Carboxiterapia, Endermologia, Microagulhamento e Criolipolise - Final
Carboxiterapia, Endermologia, Microagulhamento e Criolipolise - Final
Carboxiterapia, Endermologia, Microagulhamento e Criolipolise - Final
Microagulhamento e Criolipólise
Brasília-DF.
Elaboração
Produção
APRESENTAÇÃO.................................................................................................................................. 5
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 8
UNIDADE I
INFUSÃO CONTROLADA DE CO2............................................................................................................................................................................................ 9
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO E HISTÓRIA DA INFUSÃO CONTROLADA DE CO2......................................................................................... 9
CAPÍTULO 2
MÉTODOS DE APLICAÇÃO...................................................................................................... 18
CAPÍTULO 3
CARBOXITERAPIA NAS ALTERAÇÕES ESTÉTICAS......................................................................... 24
UNIDADE II
CRIOLIPÓLISE....................................................................................................................................... 45
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO......................................................................................................................... 45
CAPITULO 2
MECANISMO DE AÇÃO.......................................................................................................... 49
CAPÍTULO 3
PRÓS E CONTRAS .................................................................................................................. 53
UNIDADE III
MICROPUNTURAS................................................................................................................................. 59
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 59
CAPÍTULO 2
MECANISMO DE AÇÃO.......................................................................................................... 63
CAPÍTULO 3
APLICAÇÃO DA MICROPUNTURA............................................................................................. 75
UNIDADE IV
ENDERMOLOGIA - DERMOTONIA.......................................................................................................... 80
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO E HISTÓRIA........................................................................................................ 80
CAPÍTULO 2
APLICAÇÃO............................................................................................................................ 84
CAPÍTULO 3
PROTOCOLO SUGERIDO CORPORAL....................................................................................... 88
REFERÊNCIA..................................................................................................................................... 93
Apresentação
Caro aluno
Conselho Editorial
5
Organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa
A seguir, uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos Cadernos de
Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Praticando
6
Atenção
Saiba mais
Sintetizando
7
Introdução
Convido você a mergulhar no mundo da tecnologia estética por meio das técnicas
de infusão controlada de CO2, carboxiterapia, criolipólise, microagulhamento e
endermologia. Nas próximas páginas você poderá aprender como agregar todos os
benefícios terapêuticos e fisiológicos dessas técnicas em distúrbios como: pré e pós-
operatório de cirurgia plástica, úlceras, anti-aging, estrias, fibro edema geloide (FEG),
adiposidade localizada, psoríase, calvície, olheiras, entre outras disfunções. A técnica
aplicada nesta apostila é o modelo mais atual do mercado.
Objetivos
»» Promover o conhecimento fisiológico, farmacológico e terapêutico das
técnicas de infusão controlada de CO2, criolipólise, microagulhamento e
endermologia.
8
INFUSÃO
CONTROLADA DE UNIDADE I
CO2
CAPÍTULO 1
Introdução e história da infusão
controlada de CO2
Com a experiência adquirida na câmara de fumigação com sais de mercúrio, ele passou
a expor os portadores de úlceras crônicas aos vapores de combustão da magnésia alba
de forma seriada, aplicada a cada dois ou três dias. Esse foi o primeiro método de
tratamento sistemático do CO2 (BRANDI, 2001). Porém, a partir da década de 1930,
surgiram os primeiros trabalhos sobre o tema, como o do cardiologista Jean Baptiste
Romuef, que teve sua publicação em 1953, após 20 anos de experiência utilizando em
seus tratamentos injeções subcutâneas de CO2 (ABRAMO, 2010).
A produção industrial do gás carbônico permitiu sua utilização fora das estâncias
termais, abrindo uma nova perspectiva para a terapêutica com o CO2. No século XX,
essa forma de obtenção criou um período na evolução terapêutica com o CO2 chamado
de “Período Terapêutico Recreativo Estético” (BRANDI, 2001).
Após a descoberta dos efeitos do dióxido de carbono e das suas utilizações na Medicina,
os métodos foram se desenvolvendo. Nos dias atuais, graças a equipamentos capazes de
9
UNIDADE I │ INFUSÃO CONTROLADA DE CO2
controlar o fluxo injetado por minuto, é possível usar esse procedimento em vários tipos
de tratamentos terapêuticos e até mesmo estéticos, como, por exemplo, no tratamento
de estrias, cicatrizes, celulite, gordura localizada, flacidez cutânea, rugas, olheiras,
feridas, calvície, psoríase, dentre vários outros (MARSILI, 2006).
Tudo isso fez com que seu conhecimento terapêutico fosse disseminado não só na
França, mas também na Itália e vários outros países da Europa e de outros continentes,
como o Brasil. Na Itália já se trabalha com a técnica há dez anos, e hoje é a mais realizada
nos tratamentos de FEG e adiposidade localizada (FRASCA, 2002; MARSILI, 2006).
O CO2 tem um poder de difusão muito forte, por esse motivo não oferece riscos ao
paciente. Ele é atóxico e é eliminado facilmente do tecido, sendo assim, os riscos de
embolia gasosa fatal nesse tratamento são mínimas (BRANDI, 2001).
O CO2 é 20 vezes mais difundido que o O2, portanto, o aumento de volume que ocorre
após a aplicação é rapidamente absorvido e eliminado, ficando somente o efeito
vasodilatador que irá promover os benefícios locais (BRANDI, 2004).
O dióxido de carbono
O ácido carbônico (H2CO3) é produzido durante o metabolismo e excretado em forma
de CO2 pelos pulmões no processo de respiração. A quantidade de CO2 transportada em
sangue venoso é de aproximadamente 200 ml/min no adulto em repouso, mas pode ser
aumentada durante a atividade física (FRASCA, 2002; MARSILI, 2006).
10
INFUSÃO CONTROLADA DE CO2│ UNIDADE I
muitos dentro do eritrócito, difundem-se para fora dele. O hidrogênio liberado liga-
se à hemoglobina formando hemoglobina reduzida e liberando O2, fazendo com que
haja maior disponibilidade dessa substância para as reações metabólicas do corpo
(ABRAMO, 2010).
O volume de aplicação do dióxido de carbono por sessão pode variar entre 500 ml a
2.000 ml. O que se deve levar em consideração é que a aplicação é punturada e em
cada ponto deve ser feita de uma a duas vezes o peso da pessoa que esteja realizando o
tratamento; isso será explicado mais adiante, quando falarmos de velocidade (ABRAMO,
2010; EGRAND et al., 2009; FRASCA, 2002; MARSILI, 2006; ALTECHEK; SODRE;
AZULAY, 2006).
A perda dessas moléculas faz com que a concentração na água do banho prejudique
parcialmente a efetividade do procedimento. De maneira distinta, na infusão controlada
do gás carbônico medicinal, o CO2 é injetado diretamente no interior da pele, não
sofrendo bloqueio e retenção das suas moléculas durante a aplicação (BRANDI, 2001).
Com isso, mantém nos tecidos o mesmo volume programado pelo aparelho insuflador
do gás. Como o volume injetado representa a concentração do CO2 nos tecidos, a infusão
11
UNIDADE I │ INFUSÃO CONTROLADA DE CO2
Mecanismo de ação
Após a aplicação, o CO2 irá agir no local e rapidamente será difundido, deixando apenas
seus efeitos, tais como, aumento da microcirculação, ativação de barorreceptores
cutâneos, potencialização do efeito Bohr e vasodilatação. O CO2 possui ação direta local
pelo miócito e indireta mediada pelo sistema nervoso simpático, com isso a vasodilatação
arteriolar é evidente imediatamente à aplicação pela observação da hiperemia que a
pele apresenta. A ação direta do CO2 sobre o miócito vascular prevalece em nível local,
e indireta mediada pelo sistema simpático, que pode ser registrado a distância. O CO2
atua, sobretudo na microcirculação vascular do tecido conjuntivo, promovendo uma
vasodilatação e um aumento da drenagem venolinfática (LEVER; LEVER, 1991).
oxigênio, acarretando uma maior quantidade de O2 que estava retido pela hemoglobina
para ficar disponível para o tecido a ser tratado (LOPEZ, 2003; LOPES, 2005).
A presença de CO2 nos tecidos reduz o pH no local da aplicação e resulta numa resposta
inflamatória. Isso interfere na hemodinâmica celular resultando em formação de novos
vasos sanguíneos. O que mais interfere na resposta do organismo à infusão de CO2 é a
pressão parcial de gás nos tecidos, mostrando a importância de se aplicar a concentração
adequada de CO2 para alcançar eficácia nos resultados (KEDE; SABATOVICH, 2003;
LOPES, 2005).
13
UNIDADE I │ INFUSÃO CONTROLADA DE CO2
Os equipamentos
O fluxo e o volume total de aplicação na infusão controlada de CO2 são controlados por
equipamentos apropriados. No Brasil, o aparelho a ser utilizado deve ser registrado pela
ANVISA, a fim de proporcionar maior conforto e segurança a quem recebe a aplicação
(ABRAMO, 2010; EGRAND et al., 2009).
14
INFUSÃO CONTROLADA DE CO2│ UNIDADE I
diretamente na pele do paciente. Quanto ao fluxo utilizado, muitos são os autores que
discutem a quantidade necessária de aplicação para cada tipo de tratamento (MARSILI,
2006).
Fonte: <http://www.ibramed.com.br>
15
UNIDADE I │ INFUSÃO CONTROLADA DE CO2
16
INFUSÃO CONTROLADA DE CO2│ UNIDADE I
17
CAPÍTULO 2
Métodos de aplicação
A aplicação profunda tem como objetivo promover a lise do tecido adiposo subcutâneo,
com o propósito de reduzir o excesso de gordura localizada, melhorando o contorno
corporal da região comprometida. Assim, quando tratarmos gordura localizada e FEG,
ou seja, tecido adiposo, a agulha deverá estar de 90° a 45° em relação à pele, dependendo
da espessura do tecido adiposo subcutâneo da região (figura 4A) (ABRAMO, 2010).
18
INFUSÃO CONTROLADA DE CO2│ UNIDADE I
agulha bisel voltada para cima deverá ser introduzida, para garantir a superficialidade
durante a injeção (figura 4B) (MENEGAT, 2014).
19
UNIDADE I │ INFUSÃO CONTROLADA DE CO2
É preciso considerar que existe uma relação direta entre o peso do indivíduo e o conjunto
formado pela extensão da superfície cutânea e o volume do tecido adiposo ao longo dessa
superfície. Por essa razão, parece ser adequado relacionar o volume do gás aplicado
na infusão controlada do CO2 com o peso ponderal, estabelecendo valores dirigidos
às necessidades de cada indivíduo em particular. Para um melhor aproveitamento do
CO2, o volume do gás a ser injetado é calculado de acordo com o peso ponderal, e não
com índice de massa corporal. Dessa maneira, consegue-se atingir uma concentração
adequada do CO2 nos tecidos para desencadear uma resposta inflamatória no local da
aplicação. Assim sendo, considera-se como fator de eficiência a variação do volume
de 1 ml até 2 ml de CO2 por quilo de peso do indivíduo, representado por mlCO2/kg.
A distância entre as puncturas fica 3 a 15 cm entre si (figura 6). O volume escolhido
é aplicado por punctura, ou seja, unitariamente em cada um dos pontos onde o gás
será injetado (ABRAMO, 2010). O cálculo do volume de gás baseado no peso ponderal
do indivíduo se aplica no tratamento de alterações do tecido adiposo (RESCH; JUST,
2004).
20
INFUSÃO CONTROLADA DE CO2│ UNIDADE I
Exemplo:
Peso 50 kg.
Velocidade entre 150 a 180 ml CO2/min promove uma distensão tecidual rápida,
eficiente e segura, aumenta o desconforto, provocando dor durante aplicação, mas
traz os melhores resultados, em razão de o dano interno ser maior. Áreas de menor
21
UNIDADE I │ INFUSÃO CONTROLADA DE CO2
Indicações e contraindicações
Indicações
»» estrias;
»» flacidez tissular;
»» FEG;
»» adiposidade localizada;
»» olheiras;
»» linhas de expressão;
»» revitalização facial;
»» calvície;
»» microvarizes;
22
INFUSÃO CONTROLADA DE CO2│ UNIDADE I
»» feridas abertas;
»» psoríase.
Contraindicações
Não há importantes contraindicações, por ser um gás atóxico, não embólico, que já está
normalmente presente no organismo, amplamente aplicado na Medicina e isento de
efeitos sistêmicos nas doses empregadas.
»» gravidez;
»» hipertensão crônica;
»» anemia;
»» epilepsia.
23
CAPÍTULO 3
Carboxiterapia nas alterações estéticas
Adiposidade localizada
O tecido adiposo, também chamado de hipoderme é um tipo especializado de
tecido conjuntivo composto por células denominadas adipócitos. Os adipócitos são
reservatórios de energia, que são acumulados em forma de lipídio (triglicerídeos). Eles
são adquiridos graças ao desequilíbrio entre as necessidades energéticas diárias e a
quantidade ingerida. Caso a ingestão seja maior que a necessária, a pessoa irá armazenar
o excesso nesse tecido (ABRAMO, 2010; COSTA, 2011).
Esse tecido é formado por três camadas: areolar, intermediária e profunda. A camada
areolar é a camada superficial e mais propensa à lipólise. A intermediária situa-se entre
a areolar e a profunda é fibrosa e delgada. A camada profunda é mais resistente à lipólise
e possui mais espessura (figura 7) (ALTECHEK; SODRE; AZULAY, 2006; GUIRRO;
GUIRRO, 2002; COSTA, 2011).
O padrão de localização de gordura varia entre o sexo feminino e o masculino, sendo que
as mulheres apresentam um padrão ginoide, com gordura predominante nos flancos,
quadril, glúteos, face interna da coxa, região troncantérica e face medial do braço. No
padrão masculino ou androide, a gordura costuma localizar-se na parede abdominal
superior, flancos e região cervical (ABRAMO, 2010; KEDE; SABATOVICH, 2003).
24
INFUSÃO CONTROLADA DE CO2│ UNIDADE I
A infusão de gás é profunda e feita por punturação, lembrando que nesse caso é
necessário fazer o cálculo multiplicando o peso ponderal do paciente por 1,5 ou 2
ml CO2. O valor obtido será a quantidade a ser aplicada por ponto. A quantidade de
puncturas é variável, dependendo da extensão e do objetivo do tratamento. A distância
entre as puncturas também altera conforme o tratamento, podendo variar entre 3 e 5
cm. A velocidade do fluxo varia de 100 a 180 mlCO2/min, dependendo do volume do
tecido adiposo (ABRAMO, 2010; BRANDI, 2001; COSTA, 2010).
25
UNIDADE I │ INFUSÃO CONTROLADA DE CO2
Figura 8
CARBOXITERAPIA
26
INFUSÃO CONTROLADA DE CO2│ UNIDADE I
O soro fisiológico em contato com o gás carbônico forma uma reação química, com
liberação de íons, proporcionando um meio ácido no local da aplicação. Essa acidez
tecidual confere um aumento da oxidação lipídica por meio da ativação das lipoproteínas
lípases (LPL), potencializando o poder de lipólise (MENEGAT, 2014).
27
UNIDADE I │ INFUSÃO CONTROLADA DE CO2
1o DIA
Figura: 10
Punturado, sendo 10 a 20 ml por ponto.
2o DIA
Caso tenha interesse em saber mais sobre este assunto indico os seguintes
artigos:
»» BRANDI, C.; D`ANIELO, D.; GRIMALDI, L.; BOSI, B.; DEI, I.; et al. Carbon
Dioxide Theraphy in the Treatment of Localized Adiposities: Clinical
Study and Histopathological Correlations. Aesthet Plast Surg.;
25:170- 174, 2001.
28
INFUSÃO CONTROLADA DE CO2│ UNIDADE I
Apresenta-se em diferentes graus e tipos. Ela pode ser na forma flácida, que vem
acompanhada de flacidez muscular e/ou tissular. Esse tipo ocorre mais em mulheres
com o biótipo magro e com pele mais branca, pois são pessoas com menor quantidade
de melanina e essa, por sua vez, também ajuda na tonicidade da pele. Outra forma é a
compacta, que está associada a depósitos de gordura localizada, sem nenhuma diferença
histológica. Temos também a forma edematosa que é devido à retenção hídrica e a
forma mista, na qual podemos ter mais de um tipo de FEG em um mesmo indivíduo
(GUIRRO; GUIRRO, 2002).
A FEG foi classificada em vários estágios, de acordo com estágio em que se encontram
as manifestações cutâneas mostram-se mais exacerbadas. Atualmente, consideram-se
os quatro estágios a seguir (CORRÊA, 2008).
29
UNIDADE I │ INFUSÃO CONTROLADA DE CO2
pele nem dor nesse estágio da celulite; ela só aparece quando fazemos
compressão da região.
Atuação do CO2
30
INFUSÃO CONTROLADA DE CO2│ UNIDADE I
Caso tenha interesse em saber mais sobre este assunto indico os seguintes
artigos:
31
UNIDADE I │ INFUSÃO CONTROLADA DE CO2
Para eficácia no tratamento, é importante que ele seja feito em pelo menos três ciclos
de dez sessões aplicadas num intervalo de 72 horas, sendo que o segundo ciclo deve ser
cerca de 30 dias após o primeiro e o terceiro 6 meses após o segundo (BRANDI, 2004).
A aplicação do gás deve ser bem superficial, apenas com a ponta da agulha. O efeito
inicial é a hiperemia, causada pelo aumento da vasodilatação. O número de puncturas
32
INFUSÃO CONTROLADA DE CO2│ UNIDADE I
Contínuo.
Figura 11.
Caso tenha interesse em saber mais sobre este assunto indico os seguintes
artigos:
Envelhecer é natural, e para ser um processo sem traumas alguns cuidados são
necessários. Ao mesmo tempo em que cresce a expectativa de vida, valoriza-se cada vez
mais a jovialidade. O envelhecimento é caracterizado pelo desgaste dos vários setores do
organismo, gerando alterações no seu funcionamento (CARVALHO; VIANA; ERAZO,
2005).
34
INFUSÃO CONTROLADA DE CO2│ UNIDADE I
Tipos de Envelhecimento
Figura 13.
Figura 14.
Flacidez
A flacidez é a falta de tonicidade da pele ou músculo. Ela se refere ao estado mobilizado,
frouxo ou lânguido do tecido. Pode ser muscular ou cutânea, sendo a sua causa
multifatorial, o que inclui fatores genéticos, ambientais e de maus hábitos, como o
sedentarismo. Não há um fator único e específico que cause flacidez.
36
INFUSÃO CONTROLADA DE CO2│ UNIDADE I
Para um tratamento adequado, é necessária uma avaliação rigorosa com uma boa
diferenciação dos dois tipos de flacidez (GUIRRO; GUIRRO, 2002). Veremos a seguir
quais procedimentos devem ser adotados.
Para tratamento das rugas, a aplicação deve ser superficial, usando apenas a ponta da
agulha com bisel voltado para a superfície, evitando que haja infusão de gás nos tecidos
mais profundos e também no músculo orbicular. O volume aplicado por punctura não
está relacionado com o peso do indivíduo mas sim com a distensão tecidual provocada
pela infusão do CO2. Os ciclos podem ser realizados em cinco ou dez sessões, dependendo
da resposta do tecido ao tratamento (ABRAMO, 2010; MENEGAT, 2014).
Novos estudos demonstraram que essa quantidade de fluxo pode ser menor, cerca de
60 a 150 ml/min, dependendo da pessoa, e que são necessárias no mínimo 12 sessões.
37
UNIDADE I │ INFUSÃO CONTROLADA DE CO2
Contínuo.
38
INFUSÃO CONTROLADA DE CO2│ UNIDADE I
Olheira
As olheiras são caracterizadas pelo escurecimento causado pela hiperpigmentação
periorbital nas pálpebras. Os motivos dessa hiperpigmentação podem ser genéticos,
excesso de adiposidades localizadas na região dos olhos, cansaço, estresse, sono,
tabagismo, falta de vitamina K. Geralmente, pessoas de pele fina também estão
suscetíveis (ABRAMO, 2010).
Caso tenha interesse em saber mais sobre este assunto indico os seguintes
artigos:
Alopecia
O couro cabeludo é uma pele com abundância de pelos, ricamente vascularizado, que
reveste o crânio humano. O crescimento do cabelo ocorre dentro do folículo piloso,
39
UNIDADE I │ INFUSÃO CONTROLADA DE CO2
possuindo uma raiz e uma haste dentro de cada folículo, recobertos por melanina. Vale
lembrar que a haste não possui células vivas, essas estão presentes apenas na raiz, que
penetra aproximadamente de 2 a 4 ml na superfície da pele (ABRAMO, 2010).
Contínuo.
São necessárias no mínimo dez sessões, sendo realizadas duas vezes por semana
e manutenção de três em três meses duas sessões.
40
INFUSÃO CONTROLADA DE CO2│ UNIDADE I
Microvasos
Os chamados microvasos são um incômodo que notamos aparecer mais precocemente
nas novas gerações. Pessoas cada vez mais jovens têm apresentado essas dilatações
vasculares da pele, que representam uma dificuldade de retorno do sangue ao coração.
A distensão tecidual produzida pelo gás, logo após a infusão, exerce forte pressão contra
a parede externa da vênula, promovendo seu colapso; conforme a pressão do gás vai
diminuindo, o fluxo sanguíneo é aumentado (BORGES; SCORZA, 2008).
41
UNIDADE I │ INFUSÃO CONTROLADA DE CO2
Contínuo.
São necessárias no mínimo dez sessões, sendo realizado uma vez por semana.
Caso tenha interesse em saber mais sobre este assunto indico os seguintes
artigos:
No estudo realizado por Brandi, em 2004, foi verificada uma melhora estatisticamente
significativa no que diz respeito à elasticidade da pele e às irregularidades cutâneas pós-
lipoaspiração. Com isso, podemos esperar efeitos positivos da terapia com CO2 sobre
a adiposidade localizada e a elasticidade cutânea da pele em pacientes que realizaram
lipoaspiração.
42
INFUSÃO CONTROLADA DE CO2│ UNIDADE I
Durante um período de quatro anos, Wollina (2004) tratou de 86 pacientes com feridas
crônicas (úlcera venosa crônica, úlceras neuropáticas, escaras, úlceras reumáticas) com
aplicação transdérmica de CO2. Os achados apontam para uma mudança positiva na
microcirculação e subsequente melhoria no tecido de granulação (quer cicatrização
completa ou significativa diminuição da inflamação, dor e odor).
43
UNIDADE I │ INFUSÃO CONTROLADA DE CO2
Caso tenha interesse em saber mais sobre este assunto indico os seguintes
artigos:
»» SONMEZ, A.; YAMAN, M.; YALÇN, O.; ERSOY, B.; SERIN, M.; SAY, A. Carbon
dioxide therapy increases capillary formation on random pedicled skin
flaps in the rat. J Plast. vol 62:236-237, 2009.
44
CRIOLIPÓLISE UNIDADE II
CAPÍTULO 1
Introdução
Nos tempos atuais, ter um corpo bem definido é o desejo de quase todas as mulheres;
os padrões de beleza impostos pela mídia e a sociedade acabam mobilizando o
indivíduo em sua percepção de si e, concomitantemente, na sua autoestima (FERRAZ;
SERRALTA, 2007). E na busca de um padrão estético social, é cada vez maior o número
de mulheres que recorrem a diversas terapias, com intuito de minimizar as disfunções
estéticas (ROCHA, 2013).
Ao longo da vida, algumas áreas apresentam nítidas alterações morfológicas com efeito
antiestético, as mais acometidas são as regiões do abdômen e flancos, essa gordura
localizada se dá por uma hipertrofia das células adiposas uniloculares, que levam as
pessoas de ambos os sexos, principalmente o feminino, a procurarem recursos para
eliminá-las (ALBUQUERQUE, MACEDO).
45
UNIDADE II │CRIOLIPÓLISE
A técnica está no mercado há pouco tempo (em 2011, quando chegou ao Brasil) e já é
um sucesso absoluto em centros estéticos. No entanto, desde a década de 1970, alguns
estudos já eram feitos para transformar o tratamento no que ele é hoje.
O que é criolipólise?
A criolipólise é um método de congelamento feito para destruir a gordura localizada.
Isso porque os adipócitos são extremamente sensíveis ao frio, por isso o congelamento
intenso e localizado causa sua destruição.
A técnica foi descoberta na última década pelos médicos Rox Anderson e Dieter
Manstein, pesquisadores da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. A palavra
Cryo derivada do grego Kryos, que significa gelo, frio, constitui, na atualidade, uma das
mais modernas técnicas de redução de medida corporal (COLEMAN et al., 2009).
46
CRIOLIPÓLISE│ UNIDADE II
Figura 18.
47
UNIDADE II │CRIOLIPÓLISE
48
CAPITULO 2
Mecanismo de ação
Estudos histológicos comprovam que, após a exposição ao frio, ocorre apoptose dos
adipócitos com posterior fagocitação deles pelos macrófagos. O processo inflamatório
estimulado por apoptose dos adipócitos inicia dentro de 3 dias após o tratamento com
pico em torno de 14 a 30 dias. Após esse período e até o 30o dia, o processo inflamatório
49
UNIDADE II │CRIOLIPÓLISE
Lesão apoptose
O termo apoptose (do grego apó = separação, ptôsis = queda) foi adotado pela
primeira vez na década de 1970, designa forma fisiológica de morte celular e ocorre
segundo programa genético que desencadeia um processo de autodigestão controlada,
seguida da remoção de células lesadas, senescentes ou imprestáveis, sem alteração do
microambiente celular (ROCHA, 2013).
A apoptose ocorre como parte de um processo normal, muitas vezes é um benefício para
o organismo, tendo em vista que atua como um mecanismo de defesa. A célula recebe
um sinal para se autodestruir, reduz seu tamanho, quebra a cromatina em pedaços e se
torna facilmente fagocitada (COLEMAN et al., 2009). Milhões e milhões de células do
nosso organismo morrem a todo o momento. Isso acontece porque na maioria das vezes
tais células precisam praticar o suicídio para a sobrevivência do próprio organismo.
A apoptose das células gordurosas (adipócitos) é iniciada quando essas células são
resfriadas a temperaturas de 0°C, entretanto a destruição dos adipócitos não afeta
de forma significativa os níveis séricos de lipídeos ou testes de função hepática. Isso
pode ser constatado por meio de avaliações trimestrais, que se mantiveram dentro dos
padrões de normalidade (FERRARO et al., 2012).
50
CRIOLIPÓLISE│ UNIDADE II
51
UNIDADE II │CRIOLIPÓLISE
Figura 22. Pós procedimento. A) Alterações transitórias na função sensorial B) Eritema, o qual ocorreu
imediatamente após a aplicação e que pode desaparecer 30 minutos após o término da sessão
52
CAPÍTULO 3
Prós e contras
Prós: são vários os benefícios, a começar por ser um tratamento que não causa dor,
não é necessário anestesia, cortes ou agulhas, é prático e a mulher se sente bem antes e
depois do tratamento (COLEMAN et al., 2009).
Pode melhorar o aspecto de flacidez das celulites, pois elas, de certo modo, fazem
as mulheres se sentirem bem; com a retirada das gorduras localizadas, as celulites
desaparecem aos poucos, na verdade elas ficam menos visíveis (COLEMAN et al, 2009).
Criolipólise na prática
No Brasil, o preço praticado para aquisição dos equipamentos gira em torno de 155 a
205 mil reais. Antes de comprar, devem-se considerar algumas hipóteses:
A área a ser tratada é isolada com uma espécie de membrana protetora. A seguir, é
inserida uma manopla com uma ponteira formada por duas placas de resfriamento,
que fará uma sucção para acoplar o tecido alvo em um aplicador, em que o contato é
estabelecido entre a área de tratamento e dois painéis opostos de resfriamento. As células
mortas, em seguida, são metabolicamente eliminadas, exatamente como acontece com
a gordura que existe nos alimentos (FERRARO et al., 2012). O resfriamento é gradativo
53
UNIDADE II │CRIOLIPÓLISE
A criolipólise pode ser feita apenas em algumas partes do corpo, aquelas que se adaptam
bem as ponteiras. Não é possível fazer no rosto, por exemplo, porque o aplicador não
se encaixa. De acordo com o fabricante do aparelho, há a perspectiva do lançamento de
ponteiras que se adaptem a outras partes do corpo. Cada sessão dura aproximadamente
uma hora por região, podendo-se fazer o máximo de 3 horas para tratamento em 3
regiões diferentes. (COLEMAN et al., 2009).
Configuração
Tempo de ciclo:
54
CRIOLIPÓLISE│ UNIDADE II
Você não pode repetir criolipólise numa mesma área dentre 60/90 dias de
tratamento.
Reaplicação: Obesos - 1 vez por mês/repetir por 3 meses. Você não pode repetir
Criolipólise numa mesma área dentre 60/90 dias de tratamento.
Tratamento
»» Pressione start.
55
UNIDADE II │CRIOLIPÓLISE
Figura 23. Sequência de aplicação da criolipólise. A) colocar a manta de proteção. B) acoplar a manopla. C)
OBS: cada fabricante tem uma programação diferente, por isso sempre verificar
método de configuração com fabricante antes de aplicar.
56
CRIOLIPÓLISE│ UNIDADE II
Basta apenas uma sessão para eliminar até 25% da gordura. Todavia, é importante
que a pessoa agregue ao tratamento uma rotina saudável, inclua exercícios, isso tudo
ajudará na remoção das células de gordura. Em relação aos intervalos, o tempo de
uma sessão para a outra é de, pelo menos, três meses, muito embora quase nunca seja
necessário realizar mais de uma sessão. Pesquisas recentes apontam que no caso de
alguns equipamentos o intervalo poderá ser de um mês. O ideal é sempre conversar
com o fabricante do equipamento. Cabe ressaltar que a criolipólise é recomendada
apenas para as áreas que possuem mais de 2 cm de adiposidade visto em adipômetro
(COLEMAN et al., 2009).
Que a criolipólise é uma técnica segura e que traz bons resultados você já entendeu.
Mas saber se é possível combiná-la com outras técnicas é uma dúvida frequente dos
profissionais. Antes de tudo, o profissional precisa ter conhecimento dos aspectos
fisiológicos e metabólicos da gordura corporal. O segredo de se combinar técnicas está no
conhecimento aprofundado dos seus efeitos fisiológicos para que as ações combinadas
possam produzir resultados e não danos aos tecidos (KENNETH et al., 2009).
Indicações e contraindicações
Indicações
A criolipólise não é um tratamento para sobrepeso ou obesidade. Ela é opção para pessoas
que tenham gordura localizada em algumas regiões corporais, o famoso pneuzinho. De
acordo com o fabricante, o procedimento elimina até mesmo aquela gordura incapaz de
ser combatida com dieta e exercícios físicos.
Contraindicações
»» doenças raras;
»» crioglobulinemia;
»» hemoglobinúria;
»» urticária ao frio;
»» gestantes;
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UNIDADE II │CRIOLIPÓLISE
»» tumores;
»» câncer.
58
MICROPUNTURAS UNIDADE III
CAPÍTULO 1
Introdução
O melhor método de revitalizar uma pele é provocar pequenas lesões, onde o corpo
vai imediatamente começar a reparar a lesão. Esse é o princípio fundamental da
micropunturas, também chamada de microagulhamento ou famoso Dermaroller®. A
lesão tem que ser apenas grave o suficiente para desencadear os processos de cura,
mas não é grave o suficiente para causar danos permanentes na pele (BAL; CAUSSIAN;
PAVEL; BOUWSTRA, 2008).
O mesmo princípio está por trás da maioria dos tratamentos a laser de rejuvenescimento,
como laser de CO2 fracionado, peeling ácido e outros métodos minimamente invasivos
(FABBROCINI; PADOVA; VITA; NUZIO; PASTORE, 2009).
Os skins rollers têm sido usados para tratar grandes áreas com objetivo cosmético e
para aumentar a permeabilidade cutânea para administração de cosmecêutico (AUST,
2008). Após a perfuração transdérmica, pode ocorrer uma penetração do ativo muito
maior na área tratada do que na área não tratada (FABBROCINI; PADOVA; VITA;
NUZIO; PASTORE, 2009). Além disso, a inserção sequencial das microagulhas requer
uma menor pressão a ser exercida na pele, lesionando menos tecido. Por isso, essa
técnica, micropunturas, é uma maneira simples de aumentar a permeabilidade da pele,
otimizando assim seus resultados (FERNANDES; FARDELLA, 2008).
59
UNIDADE III │MICROPUNTURAS
Figura 26.
Comparação
A luz intensa pulsada, o laser de CO2 e o peeling de alta concentração agem de forma mais
ablativa. Já o microagulhamento age de forma construtiva (mais fisiológico), podendo
ser utilizado em qualquer tipo de pele (BAL; CAUSSIAN; PAVEL; BOUWSTRA, 2008).
60
MICROPUNTURAS│ UNIDADE III
Figura 27.
FABBROCINI, G.; PADOVA, M. P.; VITA, V.; FARDELLA, N.; PASTORE, F.; TOSTI, A.
Periorbital wrinkles treatment using collagen induction therapy. Surgical &
Cosmetic Dermatology. 2009
61
UNIDADE III │MICROPUNTURAS
62
CAPÍTULO 2
Mecanismo de ação
63
UNIDADE III │MICROPUNTURAS
Fonte: <http://www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=29bWwHzl1ec>
A vantagem desse procedimento é que é feito em consultório, tem custo baixo, é bem
tolerado, com período curto de recuperação e com pouca dor. A expectativa é de melhora
após primeira sessão dependendo do tamanho da agulha (AUST, 2008).
Fonte: <http://www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=29bWwHzl1ec>.
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MICROPUNTURAS│ UNIDADE III
Cicatrização
Fases da cicatrização
65
UNIDADE III │MICROPUNTURAS
Figura 31. Fases da cicatrização. A) uma ferida profunda na pele provoca lesão dos vasos sanguíneos. B) Forma-
se um coágulo sanguíneo que ao secar, constitui crosta. C e D) Tem início o processo de reparação, um tecido
cicatricial se forma. E) Ao mesmo tempo as células epiteliais se multiplicam e preenchem a região entre tecido
cicatricial e a crosta. F) Quando o epitélio está completo a crosta cai. O resultado é uma camada regenerada e
Fonte:<http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAP7MAD/a-pele-processo-cicatrizacao>
Fase inflamatória/exsudativa
66
MICROPUNTURAS│ UNIDADE III
Fase proliferativa
Essa fase começa aproximadamente a partir do quarto dia desde que a lesão ocorreu
e as condições necessárias já foram previamente estabelecidas na fase inflamatório/
exsudativa: os fibroblastos podem migrar até o coágulo e retícula de fibrina, que foram
formados por meio da coagulação sanguínea, e usar isso como útero temporário. As
citocinas e os fatores de crescimento estimulam e regulam a migração e proliferação de
novas células.
67
UNIDADE III │MICROPUNTURAS
Os fibroblastos produzem o colágeno, que amadurece fora das células, até se tornar uma
fibra e os proteoglicanos constituem a substância básica de tipo gelatinoso do espaço
extracelular (BALBINO; PEREIRA; CURI, 2005).
Figura 33.
Fase de maturação
Aproximadamente, por volta do 24o dia inicia-se a maturação das fibras de colágeno. A
ferida contrai e diminui a presença vascular e a quantidade de água no tecido granular
que ganha em consistência. A epitelização encerra o processo de cura da ferida.
Esse processo inclui a reconstrução das células da epiderme pela mitose e a imigração
celular, principalmente das bordas da ferida. É uma fase final em que observamos
inicialmente um tecido frágil e rosado, que lentamente perde sua coloração inicial,
tornando-se mais pálido e mais forte.
68
MICROPUNTURAS│ UNIDADE III
Fonte: <http://www.plasticaplexus.com.br/new/images/cicatrizacao.jpg>.
Equipamentos
»» De um modo geral, nunca pedir um roller se for muito barato, pois não
existe roller com liberação da ANVISA por valor baixo.
»» Ter cuidado extra com roller sem marca. Se um vendedor ou site afirmar
que eles são de fabricação própria, esse produto será altamente suspeito.
69
UNIDADE III │MICROPUNTURAS
Não é assim com o Dermapen®, ele funciona como uma máquina de tatuagem com
muitas agulhas. A grande desvantagem desse sistema é que você pode movê-lo em
qualquer direção com qualquer velocidade, e que, enquanto você estiver em movimento,
as agulhas entram e saem em uma velocidade muito alta. A velocidade das agulhas
é independente da velocidade que se está movendo a caneta. Isso é o oposto do que
acontece com um skin roller que se move com a velocidade exata que você está movendo
a cabeça de rolo (LEWIS, 2014).
Fonte: <http://www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=29bWwHzl1ec>.
70
MICROPUNTURAS│ UNIDADE III
Outra diferença é que os skin roller são descartáveIs, ou seja, para uma única utilização,
já nos Dermapen® será descartado somente o cabeçote das agulhas, tendo um custo
menor. Outro substituto para o Dermapen® seria o dermógrafo de micropigmentação,
mas com a desvantagem de que com ele só se consegue trabalhar dentro dos sulcos,
rugas e estrias, porém o custo é menor ainda, uma vez que só há necessidade de se
trocar as agulhas (LEWIS, 2014).
Fonte: <http://dermapen.com/>
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UNIDADE III │MICROPUNTURAS
Fonte: <www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=29bWwHzl1ec>.
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MICROPUNTURAS│ UNIDADE III
Fonte:<www.magestetica.com.br>
Indicações e contraindicações
Indicações
Figura 39.
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UNIDADE III │MICROPUNTURAS
Contraindicações
»» lesões cancerígenas;
»» verrugas;
»» hiperqueratose solar;
»» psoríase;
»» uso de anticoagulantes;
»» distúrbios de coagulação;
74
CAPÍTULO 3
Aplicação da micropuntura
Primeiro passo
75
UNIDADE III │MICROPUNTURAS
Figura 40.
Fonte: <www.astrazeneca.com.br>
É necessário aplicar uma grande quantidade e realizar a oclusão para melhor absorção.
Figura 41.
76
MICROPUNTURAS│ UNIDADE III
Figura 42.
Verificar o tamanho da agulha perante o distúrbio estético a ser tratado (figura 38)
segue o quadro abaixo.
Quadro 1.
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UNIDADE III │MICROPUNTURAS
Fonte:<www.dermaroller.com>
Figura 44.
Fonte: <www.dermaroller.com>.
»» 0,3 a 0,5 mm: pode ser utilizada uma vez por semana.
»» 2,0 a 2,5 mm: pode ser usada apenas uma vez cada três a quatro
semanas.
78
MICROPUNTURAS│ UNIDADE III
Fonte:<www.skincooler.com.br>
Pós-roller
79
ENDERMOLOGIA - UNIDADE IV
DERMOTONIA
CAPÍTULO 1
Introdução e história
Foi desenvolvida primeiramente pelo engenheiro francês Louis Paul Guitay, no ano de
1970, quando ele buscava desenvolver uma técnica que diminuísse cicatrizes oriundas
de acidentes de carro. Em vez de fazer os tratamentos mais eficientes da época, ele criou
um mecanismo que pudesse auxiliar os terapeutas. O resultado foi um aparelho portátil
com um cabeçote massageador que, aplicado sobre a área a ser tratada, fazia sucções
intermitentes e rolamentos simultâneos sobre o tecido subjacente. O aparelho, no
início, foi utilizado na recuperação de queimados, mas, inesperadamente, descobriu-se
ser também eficaz para o tratamento de “celulite” (LGD) (ERSEK et al., 1997; FODOR,
1997; CHANG et al., 1998; BENELLI et al., 1999).
Para Berreur (1998), a dermotonia busca detectar zonas de dermalgia, ou seja, regiões
onde ocorre perturbação de tecido cutâneo, e produz um efeito reflexo simpaticolítico
que permite a estimulação e purificação dos gânglios linfáticos, desfazendo essas
zonas alteradas, diminuindo a tensão muscular e tonificando a pele por estimular
os fibroblastos, produtores de colágeno e elastina. E, conforme Peppercorn (1999),
a técnica melhora a circulação linfática, eliminando detritos toxínicos e gera uma
hipervascularização da derme e hipoderme ocorrida pela mobilização do sangue dentro
dos capilares cutâneos, melhorando, assim, a troficidade e favorecendo a nutrição
celular a distância e em profundidade. Ela ocasiona também a desfibrosagem, que atua
na reestruturação do tecido conjuntivo, permitindo o deslizamento deste sob a pele.
Segundo Berreur (1998) e Chang et al. (1998), conforme as leis da física, o ar atmosférico
se desloca do local de maior pressão para o de menor pressão, produzindo trocas gasosas
80
ENDERMOLOGIA - DERMOTONIA │ UNIDADE IV
Mecanismo de ação
Fonte:<http://www.lpgsystems.com/>
81
UNIDADE IV │ENDERMOLOGIA - DERMOTONIA
Indicações e contraindicações
Indicações
Contraindicações
»» tumores e neoplasias;
»» dermatoses;
»» fragilidade capilar;
82
ENDERMOLOGIA - DERMOTONIA │ UNIDADE IV
»» doenças infecciosas;
»» varizes;
»» diabetes;
»» intolerância à sucção;
»» hipertensão;
»» hérnia umbilical;
83
CAPÍTULO 2
Aplicação
A paciente pode usar uma malha especial (sem compressão sobre a pele), com fio em
poliamida recobrindo toda a pele para melhor deslizamento do cabeçote na superfície
corporal (MANUAL DE TREINAMENTO – CELUTRAT, 2005; LOPES, 2006), mas
também pode ser realizada diretamente sobre a pele utilizando pouco óleo de massagem
(figura 42) (EQUILIBRIO, 2006).
O óleo deve ser neutro, sem semente ou qualquer outra substância, e não há
necessidade de sua utilização quando a manopla selecionada for à de esferas.
Fonte:<http://www.lpgsystems.com/>
84
ENDERMOLOGIA - DERMOTONIA │ UNIDADE IV
85
UNIDADE IV │ENDERMOLOGIA - DERMOTONIA
Sugestões para uso corporal: modelagem em usuário e/ou paciente com bom tônus.
Quadro 2.
Sessões
Ajustes 1ª a 10ª 11ª a 20ª
Contínuo - -
Sucção (mmHg) 140 -170 200 – 250
Tempo por região 10 min 15 min
86
ENDERMOLOGIA - DERMOTONIA │ UNIDADE IV
Sugestões para uso corporal: drenagem linfática em usuário e/ou paciente com flacidez.
Quadro 3.
Sessões
Ajustes 1ª a 10ª 11ª a 20ª
Pulsado 1.5 1.0
Sucção (mmHg) 100 - 140 150 – 200
Tempo por região 10 min 15 min
Cuidados na aplicação
87
CAPÍTULO 3
Protocolo sugerido corporal
Essas sugestões são baseadas em relatos clínicos e não têm a pretensão de excluir outra
metodologia de utilização do recurso terapêutico.
Roletes cilíndricos
DESLIZAMENTO – modo contínuo.
Figura 51.
Roletes esféricos
CIRCULAR – modo contínuo.
88
ENDERMOLOGIA - DERMOTONIA │ UNIDADE IV
Figura 52.
Figura 53.
89
UNIDADE IV │ENDERMOLOGIA - DERMOTONIA
Figura 54.
Figura 55.
90
ENDERMOLOGIA - DERMOTONIA │ UNIDADE IV
Imagem 56.
Essas sugestões são baseadas em relatos clínicos, e não têm a pretensão de excluir outra
metodologia de utilização do recurso terapêutico.
Figura 57.
91
Para (não) Finalizar
92
Referência
BAL, S.M.; CAUSSIAN, J.; PAVEL, S.; BOUWSTRA, J. A. In vivo assessment of safety
of microneedle arrays in human skin. Eur J of Pharm Sci, 35(3):193-202, 2008.
BORGES, F.; REIS, M.; TONANI, R.; GONTIJO, E.; CORREA, M. Análise da Eficácia
da Carboxiterapia na Redução do Fibro Edema Gelóide: Estudo Piloto. Revista
Fisioterapia. 3(2): 213-21, 2008.
BRANDI, C. Carbon Dioxide Therapy: Effects on Skin Irregularity and Its Use as a
Complement to Liposuction. Aesthetic Plastic Surgery. 21(2): 133-41, 2004.
93
REFERÊNCIAS
FABBROCINI, G.; PADOVA, M.; VITA, V.; NUZIO, F.; PASTORE, F. Tratamento
de rugas periorbitais por terapia de indução de colágeno. Surgical & Cosmetic
Dermatology. 1(3):106-11, 2009.
94
REFERÊNCIAS
LEVER, W.F.; LEVER, G. S. Histologia da Pele. 7a ed. São Paulo: Manole, 1991.
LEWIS, W. Is Microneedling Really the Next Big Thing? Plastic Surgery Practice.
1-6, 2014.
LOPEZ, J. D. D. Carboxiterapia. São Paulo: Clínica Estética Brasil São Paulo, 2003.
MENEGAT, T. A. Guia Prático de Carboxiterapia. São Paulo: Ed. Aiko Ltda., 2014.
95
REFERÊNCIAS
SONMEZ, A.; YAMAN, M.; YALÇN, O.; ERSOY, B.; SERIN, M.; SAY A. Carbon dioxide
therapy increases capillary formation on random pedicled skin flaps in the rat. J Plast.
(62):236-37, 2009.
TORIYAMA, T.; KUMADA, Y.; MATSUBARA, T.; MURATA, A.; OGINO, A.; HAYASHI,
H.; NAKASHIMA, H.; TAKAHASHI, H.; MATSUO, H.; KAWAHARA, H. Efeito do
dióxido de carbono em pacientes portadores de arteriopatia periférica com isquemia
crítica. Int Angiol, 2002.
Sites
<http://www.derma-roller.net/>
<http://www.magestetica.com.br/blog/?p=843>
<http://www.suzanabarretto.com.br/>
96