Bioestatística em Educação Física
Bioestatística em Educação Física
Bioestatística em Educação Física
2016
1 Edição
a
Copyright © UNIASSELVI 2016
Elaboração:
Prof. Ma. Grazielle Jenske
J51b
Jenske; Grazielle
Bioestatística em educação física / Grazielle Jenske :
UNIASSELVI, 2016.
181 p. : il
ISBN 978-85-515-0018-7
CDD 519.5024574
Impresso por:
Apresentação
APRESENTAÇÃO
III
distribuição com relação ao eixo horizontal. Dentre as várias medidas de
posição, descreveremos a média, a moda, a mediana, o desvio padrão e o
coeficiente de variação.
Bons estudos!
Prof.ª Ma. Grazielle Jenske
IV
NOTA
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
V
VI
Sumário
UNIDADE 1 - CONCEITOS BÁSICOS DA ESTATÍSTICA........................................................1
VII
3.2 ROL.................................................................................................................................................55
3.3 AGRUPAMENTO SIMPLES OU DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIA SEM INTERVALOS
DE CLASSE....................................................................................................................................56
3.4 AGRUPAMENTO POR FAIXA DE VALOR OU DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIA COM
INTERVALOS DE CLASSE..........................................................................................................58
RESUMO DO TÓPICO 3....................................................................................................................63
AUTOATIVIDADE..............................................................................................................................64
VIII
2.1.3 Séries específicas ou categóricas........................................................................................117
2.1.4 Séries conjugadas . ..............................................................................................................118
3 GRÁFICO ESTATÍSTICO................................................................................................................119
3.1 GRÁFICOS EM LINHA OU CURVA.........................................................................................120
3.2 GRÁFICOS EM COLUNAS OU EM BARRAS.........................................................................121
3.3 GRÁFICO EM SETORES.............................................................................................................123
3.4 PICTOGRAMAS...........................................................................................................................124
RESUMO DO TÓPICO 3....................................................................................................................125
AUTOATIVIDADE..............................................................................................................................126
IX
UNIDADE 1
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos, em cada um deles você
encontrará atividades que o auxiliarão a fixar os conhecimentos abordados.
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
O MÉTODO ESTATÍSTICO
1 INTRODUÇÃO
Os primeiros registros da Estatística datam de aproximadamente 3000
anos a.C. na Babilônia, China e Egito. Essas civilizações já possuíam a necessidade
de registrarem numericamente questões de seu convívio social, ou seja, já
realizavam uma espécie de censo. Os censos estavam relacionados ao número
de habitantes, registros de nascimento, de óbitos, estimativas de riquezas, taxas
cobradas pelos governos, entre outras.
3
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS DA ESTATÍSTICA
2 CONCEITO DE ESTATÍSTICA
A Estatística é definida por Crespo (2002) como uma parte da Matemática
Aplicada que fornece métodos para coleta, organização, análise e interpretação
de dados e para a utilização dos mesmos na tomada de decisões.
4
TÓPICO 1 | O MÉTODO ESTATÍSTICO
5
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS DA ESTATÍSTICA
4 O MÉTODO ESTATÍSTICO
No grego, methodos significava caminho para se chegar a um fim.
Atualmente, um método consiste em um conjunto de etapas, ordenadamente
dispostas, a serem vencidas:
• na investigação da verdade;
• no estudo de uma ciência;
• ou para alcançar um determinado fim.
6
TÓPICO 1 | O MÉTODO ESTATÍSTICO
• Definição do problema.
• Planejamento.
• Coleta de dados.
• Crítica dos dados.
• Organização de dados.
• Análise dos resultados.
7
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS DA ESTATÍSTICA
5.2 PLANEJAMENTO
Após a definição do problema, neste momento, ocorre o plano de como os
processos serão realizados. É nesta fase que se decide de qual forma serão obtidos
os dados, quais serão as variáveis abordadas, qual a população de interesse e o
tipo de amostragem, termos estes que detalharemos adiante.
A coleta direta de dados pode ser classificada com relação ao fator tempo,
como:
8
TÓPICO 1 | O MÉTODO ESTATÍSTICO
A coleta direta de dados pode ser classificada com relação ao fator tempo,
como:
b) Crítica Externa: quando visa às causas dos erros por parte do informante,
por distração ou má interpretação das perguntas que lhe foram feitas.
9
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS DA ESTATÍSTICA
10
TÓPICO 1 | O MÉTODO ESTATÍSTICO
FONTE: A autora
6 TERMOS BÁSICOS
Até aqui usamos diversos termos característicos da estatística e que irão
nos acompanhar durante o estudo desta disciplina. Desta forma, faz-se necessário
descrevê-los com maior detalhamento. Assim, a seguir, apresentaremos os termos
básicos da Estatística.
6.1 POPULAÇÃO
Definimos população (ou universo estatístico) o conjunto de todos os
indivíduos ou a todos os objetos do grupo em que serão estudados a partir dos
métodos estatísticos.
11
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS DA ESTATÍSTICA
FIGURA 2 - POPULAÇÃO
6.2 AMOSTRA
Amostra é um conjunto que está contido na população estatística. Em
outras palavras, é uma parcela representativa da população a ser estudada. Por este
fato, a amostra deve caracterizar a população através das mesmas configurações,
porém em menor escala de quantidade de elementos a serem estudados.
12
TÓPICO 1 | O MÉTODO ESTATÍSTICO
Note que 400 acadêmicos são uma amostra do total de acadêmicos desta
instituição.
13
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS DA ESTATÍSTICA
14
TÓPICO 1 | O MÉTODO ESTATÍSTICO
ATENCAO
Acadêmico, toda pesquisa por amostragem tem o risco de um erro, esse erro é
previsto e determinado, no caso de população pequena, o número de indivíduos da amostra
representa quase toda a população. Mais adiante veremos como esse erro aparece no cálculo
do tamanho da amostra.
Dois fatores são fundamentais para que uma amostra represente uma
população, uma delas é o tipo de amostragem utilizada e o outro corresponde
a determinados cálculos estatísticos que devemos fazer para chegar a estas
comprovações. Veremos isto de maneira detalhada a seguir:
6.3 AMOSTRAGEM
Temos várias maneiras de extrair e utilizar amostras. No entanto, o método
a ser utilizado deve estar de acordo com os objetivos do estudo. Em primeiro
lugar, temos de determinar a população-alvo, isto é, se é composta por todos
as pessoas que vivem numa área de influência, os alunos da academia, ou só as
mulheres, por exemplo.
Uma vez definida a população, temos que elaborar uma lista desses
elementos. Por lista entendemos a descrição de todos eles. Isso parece levantar
alguns problemas, por exemplo: como é que obtenho a lista de todos as pessoas
da área de influência de uma academia? Ou: como é que obtenho a lista de todas
as mulheres que praticam atividade física numa determinada cidade?
15
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS DA ESTATÍSTICA
Nestes casos, temos que dar resposta a esta situação mudando para
um quadro de amostragem que seja compatível com a população a estudar. A
dimensão da amostra é importante, sobretudo se pretendermos realizar inferência
estatística e probabilidades para as médias e proporções que viermos a encontrar.
Mais adiante veremos como isso é possível.
Amostragem Aleatória
Amostragem Sistemática
16
TÓPICO 1 | O MÉTODO ESTATÍSTICO
E
IMPORTANT
17
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS DA ESTATÍSTICA
n E1 6000
• Para homens: E1 0, 3 30%
N 20000
n E2
• Para mulheres: E1
14000
0, 7 70%
N 20000
Destes resultados, segue que 30% da amostra deve ser escolhida do grupo
de homens e 70% do grupo de mulheres.
ATENCAO
18
TÓPICO 1 | O MÉTODO ESTATÍSTICO
Inacessibilidade à População
Amostragem Intencional
Deixamos claro aqui que este processo é bastante perigoso, por talvez
permitir manipulações e parcialidade em pesquisas importantes, por exemplo,
pesquisas eleitorais.
19
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS DA ESTATÍSTICA
1
n0 =
E02
1a Etapa: Cálculo da Amostra Ideal:
N n0
n
N n0
2a Etapa: Cálculo da Amostra Mínima:
n
3a Etapa: Cálculo do Estimador da Amostra: x =
N
Sendo:
N = Tamanho da População;
n = Tamanho da Amostra;
no = Tamanho da Amostra Ideal (primeira aproximação);
20
ATENCAO
7
O erro amostral é tolerável na forma de coeficiente, ou seja: 7%
= = 0, 07
34 100
, ou ainda: . 34=
% = 0, 34
100
1 1
E0 4=
Resolução: Como = % 0, 04 temos: n0 625
0, 04
2
0, 0016
UNI
Sendo assim, a amostra para esta pesquisa deve ter 613 elementos para ter
erro inferior a 4%.
21
TABELA 1 - MATRÍCULAS DOS CURSOS DE GRADUAÇÃO DA INSTITUIÇÃO X EM 2016
FONTE: A autora
22
E
IMPORTANT
E
IMPORTANT
FONTE: A autora
23
TUROS
ESTUDOS FU
24
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, vimos que:
o A coleta de dados pode ser direta ou indireta, sendo que a coleta direta
pode ser contínua, ocasional ou periódica.
o A crítica dos dados pode ser externa ou interna.
o A organização de dados nada mais é que um resumo dos dados e pode
ser feito através de contagem e/ou agrupamento. A importância desta
fase do método se encontra na facilidade posterior do entendimento
das informações. Após realizado esse “resumo”, os dados podem ser
apresentados de duas formas: a apresentação tabular e a apresentação
gráfica.
o A análise dos resultados é o objetivo principal da estatística; consiste em
apurar resultados e interpretá-los.
1
1a Etapa: Cálculo da Amostra Ideal: n0 =
E02
N n0
2a Etapa: Cálculo da Amostra Mínima: n
N n0
n
3a Etapa: Cálculo do Estimador da Amostra: x =
N
25
AUTOATIVIDADE
26
de 119.
b) ( ) O número mínimo de mulheres entrevistadas para a amostra deve ser
de 350.
c) ( ) O número mínimo de mulheres entrevistadas para a amostra deve ser
de 1.164.
d) ( ) O número mínimo de mulheres entrevistadas para a amostra deve ser
de 6.981.
27
28
UNIDADE 1
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
No tópico anterior, tivemos uma noção geral de como planejar uma pesquisa
através do método estatístico. De agora em diante estudaremos ferramentas para
poder efetivar cada uma das seis etapas. Iniciaremos fornecendo os subsídios
matemáticos necessários para que você, acadêmico, possa compreender em
plenitude os cálculos apresentados. Assim, neste tópico, iremos rever como
realizar o arredondamento, como operar com frações e como realizar os cálculos
de porcentagem.
2 ARREDONDAMENTO DE NÚMEROS
Diversas operações matemáticas resultam em números não inteiros,
com várias casas decimais, ou seja, com vários dígitos após a vírgula. Quando
um número desse tipo apresentar uma quantidade de casas decimais maior
que a desejada, devemos realizar o arredondado do número baseado em regras
específicas.
E
IMPORTANT
Se o arredondamento for:
• Inteiro, significa que não teremos casas após a vírgula.
• Decimal, significa que teremos uma única casa após a vírgula.
• Centésimo, significa que teremos duas casas após a vírgula.
• Milésimo, significa que teremos três casas após a vírgula.
29
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS DA ESTATÍSTICA
Digito remanescente
7,4318976
Digito posteriores
E
IMPORTANT
Exemplos:
a) 13,24 arredondado ao décimo mais próximo será 13,2.
b) 38,473 arredondado ao centésimo mais próximo será 38,47.
Exemplos:
a) 72,87 arredondado ao décimo mais próximo será 72,9.
b) 3,7 arredondado ao inteiro mais próximo será 4.
ATENCAO
Acadêmico, tenha muita atenção nesta situação, pois a maioria dos erros
cometidos na etapa de arredondamento de dados, ocorre aqui.
Exemplos:
a) 7,352 arredondado ao centésimo mais próximo será 7,4.
b) 45,6501 arredondado ao décimo mais próximo será 45,7.
c) 106,250002 arredondado ao décimo mais próximo será 106,3.
DICAS
Para que a máquina apresente os resultados como decimal aperte 1 para escolher “FIX”. Em
seguida aparecerá “FIX 0 ~ 9?”. Neste momento, você escolhe a quantidade de casas decimais
com que deseja realizar os arredondamentos. Simples assim! Por exemplo, caso você tenha
escolhido Fixar em 2 casas: O valor 27,4768 irá aparecer como 27,48.
3 FRAÇÕES
Ao se questionar sobre o motivo de revisar frações e porcentagem
numa disciplina de estatística, basta nos remetermos aos cálculos das amostras
estudados no tópico anterior, em que foram necessárias segmentações de seus
participantes. Um exemplo disso é um caso em que apenas 1/4 (um quarto), ou
25%, de uma população de interesse é acessível para uma pesquisa. Precisamos
saber calcular qual é a quantidade exata dos elementos da população para depois
obter a amostra.
32
TÓPICO 2 | ARREDONDAMENTO, FRAÇÃO E PORCENTAGEM
3.1 TRANSFORMAÇÕES
A seguir veremos como realizar a transformação de um número fracionário
em um número decimal e vice-versa.
E
IMPORTANT
numerador
denominador
O denominador representa quantas partes iguais estão contidas no todo (ou seja, em quantas
partes algo foi dividido). E, o numerador representa a quantidade de partes consideradas de
um todo (quantas partes do todo nós possuímos).
Por exemplo:
1) 3
4
2) 9 + +
4
33
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS DA ESTATÍSTICA
Esse traço sobre os dois últimos seis indicam que se trata se uma dízima
periódica, isto é, que esse valor se repete infinitamente.
34
TÓPICO 2 | ARREDONDAMENTO, FRAÇÃO E PORCENTAGEM
75
0,75 (lemos, setenta e cinco centésimos), ou seja, 100
.
Verifique que:
6 75
0, 6 = 0, 75 =
10 100
Uma casa decimal – Um zero Duas casas decimais – Dois zeros
438 129
4, 38 = 0,129 =
100 1000
Duas casas decimais – Dois zeros Três casas decimais – Três zeros
35
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS DA ESTATÍSTICA
Temos duas equações (I) e (II). Iremos subtrair as duas: (II) – (I).
9
Como x = 0,2222.... , então 0,2222... é o mesmo que 2 . Se dividirmos 2 : 9
chegaremos a 0,2222...
Andando com a vírgula duas casas para a direita, pois o número que
repete nas casas decimais é o 63. Andar duas casas para a direita é o mesmo que
multiplicar
por 100.
100x = 63,636363...(II)
36
TÓPICO 2 | ARREDONDAMENTO, FRAÇÃO E PORCENTAGEM
212
Como x = 2,35555... então 2,35555... é o mesmo que 90
3.2 OPERAÇÕES
Acadêmico, é imprescindível que tenhas domínio das operações
relacionadas neste subtópico. Elas fazem parte do seu cotidiano, da sua jornada
acadêmica e profissional, por este motivo é importante compreendê-las e não
somente resolvê-las.
ATENCAO
37
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS DA ESTATÍSTICA
Exemplo 1:
1 3
+
5 5
Veja a representação geométrica.
Assim,
1 3 4
5 5 5
Exemplo 2:
3 2
+
4 4
Exemplo 3:
3 2
−
4 4
38
TÓPICO 2 | ARREDONDAMENTO, FRAÇÃO E PORCENTAGEM
3 2 1
4 4 4
1 1
E se quisermos somar, + , como fazer?
2 3
Geometricamente, teremos:
1 1
Note que se “transportarmos” a quantidade 2
para o 3
, não irá caber.
1 1
E, se “transportarmos” a quantidade para o irá sobrar espaço. Isso porque
3 2
o todo está repartido em quantidades diferentes e, pela definição, somente
podemos somar e subtrair frações que possuem o mesmo denominador, ou seja,
que estejam repartidas em quantidades iguais.
39
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS DA ESTATÍSTICA
Veja que agora o todo está repartido em partes iguais e assim podemos
realizar a adição.
1 1 3 2 5
2 3 6 6 6
Exemplo:
40
TÓPICO 2 | ARREDONDAMENTO, FRAÇÃO E PORCENTAGEM
1 5
= Frações equivalentes
3 15
4 12
= Frações equivalentes
5 15
DICAS
É comum que ao ter aprendido este conceito, seu professor tenha ensinado
que depois que você encontrou o m.m.c., basta dividir pelo denominador e multiplicar pelo
numerador. Claro que na prática é a mesma coisa, mas cuidado para não interiorizar que
você pode realizar uma operação com o denominador e outra com o numerador. Então a
dica é pensar que você está sempre realizando a mesma operação (multiplicação ou divisão)
e que você faz para o denominador, precisa ser repetido para o numerador da fração.
41
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS DA ESTATÍSTICA
E
IMPORTANT
Sabemos que o novo denominador deve ser 30 para que possamos escrever
frações equivalentes, e assim obter frações de mesmo denominador para poder
efetuar a adição e subtração.
42
Multiplicação de Frações
Exemplos:
ATENCAO
Você não deve tirar o M.M.C., ou seja, não é necessário que as frações tenham
denominadores iguais.
Desta forma, o círculo original foi dividido em duas partes e depois cada parte
subdividida em três, totalizando 6 subdivisões, destas 6, tomamos duas, ou seja: 2/6.
Divisão de Frações
Exemplos:
44
Este é o processo prático, mas você sabe por que mantemos a primeira
fração e invertemos a segunda passando a divisão para multiplicação?
1 1
Observe que a fração cabe duas vezes na fração , portanto, podemos
1 1 4 2
dizer que: : = 2 .
2 4
1 1 1 4 4
Pelo artifício do algoritmo, : 2.
2 4 2 2 2
TUROS
ESTUDOS FU
45
4 PORCENTAGENS
Acadêmico, tenha em mente que para compreender o conceito de
porcentagem devemos verificá-la como sendo uma razão (representada por
uma fração) cujo seu denominador é 100. Note como podemos representar, por
exemplo, o valor 75%:
75 3
75=
% = = 0, 75
100 4
Onde:
Neste estudo, você necessita entender muito bem como lidar com todos
estes tipos de representação de percentuais.
Percentual: 25%
Fator de multiplicação: 0,25
Resultado: 0,25 x 1240 = 310
46
3) Situação: Desconto de 15% em R$ 1800.
Percentual: 100% - 15% = 85%
Fator de multiplicação: 0,85
Resultado: 0,85 x 1800 = 1530
Exemplos:
Repare que nos casos acima, podemos desejar conhecer qual é o percentual
de funcionárias da empresa, ou qual foi a taxa de queda percentual do dólar na
última semana. Iremos demonstrar, a seguir, uma forma muito prática para esta
determinação, em dois casos:
47
Caso 1: Onde o valor é parte do todo.
Para este caso, basta dividir o valor conhecido pelo valor total, onde no
caso (a):
48
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, vimos:
49
AUTOATIVIDADE
• 23,40 =
• 234,7832 =
• 45,09 =
• 48,85002 =
• 120,4500 =
a) ( ) 1/4.
b) ( ) 1/5.
c) ( ) 2/5.
d) ( ) 2/3.
3 Uma academia realizou compras de novas máquinas para uma de suas filiais
no valor de R$ 35.000,00, efetuando pagamento à vista e recebendo por isso
um desconto de 7% no valor da nota fiscal. Qual o valor do desconto que
recebeu esta empresa?
a) ( ) R$ 2.450,00
b) ( ) R$ 3.150,00
c) ( ) R$ 3.169,00
d) ( ) R$ 4.150,00
50
UNIDADE 1
TÓPICO 3
AGRUPAMENTO DE DADOS
1 INTRODUÇÃO
Uma das fases do método estatístico refere-se ao agrupamento de dados,
que trata de como organizar os dados de uma certa pesquisa e como realizar
algumas considerações a partir desta organização. A organização dos dados
é uma das formas mais primitivas de se ter um resultado com relação a uma
pesquisa.
2 VARIÁVEIS ESTATÍSTICAS
Variável estatística é o conjunto de resultados possíveis de um fenômeno
quando são feitas sucessivas medidas. São as características que podem ser
observadas (ou medidas) em cada elemento da população. Por exemplo, um
estudo de análise biomecânica do movimento humano durante a realização de
lançamento de dardos será realizado por um pesquisador, e o problema básico
que se coloca nesta pesquisa é definir quais variáveis irão participar do estudo.
Nesse caso, podemos definir as variáveis como: idade, altura, peso, cor dos cabelos,
renda familiar, sexo etc. Notem a importância de definir bem as variáveis, pois
é claro que a “cor do cabelo” não tem importância para a pesquisa em questão.
51
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS DA ESTATÍSTICA
52
TÓPICO 3 | AGRUPAMENTO DE DADOS
FONTE: A autora
grau de
número de sexo, cor
idade, peso, escolaridade,
Estudantes irmão, número da pele,
alturas. desempenho
de faltas. descendência.
escolar.
número de grau de
velocidade, defeitos, ano luxuosidade,
cores, marca,
Automóveis massa, de fabricação, grau de
modelo.
aceleração. unidades satisfação do
fabricadas. cliente.
qualidade
número do produto,
preço
de ofertas, cor, caro ou classificação
Eletrodomésticos (R$), peso,
quantidades barato, marca. no selo de
potência.
vendidas, economia
procel.
FONTE: A autora
53
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS DA ESTATÍSTICA
3 AGRUPAMENTO DE DADOS
Caro acadêmico, você já deve ter observado que existem formas diferentes
de apresentar os dados de uma pesquisa. Em alguns momentos, os dados podem
aparecer como uma simples “lista”, ou estarem em uma tabela que apresenta
ou não uma distribuição de frequência. A seguir, apresentaremos cada uma das
possíveis formas de se apresentar os dados coletados em uma pesquisa.
ATENCAO
61 65 43 53 55 51 58 55 59 56
52 53 62 49 68 51 50 67 62 64
54
TÓPICO 3 | AGRUPAMENTO DE DADOS
53 56 48 50 61 44 64 53 54 55
48 54 57 41 54 71 57 53 46 48
55 46 57 54 48 63 49 55 52 51
3.2 ROL
A organização de dados em ROL é a simples tarefa de colocar os dados
quantitativos em ordem crescente ou decrescente, podendo ser por meio de uma
tabela ou simplesmente um ao lado do outro. Esta simples forma de ordenação
dos dados já aumenta a capacidade de informação do comportamento dos dados.
41 43 44 46 46 48 48 48 48 49
49 50 50 51 51 51 52 52 53 53
53 53 53 54 54 54 54 55 55 55
55 55 56 56 57 57 57 58 59 61
61 62 62 63 64 64 65 67 68 71
ATENCAO
55
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS DA ESTATÍSTICA
grandes, esta forma de organizar pode ser compreendida como ineficaz, pois
analisar um grande número de dados em ordem numa tabela acaba confundindo
em muitos casos a veracidade dos dados apresentados.
TUROS
ESTUDOS FU
Veremos nos próximos itens como proceder com este volume de dados, através
de agrupamentos simples ou por agrupamentos por faixa de valor. Estes agrupamentos
também são conhecidos como distribuição de frequência.
56
TÓPICO 3 | AGRUPAMENTO DE DADOS
52 2
53 5
54 4
55 5
56 2
57 3
58 1
59 1
61 2
62 2
63 1
64 2
65 1
67 1
68 1
71 1
Total 50
FONTE: A autora
ATENCAO
Observe que usamos a mesma relação de dados que estamos usando desde o
início deste tópico. Iniciamos com os dados brutos, fizemos o ROL e agora a distribuição de
frequência sem intervalo de classes.
57
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS DA ESTATÍSTICA
E
IMPORTANT
58
TÓPICO 3 | AGRUPAMENTO DE DADOS
ATENCAO
AA
O símbolo > significa maior que, ou seja, a desigualdade h > i . Significa que h
é maior que a razão entre AA (amplitude total da amostra) e i (número de classes).
59
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS DA ESTATÍSTICA
41 43 44 46 46 48 48 48 48 49
49 50 50 51 51 51 52 52 53 53
53 53 53 54 54 54 54 55 55 55
55 55 56 56 57 57 57 58 59 61
61 62 62 63 64 64 65 67 68 71
AA
h>
i
Substituindo os valores já determinados nesta fórmula, temos:
30
h>
6, 6067
h > 4, 5408
h = 5s
60
TÓPICO 3 | AGRUPAMENTO DE DADOS
E
IMPORTANT
61
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS DA ESTATÍSTICA
63
AUTOATIVIDADE
64
UNIDADE 2
MEDIDAS DE POSIÇÃO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Esta unidade tem por objetivos:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos e em cada um deles você
encontrará atividades visando à compreensão dos conteúdos apresentados.
65
66
UNIDADE 2
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Na unidade anterior vimos que o estudo de distribuição de frequência
permite descrever os grupos dos valores dos dados de uma pesquisa. Desta
forma, podem ser localizados onde ocorrem em maior concentração de valores,
ou seja, se a concentração se localiza no início, no meio ou no final da distribuição,
ou ainda, se há uma distribuição normal.
67
UNIDADE 2 | MEDIDAS DE POSIÇÃO
2 MÉDIA ARITMÉTICA
É o elemento representativo da série mais usado, procura uniformizar os
dados em torno de um valor médio, por isto é também chamado de medida de
uniformização. Há várias situações em que a média aritmética deve ser utilizada,
dando como resultado um único valor que represente um “ajuste” de todos os
outros valores. Operacionalmente, a média ( ) é o quociente entre a soma de
todos os valores (Σfi) pelo número total dos dados (n).
UNI
Onde:
68
TÓPICO 1 | MEDIDAS DE TENDÊNCIA CENTRAL
FIGURA 7 - CAFÉ
Resposta:
Os valores registrados pelo consumo de café nestes jogadores foram: 8, 7,
4 e 5. Com isso, a média é representada por:
O que implica que cada um dos quatro jogadores poderia tomar seis cafés
que o consumo seria o mesmo. Dizemos então que a média de consumo diário é
de seis cafés por jogador, mesmo observando que nenhum dos quatro jogadores
analisados tomou esta quantia.
Resposta:
Somando os valores das notas e dividindo pelas seis notas somadas:
mínima para que o aluno seja aprovado é 7,0. Maria já tirou as seguintes notas na
disciplina de Bioestatística em Educação Física: 7,0; 4,5 e 8,0. Como a professora
desta disciplina deseja fazer mais uma prova, qual deverá ser a nota mínima que
Maria pode tirar para permanecer na média para não reprovar?
Concluímos que a nota mínima que Maria pode tirar é 8,5 para que sua
média fique dentro das expectativas da Universidade.
Onde:
70
TÓPICO 1 | MEDIDAS DE TENDÊNCIA CENTRAL
FONTE: A autora
FONTE: A autora
71
UNIDADE 2 | MEDIDAS DE POSIÇÃO
Assim, a média da turma nesta avaliação, em uma escala de 0 até 10, foi
de 5,49.
FIGURA 8 - BASQUETEBOL
72
TÓPICO 1 | MEDIDAS DE TENDÊNCIA CENTRAL
73
UNIDADE 2 | MEDIDAS DE POSIÇÃO
Assim, a média das alturas dos atletas desta escola é de 1,96 cm. Portanto, sim,
o treinador mantém e supera a meta de ter uma média das alturas em 1,95 cm.
Para isso, usaremos uma tabela de exemplo, com poucas classes, uma vez que,
se aprendermos a fazer numa linha, basta repetir para todas as outras. A partir das
colunas iniciais, construídas conforme explicado na Unidade 1, temos que construir
outras colunas. Explicaremos cada coluna detalhadamente.
ATENCAO
FONTE: A autora
74
TÓPICO 1 | MEDIDAS DE TENDÊNCIA CENTRAL
FONTE: A autora
75
UNIDADE 2 | MEDIDAS DE POSIÇÃO
FONTE: A autora
• O menor grupo de atletas desta escola são os que medem 1,96 m com
6,67% dos atletas.
• O maior grupo de atletas desta escola são os que medem 1,98 m com
30% do total de atletas.
• O grupo de atletas que medem 2,03 metros representa 16,67% dos atletas
desta escola.
Número Frequência
Alturas
de Atletas Relativa Frequência Relativa Acumulada (fra)
(xi)
(fi) (fr)
FONTE: A autora
76
Nesta tabela temos os valores diferentes da pesquisa, frequência absoluta
(fi), a frequência relativa (fr) e a frequência relativa acumulada (fra). Com as
informações desta última coluna, podemos identificar dados como:
Onde:
77
TABELA 13 - DISTRIBUIÇÃO DAS ESTATURAS DE 100 ACADÊMICOS DO CURSO DE EDUCAÇÃO
FÍSICA DA UNIASSELVI - 2016
FONTE: A autora
Vejamos na tabela:
FONTE: A autora
78
Calculados os pontos médios (xi), devemos multiplicá-los pela frequência
absoluta (fi) de cada classe, conforme apresentamos na tabela a seguir:
Substituindo na fórmula,
79
ATENCAO
3 MODA
É o elemento representativo da série que indica a concentração. É o valor
que ocorre com maior frequência, é o que mais aparece. Às vezes, num conjunto de
dados podemos ou não ter moda. Não existindo moda ele será amodal; havendo
mais de uma moda ele será multimodal – bimodal para duas modas; trimodal
para três modas.
E
IMPORTANT
80
3.2 DADOS AGRUPADOS EM DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIA
SEM INTERVALO DE CLASSES
A moda será o valor com maior frequência, ou seja, basta olhar a linha em
que o fi é maior, veja a tabela a seguir como exemplo.
FONTE: A autora
Onde:
d1 = diferença entre a frequência da classe modal e a anterior;
d 2 = diferença entre a frequência da classe modal e a posterior.
i = limite inferior da classe modal.
hi = amplitude da classe modal. (ls – li)
81
Vejamos como calcular a moda para o exemplo já utilizado no cálculo da
média para esse mesmo tipo de dados.
FONTE: A autora
FONTE: A autora
82
Neste exemplo, a classe modal é a quarta classe (i4) da distribuição, pois é
ali que se encontra a maior frequência, que é 40.
UNI
E
IMPORTANT
83
4 MEDIANA
A mediana é o elemento de tendência central que, estando os dados em
ordem crescente, indica o valor médio ou a média dos valores centrais, por isto é
chamada de medida de posição. Divide a série em duas partes iguais.
4 7 8
E
IMPORTANT
3 5 9 16
84
Intuitivamente percebemos que não há um valor no centro da distribuição,
e sim dois valores (5 e 9). A mediana será, então, a média desses valores:
Como a posição 25,5 não existe, temos que pegar os valores da posição 25
e da posição 26, depois disso fazer a média entre os dois valores (sempre que o
número de dados n for par acontecerá isso).
85
Mediana será a média dos dois valores encontrados, ou seja,
Portanto, o salário mediano é de R$ 1.042,51.
ATENCAO
FONTE: A autora
86
Para determinar a mediana, novamente devemos seguir os passos:
Logo, queremos o valor da posição 18, ou, em outras palavras, o valor x18.
3 3 3
4 6 9
5 9 18
6 8 26
7 6 32
8 3 35
Total 35
FONTE: A autora
ATENCAO
87
4.3 DADOS AGRUPADOS EM DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIA
COM INTERVALO DE CLASSES
Para calcular a mediana em dados agrupados em distribuição de frequência
com intervalo de classes, iremos retomar o exemplo já trabalhado anteriormente
e, assim como fizemos para as demais maneiras de apresentação de dados, vamos
seguir alguns passos.
FONTE: A autora
Posição:
2º Passo: Determinar a classe da mediana, que nada mais é que a linha em
que a posição calculada (no caso 50,5) se encontra. Novamente, para determinar
essa linha (classe), basta olhar a coluna da frequência acumulada (Fa). O primeiro
valor dessa coluna Fa igual ou maior que a posição calculada indicará a classe da
mediana. Assim, vamos preparar a tabela com os valores de xi e Fa.
88
TABELA 22 - DISTRIBUIÇÃO DAS ESTATURAS DE 100 ACADÊMICOS DO CURSO DE EDUCAÇÃO
FÍSICA DA UNIASSELVI - 2016
Número de
Estatura (cm) xi Fa
Acadêmicos (fi)
Total 100
FONTE: A autora
Neste exemplo, o primeiro valor igual ou maior que 50,5 é o 85, que está
na 4ª classe (linha 4), ou seja, a classe da mediana será 170 ├ 180.
Onde:
= limite inferior da classe da mediana.
= frequência acumulada da classe anterior à da mediana.
= frequência da classe mediana.
= amplitude da classe modal.
89
Substituindo na fórmula, temos:
ATENCAO
90
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você estudou as Medidas de Tendência Central, e vimos
que estes números indicam o valor médio de uma distribuição de frequência,
procurando reduzir todos os valores num só, e de preferência, tomam como mais
representativo aquele que esteja no centro da distribuição. São três as medidas de
posição:
Média:
Moda: basta colocar os valores no ROL e depois verificar qual valor que
ocorreu com maior frequência.
Média:
91
Média:
Moda:
92
AUTOATIVIDADE
a) Aproximadamente 0,37.
b) Aproximadamente 0, 20.
c) Aproximadamente 0,40.
d) Aproximadamente 0,12.
93
2 Considere a seguinte distribuição das frequências absolutas dos salários
mensais, em R$, referentes a 200 trabalhadores de uma indústria de Santa
Catarina em julho de 2016.
fi
Fonte: Dados fictícios
94
UNIDADE 2 TÓPICO 2
MEDIDAS DE DISPERSÃO
1 INTRODUÇÃO
No capítulo anterior vimos algumas medidas de localização do centro
de uma distribuição de dados, ou seja, as medidas de posição: média, moda e
mediana. Porém, estas medidas descrevem apenas uma das características dos
valores numéricos de um conjunto de observações, o da tendência central. O que,
às vezes, é insuficiente para representar fidedignamente os dados analisados.
• Grupo 1: 5, 5, 5.
• Grupo 2: 4, 5, 6.
• Grupo 3: 0, 5, 10.
• Grupo 4: 3, 4, 8.
Acadêmico, observe que nos quatro grupos a média é a mesma (5), porém
no grupo 1 não há variação entre os dados, enquanto no grupo 2 a variação é
menor que no grupo 3 e no grupo 4.
95
UNIDADE 2 | MEDIDAS DE POSIÇÃO
2 AMPLITUDE TOTAL
Já definimos este conceito na Unidade 1 deste caderno de estudos e é a
única medida de dispersão que não tem na média o ponto de referência. Vamos
recordar que a amplitude total representa a diferença entre o maior e o menor
valor de um conjunto de dados, ou seja, é a diferença entre o limite superior da
última classe e o limite inferior da primeira classe. Então:
AT = 70 - 40 = 30
3 DESVIO PADRÃO
O desvio padrão é uma medida de dispersão que indica a regularidade
de um conjunto de dados em função da média aritmética, ou seja, nos informa
o quão “confiável” é esse valor. O desvio padrão é uma medida que só pode
assumir valores não negativos, e quanto maior for, maior será a dispersão e a
variabilidade dos dados.
Desta forma, quanto menor for o desvio padrão com relação à média,
maior a homogeneidade da distribuição, ou seja, mais agrupados os dados
estarão em torno da média. Se o desvio padrão for grande, indica que os dados
da distribuição estão muito dispersos, ou seja, estão longe da média.
(x−x )
x x
2
5º passo: Dividir a soma por n (se for populacional) ou dividir por n-1 (se
for amostral).
ATENCAO
Acompanhe o exemplo:
1º passo: Média
x x
2
Nota (x) (x−x )
8,5 8,5 – 7,0 = 1,5 (1,5)2 = 2,25
5,0 5,0 – 7,0 = - 2,0 (- 2,0)2 = 4,00
9,0 9,0 – 7,0 = 2,0 (2,0)2 = 4,00
3,5 3,5 – 7,0 = - 3,5 (- 3,5)2 = 12,25
7,5 7,5 – 7,0 = 0,5 (0,5)2 = 0,25
8,5 8,5 – 7,0 = 1,5 (1,5)2 = 2,25
x x
2
Nota (x) (x−x )
8,5 8,5 – 7,0 = 1,5 (1,5)2 = 2,25
5,0 5,0 – 7,0 = - 2,0 (- 2,0)2 = 4,00
9,0 9,0 – 7,0 = 2,0 (2,0)2 = 4,00
3,5 3,5 – 7,0 = - 3,5 (- 3,5)2 = 12,25
7,5 7,5 – 7,0 = 0,5 (0,5)2 = 0,25
8,5 8,5 – 7,0 = 1,5 (1,5)2 = 2,25
Total - 25
98
TÓPICO 2 | MEDIDAS DE DISPERSÃO
E
IMPORTANT
• num conjunto de dados, a variância é uma medida de dispersão que mostra o quão distante
cada valor desse conjunto está do valor central (médio);
• quanto menor é a variância, mais próximos os valores estão da média, No entanto, quanto
maior ela é, mais os valores estão distantes da média.
99
UNIDADE 2 | MEDIDAS DE POSIÇÃO
FONTE: A autora
FONTE: A autora
100
TÓPICO 2 | MEDIDAS DE DISPERSÃO
Assim, a média das alturas dos atletas desta escola é de 1,96 cm.
FONTE: A autora
Total 30 58,85
FONTE: A autora
101
UNIDADE 2 | MEDIDAS DE POSIÇÃO
1,93 7 1,93 · 7 = 13,51 1,93 - 1,96 = - 0,03 (-0,03)2 = 0,0009 0,0009 · 7 = 0,0063
1,95 3 1,95 · 3 = 5,85 1,95 - 1,96 = - 0,01 (-0,01)2 = 0,0001 0,0001 · 3 = 0,0003
1,98 9 1,98 · 9 = 17,82 1,98 - 1,96 = 0,02 (0,02)2 = 0,0004 0,0004 · 0 = 0,0036
2,03 5 2,03 · 5 = 10,15 2,03 - 1,96 = 0,07 (0,07)2 = 0,0049 0,0049 · 5 = 0,0245
FONTE: A autora
Note o quanto esse desvio padrão é wpequeno, isso indica que os dados
estão próximos da média.
102
TÓPICO 2 | MEDIDAS DE DISPERSÃO
FONTE: A autora
FONTE: A autora
103
UNIDADE 2 | MEDIDAS DE POSIÇÃO
Substituindo na fórmula,
FONTE: A autora
Número de
Estatura (cm)
Acadêmicos (fi)
xi xi ∙ fi xi x xi x
2
104
TÓPICO 2 | MEDIDAS DE DISPERSÃO
FONTE: A autora
Número de
Estatura
(cm)
Acadêmicos Xi xi ∙ fi xi x xi x
2
xi x
2
. fi
(fi)
FONTE: A autora
105
UNIDADE 2 | MEDIDAS DE POSIÇÃO
4 COEFICIENTE DE VARIAÇÃO
Na Estatística utilizamos diversas medidas para descrever fenômenos.
Algumas são as de tendência central e outras as de dispersão. Dentre as medidas
de dispersão, já estudamos o desvio padrão. Porém, o desvio padrão por si só
tem algumas limitações, por exemplo, um desvio padrão de duas unidades pode
ser considerado pequeno para uma série de valores cujo valor médio é 200; no
entanto, se a média for igual a 20, o mesmo não pode ser dito.
ATENCAO
Interpretação do CV:
Até 15% variação pequena;
De 15% a 30% variação média;
30% ou mais variação grande.
106
TÓPICO 2 | MEDIDAS DE DISPERSÃO
FONTE: A autora
CV estatura = = 5,88%
CV peso = = 10,29%.
107
RESUMO DO TÓPICO 2
108
AUTOATIVIDADE
Dados estatísticos
AAA ZZZ
Média 12,00 25,00
Moda 10,00 28,00
Mediana 12,00 25,00
Variância 4,6667 7,7778
Desvio padrão 2,1602 2,7889
109
Com base nas estatísticas apresentadas acima, avalie as proposições que
seguem:
I. O desvio padrão das cotações das ações da empresa AAA mostra que houve
uma variação em torno da mediana de 2,1602 pontos para cima ou para
baixo.
II. A média da soma dos quadrados dos erros (variância) da cotação das ações
da empresa AAA é 4,6667.
III. A média das cotações das ações da empresa ZZZ mostra que R$ 25,00 é o
valor mais frequente na sua série histórica.
IV. A mediana da cotação das ações da empresa AAA corresponde à média
dos extremos de sua série histórica.
V. O valor mais frequente da cotação das ações da empresa ZZZ foi 28,00.
110
UNIDADE 2 TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Caro acadêmico, tanto na Unidade 1 como nos tópicos anteriores,
trabalhamos com diversas tabelas, que têm por objetivo fornecer informações
rápidas e seguras a respeito das variáveis em estudo, para que assim se cumpra com
a função da estatística, que é analisar dados, compreendendo o comportamento
deles.
Por este motivo, existem critérios científicos, que vão além de calcular o
número de classes e a amplitude do intervalo, que são utilizados para melhor
organizar os dados coletados através da pesquisa estatística e reproduzir este
conjunto de informações de uma forma que apresentem significado claro e de
fácil compreensão.
2 SÉRIE ESTATÍSTICA
Séries estatísticas são tabelas que apresentam o agrupamento de um
conjunto de dados estatísticos em função de uma época, local ou espécie. Assim,
podemos dizer que uma série estatística é um quadro que resume um conjunto de
dados dispostos segundo linhas e colunas de maneira sistemática. É também um
meio eficiente de apresentar os resultados estatísticos obtidos, por proporcionar
uma maior clareza, objetividade e compreensão do conjunto, oferecendo
vantagens para a análise matemática das variáveis relacionadas.
111
UNIDADE 2 | MEDIDAS DE POSIÇÃO
112
TÓPICO 3 | SÉRIES E GRÁFICOS ESTATÍSTICOS
Corpo da tabela/série
Estados Unidos 2296
União Soviética 1010
Alemanha 851
Grã-Bretanha 715
França 632
complementares
do-quadro-de-medalhas-geral-das-olimpiadas-eua-lideram/>. Acesso
em: 16 jul. 2016.
1. (chamada)
I. (nota)
113
UNIDADE 2 | MEDIDAS DE POSIÇÃO
• usar um traço horizontal (—) quando o valor é nulo quanto à natureza das
coisas ou resultado do inquérito.
• três pontos (...) quando não temos dados.
• um ponto de interrogação (?) quando temos dúvida quanto à exatidão do valor.
• zero (0; 0,0; 0,00) quando o valor é muito pequeno para ser expresso pela
grandeza utilizada.
E
IMPORTANT
Todas estas normas têm por objetivo padronizar o tratamento dos dados estatísticos,
permitindo uma maior clareza, objetividade e melhor visão do conjunto.
Toda série é uma tabela, mas nem toda tabela é uma série, pois exige
homogeneidade, classificação, critério de modalidade: espécie, local ou época.
As séries estatísticas representam um conjunto de informações ou observações
através do tempo ou dentro de um determinado espaço ou, ainda, com relação a
um fenômeno.
114
TÓPICO 3 | SÉRIES E GRÁFICOS ESTATÍSTICOS
Exemplo:
115
UNIDADE 2 | MEDIDAS DE POSIÇÃO
Gasto geral do
Gasto total em Gasto geral
g o ve r n o c o m o Gasto total
saúde como do governo
País proporção do em saúde per
proporção do per capita
gasto total em capita (US$)
PIB (%) (US$)
saúde (%)
Argentina 10 50,8 1.322 671
Austrália 8,9 67,5 3.357 2.266
Brasil 8,4 41,6 837 348
Canadá 10,1 70 3.900 2.730
Chile 6,2 58,7 863 507
Dinamarca 9,8 84,5 3.513 2.968
Espanha 8,5 71,8 2.671 1.917
Reino Unido 8,4 81,7 2.992 2.446
116
TÓPICO 3 | SÉRIES E GRÁFICOS ESTATÍSTICOS
Exemplo:
UNI
FONTE: IBGE
117
UNIDADE 2 | MEDIDAS DE POSIÇÃO
FONTE: A autora
118
TÓPICO 3 | SÉRIES E GRÁFICOS ESTATÍSTICOS
3 GRÁFICO ESTATÍSTICO
UNI
119
UNIDADE 2 | MEDIDAS DE POSIÇÃO
Exemplo:
FONTE: A autora
FONTE: A autora
120
TÓPICO 3 | SÉRIES E GRÁFICOS ESTATÍSTICOS
Argentina 2
Alemanha 4
Brasil 5
Espanha 1
França 1
Inglaterra 1
Itália 4
Uruguai 2
Total 20
121
UNIDADE 2 | MEDIDAS DE POSIÇÃO
FONTE: A autora
FONTE: A autora
122
TÓPICO 3 | SÉRIES E GRÁFICOS ESTATÍSTICOS
FONTE: A autora.
E
IMPORTANT
Acadêmico, observe que neste gráfico os setores circulares devem ter cores
diferentes e devem ser colocadas legendas relativas aos setores, de modo a ser possível
interpretar o gráfico.
123
UNIDADE 2 | MEDIDAS DE POSIÇÃO
3.4 PICTOGRAMAS
A representação gráfica por pictogramas, como o próprio nome
sugere, utiliza figuras que remetem à ideia dos dados em questão. Este tipo de
representação tem como objetivo atrair a atenção do leitor.
Exemplo:
124
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, estudamos sobre os critérios que devem ser utilizados para
construir séries e gráficos estatísticos, bem como suas classificações. Sobre este
assunto, destacamos que:
125
AUTOATIVIDADE
1 Os gráficos são uma forma de representação dos dados estatísticos, que têm
o objetivo de produzir uma impressão rápida e viva de um determinado
fenômeno em estudo. Diante dos conceitos estudados neste tópico, assinale
a alternativa CORRETA:
126
UNIDADE 3
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Esta unidade tem por objetivos:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos e em cada um deles você encontrará
atividades que o ajudarão a aplicar os conhecimentos apresentados.
127
128
UNIDADE 3
TÓPICO 1
INTRODUÇÃO À PROBABILIDADE
1 INTRODUÇÃO
Já destacamos que a bioestatística é um esforço de aplicar regras
matemáticas a uma ciência experimental. E, para utilizar essa ferramenta, além da
estatística paramétrica, precisamos nos basear em suposições, que constituem no
pilar de todo o procedimento, e estas serão estudadas com os detalhes necessários
para que você, acadêmico, saiba tomar decisões.
2 DISTRIBUIÇÃO NORMAL
A distribuição de probabilidade normal trabalha com variáveis aleatórias
contínuas, e é de longe a mais comum, pois é a que ocorre com mais frequência
na natureza. A distribuição normal é definida pelos parâmetros e σ (média e
desvio padrão), e a sua função densidade de probabilidade é definida por:
129
UNIDADE 3 | INTRODUÇÃO AOS TESTES ESTATÍSTICOS
FONTE: A autora
2.1 TABELA Z
Existem vários tipos de tabelas que apresentam as probabilidades sob
a curva Normal Padrão. A que será utilizada apresenta a probabilidade de a
variável aleatória Z ser menor que z. (Apêndice A).
130
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À PROBABILIDADE
131
UNIDADE 3 | INTRODUÇÃO AOS TESTES ESTATÍSTICOS
Para saber a probabilidade de Z estar entre z1 e z2, com z2 < z1, precisamos
fazer:
E
IMPORTANT
P(Z < -1,6) = P(Z > 1,6) = 1 – P(Z > 1,6) = 1 – 0,9452 = 0,0548.
Solução: Acadêmico, note que P(0 < Z < 2,65) = P(Z < 2,65) – 0,5. Procurando
z = 2,65 na tabela Z (2,6 parte inteira e a decimal, e 0,05 parte centesimal), temos
que P(Z < 2,65) = 0,9960, então:
Verifica-se que na tabela o valor 0,95 está entre 0,9495 e 0,9505, então
podemos dizer que z está entre 1,64 e 1,65. Calculando a média [(1,64 + 1,65)/2]
entre esses dois valores, z = 1,645.
Solução:
134
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À PROBABILIDADE
O problema agora consiste em encontrar P(Z > 0,5). Como P(Z > 0,5) =
1 – P(Z < 0,5), temos que P(Z > 0,5) = 1 – 0,6915 = 0,3085. Portanto, a P(X > 1,80) =
P(Z > 0,5) = 0,3085. Assim, o valor 0,3085 representa a probabilidade de encontrar
alguém com mais de 1,80 m de altura.
ii) Devemos encontrar P(1,40 < X < 1,65), para isso precisamos transformar
os valores x1 = 1,40 m e x2 = 1,65 m em z1 e z2 respectivamente.
Como P(-1,5 < Z < -0,25) = P(Z < -0,25) – P(Z < -1,5) e P(Z < -1,5) = P (Z > 1,5)
= 1 – P(Z < 1,5) = 1 – 0,9332 = 0,0668
P(Z < -0,25) = P (Z > 0,25) = 1 – P(Z < 0,25) = 1 – 0,5987 = 0,4013, temos:
P(-1,5 < Z < -0,25) = 0,4013 – 0,0668 = 0,3345.
Portanto, a P(1,40 < X < 1,65) = P(-1,5 < Z < -0,25) = 0,3345.
Note que agora o problema consiste em encontrar a P(Z < -0,5) na tabela
Z. Como a P(Z < -0,5) = P(Z > 0,5) e P(Z > 0,5) = 1 – P(Z < 0,5), temos que:
P(Z < -0,5) = 1 – 0,6915 = 0,3085. Portanto, a P(X < 1,60) = P(Z < -0,5) = 0,3085.
135
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você viu que:
136
AUTOATIVIDADE
Acadêmico, agora é a sua vez de exercitar o que aprendeu até aqui! Lembre-
se de que você tem à disposição materiais complementares em seu Ambiente
Virtual de Aprendizagem. Consulte-os sempre que necessário. Conte também
com a tutoria interna, que está disponível por meio do 0800, contato e
atendimento on-line. Bons estudos!
a) ( ) P = 0,0001.
b) ( ) P = 0,5000.
c) ( ) P = 0,1000.
d) ( ) P = 0,9999.
a) ( ) de 97%.
b) ( ) de 0,03%.
c) ( ) de 0,97%.
d) ( ) de 3%.
137
138
UNIDADE 3
TÓPICO 2
TESTES DE HIPÓTESES
1 INTRODUÇÃO
Até este momento já aprendemos muitos conceitos importantes para
interpretar as características de uma determinada população ou amostra, como:
média, variância, desvio padrão e proporção, bem como apresentá-los em séries e
tabelas estatísticas. E nesta terceira unidade daremos continuidade a esse estudo,
aprendendo como testar nossas suposições e a elaborar uma hipótese estatística,
relacionadas à estatística não paramétrica e aos estudos de correlação e regressão.
Testes como estes são necessários porque em alguns casos não é possível
reunir todos os dados de uma população para aferir o parâmetro desejado. Assim,
os testes de hipóteses se baseiam na amostra, ou seja, em uma parte da população.
2 TESTES CLÁSSICOS
Em estatística, uma hipótese é uma alegação, ou afirmação, sobre uma
característica de uma população, levando-se em consideração a observação de
uma amostra. Por exemplo: “Pesquisadores médicos afirmam que a temperatura
média do corpo humano não é igual a 37 °C”.
E
IMPORTANT
Saiba que a hipótese H0 é chamada de hipótese nula, ou seja, é a hipótese que “anula”
o teste. Enquanto a hipótese H1 ou hipótese alternativa é a que o teste quer provar.
Assim:
140
TÓPICO 2 | TESTES DE HIPÓTESES
ATENCAO
Nesse caso:
UNI
Claro que você já aprendeu, mas caso tenha esquecido, recorde agora!
Igualdade (=). Exemplo: 7 = 3 + 4 (sete é igual a três mais quatro).
Diferença (≠). Exemplo: 7 ≠ 3 + 3 (sete é diferente de três mais três).
Maior que (>). Exemplo: 7 > 3 + 3 (sete é maior que três mais três).
Menor que (<). Exemplo: 7 < 3 + 5 (sete é menor que três mais cinco).
3 ERROS DO TIPO I E II
Por mais cuidado que se tenha ao coletar os dados de uma pesquisa,
a estimação dos dados jamais estará livre de erros. E, ao realizar um teste de
hipóteses, existem dois tipos de erros que podem ser cometidos:
UNI
Você já deve ter percebido, em sua trajetória escolar, que a utilização das letras gregas
é bem comum na matemática. Aqui iremos utilizar as letras gregas Alfa (a) e Beta (β).
Cometer um erro do tipo I, no exemplo 1 visto anteriormente, seria ter dito que
as médias são diferentes quando na verdade elas são iguais.
142
TÓPICO 2 | TESTES DE HIPÓTESES
E
IMPORTANT
REALIDADE
DECISÃO
H0 verdadeira H0 falsa
Rejeitar H0 Erro do tipo I (α) Sem erro
Aceitar H0 Sem erro Erro do tipo II (β)
ATENCAO
143
UNIDADE 3 | INTRODUÇÃO AOS TESTES ESTATÍSTICOS
UNI
144
TÓPICO 2 | TESTES DE HIPÓTESES
Acadêmico, não se preocupe com como e quando usar cada um dos tipos
anteriores, bem como a compreensão do que significa e como definir a(s) área(s)
de rejeição de H0 e a área de aceitação de H0 nos testes de hipóteses. Isso será
explicado nas resoluções dos próximos exemplos para desvio padrão conhecido
e desvio padrão desconhecido, acompanhe!
H0: = 94 cm
H1: ≠ 94 cm
A distribuição da média amostral θ , convenientemente padronizada, se
comporta segundo um modelo Normal com = 0 e σ2 = 1. Essa padronização é
feita por meio da fórmula:
Para obter ztab devemos somar o valor inicial da linha com o valor inicial
da coluna. Assim ztab = 1,9 + 0,06 = 1,96.
Calculando z:
146
TÓPICO 2 | TESTES DE HIPÓTESES
E
IMPORTANT
147
UNIDADE 3 | INTRODUÇÃO AOS TESTES ESTATÍSTICOS
Unilateral à direita
Solução:
H0: = 94 cm
H1: > 94 cm
148
TÓPICO 2 | TESTES DE HIPÓTESES
Observe que o valor 0,950 não aparece na tabela, mas está entre os valores
0,9495 e 0,9505. Assim, fazemos a média aritmética dos valores encontrados na
coluna e somamos com o valor da linha. Logo, ztab = (0,04 + 0,05)/2 + 1,6 = 1,645.
Veja o esquema a seguir:
Observe que o fato de o teste ser unilateral aumenta a área sob a cauda
direita da curva, diminuindo o valor crítico (ztab). Nesse caso, rejeita-se H0 a um
nível de significância de 5% porque o valor z padronizado (1,74) está na região de
rejeição de H0 (1,645 < 1,74). Assim, a média populacional é maior que 94 cm a um
nível de confiança de 95%.
FONTE: A autora
149
UNIDADE 3 | INTRODUÇÃO AOS TESTES ESTATÍSTICOS
H0: = 1,95m
H1: ≠ 1,95m
da fórmula: t x .
calc
s n
Para resolver o teste é preciso comparar o valor do t calculado (tcalc) com o
valor crítico t tabelado (ttab). O valor ttab é encontrado na tabela t-Student (Apêndice
C) na intersecção da linha 29 (“n – 1”) com a coluna 2,5% ( a 2 ) = 2,5/100 = 0,025.
Com isso, temos ttab = 2,0452.
150
TÓPICO 2 | TESTES DE HIPÓTESES
Para realizar o teste foi coletada uma amostra com as seguintes notas:
5,9 6,5 8,0 9,6 4,0 3,4 8,0 6,0 6,5 8,4
4,0 8,5 9,3 8,5 8,2 6,0 5,1 3,5 6,0 5,2
6,2 7,0 5,5 7,0 7,9 6,4 4,6 4,0 7,0 7,0
H0: 2 = 5,3
H1: σ2 ≠ 5,3
n 1 s 2
Em uma distribuição normalmente distribuída, a razão 2 segue uma
distribuição qui-quadrado. Assim, o cálculo usado para o teste de hipóteses para
a variância populacional é:
calc
2
n 1 s 2 .
2
151
UNIDADE 3 | INTRODUÇÃO AOS TESTES ESTATÍSTICOS
153
UNIDADE 3 | INTRODUÇÃO AOS TESTES ESTATÍSTICOS
ATENCAO
154
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, estudamos os testes de hipóteses e destacamos:
x
tcalc .
s n
• Nos testes de hipótese para a variância populacional, o cálculo usado é
calc
n 1 s 2
.
2
2
• Nos testes de hipótese para a proporção populacional, a estimativa amostral da
155
AUTOATIVIDADE
156
Assinale a alternativa CORRETA:
157
158
UNIDADE 3
TÓPICO 3
REGRESSÕES E CORRELAÇÕES
1 INTRODUÇÃO
Uma parte importante da estatística é a análise da regressão entre uma
variável dependente e uma variável independente de um modelo matemático,
com o objetivo de determinar o nível de interação entre elas. A determinação
dessa relação auxilia na simulação da previsão do comportamento de um
fenômeno, possibilitando a análise das tendências e as relações de causa e efeito
de um determinado evento.
Neste tópico temos por objetivo o estudo da regressão entre duas variáveis
e a verificação da existência de uma correlação entre elas. Para tornarmos a
compreensão deste conteúdo mais simples, abordaremos algumas situações que
fazem parte do cotidiano do profissional da Educação Física.
2 DIAGRAMA DE DISPERSÃO
Diagramas de dispersão são gráficos que permitem a identificação entre
causas e efeitos, com o propósito de avaliar o tipo de relação entre as variáveis
estudadas.
159
UNIDADE 3 | INTRODUÇÃO AOS TESTES ESTATÍSTICOS
160
TÓPICO 3 | REGRESSÕES E CORRELAÇÕES
FONTE: A autora
FONTE: A autora
161
UNIDADE 3 | INTRODUÇÃO AOS TESTES ESTATÍSTICOS
3 CORRELAÇÃO DE PEARSON
O coeficiente de correlação de Pearson é uma medida do grau da relação
linear entre duas variáveis quantitativas. É um índice adimensional que estabelece
o quanto uma linha reta se ajusta em uma de nuvem de pontos (diagrama de
dispersão).
• 0 < r < 0,3: a correlação é muito fraca e não é possível estabelecer relação efetiva
entre as variáveis;
• 0,3 r < 0,6: a correlação é fraca, mas pode-se considerar a existência de uma
relação entre as variáveis;
• 0,6 ≤ r < 1: a correlação é média para forte e a relação entre as variáveis é
significativa, havendo uma forte relação entre as variáveis.
162
TÓPICO 3 | REGRESSÕES E CORRELAÇÕES
TABELA 44 - RELAÇÃO ENTRE GASTO MENSAL COM SUPLEMENTO E RENDA INDIVIDUAL POR
ALUNOS DA ACADEMIA XX NA CIDADE DE BLUMENAU - 2016
FONTE: A autora.
FONTE: A autora
FONTE: A autora
164
TÓPICO 3 | REGRESSÕES E CORRELAÇÕES
166
TÓPICO 3 | REGRESSÕES E CORRELAÇÕES
Onde:
• n é o número de dados a serem analisados;
• e y são as médias dos valores de xi e yi, respectivamente. Podemos
determinar as médias através das equações:
167
UNIDADE 3 | INTRODUÇÃO AOS TESTES ESTATÍSTICOS
8 176 0,9
9 171 0,73
10 148 0,63
11 109 0,5
12 100 0,27
FONTE: A autora
FONTE: A autora
Exercícios xi
Indivíduo Perda de Peso yi (Kg) x iy i x2i y2i
(min)
1 237 1,71 405,27 56169 2,9241
2 235 1,49 350,15 55225 2,2201
3 228 1,49 339,72 51984 2,2201
168
TÓPICO 3 | REGRESSÕES E CORRELAÇÕES
FONTE: A autora
169
UNIDADE 3 | INTRODUÇÃO AOS TESTES ESTATÍSTICOS
E
IMPORTANT
FONTE: A autora
170
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você viu que:
a= ; b=
171
AUTOATIVIDADE
FONTE: A autora
172
a) ( ) y = -0,2141x + 54,753
b) ( ) y = 0,2141x - 54,753
c) ( ) y = -4,3526x + 246,23
d) ( ) y = 4,3526x - 246,23
173
APÊNDICE A
z 0,00 0,01 0,02 0,03 0,04 0,05 0,06 0,07 0,08 0,09
0,0 0,5000 0,5040 0,5080 0,5120 0,5160 0,5199 0,5239 0,5279 0,5319 0,5359
0,1 0,5398 0,5438 0,5478 0,5517 0,5557 0,5596 0,5636 0,5675 0,5714 0,5753
0,2 0,5793 0,5832 0,5871 0,5910 0,5948 0,5987 0,6026 0,6064 0,6103 0,6141
0,3 0,6179 0,6217 0,6255 0,6293 0,6331 0,6368 0,6406 0,6443 0,6480 0,6517
0,4 0,6554 0,6591 0,6628 0,6664 0,6700 0,6736 0,6772 0,6808 0,6844 0,6879
0,5 0,6915 0,6950 0,6985 0,7019 0,7054 0,7088 0,7123 0,7157 0,7190 0,7224
0,6 0,7257 0,7291 0,7324 0,7357 0,7389 0,7422 0,7454 0,7486 0,7517 0,7549
0,7 0,7580 0,7611 0,7642 0,7673 0,7704 0,7734 0,7764 0,7794 0,7823 0,7852
0,8 0,7881 0,7910 0,7939 0,7967 0,7995 0,8023 0,8051 0,8078 0,8106 0,8133
0,9 0,8159 0,8186 0,8212 0,8238 0,8264 0,8289 0,8315 0,8340 0,8365 0,8389
1,0 0,8413 0,8438 0,8461 0,8485 0,8508 0,8531 0,8554 0,8577 0,8599 0,8621
1,1 0,8643 0,8665 0,8686 0,8708 0,8729 0,8749 0,8770 0,8790 0,8810 0,8830
1,2 0,8849 0,8869 0,8888 0,8907 0,8925 0,8944 0,8962 0,8980 0,8997 0,9015
1,3 0,9032 0,9049 0,9066 0,9082 0,9099 0,9115 0,9131 0,9147 0,9162 0,9177
1,4 0,9192 0,9207 0,9222 0,9236 0,9251 0,9265 0,9279 0,9292 0,9306 0,9319
1,5 0,9332 0,9345 0,9357 0,9370 0,9382 0,9394 0,9406 0,9418 0,9429 0,9441
1,6 0,9452 0,9463 0,9474 0,9484 0,9495 0,9505 0,9515 0,9525 0,9535 0,9545
1,7 0,9554 0,9564 0,9573 0,9582 0,9591 0,9599 0,9608 0,9616 0,9625 0,9633
1,8 0,9641 0,9649 0,9656 0,9664 0,9671 0,9678 0,9686 0,9693 0,9699 0,9706
1,9 0,9713 0,9719 0,9726 0,9732 0,9738 0,9744 0,9750 0,9756 0,9761 0,9767
2,0 0,9772 0,9778 0,9783 0,9788 0,9793 0,9798 0,9803 0,9808 0,9812 0,9817
2,1 0,9821 0,9826 0,9830 0,9834 0,9838 0,9842 0,9846 0,9850 0,9854 0,9857
2,2 0,9861 0,9864 0,9868 0,9871 0,9875 0,9878 0,9881 0,9884 0,9887 0,9890
2,3 0,9893 0,9896 0,9898 0,9901 0,9904 0,9906 0,9909 0,9911 0,9913 0,9916
2,4 0,9918 0,9920 0,9922 0,9925 0,9927 0,9929 0,9931 0,9932 0,9934 0,9936
2,5 0,9938 0,9940 0,9941 0,9943 0,9945 0,9946 0,9948 0,9949 0,9951 0,9952
174
2,6 0,9953 0,9955 0,9956 0,9957 0,9959 0,9960 0,9961 0,9962 0,9963 0,9964
2,7 0,9965 0,9966 0,9967 0,9968 0,9969 0,9970 0,9971 0,9972 0,9973 0,9974
2,8 0,9974 0,9975 0,9976 0,9977 0,9977 0,9978 0,9979 0,9979 0,9980 0,9981
2,9 0,9981 0,9982 0,9982 0,9983 0,9984 0,9984 0,9985 0,9985 0,9986 0,9986
3,0 0,9987 0,9987 0,9987 0,9988 0,9988 0,9989 0,9989 0,9989 0,9990 0,9990
3,1 0,9990 0,9991 0,9991 0,9991 0,9992 0,9992 0,9992 0,9992 0,9993 0,9993
3,2 0,9993 0,9993 0,9994 0,9994 0,9994 0,9994 0,9994 0,9995 0,9995 0,9995
3,3 0,9995 0,9995 0,9995 0,9996 0,9996 0,9996 0,9996 0,9996 0,9996 0,9997
3,4 0,9997 0,9997 0,9997 0,9997 0,9997 0,9997 0,9997 0,9997 0,9997 0,9998
3,5 0,9998 0,9998 0,9998 0,9998 0,9998 0,9998 0,9998 0,9998 0,9998 0,9998
3,6 0,9998 0,9998 0,9999 0,9999 0,9999 0,9999 0,9999 0,9999 0,9999 0,9999
3,7 0,9999 0,9999 0,9999 0,9999 0,9999 0,9999 0,9999 0,9999 0,9999 0,9999
175
APÊNDICE B
Distribuição Qui-Quadrado
P(χ2(n-1) ≥ χ2tab) = α
176
36 19,2327 23,2686 25,6433 35,3356 47,2122 50,9985 54,4373 58,6192 61,5812
37 19,9602 24,0749 26,4921 36,3355 48,3634 52,1923 55,6680 59,8925 62,8833
38 20,6914 24,8839 27,3430 37,3355 49,5126 53,3835 56,8955 61,1621 64,1814
39 21,4262 25,6954 28,1958 38,3354 50,6598 54,5722 58,1201 62,4281 65,4756
40 22,1643 26,5093 29,0505 39,3353 51,8051 55,7585 59,3417 63,6907 66,7660
41 22,9056 27,3256 29,9071 40,3353 52,9485 56,9424 60,5606 64,9501 68,0527
42 23,6501 28,1440 30,7654 41,3352 54,0902 58,1240 61,7768 66,2062 69,3360
43 24,3976 28,9647 31,6255 42,3352 55,2302 59,3035 62,9904 67,4593 70,6159
44 25,1480 29,7875 32,4871 43,3352 56,3685 60,4809 64,2015 68,7095 71,8926
45 25,9013 30,6123 33,3504 44,3351 57,5053 61,6562 65,4102 69,9568 73,1661
50 29,7067 34,7643 37,6886 49,3349 63,1671 67,5048 71,4202 76,1539 79,4900
177
APÊNDICE C
Distribuição t-Student
P(t(n-1) ≥ ttab) = α
178
REFERÊNCIAS
179
ANOTAÇÕES
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