Luto Modelo Integrativo Relacional
Luto Modelo Integrativo Relacional
Luto Modelo Integrativo Relacional
SINTÓNICA
A perda de uma pessoa que nos é querida abala, inevitavelmente, o nosso mundo interno
(emoções, pensamentos, comportamentos, sensações) e o nosso mundo externo (relação com
os outros, percepção que temos sobre o mundo). Por vezes, perder um ente querido faz-nos
sentir que perdemos uma parte de nós, que ficamos incompletos. Dessa incompletude, surge a
necessidade de dar sentido ao que perdemos, reconstruindo um novo significado para a
ligação afetiva e emocional com a pessoa falecida. É nessa reconstrução de significado que
pode surgir a sensação de vazio e de falta de reciprocidade por tudo aquilo que só o falecido
nos dava e que sentimos estar em falta.
‘Agora que morreu, tudo deixou de fazer sentido para mim. Só era feliz com ela.
Claro que está que se torna necessário identificar as necessidades relacionais que surgem na
pessoa em luto, e que necessariamente o profissional da relação de ajuda terá de responder.
Isto exige uma escuta ativa que permita ouvir a interpretar toda a narrativa da pessoa em luto
(a forma como se expressa do ponto de vista não-verbal e aquilo que expressa do ponto de
vista verbal), assim como respeitar o tempo e o ritmo que a pessoa em luto necessita para
integrar a perda e entrar em contato com a realidade e a dor da perda.
c) Ser valorizado
e) Auto-definição e auto-afirmação
1 Sebastião. V. (2015). Guia prático de apoio ao luto. Ajudar a enfrentar a morte de um ente
querido. Alfragide: Servilusa
2 Erskine, 1999, cit. por Payás, 2010. Las tareas del duelo. Psicoterapia de duelo desde un
modelo integrativo-relacional. Barcelona Paidós