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Trocador de Calor - Método MLDT

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TROCADORES DE CALOR

Prof: Msc Adriano


Email: [email protected]

Nota: Este é um material complementar a ser utilizado no módulo “Trocador de calor” da


disciplina fenômenos de Transporte II. Vão sempre aos livros, pois neles encontramos
informações mais detalhadas.

APLICAÇÕES
- Promover troca térmica entre dois fluidos (Exemplo: Processo de destilação:
Refervedor e condensador da torre)
- Produção de potência
- Condicionamento de ambientes
- Etc.
OBJETIVOS
- Compreender os conceitos básicos envolvidos em equipamentos de troca térmica
- Projeto de trocador de calor
- Analisar o desempenho de trocadores de calor

1- CLASSIFICAÇÃO DOS TROCADORES DE CALOR


i) Quanto a configuração do escoamento
 Trocadores de calor de correntes paralelas: Os fluidos quente e frio entram
na mesma extremidade do trocador de calor, fluem na mesma direção e deixam
juntos a outra extremidade.
 Trocadores de calor contracorrente: Os fluidos quente e frio entram em
extremidades opostas do trocador de calor e fluem em direções opostas
 Trocadores de calor de correntes cruzadas: Os fluidos fluem
perpendicularmente entre si.
ii) Quanto ao tipo de construção
 Trocador de tubos concêntricos: Envolve dois tubos concêntricos
 Trocadores de calor casco e tubo: Uma carcaça envolve um ou mais tubos.
Situações típicas:
a- 1 passe no casco e 2 passes no tubo;

Apostila elaborada por Adriano Andrade Página 1


b- 2 passes no casco e 2 passes no tubo;

Obs1: A configuração em passes múltiplos é frequentemente empregada em trocadores


de calor para intensificar a troca térmica.
Obs2: Chicanas (anteparo) são instaladas no lado dos cascos para aumentar o
coeficiente convectivo devido ao efeito turbulento. Além disso, servem de apoio para os
tubos.

 Trocadores de calor compactos: Esses trocadores possuem superfície de


transferência muito alta e ocupam um pequeno espaço. São equipamentos
aletados e utilizados quando, no mínimo, um dos fluidos envolvidos é um gás.
Isto pode ser justificado pelo fato do gás possuir um menor coeficiente
convectivo, quando comparado a líquido, precisando de uma maior área de troca
térmica.

2- ESTIMATIVA DA TAXA DE CALOR TRANSFERIDA ENTRE OS


FLUIDOS
Aplicando um balanço de energia para os fluidos envolvidos no trocador
de calor e utilizando as hipóteses descritas a seguir, chega-se às equações da taxa
de calor em função do gradiente de temperatura no trocador.

Hipóteses aplicadas à equação da energia:


-Trocador de calor isolado da vizinhança;
-Condução axial desprezível quando comparada à condução radial;
-Entalpia suplanta o efeito das demais energias
-Capacidades térmicas constantes
-Coeficiente global de Transferência de calor constante

Apostila elaborada por Adriano Andrade Página 2


 Calor transferido do fluido quente
̇ eq.(1)
 Calor transferido para o fluido frio
̇ eq.(2)
Nomenclatura:
̇ : Vazão mássica do fluido quente;
: Capacidade térmica do fluido quente;
: Gradiente de temperatura contemplado pelo fluido quente;
̇ : Vazão mássica do fluido frio;
: Capacidade térmica do fluido frio;
: Gradiente de temperatura contemplado pelo fluido frio

No dimensionamento de Trocadores de Calor (TQ), a seguinte equação é


utilizada para estimar a troca de energia, entre os fluidos quente e frio, em função do
tamanho do TQ e de uma média logarítmica de temperatura.

eq.(3)

Nomenclatura:
U: Coeficiente global de troca térmica (depende de coeficiente convectivo,
condutividade da parede do TQ, incrustações depositadas na parede do TQ devido a
impureza do fluido de trabalho, etc)
A: Área de troca térmica entre os fluidos;
: Média logarítmica de temperatura
Q: taxa de calor transferido entre os fluidos

COMO ESTIMAR “U” ?


O coeficiente global de troca térmica envolve as seguintes resistências a troca
térmica:
- Resistência convectiva inerente ao fluido frio;
- Resistência convectiva inerente ao fluido quente;
- Resistência devido ás possíveis incrustações na parede do TQ tanto do fluido quente
quanto do fluido frio;

Apostila elaborada por Adriano Andrade Página 3


- Resistência devido à condução na parede do TQ.
Matematicamente, tem-se:

( )
eq.(5)

Nomenclatura:
- : Coeficiente convectivo do fluido frio;
- : Coeficiente convectivo do fluido quente;
- : fator de deposição inerente ao fluido frio;
- : fator de deposição inerente ao fluido quente;
- : Área de troca térmica entre o fluido frio e a superfície de troca do tubo interno;
- : Área de troca térmica entre o fluido quente e a superfície de troca do tubo interno;
- k: Condutividade térmica do material do TQ
- : Diâmetro externo do tubo interno;
- : Diâmetro interno do tubo interno;
- L : Comprimento do TQ;
- A : Área efetiva de troca térmica;
- U: Coeficiente global de troca térmica

Observação: O material utilizado para a construção do trocador de calor possui uma


alta condutividade térmica. Desta forma, a equação para estimativa do coeficiente
global de troca térmica é reduzida para o seguinte:

eq.(6)

No caso de operações envolvendo fluidos puros a equação para estimativa do


coeficiente global de troca térmica é reduzida ao seguinte:
eq.(7)

Normalmente, faz-se na equação 7: = = A, resultando:

eq.(8)

COMO ESTIMAR “ ”?

Apostila elaborada por Adriano Andrade Página 4


Aplicando um balanço de energia de forma diferencial e integrando a equação.
resultante, chega-se ao seguinte: (vide: Pg 456 de Incropera).

eq.(9)
( )

i) Escoamento Co-corrente:

ii) Escoamento Contracorrente

Nomenclatura:
- : Temperatura do fluido frio na entrada;
- : Temperatura do fluido frio na saída;
- : Temperatura do fluido quente na entrada;
- : Temperatura do fluido quente na saída;

Referência:

INCROPERA, F. P.; DEWITT, D. P.; BERGMAN, T. L; LAVINE, A. S.


Fundamentos de transferência de calor e de massa. 7. ed. Rio de Janeiro: Livros
Técnicos e Científicos, 2014.

Fim

Apostila elaborada por Adriano Andrade Página 5

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