CCT Cargas 2017 2018
CCT Cargas 2017 2018
CCT Cargas 2017 2018
As partes fixam a vigência da presente Convenção Coletiva de Trabalho no período de 01º de maio de 2017
a 30 de abril de 2018 e a data-base da categoria em 01º de maio.
Piso Salarial
Para os Salários Normativos ficam estabelecidos os seguintes valores a partir do mês de junho/2017.
FUNÇÕES: PISOS
SALARIAIS
MOTORISTA DE VEÍCULO PESADO - CBO 7825-10 R$ 1.854,78
MOTORISTA DE VEÍCULO SEMIPESADO - CBO 7825-10 R$ 1.697,75
MOTORISTA DE VEÍCULO LEVE - CBO 7825-10 R$ 1.491,42
Quando o Empregado motorista de veículo pesado operar veículo equipado com implementos Bitrem,
Tritrem, Rodotrem, Treminhão, ou similares a estes, receberá adicional de função R$ 370,95 (trezentos
e setenta reais e noventa e cinco centavos) por mês, já incluso o repouso semanal remunerado.
Os motoristas abaixo listados que conduzirem veículos equipados com implementos guindastes tipo
“munck” ou “poliguindaste”, betoneiras e caminhões de lixo receberão mensalmente o adicional de função
previsto no parágrafo primeiro, nos seguintes valores, também incluso o descanso semanal remunerado:
Parágrafo 3º: O presente adicional só será devido enquanto o Empregado operar veículo equipado com
implementos mencionados nos parágrafos acima.
Reajustes/Correções Salariais
As empresas concederão a partir de 1º. De junho de 2017 reajuste salarial de 4% (quatro por cento) para os
empregados, a ser aplicado nos salários praticados em julho/16.
Parágrafo Primeiro: O percentual contido no item supra, objeto de negociação entre as partes, já
incorpora a inflação havida nos períodos anteriores, acumulada até 30 de abril de 2017.
Parágrafo Segundo: O presente aumento abrange os salários até o valor de R$ 2.146,00 (dois mil, centro
e quarenta e seis reais).
Parágrafo terceiro: Para os salários acima do valor de R$ 2.146,00 (dois mil cento e quarenta e seis
reais), será praticada a livre negociação entre Empregado e Empregador, ficando garantido o mínimo de R$
156,66.
Parágrafo quarto: As empresas pagarão aos seus empregados um abono, em valor equivalente a 4%
(quatro por cento) dos salários vigentes em julho de 2017 até o 5° dia útil de setembro de 2017, limitado ao
valor máximo de R$ 85,84 (oitenta e cinco reais e oitenta e quatro centavos). O abono ora ajustado tem
caráter meramente indenizatório, não se integrando, portanto, para nenhum efeito, à remuneração do
Empregado.
Parágrafo Quinto: O abono previsto acima será devido a todo trabalhador admitido antes de maio/16 e que
estejam trabalhando na empresa, em férias ou afastados por qualquer motivo, no mês de setembro/2017.
Será assegurada um abono proporcional de 1/12 avos por mês de trabalho, aos admitidos a
partir de 01/maio/16 até a data de 30/04/2017 e que estejam trabalhando na empresa, em férias ou
afastados por qualquer motivo, em setembro/17.
Parágrafo Sexto: Para os empregados dispensados em abril/2017 e maio/2017, será assegurado o abono
de 4% do salário, limitado ao valor máximo de R$ 85,84 (oitenta e cinco reais e oitenta e quatro centavos),
de forma integral ou proporcional, conforme o caso, a ser pago em rescisão/recibo complementar.
Para os Empregados que exercem funções não contempladas com piso salarial e admitidos após 01/05/16,
fica assegurada uma correção proporcional aos meses decorridos de sua admissão até a data de
30/04/2017, tomando por base de cálculo o mesmo percentual contido na cláusula “DO REAJUSTE
SALARIAL”, proporcionalmente aos meses da vigência do contrato de trabalho, exceto no caso em que
existam paradigmas, dentro das condições estabelecidas pelo artigo 461, da CLT.
As Empresas fornecerão vale de adiantamento de 40% (quarenta por cento) do salário nominal contratual,
até quinze dias após o pagamento do salário mensal, a hipótese de o empregado optar pelo pagamento
integral do salário, em uma única vez.
Poderão ser compensadas, com o reajuste aqui convencionado, todas e quaisquer antecipações
espontâneas e / ou compulsórias, havidas durante o período de 1º de maio de 2016 até a presente data,
exceto as decorrentes de aumentos por promoção, equiparação salarial ou aqueles que foram ajustados
mediante condição expressa de não compensação.
Parágrafo Único: Como instrumento de melhorias da capacidade aquisitiva dos salários, incentiva-se às
empresas a concessão, a partir desta data, de antecipações salariais espontâneas futuras, no decorrer da
vigência da presente norma, que poderão ser compensadas com reajustes salariais estabelecidos na
próxima data base.
As Empresas fornecerão a seus Empregados, comprovante de pagamento, inclusive por meio eletrônico,
contendo sempre, no mínimo a identificação da empregadora e do empregado, a discriminação, uma a uma,
de todas as verbas pagas e os descontos efetuados.
Parágrafo único: Pactua-se a dispensa da assinatura nestes comprovantes pelo empregado, na hipótese
do pagamento ocorrer por depósito bancário e ou transferência eletrônica.
O pagamento do salário deverá ser feito até o quinto dia útil de cada mês subsequente ao vencido,
incorrendo a Empresa infratora em multa de 1/60 (um sessenta avos) do valor nominal do salário do
Empregado, por dia de atraso, em caso de inadimplência, que reverterá em favor deste, salvo os motivos
comprovados de força maior, com a limitação do artigo 412 do Código Civil.
Isonomia Salarial
Ao Empregado admitido para exercer a mesma função de outro, cujo contrato de trabalho tenha sido
rescindido, será garantido o salário normativo para ela existente, ressalvadas as vantagens pessoais.
Descontos Salariais
O desconto salarial, em virtude de multa de trânsito, furto, roubo, danos em veículos, inclusive de terceiro, e
avaria da carga, só será lícito se resultar configurado o dolo ou culpa do empregado, em quaisquer de suas
modalidades.
1) Os descontos referentes às multas de trânsito provocadas por dolo ou culpa do Empregado enquanto,
condutor de veículo da Empresa, não ocorrerão durante a tramitação de eventual interposição de recurso,
se o Empregado dela recorrer, exceção feita, à ocorrência de rescisão contratual, quando o abatimento
constará expressamente do T.R.C.T.
2) As empresas poderão optar pelo pagamento das multas de trânsito quando visarem o aproveitamento de
descontos, a legalização de documentos, o licenciamento do veículo enfim, nas situações em que o
pagamento se fizer necessário, ocorrendo então o correspondente desconto do empregado. Pendente
qualquer recurso patrocinado pela Empresa, terá a empregadora que efetuar a devolução dos descontos ao
empregado se e quando vier a ser provido.
3) Confirmada a imposição da multa, quer pela inexistência de recurso, quer por sua improcedência, a
Empresa poderá parcelar o valor de desconto ao Empregado, de acordo com a sua possibilidade financeira
momentânea.
4) Convencionam os sindicatos acordantes que o condutor do veículo da Empresa, que tenha a sua carteira
de habilitação cassada ou suspensa temporariamente, ou que venha a ser proibido de obter habilitação
para dirigir veículo, durante o contrato laboral, perdendo a condição de motorista, ensejará o rompimento do
contrato de trabalho, nos termos da Lei.
Para fins efetivos do disciplinado nesta convenção, não serão admitidas as alterações de denominações de
cargos e funções, que objetivem isentar as Empresas do cumprimento dos salários normativos ajustados
pelas entidades acordantes.
Parágrafo Único: Além dos cargos já contemplados com pisos salariais, as atividades de ajudante geral,
faxineira, auxiliar de limpeza em geral, eletricista, funileiro, lavador, lubrificador, mecânico, pintor, serviços
gerais e demais funções ligadas ao setor operacional da empresa são representadas pela entidade sindical
profissional convenente, sendo a elas aplicáveis todas as cláusulas gerais e condições previstas na
presente Convenção Coletiva de Trabalho, ressalvadas as exceções contidas nas “DISPOSIÇÕES
GERAIS” – Cláusula 75º “Não aplicação do instrumento coletivo”.
Outras Gratificações
Incentiva-se as empresas abrangidas por esta convenção se assim desejarem, a refletirem sobre a adoção
de formas de remuneração variável, considerando critérios, como mero exemplos, por empenho,
comprometimento e envolvimento com o trabalho, cumprimento das normas de trânsito e segurança, bom
tratamento com clientes e pares de trabalho, formação profissional, assiduidade, economia de combustível,
economia no desgaste dos caminhões, peças e pneus, ou qualquer outra forma de bonificação ou
premiação que não incentive os empregados, direta ou indiretamente, ao descumprimento dos objetivos das
Leis 12.619/2012 e 13.103/2015.
Adicional de Tempo de Serviço
O Empregado que já tiver completado 2 (dois) ou 3 (três) anos de permanência na Empresa, fará jus ao
recebimento de Prêmio Por Tempo de Serviço - "P.T.S.", nos seguintes percentuais não cumulativos sobre
o salário base:
Parágrafo 1º: O "P.T.S." tomará por referência, o salário base do Empregado, limitado ao valor máximo de
R$ 92,74 quando tiver completado dois anos de casa (5% do piso salarial do motorista de veículo pesado) e
R$ 148,38 quando o contrato de trabalho completar três anos (8% do piso salarial do motorista de veículo
pesado).
Parágrafo 2º: O "P.T.S." será devido mensalmente a partir do mês seguinte aquele em que o Empregado
completar 2 (dois) ou 3 (três) anos de serviço na Empresa, não sendo devido cumulativamente. Poderá,
ainda, ser personalizado pela Empresa, desde que mais benéfico ao Empregado.
Paragrafo 3º: O PTS integrará o salário para todos os fins de direito, nos termos do parágrafo 1º, do artigo
457 da CLT.
Em razão das diretrizes fixadas na Lei nº 10.101, de 19 de dezembro de 2000, os sindicatos convencionam
a implantação do Programa de Participação nos Lucros ou Resultados das Empresas, mediante as
seguintes condições:
Parágrafo 1º: As Empresas poderão estabelecer programa próprio de Participação nos Lucros ou
Resultados dos Empregados, como incentivo à produtividade e ao envolvimento dos trabalhadores nos
objetivos almejados pelo empregador.
Parágrafo 2º: O Programa de Participação nos Lucros ou Resultados deverá ser objeto de negociação
individual entre Empresa e Empregados, observando-se as regras e procedimentos da respectiva ordem
legal que versa sobre este assunto.
Parágrafo 4º: Considerando que a lei n. 10.101/00, em seu artigo 2º, II, adota a convenção coletiva de
trabalho, como um dos procedimentos para estabelecer o programa de participação nos lucros e resultados,
convencionam os pactuantes que a Empresa que, individualmente, não formalizar o programa de
participação nos lucros e resultados, ou tendo formalizado, não estabelecer valores a serem direcionados
aos empregados, ficará então obrigada, a pagar a seus Empregados uma multa aqui fixada a título
indenizatório e compensatório, como se lucros e/ou resultados positivos houvessem no período, em valor
equivalente a 45% (quarenta e cinco por cento) de seu salário Normativo ou Contratual, limitado ao valor
máximo de R$ 834,65 (oitocentos e trinta e quatro reais e sessenta e cinco centavos).
Parágrafo 5º: O pagamento da primeira parcela da indenização compensatória do P.L.R. será concedido
integralmente a todos os empregados admitidos, há no mínimo, seis meses anteriores à data do pagamento
da 1ª parcela, com contratos vigentes até a data do pagamento. Para admissões e demissões ocorridas em
período inferior há seis meses da data do pagamento da primeira parcela, o pagamento do P.L.R. deverá
guardar a devida proporcionalidade à razão de 1/12 por mês de serviço, considerando-se mês a fração igual
ou superior a 15 (quinze) dias, dentro do período de apuração.
Parágrafo 6º. O pagamento da segunda parcela da indenização compensatória do P.L.R. será concedido
integralmente a todos os empregados admitidos, há no mínimo, seis meses anteriores à data do pagamento
da 2ª parcela, com contratos em vigência até a data deste segundo pagamento. Para admissões e
demissões ocorridas em período inferior há seis meses da data do pagamento da segunda parcela, o
pagamento do P.L.R. deverá guardar idêntica proporcionalidade, à razão de 1/12 por mês de serviço,
considerando-se mês a fração igual ou superior a 15 (quinze) dias, dentro do período de apuração.
Parágrafo 7º: A indenização compensatória da PLR, caso não instituída individualmente pela empresa, será
paga nos valores e moldes acima estabelecidos, em duas parcelas, como segue:
I) 1ª (primeira) parcela, no percentual de 22,5% (vinte e dois e meio por cento) sobre o salário base do
Empregado, limitado ao valor de R$ 417,32 (quatrocentos e dezessete reais e trinta e dois centavos), com
pagamento até o 5º (quinto) dia útil do mês de novembro de 2017.
II) 2ª (segunda) parcela, no percentual de 22,5% (vinte e dois e meio por cento) sobre o salário base do
Empregado, limitado ao valor R$ 417,32 (quatrocentos e dezessete reais e trinta e dois centavos), com
pagamento até o 5º (quinto) dia útil do mês de maio de 2018.
Parágrafo 8º: Referida obrigação é criada nas prerrogativas e isenções fixadas pela Lei, não tendo,
portanto, qualquer conotação salarial, não integrando a remuneração do Empregado, para quaisquer
finalidades, em conformidade com o disposto pelo artigo 7º, inciso XI da Constituição Federal.
Parágrafo 9º: A empresa poderá descontar o equivalente a 1/365 do valor da parcela da indenização em
comento por falta não justificada do empregado no período de 01/05/2017 a 31/10/2017 (no pagamento da
1ª Parcela) e no período de 01/11/2017 a 30/04/2018 (no pagamento da 2ª Parcela).
Auxílio Alimentação
Será concedida a todos os empregados abrangidos por esta Convenção, 1 (uma) cesta básica, compostas
com os produtos que devem ser de boa qualidade, como segue:
1) Perderá o direito deste benefício o empregado que se ausentar injustificadamente ao serviço, sem o
correspondente abono do empregador, em uma única oportunidade, durante o mês anterior, ou que não
retire a cesta da empresa, no prazo de 10 (dez) dias da data de sua concessão.
2) Cada empregado participará do custo da cesta básica com a importância de R$ 1,00 (um real) cujo valor
será descontado em folha de pagamento. A participação do custo da cesta do empregado será de R$ 5,00
(cinco reais), caso o empregado opte por receber a cesta básica em sua própria residência e queira que seu
empregador realize tal comodidade.
3) O empregado que foi contratado no curso do mês adquirirá o direito ao percebimento do presente
benefício somente a partir do próximo mês. Aquele que for dispensado no curso do mês, não terá, da
mesma forma, direito ao recebimento da cesta de alimentos.
4) A concessão deste benefício é conferida aos empregados que trabalharem normalmente, sendo devido
também por ocasião de suas férias.
5) Aos empregados afastados pelo I.N.S.S, será concedido o presente benefício, durante o seu
afastamento, limitado ao período máximo de um ano.
6) A cesta básica será entregue, seguindo o critério da empresa, a cada empregado até o 25º (vigésimo
quinto) dia civil do mês.
7) Convencionam as partes que o presente benefício não é conceituado como salário indireto, não
integrando a remuneração do empregado, para quaisquer finalidades, e não concorrerá cumulativamente
para os casos em que as empresas já o adotem de forma individual.
8) Contratam as partes, ainda, que o ato de qualquer entidade ou órgão públicos que confira ao instituto da
cesta básica conotação salarial, revogará imediatamente a concessão deste benefício.
9) Da adoção de formas alternativas de concessão de Cestas Básicas:
Auxílio Transporte
Parágrafo único: As empresas poderão conceder ajuda de custo, nos termos do § 2º art. 457 da CLT, para
os empregados que não forem optantes do vale transporte e se utilizarem de condução própria no
deslocamento residência-trabalho-residência, sem que haja a integração ao salário.
Auxílio Saúde
Fica pactuado que as entidades profissional e patronal signatárias formalizarão plano de assistência médica
em grupo destinado a atender os trabalhadores da categoria, minimizando os custos que serão suportados
em sua totalidade pelo trabalhador, que dele quiser usufruir, inclusive quanto a dependentes. Convenciona
– se que no prazo de 90 dias as partes, que desejarem formalizar os contratos/ convênios, deverão assinar
termo aditivo regrando eventual concessão do presente benefício junto às entidades sindicais pactuantes.
Auxílio Morte/Funeral
Em caso de morte natural ou por acidente de trabalho de Empregado, as Empresas ficam obrigadas a pagar
a seus dependentes, habilitados perante a Previdência Social, 2 (dois) salários contratuais, a título
indenizatório, limitado ao valor máximos de 2 (dois) pisos salariais do motorista de veículo semipesado.
Referido auxílio não será devido pela Empresa que firmar contrato de seguro de vida em favor do
Empregado, desde que a apólice ofereça cobertura integral das despesas com funeral, a família do
empregado falecido benefício.
Seguro de Vida
Os Sindicatos Acordantes pactuam o direito de Seguro de Vida aos Empregados, a ser custeado pelas
Empresas, nos seguintes limites:
1) O valor especificado para todos os empregados representados pelo sindicato profissional acordante,
exceção feita aos empregados individualizados no item abaixo, será o correspondente a R$ 3.000,00 (três
mil reais);
2) O valor especificado para as Modalidades de Motorista será o correspondente a 10 (dez) vezes o valor
do piso salarial da função exercida, de acordo com o artigo 2º, inciso V, alínea “c”, da Lei 13.103/2015.
3) O "Seguro de Vida" deverá dar cobertura a morte natural, morte por acidente, invalidez total ou parcial
decorrente de acidente, traslado e auxílio para funeral referente às suas atividades, no valor mínimo
constante do item 21.2.
4) Na hipótese da Empresa não formalizar o "Seguro de Vida", e ocorrer fato descrito no item anterior, fica
imediatamente responsável pela indenização do Empregado, por seu beneficiário, nos limites aqui
especificado.
Como forma de oferecer maior proteção e amparo ao empregado e sua família, incentiva-se às empresas
abrangidas por esta convenção a firmarem, em favor de seus empregados, apólice de seguro com prêmios
superiores e acrescidos às modalidades normativas descritas acima.
Parágrafo Único: Em contrapartida, fica contratado que todo valor ou condição além dos fixados, na
Cláusula “DO SEGURO DE VIDA NORMATIVO” sofrerá, sob o instituto legal da compensação, abatimento
com qualquer valor decorrente de decisão judicial que eventualmente fixe condenação dos empregadores
em processos judiciais que busquem quaisquer indenizações, trabalhistas ou cíveis, movidos por seus
empregados, decorrentes de acidentes em que às empresas ou seus prepostos possam ser inseridos direta
ou indiretamente.
Outros Auxílios
Caberão às Empresas abrangidas pelo presente instrumento o reembolso ou fornecimento direto ou ainda
sob a forma de adiantamento, do valor destinado às refeições que se fizerem necessárias na constância da
jornada de trabalho, a todos os seus Empregados. Essa obrigação poderá ser também cumprida através de
refeitórios e restaurante próprios, reembolso de despesas ou fornecimento de vales ou meios afins, aceitos
em estabelecimentos apropriados. A ajuda de custo ora firmada tem caráter meramente indenizatório, não
se integrando, portanto, para nenhum efeito, à remuneração do Empregado.
Parágrafo 1º: As Empresas que optarem pelo adiantamento, fornecimento de vales, cupons, reembolso de
despesas, estão desobrigadas de manter refeitórios ou restaurantes nos locais de trabalho. A partir de 01
de julho de 2017, ficam estabelecidos os seguintes valores mínimos de reembolso de despesas, em
dinheiro ou em vales, como seguem:
Parágrafo 2º: O almoço, ou seu valor correspondente, será devido a todo o trabalhador que usufruir de, no
mínimo, uma hora de almoço e ou de jantar. O trabalhador que não interromper sua jornada para suas
refeições nos limites mínimos legais, seja por decisão própria, seja por impedimentos alheios à sua vontade,
deverá comunicar seu empregador, a fim de que este lhe pague o labor extraordinário correspondente, não
fazendo jus ao reembolso pela refeição.
Parágrafo 3º: O jantar, ou seu valor equivalente será devido nos mesmos valores e critérios atribuídos para
o almoço, devido a todo trabalhador que, no cumprimento de sua jornada de trabalho, dele tenha
necessidade, em virtude do horário do término de seu expediente.
Parágrafo 4º: O recebimento pelos Empregados, internos e externos, de cada REFEIÇÃO fornecida pelo
Empregador, em quaisquer de suas modalidades, implica no reconhecimento expresso da ocorrência de
intervalo diário intrajornada de trabalho, independente de anotação, pelo período mínimo de interrupção de
1 (uma) hora, ficando, ainda, aos Empregados que exercem função externa a prerrogativa de fixar, a seu
critério, a duração de intervalos superiores.
Parágrafo 5º: Ao estabelecer esta norma que tais valores são mínimos, pactua-se que não poderá o
empregador, sob quaisquer argumentos, realizar abatimentos ou descontos sobre os valores “mínimos”
acima fixados, inclusive o “PAT”.
Fica mantida a obrigatoriedade de reembolso do valor de despesas com pernoites, nos casos em que
ocorram a permanência e repouso, do Empregado, fora de sua base de trabalho, e desde que informada,
pelo Empregado, a ocorrência de gastos de hospedagem. Esclarecem ainda, os acordantes, que o
recebimento de pernoite implica, também, no reconhecimento expresso do gozo do intervalo interjornada.
Parágrafo 1º: O valor mínimo que as Empresas se comprometem a reembolsar como despesas e gastos
com pernoites é o seguinte:
A declaração falsa do Empregado de ocorrência de gastos com REFEIÇÃO e/ou com hospedagem,
atrelada a não observação do intervalo mínimo de 1 (uma) hora para as refeições e de 11 horas para o
pernoite, que tenha gerado a obrigação do empregador aos reembolsos respectivos, caracteriza
apropriação indébita, podendo a Empresa ressarcir-se de tal valor, a qualquer época, ficando ainda, o
Empregado, passível das demais sanções legais.
Parágrafo 1º: O empregado que exerce atividade externa, e que se apropria do valor do reembolso de
refeição e/ou pernoite e descumpre a obrigação descrita no caput desta cláusula ou ainda, que dorme
dentro do veículo, não poderá, sob quaisquer hipóteses, sustentar o não cumprimento de intervalos,
tampouco o cumprimento de jornada à disposição do empregador.
Parágrafo 2º: O empregado que exerce função externa, e que pleitear judicialmente a condenação do
empregador às horas destinadas a descanso e refeição, dá à empresa o direito de reconvir e obter a
condenação do trabalhador, na mesma esfera, à devolução dos valores pagos durante o contrato de
trabalho, a título de reembolso de despesas com almoço e jantar ou então, se for condenada, a abater dos
valores apurados como devidos a título de horas extras pela supressão do intervalo intrajornada, aqueles
pagos a título de refeição/tickets. Em havendo saldo além dos limites da condenação imposta à empresa, o
empregado fica obrigado a ressarcí-la.
Parágrafo 3º: O empregado que exerce função externa e que pleitear judicialmente a condenação do
empregador às horas destinadas à fruição do intervalo entre jornadas como de sobreaviso, de prontidão ou
de trabalho, dá à empresa o direito de reconvir e obter a condenação do trabalhador, na mesma esfera, a
condenação aos valores pagos durante o contrato de trabalho, a título de reembolso de despesas com
pernoite ou então, se for condenada, a abater dos valores apurados como devidos a título de horas à
disposição, aqueles pagos a título de pernoite. Em havendo saldo além dos limites da condenação imposta
à empresa, o empregado fica obrigado a ressarcí-la.
O Sindicato Profissional, como forma de incentivo às Empresas para instituírem mais benefícios indiretos a
seus Empregados, pactua que todo e qualquer benefício adicional que as Empresas, espontaneamente já
concedem ou vierem a conceder aos seus Empregados, tais como, convênios / assistência médica /
odontológica / funerária, seguro de vida normativo e ou facultativo, previdência privada, convênio
alimentação, auxílio refeição, auxílio educacional de qualquer espécie, clubes esportivos e de lazer, cesta
de alimentos, reembolso de despesas (refeição/pernoite/etc.), aluguel e direito de uso de veículo da
Empresa para o trabalho; terá caráter eminentemente indenizatório, não se integrando, portanto, para
nenhum efeito, ao salário do Empregado.
Empréstimos
CLÁUSULA VIGÉSIMA SÉTIMA - DO EMPRÉSTIMO CONSIGNADO
Uma vez celebrado o convênio bancário, com a devida anuência do Sindicato Profissional e Patronal, e
desde que cumpridas as exigências impostas pela Lei 10.820 de 17.12.2003, assim como o disposto no art.
545 da CLT e na Súmula 342 do TST, as empresas não poderão se opor aos lançamentos em folha de
pagamento dos descontos consignados.
Parágrafo 1º: Os empréstimos concedidos pela instituição financeira, serão descontados com a autorização
pelo empregado na forma do artigo 545 da CLT e Súmula 342/TST, observadas as normas e procedimento
instituídos pela Lei 10.820 de 17.12.2003.
Parágrafo 2º: Depois de realizado todo o processo na empresa, o funcionário deverá encaminhar-se ao
Sindicato Profissional, para que haja seu acompanhamento, controle e fiscalização, quanto a estarem
compatíveis as taxas que estão sendo inseridas no devido empréstimo. Neste ato, o sindicato profissional
deverá dar seu reconhecimento, protocolando a devida documentação que será encaminhada a Instituição
Financeira pelo funcionário.
Parágrafo 3º: O Sindicato Profissional e Patronal, caso tenham em outras instituições financeiras, taxas e
despesas finais mais acessíveis a este empréstimo, entrará em contato com a empresa, informando a
existência de condições mais acessíveis para futuros empréstimos, poderá também a entidade sindical,
solicitar para sua Instituição Financeira conveniada, a possibilidade de ajustar as taxas e encargos, para
que fiquem compatíveis ao mercado, podendo caso não ocorra à devida regularização vir a intervir,
solicitando o cancelamento do convenio em questão, realizando-se novo convênio futuramente com a nova
instituição, garantindo o menor custo benefício ao trabalhador.
As Empresas ficam obrigadas, quando da admissão, a fornecer, a seus empregados, as cópias dos
contratos de trabalho e quaisquer outros documentos que resultem do vínculo laboral, que sejam firmados
na sua vigência.
As Empresas cuidarão para que nas carteiras profissionais de seus Empregados, sejam anotados os cargos
efetivos, respeitados as estruturas, eventualmente existentes, de cargos e salários.
Desligamento/Demissão
Ocorrendo rescisão do Contrato de Trabalho sem justa causa, as Empresas ficam obrigadas a fornecerem
Carta de Referência, quando solicitada, por escrito, pelo Empregado.
Ao Empregado demitido por justa causa, as Empresas poderão conceder, por escrito, se assim solicitado
pelo Empregado despedido, ciência dos motivos determinantes da rescisão contratual.
a) As homologações das rescisões deverão ocorrer no prazo máximo de 30 (trinta) dias, contados a partir
do último dia de trabalho ou da notificação da dispensa imotivada, sem cumprimento do aviso prévio
trabalhado, ressalvadas as hipóteses de culpa do órgão homologador, do banco depositário do FGTS ou do
não comparecimento do empregado, devendo ser apresentados no ato da homologação a seguinte
documentação:
b) Quando o empregado tiver menos de um ano de trabalho e não houver a necessidade da homologação,
as Guias de Seguro Desemprego e Chave de liberação do FGTS devem ser entregues ao empregado em
até 30 (trinta) dias, contados a partir do último dia de trabalho ou da notificação da dispensa imotivada, sem
cumprimento do aviso prévio trabalhado, sob pena de multa de um salário do trabalhador, ressalvadas as
hipóteses de culpa do banco depositário do FGTS ou do não comparecimento do empregado.
c) A cada homologação feita pelo sindicato profissional será informado o sindicato patronal, com o intuito de
que ambas as entidades busquem meios de controlar o número de demissões do setor, visando
conjuntamente, "pari passu", a adoção de medidas que visem manter a estabilidade e o nível de emprego
na categoria.
Parágrafo Único: A comunicação das homologações pelo sindicato profissional ao sindicato patronal
deverá ser realizada no prazo de até 15 (quinze) dias após a sua realização.
Aviso Prévio
a) No Aviso Prévio Proporcional instituído pela Lei 12.506/2011, as empresas deverão observar os
parâmetros fixados na Nota Técnica nº 184/2012/CGRT/SRT/MTE do Ministério do Trabalho e Emprego.
b) O aviso prévio será concedido na proporção de 30 (trinta) dias aos empregados que contem até 1 (um)
ano de serviço na mesma empresa e será acrescido de 3 (três) dias por ano de serviço prestado na mesma
empresa, até o máximo de 60 (sessenta) dias, perfazendo um total de até 90 (noventa) dias.
c) A redução de duas horas diárias, prevista no art. 488 da CLT, será utilizada de comum acordo com o
empregador, no início ou final da jornada de trabalho, mediante opção única do empregado por um dos
períodos, exercida por escrito no ato do recebimento da carta de aviso prévio.
d) Da mesma forma, alternativamente, o empregado poderá optar por um dia livre na semana ou 07 (sete)
dias corridos durante o período de comum acordo com o empregador.
e) A falta de aviso prévio por parte do empregado dá ao empregador o direito de descontar os valores
correspondentes, até o limite máximo de 30 (trinta) dias, impreterivelmente.
f) O saldo de salário do período trabalhado antes do aviso prévio e do período do aviso prévio trabalhado,
quando for o caso, deverá ser pago por ocasião do pagamento geral dos demais empregados, se a
homologação não ocorrer antes do fato.
g) É inválida a concessão do aviso prévio na fluência de garantia de emprego, nos termos da Súmula 348
TST.
h) O comunicado do aviso prévio passado pela empresa deverá esclarecer se será trabalhado ou
indenizado.
i) Ao (a) empregado (a) que no curso do aviso prévio trabalhado, solicitar ao empregador, por escrito, fica
garantido o seu imediato desligamento do emprego e anotação da respectiva baixa na sua CTPS. Neste
caso, a empresa está obrigada em relação a essa parcela, a pagar apenas os dias efetivamente
trabalhados, sem prejuízo das 2 (duas) horas diárias previstas no artigo 488 da CLT, proporcionais ao
período não trabalhado.
j) O aviso prévio não poderá ter seu início no último dia útil da semana;
No Aviso Prévio Proporcional instituído pela Lei 12.506/2011, as empresas deverão observar os parâmetros
fixados na Nota Técnica nº 184/2012/CGRT/SRT/MTE do Ministério do Trabalho e Emprego.
Mão-de-Obra Temporária/Terceirização
O texto da Lei nº 9.601 e do Decreto nº 2.480, que criaram novas regras para o contrato por prazo
determinado, passam a fazer parte integrante deste instrumento normativo, com as seguintes definições
prévias.
3) Não poderá ser aplicado para a substituição de Empregados atuais, mantendo o número de Empregados
já existentes na Empresa;
Parágrafo 1º: Os abusos verificados na utilização dos dispositivos desta cláusula, na forma de denúncia
expressa de seus Empregados, ao seu sindicato, uma vez constatada a veracidade da irregularidade,
facultará à entidade sindical denunciar este instrumento normativo, quanto a esta cláusula, ficando a
Empresa impedida de utilizá-la durante a vigência deste instrumento normativo, e sujeito, ainda, à multa
prevista neste instrumento.
Parágrafo 2º: Os documentos exigidos pela Lei 9.601 e Decreto 2.490 serão, também, depositados no
respectivo sindicato profissional, nos termos do art. 4º II, dos referidos documentos legais.
Para que as cláusulas atinentes aos contratos especiais previsto “Da Lei 9.601/98 e Decreto 2.480/98”,
passem a integrar os contratos individuais de trabalho, deverá a empresa observar as formalidades
estabelecidas na cláusula “DO TERMO DE ADESÃO ÀS DISPOSIÇÕES NORMATIVAS ESPECIAIS”, da
presente Convenção Coletiva de Trabalho.
As partes acordantes estabelecem que o contrato de experiência terá prazo máximo de 90 (noventa) dias,
podendo sofrer até uma prorrogação, dentro deste período, sem prejuízo de sua natureza de contrato a
termo.
As convenções ou acordos coletivos que, a qualquer tempo, foram ou venham a ser celebrados entre
Sindicatos Patronais, Empresas de Transporte e o Sindicato Profissional dos Motoristas de Transporte
Rodoviário de Cargas - MTRC, são consideradas atos jurídicos perfeitos, legítimos e tem validade jurídica
assegurada para todas as cláusulas pactuadas, nos termos do Art. 7º., XXVI da Constituição Federal.
Parágrafo Primeiro: Os contratos de trabalho firmados entre empresas de transporte de cargas e seus
motoristas, com previsão expressa de regimento pelo artigo 62, inciso I da Consolidação das Leis do
Trabalho – CLT, são considerados atos jurídicos perfeitos, legítimos e tem sua validade jurídica assegurada
até a entrada em vigor da Lei 12.619, de 30 de abril de 2012.
Parágrafo Segundo: Eventuais formas de compensação utilizadas pelas empresas de transporte de carga,
instituídas para evitar qualquer prejuízo aos empregados não sujeitos a controle de jornada, de comissões,
adicionais de serviços externos, prêmios, entre outros, não se incorporam ao contrato de trabalho.
Qualificação/Formação Profissional
CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA PRIMEIRA - DA PARTICIPAÇÃO EM CURSOS
Parágrafo 1º: Para efeito do disposto no caput, a Empresa arcará, com no mínimo, 25% (vinte e cinco por
cento) dos custos dos eventos acima descritos, se remunerado. Cabe ao Empregado que não queira
participar de tais atividades, manifestar-se por escrito, até 72 (setenta e duas) horas anteriores ao
desembolso do rateio da atividade, por parte da empresa, expressando sua discordância quanto a sua
participação, exceção feita aos cursos de “Treinamento Específico para Condutores de Veículos
Rodoviários Transportadores de Produtos Perigosos” e “Direção Defensiva” nos quais a empresa arcará
com a totalidade dos custos a estes inerentes.
Parágrafo 3º: O trabalhador deverá ser informado previamente por escrito do valor pago pelo curso, bem
como, lhe deverá ser fornecido comprovante pelo empregador.
Parágrafo 4º: O desconto só será admitido nos casos de rescisões contratuais por “pedido de dispensa” ou
“demissão por justa causa”.
Normas Disciplinares
Acordam também os sindicatos signatários que incorre em falta grave, ensejadora da ruptura contratual, por
justa causa, passível de reparação de danos, o motorista e ou ajudante que oferecer caronas a terceiros
nos veículos de sua empregadora, independente da motivação, sendo, ainda, taxativamente vedada a
simples permanência no interior destes, de qualquer pessoa que não esteja diretamente ligada à prestação
de serviços de transporte.
Assédio Moral
Considerando que o trato entre empregados e empregadores deste setor é demasiadamente informal,
estabelecido mediante uma linguagem mais simples e popular, vindo de ambas as partes, pactuam os
sindicatos, que o empregado ou o empregador que venha a se sentir moralmente ofendido poderá
apresentar sua reclamação junto a Comissão de Conciliação Prévia, buscando-se a solução do impasse de
forma amigável e doméstica. Uma vez comprovada à ocorrência de ofensa moral recomenda-se que a
indenização correspondente ao dano moral, deva ser sugerida, com a esperada moderação, conjugando a
informalidade do linguajar desta categoria, independente de ser a parte ofendida o empregado ou
empregador, sugerindo-se como norte, em ambos os casos, o importe correspondente até cinco salários
contratuais do trabalhador envolvido na ofensa.
Estabilidade Geral
Ao Empregado eleito pelos Empregados para cargo de direção da "C.I.P.A." e que efetivamente chegue a
cumprir o mandato a si conferido, fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa, na forma do Art. 10,
inciso II, letra "a" das Disposições Transitórias da Constituição Federal.
Estabilidade Mãe
A gestante aplica-se o contido no Art. 7º, inciso XVIII, e artigo 10º, inciso II, alínea "B" das disposições
transitórias, tudo da Constituição Federal Brasileira.
Parágrafo único: Convenciona-se que o fato gerador da estabilidade de gestante traduz-se na concepção
da empregada durante a vigência do contrato de trabalho, adicionado ao comunicado perante a empresa de
seu estado gravídico.
Estabilidade Aposentadoria
O Empregado que estiver, a 1 (um) ano do prazo mínimo para aposentadoria, e desde que comprove tal
condição na vigência do contrato de trabalho, por documentação expedida pelo I.N.S.S., através de
protocolo na Empresa, e que trabalhar no mesmo emprego, ininterruptamente, por mais de 5 (cinco) anos,
terá assegurado o emprego durante o período que faltar para que seja possível o requerimento do
recebimento do benefício da aposentadoria, limitado a 12 (doze) meses.
Conforme artigo 3º Capítulo I do Título III da CLT seção IV - A do serviço do motorista profissional:
II. Conduzir o veículo com pericia, prudência, zelo e com observância aos princípios
de direção defensiva;
Parágrafo Terceiro: Resolução 405/2012, quando em atividade externa e/ou em viagem de curta, média e
longa distância é de sua responsabilidade exclusiva / motorista anotar com exatidão todos os registros de
horários no Diário de Bordo, sob pena de responder pela infração nos termos da CLT e do CTB. Os
registros efetuados pelo motorista serão confrontados com as informações contidas no tacógrafo do veículo
e no relatório de gerenciamento de risco do monitoramento por satélite. Os registros lançados no Diário de
Bordo devem refletir a expressão da verdade, sob as penas da Lei”
Parágrafo Quinto: Os motoristas que tiverem pontuação na Carteira Nacional de Habilitação, superior a 20
pontos, devido infrações cometidas no trânsito, com consequência perda / cassação de sua Habilitação,
conforme previsto pela legislação vigente, poderá ser demitido por “Justa Causa”.
As Empresas, desde que solicitadas por escrito e com antecedência mínima de 72 (setenta e duas) horas,
fornecerão a seus Empregados, o atestado de afastamento e salários, para obtenção de benefícios
previdenciários.
Outras estabilidades
Ao Empregado acidentado no trabalho, por período que o autorize a perceber benefício previdenciário, e
desde que do referido acidente resultem sequelas, será concedida estabilidade provisória no emprego,
baseado no art. 118 e seu parágrafo da Lei 8.213 de 24/06/91.
Duração e Horário
Parágrafo Primeiro: Por força da Lei 13.103/15, a jornada de trabalho passa a ser fixada em 8 horas
diárias e 44 semanais, admitindo-se a sua prorrogação em até 2 (duas) horas extras diárias, podendo ser
realizada em horários flexíveis de acordo com a operação, ou seja não há horário fixo de início, de final ou
de intervalos, sendo intervalo de 1 (uma) hora para refeição.
Parágrafo Segundo: Será considerado como trabalho efetivo o tempo em que o motorista empregado
estiver à disposição do empregador, excluídos os intervalos para refeição, repouso e descanso e o tempo
de espera, conforme o parágrafo 1º, do artigo 235-C da CLT, de acordo com a redação dada pela Lei
13.103, de 02 de março de 2015.
Parágrafo Terceiro: Será considerado como tempo de espera o período definido do artigo 235-C e seus
parágrafos da CLT conforme redação dada pela Lei 13.103, de 03 de março de 2015, atentando as
empresas a forma de remuneração trazida pelo parágrafo 9º da mesma disposição celetista.
Parágrafo Quarto: Dentro do período de 24 (vinte e quatro) horas, são asseguradas 11 (onze) horas de
descanso, sendo facultados o seu fracionamento e a coincidência com os períodos de parada obrigatória na
condução do veículo estabelecida pela Lei no9.503, de 23 de setembro de 1997 - Código de Trânsito
Brasileiro, garantidos o mínimo de 8 (oito) horas ininterruptas no primeiro período e o gozo das 3 horas
remanescentes dentro das 16 (dezesseis) horas seguintes ao fim do primeiro período, conforme § 3º, do
artigo 235-C, da CLT conforme redação dada pela Lei 13.103/2015.
Parágrafo Quinto: Fica estabelecida a possibilidade da fixação de intervalos para repouso e refeição, que
poderão ser, de acordo com a necessidade do serviço, superior a 2 (duas) horas, até o limite de 4 (quatro)
horas, dentro da possibilidade facultada pelo artigo 71, da C.L.T..
Parágrafo Sexto: Fica estabelecida a possibilidade da implantação da jornada especial de trabalho trazida
pelo art. 235-F da C.L.T., incluído pela Lei 13.103/2015.
Parágrafo Oitavo: As empresas representadas pelo sindicato patronal acordante não economizarão
esforços para atender as disposições constantes nas Leis 12.619 de 30 de abril de 2012 e 13.103 de 02 de
março de 2015, quer quanto às novas exigências trazidas por estas normas, quer quanto às formas de
remunerações por ela determinadas.
Parágrafo Nono: Os sindicatos acordantes, em conjunto, poderão atuar face às empresas embarcadoras
de mercadorias, consignatário e destinatários das cargas, operador de terminais de carga, operador
intermodal de cargas ou agente de cargas, aduanas, portos marítimos, fluviais e secos, que em sua política
de distribuição, objetivarem, ainda que indiretamente, o descumprimento das regras trazidas pelas Leis
12.619/2012 e 13.103/2015, solicitando ainda a intervenção do Ministério Público do Trabalho e o Ministério
do Trabalho para que tomem as providências que se fizerem necessárias.
Parágrafo Décimo: Havendo alteração na legislação, as partes deverão se reunir para adequar esta
cláusula a nova realidade.
Prorrogação/Redução de Jornada
Para utilização das regras e prerrogativas para realização de até 4 horas extras é necessária à celebração
do competente “Termo de Adesão às Disposições Normativas Especiais”, para sua efetiva ratificação,
conforme cláusula septuagésima nona desta convenção.
Tendo em vista as peculiares circunstâncias existentes no transporte rodoviário de cargas que acarretam a
extrapolação da jornada de trabalho, tais como:
3) Normas que restringem a circulação de veículos em vias urbanas e rodoviárias, seja em relação ao tipo
de veículo ou horários de circulação;
8) Queda de barreiras;
11) Áreas de riscos de roubo de veículo/carga, atentado a vida do motorista e local apropriado com
segurança para descanso/pernoite.
12) Manifestações e catástrofes, bem como outras ocorrências que fogem ao controle e gestão das
empresas e considerando ainda que, em razão das circunstâncias já descritas, a jornada de trabalho, nem
sempre é possível ser definida pelo empregador, as categorias econômica e profissional signatárias desse
instrumento reconhecem que o limite de horas extras no segmento, para os motoristas e tripulação, pode
ser de até 04 horas diárias, nos termos do artigo 235-C da CLT.
Compensação de Jornada
Os intervalos expressos no caput do art. 71 e no seu parágrafo 1º., da C.L.T. poderão obedecer ao
fracionamento implementado pelo parágrafo 5º. do art. 4º. da Lei 12.619/2012.
Controle da Jornada
Dentre esses critérios estabelecia-se, por exemplo, o pagamento de piso salarial, acrescido de horas extras
fixas mensais, de adicional de serviços externos, de comissões ou prêmios por trabalho externo, de horas
extras tarifadas em função da natureza e quantidade de produtos transportados, dentre outras modalidades.
Os sindicatos signatários pactuam assim, a partir da vigência da presente norma coletiva de trabalho, que
todas as empresas abrangidas pela presente convenção passarão a controlar a jornada de trabalho de seus
motoristas, de forma efetiva e fiel, remunerando, com isso, a jornada de trabalho - ordinária e extraordinária
- e o tempo de espera, de acordo com os critérios fixados pela nova legislação, em substituição às aqui
extintas formas alternativas de compensação de eventuais horas extras instituídas pelas convenções
coletivas anteriores.
Os critérios alternativos utilizados pelas convenções coletivas anteriores não incorporarão a remuneração
do trabalhador, justamente por serem instituídos como forma normativa de compensação por eventuais
horas extraordinárias, pelo que serão obrigatoriamente substituídos pelo pagamento das horas extras
efetivamente realizadas e fielmente anotadas, dentro do que determina a nova legislação.
As novas formas previstas na citada Lei e por esta Convenção Coletiva, deverão prevalecer sobre qualquer
interpretação, sobre qualquer outra norma - em especial o artigo 62, inciso I da C.L.T. ou critério normativo
ou individual anteriormente adotado.
A manutenção dos contratos de trabalho do motorista, sob a égide do artigo 62, inciso I, da C.L.T., a partir
da vigência da nova legislação e da presente convenção coletiva de trabalho passará a ser irregular,
podendo ser alvo de atuação do sindicato profissional acordante bem como de denúncia junto à fiscalização
do Ministério do Trabalho.
Parágrafo 1º: As partes se ajustam e pactuam, também, para fins do quanto previsto no Art. 7º, inciso XIII,
da Constituição Federal, no sentido de que têm plena validade, os acordos individuais de prorrogação e
compensação de horas de trabalho já firmadas pelas Empresas com seus Empregados, quando da
admissão ou durante a vigência do contrato de trabalho.
A jornada de trabalho e tempo de direção deverá ser controlada de maneira fidedigna pelo empregador, que
poderá valer-se de anotação em diário de bordo, papeleta ou ficha de trabalho externo, nos termos do
parágrafo 3º do art. 74 da CLT, aprovado pelo decreto-Lei 5.452, de 1º de maio de 1943, ou de meios
eletrônicos idôneos instalados nos veículos, a critério do empregador, nos termos das Leis 12.619/2012 e
13.103/2015.
Parágrafo Primeiro: Os instrumentos citados no parágrafo anterior atendem a fidedignidade dos controles
de horário referida pelas leis 12.619, de 2012 e 13.103, de 2015, são considerados legítimos e tem sua
validade jurídica assegurada, inclusive como meio de prova da jornada de trabalho desenvolvida pelo
motorista empregado.
Parágrafo Segundo: Embora seja dever do empregador controlar a jornada de trabalho do motorista
empregado, será de exclusiva responsabilidade deste a sua execução, cabendo-lhe respeitar os intervalos
legalmente estabelecidos e sua respectiva duração, tempo de direção e outros eventos previstos nas leis
12.619/12 e 13.103/15, podendo, inclusive, sofrer autuação direta pela ANTT ou órgão fiscalizador de
trânsito, sem que disso resulte penalidades ao empregador e sem prejuízo de sanções disciplinares
aplicáveis como por exemplo: advertência, suspensão ou até rescisão do contrato por justa causa.
Faltas
As Empresas pagarão as horas extras realizadas pelos empregados abrangidos pela presente convenção,
com acréscimo de 50% (cinquenta por cento) sobre o valor da hora normal.
Parágrafo Único: As horas extras integrarão, quando habituais, a remuneração dos Empregados para
efeito de "D.S.R.", férias, 13º salário, Aviso Prévio, INSS, FGTS e verbas rescisórias.
As Empresas poderão adotar calendário diferenciado para apuração das horas extras, a partir de dias
flexíveis, desde que fique assegurado o pagamento atualizado ou a compensação futura nos prazos
previstos na CLÁUSULA "DA JORNADA DE TRABALHO", deste título.
Parágrafo Único: Entende-se por calendário diferenciado o período de trinta dias, por exemplo, de 16 de
um mês ao dia 15 do mês seguinte; 23 de um mês até 22 do mês seguinte.
Os Sindicatos patronal e profissional ora acordantes pactuam a possibilidade das empresas representadas
pelo primeiro, através do referido termo de adesão, desde que devidamente informado no referido
documento, baseado na Portaria GM/MTb 3.116 de 03 de abril de 1989, desenvolverem suas atividades
todos os dias do mês, incluindo sábados domingos e feriados, a fim de cumprirem com seus compromissos.
As horas adicionais ou de sobre tempo realizadas pelo Empregado, excedentes a 44 (quarenta e quatro)
horas semanais ou 8 (oito) horas diárias, cujo contrato de trabalho as admita, poderão ser objeto de
compensação futura, pelo critério de tempo, dentro do período de seis meses, compensação esta que
poderá ser realizada, a contar da data da prestação extraordinária.
Parágrafo Primeiro: Em referido período, a compensação respeitará a correspondência direta entre hora
por hora, ou dia por dia, independente da época de sua prestação, durante todos os dias do período de
compensação.
Parágrafo Segundo: Se a compensação não se operar dentro do período descrito no “caput”, as horas
suplementares serão obrigatoriamente pagas, como extras, acrescidas do adicional previsto em lei ou nesta
convenção coletiva.
Parágrafo Terceiro: A realização de horas extras pelo empregado, de forma habitual, em decorrência do
presente pacto, não invalida os acordos de compensação de jornada de trabalho.
Férias e Licenças
Uniforme
Quando exigido o uso de uniformes pelo Empregador, este será obrigado a fornecê-lo gratuitamente aos
Empregados. Dispensa-se igual tratamento, quando exigidos o uso de equipamentos de segurança,
prescrito por lei ou em face da natureza do trabalho prestado. Quando da ruptura contratual deverá o
Empregado restituir equipamentos e uniforme à Empresa, nas condições em que se encontrar, sob pena de
lhe ser descontado o valor a ele atinente.
Parágrafo Primeiro: Fica o Empregador obrigado a documentar por a entrega dos equipamentos de
proteção individual- EPI, e o Empregado a dar ciência do recebimento.
Insalubridade
Parágrafo Primeiro: Pactuam os acordantes que, na hipótese do parágrafo 2º, poderão os empregadores,
por mera liberalidade, firmarem acordo coletivo de trabalho para regularem situações específicas;
Parágrafo Segundo: Não será devido o adicional de insalubridade ou periculosidade, nos casos em que
houver mero abastecimento do veículo ou equipamento automotor;
Parágrafo Terceiro: As partes reconhecem que a atividade exercida pelo motorista profissional não
apresenta nível de risco excepcional ou superior à média de risco a que está exposto qualquer condutor de
veículos nas vias públicas;
Parágrafo Quarto: As quantidades de combustível, contidas nos tanques de consumo próprio dos veículos,
não serão consideradas para efeito de insalubridade, mesmo que contidas em tanques extras nos veículos.
Para efeito de justificativa e abono de faltas e atrasos, as Empresas aceitarão os atestados médicos e
odontológicos do instituto previdenciário, do sistema SEST/SENAT ou, alternativamente, de eventual
convênio médico fornecido pelo Empregador.
Em caso de acidente de trabalho o empregado deverá comunicar a empresa imediatamente para abertura
da CAT (Comunicado de Acidente do Trabalho).
Parágrafo Primeiro: Na recusa da emissão da CAT pela empresa podem fazê-lo o médico que assistiu o
trabalhador, qualquer autoridade pública, o Sindicato ou o próprio trabalhador.
Parágrafo segundo: O empregado que não informar que sofreu acidente, e por consequência não abrir o
CAT, perderá o direito a futuras reclamações.
Relações Sindicais
Contribuições Sindicais
Observada a manifestação assegurada pelo Art. 545 da "C.L.T." as Empresas descontarão em folha de
pagamento, as mensalidades associativas de seus Empregados, em favor do Sindicato Profissional,
procedendo ao recolhimento até 8 (oito) dias após a efetivação do aludido desconto, sob pena de sujeição à
multa prevista neste instrumento.
As empresas integrantes da categoria econômica, por decisão da Assembleia Geral Extraordinária (A.G.E.)
Plena da Categoria Patronal, deverão efetuar o pagamento da CONTRIBUIÇÃO ASSISTENCIAL
PATRONAL em favor do SINDICAMP - SINDICATO DAS EMPRESAS DE TRANSPORTES DE CARGAS
DE CAMPINAS E REGIÃO, para atender aos custos das negociações, e manutenção das atividades e
serviços previstos na C.L.T, aprovados em "A. G. E.", nos termos das normas legais vigente.
Por ocasião do recolhimento da Contribuição Sindical, as Empresas manterão em arquivo, cópias das guias
de recolhimento juntamente com a relação nominal dos Empregados que contribuíram com o SINDICATO
DOS TRABALHADORES EM TRANSPORTES RODOVIÁRIOS E ANEXOS DE CAMPINAS E REGIÃO.
A contribuição Assistencial dos trabalhadores foram definidas na Assembleia Geral Extraordinária dos
trabalhadores, nos termos das normas legais vigente.
A entidade profissional prestará apoio incondicional às iniciativas e acordos ajustados em conjunto com a
entidade econômica, perante as autoridades constituídas, ou permissionárias do serviço público, visando
fazer com que prevaleça o interesse comum das categorias profissional e econômica aqui acordante, em
especial em relação a todas as cláusulas e condições aqui pactuadas, que reflete a manifestação de
vontade das partes.
A empresa liberará do trabalho por até 4 (quatro) dias no mês, o empregado que for diretor do sindicato
para prestar eventuais serviços junto à entidade, devendo a entidade solicitar a liberação com antecedência.
Os dias liberados serão remunerados normalmente ao empregado pela empresa.
1) Motorista de Veículo Pesado (Motorista de Carreta) é o condutor de Veículo Automotor Trator Articulado,
em que seja atrelado implemento do tipo reboque ou semirreboque e cuja capacidade de carga útil exceda
a 18.000 (dezoito mil) quilos e que possua a gradação "E" em sua Carteira Nacional de Habilitação (C.N.H.).
3) Motorista de Veículo Leve é o condutor de Veículo Automotor, destinado ao transporte de Carga, provido
de dois ou três eixos e cuja capacidade de carga útil não exceda a 3.500 (três mil e quinhentos) quilos,
independente da gradação de sua Carteira Nacional de Habilitação (C.N.H.).
4.2. Tal período será de quarenta e cinco dias, prorrogável, uma única vez, pelo mesmo tempo, após o que,
analisada sua eficiência pela Empresa, poderá ser guindado a uma ou outra função, quando então, passará
a perceber o "Piso Normativo" respectivo da nova função a que foi promovido;
4.3. Na eventualidade de o Motorista não alcançar o desempenho desejado, este será mantido em sua
função original e com este salário, sem qualquer direito adquirido quanto às condições da função
experimentada, podendo lhe ser oferecida nova oportunidade, somente, após o decurso mínimo de 03 (três)
meses.
5.1. Para incentivo da evolução profissional dos demais Empregados, convencionam os Sindicatos
Acordantes que quaisquer destes, que contém com, no mínimo, 04 (quatro) meses de emprego na mesma
Empresa Empregadora, e que, por sua desenvoltura profissional, apresentem condições técnicas
adequadas, poderão, a critério da Empregadora, ser treinados e preparados para a função de "MOTORISTA
DE VEÍCULO LEVE".
5.2. A Empresa que eleger algum Empregado para guindá-lo à função desta categoria de motorista, se
obriga, também, a fornecer, se o mesmo não possuir a Carteira Nacional de Habilitação (C.N.H.), um
subsídio de, no mínimo, 30% (trinta por cento) no custo de retirada do respectivo documento de habilitação.
Por ser um implemento derivado de veículo pesado, quando houver a utilização destes (BITREM,
TRITREM, RODOTREM, OU EQUIPAMENTOS SIMILARES) o empregado motorista de veículo pesado
será remunerado, mensalmente, nos valores especificados acima, nos períodos em que estiver no exercício
desta operação, não gerando aos ocupantes destas funções, isonomia, direito adquirido ou equiparação
salarial em relação às variáveis pecuniárias decorrentes da operação de transporte, bem como, com os
demais motoristas contratados antes da data da assinatura desta convenção coletiva, sob quaisquer
hipótese.
Por ser um implemento acessório dos veículos pesado, semi-pesado e leve, o empregado motorista que
operar guindaste tipo “munck”, “poliguindaste”, “betoneira” e “caminhão de lixo”, será remunerado
mensalmente, nos valores especificados acima, nos períodos em que estiver no exercícios desta operação,
não gerando aos ocupantes destas funções, isonomia, direito adquirido ou equiparação salarial em relação
ás variáveis pecuniárias decorrentes da operação de transportes, bem como, com os demais motoristas
contratados antes da data da assinatura desta convenção coletiva, sob quaisquer hipótese.
Também por força da decisão judicial proferida nos autos do processo nº 0010117, da 2ª Vara do Trabalho
de Americana, os trabalhadores que exercem a função de “operador de empilhadeira” ou outra
nomenclatura utilizada pelo empregador, contratados a partir de 01/05/2015, passarão a ser representados
pelo SINDICATO ÚNICO DA CATEGORIA PROFISSIONAL DIFERENCIADA E DOS EMPREGADOS E
DOS TRABALHADORES AVULSOS NÃO PORTUÁRIOS MARÍTIMOS DA ATIVIDADE DE
MOVIMENTAÇÃO DE MERCADORIAS EM GERAL, TRANSBORDO DE CARGAS E DESCARGAS DE
CAMPINAS E REGIÃO – SINTRACAMP. Para aquelestrabalhadores que exercem esta função, mas que
estão com o contrato de trabalho em vigor continuarão sendo representados pelo sindicato profissional
convenente até 30/04/2019, quando passarão a ser representados pelo SINTRACAMP.
Parágrafo único:
O critério determinante para a representação dos trabalhadores descritos nesta cláusula independe
da nomenclatura utilizada pelas empresas, prevalecendo a função verdadeiramente exercida por cada
trabalhador, ou seja, se desempenhada interna ou externamente.
Disposições Gerais
Entre o proprietário do veículo de carga, carreteiro autônomo que agrega-se ou tenha se agregado a uma
Empresa de transportes para realizar, com seu veículo, operação de transportes de cargas ou similar,
assumindo os riscos ou gastos da operação de transportes (tais como, combustível, manutenção, peças,
desgaste, avaria do veículo, etc.) e as Empresas ora representadas pelo sindicato patronal (SINDICAMP),
não haverá, em qualquer hipótese, relação de emprego, na acepção legal do termo, não podendo, referido
proprietário de veículo, beneficiar-se de quaisquer direitos previstos na lei celetista, ou de quaisquer
convenções coletivas já firmadas pelos sindicatos convenentes, independente da forma de pagamento.
Encontra-se assim o proprietário do veículo de cargas agregado, taxativamente excluído da categoria
profissional do sindicato ora acordante, seguindo-se o determinado nas Leis n. º 7.290 de 19/12/84, nº
11442, de 05/01/07, bem como o previsto no estatuto da CONFEDERAÇÃO NACIONAL DOS
TRANSPORTES que reconhece como categoria própria, individual e autônoma os proprietários dos
veículos de cargas.
Pactua-se, através deste instrumento coletivo, que a realização de serviço com “Escolta Armada” em
operação de transporte, assim entendida aquela atividade que visa garantir, a segurança da carga
transportada por meio de utilização de pessoal com exibição ou utilização de armas de fogo, quer do
expedidor até destino ou seu destinatário, somente poderá ser realizada por empresas especializadas, com
treinamento para tal atividade, e expressamente regidas através de registro e autorização com regulamento
expedido por órgãos e Ministérios Federais (Ministério da Justiça, Fazenda, Segurança, Trabalho) e da
Polícia Federal, como preveem as condições estabelecidas pela Lei Federal n. 8.863/94 e Decreto Federal
n. 1.592/65.
Parágrafo 1º: Caso alguma empresa de transporte rodoviário de cargas tente persuadir ou impor a seus
empregados serviços com a utilização de armas de fogo, para garantir a segurança da carga transportada,
praticará, ela, falta gravíssima, tipificada pelo artigo 483 da C.L.T., podendo o empregado imediatamente
rescindir o contrato de trabalho de forma indireta, independente das repercussões cíveis e penais cabíveis
as espécies.
Parágrafo 2º: Assim, fica vedado às transportadoras de cargas contratarem empregados armados para a
realização de escoltas, não ocorrendo, destarte, a figura da descentralização empresarial de atividades para
terceiros, ou dissociação das relações econômicas de trabalho. Não resta, por fim, caracterizada, quando
da contratação de serviços de empresas de escolta armada, a ocorrência da terceirização das atividades de
uma empresa de transporte rodoviário de cargas, inexistindo, portanto, responsabilização solidária ou
subsidiaria das empresas de transportes rodoviários de cargas, quanto aos créditos emergentes das
relações de emprego mantidas pelas empresas de escoltas armadas e seus empregados, nem tampouco
quanto a recolhimentos fiscais e previdenciários daí emergentes.
Parágrafo 3º: Ressalvam as partes que o policial militar tem expressa proibição legal quanto ao exercício
de atividade paralela e remunerada.
Fica estabelecida multa correspondente a 10% (dez por cento) do piso salarial de Motorista de Veículo
Pesado, por cláusula, independente do número de empregados e das cominações legais, no caso de
descumprimento do presente instrumento de regulação das relações do trabalho com a limitação do que
trata o art. 412, do Código Civil Brasileiro, que reverterá em favor da parte a quem a infração prejudicar.
Face à data da assinatura deste instrumento, as Empresas que já fecharam sua folha de pagamento
poderão saldar as diferenças salariais oriundas desta convenção coletiva, aos seus Empregados, até o vale
adiantamento do mês de julho de 2017, estendendo-se tal prerrogativa para todas as obrigações oriundas
desta convenção.
Outras Disposições
As cópias da presente Convenção Coletiva de Trabalho deverão ser afixadas em local visível, nas sedes
das entidades dentro de 5 (cinco) dias da data do ajuste, dando-se assim, cumprimento ao disposto no art.
614 da "C.L.T." e Decreto número. 229/67.
Parágrafo Segundo: Todo e quaisquer meios, mídia, instrumento, dispositivo, endereço eletrônico ou
físico, mensagens ou fotos, criado por pessoa, quer ou não empregado, para posse ou uso da empresa ou
por empregados desta, atuando ou não em seu nome, quer por meio físico ou lógico (computadores),
telefônico, rádio transmissão, vídeo e ou similares, de propriedade ou no uso da empresa e as informações
geradas, mantidas, trocadas ou armazenadas, inclusive eletronicamente, serão de exclusivo conhecimento,
posse, propriedade e de acesso da empresa, podendo esta efetuar auditoria, controle e interagir junto ao
empregado, inclusive concomitante a este, no momento de sua efetivação ou execução, não cabendo
nenhuma restrição por parte do empregado quanto aos controles aqui elencados, não lhe cabendo
nenhuma remuneração ou reparação por parte da empresa.
Parágrafo Terceiro: Responderá o empregado, pelo uso indevido e incorreto, de qualquer meio de
informação, de suas atribuições profissionais ou acessíveis na empresa, além de perdas e danos que vier
causar à empresa.
Parágrafo Quarto: O uso indevido ou não autorizado de celulares ou outros meios de comunicação durante
o período de trabalho, gerando imagens, mensagens ou condução perigosa de veículos, colocando em risco
a vida de pessoas, ensejará o rompimento do contrato de trabalho por justa causa, nos termos da Lei.
A utilização das regras e prerrogativas implantadas nas disposições seguintes será condicionada à
celebração do competente “Termo de Adesão às Disposições Normativas Especiais”, para sua efetiva
ratificação, como segue:
Parágrafo 1º:
As empresas que desejarem verem aplicadas, aos seus contratos individuais de trabalho, as regras
normativas inseridas nas disposições acima destacadas deverão individualmente ajustar e firmar o
correspondente “TERMO DE ADESÃO”, em formulário anexo ao final do presente ou obtido junto ao
Sindicato Patronal (SINDICAMP), para que, depois de protocolizado e depositado, junto ao SINDICAMP,
seja, na sequência, endereçado ao Sindicato Profissional.
Parágrafo 2º:
O instrumento jurídico referente ao “TERMO DE ADESÃO” só terá efeito se nele estiver lançado, por ambos
os Sindicatos Convenentes o protocolo de seu respectivo recebimento pelos Sindicatos Patronal e
Profissional, formalismo indispensável para a sua validade.
Parágrafo 3º:
Em caso de recusa justificada do protocolo por uma das entidades Sindicais, quer seja Profissional ou
Patronal, será convocada pela entidade interessada, dentro de 10 (dez) dias, intermediação do “SISTEMA
DE MEDIAÇÃO COLETIVA“ na sede do Sindicato Patronal, para solução de eventuais impasses.
MATUSALEM DE LIMA
Presidente
SINDICATO TRAB TRANSPORTES RODOV DE CAMPINAS E REGIAO
ANEXOS
ANEXO I - ATA DE ASSEMBLEIA
Anexo (PDF)
A autenticidade deste documento poderá ser confirmada na página do Ministério do Trabalho e Emprego
na Internet, no endereço http://www.mte.gov.br.