014&Itemid=30192. Acesso em: 23 out. 2019.
Deficiência auditiva
Estudantes com deficiência auditiva podem ter lacunas na aprendizagem pela
ausência de informações. Certamente possuem conhecimentos prévios, são capazes e têm
condições de prosseguir aprendendo se forem informados e estimulados de forma
sistemática, levando em conta sua diversidade linguística e possibilidades de comunicação.
Ao dar explicações ou dirigir-se aos estudantes verifique se estão olhando para você.
A maioria se comunica em Libras e pode haver aqueles que fazem uso de aparelhos de
ampliação sonora e leitura labial.
Durante a apresentação das atividades, caso não haja um intérprete, você pode
explicar para a classe toda utilizando desenhos na lousa para a apropriação dos objetos de
conhecimento. Convide um estudante para demonstrar o que deve ser feito, fale olhando de
frente sempre que possível. Nas festividades utilize o Hino Nacional em LIBRAS indicado
no link a seguir: Hino Nacional em LIBRAS. Disponível em: -
https://www.youtube.com/watch?v=S7JnjLby1aY. Acesso em: 03 dez. 2019.
Nas atividades de apreciação teatral, incentive os estudantes a colocarem as mãos
sobre a caixa de som para sentir as vibrações da sonoplastia. Um intérprete pode traduzir a
fala dos atores. Faz parte da escolarização a ampliação de tempos, disponibilização de
comunicação adequada, adequação curricular, acesso às novas tecnologias de informação e
comunicação e diferentes formas de avaliação.
➢ Processo de compreensão e reflexão sobre a iniciação teatral de surdos. Disponível
em:
https://repositorio.unb.br/bitstream/10482/15606/1/2014_CileneRodriguesCarneiroFreitas.
pdf. Acesso em: 30 jan. 2020;
➢ Estudantes surdos cantam, dançam e interpretam na aula de Arte. Disponível em:
https://novaescola.org.br/conteudo/1370/alunos-surdos-cantam-dancam-e-interpretam-na-
aula-de-arte. Acesso em: 30 jan. 2020;
➢ Teatro e deficiência: em busca de uma metodologia inclusiva. Disponível em:
http://www.pe.senac.br/congresso/anais/2015/arquivos/pdf/poster/TEATRO%20E%20D
EFICI%C3%8ANCIA%20em%20busca%20de%20uma%20metodologia%20inclusiva.pdf.
Acesso em: 30 jan. 2020;
Deficiência visual
Todo estudante pode desenvolver habilidades cênicas. Para tanto, é necessário buscar
informações em literatura especializada, sobre a multiplicidade de aspectos relacionados às
causas da cegueira, o grau de acuidade visual, a idade de incidência da perda visual, as
experiências educacionais vivenciadas, as características pessoais e familiares, durante
planejamento das aulas, e a adaptação das atividades.
Existe uma enorme quantidade de gestos, que são habitualmente utilizados por
pessoas que enxergam normalmente, porém, o estudante com deficiência visual não é capaz
de utilizá-los para sua comunicação durante o trabalho com a linguagem teatral, mas, pode
criar e utilizar vocabulário próprio – auditivo/tátil, desenvolvido a partir da semiótica teatral:
gesto, expressão facial, movimentação corporal, voz etc.
➢ Teatro Cego. Disponível em: http://caleidocultura.com.br/teatro-cego/. Acesso em: 31
jan.2020;
➢ Teatro-Educação: uma Experiência com Jovens Cegos. Disponível em:
http://www.deficienciavisual.pt/txt-teatro-educacao_jovens_cegos.htm. Acesso em: 31
jan.2020;
Deficiência intelectual
O Componente Curricular Arte, por meio das suas diferentes linguagens, torna
possível a manifestação de sentimentos e pensamentos colaborando com o desenvolvimento
da comunicação, transformando e enriquecendo as vivências teatrais, através de
experimentações significativas.
Estimular as relações cognitivas, emocionais e lógicas são importantes e necessárias
para o desenvolvimento global.
Nem todos os estudantes poderão formular os registros de maneira autônoma, nesses
casos, o professor pode ser o escriba ou propor outras formas, como desenhos ou imagens
recortadas. Essa adaptação curricular garante a participação efetiva do estudante nas
atividades.
➢ Como Trabalhar com Alunos com Deficiência Intelectual – Dicas Incríveis para
Adaptar Atividades. Disponível em: https://institutoitard.com.br/como-trabalhar-com-
alunos-com-deficiencia-intelectual/. Acesso em: 23 out. 2019.
➢ Arte e Deficiência Intelectual: caminhos, possibilidades. Disponível em:
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2016
/2016_artigo_edespecial_uem_vilmasayurimarubayashi.pdf. Acesso em: 31 jan. 2020.
Avaliação e recuperação
A avaliação e recuperação proposta neste material é diagnóstica, iniciando com a ação
do professor ao investigar o que os estudantes conhecem ou não conhecem acerca dos
objetos de conhecimento que serão abordados e, processual em todos os momentos de
prática pedagógica, nos quais podemos incluir diferentes maneiras de acompanhar, avaliar e
recuperar as aprendizagens.
Nesta concepção de avaliação e recuperação em Arte, é importante adotar a postura
de não estabelecer critérios de comparação, oferecer possibilidades para que os estudantes
alcancem os objetivos esperados, estar atento às dificuldades expostas na realização das
atividades e propor soluções.
O fator socioemocional, presente em todos os momentos de aprendizagem em
agrupamentos produtivos1, tem em vista, a formação integral do estudante. É importante
frisar que o tempo necessário para o desenvolvimento das habilidades, por meio de situações
de aprendizagem pode variar entre uma turma e outra, mesmo que da mesma etapa.
O uso diário de registro em um portfólio é uma importante ferramenta para
acompanhar os avanços e dificuldades no desenvolvimento de habilidades e apropriação dos
conhecimentos, observação dos processos criativos, relação com os colegas, considerações
e suposições inteligentes2, participação, empenho, respeito pela produção individual, coletiva
1 Agrupamentos produtivos: Os agrupamentos seguem os princípios dos saberes já construídos pelas crianças
em seu percurso escolar, bem como leva em consideração a heterogeneidade de saberes existentes no espaço
escolar e a sua importância na construção dos saberes dos estudantes, pois essa forma de trabalho é ancorado,
em sua concepção, pela interação entre as crianças com a mediação do professor. Disponível em:
http://www.escoladeformacao.sp.gov.br/portais/Portals/183/repositorios/biblioteca/Agrupamentos%20pr
odutivos.pdf. Acesso em: 04 set. 2019.
2 Suposições inteligentes: hipóteses de cada indivíduo, baseadas em seus conhecimentos prévios e bagagem
cultural.
e colaborativa, autoconfiança, valorização das diferentes expressões artísticas,
reconhecimento de que todos os obstáculos e desacertos que podem ser superados.
Dessa forma, o resultado das avaliações assegurará ao professor elementos
necessários para analisar seu planejamento, replanejar se necessário e também para o
acompanhamento e propostas de recuperação das aprendizagens durante o ano letivo.
Antes de iniciar as situações de aprendizagem, apresentamos o Organizador
Curricular.
No quadro estão dispostas todas as habilidades, que expressam as aprendizagens
essenciais que devem ser asseguradas aos estudantes, nesta etapa. Para tanto, são descritas de
acordo com uma determinada estrutura, conforme o exemplo a seguir:
Código Alfanumérico: EF03AR13 – semelhante à numeração apresentada na BNCC.
EF = Ensino Fundamental - 03 = 3º ano - AR = Arte - 13 = número da habilidade.
Habilidade: (EF03AR13) Experimentar, identificar e apreciar músicas próprias da cultura
popular brasileira de diferentes épocas, incluindo-se suas matrizes indígenas, africanas e
europeias.
Verbos que explicitam os processos cognitivos envolvidos na habilidade: Experimentar,
identificar e apreciar.
Objetos de conhecimento mobilizados na habilidade: Músicas próprias da cultura
popular brasileira.
Modificadores dos objetos de conhecimento, que explicitam o contexto e/ou uma maior
especificação da aprendizagem esperada: de diferentes épocas incluindo-se suas matrizes
indígenas, africanas e europeia. Em outras habilidades, também existem modificadores de
verbos. Por exemplo, “experimentar” “utilizando”
Condições didáticas e indicações para o desenvolvimento das atividades:
Demonstram as ações necessárias para alcançar o desenvolvimento das habilidades,
articuladas aos tipos de conteúdo (Conceitual, Atitudinal, Procedimental e Factual).
Observar se o estudante: Indicações que auxiliarão nos processos de avaliação e
recuperação.
Habilidades integradoras: São habilidades que propõem conexões entre duas ou mais
linguagens artísticas, para ampliação das possibilidades criativas, de compreensão de
processos de criação e fomento da interdisciplinaridade.
Situação de Aprendizagem I
Habilidade:
(EF01AR18) Reconhecer e apreciar histórias dramatizadas e outras formas de manifestação
teatral presentes em seu cotidiano (inclusive as veiculadas em diferentes mídias, como TV e
internet, e em espaços públicos), cultivando a percepção, o imaginário, a capacidade de
simbolizar e o repertório ficcional.
Objetos de Conhecimento: Contextos e práticas
● Histórias dramatizadas
● Formas de manifestações teatral
Professor, nesta situação de aprendizagem estão previstas cinco atividades. Nelas, você
vai conversar com os estudantes para levantar os conhecimentos prévios, sobre os objetos
de conhecimento e seus modificadores. É importante que você realize registros durante o
desenvolvimento das atividades, para colaborar com seus momentos de avaliação e
recuperação. Para ampliação de seu repertório pessoal elencamos abaixo alguns conceitos
importantes para o desenvolvimento das atividades:
Histórias dramatizadas: Uma história se caracteriza por um conjunto de informações que
tem a função de contar algo, que pode ser verdade ou ficção. Para isso, reúne informações e
outros elementos encadeados, gerando uma certa lógica com intenções diversas. Qualquer
história pode ser dramatizada, ou seja, o texto é transformado para o discurso direto e
adequado para ser representado na forma teatral. Por exemplo, é muito comum dramatizar
histórias de livros que foram escritas há muito tempo. Essa prática se chama roteirização.
Para saber mais: Dramatização de histórias infantis e a compreensão de leitura por crianças
institucionalizadas. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-37722012000200004. Acesso
11/11/2019.
Manifestação teatral: Existem muitas formas de manifestação teatral, sendo que cada uma
possui suas próprias características, portanto, são muitas as formas de se fazer teatro - teatro
de sombras, teatro de bonecos, teatro experimental, teatro de rua, teatro musical, jogos teatrais,
improvisação, outros exercícios e vivências que mobilizem o público de alguma forma. O fazer
teatral necessita de três elementos para acontecer: um personagem (ator/atriz), uma ação e o
público (que pode ser uma pessoa).
Atividade 1: Sondagem
Professor, para iniciar esta atividade, organize uma roda e converse com a turma,
inserindo as perguntas de forma simples, permitindo que todos que quiserem, possam
apresentar suas ideias e colocações. À medida que a conversa se desenvolve, anote palavras
e faça desenhos na lousa para pontuar cada conceito. Realize um fechamento e, em seguida,
solicite que registrem em seus cadernos as informações que estão na lousa. Você pode
elaborar outros questionamentos, de acordo com sua realidade e necessidade.
1. Quais histórias vocês conhecem? Quem e como contou para vocês?
2. O que vocês entendem por histórias dramatizadas (encenadas)? Quais conhecem?
3. Quais histórias dramatizadas (encenadas) já assistiram na TV, na internet ou no teatro?
4. Quais as diferenças entre as pessoas com quem convivemos e os personagens de uma
história dramatizada (encenada)? Como são os lugares onde se passa a história?
5. Já assistiram a uma peça de teatro contada por bonecos? Quais as diferenças entre uma
peça teatral representada por pessoas e uma representada por bonecos?
Atividade 2: Apreciação
Professor, analise os vídeos e as imagens, antes de apresentá-las aos estudantes.
Durante a apreciação, reforce os conceitos trabalhados na atividade anterior. É importante
que eles possam falar sobre o que reconhecem e imaginam ao apreciar personagens e histórias
dramatizadas. Após a apreciação solicite que registrem, o que aprenderam, por meio de
desenhos. Se possível, procure em seu acervo pessoal ou no acervo da escola, livros de
histórias infantis que foram dramatizadas, para o teatro, cinema ou tv para ampliar essa
apreciação. Você pode selecionar outras referências, de acordo com sua realidade e
necessidade.
1 2
3 4
1- Ilustração: Chapeuzinho Vermelho. Jo Justino/Pixabay. Disponível em: https://cdn.pixabay.com/photo/2016/06/17/05/46/little-
red-riding-hood-1462741_960_720.png. Acesso em: 17 abr. 2020.
2 - Ilustração Alice no País das Maravilhas. Azzy_roth/Pixabay. Disponível em:
https://cdn.pixabay.com/photo/2014/02/28/02/47/alice-in-wonderland-276452_960_720.png. Acesso em: 17 abr. 2020.
3 - Marionetes - Pinóquio. Antranias/Pixabay. Disponível em: https://pixabay.com/pt/photos/clássico-colorido-boneca-rosto-21684/.
Acesso em: 17 abr. 2020.
4. Foto de teatro de dedoches. Disponível em: https://cdn.pixabay.com/photo/2014/04/15/19/28/puppet-theatre-325132_960_720.jpg.
Acesso em: 17 abr. 2020.
Vídeo 1. A Bruxinha que era boa – República Ativa de Teatro – Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=5rs6Ktch7cM. Acesso em: 07 nov. 2019.
Vídeo 2. O Rei Leão - O Musical. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=BJugKJj5-Ik.. Acesso em: 07 nov. 2019.
Vídeo 3. Espetáculo Os Saltimbancos – Odeon Companhia Teatral. Disponível em:
https://youtu.be/WSuwCY7YPf0. Acesso em: 17 abr. 2020.
Vídeo 4. O Velho e a Horta - Teatro de bonecos. Disponível em
https://youtu.be/Spdk6rMVrsM?list=PLuP7SQK7lt1Yn5HLXGkSd9cUtTsKQmgBA. Acesso em:
17 abr. 2020.
Sugerimos algumas perguntas para nortear a conversa após a apreciação:
1. O que mais chamou a atenção dos estudantes?
2. Perceberam que uma mesma história pode ser contada de formas diferentes? Essas
histórias ganham vida quando contadas?
3. Quais são as diferentes formas de se contar uma história?
4. Existem diferentes formas de fazer teatro? Quais?
Atividade 3: Ação Expressiva I
Professor, nesta atividade, os estudantes irão vivenciar jogos como forma de
reconhecer e apreciar formas de manifestações teatrais, cultivando a percepção, o imaginário
e a capacidade de simbolizar teatralmente.
A) Jogo dos Nomes: Organize a turma sentados numa roda. Explique que cada participante,
iniciando pelo professor, deve dizer o seu nome (o jogo segue no sentido horário). A mesma
ação é repetida, só que agora, cada um dirá o nome do colega que estiver sentado do seu lado
esquerdo (ainda no sentido horário). Caso algum estudante não se lembre do nome do colega,
ele pode perguntar, não há problema. Outras variações podem ser jogadas, ao critério do
professor. O mais importante é estabelecer um ambiente descontraído, estabelecendo um
clima de bem-estar por estarem jogando juntos, e que o nome de cada um possa ressoar no
espaço, como um jogador igualmente importante do grupo.
B) Jogo “Troque de lugar comigo”: Organize a turma em pé numa roda. Explique que
para trocar de lugar com outra pessoa da roda, um jogador se dirige ao outro, chamando-o
pelo nome. Os dois vão ao centro da roda e seguem para ocupar o lugar em que o outro
estava. O professor faz a primeira troca, para demonstrar. Só uma dupla de cada vez pode
estar em movimento, para isso, é necessário estabelecer uma regra que pode ser o sentido
horário ou outra qualquer. É preciso esperar que cada dupla se posicione novamente na roda
para prosseguir o jogo. O jogo é fácil, porém, necessita de silêncio, concentração e atenção
dos estudantes.
C) Jogo “Troca de lugar com características”: Professor, explique que nesse jogo, serão
explorados muitos detalhes ao mesmo tempo. Por exemplo: trocam de lugar que nasceram
no mês de maio; trocam de lugar os que estão com tênis rosa; trocam de lugar os que não
gostam de sorvete. O formato do jogo continua o mesmo, mas agora um número maior de
estudantes trocam de lugar, de acordo com as características indicadas por você. Você pode
pedir que alguns estudantes também indiquem detalhes.
D) Jogo: “Explorando o espaço”:
a. Os jogadores deslocam-se pela sala com o objetivo de manter ocupados os espaços vazios,
buscando uma distribuição homogênea pelo ambiente. Ao sinal do professor, todos devem
parar onde estão e observar se há espaços vazios ou, se o grupo está bem distribuído pelo
espaço. Os estudantes que estiverem mais próximos dos espaços vazios deverão, em câmera
lenta, se deslocar e preenche-lo.
b. O professor pede aos jogadores que observem, durante o deslocamento, quem está com
um detalhe específico de roupa, penteado etc. Aquele que responder primeiro, o nome do
colega, deve lançar a próxima pergunta, a respeito de um detalhe percebido em outro jogador.
E) Roda de conversa: Organize a turma, sentados em roda e converse sobre os jogos.
Aproveite e realize registros para a colaborar com a avaliação. Sugerimos algumas perguntas
para essa conversa: O que foi fácil e o que foi difícil no jogo dos nomes? Como vocês se
sentiram quando ouviram seus nomes para trocar de lugar? Como foi o jogo de caminhar
observando as coisas que existem na sala? Conseguiram perceber a distribuição das pessoas
pelos espaços? Viram algo que não tinham percebido ainda? Observaram algo, nos colegas,
que não tinham notado antes? Querem comentar ou perguntar algo?
Atividade 4: Ação Expressiva II
Professor, nesta atividade, solicite aos estudantes que prestem bastante atenção na
história que será dramatizada e narrada por você. Escolha uma história que os estudantes já
conhecem e convide-os a participar da história respondendo às perguntas sobre o enredo, que
serão feitas por você. Os questionamentos devem propor aos estudantes que imaginem
soluções para a narrativa:
a. O que será que ele disse? O professor interrompe a narrativa e pergunta aos estudantes,
quais seriam as falas que poderiam ser feitas, por determinado personagem, e deixa que os
jogadores proponham soluções possíveis.
b. Qual foi a cara que ele fez? O professor convida os estudantes a demonstrar a fisionomia
de um personagem em uma dada situação da narrativa, como por exemplo: “ao ver que o
robô chorava, o menino fez uma cara, uma cara assim tão... qual foi a cara que ele fez?”.
c) Como alguém faz quando se sente assim? O professor convida os estudantes a
demonstrar a reação de algum personagem em uma dada situação da narrativa, como por
exemplo: “ele ficou com tanto medo que ... O que será que ele fez? Como alguém mostra
que está com muito medo?”.
d) Como é o som desta situação? O professor propõe que os estudantes criem paisagens
sonoras, relacionados com momentos da história, como por exemplo: “o mar estava muito
agitado.” Qual é o som do mar quando está agitado? E se o mar ficasse mais agitado ainda,
como seria? E se começasse a chover muito forte, como seria o som do temporal e do mar
ao mesmo tempo? Como é o som do mar quando está calmo, tranquilo, em um lindo dia de
sol?”.
e) Como será que eles estavam se comportando? A partir de uma dada situação da
história, o professor propõe que alguns jogadores (cinco ou seis) fiquem no centro da roda
para demonstrar como os personagens estavam se comportando, de acordo com a história,
como por exemplo: “a cidade estava lotada de gente, andando com a cara fechada, todos
muito mal-humorados.” Como é que essas pessoas andavam na rua?
O professor pode pensar em outros modos de abordagem das diversas situações da
história. A cada resposta sonora ou gestual dos estudantes, o professor observa, destaca,
valoriza e se diverte junto com eles. Há sempre mais de uma solução a ser observada e
comentada, para prosseguir a narrativa. É importante que o professor selecione a história e
prepare roteiros para propor aos estudantes, antecipadamente.
Ao final da história teatralizada, proponha uma roda de conversa com os estudantes
e relembre alguns pontos. Sugerimos algumas perguntas para essa conversa: Vocês lembram
o modo como o medo foi mostrado? Como era mesmo? Todos mostraram da mesma forma?
O que foi diferente? Por que era diferente? Você pode selecionar outras perguntas, de acordo
com sua necessidade ou realidade. Por último, solicite aos estudantes que façam em seus
cadernos, um desenho da cena que mais lhes chamou atenção durante a atividade.
Atividade 5: Ação Expressiva III
Para essa atividade, organize uma a visita à sala de leitura ou biblioteca de sua escola.
Caso não seja possível, solicite aos estudantes antecipadamente que tragam um livro
paradidático ou selecione e leve para a sala de aula, livros que sejam adequados à faixa etária
dos estudantes. Diga aos estudantes que eles devem analisar os livros, observando as
imagens, e imaginando como seriam as movimentações dos personagens. Em seguida,
convide os estudantes para realizar jogos corporais:
a. Movimentação corporal: Explique que os jogadores devem se deslocar pela sala, em
diferentes velocidades, conforme sua orientação, procurando ocupar todos os espaços
vazios, buscando uma distribuição homogênea do grupo pelo ambiente. Ao seu sinal, todos
devem parar onde estão e observar se há vazios entre os jogadores ou se o grupo está bem
distribuído pelo espaço.
b. Mudança de apoios: O professor propõe que os estudantes andem sobre a ponta dos
pés, com a borda externa dos pés, com a borda interna dos pés, com os calcanhares etc.
c. Criando personagens: Com bastante atenção, para não se chocarem com os colegas, eles
devem andar e se movimentar como se fossem: anões, gigantes, bonecos, patinhos, príncipes
ou princesas, bruxas ou bruxos, gatos, entre outros personagens.
d. Improvisando com Objetos: Divida a turma em grupos de seis integrantes, que vão
escolher um livro com uma história infantil. Cada grupo, irá improvisar uma cena e os
personagens serão feitos a partir de objetos coletados de uma caixa de “coisas” (requer
preparação prévia da caixa – coloque nela uma série de objetos do dia a dia). Após os ensaios,
eles irão apresentar a cena para os colegas.
Ao final das atividades propostas, realize uma roda de conversa e analise as atividades.
Converse com os estudantes, sentados em roda, sobre o contato com os livros, e lance
perguntas que estimulem os estudantes a pensarem sobre a realização dos jogos: Como foi
caminhar no espaço? Conseguiram caminhar de várias formas? Como foi caminhar como
um boneco? E como os outros personagens, foi fácil caminhar? Como foi improvisar a cena
com os personagens feitos de objetos?
Solicite que os estudantes desenhem o momento mais marcante, divertido e difícil das
atividades.
Situação de Aprendizagem II
(EF01AR21) Exercitar a improvisação e o faz de conta, ressignificando objetos e fatos e
experimentando-se no lugar do outro.
Objeto de Conhecimento: Processos de Criação
● Improvisação e Faz de conta
Para esta Situação de Aprendizagem estão previstas cinco atividades. Você vai
trabalhar a improvisação e o faz de conta com seus estudantes. Vai explorar jogos corporais,
sonoros, musicais, criações corporais com objetos, improvisações com objetos inusitados, e a
criação coletiva e criativa de uma história a ser improvisada. Apresentamos a seguir alguns
conceitos para ampliação de repertório.
Faz de conta: O faz de conta é parte do brincar e do desenvolvimento do estudante. Esse
importante elemento colabora para que a criança use a imaginação e a criatividade na criação
de histórias, mundos, sistemas, fantasias e regras baseadas em sua vivência.
Improvisação teatral na escola – Exercício que estimula a criatividade e a agilidade mental,
promove grande diversidade e originalidade expressiva, tanto corporal quanto vocal, amplia
limites e desperta a espontaneidade, imaginação e adaptabilidade dramática de atores e não
atores. Ela pode ser realizada tanto individualmente quanto em equipe.
Atividade 1: Sondagem
Professor, para iniciar esta atividade, organize uma roda e converse com a turma,
inserindo as perguntas de forma simples, permitindo que todos que quiserem, possam
apresentar suas ideias e colocações. À medida que a conversa se desenvolve, anote palavras
e faça desenhos na lousa para pontuar cada conceito. Realize um fechamento e, em seguida,
solicite que registrem em seus cadernos as informações que estão na lousa. Você pode
elaborar outros questionamentos, de acordo com sua realidade e necessidade.
1. O que é uma história de faz de conta? Vocês gostam?
2. Você já brincou de faz de conta? Quando? Onde? Com quem?
3. Como vocês brincam de faz de conta?
4. Existem cenários ou lugares especiais onde a história do faz de conta acontece?
5. Que tipo de coisas vocês utilizam em suas histórias de faz de conta? Roupas,
bonecos, objetos, tecidos etc?
6. Qual o assunto das suas histórias de faz de conta? Qual o tema preferido?
7. Quais personagens aparecem em suas histórias de faz de conta? Como eles são?
8. Vocês sabem o que é improvisar? Já fizeram uma improvisação? Como?
Atividade 2: Apreciação
Professor, analise os vídeos e as imagens, antes de apresentá-las aos estudantes.
Durante a apreciação, reforce os conceitos trabalhados na atividade anterior. É importante
que eles possam falar sobre o que reconhecem e imaginam pensando em histórias de faz de
conta. Após a apreciação solicite que registrem, o que aprenderam, por meio de desenhos.
Você pode selecionar outras referências, de acordo com sua realidade e necessidade.
Sugerimos algumas perguntas para nortear a conversa durante a apreciação:
1. Pensando em “faz de conta”, o que as imagens nos fazem pensar?
2. Quais histórias podemos criar a partir dos objetos e temáticas apresentados nas imagens?
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1. Figuras de ação. Fonte: Adina Voicu/Pixabay. Disponível em: https://pixabay.com/pt/photos/brinquedos-figurines-
%C3%ADndios-1596716/. Acesso em: 05 mai. 2020.
2. Ilustração de fada. Fonte: Artsy Bee/Pixabay. Disponível em: https://pixabay.com/pt/illustrations/fadas-fantasia-arte-cena-design-
1206835/. Acesso em: 05 mai. 2020.
3. Crianças e bolas de sabão. Fonte: Michael Gaida/Pixabay. Disponível em: https://pixabay.com/pt/photos/estrada-crianças-jogar-
colorido-2672029/. Acesso em: 05 mai. 2020.
4. Blocos de montar. Fonte: Thaliesin/Pixabay. Disponível em https://pixabay.com/pt/photos/blocos-de-construção-pedras-
colorido-1563961/ Acesso em: 05 mai. 2020.
5. Bonecas de Pano. Fonte: Nadine Doerle/Pixabay. Disponível em: https://pixabay.com/pt/photos/boneca-boneca-de-pano-
boneca-crioula-1388900/. Acesso em: 05 mai. 2020.
6. Cozinha em miniatura. Fonte: Stux/Pixabay. Disponível em: https://pixabay.com/pt/photos/bonecas-de-cozinha-brinquedos-
idade-546613/. Acesso em: 05 mai. 2020.
7. Personagens em pelúcia e livro da História Os Três Porquinhos. Fonte: Evânia Escudeiro. Acervo particular.
8. Criança brincando com colcha de tecido. Fonte: Shimex/Pixabay. Disponível em: https://pixabay.com/pt/photos/bonecas-de-
cozinha-brinquedos-idade-546613/. Acesso em: 05 mai. 2020.
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1. Bonecas de pano. Fonte: Ajale/Pixabay. Disponível em: https://pixabay.com/pt/photos/bonecos-pano-costurado-1569477/.
Acesso em: 06 mai. 2020.
2. Pipa. Fonte: AElliot/Pixabay. Disponível em: https://pixabay.com/pt/photos/o-lagarto-pipa-céu-tela-4974830/. Acesso em: 06
mai. 2020.
3. Crianças brincando de roda. Fonte: Mufidpwt/Pixabay. Disponível em: https://pixabay.com/pt/photos/crianças-dança-jogar-
menina-513481/. Acesso em: 06 mai. 2020.
4. Crianças brincando com pneus. Fonte: Dennies025/Pixabay. Disponível em: https://pixabay.com/pt/photos/criança-jogar-
infância-feliz-2769913/. Acesso em: 06 mai. 2020.
5. Bonecas de pano ABAYOMI. Semana Afro da EE Pedro de Morais Victor. 2017 Fonte: Flicker Governo do Estado de São
Paulo. Disponível em: https://bit.ly/2XOz9e9. Acesso em: 20 mai. 2020.
6. Amarelinha. Fonte: Merio/Pixabay. Disponível em: https://pixabay.com/pt/illustrations/p%C3%A9s-sapatos-amarelinha-
tempo-quente-1998693/. Acesso em: 06 mai. 2020.
Vídeo 1. Tutorial: Como fazer pipa para criança. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=XeRESuf94h8. Acesso em: 13 nov. 2019.
Vídeo 2. Ciranda Cirandinha – Quintal da Cultura. Disponível em:
https://youtu.be/p81F89XEbq8. Acesso em: 13 nov. 2019.
Vídeo 3. Alecrim Dourado – Villa das Crianças – Heitor Villa-Lobos. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=eR2gR_n2jJA. Acesso em: 13 nov. 2019.
Vídeo 4. Borboletinha - Quintal da Cultura. Disponível em: https://youtu.be/9goWXrS1cN8.
Acesso em: 13 nov. 2019.
Vídeo 5. Toré Infantil – Indígenas Kaimbé. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=TprMi_HkLcE. Acesso: 21 nov. 2019.
Após apresentar as imagens e vídeos, você pode fazer algumas perguntas:
1. Quais brincadeiras já conheciam? Qual gosta mais?
2. Quais os jogos já conheciam? Qual gosta mais?
3. Quais danças já conheciam? Qual gosta mais?
4. Quais cantigas de roda já conheciam? Qual gosta mais?
5. Quais outras versões dessas brincadeiras, danças, canções e jogos conhecem?
Atividade 3: Ação Expressiva I
Professor, nesta atividade a proposta é produzir uma boneca Abayomi. Solicite com
antecedência aos estudantes ou à escola, os materiais necessários: um retângulo de tecido de
cor preta medindo 24 x 12 cm; um retângulo de tecido de cor preta medindo 24 x 0,5 cm;
um retângulo de tecido colorido ou estampado medindo 14 x 8 cm; duas tiras de tecido
colorido ou estampado de 20 cm x 2 cm ou dois pedaços de fita de tecido e uma tesoura
sem ponta.
Se necessário, apresente o vídeo para que os estudantes percebam como é o processo
de confecção da boneca, antes de iniciar a atividade.
Boneca Abayomi. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=wD7z27RjeNc. Acesso:
13 nov. 2019.
Diga aos estudantes que tudo deve ser feito com calma. Eles devem seguir o passo
a passo da construção da boneca acompanhando você, por isso, explique e mostre como
fazer. Incentive-os e auxilie se necessário.
Modo de fazer:
• Pegue o tecido preto com 24 x 12 cm, e dê um nó numa das pontas, deixando sobrar
um pedaço pequeno de tecido para cima do nó, para fazer a cabeça e o cabelo da boneca.
• Dobre ao meio o tecido que sobrou, no sentido do comprimento, e corte dividindo o
tecido em duas partes iguais, parando dois dedos antes da cabeça. Essas duas partes
serão as pernas da boneca. Dê um nó, bem próximo da ponta de cada parte e forme os
pés.
• Pegue o tecido preto com 24 x 0,5 cm e dobre-o ao meio, no sentido do comprimento
amarre-o, duas vezes. Amarre-o, meio centímetro, abaixo da cabeça da boneca, para
formar os dois braços. ATENÇÃO! Deixe sobrar a mesma quantidade de tecido para
ambos os lados, para que eles tenham a mesma medida. Na ponta de cada braço será
dado um nó, formando as mãos da boneca. O corpo da boneca está pronto.
• Pegue o tecido estampado com 14 x 8 cm e dobre-o em quatro partes (unindo as pontas
como uma folha de sulfite) e faça um pequeno corte na ponta mais grossa (a que tem
mais tecido, onde seria o meio do tecido aberto). Abra o tecido, que agora é um vestido,
e coloque-o na boneca. Amarre uma das tiras com 20 x 2 cm na cintura da boneca para
prender o vestido e enrole a outra tira na cabeça da boneca, fazendo um turbante. A
boneca está pronta. Ao final, promova uma exposição, momentos para brincar e, se os
estudantes desejarem, um momento de troca. Realize uma roda e converse sobre a
atividade.
Atividade 4 - Ação Expressiva II
Professor, nesta atividade os estudantes confeccionarão uma espécie de pipa,
chamada Capucheta. Para isso, prepare os seguintes materiais: folhas de papel (na medida
30x x20 cm), tesoura, fita adesiva e linha comum.
Converse com os estudantes sobre os perigos que envolvem soltar pipas na rua, em
lajes e áreas próximas aos fios da rede elétrica. Diga que os locais mais adequados para realizar
essa brincadeira, são os espaços abertos. Para experimentar as capuchetas leve-os até a
quadra.
Observe as imagens a seguir. Elas estão baseadas em uma folha de papel com as
medidas de 30 x 20 cm e servirá para ilustrar o passo a passo.
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Esquema elaborado especialmente para o São Paulo faz Escola
Modo de Fazer: Diga aos estudantes que eles devem ficar atentos às instruções.
1. Com a folha na posição horizontal, dobre-a ao meio, fazendo um vinco;
2. desdobre a folha e marque a “medida 1” (12cm), a partir do ponto A.
3. marque a “medida 2” (12cm), a partir do vinco central da folha;
4. dobre a folha, unindo o ponto A ao ponto B;
5. corte o papel com a folha dobrada (pontos A e B unidos);
6. desdobre o papel para obter um recorte no formato da imagem 2;
7. coloque fita adesiva, nos pontos A, B e D (imagem 2) para reforçar o papel;
8. faça um pequeno furo, no centro das fitas adesivas, e amarre uma linha em cada uma
delas, sem amassar o papel.
9. junte as linhas dos pontos A e B e amare formando o ponto C (estirante);
10. corte tiras finas de papel e amarre-as na linha que está presa no ponto D, com espaço
de três dedos entre uma e outra, para fazer a rabiola. A capucheta está pronta!
Ao final, realize uma roda de conversa sobre como foi a produzir a capucheta. Anote
as considerações dos estudantes para a avaliação. Você também pode solicitar um registro
dessa atividade por meio de um desenho.
Para saber mais: Pipa Ratinho ou Capucheta. Disponível em: https://youtu.be/QB5RaQdqIC8.
Acesso em: 13 nov. 2019.
Atividade 5: Ação Expressiva III
Professor, esta atividade será dividida em quatro momentos, onde os estudantes irão
cantar e dançar cirandas de roda, e uma dança inspirada na Toré. Forme um grande círculo
com o estudantes e apresente a história da ciranda e sua importância dentro das comunidades
indígenas e rurais do nosso país. Os momentos são os seguintes:
a. Ciranda com um círculo só: Forme uma grande roda e explique que todos deverão
permanecer de mãos dadas enquanto andam (para a direita), seguindo o ritmo da música.
Você pode cantar ou utilizar gravações.
b. Ciranda com duas rodas: divida a turma em dois grupo, e organize uma roda dentro
da outra. Nesse tipo de ciranda, você pode orientar que as rodas girem em direções
opostas. Escolha uma cantiga de roda que todos conheçam e comece a ciranda.
c. Dança indígena Toré: apresente o vídeo da Dança indígena Toré. Em seguida,
organize a turma e realize uma dança de roda inspirada nos passos do Toré. Marque o
ritmo dos passos com palmas.
Toré das crianças da Aldeia São Francisco – PNR Caravanas 3, Programa 8 - Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=MX3W-7UnI1k. Acesso em: 12 nov. 2019.
Ao final de cada momento procure realizar uma roda de conversa retomando o que
foi trabalhado e analise as experiências para os estudantes. Você pode solicitar registros, por
meio de desenhos para cada momento vivido.
Atividade 6: Ação Expressiva IV
Professor, nesta atividade, você vai apresentar a lenda indígena da mandioca aos
estudantes, que irão realizar um cartaz baseado nela. Essa proposta será dividida em
momentos, conforme segue:
a. Apresentação da lenda da mandioca: A lenda da mandioca faz partes das lendas
indígenas do folclore brasileiro e conta com diferentes versões de acordo com a região
ou a tribo. A seguir, apresentamos a versão elaborada por Kazuo Nagasse – PCNP da
DER de Jales:
Lenda da Mandioca
Em uma tribo indígena vivia Mani, um linda indiazinha, muito alegre e brincalhona,
simpática e atenciosa com todos. Mani era muito querida em sua tribo e era neta do Cacique.
Quando Mani nasceu todos ficaram muito felizes.
O tempo passou e Mani foi crescendo, até que um dia, ficou muito doente. O Cacique
e a mãe de Mani chamaram o Pajé da tribo, que fez tudo possível para cuidar da saúde da
menina, mas nada adiantou e ela faleceu, deixando toda a tribo muito triste. O Cacique então,
mandou enterrar Mani dentro de sua oca. As lágrimas de todos da tribo umedeceram tanto
o lugar onde ela estava enterrada, que com o passar do tempo, começou a brotar uma planta
desconhecida, que era cuidada pela mãe de Mani.
Com o passar do tempo a terra em volta da planta rachou, mostrando suas raízes,
que eram fortes, grossas, de cor marrom por fora e brancas por dentro. A tribo se reuniu e
deu o nome de Manioca para a planta, que passou a alimentar a tribo, trazendo alegria e
conforto a todos. Com o passar do tempo, o nome se transformou em mandioca.
b. Criação de personagens: Neste momento os estudantes vão criar os personagens e
elementos da lenda da mandioca, por meio de desenhos e cartazes. Para isso, solicite os
materiais com antecedência. Divida a turma em grupos de acordo com quantidade de
personagens e elementos presentes na lenda. Cada grupo vai criar e pintar um ou mais
personagens ou elementos na folha de sulfite. Terminada a criação, os estudantes
recortam e colam as figuras numa cartolina.
c. Criação de cenário de fundo: Um grupo de estudantes deverá criar um painel para
servir de fundo para a colocação dos cartazes. Solicite os materiais, com antecedência.
Converse com eles sobre os temas que serão desenhados no painel de uso coletivo, e
determine um espaço na sala de aula, para colocar o painel.
d. Montagem do grande painel: Organize um momento para que todos possam mostrar
suas produções e escolherem os locais onde as colocarão. A montagem é colaborativa e
todos devem ter a oportunidade de participar.
e. Roda de conversa: Ao final de cada momento procure realizar uma roda de conversa
retomando o que foi trabalhado e percebendo como foi a experiência para os estudantes,
como se sentiram criando personagens, cenários, elementos de cena, participando de
uma improvisação e realizando um teatro de ou vareta. Você também pode solicitar
um registro por meio de desenhos.
Referências Bibliográficas
KANÁTYO, PONIOHOM E JASSANÃ PATAXÓ. Cada dia é uma História. Brasília:
MEC/SEF, 2001.
DESGRANGES, Flávio. A Pedagogia do Espectador. São Paulo, Hucitec, 2003.
________. Pedagogia do Teatro: provocação e dialogismo. São Paulo, Hucitec, 2006.
PAVIS, Pavis. Dicionário de Teatro. São Paulo, Perspectiva. 2009
SPOLIN, Viola. Improvisação para o Teatro. São Paulo, Perspectiva, 1992.
SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Coordenadoria de Estudos e Normas
Pedagógicas. Orientações curriculares e didáticas de arte para o ensino fundamental
anos iniciais: 1º ano / Secretaria da Educação, Coordenadoria de Gestão da Educação
Básica; coordenação geral, Carlos Eduardo Povinha, Roseli Ventrella; textos, Maria
Terezinha Teles Guerra ... [et al.]. - São Paulo: SE, 2015.
________. O ensino de Arte nas séries iniciais: ciclo I / Secretaria da Educação.
Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas; organização de Roseli Ventrella e
Maria Alice Lima Garcia. São Paulo: FDE, 2006.