Complexo Eólico Tamboril (BA)
Complexo Eólico Tamboril (BA)
Complexo Eólico Tamboril (BA)
IMPACTO AMBIENTAL NO
COMPLEXO EÓLICO TAMBORIL
(BA)
Elaboração:
Giovana Garcia Riquetti
João Paulo Canovas Borges
Junior Leal Rodrigues
Raoni Pinheiro
Samanta Neide Candido
Docente:
Natália Felix Negreiros
Araçatuba
2020
1. INTRODUÇÃO
Conforme o atual cenário do sistema energético brasileiro, pode-se observar o grande aumento de
energia eólica, tendo como sistema de produção parques ou usinas eólicas, sendo eles espaços que
produzem energia a partir das massas de ar em movimento, ou seja, os ventos. Essa energia é transformada
em energia elétrica com o auxílio de aero geradores, que nada mais são que um conjunto de hélices
conectadas a um gerador que produz eletricidade. Estudos comprovam um aumento significativo de energia
eólica nas regiões Norte e Nordeste, devido às características essenciais para o sistema de produção de
energia eólica, bem como a potencialidade dos ventos.
O Complexo Eólico Tamboril (BA), gera energia elétrica a partir da força dos ventos, contudo, sua
má localização pode acabar gerando impactos negativos para o meio ambiente, precisando assim a
realização de EIA/RIMA. O Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e seu respectivo Relatório de Impacto
Ambiental (RIMA) são os documentos que compõem o processo de Licenciamento Prévio (LP) do
Complexo Eólico Tamboril, e que permitem que o Órgão Licenciador, neste caso o Instituto do Meio
Ambiente e Recursos Hídricos (INEMA) do estado da Bahia, avalie sobre a viabilidade ambiental do
Complexo Eólico Tamboril.
O estudo de impacto ambiental apresenta as possíveis transformações que a implantação e a
operação do Complexo Eólico Tamboril poderão causar, apresentando assim as principais características
relacionados à fauna, flora, clima, solo, perfil geral do município e propriedades atingidas pelo complexo.
2. OBJETIVOS
Estudo sobre a viabilidade ambiental do Complexo Eólico Tamboril, localizado no distrito da cidade
Morro do Chapéu - Bahia, buscando estabelecer as possíveis transformações que o Complexo Eólico
Tamboril pode causar ao meio ambiente, como possíveis impactos ambientais e socioeconômicos,
identificando assim os pontos positivos e negativos desse complexo, avaliando as propostas para a
manutenção e melhoria da qualidade ambiental e das condições de vida.
3. METODOLOGIA
Baseado no Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), tendo como foco os locais afetados pelo
complexo, no qual, as áreas de estudo são todos os espaços que podem vir a sofrer interferências, diretas
ou indiretas, decorrentes da construção e operação do complexo, sendo fundamental para a análise e
identificação das possíveis transformações ambientais.
4. DESENVOLVIMENTO
4.1. O Complexo Eólico Tamboril
O Complexo Eólico Tamboril possui uma área de 2,27 km², e está situada a aproximadamente 30
km do centro do município Morro do Chapéu (próximo à rodovia estadual BA-052). O município de Morro
do Chapéu possui extensão territorial de 5.742,90 km² e uma população aproximada de 35.164 mil
habitantes. A população residente da área urbana representa 57,64% da população do município com 20.267
mil habitantes. A população residente da área rural representa os demais 42,36 % com 14.897 mil
habitantes.
Possui uma capacidade instalada de 150 MW, composto por 5 parques eólicos, com um total de 75
aero geradores, que são posicionados ao longo de 4 fileiras dispostos a garantir o melhor aproveitamento
do potencial eólico da região. Cada aero gerador possui 2,00 MW de potência nominal, totalizando as 150
MW de potência instalada no complexo; cada aero gerador possui 93,00m de altura, compostos por seus
quatro segmentos tubulares metálicos, possuindo uma distância média de 280,00m entre cada torre.
Sua produção de energia, pode chegar a abastecer uma cidade com aproximadamente 140 mil
habitações residenciais, no qual, é direcionada e coletada pela subestação coletora (SE) Tamboril, e
posteriormente transmitida através de uma Linha de Transmissão (LT) de aproximadamente 50 km de
extensão para a Subestação (SE) Morro do Chapéu II, à partir daí a energia é distribuída para as residências
e comércios do Brasil.
4.3.1. Clima
O município de Morro do Chapéu que se encontra na região de clima tropical com estação seca no
inverno. As maiores temperaturas anuais estão entre os meses de outubro e dezembro, com temperaturas
máximas chegando a 26,6ºC. As temperaturas mais baixas ocorrem entre os meses de julho e setembro
com temperaturas que podem chegar a 13,8ºC.
A região possui períodos de estiagem entre os meses de maio a outubro e períodos chuvosos entre
os meses de novembro a abril. O mês com maior incidência de chuvas é dezembro enquanto o mês com
menor incidência é setembro.
4.3.2. Hidrografia
A área de estudo do complexo está situada na Região Hidrográfica Nacional do Rio São Francisco.
Em nível estadual, a região de estudo encontra-se inserida na Região de Planejamento e Gestão das Águas
– XVII Rio Salitre. O rio Salitre fica localizado na porção norte da Bahia.
No município de Morro do Chapéu destacam-se como principais drenagens os rios Salitre e Jacaré,
afluentes do rio São Francisco, e os rios Utinga e Jacuípe, afluentes do rio Paraguassú. O Complexo Eólico
Tamboril está localizado dentro da sub-bacia hidrográfica do riacho Vereda do Covão. Trata-se de um
riacho intermitente, ou seja, pode secar em determinados períodos do ano, desaguando pela margem
esquerda do rio Salitre.
5. CONCLUSÃO
Conclui-se que, o Brasil é um ótimo centro de produção de energia gerada por fontes naturais, tal
qual, teve uma produção de eletricidade de 88,8% em 2011. A energia eólica vem se destacando cada vez
mais, devido ao grande potencial eólico do país, principalmente na região nordeste.
Para a implantação do Complexo Eólico Tamboril foi observado o baixo potencial para o
desenvolvimento de agricultura e pecuária, no qual, a Área Diretamente Afetada do complexo é composta
por 51,30 há, de áreas cujas características originais foram alteradas, incluindo vias de acessos, áreas de
culturas agrícolas, e 94,20 há de ambientes naturais, ou seja, Caatinga Arbórea e Arbustiva, nenhumas
dessas terras possuem residências fixas ou permanentes.
Mesmo que em algumas propriedades rurais possuem animais como caprinos, bovinos, e equinos,
criados soltos, a implantação do complexo não acarreta em qualquer tipo de restrição. Para os moradores
do distrito de tamboril e outros locais do acesso externo, a princípio, as obras de melhoria causam algum
tipo de desconforto devido ao aumento do fluxo de veículos e circulação de pessoas. O Complexo trouxe
aumento na criação de postos de trabalho, aumentando a oportunidade de emprego.
No que se diz respeito à proximidade do Complexo Eólico Tamboril ao Parque Estadual Morro do
Chapéu (PEMC), necessita a realização de várias ações preventivas de impacto, visando evitar
interferências à unidade de conservação, como a proibição da circulação de veículos em acessos do parque,
queimadas e caça predatória.
As medidas propostas, no capítulo 4.6 Medidas mitigadoras e acompanhamento de impactos
ambientais, contribuirão para diminuir os efeitos dos impactos causados pela implantação e operação do
complexo.