PWM Final Mesmo

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA – UDESC

CENTRO DE CIENCIAS TECNOLÓGICAS – CCT


ENGENHARIA ELÉTRICA

MATHEUS ZIMMER SCHUPEL


VÍTOR HORBE PEREIRA DA COSTA

MODULAÇÃO DE ONDA QUADRADA UTILIZANDO AMPLIFICADORES


OPERACIONAIS

JOINVILLE, 2017
MATHEUS ZIMMER SCHUPEL
VÍTOR HORBE PEREIRA DA COSTA

MODULAÇÃO DE ONDA QUADRADA UTILIZANDO AMPLIFICADORES


OPERACIONAIS

Trabalho apresentado como requisito


parcial para obtenção de aprovação na
disciplina de Eletrônica Aplicada, no
Curso de Engenharia Elétrica, na
Universidade do Estado de Santa
Catarina.

Professor: Dr. Sérgio Vidal

JOINVILLE, 2017
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RESUMO

Este trabalho tem por objetivo apresentar um circuito que implementa um


modulador de pulso, variando seu Duty Cycle. Existem várias maneiras de se construir
circuitos PWM (Pulse width modulation), porém neste trabalho usaremos
amplificadores operacionais aplicando o LM 741. O circuito consiste na comparação
de uma onda triangular com um nível DC. A onda triangular é gerada integrando-se
a saída de um circuito multivibrador de relaxação astável. O nível DC é obtido através
de uma fração da tensão de alimentação, tendo como controle um potenciômetro.

Palavra-chave: Multivibrador. PWM. Amplificador Operacional. LM741.

“Se cheguei até aqui foi porque me apoiei no ombro de gigantes. ””

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SUMÁRIO

1. Introdução ................................................................................................ 5

2. Circuito Proposto ..................................................................................... 6

2.1 Multivibrador Astável ............................................................................ 6

2.2 Integrador Miller ................................................................................... 8

2.3 Comparador ......................................................................................... 9

3. Prática ................................................................................................... 13

4. Conclusões ............................................................................................ 17

5. Referências ........................................................................................... 18

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1. Introdução

Circuitos moduladores de pulso são muito utilizados em controle de motores,


fontes chaveadas, amplificadores digitais e diversas aplicações que requerem
amostragem de sinais. Circuitos microprocessados, de sua maioria, apresentam uma
porta de saída moduladora de pulso.
Uma maneira de implementar esse circuito é utilizando amplificadores
operacionais, porém esse método tem uma finalidade didática, sendo pouco eficiente
para aplicações práticas.
O circuito simulado e implementado em laboratório poderia facilmente ser
substituído por um circuito integrado, reduzindo o número de componentes e custos.
O circuito consiste basicamente em três blocos. O primeiro um multivibrador
astável, o segundo um integrador e o terceiro um comparador.

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2. Circuito Proposto

O circuito proposto pode ser representado pelo diagrama de blocos mostrado


na figura 1.

Figura 1 – Diagrama de blocos

Fonte: Elaborado pelo autor

2.1 Multivibrador Astável

O primeiro bloco, o Multivibrador Astável, gera uma onda quadrada através do


chaveamento entre as tensões de alimentação do amplificador operacional. O sinal
de saída na prática possui amplitude de 𝑉𝑠𝑎𝑡 , geralmente um ou dois volts abaixo do
sinal de alimentação. O período é dado pelos elementos do circuito e pode ser
calculado pela equação 1.

1+ 𝛽
𝑇 = 2 𝑅3 𝐶 𝑙𝑛 ( ) (1)
1−𝛽

Onde 𝛽 é a relação de resistores dada pela equação 2.

𝑅1
𝛽= (2)
𝑅1 + 𝑅2

Utilizando 𝑅1 = 𝑅2 = 𝑅3 = 10𝑘Ω e 𝐶 = 100𝑛𝐹, segundo as equações 1 e 2 temos:

𝛽 = 0.5

6
1 + 0.5
𝑇 = 2 100𝑛 10𝑘 ln ( ) = 2.19 𝑚𝑠
1 − 0.5

O que corresponde a uma frequência:

1
𝑓= = 455 𝐻𝑧
𝑇

O circuito multivibrador simulado no Orcad Pspice 16.3 e sua forma de onda de


saída são mostrados na figura 2 e 3 respectivamente.

Figura 2 – Circuito Multivibrador Astável

Fonte: Elaborado pelo autor

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Figura 3 –Forma de onda de saída do Multivibrador

Fonte: Elaborado pelo autor

2.2 Integrador Miller

O segundo bloco é responsável pele integração do sinal de saída do


multivibrador, ou seja, integrar uma onda quadrada. A função é gerar uma onda
triangular de mesma frequência e com ganho unitário. A figura 4 mostra o circuito
integrador e figura 5 sua saída simulada.

Figura 4 – Circuito Integrador

Fonte: Elaborado pelo autor

8
Figura 5 – Circuito Integrador

Fonte: Elaborado pelo autor

2.3 Comparador

A onda triangular proveniente do integrador é comparada com um nível DC


obtido através de um potenciômetro. Esse sinal DC pode variar entre os limites de
alimentação, neste caso -15V e +15V. Conforme variamos o nível DC variamos o Duty
Cycle do sinal saída. Um potenciômetro em 50% corresponde a um Duty Cycle de
50%, ou seja, o mesmo tempo em alta e em baixa. A figura 6 mostra o circuito
comparador e a figura 7 sua saída com nível DC = 0V.

Figura 6 – Circuito Comparador

Fonte: Elaborado pelo autor

9
Figura 7 – Circuito Comparador com Duty Cycle
50%

Fonte: Elaborado pelo autor

O circuito completo é mostrado na figura 8.

Figura 9 – Circuito PWM

Fonte: Elaborado pelo autor

As figuras 10, 11 e 12 mostram as curvas com o potenciômetro em 0.5, 0.25 e


0.75 respectivamente. As cores das curvas são as mesmas das ponteiras utilizadas

10
na figura 9. Sendo o Duty Cycle dado por 𝐷 = 𝑇𝑜𝑛 /𝑇. Desprezamos o tempo de subida
e descida, provocados pelo Slew Rate, no cálculo do Duty Cycle.

Figura 10 – Potênciometro em 0.5

Fonte: Elaborado pelo autor

Para a simulação da figura 10 temos, 𝑇𝑜𝑛 = 0.95 𝑚𝑠 , logo 𝐷 = 43.4%.

Figura 11 – Potenciômetro em 0.25

Fonte: Elaborado pelo autor

Para a simulação da figura 11 temos, 𝑇𝑜𝑛 = 1.69𝑚𝑠 , logo 𝐷 = 77.21%.


11
Figura 12 – Potenciômetro em 0.75

Fonte: Elaborado pelo autor

Para a simulação da figura 12 temos, 𝑇𝑜𝑛 = 0.285𝑚𝑠 , logo 𝐷 = 13.01%.

Observamos que as formas de onda no plot superior permanecem inalteradas,


mesmo com a variação do nível DC, mostrando que o comparador que o multivibrador
não é influenciado pelo restante do circuito. Observamos que a variação do
potenciômetro, e consequentemente do nível DC, provoca a modulação do pulso,
como esperado.
Notamos que a onda triangular apresenta um offset, o que provoca um erro de
sintonia do potenciômetro com o Duty Cycle desejado. Para corrigir esta tensão de
offset, na prática, podemos utilizar a sugestão do fabricante, colocar um potenciômetro
de 1kΩ no pinos 1 e 5 do ampop e o comum em –Vcc.

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3. Prática

Esta seção está destinada a mostrar os resultados obtidos em laboratório. Para


a parte prática os foram utilizados: Osciloscópio Tektronix TDS 3014C Digital
Phosphor Oscilloscope; fonte DC Tektronix PS283; multímetro Tektronix DMM 4060.
A seguir são mostrados os equipamentos utilizados.

Figura 13: Osciloscópio Tektronix Figura 14: Multímetro Tektronix

Fonte: Elaborado pelo autor Fonte: Elaborado pelo autor

Figura 15: Fonte DC Tektronix

Fonte: Elaborado pelo autor

Para corrigir o offset na onda triângular utilizamos o recomendado pelo


fabrixante, porém verificamos que isso não foi suficiente. Abandonamos então a
alimentação simétrica e utilizamos + Vcc = 15V e –Vcc = 16.7V.

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As figuras a seguir mostram fotos do osciloscópio para diversas tensões de
comparação.

Figura 16 – Gerador de onda quadrada

Fonte: Elaborado pelo autor

Figura 17 – Duty Cycle aproximadamente 50%

Fonte: Elaborado pelo autor

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Figura 18 – Duty Cycle aproximadamente 75%

Fonte: Elaborado pelo autor

Figura 19 – Duty Cycle aproximadamente 25%

Fonte: Elaborado pelo autor

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Figura 20– Nível DC fora do range da onda de entrada

Fonte: Elaborado pelo autor

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4. Conclusões

É muito difícil atingir valores exatos de período, devido a não idealidade dos
componentes utilizados. Foi possível tanto na simulação como no projeto verificar a
carga e a descarga do capacitor juntamente com a onda quadrada de saída.
Foram aplicados conceitos de amplificadores operacionais atuando
linearmente, como o integrador e aplicações não lineares como osciladores e
comparadores.
O nível de saída do circuito poderia ser adaptado usando-se circuitos
grampeadores, como diodos zener face a face, um para o semi ciclo positivo e outro
para o negativo.

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5. Referências

SEDRA, Adel S. KENNETH C. Smith. Microeletrônica 5ª Ed. Pearson Prentice


Hall, 2007.

VINCENCE, V. C. Laboratório de eletrônica analógica II. UDESC,DEE.


Disponível
em:<http://www.joinville.udesc.br/portal/professores/vincence/materiais/Apostil
a_Lab_LEL2_2k15_1.pdf>. Acesso em: 21 abril. 2017.

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